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>>> Fevereiro / Março ENCARTE ESPECIAL: Fórum Social Mundial 2009 LEIA NESTA EDIÇÃO: APP cobra auxílio transporte para todos os funcionários(as)

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(1)

Fevereiro / Março 2009

Pg. 03

ENCARTE ESPECIAL:

Fórum Social Mundial

2009

>>>

Pg. 03

APP cobra auxílio transporte

para todos os funcionários(as)

Pg. 07

Entrevista com CID Cordeiro

Pg. 09

Conferência Nacional da

Educação

Pg. 11

CUT debate estratégias para

enfrentar a crise

Pg. 04

Conquistas:

Cargo de 40 horas

e aposentadoria especial

(2)

Geral

>>>

EXPEDIENTE

APP-Sindicato - Filiada à CUT e à CNTE - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná - Rua Voluntários da Pátria, 475, 14º andar, CEP 80.020-926, Curitiba, Paraná - Fone (41) 3026-9822.

Fax (41) 3222-5261 • Site: www.app.com.br • Presidente: Marlei Fer-nandes de Carvalho; Sec. Imprensa e Divulgação: Luiz Carlos Paixão da Rocha. Jornalistas: Andréa Rosendo (4962-PR), Edianês Vieira (7704-RS), Simone Giacometti (4441-PR) e Valnísia Mangueira (893-SE) - Projeto Gráfico e diagramação: Rodrigo Augusto Romani (7756-PR). Ilustração capa: W3OL Comunicação. Impressão: Gráfica World Laser - Tiragem: 55 mil exemplares.

Gestão Independência, Democracia e Luta - 2008-2011

• Marlei Fernandes de Carvalho - Presidente • Isabel Catarina Zöllner - Secretaria Geral

• José Rodrigues Lemos - Secretaria de Políticas Sindicais • Janeslei A. Albuquerque- Secretaria Educacional • José Valdivino de Moraes - Secretaria de Funcionários • Miguel Angel Alvarenga Baez - Secretaria de Finanças • Clotilde Santos Vasconcelos - Sec. Adm. e Patrimônio • Edilson Aparecido de Paula - Secretaria de Municipais • Luiz Carlos Paixão da Rocha - Sec. Imprensa e Divulgação • Áurea de Brito Santana - Secretaria de Assuntos Jurídicos • Tomiko Kiyoku Falleiros - Secretaria de Aposentados • Silvana Prestes Rodacoswiski - Secretaria de Políticas Sociais • José Ricardo Corrêa - Secretaria de Organização

• Maria Madalena Ames - Sec. de Formação Política Sindical • Mariah Seni Vasconcelos Silva - Secretaria de Sindicalizados • Lirani Maria Franco da Cruz - Sec. Gênero e Igualdade Racial • Idemar Vanderlei Beki - Secretaria de Saúde e Previdência

Tabela Salarial dos Funcionários

AGENDA

Tabela de Vencimentos dos Professores - Jornada 20 horas

Classes

NÍVEIS

OBS: AUXÍLIO TRANSPORTE (AT) por 20H - R$ 203,09

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

PDE Nível III 1.488,39

870,23 696,18 591,76 522,14 487,33 1.562,81 913,74 730,99 621,34 548,24 511,69 1.640,95 959,43 767,54 652,41 575,66 537,28 1.722,99 1.007,40 805,92 685,03 604,44 564,14 1.809,14 1.057,77 846,22 719,28 634,66 592,35 1.899,60 1.110,66 888,53 755,25 666,39 621,97 1.994.58 1.166,19 932,95 793,01 699,71 653,07 2.094,58 1.224,50 979,60 832,66 734,70 685,72 2.199,03 1.285,72 1.028,58 874,29 771,43 720,01 2.308,98 1.350,01 1.080,01 918,01 810.01 756,01 2.424,43 1.417,51 1.134,01 963,91 850,51 793,81 Especialização Nível II

Lic. Plena Nível I Lic. Curta

+ Adic. Nível Esp. III Lic. Curta Nível Esp. II

Magistério Nível Esp. I

Audiência pública na AL pela posse dos funcionários concursados Dia de debate da CONAE na escola

Conselho e Assembleia Estadual da APP-Sindicato Conferências Municipais de Educação – CONAE

ED

ITO

R

IA

L

Companheiros e companheiras de travessia,

O mundo atravessa uma crise de grandes proporções: econô-mica, política e de organização social. A lógica da reprodução ca-pitalista, que coloca o mercado e a acumulação de riquezas acima da vida humana e da evolução da humanidade, é a grande res-ponsável por esta crise. A busca pela ampliação do capital não tem escrúpulos. Quanto mais se desenvolve, o sistema capitalista produz mais miséria e pobreza pelo planeta.

Em nome do mercado, os grandes grupos financeiros eco-nômicos navegavam livremente pelo muno ditando as regras para a exploração do lucro e da movimentação do capital.

Nós da educação vivenciamos na pele os efeitos deste “endeu-samento” do mercado. No auge do neoliberalismo, estes queriam

que serviços como educação, saúde e transporte se transformassem em áreas para a serem exploradas pela gana do capital. Daí a idéia era sucatear estes serviços ofertados pelo estado, com a finalidade de ampliar a procura pelo setor privado.

Estado mínimo virou um conceito da ordem. No Paraná sofremos muito com esta visão. Se não fosse a resistência da categoria, vários setores da educação pública teriam sido privatizados. Dos cursos técnicos ao trabalho dos funcio-nários de escolas.

Agora os defensores da redução do papel do estado são os mesmos que em meio a crise correm desesperados em busca do seu apoio e de sua salva-guarda.

Ao apontar saídas para a crise, os grandes capitalistas e a maioria dos governantes não vão a raiz do problema, que é o próprio sistema. Quase sempre a primeira medida a ser tomada é a demissão de trabalhadores.

Este é um momento importante para a unificação dos trabalhadores. Esta crise tem um caráter pedagógico. Ela

de-monstra o quanto é impróprio o sistema capitalista para a emancipação huma-na. (Leia mais informações no especial crise e educação no Portal da APP)

Campanha salarial

É neste contexto que lançamos a campanha salarial 2009. Queremos uma educação de qualidade com pro-fissionais valorizados. Além de 25,97% de reajuste salarial para conquistar a equiparação, reivindicamos a imediata implementação do cargo de 40 horas, dos itens pendente do plano de car-reira dos funcionários, a melhoria das condições de trabalho e de saúde dos educadores.

Planejamento da APP Nos dias 27 e 28 a APP realizou o seu planejamento de gestão. Participaram dele a diretoria estadual e todas as 29 diretorias regionais. Além da campanha salarial, são vários os desafios aponta-dos são para a organização da categoria e para a nossa intervenção na

socieda-de. Entre estes, a modernização da estrutura da entidade, a continuidade do programa de formação política e sindical em todo o estado, a am-pliação da organização por local de trabalho e dos coletivos da entidade, como o de aposentados, funcionários, igualdade racial, gênero e classe, entre outros.

A importância da participação organizada da APP-Sindicato no pro-cesso de construção da Conferência Nacional de Educação foi um dos te-mas de destaque no planejamento.

Imprensa – Em breve apresenta-remos a categoria o novo Portal da APP-Sindicato. Com as várias suges-tões recebidas finalizamos o projeto do Portal. Este já está em fase de execução. Outra novidade do setor de imprensa da APP é a Rádio da APP. Nos próximos meses nossa rádio estará no ar na Internet.

Boa leitura!

Diretoria Estadual da APP-Sindicato

A CRISE FINANCEIRA E A EDUCAÇÃO

02 02 e 03 03 10/04 a 10/05 20 20 a 24 24 a 26 07 e 08

Abril

Maio

Ato público em frente ao Supremo Tribunal Federal – votação de mérito da ADI 4167 – CNTE

Fórum Municipal de Financiamento, em Irati Reunião do CNE da CNTE

Assembleias Regionais – delegação para o CECUT Recesso escolar – Seed

10ª Semana em Defesa e Promoção da Educação - CNTE I etapa Curso de Formação – APP/CNTE/UFPR

Fórum Permanente de Controle e Fiscalização do Fundeb

18 19 27 e 28 2ª quinz.

(3)

Jornal

30

de Agosto

Fevereiro / Março

2008

Campanha Salarial

>>>

Categoria lança Campanha

Salarial 2009

Implementação do Plano de Carreira

e a posse dos funcionários serão

prioridades da campanha

Durante campanha eleitoral e em várias solenidades públicas o gover-nador tem repetido a frase acima. Os educadores paranaenses estão fazendo sua parte. A preocupação com a melhoria da qualidade da educação pública está presente na atuação co-tidiana dos milhares de professores e funcionários nas diversas regiões do estado. Esta tem contribuído muito para a melhoria dos indicadores

edu-Um dos itens prioritários da cam-panha 2008 foi a aprovação do Plano de Carreira dos Funcionários. Item conquistado após um longo processo de negociação e mobilização em se-tembro do ano passado. O Plano está em pleno vigor. Porém precisamos superar alguns problemas criados pelo governo na sua implantação. En-tre estes, o não pagamento do auxílio transporte e adicional noturno para os funcionários celetistas e PSS.

Posse - Tão urgente também é a necessidade de convocação para posse dos funcionários aprovados nos dois últimos concursos realiza-dos para agente de apoio (agente

A manutenção da estabilidade para os servidores públicos foi uma das grandes conquistas da categoria em 1997. O gover-no Fernando Henrique gover-no auge do neoliberalismo apresentou ao Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional conhecida como Reforma Administrativa. Entre outras coisas propunha o fim da estabilidade do servidor público conquistada na

C onstituição de 1988. Os servidores públi-cos se organizaram em todo o país. Só a APP-Sindicato enviou para Brasília mais de 50 ônibus com educadores para realizar lobby e lutar contra a reforma. Conseguimos manter a estabilidade, e no ano seguinte, amenizar a proposta de reforma da

previdência.

Com a crise econômica mundial os trabalhadores da iniciativa priva-da estão enfrentando uma onpriva-da de demissões.

O desafio agora é reunir traba-lhadores do setor público e privado para lutar contra o desemprego e as demissões. Os capitalistas respon-sáveis pela crise não podem jogar a conta sobre os trabalhadores.

educacional I) e agente de execução (agente educacional II). Muitos fun-cionários e funcionárias trabalhando com contratos precários aguardam há mais de dois anos esta convo-cação.

A diretoria da APP cobra a ação do governo. Um primeiro passo foi dado com a autorização para a ampliação das vagas. Porém, queremos, a posse o mais rápido possível destes funcionários.

Outros itens – também serão prio-ridades na campanha salarial 2009 a implementação do cargo de 40 horas e a melhoria do atendimento a saúde dos educadores.

cacionais paranaenses. Todos têm de-monstrado a ampliação da qualidade. O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) divulgado em junho do ano passado, por exemplo, colocou o Paraná em primeiro lugar nas avaliações das séries iniciais do ensino fundamental e na avaliação do ensino médio. Nas séries finais do ensino fun-damental ocupamos o segundo lugar entre todos os estados.

Embora, com os melhores indica-dores do país em nível educacional, a categoria sabe que ainda há muito que fazer. Além da necessidade de melho-rias salariais, é fundamental a redução do número de alunos por turma, a ampliação da hora-atividade, do porte das escolas e, entre outros, uma aten-ção especial à saúde dos educadores. Não há como desconsiderar o grau de adoecimento de nossa categoria.

No dia 20 de março acontece o lançamento da campanha na Assem-bleia Estadual da APP-Sindicato, em Curitiba.

“Para a melhor educação o melhor salário do país.”

Roberto Requião - Governador do Estado do Paraná

Para equiparar

faltam 25,97%

Sem a equiparação salarial não nos aproximaremos dos melhores salários do país na área da edu-cação. É por isto que a campanha salarial 2009 tem como ponto principal a luta pela equiparação do salário inicial do professor com o dos demais servidores públicos de carreiras de ensino superior. Para que isto aconteça será ne-cessário um reajuste salarial de

25,97%.

Rumo a equiparação - Em 2003 a diferença entre o vencimento inicial dos professores e dos servidores de carreira de ensino superior era próxima dos 100%. De lá para cá a diferença vem caindo:

Abril de 2004 - Com a aprova-ção do Plano de Carreira do

Pro-fessor conquistamos um reajuste médio de 33%.

Março de 2006 – Lançamento da campanha “Basta de Discri-minação: quanto vale o trabalho de um educador?” Na época a diferença era de 56,94%.

Maio de 2007 – Conquista dos 17,04% os professores e 3,34% para os funcionários. A diferença caiu para 38,57%.

Março de 2008 – Lançamento da campanha salarial - índice rei-vindicado 38,57%.

Setembro de 2008 – Conquista dos 10% para os professores e o Plano de carreira para os funcioná-rios. Restam agora 25,97%. Reposição da Inflação – Uma outra conquista importante foi a aprovação da Lei nº 15.512, de 31/05/2007 que instituiu a repo-sição das perdas inflacionários no mês de maio de cada ano. Isto fez com que os professores e funcio-nários tivessem, em 2008, 5% de reposição. Para 2009 esta reposi-ção deve chegar próxima a cinco por cento. Nossa reivindicação é para que tenhamos 25,97% mais a reposição anual para professores e os funcionários de escolas.

Hoje o vencimento

inicial do professor com

licenciatura plena mais

o auxílio transporte, por

uma jornada de 40 horas

semanais é de

R$ 1.798,54

.

Enquanto um agente

profissional recebe em

início de carreira

R$ 2.265,63

.

Para relembrar

Mobilização em Brasília contra reformas contou com a participação ativa da APP-Sindicato

(4)

Conquistas fortalecem a categoria para

novas lutas

Cargo de 40 horas

Fique atento!

O início deste ano letivo no Paraná

foi conturbado. Até o momento temos

vários professores descontentes com o

local de trabalho e escolas com falta de

professores. Porém, é preciso reconhecer

duas importantes conquistas para a

categoria, como resultado de anos de

mobilização e intensa negociação entre

o governo e o Sindicato. No dia 3 de

fevereiro, o governo do Estado assinou

o Decreto Nº 4212 que regulamenta a

aposentadoria especial para diretores e

pedagogos e o Decreto Nº 4213 que cria

o Cargo de 40 horas.

As conquistas reforçam ainda mais o

ânimo da categoria para fortalecer as

mobilizações em busca da concretização

das outras reivindicações, como a

campanha salarial. A diretoria da

APP-Sindicato continua as negociações

de itens importantes da pauta de

reivindicação como a posse dos novos

concursados, a implementação de itens

do Plano de Carreira dos funcionários,

merenda escolar, o PDE, a melhoria das

condições de trabalho e saúde e ordens

de serviço. Confira nesta página detalhes

sobre a implementação do cargo de 40

horas, a aposentadoria especial para

diretores e pedagogos, e o andamento

dos outros pontos de pauta.

Podem participar do processo de opção ao cargo de 40 horas o professor efetivo, mediante a existência de vagas:

- detentor de dois cargos; - detentor de um cargo.

• O(a) professor(a) com cargo de jornada de 10 (dez) horas semanais poderá optar por um cargo de 20 (vinte) horas. O professor com cargo de 20 (vinte) horas semanais poderá optar por um cargo de 40 (quarenta) horas.

• O(a) professor(a) com dois cargos, ao optar pelo cargo de 40 horas, terá que exonerar um deles. Re-caindo a exoneração sobre o cargo de maior tempo de serviço, fica assegurada a contagem da diferença de tempo no cargo de opção.

• O(a) professor(a) que optar pela ampliação não poderá ultrapassar uma jornada de 40 horas, sob pena de perder a dobra, ou seja, não será permitido

acumular um cargo de 40 horas com outro de 20 horas semanais.

• A ampliação de jornada só será possível quan-do houver vaga definitiva de mais 16 horas em um mesmo município, para professores detentores de cargo com jornada de 20 (vinte) horas semanais e de 8 (oito) horas semanais para professores com jornada de 10 (dez) horas, na disciplina para qual o professor realizou o concurso ou obteve o enqua-dramento.

• O professor poderá, a qualquer tempo, solicitar a redução de sua jornada de trabalho.

• Os vencimentos e vantagens (quinquênios, au-xílio transporte) do professor que tiver sua jornada de trabalho alterada serão adequados proporcional-mente à carga horária trabalhada, a partir da data da alteração.

Ex: auxílio transporte - o valor para 20 (vinte) horas é R$ 203,09 e para o cargo de 40 (quarenta) horas será R$ 406,18.

• O(a) professor(a) que, na data em que for oportunizada a alteração da jornada de trabalho, estiver afastado da função para cumprimento de mandato eletivo, sindical, estiver exercendo funções de direção escolar, documentação escolar ou estiver prestando serviços nos núcleos de educação e na secretaria de educação terá assegurado o direito à alteração da jornada.

• Não poderão participar do processo de amplia-ção de jornada os professores com mais de 65 anos e os que estiverem: em estágio probatório, licença remuneratória, licença sem vencimentos, readap-tado temporária ou definitivamente, à disposição funcional, cumprindo pena decorrente de processo criminal transitado em julgado, respondendo a pro-cesso por abandono de cargo, em propro-cesso de apo-sentadoria, legalmente afastado de suas funções.

Aposentadoria

• Para efeitos de concessão de aposentadoria voluntária será necessária a contribuição previden-ciária, após a opção, de, no mínimo, 5 anos.

Exemplo: Se para um professor faltam 3 anos para se aposentar, ao fazer a opção, ele terá que trabalhar três anos e mais dois anos para garantir o mínimo de cinco anos no cargo de 40 horas.

• O tempo de contribuição do cargo de 20 horas do professor será levado para o novo cargo de 40 horas.

Ex: uma professora com um cargo de 15 anos de contribuição e outro com 7 anos, ao fazer a opção, ficará com um único cargo de 40 horas com 15 anos de contribuição.

Cargo de 40 horas e Aposentadoria Especial

>>>

Classificação

Leia a seção de perguntas e respostas sobre o cargo de 40 horas no portal da

APP-Sindicato: www.app.com.br

O critério de classificação é o tempo de serviço na disciplina de concurso. Inclui-se: tempo efetivo, celetista, Parana-educação, aulas extraordinárias, serviço extraordinário, TIDE e PSS, a partir de 1º de janeiro de 1991.

Serão utilizados os seguintes critérios de desempate

a) maior tempo de serviço no Estado do Paraná, em caráter efetivo; b) maior nível e classe na carreira; c) o mais idoso.

Foto: Divulgação

(5)

Jornal

30

de Agosto

Fevereiro / Março

2008

05

APP debate reivindicações de

professores e funcionários

A Direção da APP-Sindicato tem se reunido cons-tantemente com o governo para avançar na pauta de reivindicações da categoria. No último dia 11 de março, a diretoria da entidade se reuniu com a secretária da Educação Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde.

Na audiência, a direção da APP solicitou à Secretaria o estabelecimento de uma agenda propositiva na pers-pectiva de consolidar novos avanços para a educação pública do Paraná. Além da importância do atendimento aos 24 itens da pauta de reivindicação do sindicato, é fundamental ainda para este ano, a consolidação das conquistas obtidas no último período em lei, como por exemplo, o cargo de 40 horas e o PDE. Entre outros, foram tratados dos seguintes pontos:

Campanha salarial – A direção APP-Sindicato infor-mou à Secretária de Educação que a APP lançará dia 28 de março a campanha salarial da categoria, reivindican-do 25,97% de reajuste salarial para professores e fun-cionários, buscando a equiparação dos salários com os outros servidores cuja exigência para ingresso no serviço público estadual seja nível superior de ensino. Segundo Yvelize , o governador tem anunciado a disposição de melhorar gradativamente os salários dos educadores. Porém, o Estado ainda não tem um quadro mais real do comportamento da receita estadual para este ano. Após o fechamento do primeiro trimestre será possível perceber os reais impactos da crise financeira às finanças do Estado. A APP solicitou uma reunião específica junto com o Dieese e representantes do governo para avançar na negociação salarial. A reunião deverá acontecer após o fechamento do trimestre. Em relação à data base de maio, segundo a Seed, o governador já anunciou a dis-posição de efetuá-la. O anúncio será feito após a análise do comportamento da receita estadual.

Pagamento de fevereiro – Com relação à reivindi-cação da APP para que a Seed faça uma folha comple-mentar de pagamento para os professores, funcioná-rios efetivos e PSS que não receberam os saláfuncioná-rios de fevereiro, o diretor geral da secretaria informou que não haverá tempo hábil devido ao grande número de novos contratados, por isso o pagamento de fevereiro será realizado na folha de março.

Funcionários – A APP informou à Seed a realização da Audiência Pública referente à posse dos funcionários aprovados nos dois últimos concursos públicos, que acontecerá dia 18 de março, às 8h30min, no Plenarinho da Assembléia Legislativa. A APP solicitou que o governo leve uma posição do governo para audiência. Outro tema a ser discutido na Audiência do dia 18/03 será o paga-mento das gratificações de auxílio transporte e período noturno para os funcionários temporários. Na reunião a diretoria da APP- Sindicato voltou a cobrar a efetivação destes pagamentos, bem como o das promoções do novo plano de carreira.

Porte de escola – Sobre a necessidade urgente da

ampliação do porte das escolas, de forma a suprir a necessidade das escolas referente ao número de funcionários, equipes pedagógicas e direções, a Seed informou que um novo pro-grama de ampliação do porte, atendendo es-pecificamente as demandas das escolas está sendo elaborado pela Secretaria e será posto em prática em breve. O programa obedece variáveis que consideram, além do número de alunos, o espaço físico das escolas.

Yvelise assumiu o compromisso de nas pró-ximas semanas debater a proposta com o sindicato.

Cargo de 40 horas – Nos próximos dias será rea-lizada reunião específica para debate sobre detalhes técnicos para a implementação do cargo de 40 horas. A Seed deverá apresentar o número de vagas, os proce-dimentos e o cronograma. Deverão ser esclarecidas as dúvidas pontuais da categoria trazidas à APP. Segundo a Seed, a oferta ao cargo de 40 horas será efetuada neste semestre, para que os professores que eventualmente mudarem de escolas possam assumir as aulas no início do segundo semestre, a fim de evitar maiores transtornos nas escolas.

PSS - A APP voltou a apresentar problemas ocorridos no processo de distribuição de aulas do PSS. Em algumas regiões do Estado professores foram prejudicados. A APP tem recebido várias reclamações. O sindicato solicitou que seja refeita a distribuição nos locais onde aconte-ceram problemas. A Seed informou que está estudando os casos e tomará providências.

Professores inaptos - Ainda nesta semana a Seed fará reunião com a DIMS para deliberar sobre os meios possíveis para agilização dos procedimentos relativos aos concursados considerados inaptos. A APP já havia cobrado a realização de novos exames dos professores e professoras considerados inaptos temporariamente no concurso de 2007.

EJA – A direção sindical solicitou a Secretária um maior debate com as escolas sobre as alterações previs-tas para a EJA. Questionou também o fato das escolas não conseguirem protocolar nos núcleos de educação o documento de proposta de reorganização da EJA dife-rente da proposta padrão da Seed. A secretária afirmou que irá orientar os núcleos a aceitarem os protocolos das escolas e que a Seed irá convocar em breve uma reunião com as escolas de EJA para discutir as propostas de alteração.

PDE - A Seed deve publicar em breve o edital de convo-cação do processo de inscrição para o PDE 2009. Neste ano, não haverá provas para a seleção. Os candidatos deverão apresentar um ante-projeto de pesquisa dentro da sua área de estudo. A APP apresentou contrariedades a esta forma de acesso. A forma de acesso ao PDE será discutida entre governo e sindicato por ocasião da elabo-ração do projeto de lei de regulamentação do PDE.

A APP também está negociando

• Pró-Funcionários: Desde que foi criado o programa de formação pelo MEC, o Paraná já formou mais de 2.500 novos profissionais, 1.800 pessoas estão estudando e mais de 6 mil funcionários devem iniciar os estudos em 2009. A APP irá promover um encontro com lideranças municipais para tratar sobre a inclusão dos funcionários municipais nos cursos de formação continuada.

• QPPE: Dos 15 mil funcionários estatutários no Estado, 11% optaram em permanecer no QPPE. A APP juntamente com o Fórum dos Ser-vidores Públicos pediu audiência na Secretaria de Administração para reavaliar a efetivação da promoção destes funcionários. A Seed concordou enviar para cada servidor que tomou posse no concurso 2006/2007 um termo de opção ao novo plano de carreira. Como não foi oferecido pelo Estado, será feito de forma retroativa à data da posse. Os demais que permaneceram no QPPE que tiveram 60 dias de prazo para optarem só poderão optar caso o governo concorde em enviar um novo projeto de lei prevendo a criação de um prazo para esta opção. A APP já fez esta solicitação e aguarda resposta.

• Merenda escolar – Os dois representantes da APP no Conselho Estadual da Merenda es-colar, professor George Barbosa e o funcionário e diretor da APP-Sindicato José Valdivino de Morais têm levado ao sindicato a preocupação com o atraso em licitações para a aquisição de gêneros alimentícios a serem distribuídos pela escola. A preocupação da APP é de que possa faltar merenda escolar neste início de ano letivo. Ricardo Bezerra afirmou que as licitações foram finalizadas e em um prazo de 30 a 40 dias os alimentos devam chegar às escolas. A APP so-licitou que se confirmar a falta de merenda nas escolas no início, o governo faça um repasse de emergência.

O Decreto Nº 4212 regulamenta a Lei Fede-ral 11.301/06, que estabeleceu aposentadoria especial para professores que exerçam função de direção de unidade escolar, coordenação e assessoramento pedagógico.

São consideradas funções de magistério e, portanto, compatíveis com a aposentadoria especial prevista no artigo 40, parágrafo 5º da Constituição Federal (55 anos de idade e 30

de contribuição, se homem, e 50 anos de idade e 25 de contribuição, se mulher):

- As exercidas por servidores públicos estaduais, titulares de cargos efetivos do Quadro Próprio do Ma-gistério - QPM e do Quadro Único do Poder Executivo - QUP, no desempenho das seguintes atividades:

I - Direção de estabelecimento de ensino de edu-cação básica;

II - Direção Auxiliar de estabelecimento de ensino

de educação básica:

III - Equipe Pedagógica de estabelecimento de ensino de educação básica;

IV - supervisão, orientação educacional e coordenação pedagógica de estabeleci-mento de ensino de educação básica. Com a assinatura do Decreto vários edu-cadores já conseguiram a sua aposenta-doria.

Aposentadoria especial para diretores e pedagogos

Decreto 4212

Foto: Edianês Vieira

(6)

Saúde

>>>

O Fórum dos Servidores Estaduais, reunido nos dias 16 e 17 de fevereiro, na APP-Sindica-to, debateu dois temas centrais que atingem todos os servidores públicos estaduais: Um novo modelo de saúde (SAS) e a cobrança do Projeto de Saúde Ocupacional, proposto pela SEAP, (Secretaria de Administração e Previdência)

Com relação ao SAS (Serviço de Assistên-cia a Saúde), os sindicatos foram unânimes sobre a necessidade de um novo modelo de saúde para o funcionalismo público estadu-al. Diante disto será retomado o Projeto de Saúde original, já elaborado pelo Fórum dos

Servidores. O projeto será reapresentado pelo de-putado estadual Professor Lemos na Assembléia Legislativa.

Outra preocupação externada no Fórum dos Servidores diz respeito ao Projeto de Saúde Ocu-pacional que está na Secretaria de Administração e Previdência. O projeto já foi finalizado por uma Câmara Técnica, juntamente com as Universida-des Estaduais que estudaram o assunto. Diante disto o Fórum já pediu uma reunião oficial com a secretária de Administração e Previdência, Maria Marta Lunardon, para cobrar o projeto.

APP - De acordo com o secretário de Saúde e Previdência da APP-Sindicato, Idemar Beki, esta nova secretaria está desenvolvendo várias ações para buscar maior qualidade de saúde do servi-dor. No segundo semestre de 2009, a secretaria lançará uma campanha sobre a saúde dos traba-lhadores em educação, com amplo material sobre as condições de trabalho e saúde dos educado-res. Também será elaborado questionário para levantamento das doenças mais comuns entre os educadores, ligadas às péssimas condições de trabalho. A campanha objetiva sensibilizar a categoria para o assunto da prevenção.

A nova Secretaria da APP também está mobiliza-da para que as leis de saúde vocal e mental sejam sancionadas e se crie um programa de acompa-nhamento e prevenção, além da aprovação do

projeto de redução do número de aluno por turma, objetivando maior aproveitamento do aluno e menor desgaste do servidor. Sobre saúde ocupacional, é importante

lembrar vários aspectos que prejudicam a saúde do servidor e precisam de providências, segundo informação da Secretaria de Saúde e Previdência da APP, como por exemplo: • Professores de Educação Física ficam ex-postos ao sol durante seu trabalho, sujeitos a sérios problemas de pele. Uma análise deta-lhada demonstra que os estabelecimentos de ensino no Paraná não estão preparados para combater os riscos da saúde dos trabalhado-res e porque não dizer dos próprios alunos; • Um percentual significativo de escolas não dispõe de extintores de incêndio. Os traba-lhadores não são treinados para usá-los. Há escolas com instalações elétricas defeituosas ,apresentando risco potencial de incêndio. • Iluminação e ventilação inadequadas nos locais de trabalho, podendo causar cansaço, fadiga, estresse e por vezes problemas de visão; riscos de incêndio nas cozinhas por defeitos em botijões e mangueiras de gás, pouca orientação ao pessoal responsável pelos serviços operacionais para a correta execução de trabalhos, como o de arrastar carteiras, transportar peso, etc.

• Riscos ergonômicos: móveis inadequados, condições precárias de trabalho, falta de equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas, botas e aventais para o manuseio de produtos químicos usados para limpeza. Escolas com escadarias sem corrimão, pisos escorregadios, tacos soltos, ruídos e calor excessivo.

Ações para mudar as situações de risco nas escolas:

1º - Realização de cursos e seminários para professores, funcionários e direção de escolas;

2º - Implantação do PPRA, (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais);

3º - Campanha para fazer valer os direitos de todos, a começar pela direção das escolas e núcleos regionais de educação, perícias médicas e INSS;

4º - Denuncias de irregularidades à APP-Sindicato;

5º - Recorrer à Justiça do Trabalho, nas questões das doenças adquiridas ou aci-dentes de trabalho.

Saúde preocupa todos os servidores

Servidores estaduais debatem sistema de saúde do estado nos dias 16 e 17 de fevereiro

Foto: Simone Giacometti

Jurídico

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A recém criada Secretaria de Saúde e Previdência da APP-Sindicato está atuando de forma efetiva. Os desafios são enormes, visto o estado de saúde da categoria. A saúde preocupa a todos os servidores estaduais. Em fevereiro, o tema foi debatido no Seminário do Fórum dos Servidores Estaduais do Paraná. A APP participou efetivamente deste debate. A nova secretaria da APP organiza para o segundo semestre uma grande campanha sobre saúde.

STF mantém condenação na Ação do Piso de Três Salários Mínimo

O departamento jurídico da APP-Sindicato obteve mais uma vitória na ação dos celestistas que tramita na Justiça do Trabalho desde 1988. Na época, os advogados do sindicato en-traram com o pedido de pagamento da diferença do piso de três salários mínimos para os professores que durante o período de 1988 até de-zembro de 1992 tinham um contrato pela CLT com o estado do Paraná.

Esta ação já tinha sido julgada, com ganho de causa para os edu-cadores. De lá para cá, o Estado tem entrado com recursos na fase de execução para tentar se eximir da determinação de pagamento. No último julgamento em 20 de janeiro de 2009, o Ministro Relator Cézar Peluso, do Supremo Tribunal Federal, negou segmento ao recurso extra-ordinário interposto pelo Estado do

Paraná e, manteve a condenação do governo a pagar a diferença sa-larial aos professores contratados pela CLT. A decisão beneficia mais de 20 mil professores.

A assessoria jurídica vai conti-nuar acompanhando o caso e dará segmento a execução através de carta de sentença junto a 2ª Vara do Trabalho de Curitiba.

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Economista analisa crise e

Campanha Salarial 2009

Entrevista

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30 de Agosto –Como você já sabe, estamos lançando neste mês a Campanha Salarial 2009. Um aspecto que deve interferir na campanha é o debate sobre os impactos da cri-se econômica do capitalismo mundial sobre as economias brasileira e paranaense. Qual é a origem desta crise? Os seus efeitos serão de médio ou longo prazo?

Cid – A origem da crise está datada do 2º semestre de 2007, quando começaram os problemas de inadimplência dos créditos imobiliários nos Estados Unidos. Só que esta crise, na verdade se desdobrou e, em 15 de setembro de 2008 com o pedido de concordata do

banco Lehman Brothers e a decretação de sua falência impactou nos outros bancos, já que o sistema de crédito é interligado, repercutindo em todo o sistema financeiro, especificamente no sistema Norte Americano e Europeu. É uma data histórica, que marca a agoni-zação da crise que vinha se arrastando

desde agosto de 2007 e também o fim da hegemonia do pensamento econômico neoliberal.

Com relação aos efeitos, se considerar a economia em termos anuais, como de médio prazo, e de cinco anos como de longo prazo, acredito que esta crise é de médio prazo. É evidente, entretanto, que esta questão do tempo depende de um fator fundamental, que é o governo americano sanar os problemas de liquidez e de solvência dos bancos ameri-canos.

30 de Agosto – E os efeitos da crise especificamente no Brasil?

Cid - A expectativa é de que o pior momento da crise perdure até o primeiro semestre, com alguns sinais de re-cuperação já no segundo semestre, com o país voltando a um ritmo maior de crescimento já em 2010. A avaliação que temos com dados de janeiro e fevereiro está indicando que o pior momento da crise para o mercado de trabalho passou, que foi em dezembro, e já em janeiro observamos uma lenta queda das demissões.

30 de Agosto – Temos acompanhado demissões em massa de trabalhadores pelo mundo inteiro. Sem contar as velhas propostas de redução de jornada com redução de salários. Este quadro ainda não atingiu o setor público em virtude da estabilidade conquista a duras penas. Em sua opinião qual deve ser o papel da classe trabalhadora neste momento de crise mundial?

Cid – O papel é o de enfrentar a crise. E é isso que o mo-vimento sindical vem fazendo, quando faz manifestações, as passeatas, as greves e quando também senta para negociar. O movimento sindical também procurou o governo para propor medidas e uma já foi acatada e divulgada: a mudança das alíquotas do imposto de renda. Há outras medidas que o movimento sindical havia reivindicado e o governo já adotou, como a ampliação do crédito para o setor produtivo, a am-pliação do crédito para a construção civil e, principalmente, a redução da taxa Selic.

Em termos de ação sindical, as negociações que o movi-mento sindical vem fazendo são muito importantes também. O movimento sindical identificou que em 2007 e 2008,

defendeu muito bem a renda, com os acordos salariais, com os aumentos reais. Agora tem que proteger o emprego: tem negociação de suspensão do contrato de trabalho, negociações de férias coletivas, negociações de bancos de horas, negociações de redução de jornada sem redução de salários, compensação de remuneração. Enfim, o movimento sindical está usando todas as armas que tem para evitar as demissões.

30 de Agosto - Que acertos e erros você apontaria nas ações tomadas pelos governos federal e estadual para o enfrentamento da crise mundial?

Cid – Eu apontaria um erro: a demora na reação do Banco Central à crise. O Banco Central poderia ter já antecipado a redução dos juros e, além de antecipar, aumentar a dose na redução dos juros.

Há muitos acertos. O primeiro é o governo ter enfrentado a crise. Nós podemos achar que isto é comum, que é dever do governo. Mas não foi assim se olharmos a história recente do Brasil. Nas crises que tivemos nos anos 90, o governo não enfrentava a crise, porque acreditava que o mercado restabeleceria o equilíbrio, na hegemonia do pensamento econômico neoliberal. O governo está tomando para si a responsabilidade e tem adotado medidas concretas para enfrentar esta crise, com a ampliação do crédito, a abertura de linha de financiamento, redução de depósitos compulsó-rios, alteração da alíquota do imposto de renda, redução da alíquota do IPI, incentivos para a construção civil, ampliação do prazo para o seguro desemprego, manutenção da política de valorização do salário mínimo, continuidade dos

progra-mas sociais.

Em nível de estado também tivemos iniciativas importantes, como a criação do Comitê de combate à crise, que reúne o movimento sindical, repre-sentantes dos empresários e governo; o envio à Assembléia Legislativa de um Projeto de Emenda Constitucional vinculando os benefícios fiscais que as empresas recebem à garantia do emprego; e o anúncio do novo valor do piso regional.

30 de Agosto – Com a crise financeira temos a sensação de que o Estado do Paraná terá uma receita menor este ano do que nos anos anteriores, o que dificultaria reivindicações salariais da categoria. Quais as previsões que o Dieese faz para o comportamento das finanças do estado para 2009? Há margens para ganhos salariais?

Cid – Na questão de finanças do Estado, de fato o Paraná vai ter uma receita maior do que foi registrado em 2008. É comum os governos falarem que vai ter queda na receita. Para haver queda de receita, a crise teria de ser muito mais grave. O que pode acontecer em 2009 é uma desaceleração do crescimento da receita. A receita, que

cresceu em média 16%, em 2008, na minha estimativa, em 2009, crescerá no patamar de 8% a 10%. Quanto à possibili-dade de ganhos salariais para os servido-res, podemos dizer que pode ocorrer sim, em 2009, pois o que baliza a referência

para avaliar as possibilidades de reajuste salarial dos servi-dores é o comprometimento da receita corrente líquida com os gastos com pessoal, e este comprometimento está baixo no Paraná. O comprometimento está em 42%, enquanto o limite prudencial estabelece 46,55%. Margem fiscal para reajuste o Paraná tem, com crise ou sem crise.

30 de Agosto – É concreta a possibilidade de os gover-nos colocarem na crise a desculpa para negar possíveis aumentos salariais?

Cid – Sem dúvida. Este vai ser o discurso dos governos, tanto em nível de estado quanto de municípios. Por isso é importante ir para as negociações com informações, com uma boa análise das finanças do Estado para desmistificar este discurso.

30 de Agosto – Em relação ao ano passado, as previsões realizadas pelo Dieese se consolidaram. Já as previsões do governo foram sofrendo ajustes durante o ano. Isto compromete a qualidade dos investimentos na área da educação?

Cid - Em 2008, quando iniciaram as negociações com a APP, o governo estimava um aumento da receita de 7% e um gasto com pessoal de 17%. Na estimativa do Dieese, os 7% era uma subestimação da receita e os 17% eram uma superestimação dos gastos. Nas discussões com o governo, ficou constatado que de fato o índice de gastos com pessoal tinha um erro metodológico. O governo fez, então, uma revisão na estimativa de receita e chegou no mesmo percentual que estávamos apontando, de 14%.

Foi então, uma soma: a ação da APP, a mobilização da categoria e estes argumentos do Dieese que resultaram nas conquistas de 2008. Quando o governo se convenceu dos erros nos cálculos dos gastos com pessoal, quando foi feita a revisão do crescimento da receita, nós conseguimos sair da negociação com bons resultados. Desta forma, as previsões equivocadas comprometem a qualidade dos investimentos na educação. Como tem sido comum o governo subestimar a receita, há um condicionamento da receita no primeiro semestre e no segundo semestre, quando o governo percebe que subestimou a receita, passa a acelerar os gastos, com-prometendo a qualidade.

30 de Agosto – Além do índice de 25,97% para a equi-paração salarial dos educadores com os demais servidores públicos que reivindicamos na campanha temos a garantia por lei da reposição das perdas inflacionárias em maio. Qual a previsão de índice de reposição para o ano?

Cid - O índice inflacionário medido pelo IPCA é de 5,55% e pelo INPC é de 5,90%. A campanha salarial dos servidores reivindica reposição de 15%, sendo que o índice de reajuste do Piso Regional foi de 14,9%. É importante destacar que hoje há uma certa tranquilidade, pois a data base é uma conquista do movimento sindical. A categoria sempre ficava corren-do atrás de perdas salariais. A APP, além da data base, continua reivindicando a equiparação salarial do magistério com o quadro geral e o índice que resta é de 25.97%. Já fizemos uma boa caminhada. Este índice chegava a 57% e hoje resta 25,97%. A expectativa é de que o governo cumpra com seu compromisso com a categoria e até o final do mandato zere esta diferença.

30 de Agosto – A ampliação de 25% para 30% dos recur-sos da receita estadual para educação tem sido um fator fundamental para a melhoria dos investimentos na área. Você poderia apontar em valores o que isto tem significado, e qual a previsão de recursos para a educação em 2009?

Cid – Esta ampliação tem sido essencial, extraordinária. Quando se vincula um gasto com a receita, se traz para este comprometimento um ganho real do gasto, porque a receita sobe mais que a inflação anualmente. A previsão orçamen-tária de recursos para a educação em 2009 é de R$ 3,8 bilhões, sendo R$ 99 milhões a mais que em 2008. A minha expectativa é de que os gastos com o ensino no Paraná em 2009 fique entre R$ 4,02 bilhões e R$ 4,10 bilhões.

No mês em que lança a sua campanha salarial 2009, a APP-Sindicato dá destaque a uma análise mais aprofundada sobre a repercussão da crise financeira mundial no setor sindical e, especificamente, na educação. O entrevistado desta edição do jornal 30 de Agosto é o economista Cid Cordeiro, analista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieoeconômicos) e integrante do Conselho Regional de Economia. Cid Cordeiro se mostra otimista com a Campanha Salarial 2009 dos educadores.

O economista Cid Cordeiro realiza importante trabalho no Dieese há 25 anos

Foto: Edianês Vieira

“As previsões equivocadas comprometem a qualidade dos investimentos na área da educação”

“O papel da classe trabalhadora é de enfrentar a crise, com propostas, com ação sindical e com negociação”

“O pior momento da crise para o mercado de trabalho já passou”

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APP-Sindicato acompanha caso Iesde/Vizivali

A direção estadual da APP-Sindi-cato voltou a cobrar uma solução para os professores aprovados no concurso de 2007 que não tomaram posse, em virtude de terem concluí-do graduação no Programa de Capa-citação para Docentes da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu (Vizivali), do município de Dois Vizinhos, em parceria com a Inteligência Educa-cional e Sistemas de Ensino (Iesde) e que não conseguem validar seus diplomas.

A Seed é contrária a posse em vir-tude de desacordo com o MEC, mas se prontificou a discutir o caso dos professores que além da licenciatu-ra, tenham cursos de pós-graduação em outra instituição de ensino su-perior. Em relação à regularização dos certificados dos milhares de educadores que participaram do programa, a secretária apresentou a

solução encontrada pelo MEC e pela comissão do Paraná designada para tratar da questão.

O Paraná fará parte de um pro-grama de formação continuada que tem objetivo de garantir a formação em nível de licenciatura para profes-sores em serviço em todo o país. Os professores com problemas na cer-tificação do programa Vizivali terão que fazer novo curso ofertado pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), um braço do MEC criado em 2005. O curso será ofertado ainda neste ano, poderá ser feito a distância e não terá custo.

Deverão ser ofertadas em torno de mil e quinhentas vagas, com prio-ridade para os professores que esta-vam em serviço quando participaram do programa da Vizivali-Iesde.

A comissão aguarda a posição ofi-cial do MEC sobre o aproveitamento

da carga horária destes professores para o curso da Universidade Aberta do Brasil. As inscrições no curso da UAB serão feitas a partir de listagem de professores encaminhada pelos municípios à Secretaria Estadual de Educação do Paraná.

No Paraná a UAB tem 37 polos, nos municípios de Apucarana, Assaí, Astorga, Bandeirantes, Bela Vista do Paraíso, Bituruna, Cerro Azul, Cidade

Gaúcha, Colombo, Congoinhas, Cru-zeiro do Oeste, Engenheiro Beltrão, Faxinal, Flor da Serra do Sul, Foz do Iguaçu, Goioerê, Ibaiti, Ipiranga, Itam-bé, Jacarezinho, Lapa, Laranjeiras do Sul, Nova Londrina, Nova Santa Rosa, Nova Tebas, Palmeira, Palmital, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Pinhão, Ponta Grossa, Rio Negro, Sarandi, Siqueira Campos, Telêmaco Borba e Umuarama.

Para entender o caso

O problema surgiu em 2003. Dos 35 mil professores que con-cluíram o Programa de Capacita-ção para Docentes da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu (Vizi-vali), apenas 10 mil estariam de acordo com os requisitos

neces-sários para cursar o programa. O restante estaria irregular. E mesmo os professores que com-provaram real vínculo de docência não receberam o diploma até agora. O Programa não obteve o reconhecimento do MEC.

Municipais

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Curso de Formação

Em 2009 será realizado o Eixo III

Colocar em discussão temas atu-ais, pensados especialmente para ampliar os horizontes dos educado-res. Esta tem sido uma preocupação constante da Secretaria de Forma-ção em Política Sindical da APP, que só no ano passado formou mais de duas mil pessoas nas turmas em todo o Paraná.

Em 2009 o trabalho continua. O calendário do ano já está definido (veja o box) com a primeira etapa estadual. O curso terá 160 horas de duração e novamente será organiza-do pela APP-Sindicato em parceria

com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Em breve serão divulgados os critérios de participação para as turmas deste ano. De acordo com a secretaria de formação Maria Madalena Ames, “Este terceiro eixo fecha uma parceria que já dura três anos com ótimos resultados, deter-minantes na formação da vanguarda militante e na consolidação do nosso projeto político”.

Formação

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Eixo III – 2009 – Turma Estadual (Curitiba) APP/CNTE/UFPR – 160 horas

Etapa I – 24 a 26/04/09 – Fundamentos da Filosofia I – Histó-ria da Filosofia Ocidental e Filosofia Marxista

Etapa II – 19 a 21/06/09 - Fundamentos da Filosofia II – Filo-sofia da Libertação na América Latina

Etapa III – 14 a 16/08/09 – A História dos Movimentos Sociais da Educação no Brasil e no Paraná

Etapa IV - Novo momento nas políticas educacionais? Perspecti-vas e Interesses.

Participe! Programe-se no seu Núcleo Sindical

MAIS INFORMAÇÕES: (41) 3026-9828 | formacao@app.com.br ou no seu NS.

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Turma regional do Núcleo Sindical de Ponta Grossa (acima),

Prof. Miguel Angel Baez no Curso de OLT no NS Curitiba Norte e Prof.ª Dra.

Marlene Tamanini da UFPR na turma estadual do cursos de extensão em Gênero (ao lado e abaixo).

Foto: Arquivo NS de Ponta Grossa

Foto: Arquivo NS de Ponta Grossa

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Jornal

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Conferência Nacional da

Educação

CONAE

Várias Conferências Municipais de Educação já estão marcadas em muitas cidades paranaenses. Quanto mais municípios organiza-rem debates, mais consistente será o retrato da educação desenhado no estado. As discussões são preparató-rias para a Conferência Estadual de Educação, que será realizada até 30 de novembro no Paraná, visando a Conferência Nacional de Educação, que acontecerá de 23 a 27 de abril de 2010, em Brasília.

A Secretária Educacional da APP-Sindicato, Janeslei Aparecida Albuquerque, reforça a necessidade de envolvimento de toda a categoria através dos núcleos sindicais no processo de organização das con-ferências municipais. “É importante que os educadores dos municípios reivindiquem a conferência. Há recursos do governo disponíveis e todas as condições técnicas para fazer este debate para apontarmos novas diretrizes para a educação. O PNE (Plano Nacional de

Educa-de junho. Os documentos estão disponíveis no site www.mec.gov/ conae e servem para nortear as discussões.

Para Janeslei , a leitura do Do-cumento-Referência da CONAE é imprescindível. Sob o tema

“Cons-truindo o Sistema Nacional Ar-ticulado de Educação: O Plano Nacional de Educação, Diretrizes e Estratégias de Ação”, a

con-ferência contemplará 6 eixos (veja Box) que enfocam diversos aspectos fundamentais para a garantia da educação como direito social.

No Paraná estão marcadas até agora 101 Conferências Municipais e Intermunicipais e 53 Conferên-cias Regionais. A Presidente da APP-Sindicato, Marlei Fernandes de Carvalho, tem viajado pelo Estado

contribuindo nos debates de orga-nização das Conferências, salienta: "estamos num momento histórico de debate e construção de políticas educacionais, precisamos garantir que as conferências aconteçam em todos os municípios e com o envolvimento de toda comunidade educativa".

Dúvidas podem ser esclarecidas com as diretoras da APP

que integram a Comissão Organizadora Estadual: Janeslei Aparecida Albuquerque – Sec. Educacional (fone: 3026-9843) e Isabel Catarina Zöllner - Sec. Geral (fone: 3026-9834) / e-mail: educacional@app.com.br

/ janeslei@app.com.br.

A conferência é uma oportunidade única de professores e funcionários participarem de maneira efetiva e democrática da construção do Sistema Nacional de Educação. O sucesso da CONAE poderá acabar com a prática de definir políticas educacionais em gabinetes, longe da realidade escolar.

Todos os educadores devem par-ticipar dos debates da CONAE nas

escolas e eleger delegados para participar das conferências munici-pais. Cada delegado irá representar a vontade dos companheiros de tra-balho nos debates. Das conferências municipais sairão os representantes para a Conferência Estadual. Nesta esfera serão definidos os delegados para a Conferência Nacional.

Não fique fora deste debate!

ção) completa 10 anos em 2010 e a conferência nacional vai rever e atualizar estas metas, construindo um sistema nacional articulado de educação”, esclarece Janeslei.

Em cada núcleo da APP-Sindicato há, no mínimo,um representante na Comissão Regional, que pode ajudar na organização da conferência muni-cipal, juntamente com os principais segmentos da comunidade educa-tiva pública e privada, da educação básica, superior e profissional, ges-tores (governadores e prefeitos), tra-balhadores da educação (sindicatos e movimentos sociais), estudantes, pais e mães de estudantes.

As conferências municipais podem ser: 1) Municipal: o município realizará a conferência individualmente. 2) Intermunicipal: vários municípios se unem e realizam a conferência numa das cidades.

3) Regional: há conferência em todos os municípios da região e uma, regional, fazendo a compilação de todas.

O prazo para conclusão de to-das essas conferências é até 30

Educacional

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As Conferências Municipais de Educação que precedem a Conferência Estadual abrem

espaço para discussões pontuais e vão mapear a realidade dos educadores no Paraná

EIXOS DA CONAE:

EIXO I - Papel do Estado na Garantia do Direito à Educação de Quali-dade: Organização e Regulação da Educação Nacional

EIXO II - Qualidade da Educação, Gestão Democrática e Avaliação EIXO III - Democratização do Acesso, Permanência e Sucesso Escolar EIXO IV - Formação e Valorização dos Profissionais da Educação EIXO V - Financiamento da Educação e Controle Social

EIXO VI - Justiça Social, Educação e Trabalho: Inclusão, Diversidade e Igualdade

O importante é que a conferência faz com que a sociedade discuta, tanto o controle do ensino privado como a universalização e a qualidade social da educação pública, que viveu um processo de privatização sob várias formas. Este governo tem reafirmado o compromisso com o ensino público. A CONAE vai estabelecer a relação permanente sobre financiamento, formação e valorização, avaliação e gestão democrática. E não é apenas a gestão democrática da escola, mas também a democratização do conhecimento.

JAnESlEi APArECiDA DE AlbuquErquE

Secretária Educacional APP-Sindicato

CONAE pode acabar com a prática

de decidir educação em gabinetes

A presidente Marlei Fernandes de Carvalho fala sobre a COnAE em Maringá

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CMS promove seminário

do Pré-sal dia 25 de abril

A CMS (Coordenação dos Movi-mentos Sociais) está organizando a Campanha do Pré-Sal para este primeiro semestre de 2008. Na úl-tima reunião realizada na sede da APP-Sindicato, foi marcado Seminá-rio de formação e organização sobre o Pré-sal, para o dia 25 de abril, em local a ser divulgado no portal: www.app.com.br.

A programação prevê, pela manhã, resgate das lutas históricas do pe-tróleo no Brasil, exposição de dados estatísticos e estudo aprofundado so-bre o Pré-sal. A tarde será dedicada

à parte organizativa, com destaque sobre como organizar a campanha do Pré-sal no Paraná. A APP-Sindicato faz parte da equipe que está orga-nizando o seminário, representada pela secretária de Políticas Sociais da APP, Silvana Prestes. A instaura-ção oficial do Comitê da Campanha deverá encerrar o evento.

A APP-Sindicato deliberou em Assembléia Estadual, em dezembro de 2008, apoiar ativamente das campanhas em defesa do petróleo brasileiro. A campanha lançada em 2008 “O petróleo é do povo brasileiro

e a Petrobrás também” já coletou mais de um milhão de assinaturas pelo projeto de lei de iniciativa po-pular que re-estatiza a Petrobrás (hoje com 60% do capital na mão da iniciativa privada); coloca um fim

nos leilões comandados pela ANP (o 10º está previsto para 18/dez) ; garante o destino social das riquezas geradas pela exploração do petróleo, notadamente a reserva da camada de pré-sal.

Movimento social e sindical

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Aposentados devem se recadastrar

Fique atento para as datas:

A Secretaria Estadual de Aposenta-dos/as da APP-Sindicato chama a aten-ção dos servidores aposentados sobre a necessidade do recadastramento atra-vés da Paranaprevidência, nos Núcleos Regionais de Educação e nas Agências da Caixa Econômica ou pela Internet:

www.paranaprevidencia.pr.gov.br.

Para os que moram na capital e região metropolitana de Curitiba:

Para os que moram em outras localidades(independentemente do mês de aniversário):

Nascidos em Janeiro e Julho.

Prazo: 19/01 a 31/03/2009

Nascidos em Fevereiro e Agosto.

Prazo: 02/02 a 30/04/2009

Nascidos em Março e Setembro.

Prazo: 02/03 a 29/05/2009

Nascidos em Abril e Outubro.

Prazo: 01/04 a 30/06/2009

Nascidos em Maio e Novembro.

Prazo: 02/05 a 31/07/2009

Paranaguá, Lapa, Ponta Grossa.

Prazo: 19/01 A 31/03/09

Jaguariaíva, Wenceslau Braz, União da Vitória, Guarapuava e de fora do Estado.

Prazo: 02/02 a 30/04/2009

Pato Branco, Toledo, Cascavel, Foz do Iguaçu, Umuarama.

Prazo: 02/03 a 29/05/2009

Londrina.

Prazo: 01/04 a 30/06/2009

Campo Mourão, Maringá.

Prazo: 02/05 a 31/07/2009

Apucarana, Paranavaí, Cornélio Procó-pio, Jacarezinho.

Prazo: 01/06 a 29/08/2009

Nascidos em Junho e Dezembro.

Prazo: 01/06 a 29/08/2009

Aposentados

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Deputado Estadual Professor Lemos defende

educadores na Assembléia Legislativa

Desde que tomou posse como deputado estadual na Assembléia Legislativa do Paraná, o secretário de política sindical da APP-Sindicato, José Rodrigues Lemos, tem redobra-do o trabalho em defesa redobra-dos traba-lhadores da educação.

Entre as propostas apresentadas pelo deputado, está a alteração do dia de pagamento dos servidores pú-blicos, antecipando para o penúltimo

dia do mês. Lemos também trabalha pela aprovação de lei que garante redução da jornada de trabalho para servidores que têm filhos deficientes e sejam dependentes. Outra propos-ta defendida pelo parlamenpropos-tar é a aprovação da Emenda Constitucional que estende a licença maternidade de 120 para 180 dias para as servi-doras públicas estaduais.

Segundo Lemos, o mandato será

construído por professores e fun-cionários da Educação Pública do Paraná, servidores do estado, re-presentantes da luta pela reforma agrária e da agricultura familiar, além de líderes todos os movimen-tos sociais. O gabinete do deputado Professor Lemos fica no 4º andar da Assembleia Legislativa. Os telefones para contato são: (41) 3350.4053 ou 3350.4253.

Deputado Professor lemos assume com objetivo de lutar pelos trabalhadores da educação

Foto: Leandro T

aques

Documentos básicos:

Antes de iniciar os procedimentos de atualização cadastral, é impor-tante o servidor ter em mãos os seguintes documentos:

- Cédula de identidade (além do número, pede-se data de emissão e órgão expedidor)

- CPF

- Título de eleitor

- Carteira profissional (se o servidor possuir) - Certificado de reservista

- Contracheque (inclusive para número do PIS/Pasep) - Carteira de motorista

- Comprovante de residência (para confirmação do CEP, caso o servidor não saiba ou não se lembre)

- Certificados de cursos feitos (como curso superior, ou pós-graduação; e mesmo de outros eventos de capacitação, como seminários, oficinas, palestras etc.)

Informações adicionais podem ser obtidas na Paranaprevidência, pelos telefones (41) 3304-3737 ou 3304-3028, ou ainda no setor de recadas-tramento, com Hélio, pelo telefone 3304-3172.

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CUT prepara estratégias para

enfrentar a crise e demissões

Diante da constatação de que a maioria dos estados e municípios ignora a legislação em vigor desde 1º de janeiro e não aplica o piso salarial nacional do magistério, a Confederação Nacional dos Traba-lhadores em Educação (CNTE) dará continuidade à mobilização nacional pela implementação do piso salarial. Ao longo do mês de março, sindica-tos filiados à entidade decidirão em assembléias estaduais a data do início da greve nacional.

O piso salarial nacional é uma reivindicação histórica da CNTE, é um instrumento de valorização profissional e de correção de distor-ções salariais entre os educadores

de todo o país. "A Confederação teve um papel importante para a promulgação da lei e agora mais do que nunca, não vamos deixar de pressionar por sua implementação, independentemente da decisão liminar do Supremo Tribunal Fede-ral", declarou o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão.

"O Piso Salarial Nacional além de uma necessidade é uma questão de justiça. Por isso, vamos usar o direito de greve para chamar a atenção dos dirigentes estaduais, municipais e da sociedade para a urgência de sua implementação. O piso é lei e não abriremos mão de fazê-la valer", sublinhou.

Movimento social e sindical

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Calendário de lutas

• Março

- As entidades afiliadas farão assembleias para debater com a categoria o processo de implantação da lei do piso no seu estado. Definição da data e da duração da greve nacional dos trabalhadores em educação.

- Os sindicatos também devem articular o trabalho das frentes parla-mentares nas assembleias legislativas e câmaras municipais, estabelecen-do diálogo com os poderes executivos para a implementação da Lei.

• Abril

- Dia 2 - Ato público na Praça dos Três Poderes para cobrar do STF o

julgamento do mérito da ADin contra a Lei do Piso.

- Dia 3 - Reunião com o Conselho Nacional de Entidades para definir

a data e o tempo de duração da greve nacional em defesa do piso.

- Dia 20 - Entre os dias 20 e 24, a CNTE promove a 10ª Semana

Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. Estão previstas conferências escolares por todo o Brasil.

Pelo piso, CNTE convoca professores

à greve nacional

Reunida nos dias 17 e 18 de feverei-ro, em São Paulo, a Direção Executiva Nacional da CUT aprofundou a reflexão sobre a crise mundial, deliberando que no próximo período sua principal tarefa será a de enfrentar a crise ampliando a luta de classe e organizando a tran-sição para um novo modelo de desen-volvimento. Para o dia 27 de março já está prevista grande mobilização con-tra as demissões que estão ocorrendo de forma oportunista no Brasil.

Na avaliação da CUT, essa crise expressa, em primeiro lugar, a crise do capitalismo e da sua atual expressão neoliberal, que é calcada, entre outros, na liberalização financeira e comer-cial. A CUT reafirma que a melhor resposta para a complexidade do momento é a defesa do de-senvolvimento com emprego, geração de ren-da e a defesa dos direitos da

classe trabalhadora, com a partici-pação da sociedade no controle das diversas esferas econômicas e sociais. A inclusão social, a participação popu-lar e a valorização do trabalho são os pilares para que o Brasil se consolide como um país de todos e de todas.

A CUT, desde o início dessa crise, vem se colocando de forma muito contundente contra as medidas que só aprofundam a situação. Nossa atu-ação alia mobilizatu-ação e negociatu-ação.

De um lado, pressionamos o governo federal e os governos estaduais por ampliação de crédito, redução de juros e dos spreads bancários e de-sonerações tributárias momentâneas e específicas para os setores mais atingidos pela crise, condicionadas a contrapartidas de emprego e manu-tenção da renda dos trabalhadores. A CUT reitera que o fim do superávit primário, da lei de responsabilidade fiscal e a diminuição dos juros são medidas essenciais para enfrentar a crise.

Oportunismo - A CUT assumiu um papel fundamental no combate e denúncia de empresas que se aprovei-tam do momento para fazer ajustes de

custos – com demissões, re-dução de sa-lários, diminui-ção de direitos. Nesse sentido, no dia 11 de fevereiro, a CUT realizou gran-des atos públicos em todo o país para afirmar que os trabalhadores não vão pagar pela crise. A principal denúncia foi feita contra a Vale do Rio Doce. Apesar de ter lucrado R$ 23 bilhões em 2008, anunciou a demissão de mais de 1.000 trabalhadores, férias coletivas para mais de 5.000 e ainda propôs a redução salarial de 33.000 trabalhadores. Ao mesmo tempo, a Vale adquiriu empréstimo com o BN-DES, sob argumento de dificuldades

frente à crise. É o exemplo mais claro de como os empresários tem conse-guido lucrar com a crise.

Na avaliação da CUT, a demissão de 4,2 mil trabalhadores da Embraer, em São José dos Campos, é obra de incompetência administrativa e ama-dorismo gerencial. Trata-se também de oportunismo. A empresa tem re-cebido ao longo dos anos aportes do BNDES, cujo patrimônio é em grande

parte composto por recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. A empresa quebrou recordes no ano passado, quando vendeu 204 aparelhos contra os 195 que ela mesma estimava, num crescimento de 20% se comparado ao de 2007. Em recente lista que inclui multinacionais, figura como a 16ª maior receita entre as indústrias em atuação no território nacional e como o 15º maior lucro líquido.

Calendário de lutas

• Jornada pelo Desenvolvimento, Ciclo de Debates sobre temas que correspondem às questões essenciais para a conformação de um projeto de desenvolvimento para o Brasil, nos próximos meses.

• Mobilização dia 27 de março, com a proposta que seja um Dia Continental de Luta contra o Capitalismo e a Guerra, convocado pela Confederação Sindical das Américas - CSA.

• I Conferência Mundial sobre Sistemas Universais de Proteção Social (30 de novembro a 4 de dezembro, em Brasília)

• Dia 7 de abril, data em que se comemora o Dia Mundial da Saúde, será realizado uma ampla mobilização.

• Reforço às campanhas pela implementação do Piso Nacio-nal do Magistério, pelas ratificações das Convenções 87, 151 e 158 da OIT, pela tramitação do PL de contribuição negocial, pela Redução da Jornada de Trabalho sem Redução de Salário, da diminuição dos juros, o fim do superávit primário e da Lei de Responsabilidade Fiscal.

• 10º Concut, entre os dias 10 a 15 de agosto de 2009.

Fique atento:

O Congresso Estadual da

CUT será nos dias 19, 20 e

21 junho.

(12)

O Movimento Feminista e o de Mulheres do Pa-raná realizaram na manhã do dia 7 de março sete atos no centro de Curitiba em comemoração ao Dia 8 de Março - Dia Internacional da Mulher. A marcha "As mulheres trabalhadoras não vão pa-gar pela crise do capital" fez uma reflexão sobre o impacto da crise do modelo capitalista na vida das mulheres. A caminhada foi acompanhada pe-las dirigentes da APP- Sindicato e por representan-tes da Marcha Mundial das Mulheres do Paraná (MMM-PR).

O primeiro dos sete atos foi em frente ao prédio do INSS. Mulheres de vários movimentos sociais, sindicalistas, educadoras, entre outras, falaram sobre “A Crise do Trabalho” e destacaram questões referentes à previdência e precarização do traba-lho. Diante do Ministério da Fazenda questionaram se a crise é financeira ou do desgaste do modelo econômico. Em coro disseram não às demissões por conta da crise, ressaltaram a importância de mudanças no modelo econômico, além da garan-tia de trabalho para as trabalhadoras. Em seguida, pediram políticas públicas em relação ao meio am-biente e, como o tema deste terceiro ato tratava da “Crise do Modelo de Cidade”, as mulheres não deixaram de fora o protesto contra a falta de cre-ches em Curitiba. De acordo com as manifestan-tes, no município há um déficit de 45 mil vagas.

Foi em frente à Catedral Basílica na Praça Ti-radentes, que a passeata das mulheres ganhou um caráter mais contestador e emocionante. As formas de violência sofridas pelas mulheres foram destacadas pelas participantes. Juntas rememo-ram os recentes casos em que mulheres ainda crianças foram estupradas e assassinadas, como aconteceu com a menina de 9 anos, estuprada pelo padrasto pedófilo, em Pernambuco, e Ra-quel, também de 9 anos, que foi encontrada

mor-ta dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba. A respeito do caso estupro e gravidez da primeira pediram a descriminalização do aborto já!

A quinta parada tratou da Mercantilização do Corpo das Mulheres. Na Rua XV de Novembro, em frente à C&A e Diva, integrantes da Rede de Mu-lheres Negras do Paraná protestaram contra a dis-criminação racial, as desigualdades sociais ainda presentes na sociedade, entre elas as diferenças salariais.

Na penúltima parada, o tema tratado foi Sobera-nia Alimentar. Em frente ao Mac Donald, as mulhe-res camponesas repmulhe-resentantes da Via Campesina e Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) fizeram a defesa de uma vida saudável, de um novo modelo de produção, além de combater o uso das sementes transgênicas. A parada final, na Boca Maldita, discorreu sobre a participação das Mulheres pela Integração Latinoamericana e em Solidariedade às Mulheres Palestinas. Falaram sobre a soberania dos povos e fizeram apelos pelo fim das guerras.

Ato público marca o

Dia internacional da Mulher

Campanha Estadual de Eleição de

Representantes de Escola

2009

Sabe aquelas dúvidas que surgem sobre salário, benefícios ou mudan-ças no seu ambiente de trabalho? A pessoa mais indicada para responder essas questões é o seu representante de escola, eleito democraticamente para ligar a categoria e a comunidade escolar com o sindicato. Ele pode levar todas as sugestões e anseios que você gostaria de colocar em prática até a direção da APP-Sindicato. E também apresentar os problemas que apare-cem no dia a dia mostrando a realida-de do chão realida-de escola, melhorando a discussão para construção da escola pública de qualidade.

É por isso que nesta Campanha Estadual de Eleição de

Representan-tes de Escola 2009, a APP-Sindicato reforça o convite para que todos os trabalhadores da educação se ins-crevam para concorrer nas próximas eleições. Qualquer professor ou profes-sora, funcionário ou funcionária, pode participar. Basta ser sindicalizado e procurar o Núcleo Sindical da sua região, responsável pela organização do pleito.

Para o secretário de organização, José Ricardo Correa, é importante que cada escola tenha o seu representan-te. Lembrando que as escolas devem eleger um representante de professo-res e funcionários por turno de funcio-namento. “Vale reforçar também que as escolas da rede municipal também

podem ser representadas. O representante eleito compõe o Conselho Regional do Sin-dicato, instância acima da Diretoria Regional, o que indi-ca a gestão democrátiindi-ca e a possibilidade real de apontar caminhos a serem seguidos”, diz José Ricardo.

O processo é transparente e movimenta toda escola. Os representantes são eleitos

em assembléia com participação de todos os trabalhadores e tem mandato de um ano, desde que seja vontade da escola.

Todas as orientações e documentos necessários para a eleição estão

dis-poníveis no portal www.app.com.br, na coluna à esquerda em OLT.

Mais informações no telefone

(41) 3026-9822 ou por email:

organização@app.com.br

Fotos: Andréa Rosendo

A Integração Latinoamericana e a Solidariedade às Mulheres Palestinas foram os temas do último ato

O mapa de violência no mundo foi destacado pelas participantes

Referências

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