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BIODIVERSIDADE E ECOSSISTEMAS BENTÔNICOS MARINHOS SUDESTE DO BRASIL DO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO

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Academic year: 2021

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BIODIVERSIDADE E 

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Antonia Cecília Zacagnini Amaral 

Silvana A. Henriques Nallin 

Organizadores 

 

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BIODIVERSIDADE

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Antonia Cecília Zacagnini Amaral

Silvana Aparecida Henriques Nallin

(Organizadores)

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Elaboração da ficha catalográfica

Maria Lúcia Nery Dutra de Castro Bibliotecária – CRB8ª 1724

Organizadores

Antonia Cecilia Zacagnini Amaral (UNICAMP) Silvana Aparecida Henriques Nallin (UNICAMP)

Apoio Institucional

Instituto de Biologia – UNICAMP

Rua Monteiro Lobato, 255 – Cid. Universitária 13083-862 - Campinas - SP - Brasil

Tel: 55 19 53216343

Publicação digital disponível

http://www.ib.unicamp.br/biblioteca/pubdigitais

Fotos da Capa

Costão, Praia Martin de Sá, Enseada de Caraguatatuba (SP), por Alvaro E. Migotto (2001); Praia da Enseada, Enseada de Caraguatatuba (SP), por A. Cecilia Z. Amaral (1995); Enseada de Picinguaba (SP), por Alvaro E. Migotto (2001)

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL DA UNICAMP

Diretoria de Tratamento da Informação

Bibliotecária: Maria Lúcia Nery Dutra de Castro – CRB8ª - 1724

Índices para Catálogo Sistemático 1. Biodiversidade – Litoral Norte (SP) – 574.5098161 2. Ecossistema – Litoral Norte (SP) - 574.5098161

3. Fauna bentônica marinha – Litoral Norte (SP) - 591.92098161

ISBN DIGITAL (E-BOOK): 978-85-85783-24-2

® Todos direitos reservados – Permitida a reprodução em qualquer meio, desde que citada a fonte B52 Biodiversidade e ecossistemas bentônicos marinhos do Litoral

Norte de São Paulo, Sudeste do Brasil / organizadores: Antonia Cecília Zacagnini Amaral, Silvana Aparecida Henriques Nallin. – Campinas, SP: UNICAMP/IB, 2011. ISBN (e-book): 978-85-85783-24-2

1. Biodiversidade – Litoral Norte (SP). 2. Ecossistema - Litoral Norte (SP). 3. Fauna bentônica marinha – Litoral Norte (SP). I. Amaral, Antonia Cecília Zacagnini, 1948-. II. Nallin, Silvana Aparecida Henriques, 1962-.

CDD – 574.5098161 – 591.92098161

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M

EIOFAUNA

Carlos E.F. Rocha Terue C. Kihara M. Antonio Todaro Matthew Hooge Rodrigo Johnsson

Procedimentos de amostragem

De maneira geral, amostragens direcionadas ao estudo da meiofauna foram feitas em pontos selecionados e segundo cronograma e procedimentos definidos para as coletas dos subprojetos que investigaram a macrofauna. Desta forma, a metodologia descrita a seguir pode ser complementada por informações apresentadas nos itens anteriores.

Costões rochosos e substratos biológicos

A meiofauna associada a substratos biológicos de diferentes faixas de dominância, tais como bancos de mexilhões, poliquetas, cracas, esponjas e algas da região entremarés dos seis costões selecionados das praias de Picinguaba e Fazenda (Ubatuba), Martim de Sá e Ponta do Cambiri (Caraguatatuba) e de Toque-Toque Grande e Baleia (São Sebastião) foi coletada ao longo de transectos, desde a linha d’água até o supralitoral, durante a maré baixa, por raspagem com espátula de uma área de 200 cm² (medotologia descrita em “Costão Rochoso”).

A meiofauna associada a Sargassum sp. e Dyctiota sp. da ilha de Massaguaçú (Caraguatatuba), de Sargassum sp. da praia de Martim de Sá (Caraguatatuba) e Baleia (São Sebastião) e de uma miscelânea de algas da ilha dos Porcos Pequenos (Ubatuba) foi amostrada por remoção de frondes previamente envolvidas por saco de tecido de 0,25 mm de poro de malha, o apressório da alga inclusive. Todo o material provém do infralitoral, a uma profundidade de 3 m, aproximadamente (ver medotologia específica descrita em “Costão rochoso”).

Foram examinados copépodes sifonostomatóides encontrados em 1992 e 1993 (Nogueira, 2003) em cabeças do coral Mussismilia hispida, em profundidade variando de 4 a 8 m, em áreas protegidas das ilhas de Búzios e Vitória (Ilhabela) e das Palmas e do Mar

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Virado (Ubatuba). Por meio de mergulho autônomo, as cabeças de coral foram removidas do substrato com um formão, colocadas em sacos plásticos e fixadas em formol a 4%.

Sifonostomatóides associados a esponjas foram obtidos destacando-se, manualmente ou com uma espátula, pedaços de esponjas em substratos expostos durante a maré baixa. No laboratório, as porções das colônias foram anestesiadas em uma mistura de água do mar e álcool a 5%. Em seguida, os fragmentos de esponja foram desagregados em uma bandeja para desalojar a fauna associada, e o material resultante foi filtrado em rede de malha de 0,06 mm e fixado em álcool a 70%.

Equinodermos foram também investigados quanto à presença de sifonostomatóides. Para tanto, espécimes isolados foram coletados manualmente em mergulho livre a profundidades de 2 a 3 m e anestesiados em uma mistura de água do mar e álcool a 5%. Após a anestesia, o equinodermo era agitado dentro do líquido anestésico para o desprendimento dos sifonostomatóides. A filtragem foi através de uma rede com 0,06 mm de tamanho de poro para separar a fauna associada, que foi fixada em álcool a 70%. Equinodermos e esponjas foram coletadas em 2003, em diversos locais ao longo das margens do canal de São Sebastião.

Praias arenosas

As amostras quantitativas de sedimento da região entremarés foram obtidas nas praias de Picinguaba e Fazenda (Ubatuba), de nove setores ao longo das praias da enseada de Caraguatatuba e das praias Toque-Toque Grande, Baleia e Barrra do Sahy (São Sebastião).

Nos mesmos setores e níveis estabelecidos em cada praia para coleta da macrofauna, procedeu-se também à amostragem de sedimento para obtenção da meiofauna. Três amostras foram tomadas em cada nível da região entremarés (9/setor). O sedimento foi coletado com auxílio de um cilindro transparente de acrílico de 0,007 m2 de área de base

(Pm), inserido até 20 cm de profundidade. Cada amostra, com cerca de 100 ml, foi fixada em formol a 6% e triada sob microscópio estereoscópico, onde foram contados e separados tanto os componentes da macrofauna como da meiofauna (ver metodologia descrita em “Praias arenosas”).

Por abrigar uma meiofauna bastante diversificada e abundante, a praia de São Francisco, em São Sebastião, foi selecionada para se inventariar a meiofauna, bem como investigar a distribuição vertical dos grupos componentes. Nessa praia, as coletas foram feitas também durante a maré baixa, nos níveis inferior (aproximadamente a 1 m da arrebentação) e intermediário da praia.

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Figura 2.5 Amostrador cilindrico (0,007 m2) para coleta da meiofauna em praias arenosas.

As amostras foram obtidas com um cilindro idêntico àquele descrito anteriormente (Fig. 2.5), em dois pontos da praia. O ponto 1, localizado em frente à igreja do convento de S. Francisco, e o ponto 2, a uma distância de cerca de 100 m dali. Em cada ponto de coleta, era cavado um buraco retangular de aproximadamente 50x20 cm até se alcançar água subterrânea. Nas coletas realizadas em agosto e outubro/2001 e janeiro/2002, fizeram-se amostragens fizeram-segundo a estratificação aparente do substrato. Dessa forma, a espessura das camadas amostradas variou em cada ponto e data de coleta. Para amostrar a fauna, o cilindro era introduzido pouco acima da face superior (oposta à linha d’água) do buraco, desde a superfície da areia até a profundidade desejada, e a alíquota de sedimento transferida para um frasco e fixada em formol a 4%. A camada de areia amostrada era, então, cuidadosamente removida. O procedimento para coleta da fauna era repetido até se atingir o nível de água subterrânea (geralmente a 10 cm da superfície, no nível inferior, e a 40 cm, no nível intermediário) (Fig. 2.6).

A B

Figura 2.6 Procedimentos para coleta de amostras quantitativas em diferentes extratos da praia de

São Francisco: (A) no nível inferior, coleta de três amostras no extrato 10-20 cm de profundidade; (B) no nível intermediário, no extrato 40-50 cm de profundidade (as marcas brancas na parede do buraco indicam os limites inferiores dos extratos já amostrados).

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Em cada estrato, mediu-se a temperatura da areia e amostrou-se sedimento para análise da granulometria, teor de umidade e salinidade. Da água intersticial, tomaram-se medidas de salinidade, temperatura, oxigênio dissolvido, pH e condutividade. De março/2002 a maio/2003, as amostragens passaram a ser bimensais, coletando-se alíquotas de sedimento em cada estrato. Também, padronizou-se em 10 cm a espessura de cada estrato a ser amostrado. Os estratos de 10 cm de areia eram removidos à medida que amostrados até se atingir o lençol freático. As frações de 50 ml de sedimento, retiradas com uma seringa de 2,5 cm de diâmetro e capacidade para 60 ml, foram transferidas para frascos devidamente etiquetados e fixadas em formol a 4%.

Amostras qualitativas destinadas à complementação do inventário faunístico foram obtidas durante a maré baixa a cerca de 1 m da linha d'água, na faixa intermediária da praia e no litoral superior. Dois procedimentos de eficiências similares foram utilizados. No primeiro, cavava-se um buraco com uma pá, até se atingir o nível do lençol freático. A água acumulada no fundo era retirada com um frasco e filtrada em rede de malha de 0,04 mm. No segundo, eram coletados cerca de 5 litros de sedimento dos 30 cm superficiais. O sedimento era acondicionado em saco plástico e transportado para o laboratório em recipiente térmico. Lá, o sedimento era fracionado em três partes, que eram processadas como se segue: cada parte do sedimento era transferida para um balde, água do mar era adicionada, o sedimento era revolvido para a liberação da fauna para a água, aguardavam-se cerca de 30 segundos para a decantação das partículas maiores e, em seguida, a água era filtrada em um puçá de 0,04 mm de poro de malha. O material obtido em ambos os procedimentos era transferido para um frasco com água do mar para posterior análise. O fixador (formol comercial até a concentração aproximada de 4% ou álcool até a concentração aproximada de 70%) era adicionado após a análise do material vivo.

Sublitoral não consolidado

Os copépodes do substrato não consolidado do sublitoral provieram de amostras coletadas com um pegador de fundo tipo van Veen. Com um tubo de PVC de 3,5 cm de diâmetro interno e 10 cm de altura retiraram-se quatro alíquotas de cada amostra. O material foi fixado com formol salino a 4% neutralizado e corado com Rosa de Bengala. As amostras foram coletadas pelo Departamento de Oceanografia Biológica do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, como parte do projeto multidisciplinar “Utilização racional do ecossistema costeiro da região tropical brasileira: Estado de São Paulo”, em março e agosto de 1989. As amostras foram obtidas em três transectos perpendiculares à costa do Litoral Norte de São Paulo, entre o norte da Ilha de São Sebastião e a Enseada de Ubatumirim (Ubatuba), em isóbatas variando de 15 a 50 m. Após triagem, os copépodes foram mantidos em álcool a 70% e o estudo taxonômico em laboratório seguiu a metodologia proposta por Kihara & Rocha (2009).

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Diversos grupos da meiofauna, notadamente a chamada “meiofauna de corpo mole”, somente permitem identificação quando observados vivos. Para as amostragens de Gastrotricha, foram escolhidas praias com predominância de sedimento médio a grosso. Amostras do sublitoral foram tomadas por mergulho livre ou autônomo, geralmente atrás da zona de arrebentação, em profundidades variando de 0,5 a 10 m, com um frasco ou uma caneca plástica com capacidade de 1 litro. No nível inferior da praia, sedimento da superfície foi coletado com uma colher e colocado em frasco com água do mar. Em ambos os pontos coletou-se até a obtenção de aproximadamente 500 ml de sedimento. No laboratório, espécimes foram extraídos diariamente durante uma semana com a técnica de narcotização-decantação, usando solução de cloreto de magnésio a 7% (Pfannkuche & Thiel, 1988). O líquido sobrenadante da amostra foi examinado sob estereomicroscópio em busca dos Gastrotricha. Espécimes encontrados foram colocados vivos entre lâmina e lamínula em água do mar, identificados e, então, fotografados. A fixação deu-se em solução de paraformol, glutaraldeído e ácido pícrico tamponado com fosfato 1,0M (pH 7,3), segundo Ermak & Eakin (1976), e os animais guardados para estudo ao microscópio eletrônico de varredura.

Amostras para o inventário dos turbelários provieram de coletas qualitativas feitas no sublitoral. Sedimento de cerca de 1m de profundidade era coletado com uma pá e colocado em um balde até atingir o volume aproximado de 5 litros. Deu-se preferência a fundos com areia limpa. Tufos de Sargassum sp. presos ao costão rochoso foram removidos com uma espátula e colocados em sacos plásticos com água. Os animais foram extraídos do substrato em uma solução de cloreto de magnésio isotônica à água do mar e examinados ao microscópio entre lâmina e lamínula, em uma gota da solução anestésica, para identificação. A fixação foi em Stephanini quente ou em formol a 4%.

O uso de malhas de poro acima do recomendado (0,04 mm) para separação da meiofauna levou à perda de parte desta e deve ser evitado em coletas específicas para o estudo desta comunidade.

Referências

ERMAK, T.H. & EAKIN, R.M. 1976. Fine structure of the cerebral pigidial ocelli in Chone ecaudata (Polychaeta: Sabellidae). Journal of Ultrastructural Research, 54: 243-260.

KIHARA, T.C. & ROCHA, C.E.F. 2009. Técnicas para estudo taxonômico de copépodes harpacticóides da meiofauna marinha. Asterisco, Porto Alegre, 94p.

NOGUEIRA, J.M.M. 2003. Fauna living in colonies of Mussismilia híspida (Verrill) (Cnidaria: Scleractinia) in four southeastern Brazil islands. Brazilian Archives of Biology and Technology, 46: 421-432.

PFANNKUCHE, O. & THIEL, H. 1988. Sample processing. In: HIGGINS, R.P. & THIEL, H. (eds), Introduction to the study of meiofauna. Smithsonian Institution Press, Washington, DC, pp. 134-145.

STEFANINI, M.; DE MARTINO, C. & ZAMBONI, L. 1967. Fixation of ejaculated spermatozoa for electron microscopy. Nature, 216: 173-174.

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