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IBRAC Instituto Brasileiro da Cachaça

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Academic year: 2021

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Realizado em Brasília/DF, nos dias 23 e 24 de Setembro de 2013, no prédio do MAPA

(Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), com a participação das seguintes

instituições:

 IBRAC (Instituto Brasileiro da Cachaça);

 APAR (Associação Pernambucana dos Produtores de

Aguardente de Cana e Rapadura);

 CGVB - MAPA (Coordenação Geral de Vinhos e

Bebidas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento);

 SDA - MAPA (Secretaria de Defesa Agropecuária do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento);

 DIPOV - MAPA - (Departamento de Produtos de

Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento);

 CGQV - MAPA - (Coordenação Geral de Qualidade

Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento);

 ITEP - (Instituto de Tecnologia de Pernambuco);

 SIC - Goiás - (Secretaria Indústria e Comércio do

Estado de Goiás);

 UNESP - (Universidade Estadual Paulista - Faculdade

de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal - SP);

 UFLA - (Universidade Federal de Lavras/MG -

Departamento de Química);

 URPE - (Universidade Rural de Pernambuco);

 LABM - (Laboratório Amazile Biagioni Maia, MG);

 UFMG - (Universidade Federal de Minas Gerais);

 ABBA - (Associação Brasileira de Exportadores e

Importadores de Alimentos e Bebidas);

 CÂMARA SETORIAL DA CACHAÇA;

 URPE - (Universidade Rural de Pernambuco);

 AGOPAC;

 COPACESP - (Cooperativa dos Produtores de

Aguardente de Cana e Álcool do Estado de São Paulo);

Empresas do Comitê Técnico do IBRAC:

 Engarrafamento Pitu;

 Cia Müller de Bebidas;

 Indústria de Bebidas Pirassununga Ltda;

 Campari do Brasil;

 Pernod Ricard - Brasil;

 Fazenda Soledade;

 Diageo Brasil;

 Engenho São Paulo

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1. Abertura

O Workshop foi aberto pelo presidente da Diretoria Executiva do IBRAC, Sr. Vicente

Bastos Ribeiro, que agradeceu a presença de todos os participantes e suas respectivas

entidades no empenho de se elevar a qualidade em geral da aguardente de cana e cachaça.

Em seguida o mesmo iniciou a reunião pontuando as ações resultantes do I Workshop

realizado no ITEP - Recife em 2010.

A primeira ação resultante do I Workshop seria realizar uma Pesquisa Nacional de

Monitoramento da Segurança e Qualidade da Cachaça e a Aguardente de Cana através da

coleta de amostras e aplicação de questionários, numa amostra estatisticamente

representativa da produção de cachaça e enviar as amostras ao ITEP para serem analisadas,

sob os parâmetros da IN 13/2005. Os resultados então retornariam ao MAPA, que através

de uma ampla análise estatística apresentaria os resultados ao setor numa próxima etapa

que seria o II Workshop. Além disso, outras ações como, estudos e projetos do setor

privado em parceria com a Academia também, deveriam colaborar para a minimização de

contaminantes especialmente o Carbamato de Etila (CE) e elevação em geral da qualidade.

O presidente da Diretoria Executiva do IBRAC comentou também as ações já

implementadas pelo setor produtivo e em seguida passou a palavra ao Dr. Álvaro Vianna

Chefe da Coordenação Geral de Vinhos e Bebidas (CGVB) do MAPA que reforçou o

compromisso de transparência e discussão aberta de assuntos relacionados ao setor. Relatou

que embora o limite de 150ppb tenha sido imposto na época sem uma ampla discussão do

assunto, este evento seria uma oportunidade de rediscussão.

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Em seguida iniciaram-se as apresentações:

2. Apresentação Marlos Vicenzi – Resultados do Programa de Monitoramento da

Qualidade da Aguardente de Cana e Cachaça

Sr. Marlos S. Vicenzi, representando a CGVB do MAPA apresentou os resultados

analíticos e o tratamento estatísticos dos resultados das análises das amostras coletadas em

2012.

Na apresentação dos dados estatísticos, ficou demonstrada à todos os participantes a

dimensão da pesquisa, abrangendo o setor produtivo como um todo, enfocando a produção

da cachaça e aguardente de cana de norte a sul do país, relacionando variáveis importantes

como processo de fermentação, destilação, de manejo na cultura da cana-de-açúcar, boas

práticas de fabricação com os níveis observados de Carbamato de Etila (CE).

Toda a pesquisa foi realizada no ano de 2012, obedecendo ao período de produção de cada

região do país, sendo amostradas todas as regiões produtoras. Ficou evidente que a

implementação de Boas Práticas de Fabricação (BPF), eleva significativamente a qualidade

do produto, independente do tamanho do produtor; ou seja, mesmo um pequeno produtor

com poucos recursos financeiros, poderá incorporar ao processo produtivo ações

relativamente simples que contribuirão na elevação da qualidade de seu destilado.

Com relação ao contaminante CE, os dados estatísticos demonstraram que o mesmo está

presente em ambos os processos de destilação (alambique e coluna) e que os valores

médios de concentração do CE encontrados nos produto provenientes da destilação em

coluna são mais elevados do que aqueles provenientes da destilação em alambique. Os

resultados de análise mostraram 74% das amostras apresentaram resultados de CE até 150

ppb, 14% entre 151 e 300 ppb e 12% acima de 300 ppb. A média geral (produção coluna +

alambique) ficou em 136,7 ppb, porém com um desvio padrão de 143,5 ppb. Estes

resultados demonstram que a dispersão é bastante ampla (resultados máximos de até

761ppb).

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Ao todo foram gerados cerca de 50 mil dados que poderão ser utilizados para investigação

de diversos aspectos relacionando análises e aos processos produtivos. Esses dados serão

compartilhados para serem explorados em novas análises.

3. Apresentação Prof. Dr. Ian C. Nóbrega - Universidade Federal Rural de

Pernambuco

O Prof. Ian C. C. Nóbrega da URPE - (Universidade Rural de Pernambuco) iniciou as

apresentações com a palestra “Carbamato de Etila - Risco e Controle no Brasil”, onde o

mesmo apresentou dados sobre a composição química e a formação do CE a partir dos

glicosídeos cianogênicos da cana-de-açúcar, bem como apresentou um estudo de avaliação

do risco de desenvolvimento de câncer baseado em cálculos dos limites de exposição diária

observados em ratos e sua possível correlação com humanos.

De acordo com este estudo, o consumo de bebidas alcoólicas é relevante no cálculo de

margem de exposição ao carbamato de etila e alguns cenários possíveis relacionando dados

de consumo x limites de carbamato foram apresentados.

4. Apresentação Dra. Lorena Oliveira – LABM – Belo Horizonte - MG

A próxima apresentação foi da Dra. Lorena Marinho, representando a Prof. Amazile

Biazoni Maia do LABM de Belo Horizonte - MG, com o tema “Carbamato de Etila:

Origem e Significado desse parâmetro no Controle da Cachaça”.

Durante a apresentação a Dra. Lorena mostrou além da formação do CE, sua

incidência em outros alimentos e o histórico do mesmo, desde sua utilização como

medicamento até os dados atuais. O grau de carcinogenicidade do CE foi explicado

e elaborado também um cálculo para consumo com segurança.

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5. Apresentação Profa. Dra. Maria das Graças – Universidade Federal de Lavras

- UFLA

A Dra. Maria das Graças da UFLA de Lavras/MG seguiu com a exposição de trabalhos

com o tema “

Quantificação e Biossíntese de Carbamato de Etila em Cachaça”, onde foi demonstrada a evolução de trabalhos acadêmicos nos níveis de especialização, mestrado e doutorado com relação ao CE. A palestra mostrou particularidades sobre envelhecimento e acondicionamento da cachaça, mostrando que há formação do composto mesmo depois de finalizada a destilação. Diversas dúvidas e indagações dos participantes foram esclarecidas pela Dra. Maria das Graças, principalmente com relação a destilados envelhecidos e métodos de fermentação.

6. Apresentação Profa. Dra. Marcia Mutton - UNESP Jaboticabal

A Dra. Márcia R. Mutton da UNESP de Jaboticabal, seguiu apresentando o tema “Ações Preventivas para a Redução dos Teores de Carbamato de Etila nos Destilados”, tratando dos cuidados necessários e pontos de atenção desde as práticas agrícolas, quanto a técnicas avançadas de fermentação e destilação, passando pela devida condução do aparelho de destilação, seja qual, for ele. As BPF foram ressaltadas como ponto importante para a qualidade do produto. A professora mostrou a relevância de muitas iniciativas de BPF, desde ações simples a outras mais abrangentes, como aquela envolvendo processos de tratamento térmico para redução dos precursores do CE.

Durante a apresentação, diversas dúvidas surgiram e a professora mostrou que é possível minimizar a formação do CE na cachaça, bem como é possível também à minimização de outros contaminantes e até mesmo a eliminação de alguns. Com relação a técnicas de minimização do CE, foi descrito o processo de tratamento térmico e decantação do caldo a fermentar e a apresentação do gomo retificador para colunas de destilação como a nova tecnologia.

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7. Apresentação Profa. Dra. Maria Beatriz A. da Gloria – Universidade Federal de

Minas Gerais - UFMG

Finalizando a apresentação dos trabalhos acadêmicos a Prof. Maria Beatriz Abreu da Glória, da Universidade Federal de Minas Gerais, concluiu dissertando sobre a evolução das técnicas analíticas da quantificação do CE, com o tema “Experiências na Quantificação do Carbamato de Etila na Aguardente de Cana”, explanando sobre o desenvolvimento de métodos para mensuração do CE, tendo em vistas suas especificidades. Foram apresentados os testes realizados para validação da metodologia analítica empregada e os resultados de amostras de cachaças do estado de Minas Gerais, evidenciando enorme dispersão de resultados, sugerindo que o setor é heterogêneo e que existam muitos contrastes entre produtos de uma mesma região, embora com a utilização provável de matéria prima e processos produtivos semelhantes.

A técnica recomendada e de maior confiabilidade para quantificação do CE é o GC-MS. Não houve resultados satisfatórios com GC-FID e HPLC. As dúvidas foram respondidas pela professora e o Sr. Vicente Bastos, encerrou o primeiro dia do Workshop, programando para o próximo dia a apresentação prevista do setor produtivo sobre as ações implantadas e os debates sobre os futuros encaminhamentos resultantes deste II Workshop.

8. Apresentação IBRAC

O segundo e último dia foi aberto pelo Sr. Vicente Bastos, que resumiu as ações implementadas pelo setor produtivo em diversos segmentos, com a finalidade da minimização dos contaminantes, em especial do CE, conforme havia sido acordado e definido no I Workshop.

As ações do setor vieram confirmar o que os trabalhos apresentados pelos acadêmicos no dia anterior demonstraram, é possível a minimização, porém não a eliminação do contaminante CE. Entre as ações apresentadas, ficou evidenciada a relevância da implantação das BPF, o tratamento de água para abastecimento das unidades produtivas, o tratamento térmico do caldo antes da fermentação e a correta condução dos aparelhos de destilação, dentro de suas respectivas capacidades nominais.

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Durante a apresentação, diversos representantes do setor produtivo, também pediram a palavra para ajudar o palestrante a descrever as ações implementadas e os problemas do dia a dia de um processo produtivo muito dinâmico como é o da produção de cachaça, onde os volumes podem ser muito grandes e a atividade por ser agroindustrial, depende diretamente de fatores climáticos, portanto, em determinados casos não há como se prever problemas.

Concluído esta apresentação o Sr. Vicente Bastos convidou a Sra. Simone Nakazone (Cia Müller de Bebidas) e o Sr. Antonio Baldinotti (Copacesp) para descrever o processo tecnológico denominado “Gomo Retificador”, já citado na tarde anterior pela professora Márcia Mutton, que foi um projeto estabelecido através de uma parceria tecnológica entre a Copacesp e a Cia Muller, que proporcionou ao setor desenvolver uma metodologia, onde é possível reter o carbamato de etila de algumas bandejas instaladas além das convencionais nas colunas de destilação.

A Sra. Simone Nakazone apresentou o projeto, bem como todas as etapas de seu desenvolvimento e os surpreendentes resultados alcançados com o mesmo. A mesma ainda deixou claro que esta tecnologia já é parte de seu processo produtivo, bem como da maioria dos cooperados da Copacesp.

O Sr. Antonio Baldinotti explanou sobre a operação da coluna com a instalação do gomo retificador e os excelentes resultados obtidos, mostrou ainda, que é preciso à própria unidade industrial verificar algumas particularidades de sua coluna de destilação para a obtenção dos resultados desejados. Foram ainda comentados exemplos de produtores antes e depois da instalação do “Gomo Retificador” e os resultados positivos alcançados.

Na última parte da apresentação do setor produtivo, o Sr. Mucio Fernandes apresentou uma pesquisa realizada na região de João Pessoa/PB, sobre o CE e sua relação com consumo médio anual por habitante de cachaça e a correlação deste consumo com o limite máximo de ingestão do contaminante estabelecido internacionalmente, defendendo a possibilidade de se estabelecer um limite máximo aceitável do CE na cachaça.

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Finalizando o evento houve um grande debate sobre tudo o que foi apresentado, sendo o mesmo coordenado pelo Dr. Álvaro Viana da CGVB do MAPA com o auxílio do Sr. Marlos S. Vicenzi. O Dr. Álvaro iniciou o debate, mostrando a enorme evolução do setor no quesito CE e consequentemente nos outros contaminantes, comparando o setor desde quando foi iniciado o debate sobre o CE até hoje, enfatizou a contribuição de todos os atores para se atingir o nível atual e comentou sobre o ótimo trabalho realizado pelo MAPA, utilizando as analises do ITEP e tabulando seus resultados de maneira clara e científica.

Enfatizou que a definição do limite de carbamato de etila, mesmo imposto, foi positiva para a melhoria do setor e qualquer decisão do gerenciador de risco deverá levar em consideração aspectos tecnológicos, políticos, sociais. Mostrou preocupação com demandas do Procon, IDEC, MP com relação ao CE. Com a conclusão do debate final, envolvendo praticamente todos os presentes, o Sr. Vicente Bastos agradeceu a todos, em especial aos professores que demonstraram a relevância cada vez maior da contribuição acadêmica para resolução de desafios do setor produtivo.

Como resultados do II Workshop, pode-concluir que:

 A pesquisa realizada pelo MAPA, muito bem exposta e interpretada pelo Sr. Marlos S. Vicenzi, mostrou o panorama atual da qualidade da aguardente de cana e cachaça e funcionará como ponto de partida de novos trabalhos e consequentemente novas informações do setor. Os dados coletados ainda poderão ser analisados mais detalhadamente e deverão fornecer informações adicionais importantes;

 As informações apresentadas pelos professores mostraram que é possível minimizar o CE e outros contaminantes com a implementação de ações de BPF nas unidades produtoras;

 Ainda com relação às informações acadêmicas, foi possível verificar a possibilidade de vários laboratórios desenvolverem o método analítico para a execução confiável da determinação do CE e obterem a acreditação necessária;

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 É possível à adequação do limite do CE, dentro da realidade produtiva do setor, desde que embasada cientificamente. Para que isso ocorra, uma das alternativas seria firmar um acordo de cooperação entre o IBRAC, acadêmicos e o MAPA, para a realização de estudos e apresentação dos mesmos até o final de março 2014, para se respeitar o prazo até 29/06/2014, que é a data limite para a entrada em vigor do limite proposto, que poderá ser confirmado ou modificado pelos estudos.

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