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para a conservação da Caatinga

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Academic year: 2021

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Biota aquática: áreas

e ações prioritárias

para a conservação

da Caatinga

PARTICIPANTES DO SEMINÁRIO GRUPO TEMÁTICO ‘BIOTA AQUÁTICA’ Ricardo Rosa Coordenação Gildo Gomes Filho Naércio A Menezes Oscar Akio Shibatta Wilson J.E.M. Costa

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Em razão da semi-aridez dominante na região, e do predomínio de rios ‘temporários’, era de esperar que a biota aquática da caatinga fosse pouco diversificada, com poucas espécies endêmicas e com o predomínio de espécies generalistas amplamente distribuídas. Tal predisposição foi avaliada ao ser confrontada com informações sobre os peixes da região. Esses foram utilizados como componentes do grupo indicador da biota aquática, pois somente para eles há informação de qualidade. A hipótese de que a caatinga é pobre em espécies aquáticas foi rejeitada. A partir das informações disponíveis foi possível obter dados referentes às 185 espécies de peixes do bioma, as quais estão distribuídas em cem gêneros. A maioria (57,3%) dessas espécies é endêmica. Merece destaque, no entanto, o grande número de espécies endêmicas de peixes anuais (Família Rivulidae) encontradas somente ao longo do médio curso do rio São Francisco.

O estado de conservação dos peixes da Caatinga é ainda precariamente conhecido; de início, apenas quatro espécies foram listadas no bioma como ameaçadas de extinção. Deve-se ponderar, porém, que grande parte da ictiofauna não foi ainda avaliada. Todavia, é preciso considerar o fato de a ampliação de áreas de ocupação agropecuária e urbana contribuir para a

redução e a degradação de hábitats disponíveis para os peixes de água doce. O crescente desmatamento em áreas de caatinga atinge as formações de vegetação ciliar em quase todo o bioma. Entre outros exemplos de impactos ambientais temos os casos de poluição de cursos d’água por esgotos urbanos, por agrotóxicos e por efluentes industriais. Os projetos de grandes obras de engenharia, que incluem o barramento e as interligações de rios, são também fatores que ameaçam bastante a biota aquática.

De posse das informações sobre distribuição da ictiofauna procedeu-se à indicação de áreas prioritárias para peixes a partir da divisão da Caatinga em quatro ecorregiões: 1. Maranhão-Piauí; 2. Nordeste médio-oriental; 3. São Francisco; e 4. Bacias do leste. Em cada uma dessas ecorregiões foram selecionadas áreas prioritárias para conservação da biota aquática, com base no diagnóstico biológico, o qual inclui a riqueza e o endemismo de espécies; a presença de espécies possivelmente ameaçadas; e também a ocorrência de fenômenos biológicos especiais.

Um total de 29 áreas prioritárias foi identificado e classificado (Figura 1). Essas áreas estão divididas da seguinte forma: quatro de extrema importância biológica, três de muito alta importância, seis de alta importância, e 16 insuficientemente

Arq. F

undação Biodiversitas

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conhecidas, mas de provável importância biológica.

As indicações de extrema ou de muito alta importância biológica fundamentaram-se na ocorrência de fenômenos biológicos especiais, tais como a presença de peixes anuais e/ou cavernícolas, a alta diversidade filética e a ocorrência de endemismos.

Esse resultado indica o fato de o conhecimento sobre a ictiofauna ser

incipiente e, portanto, ser de extrema importância o apoio ao inventário biológico da biota aquática da Caatinga, pois muitas bacias hidrográficas permanecem ainda pouco amostradas. Outra valiosa recomendação refere-se à necessidade de se coibir a introdução de espécies exóticas em ambientes aquáticos naturais sem o devido embasamento de estudos prévios de impacto ambiental.

Figura 1

Áreas

prioritárias para

conservação

de peixes na

Caatinga.

1. Rio Preguiça 2. Rio Preto 3. Baixo Parnaíba 4. Rio Poti 5. Rio Coreaú 6. Rio Acaraú 7. Rio Aracatiaçu 8. Rio Curu 9. Rio Choró 10. Baixo Jaguaribe 11. Rio Salgado 12. Rio Apodi 13. Rio Piranhas 14. Rio Potengi 15. Rio Curimataú 16. Rio Paraíba do Norte

17. Rio Capibaribe 18. Rio Vaza Barris 19. Campo Formoso 20. Rio Itapicuru 21. Rio Jacuípe 22. Médio Rio Paraguaçu 23. Alto Rio Paraguaçu 24. Médio Rio de Contas

25. Itacarambi 26. Guanambi 27. Bom Jesus da Lapa 28. Ibotirama

29. Santa Maria da Boa Vista

Importância Biológica Extrema Muito alta Alta Informação insuficiente Limite estadual Limite do bioma Caatinga Hidrografia

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1 - RIO PREGUIÇA

Localização: MA: Barreirinhas, Santa Quitéria do Maranhão, Tutóia e São Bernardo. Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Justificativa: Bacia hidrográfica isolada com total falta de dados sobre a diversidade de peixes.

2 - RIO PRETO

Localização: MA: Anapurus, Buriti, Chapadinha, Brejo, Santa Quitéria do Maranhão, Mata Roma e Urbano Santos. Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Justificativa: Rio com total falta de dados sobre a diversidade de peixes, incluindo áreas de cabeceiras.

3 - BAIXO PARNAÍBA

Localização: PI: Buriti dos Lopes, Bom Princípio do Piauí, Parnaíba e Joaquim Pires. MA: Araioses e Magalhães de Almeida. Importância biológica: Alta.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: média; número médio de endemismos; riqueza de espécies raras/ ameaçadas: baixa; número alto de espécies de interesse econômico.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: média; grau de alteração: médio; pressão antrópica: média (área sujeita a desmatamento e atividades agropecuários). Justificativa: Área com espécies de grande interesse econômico, com presença de algumas espécies endêmicas e riqueza moderada.

4 - RIO POTI

Localização: PI: Passagem Franca do Piauí, Prata do Piauí, São Félix do Piauí, Santa Cruz dos Milagres, São Miguel do Tapuio, Alto Longá, Beneditinos e São João da Serra.

Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Justificativa: Área sem dados sobre a diversidade da fauna de peixes, porém com provável elevada taxa de endemismo por se tratar de região de cabeceiras.

5 - RIO COREAÚ

Localização: CE: Coreaú, Granja, Moraújo e Uruoca.

Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Justificativa: Bacia hidrográfica isolada com total falta de dados sobre a diversidade de peixes.

6- RIO ACARAÚ

Localização: CE: Acaraú, Morrinhos, Santana do Acaraú, Sobral, Bela Cruz, Marco, Massapé.

Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Justificativa: Bacia hidrográfica com poucos dados sobre a diversidade de peixes, aparente baixo endemismo (apenas uma espécie reconhecidamente endêmica).

7 - RIO ARACATIAÇU

Localização: CE: Irauçuba, Sobral, Miraíma, Amontada, Irauçuba e Santana do Acaraú. Importância biológica Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Justificativa: Bacia hidrográfica isolada com total falta de dados sobre a diversidade biológica de peixes.

8 - RIO CURU

Localização: CE: Apuiarés, Itapagé, São Gonçalo do Amarante, São Luís do Curu, Umirim, Pentecoste, Tejuçuoca, General Sampaio e Paramoti.

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Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Baixa riqueza de espécies.

Justificativa: Área com registro de algumas espécies, mas sem maiores dados sobre a diversidade biológica de peixes.

9 - RIO CHORÓ

Localização: CE: Aracoiaba, Redenção, Barreira, Chorozinho, Ocara, Baturité, Capistrano, Itapiúna, Ibaretama e Quixadá. Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: média; baixo número de ende-mismos.

Justificativa: Área com pouca informação sobre riqueza e endemismo de espécies de peixes.

10 - BAIXO JAGUARIBE

Localização: CE: Limoeiro do Norte, Tabuleiro do Norte, São João do Jaguaribe, Quixeré, Morada Nova, Jaguaruana, Palhano e Russas.

Importância biológica: Muito alta.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: média; número médio de endemismos; riqueza de espécies raras/ ameaçadas: média; ocorrência de fenô-meno biológico especial; alto número de espécies de interesse econômico.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: média. grau de alteração: médio; pressão antrópica: média (desmatamento e atividades agropecuárias).

Justificativa: São conhecidas 46 espécies de peixes na área, algumas das quais são endêmicas. As atividades de pesca de subsistência são importantes e existem ambientes especiais, representados principalmente por poças temporárias onde predominam espécies anuais.

11 - RIO SALGADO

Localização: CE: Aurora, Cedro, Icó, Lavras da Mangabeira, Caririaçu, Missão Velha, Abaiara, Milagres, Barro, Umari e Baixio. Importância biológica: Alta.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: baixa; número médio de ende-mismos; riqueza de espécies raras/amea-çadas: média; ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: média.

Justificativa: Como região de cabeceiras, apresenta endemismo relativamente alto. A diversidade é menor em comparação com o restante da bacia do Rio Jaguaribe, porém são necessários levantamentos adicionais para melhor conhecimento da fauna.

12 - RIO APODI

Localização: RN: Severiano Melo, Rodolfo Fernandes, Potiretama, Ererê, São Francisco do Oeste, Francisco Dantas, Taboleiro Grande, Portalegre, Riacho da Cruz, Viçosa, Taboleiro Grande, Itaú, Umarizal, Apodi, Caraúbas, Felipe Guerra e Governador Dix-Sept Rosado.

Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: baixa; baixo número de endemismos; baixa riqueza de espécies raras/ameaçadas.

Justificativa: Área com algumas espécies conhecidas, mas que necessita de levantamentos adicionais para melhor caracterização da diversidade da ictiofauna.

13 - RIO PIRANHAS

Localização: PB: Sousa, São João do Rio do Peixe, Cajazeiras, Carrapateira, São José da Lagoa Tapada, Nazarezinho e São José de Piranhas; CE: Barro.

Importância biológica: Alta.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: média; baixo número de

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endemismos; riqueza de espécies raras/ ameaçadas: baixa; ocorrência de fenômeno biológico especial; baixo número de espécies de interesse econômico.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: baixo; pressão antrópica: baixa (atividade agropecuária de subsistência; caça; uso recreativo).

Justificativa: Área com baixa ocupação humana e considerável extensão de matas marginais bem desenvolvidas e conser-vadas; moderada diversidade de espécies de peixes, associada à perenização do curso de água; manancial hídrico importante para manutenção da biota aquática e uso humano. São conhecidas 24 espécies de peixes da área, número relativamente alto em comparação com bacias adjacentes. A região de cabeceiras possivelmente apresenta endemismo. Há duas ou três espécies de interesse econômico.

14 - RIO POTENGI

Localização: RN: Ielmo Marinho, Macaíba, Bom Jesus, Senador Elói de Souza, Lagoa de Velhos, Ruy Barbosa, São Tomé, Santana do Matos, Cerro Corá, Barcelona, São Paulo do Potengi e São Pedro. Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: baixa; baixo número de endemismos.

Justificativa: Área com poucas espécies conhecidas, quase sem dados sobre a diversidade de peixes.

15 - RIO CURIMATAÚ

Localização: PB: Olivedos, Bananeiras, Barra de Santa Rosa, Esperança, Solânia, Arara, Borborema, Serraria, Belém, Serra da Raiz, Pirpirituba, Duas Estradas, Lagoa de Dentro, Caiçara, Jacaraú, Dona Inês, Araruna, Cacimba de Dentro, Areial, Pocinhos, Remígio e Tacima; RN: Nova Cruz.

Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Justificativa: Área sem dados para a caracterização da diversidade faunística.

16 - RIO PARAÍBA DO NORTE

Localização: PB: Água Branca, Aroeiras, Cabaceiras, Boqueirão, Barra de São Miguel, Natuba, São João do Cariri e Umbuzeiro.

Importância biológica: Alta.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: média; baixo número de endemismos; ocorrência de fenômeno biológico especial; baixo número de espécies de interesse econômico.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: alto; pressão antrópica: alta (desmatamento, uso do solo e água para atividades agropecuárias; mineração de areia; substituição da floresta nativa por culturas exóticas; poluição por esgotos urbanos e agrotóxicos).

Justificativa: Área peculiar com ambientes de cabeceiras de rio, com número razoável de espécies de peixes comparativamente a áreas adjacentes e presença de espécies reofílicas. Endemismo baixo mas que pode ser maior quando as áreas de cabeceiras forem mais bem exploradas. O rio Natuba é parcialmente margeado e sombreado por remanescentes de floresta úmida de altitude (brejo de altitude); constitui manancial hídrico com significativo aporte de água para a bacia do rio Paraíba do Norte.

17 - RIO CAPIBARIBE

Localização: PE: Salgadinho, Surubim, Vertentes, Taquaritinga do Norte, Caruaru, Riacho das Almas, Cumaru, Frei Miguelinho, Passira e Toritama.

Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

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Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: baixa; ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: alto; pressão antrópica: alta (desmatamento, poluição aquática, retirada de água para consumo humano e atividade agropecuária).

Justificativa: Poucos dados para a caracterização da biodiversidade de peixes. Presença de brejos de altitude nas regiões de cabeceiras. Área profundamente alterada, com forte pressão antrópica.

18 - RIO VAZA BARRIS

Localização: BA: Jeremoabo e Canudos. Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: baixa; número médio de endemismos.

Justificativa: São conhecidas apenas três espécies da área, duas das quais endêmicas. Os dados são insuficientes para a caracterização da diversidade da ictiofauna.

19 - CAMPO FORMOSO

Localização: BA: Campo Formoso e Mirangaba.

Importância biológica: Alta.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: baixa; número médio de endemismos; ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: médio; pressão antrópica: baixa (exploração do lençol freático para o suprimento de água).

Justificativa: Área cárstica com ocorrência de cavernas calcárias (incluindo a maior do Brasil) contendo corpos d’água freáticos sem conexão direta com a drenagem superficial. Fauna cavernícola endêmica representada por espécies exclusivamente subterrâneas (troglóbias), de caráter relictual. Destaca-se a ocorrência de uma nova espécie de bagre heptapteríneo troglóbio, gênero Taunayia (em fase de descrição), que constitui caso de maior interesse científico pelo alto grau de especialização morfológica, ecológica e comportamental, e distribuição disjunta (a única outra espécie do gênero ocorre em áreas bem preservadas de Mata Atlântica no estado de São Paulo). Várias espécies de invertebrados troglóbios foram registrados, incluindo os únicos casos de isópodes aquáticos e de insetos Zygentoma troglóbios no país. As espé-cies aquáticas apresentam densidades populacionais extremamente baixas, sendo altamente vulneráveis a eventuais perturbações.

20 - RIO ITAPICURU

Localização: BA: Morro do Chapéu, Miguel Calmon, Caém, Caldeirão Grande, Itiúba, Capim Grosso, Jacobina, Queimadas, Quixabeira, Ponto Novo e Várzea Nova. Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: baixa; baixo número de endemismos; ocorrência de fenômeno biológico especial; baixo número de espécies de interesse econômico.

Vulnerabilidade: Grau de alteração: baixo; pressão antrópica: alta (atividade agropecuária).

Justificativa: Poucos dados para a caracterização da diversidade da ictiofauna. São conhecidas duas espécies endêmicas da área. Região de cabeceiras com composição faunística distinta da parte baixa.

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21 - RIO JACUIPE

Localização: BA: Várzea do Poço, Várzea da Roça, Quixabeira, Capim Grosso, Santaluz, Gavião, Nova Fátima, Conceição do Coité, Retirolândia, Riachão do Jacuípe, São Domingos, São José do Jacuípe, Serrolândia e Capela do Alto Alegre. Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Justificativa: Sem dados sobre a diversi-dade da fauna de peixes.

22 - MÉDIO RIO PARAGUAÇU

Localização: BA: Ipirá, Ruy Barbosa, Macajuba, Rafael Jambeiro, Itatim, Iaçu, Itaberaba, Quixabeira, Ponto Novo e Várzea Nova.

Importância biológica: Alta.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: média; número médio de endemismos; riqueza de espécies raras/ ameaçadas: média; número médio de espécies de interesse econômico.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: médio; pressão antrópica: média (desmatamento, barragens, atividade agropecuária, poluição aquática).

Justificativa: Área ainda pouco conhecida, mas as poucas expedições já realizadas revelaram fauna abundante, com presença de algumas espécies endêmicas e de importância comercial, exploradas pela população ribeirinha.

23 - ALTO RIO PARAGUAÇU

Localização: BA: Ibicoara, Iramaia, Barra da Estiva, Itaeté, Boa Vista do Tupim, Nova Redenção e Andaraí.

Importância biológica: Muito alta.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Alto número de endemismos; riqueza de espécies raras/ ameaçadas: alta; ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: alto; pressão antrópica: média (visitação turística sem controle).

Justificativa: Ocorrência de fauna cavernícola endêmica. Região cárstica com comunidades de peixes de caverna.

24 - MÉDIO RIO DE CONTAS

Localização: BA: Barra da Estiva, Contendas do Sincorá, Caetanos, Mirante, Jequié, Iramaia, Manoel Vitorino, Maracás e Tanhaçu. Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Número médio de endemismos; número médio de espécies de interesse econômico.

Vulnerabilidade: Grau de alteração: alto; pressão antrópica: alta (desmatamento, atividades agropecuárias).

Justificativa: As poucas coletas realizadas indicam existência de algumas espécies endêmicas. São conhecidas espécies de importância comercial exploradas por comunidades ribeirinhas.

25 - ITACARAMBI

Localização: MG: Itacarambi, Januária, Manga e Matias Cardoso.

Importância biológica: Extrema. Ação recomendada: Proteção integral. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: alta; alto número de endemis-mos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta; ocorrência de fenômeno biológico especial; alto número de espécies de interesse econômico.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: médio; pressão antrópica: alta (turismo fora de controle, desmatamento e atividades agropecuárias).

Justificativa: Caracterizada pelo elevado número de espécies, grande diversidade filética e de espécies, presença de espécies endêmicas e raras. Há comunidades especiais

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representadas por cavernas onde se diferencia fauna cavernícola e poças temporárias com presença de espécies anuais.

26 - GUANAMBI

Localização: BA: Guanambi. Importância biológica: Extrema. Ação recomendada: Proteção integral. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: alta; alto número de endemis-mos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta; ocorrência de fenômeno biológico especial; número médio de espécies de interesse econômico.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: alto; pressão antrópica: alta (ocupação humana, desmatamento e atividades agropecuárias).

Justificativa: Grande diversidade faunística, com predominância de espécies exclusivas em comunidades especiais, principalmente poças tem-porárias. Várias espécies raras e algumas exploradas comercialmente.

27 - BOM JESUS DA LAPA

Localização: BA: Bom Jesus da Lapa e Paratinga.

Importância biológica: Extrema. Ação recomendada: Proteção integral. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: alta; alto número de endemis-mos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta; ocorrência de fenômeno biológico especial; alto número de espécies de interesse econômico.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: alto; pressão antrópica: alta (ocupação humana, turismo fora de controle, desmatamento e atividades agropecuárias).

Justificativa: Grande diversidade faunística com elevado número de espécies endêmicas e algumas raras. Presença de poças temporárias marginais com predomínio de

espécies anuais. Várias espécies comerciais exploradas regularmente.

28 - IBOTIRAMA

Localização: BA: Barra, Morpará, Xique-Xique e Ibotirama.

Importância biológica: Extrema. Ação recomendada: Proteção integral. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: alta; alto número de ende-mismos; riqueza de espécies raras/ ameaçadas: alta; ocorrência de fenômeno biológico especial; alto número de espécies de interesse econômico.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: médio; pressão antrópica: média.

Justificativa: Alta diversidade tanto em nível de espécie quanto filética. Presença de várias espécies endêmicas e algumas raras, bem como de comunidades especiais, principalmente em poças temporárias, onde predominam espécies anuais.

29 - SANTA MARIA DA BOA VISTA

Localização: BA: Juazeiro e Curaçá; PE: Petrolina e Santa Maria da Boa Vista. Importância biológica: Muito alta.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: média; número médio de endemismos; riqueza de espécies raras/ ameaçadas: média; ocorrência de fe-nômeno biológico especial; alto número de espécies de interesse econômico.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: alto; pressão antrópica: alta (desmatamento; atividades agrícolas).

Justificativa: Área com diversidade faunística média, com algumas espécies endêmicas e poucas raras. Presença de poças temporárias com espécies anuais raras. Presença de espécies de interesse comercial exploradas regularmente.

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