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PREPARAÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2003: ENQUADRAMENTO JURÍDICO E INSTITUCIONAL

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Circular

Série A N.º 1 295

A TODOS OS DEPARTAMENTOS DO ESTADO SE COMUNICA:

ASSUNTO: Orçamento do Estado para 2003

INSTRUÇÕES: De harmonia com o despacho de Sua Excelência o Secretário de

Estado do Orçamento, de 25 de Julho de 2002, transmite-se o seguinte:

ORÇAMENTO DO ESTADO

I

PREPARAÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2003: ENQUADRAMENTO JURÍDICO E INSTITUCIONAL

1. - A preparação do Orçamento do Estado para 2003 encontra-se condicionada pela

aplicabilidade da Lei de Enquadramento Orçamental (1), com as alterações já aprovadas

na Assembleia da República no domínio da estabilidade orçamental.

2. - Assim, constituem propósitos essenciais da actuação do XV.º Governo

Constitucional, a aprovação de um conjunto de medidas visando a consolidação das finanças públicas e o cumprimento do estatuído no Pacto de Estabilidade e Crescimento. Constitui princípio norteador desta nova filosofia de política orçamental que a estabilidade e o equilíbrio orçamentais sejam atingidos através de uma solidariedade institucional, ou seja, que se obedeça a um princípio de repartição do esforço de

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consolidação orçamental por todos os subsectores do sector público administrativo, ao invés do que tem sucedido nos anos mais recentes, em que as medidas orçamentais restritivas recaíam, com maior incidência, sobre os serviços integrados da administração central.

3. -Em sede da aprovação da primeira alteração à Lei do Orçamento do Estado para

2002 (2) procedeu-se à extinção, fusão e restruturação de serviços da Administração

central, impôs-se um limite ao crescimento da despesa dos fundos e serviços dotados de autonomia administrativa e financeira e condicionou-se, a título excepcional, a capacidade de endividamento dos órgãos de poder da Administração Local. Também foram reequacionados, recentemente, os parâmetros da política de emprego na Administração Pública (3).

4. Está ainda, a elaboração do Orçamento do Estado para 2003 condicionada à aplicação

do novo esquema de classificação económica das receitas e despesas públicas (4). II

CUMPRIMENTO DA LEI DE ENQUADRAMENTO ORÇAMENTAL

1. - A lei de enquadramento orçamental (Lei n.º 91/2001, de 20 de Agosto), é de aplicação obrigatória na elaboração da proposta de lei do Orçamento do Estado para

2003, excepto no que respeita ao regime previsto nos artigos 15.º a 17.º relativos à orçamentação por programas.

2. – Os orçamentos dos serviços integrados serão agrupados de acordo com o princípio da especificação, conforme dispõe o artigo 19.º da lei de enquadramento orçamental,

designadamente no que se estabelece nos n.os 5 e 6, isto é, num capítulo são agrupadas as despesas que concorrem para uma mesma finalidade, podendo agrupar-se uma ou mais Direcções-Gerais com actividades afins.

Outras referências que actualmente constam na Classificação Orgânica, passarão para tabelas próprias.

A identificação das dotações orçamentais relativas a despesa coberta por receitas consignadas (subdivisões 97, 98 e 99) passará a ser efectuada através dos correspondentes códigos da tabela de Fontes de Financiamento, bem como as alíneas tipificadas (U, V, Y, Z e T) específicas do Capítulo 50 – Investimentos do Plano, que desaparecem, sendo substituídas pela identificação da respectiva fonte de financiamento.

2 Lei n.º 16-A/2002, de 31 de Maio.

3 Resolução de Conselho de Ministros n.º 97/2002, de 18 de Maio. 4 Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 26/2002, de 14 de Fevereiro.

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3. – Considerando, assim, que desaparecem as subdivisões com conteúdos “especiais”,

como é o caso das subdivisões 97, 98 e 99, bem como as “especiais” alíneas na classificação económica da despesa, passar-se-á a identificar a origem da receita pelas

fontes de financiamento, existindo, nos sistemas, a seguinte tabela geral de fontes de

financiamento a utilizar pelos serviços integrados e pelos serviços e fundos autónomos:

SERVIÇOS INTEGRADOS

1 – Esforço financeiro nacional (OE) 1.1 – Receitas Gerais (RG) 1.2 – Auto financiamento(RP)

1.2.1 – Receita a converter

1.2.2 – Receita sem transição de saldos 1.2.3 – Receita com transição de saldos 2 – Financiamento da UE

2.1 – Feder

2.2 – Fundo de coesão 2.3 – Fundo social europeu 2.4 – Feoga – Orientação 2.5 – Feoga – Garantia 2.6 - Outros

SERVIÇOS E FUNDOS AUTÓNOMOS

3 – Esforço financeiro nacional (OE) 3.1 – Estado - Receitas gerais (RG)

3.2 – Estado - Crédito externo (consignado) 4 – Financiamento da UE

4.1 – Feder

4.2 – Fundo de coesão 4.3 – Fundo social europeu 4.4 – Feoga – Orientação 4.5 – Feoga – Garantia 4.6 - Outros 5 – Auto financiamento 5.1 - Auto financiamento (RP) 5.2 - Financiamento no subsector

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6 – Dívida

6.1 – Crédito interno 6.2 – Crédito externo

4. - Responsabilidades contratuais plurianuais dos serviços integrados e dos serviços e fundos autónomos agrupadas por ministérios

Nos termos do artigo 29.º da lei de enquadramento orçamental está prevista a apresentação do Mapa orçamental XVII - “Responsabilidades contratuais plurianuais

dos serviços integrados e dos serviços e fundos autónomos agrupadas por ministérios”.

Assim, com vista à sua elaboração, será disponibilizada uma aplicação informática desenvolvida para ambiente Web, à qual os serviços e organismos terão acesso através de um Browser de internet, para carregamento da informação relativa a contratos plurianuais, a saber: • Identificação do contrato • Fontes de financiamento • Enquadramento orçamental • Escalonamento plurianual 4.1. - Identificação do contrato

Para cada contrato plurianual é necessário proceder à recolha da informação constante dos quadros seguintes.

Serviço Cada contrato pertence a um determinado serviço, seja ele integrado ou fundo ou serviço autónomo.

Número do contrato original

Sempre que desejável, poder-se-á recolher o número do contrato que lhe foi atribuído pelo serviço no momento da sua criação.

Tipo de contrato De forma a tipificar os contratos deverá ser utilizada a codificação definida na tabela.

Adjudicatário Identificação do adjudicatário do contrato. Objecto do contrato Objecto do contrato.

Valor global do contrato

Valor do contrato em euros sem IVA. Número do contrato

anterior

No caso de se tratar de um contrato adicional é necessário recolher o número do contrato original de forma a proceder-se à sua ligação.

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Os contratos adicionais deverão ser tratados como um contrato normal, sendo, contudo, recolhidos os números do contrato original, por forma a que os mesmos fiquem associados.

4.2. - Fontes de financiamento

Deverão ser identificadas todas as fontes de financiamento do contrato devendo ser recolhidos os seguintes dados:

Fonte de financiamento

Identificação da fonte de financiamento de acordo com a tabela definida no ponto 3..

O código representa uma estrutura hierárquica constituída por três níveis, devendo ser sempre utilizado o nível mais baixo de desagregação.

Valor do financiamento

Valor do financiamento correspondente à fonte de financiamento.

O somatório dos valores de cada fonte de financiamento deverá ser igual ao valor do contrato.

4.3. - Enquadramento Orçamental

O enquadramento orçamental efectua-se através da distribuição do valor do contrato por um, ou mais, conjuntos formados por:

• Classificação orgânica desagregada ao nível da divisão ou da subdivisão, caso exista;

• Classificação económica desagregada ao nível da alínea ou subalínea, quando seja necessário.

4.4. - Escalonamento financeiro plurianual

O escalonamento do investimento equivale à distribuição do valor do contrato por vários anos, pelo que será necessário recolher a respectiva informação.

No que respeita aos acessos à aplicação acima referida, quer ao modo da sua utilização, oportunamente serão emitidas orientações pelo Instituto de Informática que a desenvolveu conjuntamente com a DGO.

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III

CLASSIFICAÇÃO ECONÓMICA DAS RECEITAS E DESPESAS PÚBLICAS 1. - Por força do n.º 6 do Decreto-Lei n.º 26/2002, de 14 de Fevereiro, na elaboração dos

projectos de orçamento para 2003, deverá ser aplicado o novo esquema de

classificação económica das receitas e das despesas públicas que consta do referido

diploma legal.

2. – Para o efeito, foram emitidas normas de interpretação específicas do classificador

económico, bem como a tabela comparativa entre os anteriores classificadores económicos de receita e despesa pública e o actual esquema contemplado no Decreto-Lei n.º 26/2002, de 14 de Fevereiro, fornecidas pela Circular Série A n.º 1 294, desta Direcção-Geral, de 15 de Julho do corrente ano.

3. - Desagregação do classificador económico da despesa

• O classificador económico é constituído por cinco níveis com duas posições cada, hierarquicamente dependentes, pelo que a existência de um nível implica a prévia existência do anterior (com valor diferente de “zero”).

• De acordo com as necessidades dos serviços, os dois últimos níveis (alínea e subalínea) ficam associados à classificação orgânica.

• Em termos de elaboração do orçamento, para uma mesma orgânica, o valor deve ser atribuído ao nível mais baixo da classificação económica isto é, para uma mesma classificação orgânica:

1. Se a classificação económica não se encontra desagregada ao nível da alínea e/ou sub-alínea, deve ser utilizado o terceiro nível do classificador; Exemplo:

Orgânica Cl. Eco Al. S.Al. Valor

01 0 01 01 01 01 01 01 00 00 25 000,00 01 0 01 01 01 01 01 02 00 00 35 000,00

2. Caso a classificação económica se encontre desagregada ao nível da alínea, o valor da dotação deve ser atribuída a este nível, não podendo ser utilizado o terceiro nível;

Exemplo:

Orgânica Cl. Eco Al. S.Al. Valor

01 0 01 01 01 01 01 01 A0 00 25 000,00 01 0 01 01 01 01 01 01 B0 00 35 000,00

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3. Caso a classificação económica se encontre desagregada, ao nível da subalínea, o valor da dotação deve ser atribuída a este nível;

Exemplo:

Orgânica Cl. Eco Al. S.Al. Valor

01 0 01 01 01 01 01 01 A0 A0 25 000,00 01 0 01 01 01 01 01 01 A0 B0 35 000,00

4. Admite-se que coexistam, para a mesma classificação económica, valores de dotação atribuídos ao nível da alínea e de subalínea (desde que a alínea seja diferente)

Exemplo:

01 0 01 01 01 01 01 01 A0 00 5 000,00 01 0 01 01 01 01 01 01 B0 A0 2 500,00 01 0 01 01 01 01 01 01 B0 B0 45 000,00 5. Valores significativos para a alínea e subalínea

Por razões técnicas e operacionais sugere-se que o preenchimento da alínea e da subalínea deva respeitar as seguintes condições:

o O zero é considerado como tendo valor não significativo, substituindo o espaço;

o Os valores significativos dos campos são encostados à esquerda.

4. - Ao abrigo do disposto no Anexo III – “Notas explicativas ao classificador

económico” do Decreto-Lei n.º 26/2002, de 14 de Fevereiro, estão sujeitas ao uso

obrigatório das tipificações anteriores as seguintes casos:

- Nas transferências correntes e de capital para “Serviços e fundos autónomos” e “Administração Regional” (subagrupamentos de classificação económica da despesa 04.03.00 e 04.04.00 e correspondentes classificações em despesas de capital), indicando as entidades beneficiárias das transferências.

- Nas transferências correntes e de capital para “Administração Local” (subagrupamento de classificação económica da despesa 04.05.00, bem como as correspondentes classificações em despesas de capital), serão utilizadas alíneas de acordo com as entidades que beneficiem das transferências, designadamente as assembleias distritais, municípios,

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freguesias, regiões de turismo e serviços autónomos da administração local.

- Nas despesas de investimentos (subagrupamento de classificação económica de despesa 07.01.00), a desagregação deverá ser efectuada por alíneas, por subsectores institucionais:

A – Administração Central – Estado B – Administração Central – Serviços

e fundos autónomos C – Administração regional

D – Administração local – Continente E – Administração local – Regiões

Autónomas F – Segurança Social

G – Instituições sem fins lucrativos

Sempre que exequível, no agrupamento “Subsídios” (classificação económica 05.00.00), à excepção do subagrupamento “Famílias” (classificação económica 05.08.00), proceder-se-á ao seu desdobramento em alíneas, que identificarão as entidades beneficiárias dos subsídios e os correspondentes valores.

IV

MEDIDAS DE CONTENÇÃO DA DESPESA APLICÁVEIS A 2003

No âmbito da prossecução do objectivo de consolidação orçamental, impõe-se proceder à concretização de directrizes que consubstanciem, em sede própria de elaboração dos projectos de orçamento para 2003, a contenção da despesa dos serviços da administração central. As medidas serão, de seguida, sistematizadas.

1. - De aplicação aos serviços integrados da administração central (5)

• Inscrição nos projectos de orçamento para 2003 por um valor não superior à cobrança efectiva de 2001 das dotações orçamentais relativas a despesa coberta por receitas consignadas, sem prejuízo da abertura de créditos especiais durante o ano económico de 2003 (nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 2.º e da

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alínea e) do n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 71/95, de 15 de Abril) no caso de se verificar um melhor nível de cobrança das receitas consignadas.

2. - De aplicação aos serviços e fundos autónomos (6)

• Orçamentação, em sede de preparação dos projectos dos orçamentos privativos para 2003, de um valor global de despesa não superior ao do orçamento

inicial para 2002, excluindo, para efeitos de aplicação do limite de crescimento

da despesa, as remunerações certas e permanentes (subagrupamento de classificação económica de despesa com o código 01.01.00), bem como as despesas directamente relacionadas com a aplicação dos fundos comunitários. Deverão, igualmente, ser expurgados os activos e passivos financeiros.

3. - De aplicação comum a todos os serviços da administração central

• Não poderão ser inscritas dotações orçamentais que se destinem à aquisição de material de transporte (rubrica de classificação económica da despesa com o código 07.01.06), com excepção das que se relacionem com a aquisição de ambulâncias, veículos destinados a assistência médica, às forças e serviços de segurança e afectos ao Serviço Nacional de Bombeiros e ao Serviço Nacional de Protecção Civil.

• Não se procederá à orçamentação de verbas destinadas à aquisição de edifícios, à excepção dos que se insiram na concretização de projectos de investimento público.

• Não é permitida a realização de novos contratos de arrendamento de instalações, pelo que não poderão ser orçamentados em 2003, encargos com locação que não correspondam a contratos celebrados anteriormente.

V

PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS A OBSERVAR NA ELABORAÇÃO DOS PROJECTOS DE ORÇAMENTO PARA 2003

1. - Considerando que os projectos de orçamento dos serviços e organismos

consubstanciam a orçamentação dos recursos necessários ao desenvolvimento das actividades e objectivos estabelecidos no respectivo Plano de actividades para 2003, nos

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termos do n.º 2 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 183/96, de 27 de Setembro, os mesmos deverão ser fundamentados, se possível, com o envio do referido Plano de actividades.

2. - Orçamentação por actividades

2.1. - Na sequência dos procedimentos definidos para anos anteriores, dever-se-á

proceder à preparação dos projectos de orçamento por actividades, não devendo cada organismo ultrapassar a orçamentação de um número de actividades superior a 6.

2.2. - Tendo em conta as instruções emitidas nas circulares de preparação do

Orçamento do Estado de anos anteriores, deverão os serviços apresentar, para efeitos de organização e sistematização da contabilidade analítica, indicadores de gestão orçamental, designadamente indicadores de meios (humanos e de equipamento) e de realização.

3. - Orçamentação das despesas com o pessoal

3.1. – Todos os serviços da Administração Central, deverão proceder à orçamentação

das despesas com o pessoal para 2003 em observância das medidas aprovadas na Resolução do Conselho de Ministros n.º 97/2002, de 18 de Maio, das quais se destacam:

• O congelamento de todas as admissões externas para lugares do quadro dos serviços e organismos da administração central.

• O condicionamento da abertura ou prossecução de concursos internos, de ingresso ou acesso, à adequada cabimentação orçamental, designadamente, ao plafond atribuído para 2003.

• A suspensão da celebração de novos contratos a termo certo, contratos administrativos de provimento e contratos individuais de trabalho, salvaguardadas as excepções aprovadas pela Ministra do Estado e das Finanças.

• A suspensão da transferência de pessoal da administração local para a administração central.

• O condicionamento de requisição de pessoal a empresas públicas e privadas. Nestes termos, as necessidades orçamentais decorrentes de excepções à suspensão de admissões externas deverão ser encontradas no plafond atribuído.

3.2. – O Anexo I da presente Circular relativo aos efectivos reais existentes em 31 de

Julho, deverá ser preenchido tendo como referência os valores das escalas indiciárias em vigor a 31 de Julho de 2002. Relativamente ao pessoal militar além do quadro, deverá o mesmo ser discriminado pelos respectivos regimes (Serviço Efectivo Normal, Regime de Contrato e Regime de Voluntariado).

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3.3. - No Anexo I, para além do pessoal dos quadros, terão os organismos de incluir,

também, em destacado e a totalizar separadamente daquele, mas dele fazendo parte integrante, todo o restante pessoal, atentas as restrições emanadas da Resolução do Conselho de Ministros n.º 97/2002, de 18 de Maio.

3.4. - Os instrumentos de notação orçamental constam em anexo à presente circular

(fichas I, II e III).

Nas fichas I e II as rubricas de “Remunerações certas e permanentes” deverão ter por base os montantes correspondentes ao Anexo I, acrescidos dos encargos previstos decorrentes da promoção e progressão na carreira em 2003 do pessoal adstrito, devendo ser efectuados os ajustamentos entre componentes da despesa do respectivo projecto de orçamento para 2003, por forma a assegurar que não seja ultrapassado o plafond global atribuído.

Na ficha I, e para efeitos comparativos, as colunas respeitantes aos anos de 2001 e 2002 são preenchidas com valores, totalizando ao nível do subagrupamento de classificação económica de despesa.

A ficha III integra a justificação quantitativa por actividade e rubrica orçamental, bem como a justificação qualitativa por actividade identificada na própria ficha. Embora o seu preenchimento se efectue por actividade, o organismo deverá manter disponível a informação ao nível das acções desenvolvidas e que concorrem para a realização da actividade, por forma a que possam ser, eventualmente, verificada no decurso da execução orçamental.

É de particular importância a apresentação de justificação qualitativa fundamentada, eventualmente com suporte na legislação aplicável ao âmbito de aplicação do serviço, por forma a poder proceder-se a uma análise rigorosa das actividades que envolvam maior peso na despesa dos serviços da administração central.

De referir que as actividades e rubricas orçamentais que não se encontrem devidamente justificadas, quer qualitativa e quantitativamente, não poderão ser consideradas.

4. - Afectação dos plafonds de funcionamento

4.1. - É da responsabilidade das respectivas Tutelas proceder à distribuição dos plafonds

de despesa (onde se incluem as transferências para as entidades do sector público administrativo e se excluem as despesas cobertas por receitas consignadas) dos ministérios ou equiparados fixados em sede de Conselho de Ministros por cada um dos

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organismos que superintendem, tendo em consideração as grandes linhas de acção do ministério, a sua relevância política e as prioridades definidas.

5. - Despesas com compensação em receita dos serviços integrados da administração central

5.1. - A orçamentação de despesas com compensação em receita por parte dos serviços

integrados da administração central, cuja fonte de financiamento corresponda a auto financiamento (RP), designadamente:

– Receita a converter

– Receita sem transição de saldos – Receita com transição de saldos

deve corresponder apenas aos montantes das receitas próprias cobradas pelos serviços com fundamento em disposição legal orgânica que expressamente consigne aos respectivos organismos as aludidas receitas e salvaguardado o disposto no número 1 do capítulo IV da presente Circular.

5.2. - Quanto às receitas que servirão de contrapartida à realização das despesas com

compensação em receita, descritas no ponto anterior, deverão os organismos indicar às respectivas Delegações da Direcção Geral do Orçamento o(s) capítulo(s) e grupo(s) do classificador económico em que serão inscritas, bem como os montantes correspondentes.

5.3 - Nos casos em que igualmente se verifique a fundamentação legal referida no

número anterior e aquelas receitas se destinem a dar cobertura a autofinanciamento em projectos PIDDAC cuja execução esteja cometida a serviços simples e/ou com autonomia administrativa, deverão ser observadas as orientações já estabelecidas em sede dos instrumentos de notação e do SIPIDDAC, pelo Departamento de Prospectiva e Planeamento.

6. - Transferências para outros subsectores do sector público administrativo

6.1. - Os organismos cujos orçamentos incluam transferências para outros subsectores

do sector público administrativo deverão certificar-se, junto da entidade recebedora, que esta inscreveu as mesmas importâncias no seu orçamento de receita, por forma a que as transferências na despesa do organismo dador sejam de igual montante às transferências inscritas no orçamento de receita do organismo beneficiário e se possa proceder à correcta consolidação das transferências entre serviços da administração central.

6.2. - Os organismos cujos orçamentos incluem transferências para outros subsectores

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desagregação os beneficiários desses montantes, pelas razões invocadas no ponto anterior.

6.3 - Exceptuam-se do disposto nos pontos anteriores as transferências destinadas a

projectos relativamente aos quais os organismos recebedores se irão candidatar, devendo, no entanto, o organismo que procede à atribuição contactar previamente os tradicionais ou possíveis candidatos, a fim de que possa ser efectuada a consolidação dos respectivos fluxos financeiros.

7. - Data de recepção das propostas de orçamento

Até 19 de Agosto os organismos enviarão à respectiva Delegação da Direcção Geral do Orçamento as suas propostas de orçamento, as quais deverão ser previamente submetidas à expressa aprovação da Tutela, de forma a garantir a não ultrapassagem do plafond atribuído ao respectivo Ministério.

As propostas que não se apresentem instruídas naqueles termos serão devolvidas aos organismos para imediata correcção.

VI

REGRAS ESPECÍFICAS PARA OS ORGANISMOS INTEGRADOS NO NOVO REGIME DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO ESTADO (RAFE)

1. - À semelhança de anos anteriores, serão emitidas instruções específicas para os

serviços que se encontram a utilizar as aplicações informáticas (Sistema de Informação Contabilística - SIC) que servem de suporte à reforma da administração financeira do Estado, no que respeita ao orçamento de funcionamento.

2. - Quanto aos organismos a utilizar o SIC/PIDDAC, no que respeita ao orçamento dos

Investimentos do Plano, continua a ser da responsabilidade da 14.ª Delegação desta Direcção-Geral, o seu carregamento informático, à semelhança de anos anteriores.

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VII

OUTRAS REGRAS APLICÁVEIS ESPECIFICAMENTE AOS SERVIÇOS E FUNDOS AUTÓNOMOS

1. - Cumprimento das normas contempladas na Lei de Bases da Contabilidade Pública e na Lei de Enquadramento Orçamental

1.1. – De acordo com a Lei de Bases da Contabilidade Pública e com a Lei de

Enquadramento Orçamental, poderão apenas usufruir do regime excepcional de autonomia administrativa e financeira os organismos que, cumulativamente, satisfaçam os seguintes requisitos:

• Disponham de pelo menos dois terços de receitas próprias relativamente às suas despesas totais, nos termos dos n.os 1 e 5 do artigo 6.º da Lei 8/90, de 20 de Fevereiro.

• A gestão dos fundos comunitários, por parte dos serviços, revelar indispensável a manutenção de autonomia administrativa e financeira.

• Não tenham natureza e forma de empresa, fundação ou associação públicas, mesmo se submetidos ao regime de qualquer destas por outro diploma.

1.2. – São excepcionados do número anterior as entidades de regulação e supervisão

bem como os organismos em que a atribuição do regime de autonomia administrativa e financeira seja determinada por imperativo constitucional ou estejam integrados nas áreas do ensino universitário e politécnico e do Serviço Nacional de Saúde.

1.3. - Para determinação do disposto nos números anteriores, os organismos deverão ter

presente o conceito de “receitas próprias”, conforme disposto do número 5 do artigo 6.º da Lei 8/90, de 20 de Fevereiro, e preencher, para os anos de 2000 e de 2001, com base nos valores de execução de receita e despesa, o Anexo II à presente Circular, no respeito dos pressupostos subjacentes à sua feitura.

1.4. – Para o efeito do número anterior, deverão ser considerados os saldos de gerência

anterior, desde que sejam provenientes de receitas próprias de anos anteriores. Igualmente devem excluir-se os passivos financeiros (capítulo 12 da classificação económica da receita e agrupamento 10 da classificação económica da despesa), bem como os activos financeiros (capítulo 11 da classificação económica da receita e agrupamento 09 da classificação económica da despesa).

1.5. - Assim, nos termos do artigo 7.º da Lei 8/90, de 20 de Fevereiro, e sem prejuízo do

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que apresentarem um rácio “Receitas próprias em percentagem das despesas totais”

pelo menos superior a dois terços em 2000 e 2001.

1.6. - Os serviços que não cumprirem a regra do ponto anterior, passarão a dispor

apenas de autonomia administrativa, devendo a orçamentação das suas receitas próprias observar o disposto no ponto 5.1. do capítulo V da presente Circular.

2. – Cumprimento da regra do equilíbrio aplicável aos serviços e fundos autónomos

2.1. - Por força do artigo 22.º da Lei n.º 91/2001, de 20 de Agosto, “o orçamento de cada serviço ou fundo autónomo é elaborado, aprovado e executado por forma a apresentar saldo global nulo ou positivo”, salvaguardadas as situações excepcionais. 2.2. - De acordo com o mesmo dispositivo legal, a forma de cálculo do saldo global

decorre de se expurgar a receita total de:

• Activos financeiros;

• Passivos financeiros; e

• Saldo da gerência anterior. e a despesa total de:

• Activos financeiros; e

• Passivos financeiros.

2.3. - Da diferença entre os dois agregados, apura-se a componente do saldo global que

deverá, assim, apresentar um valor igual ou superior a zero, nos termos do normativo legal aplicável.

2.4. – Deverão ser devolvidas as propostas de orçamento para 2003 que não cumpram a

regra de equilíbrio emanada da lei de enquadramento orçamental.

2.5. – A regra do equilíbrio deve ser observada no momento da integração dos saldos

que transitarão de 2002 e que, à data da elaboração das propostas de orçamento para 2003, não forem nelas inscritas. Ou seja, aquando da integração dos saldos transitados de 2002, a alteração orçamental que lhe der origem deve ter subjacente um plano de aplicação em despesa que respeite o disposto do número anterior.

3. - Cumprimento do regime de tesouraria.

3.1. – De acordo com o novo regime de tesouraria do Estado (7), e cumprido o disposto

na Resolução de Conselho de Ministros n.º 45/2000, de 2 de Junho (8), “devem os

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serviços e fundos autónomos dispor de contas abertas na Direcção-Geral do Tesouro, através das quais promovem as respectivas operações de cobrança e pagamento e onde mantêm depositados os seus excedentes e disponibilidades de tesouraria”.

3.2. – Com a plena implementação do regime de tesouraria e o pagamento de despesas

orçamentais através de meios de pagamentos do Tesouro, as receitas próprias dos serviços dotados de autonomia administrativa e financeira deixam de estar inscritas em contas de ordem do Orçamento do Estado (conforme disposto pelo Decreto-Lei n.º 459/82, de 26 de Novembro), não devendo ser inscritos, em 2003, quaisquer montantes no grupo de classificação económica da receita 17.04 – “Contas de ordem” nem no subagrupamento classificação económica da despesa 12.03 - “Contas de ordem” do Orçamento do Estado.

4.- Memória justificativa dos orçamentos privativos

4.1. - Por forma a permitir uma análise detalhada dos orçamentos dos serviços dotados

de autonomia administrativa e financeira, cruzamento de informação, aferição do grau de autonomia, deverão aqueles fazer acompanhar os mesmos de memórias justificativas detalhadas ao nível mais desagregado de classificação económica de receita e despesa, indicando a origem de todas as fontes de receita, as formas de aplicação da despesa, os dadores e beneficiários das transferências, fundamentando com toda a legislação nacional e comunitária aplicável.

4.2. – Em incumprimento do disposto no número anterior, deverão as Delegações da

Direcção-Geral do Orçamento devolver os projectos de orçamentos privativos, ainda que já visados pela tutela, devendo os serviços elaborar nova proposta de orçamento que cumpra o disposto no número anterior.

5. – Preenchimento dos anexos à presente Circular pelos serviços e fundos autónomos

5.1. - Na elaboração do Orçamento do Estado para 2003, os serviços e fundos

autónomos ficam igualmente obrigados à orçamentação por actividades e ao preenchimento dos instrumentos de notação orçamental que constam em anexo à presente circular (fichas I, II e III).

5.2 - No que concerne à orçamentação de remunerações certas e permanentes, deverão

dar cumprimento ao exigido no item 3.4. do capítulo V da presente Circular e à apresentação dos respectivos anexos.

8 Nos termos da qual todos os serviços e fundos autónomos abrangidos pelo regime de Tesouraria do

Estado deveriam garantir a transferência gradual para a Direcção-Geral do Tesouro dos seus excedentes de tesouraria até ao início do exercício orçamental de 2002.

(17)

5.3 - No que se refere aos efectivos do Serviço Nacional de Saúde, o Instituto de

Gestão Financeira da Saúde deverá enviar mapas globais dos efectivos à Direcção-Geral do Orçamento, embora cada estabelecimento dependente deva elaborar os respectivos Anexos.

5.4. - Os organismos que disponham de contabilidade digráfica e que utilizem um plano

de contas que se enquadre no Plano Oficial de Contabilidade (POC) e/ou já utilizem o Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) e planos sectoriais deverão enviar, para além do orçamento elaborado segundo o classificador de receitas e despesas públicas, os seguintes documentos:

• Plano de actividades (2003)

• Balanço previsional (2003)

• Demonstração de resultados previsional (2003)

• Balanço do exercício (2001)

• Demonstração de resultados (2001)

5.5. - As transferências do Capítulo 50 do OE - Investimentos do Plano, bem como as

respectivas aplicações, deverão ser inscritas nos orçamentos iniciais, por programas, segundo as rubricas de classificação económica e funcional constantes dos instrumentos de programação aprovados pelo Departamento de Prospectiva e Planeamento.

5.6. - Nenhum organismo deverá inscrever no seu orçamento qualquer transferência

proveniente/destinada ao Sector Público Administrativo, sem que se certifique que a entidade dadora/recebedora inscreve importância igual no seu orçamento de despesa/receita.

5.7. - As transferências para os serviços e fundos autónomos deverão permitir a clara

identificação da entidade beneficiária.

6. - Data de recepção das propostas de orçamento

6.1. - É fixado, também em 19 de Agosto, o prazo limite para que as propostas dos

orçamentos privativos dos serviços e fundos autónomos, depois de apresentados à concordância das respectivas Tutelas, dêem entrada, em triplicado na respectiva Delegação da Direcção Geral do Orçamento, devendo uma ser remetida, de imediato, por esta última à Direcção de Serviços do Orçamento.

(18)

VIII

RESPONSABILIDADE FINANCEIRA

1. - É reforçada, para efeitos de apresentação e aprovação da proposta de orçamento

para 2003 nos termos determinados pela presente Circular, a responsabilidade financeira das entidades hierarquicamente superiores dos serviços ou de Tutela.

2. - É da exclusiva responsabilidade dos organismos a inviabilização da sua actividade

financeira, caso a entrada das suas propostas de orçamento não se verifique em tempo útil para poderem integrar a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2003 a apresentar à Assembleia da República até ao dia 1 de Outubro.

IX

DIVULGAÇÃO DA PRESENTE CIRCULAR

1. - No sentido de evitar situações de dificuldade em termos do que foi referido no

ponto 3 do capítulo anterior, deverão as secretarias-gerais proceder à imediata redistribuição da presente Circular por todos os organismos tutelarmente dependentes do respectivo Ministério, incluindo os fundos e serviços autónomos, isto é, por todos aqueles que não tenham natureza, forma e designação de empresa pública.

Direcção-Geral do Orçamento, em 25 de Julho de 2002.

O DIRECTOR-GERAL,

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