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Flávia Zóboli Dalmacio; Universidade de São Paulo (USP) Daniel Buoso; Universidade de São Paulo (USP)

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 1 Comparação dos Indicadores Contábeis das Empresas com Ações Listadas no Índice de

Sustentabilidade Empresarial (ISE) com os das Demais Empresas Listadas na Bovespa

AUTORES

Flávia Zóboli Dalmacio; Universidade de São Paulo (USP) flaviazd@usp.br Daniel Buoso; Universidade de São Paulo (USP)

daniel.buoso@usp.br Artigo recebido em 14/11/2016 Artigo aprovado em: 05/12/2016 Resumo

As organizações investem, cada vez mais, em ações de cidadania corporativa e em sustentabilidade; ao mesmo tempo, considera-se que empresas sustentáveis têm mais possibilidades de gerar valor ao acionista em longo prazo, por estarem mais preparadas para enfrentar os riscos econômicos, sociais e ambientais. Portanto, o objetivo deste trabalho é verificar, por meio de indicadores contábeis, se as empresas brasileiras que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) possuem desempenho superior ao das demais empresas que não compõem o índice. De acordo com os resultados obtidos, no período analisado (2006-2012), as empresas brasileiras que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) apresentaram desempenho superior às demais em quatro indicadores: retorno das ações; rentabilidade do ativo (ROE); rentabilidade do patrimônio líquido (ROA); e composição do endividamento. Ainda assim, estudos posteriores são necessários para se verificar melhor a relação entre comportamento sustentável e o desempenho financeiro.

Palavras chave: Sustentabilidade, Rentabilidade, Indicadores. Abstract

Organizations invest increasingly in corporate citizenship activities and sustainability; at the same time, it is considered that sustainable companies are more likely to generate shareholder value in the long term, because they are better prepared to face the economic, social and environmental risks. Therefore, the objective of this study is to verify, through financial indicators, if Brazilian companies that make up the Corporate Sustainability Index (ISE) of the São Paulo Stock Exchange (Bovespa) have performance superior to that of other companies that do not make up the index. According to the results obtained in the period analyzed (2006-2012), Brazilian companies that make up the Corporate Sustainability Index (ISE) outperformed the other four indicators: return on stocks; return on assets (ROA); return on equity (ROE); and composition of debt. Still, further studies are needed to better assess the relationship between sustainable behavior and financial performance.

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 2

1 INTRODUÇÃO

O papel social das empresas privadas vem sendo debatido nos meios acadêmico, empresarial e governamental desde a Revolução Industrial. No contexto empresarial, a designação ‘responsabilidade social’ tem o objetivo de destacar o papel central e primordial que as empresas representam, enquanto organizações humanas, na manutenção, desenvolvimento e promoção do bem-estar social. As políticas socialmente responsáveis e o respeito ativo por valores morais e sociais constituem os indicadores teóricos do Desempenho Social de Empresa (DSE), composto (1) pelo nível de responsabilidade social; (2) pelo comprometimento com causas sociais; e (3) pela filosofia subjacente à resposta das empresas perante problemas ou desafio de natureza social (ALMEIDA, 2007).

Segundo Alves (2001), a concepção de uma empresa social, comprometida com objetivos outros que o de geração de riqueza material ganhou corpo nas décadas de 60 e 70, promovida por correntes de pensamento e movimentos de protesto que propunham modelos críticos e alternativos ao capitalismo avançado e à sua instituição fundamental: a empresa. E isso não ocorreu sem propósito: o atual modelo de desenvolvimento econômico vem gerando enormes desequilíbrios sociais, de maneira que crescimento exponencial, riqueza e fartura convivem com miséria e degradação ambiental e humana (ARAÚJO e MENDONÇA, 2009), o que resulta numa crescente cobrança por parte da sociedade, de um posicionamento do mundo corporativo perante essa situação, e mais que isso, a adoção de práticas que resultem em benefícios à sociedade e ao meio ambiente.

O crescimento e a diversificação das grandes empresas nos principais países industrializados revelam que o papel da empresa na sociedade não se restringe meramente à produção de bens ou à prestação de serviços em condições eficientes, assim como não se limita à maximização do lucro para os acionistas; antes, porém, consiste na geração de riqueza em um sentido mais amplo, a qual ser traduzida, entre outros, em termos de conhecimento, tecnologia, empregos, infraestrutura energética e de comunicações, ou seja, em benefícios à sociedade. Ao colaborar com o desenvolvimento, a empresa pode até contribuir para a estabilidade de um país ou região, com implicações políticas e estratégicas (ALVES, 2001).

O interesse empresarial em divulgar o comprometimento com Responsabilidade Social Corporativa (RSC) faz com que a quantidade de informações disponibilizadas publicamente aumente gradativamente (MILANI FILHO, 2008). A divulgação pública de um conjunto de informações sobre o envolvimento da empresa com a comunidade, funcionários, meio ambiente e benefícios dos produtos oferecidos é conhecido como Disclosure Social (ANDERSON e FRANKLE, 1980).

O processo de evidenciação dessas práticas ocorre por meio do Balanço Social que, embora não seja peça obrigatória, constitui-se em um dos principais relatórios sobre as características da empresa e seu relacionamento com diferentes públicos (Milani Filho, 2008). Tem por objetivo “demonstrar o resultado da interação da empresa com o meio em que está inserida. Possui quatro vertentes: o Balanço Ambiental; o Balanço dos Recursos Humanos; a Demonstração do Valor Adicionado; e os Benefícios e Contribuições à Sociedade em geral” (IUDÍCIBUS et al, 2003, p. 33).

Evidenciado no Balanço Social, o Investimento Social Privado (ISP), segundo Milani Filho (2008), é caracterizado, basicamente, pela transferência voluntária de recursos de empresas privadas para projetos sociais ambientais e culturais de interesse público sendo, no Brasil, desenvolvidos a partir de parcerias ou alianças entre o Segundo e o Terceiro Setor. Em geral, as empresas direcionam recursos para organizações não governamentais sem fins

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 3 lucrativos, para a promoção de determinada ação social. Pode-se constituir, também, no comprometimento de as empresas se monitorarem e avaliarem os projetos desenvolvidos para diferenciá-los de práticas assistencialistas, para que haja um real desenvolvimento pessoal e um empoderamento da população, esperando-se, neste caso, que o investidor social se envolva com as ações e os resultados proporcionados à comunidade.

Atendendo às expectativas dos mais variados stakeholders, vem crescendo o número de empresas que informam a adoção de práticas socialmente responsáveis, embora não haja consenso acadêmico e empresarial sobre a conceituação e a abrangência da responsabilidade social. Essas práticas, ainda, se relacionam aos conceitos de sustentabilidade e governança corporativa (MILANI FILHO, 2008).

A adoção de práticas socialmente responsáveis possui impacto positivo não apenas na imagem da empresa perante seus stakeholders, mas também em seu custo de capital próprio, segundo o trabalho de Silva e Quelhas (2006). Segundo os autores, ao aderir aos padrões de sustentabilidade, a empresa reduz o risco corporativo medido pelo risco sistemático, determinando a redução do custo de capital e aumento do valor econômico.

De acordo com Milani Filho (2008), ao considerar que as empresas sustentáveis geram valor para o acionista no longo prazo, por estarem mais preparadas para enfrentar os riscos econômicos, sociais e ambientais, a Bovespa lançou, em 2005, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que mede o retorno total de uma carteira teórica composta por ações de empresas com reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial (no máximo 40). Tais ações são selecionadas entre as mais negociadas na Bovespa em termos de liquidez, e são ponderadas em carteira pelo valor de mercado das ações disponíveis à negociação (BOVESPA, 2005).

Com base no que foi anteriormente citado, tem-se a seguinte questão: as empresas listadas no ISE possuem indicadores contábeis superiores em relação às demais empresas listadas na Bovespa?

Portanto, o objetivo do trabalho é verificar, por meio de indicadores contábeis, se as empresas brasileiras que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) possuem desempenho superior ao das demais empresas que não compõem o índice. Isto torna um estudo relevante, uma vez que ainda não há experiência similar a esta, o que contribuirá, certamente, tanto para a visibilidade do ISE quanto para incentivar as empresas a adotarem atitudes socialmente responsáveis.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Ao se falar sobre ISE, não se pode deixar de pensar na efetivação das informações referentes à sustentabilidade. Silva et al (2009), em seu estudo, analisaram as informações relacionadas à gestão ambiental mais evidenciadas nos relatórios de administração e notas explicativas das empresas que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). A amostra constitui-se de todas as empresas que compuseram o ISE 2009/2010 da Bovespa, totalizando 29 empresas. Constataram-se nas análises realizadas que a evidenciação ambiental se destacou em 128 observações, que correspondem a 12% do total possível de evidenciação ambiental com base no modelo proposto. Ressalta-se ainda que as informações de gestão ambiental mais evidenciadas se referiam a “resíduos” e a “energia”; porém, por serem empresas que fazem parte de um índice que considera questões ambientais na escolha das empresas participantes, compreende-se que a evidenciação de informações de gestão

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 4 ambiental deveria ser mais comumente explicitada nos relatórios, que servem como fontes de informação na tomada de decisão dos diversos usuários.

Gallon e Ensslin (2007) examinaram o conteúdo da evidenciação dos elementos que se configuram como os pilares do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), nos Relatórios da Administração (RA), do período de 2000 a 2006, das 34 companhias abertas que compõem a carteira teórica anual de dezembro/2006 a novembro/2007 do ISE, por meio da técnica da análise de conteúdo e análise de cluster. Os resultados do estudo referente à análise de conteúdo demonstraram: independentemente do elemento evidenciado, os RAs analisados apresentam maior evidenciação declarativa, seguida da quantitativa não monetária; há um equilíbrio entre a evidenciação dos elementos relacionados à sustentabilidade empresarial, sendo o elemento “empregados e fornecedores” o mais evidenciado, em oposição ao elemento “governança corporativa”, que teve menor evidenciação. Os resultados do estudo referente à análise de cluster demonstraram: a maioria das empresas classificou-se no cluster “evidenciação moderada”, representando 62,96% das empresas analisadas; sete empresas (25,93%) classificaram-se no cluster “evidenciação baixa”, e apenas três empresas no cluster “evidenciação elevada”. Em termos gerais, as empresas não demonstram um nível alto de evidenciação de suas práticas sustentáveis, não havendo, aparentemente, relação entre o nível de evidenciação e o setor de aplicação das empresas que compõem a carteira atual do ISE da Bovespa.

Ainda tratando de evidenciação, Souza, Rásia e Jacques (2010) analisaram as informações ambientais que são evidenciadas nas empresas participantes do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa, nos segmentos de Energia Elétrica, Química e Siderurgia e Metalurgia, nos períodos de 2007 e 2008. As análises das demonstrações contábeis publicadas pelas 13 empresas pesquisadas tiveram a finalidade de verificar quais informações ambientais são evidenciadas e de que forma são apresentadas. Os principais resultados indicaram que o Balanço Social é utilizado por todas as empresas para divulgação de seus gastos ambientais, apresentando indicadores específicos. O Relatório de Administração aparece logo após, utilizado pela maioria das empresas também para este fim. Já, as Notas Explicativas são utilizadas por apenas uma terça parte das empresas. Apesar da evidenciação do envolvimento das empresas, observa-se que a utilização de indicadores ambientais ainda é pouco explorada nesses segmentos empresariais.

Ao entrar para o ISE, espera-se que as ações tenham um desempenho superior, e que esta entrada tenha um efeito positivo perante o mercado. Silva, Coelho e Luz (2008) investigaram se o mercado acionário brasileiro, ao tomar conhecimento da entrada de uma empresa para o ISE, precifica positivamente as ações dessas empresas. Em outras palavras, se as ações de empresas sustentáveis valem mais que as de empresas não sustentáveis no Brasil. Em sentido contrário, investigou-se, também, se a divulgação da saída da carteira do ISE provocaria um efeito negativo nos preços dessas ações. Para examinar o problema, esta pesquisa utilizou a metodologia de estudo de eventos, buscando identificar a ocorrência de retornos anormais significativos após a divulgação da entrada ou da saída da empresa na carteira do ISE. De acordo com os resultados observados nesse trabalho, ainda não se confirmaram, no mercado acionário brasileiro, as expectativas de valorização das ações das empresas sustentáveis. Contudo, o presente trabalho também não encontrou evidências de que essas empresas estejam sendo desvalorizadas pelo mercado, conforme sugere a “teoria dos shareholders”.

Luz (2009) estudou o impacto sobre os preços das ações e dos ADRs das empresas que entraram ou que saíram do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) no

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 5 mercado acionário brasileiro e norte-americano, e nos pregões próximos à data de divulgação da carteira do índice. Para isso, foi utilizada a metodologia de estudo de eventos em uma análise comparativa dos retornos antes e depois do anúncio e da regressão multivariada com dados em painel em uma análise agregada que inclui também empresas não pertencentes ao ISE. De acordo com os resultados observados, concluiu-se que: as ações das empresas que entraram para o ISE se valorizaram, assim como as que saíram do índice se desvalorizaram, nos pregões próximos ao anúncio da carteira; a valorização na entrada ou a desvalorização na saída foi maior no mercado norte-americano; a valorização obtida na entrada é maior que a desvalorização obtida na saída; o impacto sobre o preço das ações foi observado mais rapidamente no mercado norte-americano que no brasileiro; das empresas sustentáveis, as pertencentes ao setor de commodities apresentaram o menor retorno em relação às empresas dos demais setores.

Pascuotte (2012) analisou se os ativos incluídos no ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) apresentaram retorno anormal próximo ou posterior à data do evento. Foram analisadas as ações ingressantes no ISE, no período de 2005 a 2011, no total de 62 empresas. Para cada ativo, foi testado o retorno anormal a fim de verificar se foi positivo ou negativo e avaliar desse modo a eficiência de mercado. Foi utilizado, como janela de teste, 10 dias anteriores e 10 dias posteriores ao anúncio do evento através do modelo de mercado. Nas análises realizadas, verificou-se retorno anormal na prévia posterior ao evento para todos os ativos que fizeram parte da carteira em um determinado momento; no entanto, quando testados aleatoriamente após o evento, não se observa um efeito duradouro destes retornos, e o valor do ativo volta novamente a ser influenciado por fatores externos.

Ainda com relação ao efeito da entrada de uma empresa para o ISE, Caparelli (2010) investigou se a entrada de uma empresa no ISE agrega valor ao acionista. Os resultados encontrados indicam que as companhias que foram anunciadas como participantes do ISE conseguem obter retornos anormais acumulados positivos, estatisticamente significantes, em janelas próximas ao anúncio da nova carteira, quando comparadas com as empresas de um grupo controle. Estes resultados podem servir de apoio para os processos de tomada de decisão dos gestores das companhias e no estabelecimento de políticas relacionadas às práticas de sustentabilidade nas organizações.

Fundamentado na teoria dos stakeholders e na hipótese de eficiência de mercado, Machado, Machado e Corrar (2009) averiguaram se a rentabilidade média do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) é estatisticamente igual à rentabilidade dos demais índices da Bovespa, no período de dezembro de 2009 a novembro de 2007. Para atingir o objetivo proposto, foram utilizados testes paramétrico e não paramétrico, concluindo não haver diferença significativa entre o ISE e os demais índices da Bovespa; no entanto, os autores afirmam que o resultado apresentado não pode levar à conclusão de que investimentos socialmente responsáveis apresentam o mesmo retorno de investimentos que não adotam postura idêntica, mas que o retorno médio dos índices é semelhante, uma vez que um número relevante de empresas compõe simultaneamente mais de um índice.

Cavalcante, Bruni e Costa (2009) confrontaram o desempenho da carteira teórica formada pelas ações que compõem o ISE com o desempenho das carteiras teóricas que formam o Índice Bovespa (Ibovespa) e o Índice Brasil (IBrX). Foram empregadas as séries de dados divulgados pela Bovespa e, no caso, do ISE, adicionalmente, retroagiu-se o índice para o período anterior a sua criação usando uma carteira de referência. Do ponto de vista metodológico, o trabalho apoia-se (a) na comparação dos retornos acumulados, retornos médios e desvios padrão do ISE, do Ibovespa e IBrX ao longo de 345 pregões distribuídos em

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 6 torno da data de criação do índice; e (b) nos testes de estacionariedade das séries que relacionam o ISE ao Ibovespa e o ISE ao IBrX. Tendo em vista a elevada participação de instituições financeiras na composição do ISE, comparou-se também o desempenho desse indicador excluindo essas instituições de sua carteira de referência. Os principais resultados são: (a) não há evidências de um desempenho superior do ISE no período posterior a sua criação; (b) há, porém, indicações de que as carteiras retroagidas do ISE apresentaram melhor desempenho no período anterior à criação do índice, sugerindo que a precificação teria ocorrido antes de sua divulgação oficial; (c) ainda assim, não foi possível identificar um momento específico que marcasse a elevação percebida nos preços; e (d) grande parte do melhor desempenho obtido pelo ISE no período que antecede sua criação pode ser creditado ao desempenho das instituições financeiras que o compõem.

Já pensando na forma de financiamento das empresas listadas no ISE, e também no risco das ações destas empresas, Teixeira, Nossa e Funchal (2011) investigaram em seu estudo se a forma de financiamento das empresas é afetada pela participação das firmas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE); também foi analisada a relação entre o ISE e o risco. Os resultados indicaram, estatisticamente, que empresas com Responsabilidade Social Corporativa (RSC) tiveram uma relação negativa com o endividamento e o risco, quando comparadas com aquelas que não sinalizam; ou seja, os índices de sustentabilidade são um canal crível de informação do comprometimento da empresa com a RSC.

Nogueira e Gomes (2012) analisaram o desempenho do ISE no que se refere ao seu retorno e risco, comparando-o ainda com os resultados dos demais índices da Bovespa. Foi realizada uma pesquisa exploratória com dados secundários, onde os índices foram analisados e utilizou-se do Índice de Sharpe como ferramenta para avaliação da eficiência dos índices de ações. Observou-se que os resultados foram semelhantes e o ISE superou os resultados de alguns dos demais índices da Bovespa, de forma que o investimento no ISE se mostra válido tendo em vista seu desempenho histórico.

Também tratando de risco, Cavalcanti e Boente (2012) investigaram a relação de risco e retorno das empresas integrantes do ISE no período de 2008 a 2010, verificando se elas apresentaram retornos médios maiores e riscos sistêmicos menores. Os resultados encontrados sugerem que a diferença dos retornos médios e dos riscos sistêmicos da amostra, comparados aos valores de um grupo controle pares a ela, não foram significativas, portanto as empresas listadas no ISE não ofereceram vantagens relevantes em nenhum período analisado.

Para verificar se a responsabilidade social corporativa aumenta o valor da empresa e o retorno do acionista no mercado brasileiro, Tavares (2011) analisou as empresas listadas na BM&FBovespa de 2005 a 2010, por meio de duas metodologias alternativas: regressões em painel e estudo de eventos. Os resultados dos painéis indicaram que empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa possuem maior price-to-book quando comparados com as empresas não listadas no ISE. O estudo de eventos revela que as empresas que saem do ISE apresentam retornos anormais negativos; por outro lado, empresas que entrem no ISE apresentam retornos anormais positivos, embora os resultados não sejam estatisticamente significantes.

Com o propósito de analisar os fatores que influenciam o desempenho financeiro e a estrutura de capital das empresas que atendem às premissas do ISE da BM&FBovespa, Santos e Rodrigues (2012) tomaram como amostra os dados financeiros de trinta e duas (32) empresas listadas no ISE, nos anos de 2009 e 2010, e, então, foram construídos três modelos

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 7 teóricos, tendo como variáveis dependentes o retorno aos acionistas (ROE), o retorno dos ativos (ROA) e a proporção do patrimônio líquido (PL) na estrutura de capital. As evidências da pesquisa confirmaram a forte significância do giro do ativo e da margem operacional para explicar as medidas de desempenho; não obstante, as variáveis de liquidez e equilíbrio financeiro da empresa também foram significativas para explicar os resultados dessas empresas. No que tange à estrutura de capital, encontrou-se fraca significância desta variável na explicação do ROA; contudo, observou-se que a influência na utilização de capital próprio está associada ao retorno entregue aos acionistas e à necessidade de capital de giro.

Segundo Bortoluzzi et al (2011), os índices contábeis considerados tradicionais pela literatura podem ser divididos em três: Índices de Liquidez e Rentabilidade, que evidenciam aspectos da situação financeira; e Índices de Estrutura de Capital, que evidenciam aspectos da situação econômica. Neste trabalho, serão utilizados para análise o Índice de Liquidez Corrente, ROE, ROA, Composição do Endividamento e Grau de Endividamento, além do Retorno das Ações.

3 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de natureza exploratória e perspectiva quantitativa descritiva, no qual foram comparados indicadores de mercado e contábeis, e o retorno das ações das empresas listadas no ISE, em relação às demais empresas listadas na Bovespa, entre os anos de 2006 e 2012. As informações foram colhidas na base de dados Economática. Os índices que foram analisados, encontram-se na Figura 1:

Figura 1 – Indicadores e Fórmulas1

Retorno das Ações (R) R = P1 + div1

P0 Índice de Liquidez Corrente (LC) LC = AC

PC Rentabilidade do Ativo (ROA) ROA = LL x 100

AT

Rentabilidade do PL (ROE) ROE = LL x 100

PL

Composição do Endividamento (CE) CE = PC x 100 CT

Grau de Endividamento (GE) GE = CT x 100

PL

As hipóteses formuladas dizem respeito à diferença entre valores médios (desconhecidos) das duas populações em questão. Portanto, a fim de obter evidências estatísticas a favor ou contra as hipóteses nulas foram usados testes independentes para duas

1Sendo: P1 = preço de fechamento no ano referência; div1 = dividendos relativos ao ano referência; P0 = preço de fechamento no ano anterior. AC = Ativo Circulante; PC = Passivo Circulante; LL = Lucro Líquido; AT = Ativo Total; PL = Patrimônio Líquido; CT = Capital de Terceiros.

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 8 populações. Quanto aos testes de desempenho médio, foram formuladas e testadas as seguintes hipóteses, constantes na Figura 2:

Figura 2 - Hipóteses

Indicadores Hipótese Nula Hipótese Alternativa

Retorno das Ações MRISE < MROutros MRISE > MROutros Índice de Liquidez Corrente MLCISE < MLCOutros MLCISE > MLCOutros Rentabilidade do Ativo (ROA) MROAISE < MROAOutros MROAISE > MROAOutros Rentabilidade do PL (ROE) MROEISE < MROEOutros MROEISE > MROEOutros Composição do Endividamento MCEISE > MEGOutros MCEISE < MEGOutros Grau de Endividamento MGEISE > MGEOutros MGEISE < MGEOutros

O primeiro teste realizado foi o denominado teste F, também conhecido como teste de igualdade de variâncias. Uma vez que as variâncias populacionais geralmente são desconhecidas, é necessário saber se as duas populações possuem variâncias semelhantes. A necessidade deste teste reside no fato de que a igualdade ou diferença das variâncias influenciará no teste de média. Realizados os testes de variâncias e médias, foram coletados os níveis descritivos (probabilidade de significância ou p-valor) e a conclusão foi feita de acordo com a ordem de grandeza de tais valores, que indicam quão forte ou fraca é a evidência (ou significância) contra a hipótese nula.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A conclusão dos testes foi baseada em duas ferramentas inferenciais: Intervalo de Confiança para a média e p-valor. Para o Intervalo de Confiança foi considerado um coeficiente de confiança de 95%, e o p-valor será comparado com um nível de significância de 5%.

Nas figuras constam, em cada ano analisado, um par de barras com comprimento proporcional ao erro amostral da média, dada pelo ponto médio da barra. Quanto mais próximas entre si estão as barras maior a probabilidade de que as médias de Outros e ISE sejam semelhantes, e vice versa. Os resultados para cada variável analisada são apresentados a seguir.

4.1 Retorno das Ações

A Figura 3 ilustra grande oscilação no Retorno das Ações médio para ambos os grupos, em todo o período analisado. O retorno médio para as amostras de ISE foi maior que o retorno médio de Outros em 2006, 2009 e 2012; nos outros anos houve recuo.

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 9 Figura 3 - Retorno das Ações

A Tabela 1 contém o p-valor resultante dos Testes de Hipóteses realizados para cada ano bem como a conclusão para tais testes.

Tabela 1 – Resultado Testes de Hipóteses – Retorno das Ações

Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

p-valor 0,00 0,50 0,99 0,00 0,07 0,25 0,02

resultado rejeitar H0 aceitar H0 aceitar H0 rejeitar H0 aceitar H0 aceitar H0 rejeitar H0

Com base na Figura 3, na Tabela 1 e no nível de significância adotado (0,05), pôde-se inferir apenas que o Retorno das Ações médio de ISE foi maior que o de Outros, nos anos de 2006, 2009 e 2012, e não se notou nenhum padrão, como a própria figura indica.

4.2 Índice de Liquidez Corrente

A Figura 4 sugere que, com relação à variável Liquidez, a média das amostras de ISE se manteve estável durante o período analisado, com pequena variabilidade de um ano para o outro, comparada às amostras de Outros e, no geral, assume valores menores. A média do grupo Outros oscilou, levemente, entre 2006 e 2009 e mostrou crescimento mais acentuado, a partir do mesmo ano.

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 10 Figura 4 – Liquidez

A Tabela 2 contém o p-valor resultante dos Testes de Hipóteses realizados para cada ano bem como a conclusão para tais testes.

Tabela 2 – Resultados Testes de Hipóteses – Liquidez

Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

p-valor 0,50 0,46 0,97 0,70 0,92 0,99 0,99

resultado aceitar H0 aceitar H0 aceitar H0 aceitar H0 aceitar H0 aceitar H0 aceitar H0

Portanto, com base na Figura 4, na Tabela 2 e no nível de significância adotado, nos anos analisados pode-se inferir que a Liquidez média de ISE não é maior que a de Outros.

4.3 Rentabilidade do Ativo

Com relação à variável Rentabilidade do Ativo, a média das amostras de ISE mostrou-se estável, isso é, com baixa variabilidade de um ano para o outro, e integralmente maiores que as de Outros, em todo período de análise. Em Outros, as médias oscilam consideravelmente, e em cada ano analisado a variabilidade dos dados analisados foi relativamente alta, nos anos de 2009 e 2010. A Rentabilidade do Ativo média foi negativa para Outros em todos os anos conforme mostram os intervalos de confiança, que nunca ultrapassam o valor nulo.

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 11 Figura 5 – Rentabilidade do Ano

A Tabela 3 contém o p-valor resultante dos Testes de Hipóteses realizados para cada ano bem como a conclusão para tais testes.

Tabela 3 – Resultado Testes de Hipóteses – Rentabilidade do Ano

Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

p-valor 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

resultado rejeitar H0 rejeitar H0 rejeitar H0 rejeitar H0 rejeitar H0 rejeitar H0 rejeitar H0

Como já era esperado, em todos os testes para esta variável a Hipótese Nula foi rejeitada, isso é, considerando um nível de significância de 0,05 e os resultados do teste e da Figura 5, nos anos analisados a Rentabilidade do Ativo média foi maior para o ISE em comparação a Outros, ou seja, pode-se inferir que a Rentabilidade do Ativo é maior para o ISE.

4.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido

A Figura 6 com os intervalos de confiança para a média da variável Rentabilidade do PL mostra que, com exceção do ano de 2008, a média das amostras ISE foi maior em todo período analisado e, mais que isso, que houve significante diferença entre as mesmas, dado que, apenas, em 2012, há intersecção nos intervalos de confiança. A média das amostras de ISE mostrou baixa oscilação, porém tem decrescido, desde 2009, enquanto que a média do outro grupo de amostras se mostrou mais estável, menos oscilante.

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 12 Figura 6 – Rentabilidade do PL

Já, a Tabela 4, contém o p-valor resultante dos Testes de Hipóteses realizados para cada ano bem como a conclusão para tais testes.

Tabela 4 – Resultado Testes de Hipóteses – Rentabilidade do PL

Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

p-valor 0,00 0,00 0,79 0,01 0,00 0,00 0,02

resultado rejeitar H0 rejeitar H0 aceitar H0 rejeitar H0 rejeitar H0 rejeitar H0 rejeitar H0

Conforme mostra a Figura 6 e o p-valor da Tabela 4, e considerando o nível de significância de 0,05, infere-se que, a Rentabilidade do Patrimônio Líquido média do ISE é maior que a de Outros.

4.5 Composição do Endividamento

A média da Composição do Endividamento para as amostras de Outros mostrou pouca oscilação de um ano para outro, durante o período analisado, enquanto que para as amostras do ISE ocorreu decréscimo desde 2006. A Figura 7 sugere que a Composição do Endividamento médio do ISE foi menor que a de Outros durante todo o período analisado, com maior proximidade, no ano de 2011, e maior distanciamento, em 2012.

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 13 Figura 7 – Composição do Endividamento Médio

A Tabela 5 contém o p-valor resultante dos Testes de Hipóteses realizados para cada ano bem como a conclusão para tais testes.

Tabela 5 – Resultados Testes de Hipóteses – Endividamento Médio

Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

p-valor 0,04 0,10 0,01 0,00 0,00 0,19 0,00

Resultado rejeitar H0 aceitar H0 rejeitar H0 rejeitar H0 rejeitar H0 aceitar H0 rejeitar H0

Levando-se em conta a análise gráfica e os resultados de p-valor dos testes, é possível inferir que, levando-se em conta a natureza do teste e o nível de significância de 0,05, a Composição de Endividamento do ISE é menor que a de Outros; ou seja, em média, as empresas que compõem o ISE apresentam, proporcionalmente, um passivo circulante menor que as demais.

4.6 Grau de Endividamento

Com relação ao Grau de Endividamento, esta variável apresentou médias mais altas que todas as outras variáveis, para ambos os grupos de amostras. A análise da Figura 8 sugere que as médias de ISE oscilaram relativamente pouco, com exceção do ano de 2008, em que houve um aumento deste indicador. Nas amostras de Outros, há pouca oscilação, com exceção de 2012 e 2012.

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 14 Figura 8 – Grau de Endividamento

A Tabela 6 contém o p-valor resultante dos Testes de Hipóteses realizados para cada ano bem como a conclusão para tais testes.

Tabela 6 – Resultados Testes de Hipóteses - Endividamento

Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

p-valor 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 0,71

Resultado aceitar H0 aceitar H0 aceitar H0 aceitar H0 aceitar H0 aceitar H0 aceitar H0

Há pouca evidência estatística de que o Grau de Endividamento do ISE é menor que o grau de Outros, como mostrou a Figura 8 e a magnitude p-valor na Tabela 6, isso é, em geral, o Grau de Endividamento é maior no ISE se comparado a Outros, considerando nível de significância de 0,05; ou seja, em termos de participação de capital de terceiros no patrimônio líquido, não existe diferença significativa entre os grupos.

5 CONCLUSÕES

Os resultados apontam para o fato de que as empresas consideradas mais sustentáveis apresentam desempenho superior em relação às demais; no que se refere a alguns indicadores contábeis: retorno das ações; rentabilidade do ativo; rentabilidade do patrimônio líquido; e composição do endividamento; essas decorrências podem corroborar com as teorias que afirmam que empresas socialmente responsáveis, com uma boa cidadania corporativa e comprometidas com a sustentabilidade, são as que tenderão a se manter no mercado. Inclusive, a entrada de uma organização para o Índice de Sustentabilidade Empresarial tende a ser bem recebida pelo mercado; assim, esses fatores também podem ter influenciado no desempenho das companhias que compõem o ISE.

O ano de 2008 se mostrou atípico para alguns indicadores: notam-se, aqui, os efeitos da crise mundial que se iniciou, e teve seu ápice, naquele ano. Rentabilidade do

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Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep – REFICONT – v. 3, n. 2, Jul/Dez – 2016 Página 15 Patrimônio Líquido e Grau de Endividamento (o quanto do Patrimônio Líquido é composto por Capital de terceiros) foram os indicadores cujos desempenhos parecem ter sofrido mais os efeitos da crise.

Tendo atingido o objetivo deste estudo, que é comparar o desempenho das ações das companhias que compõem o ISE com as demais, a principal questão que permanece, após os resultados, é: as empresas que compõem o ISE possuem melhor desempenho por serem sustentáveis, ou, o melhor desempenho, resultando em retornos financeiros, possibilita os investimentos em sustentabilidade e cidadania corporativa, bem como em ações socialmente responsáveis? Além de ser a basilar questão, esta é também a principal limitação deste estudo, uma vez que não se pode afirmar totalmente que o melhor desempenho é uma característica das empresas sustentáveis.

No atual momento econômico e político do Brasil, destaca-se que, por meio de indicadores contábeis, pode-se observar se as empresas brasileiras que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) estão ou não com um desempenho superior ao das demais empresas que não compõem esse índice, ou seja, os resultados publicados das organizações, de uma maneira geral, devem passar por análises e verificações, de modo que possam contribuir para criarem um senso de responsabilidade e de transparência, com um elevado grau de consciência, conhecimento e comprometimento.

Estudos posteriores, que investiguem mais profundamente a relação entre desempenho das organizações e fatores relativos à sustentabilidade, cidadania corporativa e responsabilidade social são necessários, para que se conheça melhor a relação complexa entre todos os fatores envolvidos.

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