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PROCESSO DE MATURAÇÃO DE QUEIJOS E SEUS EFEITOS NO PRODUTO FINAL

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(1)

PROCESSO DE

MATURAÇÃO DE

QUEIJOS E SEUS

EFEITOS NO

PRODUTO FINAL

Renata Golin Bueno Costa, DSc.

(2)

Agenda

Introdução

Metabolismo de citrato e lactato

Queijos mofados

Estufamento tardio

Lipólise

Proteólise

(3)

Série de reações

bioquímicas e

microbiológicas no qual se

desenvolve o sabor e aroma

característico, textura e

aparência de variedades

individuais de queijos

(4)

Existe um gosto para cada tipo de queijo e um

queijo para cada tipo de gosto.

(5)

MATURAÇÃO

 Fase final da fabricação.

 Massa compacta e sem sabor adquire textura, sabor e aroma.  Geralmente varia de 3 semanas a dois anos, processo lento.

 A velocidade da maturação está diretamente relacionada com o teor de umidade dos queijos.

(6)

DEPOIS

ANTES

(7)

 Mudanças vão depender do tipo de queijo  Etapas de fabricação - Composição – especialmente umidade, pH e sal. - Microbiota – especialmente a secundária.

MATURAÇÃO

(8)

Eventos primários:

 Metabolismo da lactose residual, do lactato e do citrato (erroneamente denominado glicólise)

Proteólise  Lipólise

.

Eventos secundários

metabolismo dos ácidos graxos e dos aminoácidos

compostos voláteis de aroma.

(9)

Transformações

Composição  Textura

 Consistência

 Aspecto

Cor, Sabor e Aroma

(10)

Etapa não controlada:

alterações de sabor (substâncias amargas, butirato,

rancidez)

alterações de textura como formação de olhaduras por

fermentações gasógenas em queijos duros e

semi-duros.

(11)
(12)

Etapa não

controlada

(13)

METABOLISMO DA LACTOSE/LACTATO

GAL -> GLI GLI

ac. propionico ac. butirico ac. acetico CO2 H2

ac. latico ac. acetico CO2 outros GAL + GLI

(14)

Conversão da lactose em lactato durante a maturação

tem pouco efeito direto no aroma do queijo maturado.

pH do queijo - regula as várias reações bioquímicas que

(15)

FERMENTAÇÃO AROMÁTICA

METABOLISMO DO CITRATO

-Bactérias aromáticas:

Lactococcus lactis subsp. lactis biovar. diacetylactis Leuconostoc mesenteroides subsp. cremoris

-Substrato: ácido cítrico ( 0,20 a 0,25% no queijo) -Poucas olhaduras e pequenas...

-Sabor suave ou amanteigado, aroma mais intenso... -Exemplos: Gouda, Edam, Tybo

(16)

Microrganismos que fermentam lactatos:

Propionibacterium freudenreichii subsp. freudenreichii Propionibacterium freudenreichii subsp. shermanii

3 ac. lático  2 ac. propiônico + 1 ac. acético + CO2 + H20

Substrato: lactato de cálcio, até 1,2% no queijo, abundante... -Olhaduras grandes e numerosas...

-Sabor suave, adocicado, avelãs, nozes, etc...

-Exemplos: Emmental, Maasdam, Jarlsberg,etc

(17)

FERMENTAÇÃO AROMÁTICA

(18)

Metabolismo do lactato- Maturação

dos queijos mofados

 Metabolismo do lactato é fenômeno mais importante na maturação da superfície de queijos mofados, como o Camembert e o Brie.

Bactérias mesofílicas produz L(+) lactato pela fermentação da lactose

(19)

Representação esquemática das mudanças que ocorrem no queijo Camembert durante a maturação como conseqüência do

crescimento do Penicillium camemberti na superfície (Fox et al, 2004).

Maturação dos queijos mofados

(20)
(21)

Maturação dos queijos azuis

Penicillium roqueforti metaboliza lactato gerando CO2 e H2O

 pH do queijo Azul aumenta substancialmente durante a maturação

Gradiente aumenta do centro para a superfície

 Elevação de pH aproxima do pH ótimo proteases e lipases (6,0-8,0): produção de NH3 pelo catabolismo de aminoácidos

(22)

Mudanças no pH em 2 tanques no queijo Azul durante a maturação

(23)

Maturação

metabolismo do lactato pelo Clostridium ssp.

Estufamento tardio

Lactato  butirato + CO2 + H2

Número crítico no leite: 500 a 1.000 esporos/litro Olhaduras no queijo principalmente os duros

(24)
(25)

Metabolismo do lactato

Como evitar o problema:

triagem do leite, evitar leite de vacas alimentadas com silagem Bactofugação ou microfiltração do leite para reter os esporos Uso de nitratos, nisina ou lisozima na fabricação dos queijos. Pré-maturação por 6 semanas a temp. de 7ºC

Depuração física e desnate natural: “affioramento”

(26)
(27)

Recapitulando...

(28)

Lipólise

Lipases

Enzimas capazes de atacar os lipídeos do leite,

liberando ác. graxos de cadeia curta e/ou longa, que

acentuam o sabor e aroma durante a maturação.

(29)

L

I

P

Ó

L

I

S

E

(30)

Lipólise

L

I

P

Ó

L

I

S

E

(Fox et al, 2004).

(31)

Lipólise

Gordura (%) 3,80 3,67 7,62

Ácido graxo cabra vaca ovelha

C4:0 2,6 3,3 4,0 C6:0 2,9 1,6 2,6 C8:0 2,7 1,3 2,5 C10:0 8,4 3,0 7,5 C12:0 3,3 3,1 3,7 C14:0 10,3 9,5 11,9 C16:0 24,6 26,5 25,2 C16:1 2,2 2,3 2,2 C18:0 12,5 14,6 12,6 C18:1 28,5 29,8 20,0 C18:2 2,2 2,5 2,1

Composição de ácido graxo de gordura de cabra,vaca e ovelha (% m/m)

(32)

Lipólise

(33)

Lipólise

Lipases

Lipases naturais do leite

Lipase animal

(34)

Lipase natural do leite

 Lipoprotéica

 Função: passagem dos TAG do plasma para o leite

 Rancidez perceptível em 10 segundos no leite

 Atuação posição sn1 e sn3

 Grande especificidade por TG contendo ác. graxos de cadeia curta e média (6 a 12 C)

 Inativada pela pasteurização: queijo leite cru

Atividade máxima a pH 9.0 e

mínima pH 6,5

(35)

Lipase de origem animal

Derivada dos tecidos pré-gástricos ou gástricos de

ruminantes jovens.

Origem: coalho em pasta

Esterase pré-gástrica

Temp. 32-42ºC

pH 4,8-5,5

(36)

Lipase de

origem

animal

(37)

Lipases bacterianas

Bactérias láticas (Lactococcus e Lactobacillus): fraca

atividade lipolítica

Bactérias láticas: influência em queijos maturados

internamente

Enzimas intracelulares

Atividade ótima pH 7,0-8,5

Temp ótima: em torno de 35ºC

(38)

Lipases bacterianas

Bactérias propiônicas

Atividade lipolítica do PBF : é 10 x mais intensa do que

em bactérias láticas em geral.

1 a 2% da gordura é metabolizada para AGL Exemplo:

Camembert 10% em AGL

(39)

Lipases bacterianas

Psicrotróficas

Pseudomonas Achromobacter Alcaligenes Enterobacter  Crescem entre 5º e 30ºC  Ideal é entre 20º-25º C

 Proliferam em leite refrigerado (4º-7º C)

 Lipases termoestáveis

Contaminação excede 107UFC/mL no leite  Adsorvidas nos glóbulos de gordura do leite

(40)

Lipases

Penicillium roqueforti

Penicillium camemberti

(41)

Lipases

Penicillium roqueforti

2 lipases

Queijos Azuis: mais de 25% dos

AGL

Metil cetonas no aroma dos

queijos Azuis

Penicillium camemberti

lipase extracelular

Camembert maturado: 2,5% AGL –

10% AGL

(42)

(Fox et al, 2004)

Metabolismo de ácidos

graxos livres

(43)

Proteólise

Fenômeno mais complexo

e mais importante da maturação

A atuação da proteólise na maturação:

Por formação direta de aroma e compostos de aroma

indesejáveis;

 Por aumento da liberação de compostos de sabor durante a mastigação através das modificações de pH;

 Por formação de NH3; e

(44)

Proteólise

Enzimas:

 leite,

 coagulante residual,

 microrganismos : fermento lático, NSLAB, psicrotróficas, fermento secundário

(45)

Proteólise

CASEÍNA

PEPTÍDEOS

(46)

Proteólise

Plasmina

Atividade da plasmina no sangue é a degradação dos

coágulos de fibrina durante o processo de coagulação do sangue.

 No leite fresco: plasmina associada com a micela de caseína (dissociação - decréscimo do pH)

(47)

Proteólise

Sistema plasmina/plasminogênio em leite

(48)

Proteólise

Enzimas do coagulante

 Até 30% da atividade do coagulante ativo na coalhada: depende dosagem, pH da coalhada (pH do leite e cultura), temp. de

cozimento

 Quimosina - pH ótimo 4,0 pH de atuação 4,5-6,5

 Função primária?????

 Principal local de ação : s1-CN

 Cliva as caseínas:

 Próximo do C-terminal hidrofóbico da -caseína-peptídeos hidrofóbicos de cadeia curta

(49)

Proteólise

Enzimas do coagulante

Preferência pela -caseína ou s1- caseína ???

 Baixas temperaturas (<10ºC)- -caseína como monômero

 Temperaturas mais elevadas e alta concentração de sal : associação hidrofóbica das moléculas de -caseína

(50)

Proteólise

Enzimas do coagulante

Quimosina: hidrólise da s1 caseína mais rápida do que da -caseína.

Resultado: - amolecimento do queijo

- peptídeos hidrolisados pelas enzimas do fermento lático (gosto amargo)

•Relação quimosina e formação do gosto amargo em queijo: •Dosagem no leite

•pH da coalhada

(51)

Atividade proteolítica de coalhos e

coagulantes

Pepsina de frango

Pepsina suína;

Coagulantes de fungos

(R. miehei e R.

pusillus);

Coalho bovino

Coalho de vitelo/Coagulante

comercial

+ PROTEOLÍTICO - PROTEOLÍTICO

(52)

Proteólise

Coagulantes comerciais (quimosina 100% pura), Kluyveromyces

marxianus var. lactis, Aspergillus niger var. awamori ou Escherichia coli.

 Alta especificidade, pouco proteolítica

 Menores perdas na fabricação e aumento de rendimento na ordem de 1,5-2,0%

 Coagulantes aumentam sua atividade, à medida que o pH diminui de 7,0 para 4,5.

(53)

Proteólise

Proteases de plantas: Cynara cardunculus

(54)

Proteólise

Proteases de plantas: Cynara cardunculus

(55)

Proteólise enzimas do fermento

Por quê apresentam um sistema proteolítico complexo

????

(56)

Proteólise enzimas do fermento

(57)
(58)

Metabolismo dos aminoácidos

AMINOÁCIDOS aminas amônia outros aminoácidos aldeídos cetoácidos álcool sulfito hidrogênio metano-tiol tioésteres descarboxilação transaminação deaminação dessulfurilação demetiolação

(59)

Desenvolvimento da textura

pela proteólise

 Parâmetro observado pelo consumidor

 Determina o tipo de queijo.

 Firmeza -quantidade intacta de s1-caseína no queijo.

Duas fases:

1ª fase- hidrólise de cerca de 20% da s1-caseína pelo

coagulante gerando peptídeos

– Queijo jovem borrachento  produto mais homogêneo e macio.

2ª fase- mudança gradual determinada pela taxa de proteólise e

aumento do pH.

– Restante da s1-caseína e as demais caseínas são hidrolisadas.

(60)

Fatores que afetam a proteólise

Enzimas

 Efeito do pH

Coagulante residual no queijo

Retenção de plasmina no queijo

 Efeito do sal na umidade do queijo

(61)

O que acontece durante a maturação?

 Alteração das características do queijo

 Mudança de pH

 Redução da Aw

 Desenvolvimento de microrganismos

(62)

(Fox et al, 2004).

(63)

Obrigada pela

atenção!!!!

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