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hooponopono o caminho mais fácil comentado por lauro ribeiro

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Academic year: 2021

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 Apresentação.  Apresentação.

Caro(a) amigo(a), Caro(a) amigo(a),

Baixei esse pequeno livro na internet e Baixei esse pequeno livro na internet e fiquei encantado com ele. Antes havia lido o fiquei encantado com ele. Antes havia lido o artigo de autoria de Joe Vitale sobre a artigo de autoria de Joe Vitale sobre a Ho’oponopono, o método de cura hawaiana. Esse Ho’oponopono, o método de cura hawaiana. Esse livro vai além do artigo e analisa o processo livro vai além do artigo e analisa o processo sendo aplicado em todos os aspectos da vida. Como sendo aplicado em todos os aspectos da vida. Como estava em tradução digital e por isso mesmo com  estava em tradução digital e por isso mesmo com   muitos erros

 muitos erros de grafias, de grafias, concordâncias, regência econcordâncias, regência e  palavras

 palavras trocadas, trocadas, ousei ousei fazer fazer uma uma revisão revisão e e em em  alguns momentos uma adaptação.

alguns momentos uma adaptação.

O método de cura hawaiana consiste O método de cura hawaiana consiste  basicamente

 basicamente em em praticar praticar o o perdão, perdão, sobretudo sobretudo oo auto-perdão, o controle da mente, a tolerância auto-perdão, o controle da mente, a tolerância  para com

 para com as atitudes as atitudes do próximo, do próximo, a não a não resistênciaresistência e em assumir a total responsabilidade sobre nossos e em assumir a total responsabilidade sobre nossos sentimentos. Essa filosofia teve vários defensores sentimentos. Essa filosofia teve vários defensores e praticantes na terra: Jesus Cristo, Gandhi, e praticantes na terra: Jesus Cristo, Gandhi, Buda, Martin Luther King, São Francisco de Assis, Buda, Martin Luther King, São Francisco de Assis, etc. Mas é sempre bom recordar e renovar ou etc. Mas é sempre bom recordar e renovar ou implantar esses valores em nós mesmos, lendo essa implantar esses valores em nós mesmos, lendo essa  pequena e

 pequena e valiosa obra valiosa obra que nos que nos fala numa fala numa linguagem linguagem  suave, simples e envolvente.

suave, simples e envolvente.  Não

 Não consegui consegui descobrir descobrir o o nome nome e e demaisdemais dados da autora. Deu para saber que seu primeiro dados da autora. Deu para saber que seu primeiro nome é Mabel, que é argentina, judia e contadora. nome é Mabel, que é argentina, judia e contadora. Todo o resto é uma incógnita para mim.

Todo o resto é uma incógnita para mim.

Cometi a ousadia de inserir alguns Cometi a ousadia de inserir alguns comentários meus distribuídos no decorrer do comentários meus distribuídos no decorrer do livro. Desculpem mas não resisti. Esses livro. Desculpem mas não resisti. Esses comentários foram inseridos em fonte diferente e comentários foram inseridos em fonte diferente e na cor azul, assim como essa apresentação. Caso o na cor azul, assim como essa apresentação. Caso o leitor queira ignorá-los, basta ler somente os leitor queira ignorá-los, basta ler somente os escritos em preto.

escritos em preto.

Gostaria de me apresentar a você. Sou Gostaria de me apresentar a você. Sou Lauro Ribeiro e me considero ser o que se costuma Lauro Ribeiro e me considero ser o que se costuma chamar de um “buscador”. Desde a adolescência chamar de um “buscador”. Desde a adolescência  busco

 busco compreender compreender a a vida, vida, descobrir descobrir o o segredo segredo dada felicidade e da realização pessoal. Sempre me felicidade e da realização pessoal. Sempre me interessei por literaturas, filmes, e outros interessei por literaturas, filmes, e outros instrumentos que motivam, induzindo à busca do instrumentos que motivam, induzindo à busca do

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auto conhecimento e do desabrochar das auto conhecimento e do desabrochar das  potencialidades

 potencialidades latentes latentes do do ser ser humano, humano, que que sãosão infinitas e surpreendentes. Já li muita coisa a infinitas e surpreendentes. Já li muita coisa a respeito, vários autores e ainda leio. Sou viciado respeito, vários autores e ainda leio. Sou viciado em leitura e gosto também de escrever. em leitura e gosto também de escrever. Indentifico-me com todas as comunidades do Orkut Indentifico-me com todas as comunidades do Orkut que seguem essa linha: O Segredo, Pensamentos que seguem essa linha: O Segredo, Pensamentos Positivos, Visualizações, Poder do Agora, Positivos, Visualizações, Poder do Agora,  Meditações,

 Meditações, espiritualismo, espiritualismo, etc. etc. Exerço Exerço aa atividade de escritor de forma semi-profissional, atividade de escritor de forma semi-profissional, atuando como revisor, adaptador, comentarista de atuando como revisor, adaptador, comentarista de obras literárias, textos publicitários, etc. Atuo obras literárias, textos publicitários, etc. Atuo também

também como como ghost-writer ghost-writer e e biógrafo.biógrafo.

Se você está lendo essas linhas é porque Se você está lendo essas linhas é porque também é um buscador, assim como eu. Eu te desejo também é um buscador, assim como eu. Eu te desejo uma boa busca e fico feliz em tê-lo como uma boa busca e fico feliz em tê-lo como companheiro de viagem, essa viagem fascinante pra companheiro de viagem, essa viagem fascinante pra dentro de nós mesmos onde estão todas as dentro de nós mesmos onde estão todas as respostas.

respostas.

Boa leitura. Boa leitura.

O CAMINHO MAIS FÁCIL – HO’OPONOPONO (A O CAMINHO MAIS FÁCIL – HO’OPONOPONO (A CURA HAWAIANA)

CURA HAWAIANA)

PREFÁCIO PREFÁCIO

Desde pequena sabia que era portadora de um Desde pequena sabia que era portadora de um segredo, sabia que obteria tudo que desejasse. Mas tinha a crença segredo, sabia que obteria tudo que desejasse. Mas tinha a crença de que teria que trabalhar muito para conseguir, que tudo teria um de que teria que trabalhar muito para conseguir, que tudo teria um preço, e esse preço seria muito caro.

preço, e esse preço seria muito caro.

Logo consegui tudo o que alguém poderia desejar  Logo consegui tudo o que alguém poderia desejar  materialmente e emocionalmente falando: casa e carros novos, materialmente e emocionalmente falando: casa e carros novos, dinheiro para viagens, compras, um marido que me adorava e dois dinheiro para viagens, compras, um marido que me adorava e dois filhos sadios e preciosos. Entretanto eu não era feliz, pelo contrário filhos sadios e preciosos. Entretanto eu não era feliz, pelo contrário era muito irritada.

era muito irritada.

Um dia vi que meu filho maior, Jonathan, estava com o Um dia vi que meu filho maior, Jonathan, estava com o mesmo comportamento, com a mesma irritação que eu sentia. Isso mesmo comportamento, com a mesma irritação que eu sentia. Isso

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foi um golpe muito grande para mim, fez com que eu despertasse e foi um golpe muito grande para mim, fez com que eu despertasse e sentisse que deveria fazer algo a respeito. Aquilo teria que parar. sentisse que deveria fazer algo a respeito. Aquilo teria que parar.

Nesse momento comecei minha busca. Meu primeiro Nesse momento comecei minha busca. Meu primeiro seminário foi sobre o tema Irritações, com o Dr. Hill, a quem fiquei seminário foi sobre o tema Irritações, com o Dr. Hill, a quem fiquei imensamente grata por tudo que me ensinou. Em seguida pratiquei imensamente grata por tudo que me ensinou. Em seguida pratiquei yoga e visualizações com a Anna, o que me permitiu entrar em yoga e visualizações com a Anna, o que me permitiu entrar em contato com o poder incrível que temos em nosso interior, capaz de contato com o poder incrível que temos em nosso interior, capaz de criar e atrair aquilo que queremos. Experimentei mudança mais criar e atrair aquilo que queremos. Experimentei mudança mais radical quando uma amiga me emprestou um livro de metafísica radical quando uma amiga me emprestou um livro de metafísica incrível. Este livro de fato me despertou. Falava muito de Jesus, e incrível. Este livro de fato me despertou. Falava muito de Jesus, e eu apesar de ser judia, senti-me muito bem o lendo. Na verdade eu apesar de ser judia, senti-me muito bem o lendo. Na verdade não conseguia me soltar do livro e queria lê-lo inteiro num único dia. não conseguia me soltar do livro e queria lê-lo inteiro num único dia. Comecei a praticar as técnicas mencionadas no livro e Comecei a praticar as técnicas mencionadas no livro e constatei que funcionavam. Tive mais uma vez a confirmação de constatei que funcionavam. Tive mais uma vez a confirmação de que o poder de mudança estava dentro de mim mesma e que não que o poder de mudança estava dentro de mim mesma e que não dependia de

dependia de nada nem nada nem de ninguém. de ninguém. Então Então vi que vi que tinha descobertotinha descoberto algo grande, muito grande. E meu coração começou a pulsar  algo grande, muito grande. E meu coração começou a pulsar  diferente, estava feliz como nunca estivera antes, uma felicidade diferente, estava feliz como nunca estivera antes, uma felicidade impossível de descrever em palavras.

impossível de descrever em palavras.

Então após experimentar vários caminhos cheguei ao Então após experimentar vários caminhos cheguei ao Ho’oponopono, uma arte hawaiana muito antiga que nos ensina a Ho’oponopono, uma arte hawaiana muito antiga que nos ensina a resolver nossos problemas. Graças a essa arte descobri que a vida resolver nossos problemas. Graças a essa arte descobri que a vida pode ser fácil, muito mais fácil do que jamais tinha imaginado. pode ser fácil, muito mais fácil do que jamais tinha imaginado. Depois de muito procurar acabei descobrindo meu caminho, que me Depois de muito procurar acabei descobrindo meu caminho, que me permite estar em paz no meio da tempestade, sentir-me livre permite estar em paz no meio da tempestade, sentir-me livre independentemente do que estiver ocorrendo ao meu redor ou do independentemente do que estiver ocorrendo ao meu redor ou do que os outros estejam falando ou fazendo. É por isso que decidi que os outros estejam falando ou fazendo. É por isso que decidi compartilhar com vocês o que aprendi até agora através deste compartilhar com vocês o que aprendi até agora através deste pequeno livro. Estou muito agradecida por essa oportunidade.

pequeno livro. Estou muito agradecida por essa oportunidade. INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Uma vez um professor contou-me a historia hawaiana Uma vez um professor contou-me a historia hawaiana da criação do mundo. Segundo essa historia quando Deus criou a da criação do mundo. Segundo essa historia quando Deus criou a terra e pôs nela Adão e Eva, disse-lhes que estavam no paraíso, terra e pôs nela Adão e Eva, disse-lhes que estavam no paraíso, que não deveriam preocupar-se com nada, que tudo de que que não deveriam preocupar-se com nada, que tudo de que necessitassem lhes seria provido. Também lhes disse que lhes necessitassem lhes seria provido. Também lhes disse que lhes daria um presente, a oportunidade de escolher se queriam tomar  daria um presente, a oportunidade de escolher se queriam tomar 

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Então Deus criou a árvore das maçãs e disse-lhes: Então Deus criou a árvore das maçãs e disse-lhes:

-“Isso se chama pensar. Vocês não necessitam de -“Isso se chama pensar. Vocês não necessitam de pensar. Eu posso prover todas suas necessidades. Não devem pensar. Eu posso prover todas suas necessidades. Não devem preocupar-se, mas podem escolher se ficam comigo ou se tomam preocupar-se, mas podem escolher se ficam comigo ou se tomam seu próprio caminho”.

seu próprio caminho”.

E assim eles escolheram comer a maçã, ou seja, E assim eles escolheram comer a maçã, ou seja, decidiram pensar por si mesmos e assumir os riscos. Mas o grande decidiram pensar por si mesmos e assumir os riscos. Mas o grande problema não foi comer a maçã, e sim não se fazerem responsáveis problema não foi comer a maçã, e sim não se fazerem responsáveis e dizer: “Sinto-o”. Foi aí que Adão teve que ir procurar seu primeiro e dizer: “Sinto-o”. Foi aí que Adão teve que ir procurar seu primeiro trabalho.

trabalho.

Tal como Adão, estamos sempre mordendo a maçã, Tal como Adão, estamos sempre mordendo a maçã, sempre pensando que sabemos mais, que podemos resolver tudo sempre pensando que sabemos mais, que podemos resolver tudo sozinhos com nosso pensamento e não nos damos conta de que sozinhos com nosso pensamento e não nos damos conta de que existe um caminho bem mais fácil.

existe um caminho bem mais fácil.

Comentário: Comentário:  A

 A questão questão do do pensamento pensamento precisa precisa ser ser bem bem  explicada. O pensamento é o que difere o homem de explicada. O pensamento é o que difere o homem de outros

outros animais. animais. Deus Deus disse disse ao ao casal casal no no paraísoparaíso que eles teriam de tudo que necessitassem, e que que eles teriam de tudo que necessitassem, e que  para

 para isso isso não não precisariam precisariam pensar. pensar. O O que que o o criadorcriador quis dizer era que eles não precisavam se quis dizer era que eles não precisavam se  preocupar,

 preocupar, ficar ficar pensando pensando com com angústia angústia de de ondeonde viria a próxima refeição ou aonde iriam se abrigar viria a próxima refeição ou aonde iriam se abrigar durante a noite. Disse também a eles que poderiam  durante a noite. Disse também a eles que poderiam   pensar

 pensar (assumir (assumir a a responsabilidade) responsabilidade) se se quisessem quisessem   bastando para isso

 bastando para isso comer a comer a maçã. Quando Adão maçã. Quando Adão e Evae Eva comeram a maçã, decidiram-se pelo livre arbítrio, comeram a maçã, decidiram-se pelo livre arbítrio, ou seja, pensarem por si mesmos. Porém eles não ou seja, pensarem por si mesmos. Porém eles não sabiam ainda como fazer e desconheciam o poder do sabiam ainda como fazer e desconheciam o poder do  pensamento,

 pensamento, essa essa que que é é a a força força mais mais poderosa poderosa dodo universo. Sentiram-se inseguros e preocupados, o universo. Sentiram-se inseguros e preocupados, o que levou Adão a sair à procura do primeiro que levou Adão a sair à procura do primeiro trabalho. Sua mente racional passou a funcionar, e trabalho. Sua mente racional passou a funcionar, e ela lhe dizia que ele deveria trabalhar a fim e ela lhe dizia que ele deveria trabalhar a fim e  prover

 prover o o seu seu sustento. sustento. Ele Ele desconhecia desconhecia queque  bastaria alinhar

 bastaria alinhar seus pensamentos seus pensamentos ao ao pensamento depensamento de Deus para criar tudo de que necessitava. Bastaria Deus para criar tudo de que necessitava. Bastaria ter fé, assim como as aves dos céus e os lírios ter fé, assim como as aves dos céus e os lírios dos campos para que fossem supridas todas as suas dos campos para que fossem supridas todas as suas necessidades. Eles não entenderam e julgaram que necessidades. Eles não entenderam e julgaram que teriam que conquistar tudo com suor e esforço. teriam que conquistar tudo com suor e esforço.

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Desde então a humanidade assim age para conseguir seus intentos: trabalho duro, competitividade, esperteza. Se Adão e Eva não sabiam usar de forma correta o poder do pensamento, tampouco nós o sabemos atualmente, milênios depois. Estamos em   busca do paraíso, aquele perdido lá atrás com a  mordida na maçã. E essa é a nossa angustia, pois quase sempre procuramos no lugar errado. Por isso que a autora diz que continuamos mordendo a maça, todos os dias, e acreditando conhecer tudo, nos afastamos de nossa originalidade.

Outra coisa que quero explicar que toda essa história de Adão e Eva é figurativa e simbólica. Sabemos pela teoria da evolução da espécie que não faz sentido real a historia do  primeiro casal, sendo apenas uma alegoria.

Eckhart Tolle, em seu livro O Poder do Agora diz que o ego se identifica com as posses, o trabalho, o nível social, o conhecimento, a fama, mas nenhuma delas é você. Você acha isso aterrador ou é um alívio sabe-lo? Cedo ou tarde você terá que renunciar a todas essas coisas, e saberá que isso irá ocorrer  quando a morte se aproximar. A morte é despir-se de tudo que você não é. O segredo da vida é morrer antes de morrer e descobrir que a morte não existe.

O ideal é que você liberte-se de sua mente, daquela voz interna que comenta, especula, julga, compara, queixa-se, aceita, rechaça e assim por diante. A voz não se refere ao seu momento presente, ela está revisando um passado recente ou longínquo, ou então imaginando situações futuras. A vida é uma repetição de lembranças que são como chips, ou uma gravação que toca em nossas cabeças 24 horas por dia. Essas gravações, essas fitas nos dirigem e influenciam sem que nos demos conta. Não podemos evitar que essas gravações existam mas podemos escolher parar de toca-las, como se desligássemos o toca fitas.

Neste livro utilizo certas terminologias e conceitos que desejo esclarecer. Muitos deles se apóiam no Ho’oponopono, a antiga arte hawaiana. No último capitulo detalho técnicas e ferramentas específicas desta arte. Ela nos ensina como desligar o toca-fitas, como parar a gravação em nossa mente, aquelas que não nos servem e que já não funcionam a para nós. Somente

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quando cessamos essas gravações é que podemos descobrir quem realmente somos e todo o poder que possuímos. Ao apagar, limpar  e remover antigas lembranças permitimos que nossos sentimentos sejam transmutados e começamos então a experimentar nosso verdadeiro ser.

O Ho’oponopono é um processo de perdão, arrependimento e transmutação. Cada vez que utilizamos qualquer  de suas ferramentas, estamos assumindo 100% da responsabilidade sob nós mesmos e pedindo perdão (a nós mesmos). Aprendemos que tudo o que acontece em nossas vidas é projeção de nossa programação mental. Podemos escolher nos posicionar como um observador, observar nossos pensamentos, nossa programação e então libera-la para que se vá. Ou então podemos reagir e nos prender a elas. Todos nós temos um rascunho incorporado e a tecla de deletar, mas nos esquecemos como usa-la.

O Ho’oponopono nos ajuda a recordar o poder que temos de escolher entre apagar (soltar) ou reagir, ser feliz ou sofrer. É só uma questão de escolha em cada momento de nossas vidas. Quando no livro menciono “limpar” ou “apagar”, estou me referindo ao uso das técnicas de Ho’oponopono para apagar as lembranças e pensamentos que criam nossos problemas.

Queria também lhes esclarecer que quando menciono a palavra Deus não o estou fazendo absolutamente em seu contexto religioso. Para mim, Deus é essa parte que temos dentro de nós mesmos que sabe tudo, tem todas as respostas. Em realidade não pode ser definido em palavras pois é uma experiência. Também notarão que uso a palavra Deus como sinônimo de Amor. Refiro-me ao Amor Incondicional, aquele que pode curá-lo de tudo. Este é o Amor que tem todas as respostas.

Quando menciono os ensinamentos de Jesus, tampouco o faço em um contexto religioso. O propósito é recordar  ao leitor que sempre tivemos mestres que vieram nos despertar  para a verdade como, por exemplo, Jesus que falava em dar a outra face, um conceito até hoje difícil de entender. Entretanto quando apagamos em vez de reagir estamos dando a outra face, a face do amor. O liberar em vez de reter e reagir é dar a outra face.

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Este breve resumo de alguns conceitos básicos que utilizo e pretendo transmitir tem como finalidade esclarecer meus pontos de partida. Minha esperança é que o leitor encontre neste livro uma fonte de técnicas, ferramentas e sabedoria que lhe permita sentir, tomar decisões e viver com a liberdade, a paz interior  e o amor que é patrimônio de todos os seres humanos.

QUEM SOU?

A única razão de nossa existência é a de descobrir  quem somos.

Um eminente professor visita um mestre Zen e ao chegar lhe diz: “Olá, sou o Dr. Fulano. Sou isto, sou aquilo, sou formado nisso e naquilo, sou detentor dos títulos tal e tal. Faço tal e qual coisa, etc., etc. e eu gostaria aprender Budismo”. O mestre calmamente convida o ilustre visitante a sentar-se e lhe oferece uma taça de chá. Entrega-lhe então a taça vazia para segurar e começa a despejar o chá. A taça então enche e o mestre continua a despejar a ponto de começar a derramar o chá. O visitante assustado diz: “ A taça está transbordando, e o chá está derramando”. Ao que o mestre responde: “Exatamente. Você veio com sua taça cheia, ela está transbordando. De modo que, como poderá aprender algo? Você já está alagado com tudo esse conhecimento. A não ser que você venha vazio e aberto, não posso lhe ensinar nada…”.

A maior parte de minha vida vivi pensando que eu era Mabel, Argentina, contadora, etc., etc. Definia-me por meu títulos, meus rótulos. Minha taça vivia cheia de conhecimentos que me afastavam de mim mesma. Só acreditava naquilo que podia tocar  ou ver. Para mim, todos aqueles que falavam do esotérico eram “loucos” ou “boêmios” que não sabiam o que estavam dizendo e não pertenciam a este mundo. Esta maneira de pensar me trouxe muito sofrimento. Entretanto, quando descobri que eu era muito mais que meu corpo físico, me abriu um mundo novo cheio de infinitas possibilidades, um mundo sem grades. Quando me deu conta do poder que tinham meus pensamentos, entendi o porquê da vida.

Muitos de nós vivemos com estas grades. Sentimo-las, mas não as vemos porque são invisíveis. Estas grades são nossas crenças, nossos julgamentos e opiniões, e sobre tudo o que nós

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consciência de quem somos realmente, as grades se abrem e nos damos conta de que somos livres, sempre o fomos sem que soubessemos. Assim conseguimos escapar da prisão que nós mesmos criamos.

Disseram-nos que somos seres humanos e nos acreditamos isso. Se pensarmos que somos seres indefesos e sem nenhum poder, isso é o que vamos manifestar na vida. Somos os reis de nosso próprio império e podemos construir e manifestar tudo o que nos quisermos em nossas vidas. Não depende de ninguém mais, somente de nós.

Todos somos filhos de Deus e fomos criados a sua semelhança. Somos criadores. Como criamos?. Com nossos pensamentos. É assim bem simples.

Alguns mestres nos falam da necessidade de “fazer de conta” (ou nos darmos conta), e nos dizem: “Façamos de conta que somos seres iluminados. Façamos de conta que somos amados Por  Deus. Ou Façamos de conta que somos perfeitos tal como somos. Respiremos profundamente e aspiremos aquilo que é verdade, somente então tudo fará sentido. É necessário buscar a verdade. Você deverá construir sua vida fundamentada nesta verdade. Se aspirarmos aquilo que é verdadeiro, a verdade é automaticamente atraída a nossas vidas”.

Quem sou? Essa é a única pergunta que devemos nos fazer na vida. Descobrir nossa verdadeira essência e identidade é a razão de nossa de nossa existência e deveria ser nossa única preocupação, nossa única meta. É muito importante descobrir quem somos.

Através do Ho’oponopono, esta arte hawaiana muito antiga que agora pratico e ensino, aprendi que nossa mente se divide em três partes: o superconsciente, o consciente e o subconsciente. Isto me ajudou a entender um pouco mais como funcionamos.

O superconsciente, é nossa parte espiritual. É aquela parte que, não importa o que esteja passando, é sempre perfeita. É a parte que sabe sobre tudo, tem bem claro quem é em todo momento.

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O consciente é a parte mental, o que nós chamamos o intelecto. É um aspecto muito importante de nós, porque é a parte que tem a capacidade de escolher, já que dispomos de livre-arbítrio. Em cada instante de nossa vida estamos escolhendo. O que escolhemos?. Escolhemos se vamos reagir e nos agarrar com o problema ou se preferirmos soltá-lo e deixar que o resolva aquela parte nossa que sabe o que deve fazer. Também escolhemos se vamos aceitar que não sabemos nada (e que não precisamos saber) ou se preferimos pensar que nosso conhecimento é melhor  que o de Deus e que podemos resolver tudo sozinhos e por nossa conta. O consciente é a parte que decide se opta por assumir  100% da responsabilidade e dizer: “Sinto muito, me perdoe por  aquilo que está em mim que criou isto”, (Ho’oponopono) ou assinalar com o dedo e jogar toda a culpa a outro.

O intelecto não foi criado para saber. Não necessita saber nada. O intelecto é um presente, o presente que temos de escolher.

O subconsciente é nossa parte emocional. É a criança interior. Esta é a parte que armazena todas as lembranças na memória. Esta parte muito importante parte nossa é descuidada constantemente, e sem controle é a responsável por aquilo que manifestamos em nossas vidas. Esta é a parte que dirige nosso corpo, a que respira automaticamente sem que tenhamos que “pensar” em respirar. É nossa parte intuitiva. Alguma vez notaram que nos sentimos nervosos e não sabemos por que?. O subconsciente nos alerta (se prestarmos atenção) quando estamos em perigo. Se estivéssemos mais atentos a esses sinais do subconsciente, poderíamos evitar muitos eventos desagradáveis. Esta é a parte mais amiga que podemos ter. É muito importante que nos comuniquemos com ela. Devemos aprender a amá-la e cuidá-la muito bem.

Uma vez que decidimos trilhar pelo caminho de nos tornarmos responsáveis e conscientes, nossa criança interior fará a limpeza (Ho’oponopono) por nós automaticamente sem que tenhamos que pensar. Nas classes do Ho’oponopono, trabalhamos muito com esta criança interior. Aprendemos como nos comunicar  com ela, como cuidá-la, e sobretudo, como trabalhar com ela para “soltar”, liberar os problemas do dia a dia sem nos apegarmos a eles.

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No livro O Ensino do Buda diz: “Embora um homem vença a milhares de homens nos campos de batalha, só aquele que vence a si mesmo ganhará sua batalha”.

Comentário:

 A autora cita o lado espiritual do ser humano o qual chama de superconsciente. Essa é a  parte nossa que tudo sabe, que tem contato com o transcendental. Muitas vezes esses contatos não acontecem porque os canais estão obstruídos.  Nossas crenças, programações, as agitações da  mente e da vida obstruem esse canal de fundamental importância para nossa realização e para descobrirmos nosso verdadeiro caminho.

 Nossa mente racional que a tudo julga e analisa ela chama de consciente ou intelecto. O consciente é importante, pois é com ele que escolhemos, e a todo instante estamos fazendo escolha. Com o consciente controlamos nosso  presente mesmo que não nos demos conta disso. E automaticamente estamos plantando a semente do futuro.

O subconsciente ela coloca como aquela  parte do cérebro que registra todas as nossas experiências. Os maus tratos da infância, as coerções mentais, crenças e complexos que nos forma inculcados, tudo está registrados no subconsciente. Estão lá nos limitando e sabotando. É por isso que ela o relaciona com a criança interior, com a qual é preciso se comunicar a fim  de liberar essas programações mentais que nos  prejudicam.

Uma vez li o seguinte conto:

Havia uma vez, em algum lugar que poderia ser  qualquer lugar, e em um tempo que poderia ser qualquer tempo, um formoso jardim, com umas macieiras, laranjeiras, pereiras, belas roseiras, todas elas felizes e satisfeitas. Tudo era alegria no jardim, exceto por uma árvore profundamente triste. A pobrezinha tinha um problema: Não sabia quem era!.

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“O que lhe falta é concentração”, dizia-lhe a macieira. “Se realmente tentar, poderá produzir saborosas maçãs. Veja como é fácil”.

“Não escute a macieira”, exigia a roseira. “É mais simples ter rosas, e vê quão belas são as rosas!”.

E a árvore desesperada, tentava tudo o que lhe sugeriam, e como não conseguia ser como outros, sentia-se cada vez mais frustrada. Um dia chegou ao jardim o mocho, a mais sábia das aves, e ao ver o desespero da árvore, exclamou: “Não se preocupe. Seu problema não é tão grave. É o mesmo de muitos seres sobre a terra. Eu te darei a solução: “Não dedique sua vida a ser o que outros queiram que você seja. Seja você mesma, conheça-te , ouça sua voz interior”. E dito isto, o mocho desapareceu.

Minha voz interior?. Ser eu mesma? Conhecer-me?”. perguntava-se a árvore desesperada, quando de repente compreendeu. Fechando os ouvidos, abriu o coração, e por fim pôde escutar sua voz interior lhe dizendo:

--“Você jamais dará maçãs porque não é uma macieira, nem florescerá cada primavera porque não é uma roseira. É um carvalho, e seu destino é crescer grande e majestosa. Está aqui para dar proteção às aves, sombra aos viajantes, beleza à paisagem!. Tens uma missão!. Cumpre-a!”.

E a árvore se sentiu forte e segura de si mesma e se dispôs a ser todo aquilo a que estava destinada. Assim logo ocupou seu espaço e foi admirada e respeitada por todos. E só então o  jardim foi completamente feliz.

Eu olho ao redor e me pergunto: “Quantos serão carvalhos que não se permitem a si mesmos crescer? Quantos são roseiras que, por medo à provocação, só dão espinhos? Quantas laranjeiras terá que não sabem florescer?” Na vida todos temos um destino a cumprir, um espaço a preencher. Não permitamos que nada nem ninguém nos impeça de conhecer e compartilhar a maravilhosa essência de nosso ser.

O QUE É UM PROBLEMA?

Um problema só é um problema se dissermos que o é. E o problema não é o problema, mas nossa reação quanto ao problema é que é o problema.

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Há um ditado Zen que diz: “Não podemos impedir que os pássaros voem sobre nós, mas podemos impedir que eles façam ninhos em nossas cabeças”.

Não se trata de negar os problemas, mas de não cair  na tentação de lhes dar demasiada atenção e importância. Trata-se de descobrir quem somos, e quando o fazemos, desenvolvemos e sentimos uma liberdade interna tamanha que estas coisas já não podem nos distrair.

Nosso subconsciente tem armazenado todas as nossas lembranças. Enquanto as lembranças estão adormecidas, acomodados no banco de nossa memória, não ocasionam nenhum inconveniente. Pessoas que aparecem de repente à nossa frente, visitas que fazemos a certos lugares ou certas situações que vivenciamos fazem com que essas lembranças despertem. Desse modo, as memórias se convertem em pensamentos e se manifestam. Por isso é muito importante saber que na realidade as pessoas aparecem em nossa vida para nos dar outra oportunidade. Qual é essa oportunidade?. É a de assumirmos a responsabilidade cem por cento e dizer: “Sinto muito, me perdoe por aquilo que está em mim que criou isto”. (Ho’oponopono). Notaram que cada vez que surge um problema, ele é sempre um presente? Se o tema não estivesse dentro de nós, não seríamos capazes de percebê-lo. Os problemas são simplesmente uma repetição de nossas lembranças.

São como informação que está gravada em numa fita de áudio. Quando a fita funciona, pensamos que é real. Os problemas se repetem porque, quando aparecem, reagimos e apegamos a eles. Não deixamos de pensar no assunto, e assim ficamos agarrados a ele em vez de soltá-lo. Perceberam que só pensamos com veemência quando aparece um problema? Uma vez que se inicia este ciclo vicioso, esquecemo-nos que temos o poder de parar a gravação.

Em seu livro O Poder do Agora, Eckhart Tolle diz: “A mente nunca pode encontrar a solução, nem pode permitir-se deixar  que você a encontre, porque ela mesma é parte intrínseca do ‘problema’”.

Muitas vezes a gravação está funcionando, mas o volume está muito baixo, e por esta razão, nem sequer estamos conscientes dela. Entretanto, o subconsciente sempre está tocando

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as gravações. Por isso é tão essencial assumir cem por cento da responsabilidade. Só desse modo entendemos que somos simplesmente nós e nossas gravações, nossos pensamentos e nossos programas. Tomemos o exemplo de um filme projetado na parede ou numa tela. Sabemos perfeitamente que, embora vejamos a imagem projetada na parede ou na tela, a mesma não está lá, mas dentro da máquina de projeção. O mesmo ocorre com nossos problemas. Quando estes aparecem, é só uma projeção do que está acontecendo dentro de nós mesmos e não fora. Entretanto, passamos a vida tentando trocar a tela, mas não é esse o problema. Procuramos a solução no lugar errado.

É muito importante recordar que os problemas, as situações e as pessoas não existem fora de nós tal como os percebemos, mas sim nossa percepção é simplesmente um reflexo de nossos pensamentos. Os problemas tampouco são o que pensamos que são. Nunca sabemos o que é o que está se passando realmente. Os problemas são sempre “oportunidades”. Devemos nos dar conta que temos um efeito sobre o evento ou o problema, e que nós o criamos. Esta é na realidade uma boa notícia, pois se nós o criamos, nós podemos trocá-lo sem depender  de nada nem de ninguém.

Há uma história que conta que em uma aldeia havia um ancião muito pobre, mas até os reis lhe invejavam porque possuía um formoso cavalo branco. Os reis lhe ofereceram quantidades fabulosas pelo cavalo mas o homem dizia:

--“para mim ele não é um cavalo; é uma pessoa. E como se pode vender uma pessoa, um amigo?”.

Era um homem pobre, mas nunca vendeu seu cavalo. Uma manhã descobriu que o cavalo já não estava no estábulo. Todo o povo se reuniu dizendo:

--“Velho tolo. Sabíamos que algum dia lhe roubariam o cavalo. Teria sido melhor se o tivesse vendido. Que desgraça!”.

--“Não vamos tão longe”, disse o ancião. “Simplesmente digamos que o cavalo não está no estábulo. Este é o fato. Todo o resto é seu julgamento. Se for uma desgraça ou uma sorte eu não sei, porque isto é apenas um fragmento. Quem sabe o que vai acontecer amanhã?”.

Todos riram dele. Acreditavam que o ancião estava um meio louco. Mas depois de 15 dias, uma noite o cavalo retornou. Não tinha sido roubado, mas havia escapado. E não foi só isso, ele

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retornou e trouxe consigo uma dúzia de cavalos selvagens. De novo o povo se reuniu dizendo:

-- “Tinha razão o velho. Não foi uma desgraça mas uma verdadeira sorte”.

--“De novo estão indo muito longe”, disse o ancião. “Digam só que o cavalo voltou. Quem sabe se foi uma sorte ou não? É só um fragmento. Estão lendo apenas uma palavra de uma oração. Como podem julgar o livro inteiro?”.

Ninguém disse mais nada, mas por dentro sabiam que ele estava equivocado. Afinal haviam chegado doze cavalos formosos.

O velho tinha um filho que começou a treinar aos cavalos. Uma semana mais tarde ele caiu de um cavalo e quebrou as duas pernas. O povo voltou a se reunir e a julgar 

-- “De novo o velho tinha razão”, disseram. Era uma desgraça, seu único filho perdeu o jogo das pernas e, na sua idade ele era seu único sustento. Agora estava mais pobre que nunca”.

--“Estão obcecados julgando”, disse o ancião. “Não vão tão longe. Só digam que meu filho quebrou as duas pernas. Ninguém sabe se foi uma desgraça ou uma fortuna. A vida vem em fragmentos, e nunca nos dá mais que isto”.

Aconteceu que, poucas semanas depois o país entrou em guerra e todos os jovens do povoado foram chamados pelo exército. Só se salvou o filho do ancião porque estava aleijado. O povo inteiro chorava e se queixava porque era uma guerra perdida de antemão e sabiam que a maioria dos jovens não voltariam.

--“Tinha razão velho. Era uma sorte. Embora aleijado seu filho ainda estava com ele, enquanto os nossos se foram e não sabemos se voltam.

--“Seguem julgando”, disse o velho. Ninguém sabe. Só digam que seus filhos foram obrigados a unir-se ao exército e que meu filho não . Só Deus sabe se foi uma desgraça ou uma sorte”.

Assim acontece conosco sempre que formamos uma opinião ou um julgamento: estancamo-nos; nos escravizamos.

Um ensinamento budista diz:

“Aquele que está influenciado por seus gostos e desgostos, com a mente impregnada por idéias pré-concebidas, não pode entender o significado das circunstâncias e tende a se desesperar-se perante elas. Aquele que está desapegado, com a mente livre e aberta, entende perfeitamente as circunstâncias e para ele todas as coisas são novas e significativas”.

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“A felicidade segue à tristeza. A tristeza segue à felicidade, mas quando a gente já não discrimina entre a felicidade e a tristeza, o bom e o mau, a gente é capaz de libertar-se”.

 Nosso mundo é de dualidades. Toda situação passa, a boa e a ruim. Devemos aceitar essa realidade, não criar vínculos com situações que sabemos ser passageiras, e todas são  passageiras. Não importa quanto tempo dure uma situação qualquer, um dia ela passará. Tampouco devemos criar expectativas exageradas com relação ao futuro, pois nossa vida é dinâmica e as situações se modificam sempre. Aceitar com  tranqüilidade e equilíbrio o que a vida nos trás, alivia nosso coração. Tudo que nos vem é exatamente o que precisamos e merecemos naquele  momento. Reagir e revoltar somente piora as coisas. Quantas vezes acontece algo em nossas vidas que a principio parecia ser uma desgraça e que no futuro se revela uma benção? Ou do contrário, algo que vem como uma grande conquista e que depois se revela um equívoco? É preciso não julgar, pois o que vemos são fragmentos, enquanto o Universo (Deus) vê o todo.

Nada é o que realmente parece. O intelecto não pode saber, pois seu conhecimento é limitado. Entretanto, há uma parte nossa sempre sabe. A diferencia entre o conhecimento intelectual e essa sabedoria inata que temos é similar a que existe entre subir  numa cadeira, olhar ao redor e pensar que estamos vendo tudo e subir ao topo da montanha e ver o panorama completo.

Preferimos falar com nossos psicólogos ou com os vizinhos em vez de falar com Deus. Temos acesso permanente a todo este saber, a toda esta sabedoria que está dentro de nós, mas preferimos subir na cadeira e dar opiniões, emitir julgamentos e expressar nossos pontos de vista porque é o que aprendemos a fazer. Estamos viciados neste modo ser e agir. Entretanto, sempre podemos escolher o que fazer e como reagir quando aparece uma situação que consideramos problemática.

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“Um dia o asno de um camponês caiu ao fundo de um poço. O animal se queixou durante horas enquanto o camponês tentava encontrar uma forma de tirá-lo. Finalmente, o camponês decidiu que o animal era velho, que os esforços para salva-lo estavam sendo inúteis, e decidiu soterrá-lo no poço. Então, o camponês pediu ajuda aos vizinhos, e todos pegaram pás começaram a atirar terra adentro do poço. No começo quando o asno se deu conta do que estava acontecendo, gemeu horrivelmente, mas depois de um momento para surpresa de todos, acalmou-se. Depois de várias pazadas de terra, o camponês finalmente decidiu olhar dentro do poço, e o que viu o deixou estupefato. Com cada pazada de terra que caía sobre suas costas, o asno fazia algo assombroso. Sacudia as costas, a terra caía e se amontoava sob suas patas, e desse modo com cada pazada o asno dava um passo para cima. À medida que os vizinhos do camponês continuavam jogando terra sobre o animal, ele mesmo se sacudia e subia mais. Logo o asno chegou à borda do poço e saiu trotando”.

A vida joga todo tipo de terra em de nós. A solução para sair do poço é sacudir a terra e dar um passo para cima. Cada um de nossos problemas é como um degrau para a liberdade. Depende só de nós se o usarmos como tal.

A FÉ

Nosso verdadeiro poder é a felicidade, e esta nos chega somente quando nos rendemos a todo o resto.

A maior parte de minha vida não acreditei em Deus. Para mim, Deus não existia. Cresci pensando que era eu mesma que obtinha tudo na vida, que tudo era devido ao meu trabalho, dedicação e esforço pessoal. Os judeus são muito tradicionalistas, e eu respeitava as tradições, mas não acreditava em Deus. Quando por fim despertei, descobri dentro de mim um mundo novo que desconhecia por completo. Pouco tempo depois disse a meu filho maior: “Jonathan a vida pode ser fácil”. Ele me olhou confuso e me disse: “Isso não é o que me dizia antes”, ao que eu respondi: “Sei. Mas agora penso diferente”.

Neste momento não tenho nem a menor duvida, mas essa segurança que não se pode expressar com palavras, encontrei-a em meu coração. Todos podemos encontrá-la porque a levamos dentro de nós mesmos o tempo todo. Como boa contadora

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busco resultados, observo e faço uma recontagem de minha vida desde que comecei a crescer. Nem eu posso acreditar em tudo que obtive.

Alguns encontram Deus no templo ou na igreja. Outros como eu, não o encontra ali. Um dia despertamos, começamos a procurar e nos damos conta que nem sequer é necessário levantar-se da cama para encontrá-lo. Não importa a denominação, não importa como o chamemos, Ele (Ela) está sempre conosco. Em qualquer lugar que vamos, Ele (Ela) nos acompanha. Não sabemos, nem temos a menor idéia de como trabalha esse Deus (Amor). Tampouco conhecemos o que pode fazer. Não podemos nem sequer imaginá-lo. Chamamos de milagres, que realmente existem e podemos experimentá-los em cada momento da vida se deixarmos de querer entender tudo com a mente racional, abandonarmos nossos julgamentos e opiniões e aprendermos a nos deixar levar pela corrente da vida.

É necessário tomar consciência de que nós mesmos somos o maior obstáculo em nossas vidas! Dizemos que confiamos, mas não o fazemos realmente. Dizemos que entregamos nossos problemas a Deus (Amor) mas seguimos preocupados com esses problemas. Quando não deixamos de pensar numa questão qualquer, ficamos angustiados e preocupados com ela. Assim estamos indicando para Deus que queremos solucionar o problema sozinhos, que não confiamos nele. Dessa forma não recebemos resposta a nossas preces, porque temos “expectativas”. Acreditamos que somos donos da verdade, e quando pedimos algo a Deus o fazemos de uma maneira quase imperativa. Explicitamos o que desejamos, e como desejamos, dizendo a cor e a hora que queremos. Entretanto, Deus sabe antes que lhe peçamos. Ele (Ela) está tão perto que não é precisamos gritar. Basta pensar. Deus tem para nós muito mais do que imaginamos, e só espera pela nossa permissão para nos entregar.

 A fé não admite dúvidas. Se colocarmos um   problema nas mãos de Deus (universo) e

continuarmos aflitos e preocupados, é porque nossa fé ainda é fraca. Se pedirmos algo e ficarmos dando a receita, definindo como e quando queremos, estaremos limitando Deus que já sabe desde sempre o que é o melhor para nós. No filme “Sete anos no

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 personagem de Brad Pitt: “Se o seu problema tem  solução, porque se preocupar? E se não tem, porque se preocupar?”  Esse ditado fala sobre a fé que confia, e a fé que resigna, sentindo que se assim  foi, era porque assim deveria ser. A resignação e a fé abrem as portas para que algo melhor ocorra no futuro, e sempre ocorre. A revolta e o controle fecham essas mesmas portas.

Se pedirmos coisas específicas, como por exemplo: “OH, Meu deus, por favor me mande o dinheiro para poder viajar a Europa”, colocamos limite à nossa solicitação. Deus nos outorga o que é correto em cada momento. No caso do exemplo, talvez o correto não seja ir a Europa e sim à América do Sul mas ao estar  tão obstinado em querer ir a Europa, o dinheiro não virá porque o que pedimos não é o correto. Ao nos fechar deste modo, ficamos sem a possibilidade de receber o que é correto e perfeito para o momento específico. Às vezes Deus diz não, como o faz um bom pai quando seu filho não pode medir ou dar-se conta do perigo ou as conseqüências do que pede. Por essa razão, o segredo está em pedir o que é correto e perfeito, e nós não sabemos o que é.

Logo é necessário soltar e abandonar as expectativas. No momento adequado nos chegará o mais apropriado e perfeito. Nunca sabemos de onde vai chegar. Para receber a surpresa, devemos dar permissão.

Deus (Amor) trabalha em forma misteriosa. Se permitirmos, acreditarmos e confiarmos de coração, tudo nos chegará sem esforço. Deus é o único que pode abrir as portas certas e nos aproximar de pessoas que podem nos ajudar ou apoiar  em nosso caminho. Ele (Ela) coloca-nos no lugar correto no momento perfeito só quando deixamos de falar tanto e perguntar ao vizinho em vez de perguntarmos a Ele (Ela) diretamente. O simples pensar em Deus nos eleva de nossos problemas. O estar  agradecidos pelo que temos também modifica automaticamente nossa vibração. Sempre há motivo para estar agradecido.

Ter fé é estar aberto às possibilidades. Significa que estamos dispostos a deixar que a vida nos surpreenda, que nos atrevemos a entrar no desconhecido e a deixar de ter medo ao que nos parece incerto. Quem tem fé tem o coração sempre aberto. Muitas vezes ficamos estancados e damos voltas no mesmo lugar 

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por falta de fé e medo do desconhecido. Vale a pena aprender com a semente, que apesar de não poder imaginar-se como orquídea, tem a valentia de abrir-se, quebrar-se e entregar-se ao processo para brotar da superfície da terra e sair à luz. Um coração cheio de dor não pode imaginar o que se sente ao ser amado ou ao estar em paz. Muitas vezes temos que romper com velhos padrões, velhas formas de pensar e velhas crenças. Isto implica ter que passar por  um túnel escuro e às vezes ter que sentir dor, mas é a única forma de sair adiante e ver a luz.

Jesus disse que devemos ser como meninos para poder entrar no reino do céu. O reino do céu está aqui e é agora. Depende de nós experimentá-lo. Só temos que deixar de pensar  constantemente e deixar de acreditar que possuímos a verdade absoluta e que sempre temos razão. Muitas vezes todos estes pensamentos, informação e educação nos afastam do que realmente somos. A inocência não é mais que a sabedoria que Deus nos dá de presente. Claro que é preciso ser valente para tomar este caminho, mas o triunfo está cem por cento assegurado. É necessário animar-se a acreditar, provar, confiar e entregar-se. Quando começamos a confiar e ter fé, algo se transforma em nosso interior e o pensamento se esclarece, e tudo fica diferente. Tentei explicar com palavras esta transformação, mas não é possível. Não há palavras para defini-la. Simplesmente sabemos que encontramos a sabedoria do coração.

Agora eu gostaria de falar da fé mais importante: a fé em nós mesmos. Não é preciso acreditar em nada fora de nós. Não é necessário acreditar em Deus, Jesus, Buda nem Moisés a menos que isto nos faça sentir bem. O que sim precisamos é acreditar em nós mesmos e no poder que está em nosso interior. Para acessar  esse poder devemos renunciar a muitas crenças, opiniões e  julgamentos sobre nós mesmos. Devemos nos amar nos aceitar do  jeito que somos embora isso não seja algo fácil. Nem sequer 

sabemos conscientemente quais são as crenças que nos estão afetando, mas com o processo que ensino neste livro, não é necessário as conhecer, mas somente dar permissão para que se vão.

Comentário:

O homem é seu próprio salvador. Nem  Jesus, nem Buda, nem ninguém pode salvar quem quer que seja. A verdade salva. A verdade ensinada por

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caminho da salvação. Mas é preciso que aceitemos essas verdades e as incorporemos as nossas vidas. Tudo parte de nós, temos o livre arbítrio, o poder de escolher. Transformação é uma porta que se abre  por dentro.

Quando nos conhecemos e nos amamos incondicionalmente, tornamo-nos invencíveis. E percebemos claramente quando estamos adquirindo essa condição, não é preciso dizer nada. Quando adquirimos a auto confiança, certos tipos de pessoas começam a se afastar de nós, e outras começam a se aproximar trazendo as oportunidades que desejamos e precisamos. O segredo está em si aceitar da forma que se é. Deixar  de acreditar que não é tão bom, não é suficientemente inteligente, capaz ou digno, ou que primeiro precisa de um curso universitário. Se confiamos em nós mesmos, os outros também confiarão. Precisamos somente mudar nossas crenças interiores.

O mais importante é se colocar em primeiro lugar para deixar de querer ser essa pessoa que os outros querem que seja. É preciso despertar e entender que o poder está dentro de nós e não na aprovação de outros. Quando temos fé em nós mesmos, nossos talentos começam a crescer automaticamente e começamos a nos sentir felizes. A fé tem que a ver com a capacidade de amar e desfrutar da vida.

Nossa vida transcorre em nossa própria mente, e se a guerra está em nossa cabeça, somente nós mesmos podemos nos devolver a paz. É preciso recordar que em certo sentido sempre temos razão. Se dissemos que podemos, podemos. Se dizemos que não podemos, assim é, não podemos. Estamos aqui para viver, desfrutar da vida e ser felizes. A fé em nós mesmos nos dá a liberdade de ser autênticos, e isto por sua vez ativa a felicidade que tanto desejamos.

O DINHEIRO

Infelizmente, uma vez que obtemos as coisas materiais nos damos conta que o vazio está ainda ali, que não tem fundo.

Eckhart Tolle em O Poder do Agora

Quando me separei de meu marido depois de vinte anos de matrimônio, saí praticamente sem nada. Nem sequer levei

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meus filhos, pois o pai quis ficar com eles. Eu tinha a certeza de que podia seguir adiante só e senti-me agradecida e contente de ter  a oportunidade de recomeçar. Por outro lado, àquela altura de minha vida tinha aprendido que a felicidade não está no material e que não precisava ter posses. Ao contrário, sabia que quanto menos tivesse mais livre seria. Uma amiga sugeriu que fôssemos viver juntas para poder procurar um lugar mais amplo e lindo. Pareceu-me uma boa idéia, e assim foi que encontramos uma casa muito bela. Nunca imaginei que preencheríamos os requisitos necessários para alugá-la, mas como apresentamos a soma dos dois vencimentos, conseguimos a aprovação. Dois dias antes de assinar o contrato de aluguel, minha amiga me chamou e disse que tinha mudado de idéia e que iria se viver no Arizona. Imediatamente chamei à agente da imobiliária para lhe pedir que pusesse o contrato a meu nome, dizendo que eu seria a pessoa responsável. Ela não teve problema em fazê-lo porque já me conhecia. Pouco tempo depois de assinar o contrato de um ano e me mudar para a casa, começaram a chegar trabalho de todas as partes e logo me dava conta que podia pagar o aluguel sem problema e não precisaria compartilhar minha casa com outra pessoa. Oito meses depois de me mudar, o dono da casa me chamou e disse que desejava vender a propriedade. Explicou-me que, como sabia que eu gostava tanto da casa, me daria prioridade, mas que se não estivesse interessada, em setembro teria que partir.

É obvio que eu desejava comprar a propriedade e ficar  ali, mas com que? Não tinha dinheiro para o pagamento inicial, e como sou contadora, sabia muito bem que não possuía os requisitos necessários para conseguir um empréstimo. Meu intelecto me dizia que começasse a empacotar, mas algo em meu interior dizia que essa não era a melhor opção. Nesse momento mentalizei: “Se Deus considerar que este é o lugar para mim, Ele me conseguirá o empréstimo, porque eu não sei como fazê-lo”. Eu sabia que tinha que me fazer algo, dar permissão para Deus agir. O melhor era me desapegar, confiar e entregar o assunto ao universo.

Duas pessoas que me haviam dito que poderiam me ajudar desistiram durante o processo. O contrato de aluguel venceu e não consegui o empréstimo. Assim tive que chamar o proprietário para lhe dizer o que estava acontecendo. Decidi que em vez de me preocupar em convencê-lo, entregar-me-ia à situação com confiança e fé. Assim foi que o chamei, expliquei-lhe e ele

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este não é um bom momento para vender a casa, portanto vou estender o contrato de aluguel. Redija uma prorrogação, mande-me por fax que assinarei. Tempos depois, antes mesmo que vencesse o contrato de prorrogação, alguém me chamou sem que ao menos eu o tivesse procurado, e me ofereceu um empréstimo para que eu comprasse a casa.

Quando deixamos de nos apegar ao resultado e nos preocupar com a situação, abandonamos a necessidade opinar e emitir julgamentos, tomamos consciência de que não sabemos nada e nos entregamos e aceitamos o processo natural da vida. Passamos a experimentar o fluir natural da vida onde tudo acontece e nos chega de forma mais fácil.

Deus nos pôs na terra com tudo o que necessitamos. Se olharmos a nosso redor notaremos que toda a criação de Deus é infinita e abundante. Só as criações humanas são escassas e limitadas. Os pássaros voam despreocupadamente sabendo que encontrarão o que necessitam para comer, bem perto do lugar onde se encontram.

Manifestar aquilo que desejamos requer muita FÉ e uma grande CONFIANÇA. O universo só precisa que demos esse primeiro passo. Se confiarmos e dermos nossa permissão, tudo o que precisarmos virá até nós. O importante é saber no coração (e não na cabeça) que Deus proverá e confiar cem por cento. Quando acreditamos que não estamos recebendo resposta para nossos pedidos ou não vemos os resultados, não é porque não somos ouvidos. Muitas vezes pensamos em Deus como se fosse nosso empregado e lhe exigimos o que queremos, explicitando como o queremos, a forma, a cor e a hora. Não é assim que funciona o universo. É necessário pedir sem ter expectativas, solicitar aquilo que pensamos ser correto para nós e desapegarmo-nos.

Deus nos dá o que é correto e prefeito em cada momento. O segredo é confiar e soltar, nos deixar levar pela corrente da vida e estar abertos para receber do lugar e da pessoa que menos esperamos. Nunca duvide de que Deus (Amor) proverá nossas necessidades no momento certo, ele sempre o faz. Nosso grande problema é criar expectativas, querer as coisas rapidamente, sermos impacientes e inflexíveis. Não nos damos conta de que tudo que precisamos vem de uma fonte única que sabe perfeitamente o que necessitamos, quando e como.

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Pensamos que somos nós que criamos as oportunidades através do trabalho, nossos maridos ou nossos investimentos, mas esses são somente diferentes caminhos e vias pelos quais as benesses se manifestam. Quando uma porta se fecha é porque outra se abrirá automaticamente.

Comentário:

Se pararmos para analisar nosso momento  presente, veremos que temos tudo de que necessitamos. É preciso ter essa consciência de que Deus é nossa fonte infinita e inesgotável de  provimento que nos supre de tudo o que necessitamos. Isso quer dizer que somos prósperos agora, nesse exato momento e temos tudo o que  precisamos para nos manifestar e ser felizes.

Em seu livro “A Verdadeira Magia”, o Dr.Wayne W. Dyer, falando sobre a prosperidade diz: “você não precisa de mais nada para sentir-se  próspero. Abandonar a consciência de carência

significa trocar as imagens interiores que refletem carência em sua vida. Você já tem tudo o  que é preciso para viver uma vida de prosperidade. Não que você vá receber tudo; você já é tudo. A   prosperidade é antes de mais nada um jogo mental.

É um conjunto de crenças internas e invisíveis que trazemos dentro de nós. Você deve saber que tem  tudo o que precisa agora; nada lhe falta para alcançar a prosperidade.” 

Portanto, vamos parar de nos limitar. Se não nos sentimos felizes, prósperos e realizados agora, não sentiremos nunca.

Estar satisfeito e grato a Deus no  momento presente é pré-requisito para que se tenha algo mais no futuro. Nosso futuro depende do  presente e um coração agradecido é o que há de  melhor para atrair ainda mais benesses.

Isso não quer dizer acomodação. A vida é dinâmica, e estar satisfeito hoje embora seja essencial, não que dizer que não se queira mais

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nosso coração não for grato pelo que já possuímos. O Dr. Dyer continua seu raciocínio: “ Nosso  diálogo interior deve ser mais ou menos assim:-Eu  estou inteiro, completo, total, plenamente vivo  neste momento. É isto! Eu sou tudo, não preciso de  mais nada para sentir-me feliz ou realizado. No 

entanto sei que serei diferente amanhã. Minha realidade física está sempre mudando. As moléculas que ontem constituíam meu ser material serão  substituídas por outras moléculas. O corpo físico  que tinha há dez anos é, hoje, inteiramente novo  do ponto de vista físico. Vou crescer, serei algo  novo e grandioso, porém não mais grandioso do que sou agora. Assim como o céu será diferente dentro  de algumas horas, sua atual perfeição e inteireza não são deficientes, também sou agora, perfeito e imcompleto pelo fato de mudar amanhã. Crescerei e não sou deficiente.” 

 Acho essas colocações do Dr. Dyer simplesmente maravilhosas. Se condicionarmos nossa felicidade e realização em algo que nos falta, estaremos projetando no futuro. Dessa forma nunca a alcançaremos, pois sempre estará faltando algo que estará sempre no futuro. Mas se aprendemos a nos sentir completos agora, seremos felizes e estaremos plantando a semente para que tenhamos  mais amanhã. É simplesmente impossível que essas sementes não floresçam e produzam frutos  maravilhosos. Alguém que conquista essa forma de  pensar, fatalmente estará sempre crescendo e  prosperando.

Em seu livro “As Sete Leis Espirituais do Sucesso”, Deepak Chopra coloca: “Sua intenção é no  futuro, mas sua atenção está no presente. Se sua atenção está no presente, a intenção futura se  manifestará, pois o futuro é criado no presente.

Você tem de aceitar o presente como ele é. Aceite o presente e pretenda o futuro. O futuro é algo  que sempre pode ser criado através da intenção  distanciada, mas nunca deve combater o presente”. Por “intenção distanciada”, o autor acima citado

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quer dizer que não se deve criar expectativas nem  se impacientar pelo resultado.

É importante saber que a fonte geradora é Deus, o Universo. Dessa fonte provém nossa  prosperidade, não do emprego, do casamento, da loteria ou de uma herança. Por isso não devemos nos limitar pensando que nosso salário não é o  bastante para nossas realizações, que temos que trabalhar duro, ter dois empregos, fazer bico e hora extra para conseguir o que queremos. Essas  mudanças não são simples de fazer, e condicionamos nossa realização a ela, da mesma forma nunca seremos felizes. Ter que mudar de emprego, trabalhar mais para ter as coisas, não justifica,  pois assim não teremos tempo e disposição para curtir nossas conquistas. Que graça terão as conquistas se não podermos desfrutá-las.

Basta pensarmos e agirmos de uma forma correta, e o que queremos virá de forma inesperada, por meios até então inimagináveis, por  pessoas que nem conhecemos ainda. É preciso crer e não ficar determinando a forma ou o tempo de tudo ocorrer, não criar expectativas. Ao nos limitarmos estaremos limitando Deus, e assim bloqueando o  processo.

A pior coisa que podemos fazer quando surge um problema é nos preocupar. Agindo assim ficamos impotentes e acabamos atraindo tudo aquilo que não desejamos. Somos como imãs: me diga o que pensas e direi quem és. É de vital importância viver no AGORA. Passamos nosso tempo vivendo no passado com nossas lembranças e experiências, ou no futuro com nossas preocupações. O dinheiro, tal qual tudo o mais, nos chega quando necessitamos, nem antes nem depois. Só precisamos abrir nosso coração e confiar.

Alguém alguma vez me contou a seguinte historia:

Uma mulher encontrou na porta de casa três velhos, e pensando que estivessem com fome convidou-os a entrar e ceiar. Um deles respondeu: “Não podemos entrar os três na sua casa. Somente um pode ser convidado. Eu me chamo Amor, os outros se

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chamam Riqueza e Sucesso. Entre e discuta com sua família qual de nós três será convidado a entrar.” A mulher entrou e contou a história a seu marido e sua filha. O marido disse: “Vamos convidar a riqueza, e teremos abundancia em nossa casa”. A mulher porém retrucou: “e porque não chamar o Sucesso?” A filha que ouvia tudo deu sua opinião: “Acho que deveríamos convidar o Amor”. Decidiram então seguir o palpite da menina. A mulher saiu e convidou o Amor a entrar e partilhar da mesa. O Amor levantou e acompanhou a dona da casa. A riqueza e o Sucesso também se levantaram e seguiram o Amor. A mulher estranhou: “Mas eu convidei somente o Amor. Vocês não disseram que somente um seria convidado?” o Sucesso respondeu: “Se vocês tivessem convidado um de nós, os outros ficariam de fora, mas como convidaram o Amor, nós vamos juntos. Onde vai o Amor, o Sucesso e a Riqueza vão juntos.”

O dinheiro não é mau, ao contrário, o mal é lhe dar  prioridade. Quando fazemos as coisas por dinheiro, tudo parece difícil, o dinheiro que vem parece nos escapar rapidamente das mãos. Devemos encontrar aquilo que amamos fazer, algo que faríamos com mesmo que não recebêssemos por isso. Todos nós nascemos com certos talentos e dons naturais únicos. Existe algo que podemos fazer melhor que nenhuma outra pessoa. É algo que temos dentro de nós e que necessariamente não exige um título universitário. A abundancia e a prosperidade tem a ver com nossa consciência. Quando sabemos quem somos adquirimos a consciência de que já temos tudo o que necessitamos. Já somos ricos no momento presente e ao abrir o coração permitimos que tudo de bom se manifeste em nossa vida.

Comentário:

Essa história contada pela autora é similar à parábola dos lírios dos campos e das aves dos céus contada por Jesus. É o “Buscai em   primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, que

tudo o mais virá com acréscimo”. Essa é a verdade  perdida pela mordida na maçã no paraíso citada lá no início desse pequeno e precioso livro. Tudo  muito simples, mas simplicidade nem sempre quer

dizer facilidade.

Todos nós somos herdeiros de Adão e Eva, somos influenciados pela mordida na maçã, e nesse

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sentido pode-se dizer que há sim o pecado original. Somos impregnados com as crenças errôneas de séculos e mais séculos, de que  precisamos lutar e competir com o semelhante, ser esperto e trabalhar duro a ponto de não ter tempo  para família e diversão a fim de conseguir

sobreviver. Essas crenças antigas precisam ser  banidas de nosso íntimo, gradativamente. Não é fácil porque são muito antigas e passaram a fazer  parte do inconsciente coletivo da raça humana. Mas quanto mais pessoas pensarem diferente, quanto  maior o número de “convertidos” para essa filosofia de vida baseada na prática do amor e da não resistência, mais o inconsciente coletivo  mudará e gradativamente passará a ser positivo. Tal fato representará uma conquista maravilhosa na evolução da humanidade e se refletirá em todas as relações humanas: nas escolas, nas ruas, no comércio, nas indústrias, nas religiões e nas relações internacionais. Será uma utopia? Estará esse dia ainda distante? Digo somente que essa  mudança começa em cada um de nós, e que devemos

influenciar o meio em que vivemos a começar com  nossa própria casa, na educação dos filhos.

O dinheiro não é o mal. O mal é dar-lhe  prioridade. Vamos convidar o amor para cear em 

nossa casa, vamos buscar o reino e sua justiça que o restante virá automaticamente.

OS MEDOS

Conheçam a verdade e ela lhes liberará.

No caminho de busca espiritual que decidi percorrer, tive que enfrentar muitos de meus medos. Senti medo ao deixar  meu matrimônio de mais de vinte anos, ao deixar meus filhos, ao recomeçar minha carreira, ao assinar um contrato de aluguel onde eu assumia toda a responsabilidade sem ter nenhum respaldo econômico. Entretanto, a fé e a confiança em mim mesma me permitiram agir apesar de meu medo. Uma voz interior me disse que eu podia fazê-lo. Porém a sorte e a segurança não vieram sozinhas, mas foram surgindo à medida que fui trabalhando em

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mim mesma. Li vários livros, participei de seminários e busquei ânimo e coragem para mudar muitas coisas em minha vida.

Quando descobrimos quem somos e o poder que temos, entendemos que não há nada a temer, pois somos sempre protegidos. Todo mundo sente medo, pode-se dizer que o medo é uma enfermidade. Somos viciados no medo e no sofrimento. Preferimos sofrer porque nos é familiar. Sabemos como nos sentimos e apesar do sofrimento nos sentimos cômodos. O temor é o conhecido de todos os dias. Quando nos decidimos a enfrentar  nossos medos, chegamos ao outro lado do túnel e vemos a luz. Reconhecemos o que é verdade e, não só nos sentimos vencedores e muito bem conosco mesmos, como olhamos para atrás e vemos que afinal nada é foi tão terrível como tínhamos imaginado.

Uma vez uma pessoa me contou como se tornou um vendedor de imóveis. Ele era muito jovem, e no primeiro dia de trabalho seu chefe lhe perguntou: “Quer vender casas?”. Ele é obvio respondeu em seguida que sim. O chefe o levou a um bairro e lhe disse: “vou te deixar aqui e voltarei em quatro horas. Bata de porta em porta e pergunte às pessoas se querem vender suas casas.” Deixou com ele um bloco com cem fichários, e a cada não que recebesse deveria marcar um fichário. “Vá procurar seus primeiros cem NÃO”. O jovem não podia acreditar, mas não havia como fugir  da situação. O resultado foi que muitas pessoas disseram Não, mas para sua surpresa muitas pessoas disseram sim. Nesse momento o  jovem se deu conta que a cada pessoa que lhe dizia NÃO, se

aproximava mais à possibilidade do SIM.

Todos nós sentimos um grande medo do NÃO, um enorme medo da rejeição. Se não nos arriscarmos a receber um NÃO, nunca receberemos os SIM. O que acontece se a gente recebe um NÃO? Se pensarmos bem, não é tão grave assim. A capacidade de superar este medo é o que diferencia as pessoas que obtém muito na vida das que não obtém quase nada; as que tem êxito e se superam, das que ficam estancadas.

Evidentemente o medo tem a ver com nossas próprias inseguranças. Não sabemos quem somos, nem conhecemos o poder que temos de atrair aquilo que é perfeito e correto para nós. Quando confiamos e acreditamos em nós mesmos, sabemos

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reconhecer que cada momento é perfeito. Se alguém nos diz que NÃO, talvez seja porque o que procurávamos não era perfeito e correto para nós naquele momento. Quem possui fé sabe que nestas ocasiões muitas vezes está caminho algo melhor e maior, e espera com certeza e confiança. Pelo contrário, quem está perdido, confuso e não conhece sua verdadeira identidade, sente um profundo medo a ponto de ficar paralisado.

Comentário:

O que acontece se recebemos um não pela cara? O que perdemos? É arrancada alguma parte de nós mesmos? Não, somente se permitirmos que tal aconteça que seja arrancada nossa coragem e decisão de seguir em frente. Cada não nos aproxima de um sim. Cada não traz em si um ensinamento valioso. Cada não nos lapida para um SIM maior e  melhor.

Como vemos, temos pouco a perder e muito a ganhar. Foi Willian Shakespeare quem disse: “São  as duvidas traidoras que nos faz perder o bem que nosso seria, se o medo de tentar não existisse”.

Todos sentem medo, desde o varredor de ruas até o presidente da nação, o que mostra que o medo não tem hierarquia. A diferença é que alguns se atrevem a seguir em frente apesar do medo. É preciso ser valente para superar o medo, e se não o fizermos, ninguém fará por nós. Nem Jesus, nem Buda voltarão para nos resgatar. Tudo que precisamos para nossa transformação  já está em nós mesmos. A mudança é interior, na há outra forma de fazê-la. Não existem atalhos ou fórmula mágica. Cada um escolhe o seu caminho e quanto mais corajosos somos, mais longe chegamos. E à medida que caminhamos novas possibilidades vão surgindo. A boa noticia é que o medo existe somente em nossa mente, são criados por nós mesmos e somente nós podemos eliminá-los. As crenças podem ser mudadas e as lembranças podem ser apagadas, pois não necessitamos delas para sobreviver. Disso depende nossa liberdade, pois se mudarmos nossa mente nesse sentido estaremos saindo da prisão que nós mesmos criamos. Abriremos assim a porta de nossa alma e recuperamos a liberdade

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