MAURICE BLANCHOT MAURICE BLANCHOT
A ESCRITURA DO DESASTRE A ESCRITURA DO DESASTRE
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♦ O desastre arruína tudo deixando tudo no estado. Não atinge esse O desastre arruína tudo deixando tudo no estado. Não atinge esse ou aue!e" # eu$ou aue!e" # eu$ não estou so% sua a&ea'a. ( na &edida e& ue" )ou)ado" deixado de !ado" o não estou so% sua a&ea'a. ( na &edida e& ue" )ou)ado" deixado de !ado" o desastre &e a&ea'a ue e!e a&ea'a e& &i& o ue est* +ora de &i&" u& outro ue desastre &e a&ea'a ue e!e a&ea'a e& &i& o ue est* +ora de &i&" u& outro ue não eu ue de,-& )assi,a&ente outro. Não * a!/an/e do desastre. 0ora de a!/an/e não eu ue de,-& )assi,a&ente outro. Não * a!/an/e do desastre. 0ora de a!/an/e est* aue!e ue o desastre a&ea'a" não
est* aue!e ue o desastre a&ea'a" não se se• • sa%eria di1er se - de )erto ou de !onge 2 osa%eria di1er se - de )erto ou de !onge 2 o
in+inito da a&ea'a de u&a /erta &aneira ro&)eu todo !i&ite. Esta&os 3 %eira do in+inito da a&ea'a de u&a /erta &aneira ro&)eu todo !i&ite. Esta&os 3 %eira do desastre se& ue )ossa&os situ*4!o no )or,ir5 e!e -" antes" se&)re 6* )assado" e" no desastre se& ue )ossa&os situ*4!o no )or,ir5 e!e -" antes" se&)re 6* )assado" e" no entanto" esta&os 3 %eira ou so% a a&ea'a" todas as +or&u!a'7es ue i&)!i/aria& o entanto" esta&os 3 %eira ou so% a a&ea'a" todas as +or&u!a'7es ue i&)!i/aria& o )or,ir
)or,ir se se o o desastre desastre não não +osse +osse o o ue ue não não ,e&" ,e&" o o ue ue i&)ediu i&)ediu toda toda ,inda. ,inda. 8ensar 8ensar oo desastre 9se - )ossí,e!" e não - )ossí,e! na &edida e& ue )ressenti&os ue o desastre 9se - )ossí,e!" e não - )ossí,e! na &edida e& ue )ressenti&os ue o desastre - o )ensa&ento: - não ter &ais
desastre - o )ensa&ento: - não ter &ais )or,ir )ara o )ensar.)or,ir )ara o )ensar. O desastre - se)arado" aui!o ue *
O desastre - se)arado" aui!o ue * de &ais se)arado.de &ais se)arado. ;uando o desastre so%re,-&" e!e não ,e&.
;uando o desastre so%re,-&" e!e não ,e&. O desastre - sua i&in<n/ia" &as" )ois ueO desastre - sua i&in<n/ia" &as" )ois ue o +uturo" ta! ua! o /on/e%e&os na orde& do te&)o ,i,ido" )erten/e ao desastre" o o +uturo" ta! ua! o /on/e%e&os na orde& do te&)o ,i,ido" )erten/e ao desastre" o desastre se&)re 6* o retirou ou dissuadiu= não * )or,ir )ara o desastre" /o&o não * desastre se&)re 6* o retirou ou dissuadiu= não * )or,ir )ara o desastre" /o&o não * te&)o ne& es)a'o e& ue e!e se /u&)ra.
te&)o ne& es)a'o e& ue e!e se /u&)ra.
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♦ Ele Ele não não crê crê no no desastre, desastre, nãonão sese pode crer no desastre, que pode crer no desastre, que sese viva ou que viva ou que sese morra. Nenhuma fé que esteja à sua medida, e ao mesmo tempo uma espécie de morra. Nenhuma fé que esteja à sua medida, e ao mesmo tempo uma espécie de
N. t. N. t. Usare&Usare&os e& it*!i/o o >se? toda ,e1 os e& it*!i/o o >se? toda ,e1 ue e!e ti,er a +un'ão de )rono&e a)assi,adoue e!e ti,er a +un'ão de )rono&e a)assi,ador r
ou índi/e de indeter&ina'ão do su6eito" a +i& de di+eren/i*4!o de sua +un'ão de )rono&e ou índi/e de indeter&ina'ão do su6eito" a +i& de di+eren/i*4!o de sua +un'ão de )rono&e re+!exi,o.
desint
desintereeresse, desinteresse, desinteressado do ssado do desastdesastre. Noite, re. Noite, noite branca - noite branca - assim o assim o desastdesastre,re, essa noite à qual a obscuridade falta, sem
essa noite à qual a obscuridade falta, sem que a luz a clareie.que a luz a clareie.
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♦ O /ír/u!o" desenro!ado so%re u&a reta rigorosa&ente )ro!ongada" re+or&a u& O /ír/u!o" desenro!ado so%re u&a reta rigorosa&ente )ro!ongada" re+or&a u& /ír/u!o eterna&ente )ri,ado de /entro.
/ír/u!o eterna&ente )ri,ado de /entro.
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♦ A # +a!sa$ unidade" o si&u!a/ro de unidade a /o&)ro&ete& &ais ue sua A # +a!sa$ unidade" o si&u!a/ro de unidade a /o&)ro&ete& &ais ue sua /o!o/a'ão e& /ausa direta ue no resto não -
/o!o/a'ão e& /ausa direta ue no resto não - )ossí,e!.)ossí,e!.
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♦ EsEs/r/re,e,er er seseriria" a" no no !i!i,r,ro" o" dede,i,ir r !e!egígí,e,e! ! )a)ara ra /a/ada da u&u&" " e" e" )a)ara ra si si &e&es&s&o"o" inde/i+r*,e!@ 9a%s não nos disse uase isso@:
inde/i+r*,e!@ 9a%s não nos disse uase isso@:
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♦ Se o desastre signi+i/a estar se)arado da estre!a 9o de/!ínio ue &ar/a o extra,io Se o desastre signi+i/a estar se)arado da estre!a 9o de/!ínio ue &ar/a o extra,io uando se interro&)eu a re!a'ão /o& o a/aso de /i&a:" e!e indi/a a ueda so% a uando se interro&)eu a re!a'ão /o& o a/aso de /i&a:" e!e indi/a a ueda so% a ne/essidade desastrosa. A !ei seria o desastre" a !ei su)re&a ou extre&a" o ex/essi,o ne/essidade desastrosa. A !ei seria o desastre" a !ei su)re&a ou extre&a" o ex/essi,o da !ei não /odi+i/*,e!5 aui!o a ue so&os destinados se& ser /on/ernidos@ O da !ei não /odi+i/*,e!5 aui!o a ue so&os destinados se& ser /on/ernidos@ O desastre não te& o!os )ara ns" e!e - o i!i&itado se& o!ar" o ue não )ode se desastre não te& o!os )ara ns" e!e - o i!i&itado se& o!ar" o ue não )ode se &edir e& ter&o de +ra/asso ne& /o&o a )erda
&edir e& ter&o de +ra/asso ne& /o&o a )erda )ura e si&)!es.)ura e si&)!es. Nada
Nada - - su+i/iente su+i/iente ao ao desastre= desastre= o o ue ue uer uer di1er di1er ue" ue" da da &es&a &es&a &aneira &aneira ue ue aa destrui'ão e& sua )ure1a de ruína não !e /on,-&" da &es&a &aneira a id-ia de destrui'ão e& sua )ure1a de ruína não !e /on,-&" da &es&a &aneira a id-ia de tota!idade não sa%eria &ar/ar seus !i&ites5 todas as /oisas atingidas e destruídas" os tota!idade não sa%eria &ar/ar seus !i&ites5 todas as /oisas atingidas e destruídas" os
deuses e os o&ens re/ondu1idos 3 aus<n/ia" o Nada no !ugar de tudo" - de&asiado e de&asiado )ou/o. O desastre não - &ais/u!o" ta!,e1 e!e torne a &orte ,ã= e!e não se su)er)7e" se&)re su)rindo a e!e" ao es)a'a&ento do &orrer. Morrer nos d* 3s ,e1es 9/o& erro" se& d,ida: o senti&ento de ue" se ns &orr<sse&os" es/a)aría&os ao desastre" e não de nos a%andonar&os a e!e 2 donde a i!usão de ue o sui/ídio !i%era 9&as a /ons/i<n/ia da i!usão não a dissi)a" não nos deixa nos des,iar de!a:. O desastre do ua! seria )re/iso atenuar 2 re+or'ando4a 4 a /or negra" nos ex)7e a u&a /erta ideia da )assi,idade. So&os )assi,os e& re!a'ão ao desastre" &as o desastre ta!,e1 se6a a )assi,idade" nisso )assado e se&)re )assado.
♦ desastre toma cuidado com tudo.
♦ O desastre5 não o )ensa&ento de,indo !ou/o" ne& ta!,e1 &es&o o )ensa&ento enuanto )orta se&)re sua !ou/ura.
♦ O desastre" tirando4nos esse re+gio ue - o )ensa&ento da &orte" dissuadindo4 nos do /atastr+i/o ou do tr*gi/o" desinteressando4nos de todo uerer /o&o de todo &o,i&ento interior" não nos )er&ite &uito &enos 6ogar /o& essa uestão5 o ue tu +i1este )ara o /one/i&ento do desastre@
♦O desastre est* do !ado do esue/i&ento= o esue/i&ento se& &e&ria" a retra'ão i&,e! do ue não +oi tra'ado 2 o i&e&oria! ta!,e1= !e&%rar4se )or esue/i&ento" o +ora no,a&ente.
♦# Ser* ue tu so+reste )ara o /one/i&ento@ $ Isso nos - )erguntado )or Niet1s/e" /o& a /ondi'ão de ue não nos eui,oue&os so%re a )a!a,ra
so+ri&ento5 o su%&eti&ento" o # )asso $ do tota!&ente )assi,o e& retra'ão e& re!a'ão a toda ,isão" todo /one/er. A &enos ue o /one/i&ento não nos )orte" não nos de)orte" sendo /one/i&ento não do desastre" &as /o&o desastre e )or desastre" go!)eados )or esse /one/i&ento" entretanto não to/ados" +a/e a +a/e /o& a ignorn/ia do des/one/ido" assi& esue/endo se& /essar.
♦ O desastre" )reo/u)a'ão do ín+i&o" so%erania do a/identa!. Isso nos +a1 re/one/er ue o esue/i&ento não - negati,o ou ue o negati,o não ,e& a)s a a+ir&a'ão 9a+ir&a'ão negada:" &as est* e& )ro)or'ão /o& o ue * de &ais antigo" o ue ,iria do +undo das idades se& 6a&ais ter sido dado.
♦ ( ,erdade ue" e& re!a'ão ao desastre" se &orre de&asiado tarde. Mas isso não nos dissuade de &orrer= isso nos /on,ida" es/a)ando ao te&)o e& ue - se&)re de&asiado tarde" a su)ortar a &orte ino)ortuna" se& re!a'ão /o& nada senão o desastre /o&o retorno.
♦ a&ais de/e)/ionado" não )or +a!ta de de/e)'ão" &as a de/e)'ão sendo se&)re insu+i/iente.
♦ Não direi ue o desastre - a%so!uto= ao /ontr*rio" e!e desorienta o a%so!uto" ,ai e ,e&" des/or/erto nF&ade" no entanto /o& a su%itidade insensí,e! &as intensa do +ora" /o&o u&a reso!u'ão irresistí,e! ou i&)re,ista 4 ue nos ,iria do a!-& da de/isão.
♦Ler" es/re,er" /o&o se ,i,e so% a so%re,igi!n/ia do desastre5 ex)osto 3 )assi,idade +ora da )aixão. A exa!ta'ão do esue/i&ento.
Não -s tu ue +a!ar*s= deixa o desastre +a!ar e& ti" ue se6a )or esue/i&ento ou )or si!<n/io.
♦ O desastre 6* u!tra)assou o )erigo" &es&o uando esta&os so% a a&ea'a de 4. O tra'o do desastre - ue não se est* ne!e 6a&ais senão so% sua a&ea'a e" /o&o ta!" u!tra)assage& ao )erigo.
♦ 8ensar seria no&ear 9/a&ar: o desastre /o&o )ensa&ento dissi&u!ado.
Não sei /o&o /eguei a este )onto" &as )ode ser ue ne!e /ego ao )ensa&ento ue /ondu1 a se &anter 3 distn/ia do )ensa&ento= )ois e!e d* isso5 a distn/ia. Mas ir 3
)onta do )ensa&ento 9so% a es)/ie desse )ensa&ento da )onta" da %eira:" não - )ossí,e! so&ente &udando de )ensa&ento@ Daí essa in6un'ão5 não &udes de )ensa&ento= re)ete4o" se o )uderes.
♦ O desastre - o do&" e!eG d* o desastre5 - /o&o se e!e )assasse a!-& do ser e do não4ser. E!e não - ad,ento 9o )r)rio do ue /ega: 2 isso não /ega, de sorte ue
eu" ne& )or isso" /ego &es&o a esse )ensa&ento" ex/eto se& sa%er" se& a a)ro)ria'ão de u& sa%er. Ou então" e!e - ad,ento do ue não /ega" do ue ,iria se& /egada" +ora do ser" e /o&o ue )or deri,a@ O desastre )stu&o@
♦ Não )ensar5 isso" se& reten'ão" /o& ex/esso" na +uga )ni/a do )ensa&ento.
♦ Ele dizia para si mesmo! tu não te matar"s, teu suic#dio te precede. u então! ele morre inapto a morrer.
♦ O es)a'o se& !i&ite de u& so! ue teste&unaria não )ara o dia" &as )ara a noite !i%erada de estre!as" noite &!ti)!a.
♦ #Cone/e ua! rit&o &ant-& os o&ens$ 9Arui!uio:. Rit&o ou !inguage&. 8ro&eteu5 # Neste ritmo, sou tomado$. Con+igura'ão /a&%iante. O ue resu!ta do rit&o@ O )erigo do enig&a do rit&o.
♦ $A &enos ue não exista no es)írito de ue& uer ue tena sonado os u&anos" at- a si" nada senão u& /F&)uto exato de )uros &oti,os rít&i/os do ser" ue de!e são os re/one/í,eis signos@ $ 9Ma!!ar&-.:
♦ O desastre não - so&%rio= e!e !i%eraria de tudo se )udesse ter re!a'ão /o& a!gu-&" ir4 se4ia /one/<4!o e& ter&o de !inguage& e ao ter&o de u&a !inguage& )or u& gaio sa%er. Mas o desastre - des/one/ido" o no&e des/one/ido )ara aui!o ue no )ensa&ento &es&o nos dissuade de ser )ensado" distan/iando4nos )e!a )roxi&idade. S )ara se ex)or ao )ensa&ento do desastre ue des+a1 a so!idão e des%orda toda es)-/ie de )ensa&ento" /o&o a a+ir&a'ão intensa" si!en/iosa e desastrosa do +ora.
♦ U&a re)eti'ão não re!igiosa" se& !a&ento ne& nosta!gia" retorno não dese6ado= o desastre não seria então re)eti'ão" a+ir&a'ão da singu!aridade do extre&o@ O desastre ou o in,eri+i/*,e!" o i&)r)rio.
♦ Não * so!idão se esta não des+a1 a so!idão )ara ex)or o s ao +ora &!ti)!o.
♦ O esue/i&ento i&,e! 9&e&ria do i&e&or*,e!:5 nisso se des4/re,e o desastre se& deso!a'ão" na )assi,idade de u& deixar4ir ue não renun/ia" não anun/ia" senão
o i&)r)rio retorno. O desastre" ns o /one/e&os ta!,e1 so% outros no&es ta!,e1 6o/osos" de/!inando todas as )a!a,ras" /o&o se )udesse a,er )ara as )a!a,ras u&
todo.
♦ $ calma, a queimadura do holocausto, a nadifica%ão de meio-dia - a calma do desastre.
♦ E!e não est* ex/!uído" &as /o&o a!gu-& ue não entraria &ais e& nenu&a )arte.
♦ 8enetrado )e!a )assi,a do'ura" assi& e!e te& /o&o ue u& )ressenti&ento 2 !e&%ran'a do desastre ue seria a &ais do/e i&)re,isão. Não so&os /onte&)orneos do desastre5 est* aí a sua di+eren'a" e essa di+eren'a - a sua a&ea'a +raterna. O desastre seria de &ais" e& de&asia" ex/esso ue não se &ar/a senão e& i&)ura )erda.
♦ Na &edida e& ue o desastre - )ensa&ento" e!e - )ensa&ento não desastroso" )ensa&ento do +ora. Não te&os a/esso ao +ora" &as o +ora se&)re 6* nos to/ou na
/a%e'a" sendo o ue se )re/i)ita.
O desastre" o ue se desestende" a desestendida se& a o%riga'ão rigorosa de u&a destrui'ão" o desastre re,-&" e!e seria se&)re o desastre de de)ois do desastre"
retorno si!en/ioso" não asso!ador" )or onde e!e se dissi&u!a. A dissi&u!a'ão" e+eito de desastre.
♦ # &as não h", aos meus olhos, 'randeza senão na do%ura$ 9S..: Direi antes5 nada de extre&o senão )e!a do'ura. A !ou/ura )or ex/esso de do'ura" a !ou/ura do/e.
8ensar" a)agar4se5 o desastre da do'ura.
♦ # $ (nica e)plosão é um livro$ 9Ma!!ar&-:.
♦ O desastre inex)eri&entado" aui!o ue se su%trai a toda )ossi%i!idade de ex)eri<n/ia 4 !i&ite da es/ritura. ( )re/iso re)etir5 o desastre des4/re,e. O ue não signi+i/a ue o desastre" /o&o +or'a de es/ritura" se ex/!ua de!a" se6a +ora de es/ritura" u& +ora4do4texto.
♦ * o desastre obscuro que porta a luz.
♦ O orror 2 o onor 4 do no&e ue arris/a se&)re a de,ir so%re4no&e" reto&ado de &aneira ,ã )e!o &o,i&ento do anFni&o5 o +ato de ser identi+i/ado" uni+i/ado" +ixado" )arado nu& )resente. O /o&entador 4 /ríti/a" e!ogio 4 di15 - isso ue tu -s" ue tu )ensas= o )ensa&ento de es/ritura" se&)re dissuadido" es)erado )e!o desastre"
eis ue e!e - tornado ,isí,e! no no&e" so%reno&eado" e /o&o ue sa!,o" no entanto" entregue ao e!ogio ou ou 3 /ríti/a 9- o &es&o:" uer di1er" )ro&etido a u&a so%re,ida. As /o,as dos no&es" as /a%e'as 6a&ais ,a1ias.
♦ O +rag&ent*rio" &ais ue a insta%i!idade 9a não4+ixa'ão:" )ro&ete a des/or/erto" o desarran6o.
♦ S/!eie&a/er5 )rodu1indo u&a o%ra" renun/io a &e )rodu1ir e a &e +or&u!ar a &i& &es&o" /u&)rindo4&e e& a!gu&a /oisa exterior e ins/re,endo4&e na /ontinuidade anFni&a da u&anidade 2 donde a re!a'ão o%ra de arte e en/ontro /o& a &orte5 nos dois /asos" ns nos a)roxi&a&os de u& !i&iar )erigoso" de u& )onto /ru/ia! onde ns so&os %rus/a&ente revirados. Da &es&a &aneira" 0riedri/ S/!ege!5 as)ira'ão a se disso!,er na &orte5 #O u&ano - )or toda )arte o &ais a!to" e &es&o &ais a!to ue o di,ino$. 8assage& ao !i&ite. Resta )ossí,e! ue" desde ue es/re,e&os e )or tão )ou/o ue es/re,a&os 2 o )ou/o - so&ente e& de&asia 4" ns sai%a&os ue nos a)roxi&a&os do !i&ite 2 o !i&iar )erigoso 4 onde a re,ira,o!ta est* e& 6ogo.
8ara No,a!is" o es)írito não - agita'ão" inuietude" &as re)ouso 9o )onto neutro se& /ontradi'ão:" +or'a da gra,idade" densidade" Deus sendo #de u& &eta! in+inita&ente /o&)a/to" o &ais denso e o &ais /or)reo de todos os seres$. #O artista e& i&orta!idade$ de,e tra%a!ar )ara o /u&)ri&ento do 1ero onde a!&a e /or)o de,<& &utua&ente insensí,eis. A a)atia" di1ia Sade.
♦ A !assidão diante das )a!a,ras - ta&%-& o dese6o das )a!a,ras es)a'adas" ro&)idas e& seu )oder ue - sentido" e e& sua /o&)osi'ão ue - sintaxe ou /ontinuidade do siste&a 9/o& a /ondi'ão de ue o siste&a tena sido e& a!gu&a sorte )re,ia&ente a/a%ado" e o )resente" /u&)rido:. A !ou/ura ue não - 6a&ais de agora" &as o )ra1o da não4ra1ão" o #e!e ser* !ou/o a&anã$" !ou/ura da ua! não se sa%e se ser,ir )ara au&entar" adensar ou a!i,iar seu )ensa&ento.
♦ A )rosa tagare!a5 o %a!%u/io da /rian'a" e" no entanto" o o&e& ue %a%a" o idiota" o o&e& das !*gri&as" ue não se ret-& &ais" ue se re!axa" se& )a!a,ras e!e ta&%-&" desnudado de )oder" &as &es&o assi& &ais )rxi&o da )a!a,ra ue /orre e es/orre" do ue da es/ritura ue se ret-&" &es&o ue +osse )ara a!-& da &aestria. Nesse sentido" não * si!<n/io senão es/rito" reser,a di!a/erada" enta!e ue torna
i&)ossí,e! o deta!e.
♦ 8oder J /e+e de gru)o" e!e deri,a do do&inador. &acht • - o &eio" a &*uina" o
+un/iona&ento do )ossí,e!. A &*uina de!irante e dese6ante ensaia e& ,ão +a1er +un/ionar o não4+un/iona&ento= o não4)oder não de!ira" e!e te& se&)re 6* saído do su!/o" da su!/age&" )erten/endo ao +ora. Não - su+i/iente di1er 9)ara di1er o não4 )oder:5 te&4 se o )oder" /o& a /ondi'ão de não +a1er uso de!e" )ois essa - a de+ini'ão
N. t. 8a!a,ra a!e&ã ue signi+i/a >)oder? na ex)ressão niet1s/iniana >i!! der Ma/t?
da di,indade= a a%sten'ão" o distan/ia&ento da &anuten'ão" não - su+i/iente" se e!a não )ressente ue -" de ante&ão" sina! do desastre. S o desastre &ant-& 3 distn/ia a &aestria. Anelo 9)or exe&)!o: u& )si/ana!ista a ue& o desastre +aria sina!. 8oder
so%re o i&agin*rio" /o& a /ondi'ão de entender o i&agin*rio /o&o o ue se esui,a ao )oder. A re)eti'ão /o&o não4)oder.
♦ Te&os /onstante&ente necessidade de di1er 9de )ensar:5 /egou4&e aí a!gu&a /oisa 9de &uito i&)ortante:" o ue uer di1er ao &es&o te&)o" isso não sa%eria ser da orde& do ue /ega" ne& da orde& do ue i&)orta" &as" antes" ex)orta e de)orta. A re)eti'ão.
♦ Entre /ertos # se!,agens $ 9so/iedade se& estado:" o /e+e de,e )ro,ar sua do&ina'ão so%re as )a!a,ras5 nenhum silêncio. Ao &es&o te&)o" a )a!a,ra do
/e+e não - dita )ara ser es/utada 2 ningu-& )resta aten'ão 3 )a!a,ra do /e+e" ou antes" +inge4 se a desaten'ão= e o /e+e" e+eti,a&ente" não di1 nada" re)etindo /o&o ue a /e!e%ra'ão das nor&as de ,ida tradi/ionais. A ua! de&anda da so/iedade )ri&iti,a res)onde essa )a!a,ra ,a1ia ue e&ana do !ugar a)arente do )oder@ Ka1io"
o dis/urso do /e+e o - 6usta&ente )orue - se)arado do )oder 2 - a so/iedade e!a &es&a ue - o !ugar do )oder. O /e+e de,e se &o,er no e!e&ento da )a!a,ra" uer di1er" no o)osto da ,io!<n/ia. O de,er de )a!a,ra do /e+e" esse +!uxo /onstante de )a!a,ra ,a1ia 9não ,a1ia" tradi/iona!" de trans&issão: ue e!e deve 3 tri%o" - a dí,ida
♦ H* uestão" e" entretanto" nenu&a d,ida= * uestão" &as nenu& dese6o de res)osta= * uestão" e nada ue )ossa ser dito" &as so&ente a di1er. ;uestiona&ento" /o!o/a'ão e& /ausa ue u!tra)assa toda )ossi%i!idade de uestão.
♦ Aue!e ue /riti/a ou re)e!e o 6ogo" 6* entrou no 6ogo.
♦ Co&o se )ode )retender5 # O ue tu não sa%es de &aneira a!gu&a" de &aneira a!gu&a sa%eria te ator&entar@ $ Não sou o /entro daui!o ue ignoro" e o tor&ento te& seu sa%er )r)rio ue re/o%re &ina ignorn/ia.
♦ O dese6o5 +a'a /o& ue tudo se6a &ais ue tudo e )er&ane'a o tudo.
♦ Es/re,er )ode ter ao &enos esse sentido5 usar os erros. 0a!ar os )ro)aga" os disse&ina +a1endo /rer nu&a ,erdade.
Ler5 não es/re,er= es/re,er na interdi'ão de !er.
Es/re,er5 re/usar es/re,er 4 es/re,er )or re/usa" de sorte ue se6a su+i/iente ue se !e )e'a a!gu&as )a!a,ras )ara ue u&a es)-/ie de ex/!usão se )ronun/ie" /o&o se se o o%rigasse a so%re,i,er" a se )restar 3 ,ida )ara /ontinuar a &orrer. Es/re,er )or
♦ So!idão se& /onso!a'ão. O desastre i&,e! ue" no entanto" se a)roxi&a.
♦ Co&o )oderia a,er u& dever de ,i,er@ A uestão &ais s-ria5 o dese6o de &orrer seria de&asiado +orte )ara se satis+a1er /o& minha &orte /o&o /o& aui!o ue o esgotaria" e e!e signi+i/a )aradoxa!&ente5 ue os outros ,i,a& se& ue a ,ida !es se6a u&a o%riga'ão. O dese6o de &orrer !i%era do de,er de ,i,er" uer di1er" te& esse e+eito de ue se ,i,e se& o%riga'ão 9&as não se& res)onsa%i!idade" a res)onsa%i!idade estando a!-& da ,ida:.
♦ A angstia de !er5 - ue todo texto" )or tão i&)ortante" tão agrad*,e! e tão interessante ue se6a 9e uanto &ais e!e d* a i&)ressão de s<4!o:" - ,a1io 2 não existe no +undo= - )re/iso trans)or u& a%is&o" e se não se sa!ta" não se /o&)reende.
♦ O # &isti/is&o$ de ittgenstein" no +ora de sua /on+ian'a na unidade" ,iria do +ato de ue e!e /r< ue se )ode mostrar !* onde não se )oderia +a!ar. Mas" se& !inguage&" nada se &ostra. E /a!ar4se - ainda +a!ar. O si!<n/io - i&)ossí,e!. Eis )orue ns o dese6a&os. Es/ritura 9ou Di1er: )re/edendo todo +enF&eno" toda
&ani+esta'ão ou &onstra'ão5 todo a)are/er.
♦ Não es/re,er 2 ue !ongo /a&ino antes de /egar a ta! )onto" e isso não - 6a&ais seguro" não - ne& u&a re/o&)ensa ne& u& /astigo" - )re/iso so&ente es/re,er na
in/erte1a e na ne/essidade. Não es/re,er" e+eito de es/ritura= /o&o u&a &ar/a da )assi,idade" u& re/urso da desgra'a. ;uantos es+or'os )ara não es/re,er" )ara ue"
es/re,endo" eu não es/re,a" a)esar de tudo 4 e +ina!&ente eu /esse de es/re,er" no &o&ento !ti&o da /on/essão= não no deses)ero" &as /o&o o ines)erado5 o +a,or do desastre. O dese6o não satis+eito e se& satis+a'ão e" entretanto" se& negati,o. Nada de negati,o e& # não es/re,er $" a intensidade se& &aestria" se& so%erania" a
o%sessão do tota!&ente )assi,o.
♦ Des+a!e/er se& +a!ta5 &ar/a da )assi,idade.
♦ ;uerer es/re,er" ue a%surdo5 es/re,er - a de/ad<n/ia do uerer" /o&o a )erda do )oder" a ueda da /ad<n/ia" o desastre ainda.
♦ Não es/re,er5 a neg!ig<n/ia" a in/ria não são su+i/ientes )ara isso= a intensidade de u& dese6o +ora da so%erania ta!,e1 4 u&a re!a'ão de su%&ersão /o& o +ora. A )assi,idade ue )er&ite se &anter na +a&i!iaridade do desastre.
E!e )7e toda sua energia )ara não es/re,er" )ara ue" es/re,endo" es/re,a )or des+a!e/i&ento" na intensidade do des+a!e/i&ento.
♦ O desastre - aui!o ue não se )ode a/o!er" sa!,o /o&o a i&in<n/ia ue grati+i/a" a es)era do não4)oder.
♦ ;ue as )a!a,ras /esse& de ser ar&as" &eios de a'ão" )ossi%i!idades de sa!,a'ão. Re)ortar4se ao des/on/erto.
;uando es/re,er" não es/re,er" - se& i&)ortn/ia" então a es/ritura &uda 2 ue e!a tena !ugar ou não" - a es/ritura do desastre.
♦ Não /on+ie&os no +ra/asso5 seria ter a nosta!gia do <xito.
♦ 8ara a!-& da seriedade" * o 6ogo" &as )ara a!-& do 6ogo" )ro/urando aui!o ue engana o ad,ers*rio5 o gratuito" ao ua! não se )ode se esui,ar" o /asua! so% o ua! to&%o" se&)re 6* to&%ado.
E!e )assa dias e noites no si!<n/io. ( a )a!a,ra" isso.
♦ Desta/ado de tudo" in/!usi,e de seu desta/a&ento.
♦ U& engodo do eu moi5 sa/ri+i/ar o eu moi e&)íri/o )ara )reser,ar u& eu Je trans/endenta! ou +or&a!" nadi+i/ar4se )ara sa!,ar sua a!&a 9ou o sa%er" estando /o&)reendido nisso o não4sa%er:.
♦ Não es/re,er não de,eria reen,iar a u& #não uerer es/re,er$" ne& ta&%-&" e&%ora isso se6a &ais a&%íguo" a u& #Eu não )osso es/re,er$ ue na ,erdade &ar/a ainda" de u&a &aneira nost*!gi/a" a re!a'ão de u& # eu je]$ /o& a )ot<n/ia
so% a +or&a de sua )erda. Não es/re,er se& )oder" o ue su)7e a )assage& )e!a es/ritura.
♦ Onde * o &enos de )oder@ Na )a!a,ra" na es/ritura@ ;uando eu ,i,o" uando eu &orro@ Ou então" uando &orrer não &e deixa &orrer.
♦ ( u&a )reo/u)a'ão -ti/a o ue te distan/ia do )oder@ O )oder !iga" o não4)oder des!iga. s ,e1es o não4)oder - )ortado )e!a intensidade do indese6*,e!.
♦ Se& /erte1a" e!e não du,ida= e!e não te& o a)oio da du,ida.
♦ O )ensa&ento do desastre" se não extingue o )ensa&ento" nos torna des)reo/u)ados a res)eito das seu<n/ias ue )ode ter )ara nossa ,ida esse )ensa&ento &es&o" e!e a+asta toda id-ia de +ra/asso e de <xito" to&a o !ugar do si!<n/io ordin*rio" aue!e ao ua! +a!ta a )a!a,ra" )or u& si!<n/io 3 )arte" no inter,a!o" onde - o outro ue se anun/ia se /a!ando.
♦ Retira&ento e não desen,o!,i&ento. Ta! seria a arte" 3 &aneira do Deus de Isaa/ Luria ue não /ria senão se ex/!uindo.
♦ Es/re,er - e,idente&ente se& i&)ortn/ia" não i&)orta es/re,er. ( a )artir daí ue a re!a'ão /o& a es/ritura se de/ide.
♦ A uestão ue re)ousa so%re o desastre 6* !e )erten/e5 e!a não interroga'ão" - )ris&a" de&anda" /a&ada de so/orro= o desastre /a&a )e!o desastre )ara ue a id-ia de sa!,a'ão" de reden'ão" não se a+ir&e ainda" /ausando )a,ores destro'antes" &antendo o &edo.
O desastre5 /ontrate&)o.
♦ ( o outro ue &e ex)7e 3 #unidade$" +a1endo4&e /rer nu&a singu!aridade insu%stituí,e!" /o&o se eu não de,esse +a!tar a e!a" se&)re &e retirando daui!o ue &e tornaria ni/o5 não sou indis)ens*,e!" não i&)orta ue& se6a" e& &i&" /a&ado )e!o outro /o&o aue!e ue !e de,e so/orro 2 o não4ni/o" o se&)re su%stituído. O outro " e!e ta&%&" se&)re outro" entretanto se )restando a u&" outro ue não -ne& este -ne& aue!e e" toda,ia" a /ada ,e1" o s" a ue& de,o tudo" in/!usi,e a )erda de &i& moi.
A res)onsa%i!idade da ua! sou en/arregado não - a &ina e +a1 ue eu não se6a &ais #eu$ moi.
♦ # S< )a/iente $. 8a!a,ra si&)!es. E!a exigia &uito. A )a/i<n/ia 6* &e retirou não so&ente de &ina )arte ,o!unt*ria" &as de &eu )oder de ser )a/iente5 se eu posso ser )a/iente" - ue a )a/i<n/ia não usou e& &i& esse eu moi] onde eu &e reteno.
A )a/i<n/ia &e a%re de u&a )arte a outra at- a u&a )assi,idade ue - o #)asso do tota!&ente )assi,o$" ue a%andonou" )ortanto" o ní,e! de ,ida onde )assi,o seria so&ente o)osto a ati,o5 da &es&a &aneira ue to&%a&os no +ora da in-r/ia 9a /oisa inerte ue )ade/e se& reagir" /o& seu /oro!*rio" a es)ontaneidade ,i,a" ati,idade )ura&ente autFno&a:. #S< )a/iente$. ;ue& di1 isso@ Ningu-& ue )ossa di1<4!o e ningu-& ue )ossa entend<4!o. A )a/i<n/ia não se re/o&enda ne& se ordena5 - a )assi,idade do &orrer )e!a ua! u& eu moi ue não - &ais eu moi res)onde )e!o
i!i&itado do desastre" isso de ue nenu& )resente se !e&%ra.
♦ 8e!a )a/i<n/ia" to&o a /argo a re!a'ão ao Outro do desastre ue não &e )er&ite assu&i4!o" ne& &es&o )er&ane/er eu &oi )ara so+r<4!o. 8e!a )a/i<n/ia se interro&)e toda re!a'ão de &i& moi] /o& u& eu moi )a/iente.
♦ Desde ue o si!<n/io i&inente do desastre i&e&oria! o +i1era" anFni&o e se& eu moi" se )erder na outra noite e& ue )re/isa&ente a noite o)ressora" ,a1ia" )ara
se&)re dis)ersada" des)eda'ada" estrangeira" o se)ara,a e o se)ara,a )ara ue a re!a'ão /o& o outro o assediasse /o& sua aus<n/ia" /o& seu in+inito !ongínuo" era )re/iso ue a )aixão da )a/i<n/ia" a )assi,idade de u& te&)o se& )resente 4
ausente" a aus<n/ia de te&)o 2 +osse sua s identidade" restrita a u&a singu!aridade te&)or*ria.
♦ Se * re!a'ão entre es/ritura e )assi,idade" - ue u&a e a outra su)7e& o a)aga&ento" a extenua'ão do su6eito5 su)7e& u&a &udan'a de te&)o5 su)7e& ue entre ser e não ser a!gu&a /oisa ue não se /u&)re" /ega" entretanto" /o&o tendo desde se&)re 6* so%re,indo 4 o deso%ra&ento do neutro" a ru)tura si!en/iosa do +rag&ent*rio.
♦ A )assi,idade5 não )ode&os e,o/*4!a senão )or u&a !inguage& ue se su%,erta a si &es&a. Outrora" eu /a&a,a )e!o so+ri&ento5 so+ri&ento ta! /o&o eu não )odia so+r<4!o" de sorte ue" nesse não4)oder" o eu moi ex/!uído da &aestria e de seu
estatuto de su6eito e& )ri&eira )essoa" destituído" dessituado e at- &es&o deso%rigado" )udesse se )erder /o&o eu moi /a)a1 de so+rer= * so+ri&ento"
a,eria so+ri&ento" não * &ais # eu je $ so+rente" e o so+ri&ento não se a)resenta"
não - )ortado 9&enos ainda ,i,ido: no )resente" - se& )resente" /o&o - se& /o&e'o ne& +i&5 o te&)o radi/a!&ente &udou de sentido. O te&)o se& )resente" o eu moi se& eu moi" nada do ua! se )ossa di1er ue a ex)eri<n/ia 4 u&a +or&a
de /one/i&ento 4 o re,e!aria ou o dissi&u!aria.
Mas a )a!a,ra so+ri&ento - )or de&ais euí,o/a. O euí,o/o não ser* 6a&ais dissi)ado" 6* ue" +a!ando da )assi,idade" ns a +a1e&os a)are/er" &es&o ue se6a na noite e& ue a dis)ersão a &ar/a e a de&ar/a. (4nos &uito di+í/i! 4 e tanto
uanto &ais i&)ortante 4 +a!ar da )assi,idade" )ois e!a não )erten/e ao &undo e não /one/e&os nada ue seria tota!&ente )assi,o 9/one/endo4o" ns o trans+or&aría&os ine,ita,e!&ente:. A )assi,idade o)osta 3 ati,idade" eis o /a&)o se&)re restrito de nossas re+!ex7es. O su%&eter4se" o su%&eti&ento 4 )ara +or&ar essa )a!a,ra ue não - senão u& du)!o de su%ita&ente" a &es&a )a!a,ra es&agada 4" a i&o%i!idade inerte de /ertos estados" ditos de )si/ose" o )ade/er da )aixão" a o%edi<n/ia ser,i!" a re/e)ti,idade noturna ue a es)era &ísti/a su)7e" o des)o6a&ento )ortanto" o arran/a&ento de si a si &es&o" o desta/a&ento )e!o ua! se se desta/a" in/!usi,e do desta/a&ento" ou então" a ueda 9se& ini/iati,a ne& /onsenti&ento: )ara +ora de si 4 todas essas situa'7es" &es&o se a!gu&as estão no !i&ite do /ognos/í,e! e designa& u&a +a/e o/u!ta da u&anidade" não nos +a!a& uase e& nada daui!o ue %us/a&os entender deixando se )ronun/iar essa )a!a,ra des/onsiderada5 )assi,idade.
♦ H* a )assi,idade ue - uietude )assi,a 9+igurada ta!,e1 )or aui!o ue sa%e&os do as/etis&o:= ta&%-& a )assi,idade ue est* a!-& da inuietude" se&)re retendo aui!o ue * de )assi,o no &o,i&ento +er,oroso" desigua!4igua!" se& )arada" do erro se& &eta" se& +i&" se& ini/iati,a.
♦ O dis/urso so%re a )assi,idade a trai ne/essaria&ente" &as )ode reto&ar a!guns dos tra'os )e!os uais e!e - in+ie!5 não so&ente o dis/urso - ati,o" e!e se )ro6eta" se desen,o!,e segundo as regras ue !e assegura& u&a /erta /oer<n/ia= não so&ente
e!e - sint-ti/o" res)ondendo a u&a /erta unidade de )a!a,ra res)ondendo a u& te&)o ue" se&)re &e&ria de si &es&o" se ret-& nu& /on6unto sin/rFni/o 4 ati,idade" desen,o,i&ento" /oer<n/ia" unidade" )resen'a de /on6unto" todos /ara/teres ue não )ode& se di1er da )assi,idade" &as * &ais5 o dis/urso so%re a )assi,idade a +a1 a)are/er" a a)resenta e a re)resenta" enuanto ue" ta!,e1 9ta!,e1:" a )assi,idade se6a essa )arte #inu&ana$ do o&e& ue" destituído do )oder" a+astado da unidade" não sa%eria dar !ugar a nada ue a)are'a ou se &ostre" não se assina!ando ou se indi/ando e" assi&" )e!a dis)ersão e )e!a de+e/'ão" /aindo se&)re de%aixo daui!o ue se )ode anun/iar de!a" &es&o ue se6a a títu!o )ro,isrio.
De onde resu!ta ue" se nos senti&os i&)e!idos a di1er a!gu&a /oisa da )assi,idade" - na &edida e& ue isso i&)orta ao o&e& se& +a1<4!o )assar do !ado do i&)ortante" na &edida ta&%-& e& ue a )assi,idade" es/a)ando ao nosso )oder de +a!ar de!a %e& /o&o ao nosso )oder de +a1er4!e a )ro,a 9de )ro,*4!a:" se )7e ou se de)7e /o&o aui!o ue interro&)eria nossa ra1ão" nossa )a!a,ra" nossa ex)eri<n/ia.
♦ O ue - estrano" - ue a )assi,idade não - 6a&ais %astante )assi,a5 - nisso ue se )ode +a!ar de u& in+inito= ta!,e1 so&ente )orue a )assi,idade se esui,a a toda +or&u!a'ão" &as )are/e ue * ne!a /o&o ue u&a exig<n/ia ue a /a&aria )ara se&)re /egar au-& de!a &es&a 4 não )assi,idade" &as exig<n/ia da )assi,idade" &o,i&ento do )assado e& dire'ão ao inu!tra)ass*,e!.
8assi,idade" )aixão" )assado" pas 9ao &es&o te&)o nega'ão e rastro ou &o,i&ento
da &ar/a:" esse 6ogo se&nti/o nos d* u& des!i1a&ento de sentido" &as nada a ue )ossa&os nos !igar /o&o a u&a res)osta ue nos /ontentaria.
♦ A re/usa" di14 se" - o )ri&eiro grau da )assi,idade 4 &as se e!a - de!i%erada e ,o!unt*ria" se ex)ri&e u&a de/isão" &es&o ue negati,a" e!a não )er&ite ainda /ontrastar /o& o )oder de /ons/i<n/ia" )er&ane/endo no &e!or u& eu moi ue
re/usa. ( ,erdade ue a re/usa tende ao a%so!uto" a u&a es)/ie de in/ondi/iona!5 -o n da re/usa ue se t-orna sensí,e! )e!-o inex-or*,e! # Eu preferiria nã-o +fazê-l-o$ de Bart!e% o es/ri,ão" u&a a%sten'ão ue não te,e ue ser de/idida" ue )re/ede toda de/isão e ue - &ais ue u&a denega'ão" &as" antes" u&a a%di/a'ão" a renun/ia'ão 96a&ais )ronun/iada" 6a&ais es/!are/ida: a nada di1er 2 a autoridade de u& di1er 4 ou ainda" a a%nega'ão re/e%ida /o&o o a%andono do eu moi" o des!eixa&ento da
identidade" a re/usa de si ue não se /ris)a so%re a re/usa" &as a%re ao des+a!e/i&ento" 3 )erda do ser" ao )ensa&ento #Eu não o +arei$" teria ainda signi+i/ado u&a deter&ina'ão en-rgi/a" /a&ando u&a /ontradi'ão en-rgi/a. # Eu preferiria não...$ )erten/e ao in+inito da )a/i<n/ia" não deixando %re/a 3 inter,en'ão dia!-ti/a5 /aí&os )ara +ora do ser" no /a&)o do +ora onde" i&,eis" &ar/ando /o& u& )asso igua! e !ento" ,ão e ,<& os o&ens destruídos.
♦ A )assi,idade - se& &edida5 - ue e!a des%orda o ser" o ser na ponta de ser 4 a )assi,idade de u& )assado 6* es/orrido ue 6a&ais +oi5 o desastre entendido"
su%entendido não /o&o u& e,ento do )assado" &as /o&o o )assado i&e&oria! 9 e r/s-0aut • : ue re,-& dis)ersando )e!o retorno o te&)o )resente e& ue e!e seria
,i,ido /o&o re,indo.
♦ A )assi,idade5 )ode&os e,o/ar situa'7es de )assi,idade" a desgra'a" o es&aga&ento +ina! do estado /on/entra/ion*rio" a ser,idão do es/ra,o se& &estre" /aído a%aixo da ne/essidade" o &orrer /o&o a desaten'ão 3 saída &orta!. E& todos esses /asos" re/one/e&os" &es&o ue se6a de u& sa%er +a!si+i/ante" a)roxi&ati,o" tra'os /o&uns5 o anoni&ato" a )erda de si" a )erda de toda so%erania" &as ta&%-& de toda su%ordina'ão" a )erda da resid<n/ia" o erro se& !ugar" a i&)ossi%i!idade da )resen'a" a dis)ersão 9a se)ara'ão:.
♦ Na re!a'ão de &i& moi 9o &es&o: /o& Outre&" Outre& - o !ongínuo" o estrangeiro" &as se eu in,erto a re!a'ão" Outre& se re!a/iona /o&igo moi /o&o se
eu +osse o Outro e &e +a1 então sair de &ina identidade" )ressionando4&e at- o es&aga&ento" retirando4&e" so% a )ressão do tota!&ente )rxi&o" do )ri,i!-gio de ser e& )ri&eira )essoa e" arran/ado a &i& &es&o" deixando u&a )assi,idade )ri,ada de si 9a a!teridade &es&a" o outro se& unidade:" o inassu6eitado" ou o )a/iente.
♦ Na )a/i<n/ia da )assi,idade" sou aue!e ue ua!uer u& )ode su%stituir" o não4 indis)ens*,e! )or de+ini'ão e ue" toda,ia" não )ode se dis)ensar de res)onder )or e )ara aui!o ue e!e não -5 u&a singu!aridade de e&)r-sti&o e de en/ontro 2 a do refém de +ato 9/o&o +a!a Le,inas:" ue - a garantia não /onsentidora" não es/o!ida" de u&a )ro&essa ue e!e não +e1" o insu%stituí,e! ue não det-& seu !ugar. ( )e!o outro ue eu sou o &es&o" o outro ue se&)re &e retirou de &i& &es&o O Outro" se e!e re/orre a &i& moi" - /o&o a a!gu-& ue não - eu moi" o )ri&eiro a ,ir ou
o !ti&o dos o&ens" e& nada o ni/o ue eu gostaria de ser= - nisso ue e!e &e designa 3 )assi,idade" dirigindo4se e& &i& moi ao &orrer &es&o.
9A res)onsa%i!idade de ue estou en/arregado não - a &ina e +a1 /o& ue eu não se6a eu moi.:
♦ Se" na )a/i<n/ia da )assi,idade" o eu moi] sai do eu moi] de ta! sorte ue" nesse +ora" !* onde +a!ta o ser se& ue se designe o não4ser" o te&)o da )a/i<n/ia" te&)o da aus<n/ia de te&)o" ou te&)o do retorno se& )resen'a" te&)o do &orrer" não te& &ais su)orte" não en/ontra &ais a!gu-& )ara )ort*4!o" su)ort*4!o" )or ua! !inguage& outra ue +rag&ent*ria" aue!a do esti!a'a&ento" da dis)ersão in+inita" o te&)o )ode ser &ar/ado" se& ue essa &ar/a o torne )resente" o )ro)ona a u&a )a!a,ra de no&ina'ão@ Mas o +rag&ent*rio do ua! não * ex)eri<n/ia nos es/a)a ta&%-&. O si!<n/io não o/u)a o !ugar de!e" )ro,a,e!&ente s a reti/<n/ia daui!o ue não sa%e &ais se /a!ar" não sa%endo &ais +a!ar.
♦ A &orte do Outro5 u&a &orte du)!a" )ois o Outro - 6* a &orte e )esa so%re &i& /o&o a o%sessão da &orte.
♦ Na re!a'ão de &i& moi a Outre&" Outre& - aui!o ue eu não )osso atingir" o Se)arado" o A!tíssi&o" aui!o ue es/a)a a &eu )oder e assi& o se&4)oder" o estrangeiro e o des&unido. Mas" na re!a'ão de utrem a mim 1 moi 2" tudo )are/e se
re,irar5 o !ongínuo de,-& o )rxi&o" essa )roxi&idade de,-& a o%sessão ue &e !esa" )esa so%re &i& moi" &e se)ara de &i& moi" /o&o se a se)ara'ão 9ue
&ensura,a a trans/end<n/ia de &i& moi a Outre&: +i1esse sua o%ra e& &i&
&es&o" &e desidenti+i/ando" &e a%andonando a u&a )assi,idade" se& ini/iati,a e se& )resente. E então outre& de,-&" antes" o 8ressionante" o So%re4e&inente" at-&es&o o 8erseguidor" aue!e ue &e o)ri&e" &e /onstrange" &e des+a1" aue!e ue &e o%riga não &enos do ue e!e não &e /ontraria ao &e +a1er res)onder )or seus /ri&es" ao &e en/arregar de u&a res)onsa%i!idade se& &edida ue não sa%eria ser a &ina" 6* ue e!a iria at- a #su%stitui'ão$. De ta! sorte ue" segundo essa ,isão" a re!a'ão de Outre& a &i& tenderia a a)are/er /o&o sado&asouista" se e!a não nos +i1esse to&%ar )re&atura&ente )ara +ora do &undo 4 do ser 2 onde so&ente nor&a! e ano&a!ia t<& u& sentido.
Resta ue" segundo a designa'ão de Le,inas" o outro to&ando o !ugar do Mes&o" /o&o o Mes&o su%stitui o Outro )or si" - e& &i& dora,ante 4 u& eu moi
se& &i& moi 4 ue os tra'os da trans/end<n/ia 9de u&a transdes/end<n/ia: se
-ue !* onde a )assi,idade &e des/o%re e &e destri" ao &es&o te&)o estou +or'ado a u&a res)onsa%i!idade ue não so&ente &e ex/ede &as ue não )osso exer/er" 6* ue não )osso nada e não existo &ais /o&o eu moi. ( essa )assi,idade
res)ons*,e! ue seria 3izer " )orue" antes de todo dito" e +ora do ser 9no ser * )assi,idade e * ati,idade" e& si&)!es o)osi'ão e /orre!a'ão" in-r/ia e dina&is&o" in,o!unt*rio e ,o!unt*rio:" o Di1er d* e d* res)osta" res)ondendo ao i&)ossí,e! e )e!o i&)ossí,e!.
Mas o )aradoxo não sus)ende u&a a&%iguidade5 se eu moi se& &i& moi
estou 3 )ro,a 9se& )ro,*4!a: da )assi,idade &ais )assi,a uando outre& &e es&aga at- 3 a!iena'ão radi/a!" - a outre& ue teno ainda re!a'ão" não -" antes" ao # eu je $ do &estre" ao a%so!uto da )ot<n/ia egoísta" ao do&inador ue )redo&ina e ue
&ane6a a +or'a at- 3 )ersegui'ão inuisitoria!@ Dito de outro &odo" a )ersegui'ão ue &e a%re 3 &ais !onga )a/i<n/ia e ue - e& &i& a )aixão anFni&a" eu não de,o so&ente res)onder )or isso &e en/arregando disso +ora de &eu /onsenti&ento" &as de,o ta&%-& res)onder a e!a )e!a re/usa" )e!a resist<n/ia e )e!o /o&%ate" re,indo ao sa%er 9re,indo" se +or )ossí,e! 2 )ois )ode ser ue não a6a retorno:" ao eu moi
ue sa%e" e ue sa%e ue est* ex)osto" não a Outre&" &as ao # Eu Je $ ad,erso" 3
Oni)ot<n/ia egoísta" a Kontade assassina. Natura!&ente" )or aí" esta &e atrai e& seu 6ogo e &e +a1 seu /&)!i/e" &as - )orue - se&)re )re/iso ue a6a ao &enos duas !inguagens ou duas exig<n/ias" u&a dia!-ti/a" a outra não dia!-ti/a" u&a onde a negati,idade - a tare+a" a outra onde o neutro /ontrasta /o& o ser e o não4ser" do
&es&o &odo ue seria )re/iso 3 ,e1 ser o su6eito !i,re e +a!ante e desa)are/er /o&o o )a/iente4)assi,o ue atra,essa o &orrer e ue não se &ostra.
♦ A +raue1a - o /ora&ento se& !*gri&as" o &ur&rio da ,o1 ueixosa ou o ru&or daui!o ue +a!a se& )a!a,ras" o esgota&ento" o exauri&ento da a)ar<n/ia. A +raue1a se esui,a a toda ,io!<n/ia ue não )ode nada 9&es&o ue e!a +osse a so%erania o)ressi,a: so%re a )assi,idade do &orrer.
♦ Ns +a!a&os so%re u&a )erda de )a!a,ra 4 u& desastre i&inente e i&e&oria! 4" da &es&a &aneira ue não di1e&os nada senão na &edida e& ue )ode&os +a1er entender )re,ia&ente ue ns o desdi1e&os" )or u&a es)-/ie de )ro!e)se" não )ara +ina!&ente não di1er nada" &as )ara ue o +a!ar não )are na )a!a,ra" dita ou a di1er ou a desdi1er5 deixando )ressentir ue a!gu&a /oisa se di1" não se di1endo5 a )erda de )a!a,ra" o /ora&ento se& !*gri&as" a rendi'ão ue a in,isí,e! )assi,idade do &orrer anun/ia 4 se& /u&)ri4!a 2 a fraqueza humana.
♦ ;ue outre& não tena outro sentido ue o re/urso in+inito ue eu !e de,o" ue e!e se6a o a)e!o )or so/orro se& ter&o ao ua! nenu& outro ue eu moi sa%eria
res)onder" não &e torna insu%stituí,e!" &enos ainda o ni/o" &as &e +a1 desa)are/er no &o,i&ento in+inito de ser,i'o onde não sou senão u& singu!ar te&)or*rio" u& si&u!a/ro de unidade5 não )osso tirar nenu&a 6usti+i/a'ão 9ne& )ara ,a!er ne& )ara ser: de u&a exig<n/ia ue não se dirige a u&a )arti/u!aridade"
não )ede nada 3 &ina de/isão e &e ex/ede de todas as &aneiras at- &e desindi,idua!i1ar.
♦ A interru)'ão do in/essante - o )r)rio da es/ritura +rag&ent*ria5 a interru)'ão tendo e& a!gu&a &aneira o &es&o sentido ue aui!o ue não /essa" a&%os e+eito da )assi,idade= !* onde não reina o )oder" ne& a ini/iati,a" ne& o ini/ia! de u&a de/isão" o &orrer - o ,i,er" a )assi,idade da ,ida" es/a)ada a si &es&a" /on+undida /o& o desastre de u& te&)o se& )resente e ue ns su)orta&os es)erando" es)era de u&a desgra'a não )or ,ir" &as se&)re 6* so%re,inda e ue não )ode se a)resentar5 nesse sentido" +uturo" )assado são ,otados 3 indi+eren'a" 6* ue u& e outro se& )resente. Daí ue os o&ens destruídos 9destruídos se& destrui/ão: se6a& /o&o ue se& a)ar<n/ia" in,isí,eis &es&o uando os ,e&os" e ue se e!es +a!a&" - )e!a ,o1 dos outros" u&a ,o1 se&)re outra ue de a!gu&a &aneira os a/usa" os )7e
e& /ausa" o%rigando4os a res)onder )or u&a desgra'a si!en/iosa ue e!es )orta& se& /ons/i<n/ia.
♦ ( /o&o se e!e dissesse5 #;ue )ossa a +e!i/idade ,ir )ara todos" /o& a /ondi'ão de ue" )or esse ane!o" eu se6a ex/!uído de!a$.
♦ Se Outre& não - &eu ini&igo 9/o&o e!e o - 3s ,e1es e& Hege! 4 &as u& ini&igo %ene,o!ente 2 e" so%retudo" e& Sartre e& sua )ri&eira +i!oso+ia:" /o&o e!e )ode
de )osi'ão 2 aue!a do )rxi&o 4 &e +ere" &e +atiga" &e )ersegue &e ator&entando de ta! sorte ue eu moi se& &i& moi de,ena res)ons*,e! desse tor&ento" dessa
!assidão ue &e destitui" a res)onsa%i!idade sendo o extre&o do su%&eti&ento5 aui!o )e!o ua! - )re/iso ue eu res)onda" enuanto estou se& res)osta e estou se& &i& moi" sa!,o )or e&)r-sti&o e )or si&u!a/ro ou )e!o # !ugar4tenente$ do
&es&o5 o !ugar4tenente /anFni/o. A res)onsa%i!idade seria a /u!)a%i!idade ino/ente" o go!)e desde se&)re re/e%ido ue &e torna tanto &ais sensí,e! a todos os go!)es. ( o trau&atis&o da /ria'ão ou do nas/i&ento. Se a /riatura - #aue!e ue de,e sua situa'ão ao +a,or do outro$" eu sou /riado res)ons*,e!" de u&a res)onsa%i!idade anterior ao &eu nas/i&ento" assi& /o&o e!a - exterior ao &eu /onsenti&ento" 3 &ina !i%erdade" nas/ido" )or u& +a,or ue se a/a ser u&a )redestina'ão" 3 desgra'a de outre&" ue a desgra'a de todos. Outre&" di1 Le,inas" -/onstrangedor" &as não - de no,o a )ers)e/ti,a sartriana5 a n*usea ue nos d*" não a +a!ta de ser" &as o de&asiado de ser" u& ex/edente do ua! eu gostaria de &e desin,estir" &as do ua! eu não sa%eria &e desinteressar" )ois" at no desinteresse" -ainda o outro ue &e ,ota a o/u)ar seu !ugar" a não ser &ais do ue seu !ugar4 tenente@
♦ Eis aui ta!,e1 u&a res)osta. Se Outre& &e )7e e& uestão at- &e desnudar de &i&" - )orue e!e &es&o - o a%so!uto desnuda&ento" a su)!i/a'ão ue des/on+essa o eu moi e& &i& moi]at- o su)!í/io.
♦ O não4/on/ernente 9nesse sentido de ue u& moi e o outro não )ode& o/u)ar 6untos o &es&o es)a'o" ne& se reunir nu& &es&o te&)o5 ser /onte&)orneos:"
-de saída outre& )ara &i& moi" de)ois ta&%-& eu moi /o&o outro do ue eu
moi" isso ue e& &i& moi não /oin/ide /o&igo moi" &ina eterna aus<n/ia" o
ue nenu&a /ons/i<n/ia )ode readuirir" ue não te& ne& e+eito ne& e+i/*/ia e ue - o te&)o )assi,o" o &orrer ue &e -" ainda ue se& )arti!a" /o&u& /o& todos.
♦ Outre&" não )osso a/o!<4!o" &es&o ue +osse )or u&a a/eita'ão in+inita. Ta! - o tra'o no,o e di+í/i! da intriga. Outre&" /o&o )rxi&o" - a re!a'ão ue eu não )osso suster e /u6a a)roxi&a'ão - a &orte &es&a" a ,i1inan'a &orta! 9ue& ,< Deus &orre5 - ue #&orrer$ - u&a &aneira de ,er o in,isí,e!" u&a &aneira de di1er o indi1í,e! 2 a indis/ri'ão e& ue Deus" de,indo e& a!gu&a &aneira e ne/essaria&ente deus se& ,erdade" se renderia 3 )assi,idade:.
♦ Se não )osso a/o!er o Outro na inti&a'ão ue exer'o at- &e extenuar" - então )e!a s fraqueza desa6eitada 9o #a)esar de tudo$ in+e!i1" &ina )arte de derrisão e de
!ou/ura: ue sou /a&ada a entrar nessa re!a'ão outra" /o& &eu eu &oi gangrenado e roído" a!ienado de u&a )arte 3 outra 9assi&" - )or entre os !e)rosos e os &endigos so% as +orta!e1as de Ro&a ue os 6udeus dos )ri&eiros s-/u!os )ensa,a& des/o%rir o Messias:.
♦ Enuanto o outre& +or o !ongínuo 9o rosto ue ,e& do a%so!uta&ente !ongínuo e de!e )orta o rastro" rastro de eternidade" de i&e&oria! )assado:" s a re!a'ão ao ua! &e ordena o outre& do rosto" no rastro do ausente" - para-além do ser 2 aui!o
que não - então o si &es&o ou a i)seidade 9Le,inas es/re,e5 # )ara a!-& do ser"
est* u&a Ter/eira )essoa ue não se de+ine )e!o si &es&o$:. Mas uando outre& não - &ais o !ongínuo" &as o )rxi&o ue )esa so%re &i& moi at- &e a%rir 3
radi/a! )assi,idade do si" a su%6eti,idade enuanto ex)osi'ão +erida" a/usada e )erseguida" enuanto sensi%i!idade a%andonada 3 di+eren'a" to&%a )or seu turno )ara +ora do ser" signi+i/a o )ara4a!-& do ser" no do& &es&o 4 a doa'ão de signo 4 ue seu sa/ri+í/io des&edido entrega a outre&5 e!a -" ao &es&o títu!o ue outre& e ue o rosto" o enig&a ue desarran6a a orde& e /ontrasta /o& o ser5 a ex/e'ão do extraordin*rio" a /o!o/a'ão )ara +ora do +enF&eno" )ara +ora da ex)eri<n/ia.
♦ A )assi,idade e a uestão5 a )assi,idade ta!,e1 este6a na )onta da uestão" &as e!a !e )erten/e ainda@ O desastre )ode ser interrogado@ Onde en/ontrar a !inguage& e& ue res)osta" uestão" a+ir&a'ão" nega'ão" inter,<& ta!,e1" &as são se& e+eito@ Onde est* o di1er ue es/a)a a toda &ar/a" aue!a da )redi'ão" assi& /o&o aue!a da interdi'ão@
♦ ;uando Le,inas de+ine a !inguage& /o&o /ontato" e!e a de+ine /o&o i&ediatidade" e isso - denso de /onseP<n/ias= )ois a i&ediatidade - a a%so!uta )resen'a" isso ue a%a!a tudo e in,erte tudo" o in+inito se& a%ordage&, se&
aus<n/ia" e não &ais u&a exig<n/ia" &as o ra)to de u&a +usão &ísti/a. A i&ediatidade não - so&ente o a+asta&ento de toda &edia'ão" &as o i&ediato - o in+inito da )resen'a do ua! não se )ode &ais +a!ar" 6* ue a re!a'ão e!a &es&a 2 ue e!a se6a -ti/a ou onto!gi/a 2 de u& s go!)e uei&ou nu&a noite se& tre,as5 não * &ais ter&os" não * &ais re!a'ão" não * &ais )ara a!-& 4 Deus &es&o se nadi+i/ou nisso.
Ou então seria )re/iso )oder entender o i&ediato no )assado. Aui!o ue torna o )aradoxo uase insustent*,e!. ( assi& ue ns )odería&os +a!ar de desastre. O
i&ediato" ns não )ode&os )ensar ne!e &ais do ue não )ode&os )ensar nu& )assado a%so!uta&ente )assi,o /u6a )a/i<n/ia e& ns +a/e a u&a desgra'a esue/ida seria a &ar/a" o )ro!onga&ento in/ons/iente. ;uando so&os )a/ientes" -se&)re )or re!a'ão a u&a desgra'a in+inita ue não nos atinge no )resente" &as ao nos re)ortar a u& )assado se& &e&ria. Desgra'a de outre& e outre& /o&o desgra'a.
♦ Res)onsa%i!idade5 essa )a!a,ra %ana!" essa no'ão /u6a &ora! &ais +*/i! 9a &ora! )o!íti/a: nos +a1 u& de,er" - )re/iso tentar entender /o&o Le,inas a reno,ou" a
a%riu at- +a1<4!a signi+i/ar 9)ara a!-& de todo sentido: a res)onsa%i!idade de u&a +i!oso+ia outra 9ue )er&ane/e" entretanto" e& &uitos as)e/tos" a +i!oso+ia eterna G:.
G Nota &ais tardia. ;ue não a6a de&asiado euí,o/o5 a # +i!oso+ia eterna$" na &edida e&
ue não * ru)tura de a)ar<n/ia /o& a !inguage& dita # grega$ e& ue se guarda a exig<n/ia de uni,ersa!idade= &as o ue se enun/ia" ou antes" se anun/ia /o& Le,inas" -u&a ex/edente" u& )ara4a!-& do uni,ersa!" -u&a singu!aridade ue se )ode di1er 6udia e ue espera ser ainda )ensada. Nisso )ro+-ti/a. O 6udaís&o /o&o o ue u!tra)assa o )ensa&ento de se&)re )or ter sido se&)re 6* )ensado" &as )orta" entretanto" a
Res)ons*,e!5 isso ua!i+i/a" e& gera!" )rosai/a e %urguesa&ente" u& o&e& &aduro" !/ido e /ons/iente" ue age /o& &edida" d*4se /onta de todos os e!e&entos da situa'ão" /a!/u!a e de/ide" o o&e& de a'ão e de <xito. Mas eis ue a res)onsa%i!idade 2 res)onsa%i!idade de &i& moi )or outre&" )or todos" se&
re/i)ro/idade 4 se des!o/a" não )erten/e &ais 3 /ons/i<n/ia" não - a /o!o/a'ão e& o%ra de u&a re+!exão agente" não - &es&o u& de,er ue se i&)oria do +ora e do dentro. &inha res)onsa%i!idade )or Outre& su)7e u& a%a!o ta! ue e!e não )ode se &ar/ar senão )or u&a &udan'a de estatuto de # eu moi $" u&a &udan'a de te&)o
e ta!,e1 u&a &udan'a de !inguage&. Res)onsa%i!idade ue &e retira da &ina orde& 4 ta!,e1 de toda orde& 4 e" a+astando4&e de &i& moi 9&es&o ue eu moi
se6a o &estre" o )oder" o su6eito !i,re e +a!ante:" des/o%rindo o outro no lu'ar de &i& moi" &e d* a res)onder )e!a aus<n/ia" )e!a )assi,idade" uer di1er" )e!a
i&)ossi%i!idade de ser res)ons*,e!" 3 ua! essa res)onsa%i!idade se& &edida se&)re 6* &e ,otou &e de,otando e &e des,iando. Mas )aradoxo ue não deixa nada inta/to" &uito &enos a su%6eti,idade do ue o su6eito" o indi,íduo do ue a )essoa. 8ois se" da res)onsa%i!idade" não )osso +a!ar senão a se)arando de todas as +or&as da /ons/i<n/ia4)resente 9,ontade" reso!u'ão" interesse" !u1" a'ão re+!exi,a" &as ta!,e1 ta&%-& o não4,o!unt*rio" o in/onsentido" o gratuito" o inagente" o o%s/uro ue re!e,a da /ons/i<n/ia4in/ons/i<n/ia:" se e!a se enraí1a !* onde não * &ais +unda&ento" onde nenu&a rai1 )ode se +ixar" se )ortanto e!a atra,essa toda %ase e não )ode ser to&ada a /argo )or nada de indi,idua!" /o&o" de &odo outro ue
res)onsa%i!idade do )ensa&ento )or ,ir" eis o ue nos d" a +i!oso+ia outra de Le,inas" /arga e es)eran'a" /arga da es)eran'a.
/o&o res)osta ao i&)ossí,e!" )or u&a re!a'ão ue &e interdita de &e )Fr a &i& &es&o" &as so&ente de &e )Fr /o&o se&)re 6* su)osto 9aui!o ue &e entrega ao tota!&ente )assi,o:" sustentare&os o enig&a daui!o ue se anun/ia" nesse ,o/*%u!o do ua! a !inguage& da &ora! ordin*ria +a1 o uso &ais +a/i! ao /o!o/*4!o ao ser,i'o da orde&@ Se a res)onsa%i!idade - ta! ue e!a retira o eu moi do eu moi" o
singu!ar do indi,idua!" o su%6eti,o do su6eito" a não4/ons/i<n/ia de todo /ons/iente e in/ons/iente" )ara &e ex)or 3 )assi,idade se& no&e" ao )onto e& ue - atra,-s da )assi,idade so&ente ue de,o res)onder 3 exig<n/ia in+inita" então )osso
/erta&ente /a&*4!a de res)onsa%i!idade" &as )or a%uso e" ta&%-& 6usta&ente" )or seu /ontr*rio e si&)!es&ente sa%endo ue o +ato de se re/one/er res)ons*,e! de Deus não - senão u& &eio &eta+ri/o de anu!ar a res)onsa%i!idade 9a o%riga'ão de ser deso%rigado:" do &es&o &odo ue" de/!arado res)ons*,e! do &orrer 9de todo &orrer:" não )osso &ais /a&ar )or nenu&a -ti/a" nenu&a ex)eri<n/ia" nenu&a )r*ti/a" ua!uer ue se6a 4 sa!,o aue!a de u& /ontra4,i,er" uer di1er" de u&a não4 )r*ti/a" uer di1er 9ta!,e1: de u&a )a!a,ra de es/ritura.
Resta ue" /ontrastando /o& a nossa ra1ão e se&" toda,ia" nos entregar 3s +a/i!idades de u& irra/iona!" essa )a!a,ra res)onsa%i!idade ,e& /o&o ue de u&a !inguage& des/one/ida ue ns não +a!a&os senão a /ontragosto" a /ontra4,ida e nu&a in6usti+i/a'ão se&e!ante 3ue!a e& ue esta&os e& re!a'ão a toda &orte" a &orte do Outro /o&o a nossa se&)re i&)r)ria. Seria" )ois" )re/iso 6usta&ente se ,irar e& dire'ão a u&a !íngua 6a&ais es/rita" &as se&)re a )res/re,er" )ara ue essa )a!a,ra in/o&)reensí,e! se6a entendida e& sa densidade desastrosa e nos
/on,idando a nos ,irar e& dire'ão ao desastre se& /o&)reend<4!o" ne& su)ort*4!o. Daí ue e!a se6a e!a &es&a desastrosa" a res)onsa%i!idade ue 6a&ais a!i,ia Outre& 9ne& &e a!i,ia de!e:" e nos torna &udos da )a!a,ra ue ns !e de,e&os.
Resta ainda ue a )roxi&idade do &ais !ongínuo" a )ressão do &ais !e,e" o /onta/to daui!o ue não atinge" - )e!a amizade ue )osso res)onder a e!es" u&a a&i1ade se& )arti!a" %e& /o&o se& re/i)ro/idade" a&i1ade )ara aui!o ue )assou se& deixar rastros" res)osta da )assi,idade 3 não4)resen'a do des/one/ido.
♦ A )assi,idade - u&a tare+a 4 isso na !inguage& outra" aue!a da exig<n/ia não dia!-ti/a 4" da &es&a &aneira ue a negati,idade - u&a tare+a5 isso uando a dia!-ti/a nos )ro)7e o /u&)ri&ento de todos os )ossí,eis" )or )ou/o ue sai%a&os 9/oo)erando nisso )e!o )oder e )e!a &aestria no &undo: deixar o te&)o to&ar todo o seu te&)o. A ne/essidade de ,i,er e de &orrer dessa du)!a )a!a,ra e na a&%iguidade de u& te&)o se& )resente e de u&a istria /a)a1 de esgotar 9a +i& de a/eder ao /ontenta&ento da )resen'a: todas as )ossi%i!idades do te&)o5 eis a de/isão irre)ar*,e!" a !ou/ura ine,it*,e!" ue não - o /ontedo do )ensa&ento" )ois o )ensa&ento não a /ont-&" não &ais do ue ne& a /ons/i<n/ia ne& a in/ons/i<n/ia !e tira& u& estatuto )ara deter&in*4!a. Donde a tenta'ão de +a1er a)e!o 3 -ti/a /o& sua +un'ão /on/i!iadora 96usti'a e res)onsa%i!idade:" &as uando a -ti/a )or seu turno de,-& !ou/a" /o&o e!a de,e ser" o ue e!a nos tra1 senão u& sa!,o4/onduto ue não deixa 3 nossa /onduta nenu& direito" nenu& !ugar" ne&
nenu&a sa!,a'ão5 so&ente a atura'ão da du)!a )a/i<n/ia" )ois e!a - du)!a" e!a ta&%-&" )a/i<n/ia &undana" )a/i<n/ia i&unda.
♦ O uso da )a!a,ra su%6eti,idade - tão enig&*ti/o uanto o uso da )a!a,ra res)onsa%i!idade 4 e &ais /ontest*,e!" )ois - u&a designa'ão ue - /o&o ue es/o!ida )ara sa!,ar nossa )arte de es)iritua!idade. 8or ue su%6eti,idade" senão a +i& de des/er ao +undo do su6eito" se& )erder o )ri,i!-gio ue este en/arna" essa )resen'a )ri,ada ue o /or)o" &eu /or)o sensí,e!" &e +a1 ,i,er /o&o &ina@ Mas se a )retensa #su%6eti,idade$ - o outro no lu'ar de &i& moi" e!a não - &ais
su%6eti,a ue o%6eti,a" o outro - se& interioridade" o anFni&o - seu no&e" o +ora seu )ensa&ento" o não4/on/ernente seu a!/an/e e o retorno seu te&)o" do &es&o &odo ue a neutra!idade e a )assi,idade de &orrer seria& sua ,ida" se esta o ue ne/ess*rio a/o!er )e!o do& do extre&o" do& daui!o ue 9no /or)o e )e!o /or)o: -o nã-o4)erten/i&ent-o.
♦ 8assi,idade não - si&)!es re/e)'ão" não &ais do ue e!a não seria a in+or&e e a inerte &at-ria pronta )ara toda +or&a 4 )assi,as" as i&)e!idas de &orrer 9o &orrer" si!en/iosa intensidade= aui!o ue não se deixa a/o!er" aui!o ue se ins/re,e se& )a!a,ra" o /or)o no )assado" /or)o de ningu-&" o /or)o do inter,a!o5 sus)ensão do ser" sín/o)e /o&o re/orte do te&)o e ue não )ode&os e,o/ar senão /o&o a istria se!,age&" inenarr*,e!" não tendo sentido )resente:. 8assi,o5 o não4re!ato" aui!o ue es/a)a 3 /ita'ão e ue a !e&%ran'a não re!e&%raria 2 o esue/i&ento /o&o
)ensa&ento" uer di1er" aui!o ue não sa%eria ser esue/ido )orue se&)re 6* to&%ado )ara +ora da &e&ria.
♦ Ca&o de desastre o ue não te& o !ti&o )or !i&ite5 aui!o ue arrasta o !ti&o no desastre.
♦ O desastre não &e )7e e& uestão" &as !e,anta a uestão" a +a1 desa)are/er" /o&o se /o& e!a # eu$ je] desa)are/esse no desastre se& a)ar<n/ia. O +ato de
desa)are/er não - )re/isa&ente u& +ato" u& e,ento" isso não /ega" não so&ente )orue 2 trata4se da su)osi'ão &es&a 2 não * # eu$ je] )ara so+rer4!e a
ex)eri<n/ia" &as )orue não seria )ossí,e! a,er u&a ex)eri<n/ia disso" se o desastre te& se&)re !ugar a)s ter tido !ugar.
♦ ;uando o outro se re!a/iona a &i& moi de ta! &odo ue o des/one/ido e& &i& moi !e res)onda e& &eu !ugar" essa res)osta - a a&i1ade i&e&oria! ue não
se deixa es/o!er" não se deixa ,i,er no atua!5 a )arte o+ere/ida da )assi,idade se& su6eito" o &orrer +ora de si" o /or)o ue não )erten/e a ningu-&" no so+ri&ento" no go1o não nar/ísi/os.
♦ A a&i1ade não - u& do&" u&a )ro&essa" a generosidade gen-ri/a. Re!a'ão in/o&ensur*,e! de u& /o& o outro" e!a - o +ora re!igado e& sua ru)tura e e& sua
ina/essi%i!idade. O dese6o" )uro dese6o i&)uro" - a /a&ada a trans)or a distn/ia" /a&ada a &orrer e& /o&u& )e!a se)ara'ão.
A &orte" nu& s go!)e" i&)otente" se a a&i1ade - a res)osta ue não se )ode entender e +a1er entender senão &orrendo in/essante&ente.
♦ Quardar o si!<n/io. O si!<n/io não se guarda" e!e - se& resguardo )ara a o%ra ue )retenderia guard*4!o 4 - a exig<n/ia de u&a es)era ue não te& nada a es)erar" de u&a !inguage& ue" su)ondo4se tota!idade de dis/urso" se dis)ensaria de u& go!)e s" se desuniria" se +rag&entaria se& +i&.
♦ Co&o ter re!a'ão /o& o )assado )assi,o" re!a'ão ue" e!a &es&a" não sa%eria se a)resentar na !u1 de u&a /ons/i<n/ia 9ne& se ausentar da o%s/uridade de u&a in/ons/i<n/ia:@
♦ O renun/ia&ento ao eu4su6eito moi-sujet não - u& renun/ia&ento ,o!unt*rio" )ortanto não &ais u&a a%di/a'ão in,o!unt*ria= uando o su6eito se +a1 aus<n/ia" a aus<n/ia de su6eito ou o &orrer /o&o su6eito su%,erte toda a +rase da exist<n/ia" +a1 o te&)o sair de sua orde&" a%re a ,ida 3 sua )assi,idade" ex)ondo4a ao des/one/ido da a&i1ade ue 6a&ais se de/!ara.