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D.Dinis

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Academic year: 2021

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Portugal

Portugal

Ricardo Silva

Ricardo Silva

Luís de Camões

Luís de Camões

Fernando Pessoa

Fernando Pessoa

 Analise do poema D. Dinis de Fernando Pessoa e excer

 Analise do poema D. Dinis de Fernando Pessoa e excerto do canto III

to do canto III

Escola Secundária Emídio

(2)

Objectivos do trabalho

1. Comparação entre a forma de escrita de Fernando

pessoa e Luís de Camões

2. Análise Formal

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Dinis

D. DINIS

Na noite escreve um seu Cantar de Amigo O plantador de naus a haver

E ouve um silêncio múrmuro consigo: É o rumor dos pinhais que, como um trigo De Império, ondulam sem se poder ver Arroio, esse cantar, jovem e puro, Busca o Oceano por achar;

E a fala dos pinhais, marulho obscuro, É o som presente desse mar futuro, É a voz da terra ansiando pelo mar.

Marulho

1. Agitação das ondas do mar Arroio

Pequena corrente de água não permanente;

“Mensagem” de Fernando

pessoas

Este poema pertence primeira parte – o Brasão – da Mensagem- colectânea de poemas de Fernando Pessoa, escrita entre 1913 e 1934.

(4)

 Análise do poema

Esta obra contém poesia de índole épico-lírica

[1]

participando assim das

características deste dois géneros.

Relativamente à sua matriz épica devemos destacar o tom de exaltação heróica que

percorre esta obra; a evocação dos perigos e dos desastres bem como a matéria

histórica ali apresentada.

No

atinente

à sua dimensão lírica, podemos destacar a forma fragmentária da obra, o

tom menor, a interiorização da matéria épica, através da qual sujeito poético se

exprime.

(Gênero lírico evoca a subjetividade sentimental a partir do artista. O objeto-estímulo desperta a atenção das imagens que têm o ponto de vista do poeta).

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 Análise do poema

Nesta primeira parte da obra que me propôs a analisar aborda-se a origem, a fundação o princípio de Portugal.

O título D. Dinis remete-nos para os primórdios da nossa nacionalidade, assumindo assim o poeta a perspectiva longínqua de D. Dinis, observando no século XX à posterior a empresa dos Descobrimentos.

 Em termos formais, constatei que o poema é constituído por duas estrofes, de cinco

versos (quintilhas). Quanto ao metro e ao ritmo os versos são irregulares.

 O segundo verso de cada estrofe tem oito sílabas métricas, enquanto os restantes

são decassilábicos.

 Predomina o ritmo binário, aparecendo também o ternário, no verso primeiro da

segunda estrofe.

 A rima é sempre consoante, variando entre rica e pobre, e obedece ao seguinte

esquema rimático: abaab, com rimas cruzadas, emparelhadas e interpoladas, portanto.

 O verso decassilábico, de ritmo largo, adequa-se à expressão de uma mensagem que

traduz o meditar repousado de um poeta que é rei e vai ao leme de um povo que quer ser grande.

(6)

 Análise do poema

Na primeira estrofe o sujeito lírico imagina D. Dinis a compor um cantar de amigo.

“ Eis-nos diante do rei poeta”

Já no segundo verso é o lavrador que emerge. Seria dos pinhais plantados por D. Dinis que

viria a madeira com a qual se construiriam as naus para os descobrimentos.

D. Dinis representa a certeza adivinhada do futuro. A expressão “ ouve um silêncio múrmuro

consigo”, contendo um oximoro realça a atitude meditativa do rei que, como um rei-mago, ao

escrever o seu cantar de amigo profetiza já a epopeia marítima dos portugueses.

Oximoro

Nome masculino

Recurso estilístico que consiste em reunir, no mesmo conceito, palavras de sentido oposto ou contraditório (ex.: silêncio expressivo)

(7)

 Análise do poema

O sujeito lírico recua no tempo e escuta com o rei o rumor dos pinhais que ondulam (metáfora de inspiração marinha). Esta metáfora e a personificação contida na expressão “é o rumor dos pinhais como um Trigo de Império” sugere que esse sussurrar pressentido por D. Dinis era a fala misteriosa dos pinhais que já ondulavam na imaginação do poeta “como um trigo de império”.

Esta metáfora é extremamente expressiva. Os pinhais contribuiriam para permitir a expansão portuguesa e esta criaria a riqueza do nosso império.

O pão é símbolo de alimentos de poder económico, sendo o trigo , as searas promessa de riqueza para um país.

Este ondular invisível deixa já antever a aventura marítima e o Império que lhe está associado. Assinale-se ainda o animismo é o rumor dos pinhais. Os pinhais parecem ter linguagem e inspiram o próprio cantar do rei -poeta, porque anunciam qualquer coisa de grande, ainda envolvida em mistério.

(8)

 Análise do poema

• Os verbos encontram-se no presente com aspecto durativo, traduzindo acções que se prolongam no tempo, tornando a descrição mais impressionista e visualista.

• Na segunda parte, mantém-se a preocupação por parte do “eu” poético de nos fazer chegar o cantar do jovem rei e o “marulho obscuro” dos seus pinhais.

• Tudo isto era, na perspectiva do rei, o pressentimento embora obscuro de qualquer coisa grande que estava para vir, era “o so m presente desse mar futuro”.

• Esta ideia põe em destaque o carácter mítico deste “herói”, como uma espécie de intérprete de uma vontade superior. A mensage m deste poema centra-se sobretudo no futuro e a razão disto poderá encontrar-se a partir do que atrá s ficou dito: se a perspectiva temporal é a de D. Dinis, e este rei prepara as glórias futuras da sua grei, é evidente que a mensagem do poema se centra sobretudo no futuro.

• Isso mesmo se confirma no texto “ O plantador de naus a haver”, Arroio, esse cantar ... e a fala dos pinhais...é som presente desse mar futuro.... O cantar de quem, dos pinhais ? Do poeta? Ou dos dois? Esse cantar era apenas um curso de água que procurava o mar .

• Esta metáfora exprime como os portugueses começando quase do nada foram engrossando caudal das suas forças até chegarem à Índia.

• O poema refere duas fases da nossa história: o ciclo terra (plantador de naus, pinhais, trigo) e o ciclo do mar (arroio, naus e mar).

• A terra e o mar dois pólos entre os quais se balouçou o povo português, sem nunca ter encontrado uma distância equilibrada entre os dois.

• Após termos perspectivado a mensagem do tempo é mais fácil perspectivar a do espaço.

• Há expressões que apontam para o estreito espaço lusíada antes dos Descobrimentos

• “o plantador de naus ... o rumor dos pinhais... o som presente ... e a voz da terra.... É o espaço limitado dos primeiros tem pos da pátria.

• Mas surgem por antítese a estas, outras expressões que projectam a nação através do mundo: “como um trigo de império ... busc a o Oceano por achar ... desse mar futuro, ... ansiando pelo mar...”

(9)

 Análise do poema

Relacionando o espaço e o tempo, verificamos que ao tempo futuro corresponde o alargamento do território português, a projecção da nação através dos mares.

Ao longo do poema devemos destacar as expressões que se congregam para dar a sugestão de um mistério premonitório do domínio dos mares “ na noite ... silêncio múrmuro... rumor dos pinhais, marulho obscuro. É voz presente desse mar futuro”.

De notar que o rumor dos pinhais de tal forma se insinua no cantar profético do poeta que se atribui a esse cantar o mesmo efeito que à fala dos pinhais “esse cantar busca o oceano por achar; e a fala dos pinhais é som presente desse mar futuro”.

Concluindo, este poema está imbuído de sensibilidade épica. A grandeza dos feitos de uma nação é inseparável da sua grandeza literária. Pelo que se compreende que Fernando Pessoa tenha concebido na Mensagem um super Portugal em que ele seria o super Poeta. A cultura parece desempenhar aqui um papel de importância acrescentada. Também o Quinto império será cultural.

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Canto III

"Eis depois vem Dinis, que bem parece

Do bravo Afonso estirpe nobre e dina,

Com quem a fama grande se escurece

Da liberalidade Alexandrina.

Com este o Reino próspero floresce

(Alcançada já a paz áurea divina)

Em constituições, leis e costumes,

Na terra já tranquila claros lumes.

"Fez primeiro em Coimbra exercitar-se

O valeroso ofício de Minerva;

E de Helicónia as Musas fez passar-se

 A pisar do Monde-o a fértil erva.

Quanto pode de Atenas desejar-se,

Tudo o soberbo Apolo aqui reserva.

 Aqui as capelas dá tecidas de ouro,

Do bácaro e do sempre verde louro.

.

“os Lusíadas” de Luís Vaz de camões 96 a 98

Nobres vilas de novo

edificou

Fortalezas, castelos mui

seguros,

E quase o Reino todo

reformou

Com edifícios grandes, e

altos muros.

Mas depois que a dura

 Átropos cortou

O fio de seus dias já

maduros,

Ficou-lhe o filho pouco

obediente,

Quarto Afonso, mas forte e

excelente

(11)

D.Dinis descende de D Afonso e governa num momento

em que o pais vive em paz , tem leis e costumes já

definidos

D.Dinis criou a universidade de coimbrã pois valorizava

a línguas e a cultura alias ele também foi poeta .

Edificou algumas vilas e castelos , reformou edifícios e

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Fernando Pessoa

Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa a 13 de Junho de 1888 e

faleceu em Lisboa, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando

Pessoa, foi um poeta, filósofo e escritor português.

É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura

Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões

Por ter sido educado na África do Sul, para onde foi aos seis anos em virtude do

casamento de sua mãe, Pessoa aprendeu perfeitamente o inglês, língua em que

escreveu poesia e prosa desde a adolescência.

Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa

traduziu várias obras inglesas para português e obras portuguesas (nomeadamente

de António Botto e Almada Negreiros) para inglês.

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Luís de Camões

Luís Vaz de Camões Aparentemente nasceu em lisboa em 1524

e faleceu a 10 de

Junho de 1580) foi um poeta de Portugal, considerado uma das maiores figuras da

literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas do ocidente

Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida.

 Aparentemente nasceu em Lisboa, de uma família da pequena nobreza.

Sobre a sua infância tudo é conjectura mas, ainda jovem, terá recebido uma sólida

educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a

história antigas e modernas.

Frequentou a corte de Dom João III, iniciou a sua carreira como poeta lírico e.

Diz-se que, por conta de um amor frustrado, exilou Diz-se em África, alistado como militar,

onde perdeu um olho em batalha.

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(17)

https://sites.google.com/site/aulasdeliteratura/apo

ntamentos9

http://www.prof2000.pt/users/jsafonso/port/Mensag

Referências

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