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Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária

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Academic year: 2021

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Susana Isabel Nunes Carvalho

Relatório de Estágio

em Farmácia Comunitária

Relatório de estágio realizado no âmbito do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, orientado pela Dr.ª Sara Andrea Coutinho Terra e apresentado à Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra

Julho 2014

   

 

   

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Eu, Susana Isabel Nunes Carvalho, estudante do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, com o nº 2005118295, declaro assumir toda a responsabilidade pelo conteúdo do Relatório de Estágio apresentado à Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, no âmbito da unidade curricular de Estágio Curricular.

Mais declaro que este é um trabalho original e que toda e qualquer afirmação ou expressão, por mim utilizada, está referenciada na Bibliografia deste Relatório, segundo os critérios bibliográficos legalmente estabelecidos, salvaguardando sempre os Direitos de Autor, à exceção das minhas opiniões pessoais.

Coimbra, de de 2014.

Assinatura

____________________________________ (Susana Isabel Nunes Carvalho)

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Agradecimentos

É com imensa satisfação que expresso o meu profundo agradecimento a todos aqueles que contribuíram para o término desta inesquecível etapa da minha vida.

A toda a equipa da Farmácia Hebel, pela amizade e dedicação com que me receberam, em particular à Dr.ª Sara Terra, pela sua disponibilidade.

Aos amigos e colegas de estágio, pela cumplicidade e ajuda que me deram. Ao Carlos, à Andreia e ao Bruno, pelo apoio e incentivo que sempre me deram. Aos meus pais, pois sem eles tal não teria sido possível.

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Índice

1. Introdução 1

2. Organização da Farmácia 1

2.1 Localização e público – alvo 1

2.2 Horário de Funcionamento 2

2.3 Recursos Humanos 2

2.4 Instalações 2

3. Gestão da Farmácia 3

3.1 Sistema Informático 3

4. Aprovisionamento, armazenamento e gestão de existências de medicamentos e produtos de saúde 4

4.1 Gestão de Stocks e Critérios de Aquisição 4

4.2 Aprovisionamento de Medicamentos e Produtos de Saúde 5

4.2.1 Fornecedores 5

4.2.2 Realização de Encomendas 5

4.2.3 Receção e Conferência de Encomendas 6

4.2.4 Armazenamento das Encomendas 7

4.2.5 Gestão de Devoluções 7

5. Preparação de Medicamentos 8

5.1 Material e Equipamento de Laboratório e Matérias-Primas 8

5.2 Elaboração de Medicamentos Manipulados 8

5.3 Elaboração de Preparações Extemporâneas 9

6. Interação Farmacêutico-Utente-Medicamento 10

7. Dispensa de Medicamentos 11

7.1 Medicamentos Sujeitos a Receita Médica 11

7.1.1 Prescrição médica e Validação da Prescrição 11

7.1.1.1 Prescrição por Via Eletrónica 11

7.1.1.2 Prescrição por Via Manual 12

7.1.2 Cedência dos Medicamentos Prescritos 13

7.1.3 Receituário 13

7.1.3.1 Subsistemas de Saúde e Regimes de Comparticipação 13

7.1.3.2 Escalões de Comparticipação 14

7.1.3.3 Processamento do Receituário e Faturação 15

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7.3 Programa Nacional de Controlo de Diabetes 16

8. Informação e Documentação Científica 17

9. Indicação Farmacêutica 18

9.1 Descrição de Casos Clínicos de Automedicação 18

10. Outros Cuidados de Saúde e Serviços 20

11. Análise SWOT 21 11.1 Pontos Fortes 21 11.2 Fraquezas 21 11.3 Oportunidades 22 11.4 Ameaças 23 12. Conclusão 23 13. Referências Bibliográficas 24 Anexo I 26 Anexo II 32 Anexo III 37 Anexo IV 38 Anexo V 40

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Lista de abreviaturas

ADM – Assistência na Doença aos Militares

ADSE – Direcção Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública

AIM – Autorização de Introdução no Mercado ANF – Associação Nacional de Farmácias

CEDIME – Centro de Documentação e Informação sobre Medicamentos CIMI – Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde CTT – Correios de Portugal

DCI – Denominação Comum Internacional DIM – Delegados de Informação Médica FSA – fac secundum artem

INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, IP IVA – Imposto de Valor Acrescentado

LEF – Laboratório de Estudos Farmacêuticos

MNSRM – Medicamento Não Sujeito a Receita Médica MSRM – Medicamento Sujeito a Receita Médica

PNV – Plano Nacional de Vacinação PVP – Preço de Venda ao Público

SAD-GNR – Serviço de Assistência na Doença - Guarda Nacional Republicana SAD-PSP – Serviço de Assistência na Doença – Polícia de Segurança Pública SNS – Sistema Nacional de Saúde

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1. Introdução

O farmacêutico desempenha um papel fulcral na promoção da saúde pública e na prevenção da doença. Mais do que informar sobre o correto uso dos medicamentos, é essencial a relação que estabelece com o utente, tendo por base a confiança, e esclarecendo todas as questões que envolvam a saúde.

Na maioria das vezes, o farmacêutico é o primeiro recurso em termos de aconselhamento profissional na área da saúde, tendo em conta o fácil acesso das populações, em geral, às farmácias. O seu contributo na sensibilização para o uso racional do medicamento e na monitorização dos utentes é imprescindível para uma melhoria do bem-estar da população.

O estágio curricular possibilitou o contacto direto com a população e permitiu contactar com a realidade do trabalho farmacêutico, sendo um elo de ligação entre conhecimentos teóricos e a sua aplicação em casos reais.

O meu estágio foi realizado na farmácia Hebel, em Souselas, durante um período de 810 horas e sob a orientação da Dr.ª Sara Terra e de toda a equipa que nela trabalha.

O relatório que se segue pretende relatar todas as tarefas que desempenhei, assim como descrever um pouco a minha experiência ao longo destes meses de estágio.

2. Organização da Farmácia

2.1. Localização e público - alvo

A Farmácia Hebel, localizada em Souselas, abrange uma população muito diversificada, tanto no que concerne à faixa etária, como a nível sócio-económico, necessidades e até mesmo comportamentos. A sua localização permite a prestação de serviços não só aos utentes fidelizados e aos residentes da vila, como também a utentes provenientes das aldeias vizinhas e àqueles que estejam apenas de passagem. Esta diversidade representou uma mais-valia no estágio, uma vez que ao contactar com pessoas de realidades muito distintas, permitiu-me compreender como adequar a prestação dos serviços farmacêuticos ao utente em questão.

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2.2. Horário de Funcionamento

A Farmácia Hebel encontra-se aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 20h e aos sábados das 9h às 13h. Fora destes horários, a Farmácia tem o Serviço de Disponibilidade, ou seja, encontra-se disponível para atendimento por chamada.

2.3. Recursos Humanos

A Farmácia Hebel apresenta uma equipa dinâmica, dotada de profissionais de excelência quer a nível técnico e científico, como a nível humano, fundamental para saber lidar com os utentes e respetivos problemas. A equipa é composta pela Dr.ª Sara Terra, Diretora Técnica e proprietária da Farmácia, pela Dr.ª Gisela Rosa, Farmacêutica Adjunta, que se encontra de licença de maternidade, tendo sido substituída pela Dr.ª Teresa Araújo, pelos Técnicos de Farmácia, Joel Venceslau e Natércia Quinteiro, pelo Dr. Pedro Baganha, Técnico Oficial de Contas e pela D. Graça Branco, Auxiliar de Limpeza.

2.4. Instalações

No que respeita ao espaço físico a Farmácia Hebel organiza-se em áreas funcionalmente distintas.

A sala de atendimento ao público permite ao utente o primeiro contacto com a farmácia, sendo uma área ampla, iluminada, tranquila e funcional [1]. Dispõe de quatro balcões de atendimento dotados com terminal informático, dispositivo de leitura ótica de códigos de barras e impressora. A área envolvente encontra-se organizada em lineares que permitem o acesso direto do utente: dermocosmética, cuidados capilares, higiene oral, produtos de puericultura e de ortopedia. Atrás dos balcões, visíveis para os utentes, mas não permitindo o acesso direto, encontram-se MNSRM, como por exemplo, suplementos alimentares, e em função da época do ano, os produtos sazonais, como é o caso dos produtos utilizados nas constipações e/ou gripes ou anti-alérgicos e produtos de emagrecimento. Por baixo destes encontram-se distribuídas diversas gavetas que compreendem vários MNSRM e dispositivos médicos, como seringas e termómetros [1].

O gabinete de atendimento personalizado permite um atendimento com privacidade, visto que é um local onde se procede à administração de medicamentos e vacinas não incluídas no PNV, à determinação de parâmetros bioquímicos, como o colesterol total, triglicéridos e glicémia, à medição da pressão arterial, testes de gravidez e

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testes de infeção urinária. Também se encontra dotado de equipamento necessário para os cuidados de enfermagem que decorrem duas vezes por semana.

Na área de receção de encomendas encontra-se instalado um terminal informático, onde se procede ao envio, receção, conferência das encomendas, marcação de preços e gestão das devoluções. Nela também se encontram vários dossiês, onde se arquivam as faturas diárias dos fornecedores, as notas de encomenda e de devolução.

Na área de armazenamento encontra-se o bloco de gavetas deslizantes, onde se encontram os MSRM organizados por forma farmacêutica e por ordem alfabética. Neste espaço encontra-se ainda o frigorífico, destinado ao armazenamento de produtos termolábeis, munido com porta de vidro que permite localizar o produto pretendido sem ter que o abrir, evitando-se assim flutuações na temperatura. Ainda nesta área existem complementos de arrumação onde se encontram medicamentos que não cabem nos respetivos locais e outros produtos de saúde.

O laboratório é o local destinado à preparação de manipulados. Encontra-se devidamente equipado com superfície de trabalho lisa e de fácil limpeza e de zona de lavagem do material. Possui diversas estantes para arrumação das matérias-primas, devidamente rotuladas e ordenadas, bem como do restante material necessário.

O escritório destina-se à resolução de assuntos administrativos e burocráticos, nomeadamente, o processamento do receituário. Aqui encontra-se arquivada a mais variada documentação e toda a bibliografia de existência obrigatória na farmácia.

Na farmácia existem também instalações sanitárias, bem como uma área com cacifos, onde os funcionários podem guardar os seus bens pessoais.

3. Gestão da Farmácia

No mundo atual, as novas tecnologias têm um papel cada vez mais importante na sociedade e no funcionamento de qualquer empresa, não sendo a farmácia exceção. Os programas informáticos permitem uma melhor gestão da farmácia, dado que aumentam a eficiência a nível da gestão interna e a nível do atendimento, tornando-o mais rápido e possibilitando uma maior centralização no doente [1].

3.1. Sistema Informático

A Farmácia Hebel encontra-se equipada com o software informático Sifarma 2000, desenvolvido pela ANF. Este programa informático considero ter sido essencial para a minha

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aprendizagem, dadas as suas potencialidades e quantidade de informação disponível. Pois reúne um vasto conjunto de informação,sistematicamente atualizada, sobre o medicamento, tal como a composição, posologia e modo de administração, reações adversas, interações, contra-indicações e grupo homogéneo.Além disso, permite também a criação de fichas de utente, contendo os seus dados biográficos e terapêuticos, e confirmar a medicação adquirida anteriormente, pelo que foi frequentemente de extrema importância para assegurar prescrições, ou ceder medicação crónica quando o utente ainda não dispõe da respetiva receita.

Cada produto existente na farmácia possui uma ficha no sistema informático, onde constam informações como, a forma de apresentação, código ANF e/ou alternativo, IVA,

stock atual, stock mínimo e máximo, prazo de validade, histórico de movimentos do produto,

localização do produto na farmácia, quantidade encomendada, etc. Mais uma vez, este programa informático demonstrou ser uma ferramenta imprescindível na gestão de stocks, entradas e saídas dos medicamentos e produtos medicamentosos, encomendas, devoluções, atualização de preços e prazos de validade e, ainda, na gestão da contabilidade e faturação (valores faturados por dia por cada operador, faturação de lotes, entre outros).

O programa possibilita também a gestão dos medicamentos e outros produtos requisitados por três lares com que a Farmácia Hebel colabora: o Centro de Apoio Social de Souselas, o Centro Social de Botão e o Lar Eterno Paraíso. Neste sentido, o programa possibilita a impressão de um extrato da medicação crónica e de todos os produtos a crédito requisitados por cada utente do lar, para que no final de cada mês, sejam regularizadas as receitas em falta e os respetivos pagamentos.

4. Aprovisionamento, armazenamento e gestão de existências de

medicamentos e produtos de saúde

4.1. Gestão de Stocks e Critérios de Aquisição

Na base de um bom atendimento e satisfação das necessidades dos utentes estão um bom aprovisionamento e gestão de existências. Para que haja uma boa gestão de stock, é essencial que se previnam ruturas do mesmo, bem como o acumular de produtos, permitindo a sua rotatividade e evitando a imobilização de capital [1].

De forma a atender às necessidades dos utentes, o stock da farmácia deverá ser criteriosamente gerido, atendendo a um amplo conjunto de critérios, que passam por

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conhecer os utentes e as suas particularidades, os hábitos de prescrição dos médicos da área, atender à localização e dimensão da farmácia, a concorrência, a época do ano, as condições de pagamento aos fornecedores, a introdução de novos produtos no mercado e/ou publicidade dos meios de comunicação social [1]. Deste modo, na Farmácia Hebel, o aprovisionamento, em termos de envio, receção e conferência de encomendas, e o armazenamento, constituem tarefas desempenhadas diariamente, de forma a satisfazer as necessidades dos seus utentes.

4.2. Aprovisionamento de Medicamentos e Produtos de Saúde

4.2.1. Fornecedores

A aquisição dos medicamentos e produtos de saúde pode ocorrer diretamente aos laboratórios ou armazéns ou a outros (produtos de ortopedia, medicamentos e produtos para uso veterinário, etc). Os armazéns, tais como a PLURAL e a OCP representam grande parte das encomendas da Farmácia Hebel, pelo conjunto de vantagens que reúnem, tais como, o número e horário de entregas, condições financeiras mais favoráveis e o facto de assegurarem que a ausência de um produto num determinado armazenista pode ser compensada pela aquisição do mesmo a outro com quem a farmácia mantém contacto, como é o caso da Alliance Healthcare, para onde são feitas encomendas dos produtos que não estão disponíveis nas duas primeiras. As encomendas são realizadas através de telefone,

farmalink ou online e rapidamente processadas, com entregas diárias, permitindo a aquisição

de pequenas quantidades de produtos. A PLURAL garante três entregas diárias: ao início da manhã, início da tarde e ao fim da tarde. Já a OCP permite duas entregas: uma ao início da manhã e outra ao início da tarde.

Também se efetuam encomendas a determinados laboratórios, pelas vantagens económicas que oferecem e pela sua rotatividade. Frequentemente, os respetivos DIM visitam a farmácia para transmitir as novidades dos seus produtos e proceder às encomendas. Para medicamentos de uso veterinário recorre-se ao armazém Siloal Vet e para material ortopédico à OrtoStar.

4.2.2. Realização de Encomendas

A Farmácia Hebel, como já referido anteriormente, encontra-se equipada com o Sifarma

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Assim, quando o stock de determinado produto atinge o mínimo estipulado na ficha do produto, é automaticamente criada uma proposta de encomenda, em quantidade suficiente para atingir o stock máximo. O colaborador analisa a proposta e processa o envio, via

farmalink, para o respetivo armazenista. O número de unidades a pedir de um determinado

produto tem diversas condicionantes. É necessário ter em conta a quantidade de unidades em stock, a média mensal de vendas, bem como a época do ano em que nos encontramos. Após o envio da encomenda, o programa permite verificar em tempo real quais os produtos em falta, permitindo ao colaborador encaminhá-los para outro fornecedor através de nova proposta de encomenda.

Em determinadas circunstâncias tem lugar a encomenda por telefone ou pelas plataformas online dos armazenistas, permitindo confirmar a existência do produto, preço e solicitar o envio. A PLURAL possui uma aplicação informática (Gadget) que se pode instalar no ambiente de trabalho, sendo possível consultar esta informação de forma rápida. Nestes casos, regista-se em lugar próprio alguns dados: dia da encomenda, designação do produto, fornecedor a que foi solicitado, nome do utente e se o produto foi liquidado. Este registo permite a identificação e separação dos produtos reservados, aquando da sua receção. Quanto aos laboratórios como já referido, a encomenda é efetuada diretamente ao representante do laboratório ou via email, ficando a farmácia na posse do comprovativo da encomenda. Antes de qualquer encomenda ser recionada pela farmácia, deve ser criada manualmente uma encomenda na parte “Gestão de Encomendas” do Sifarma 2000. Assim sendo, não a transmitimos para nenhum fornecedor, ela segue diretamente para a “Receção de Encomendas” do programa.

4.2.3. Receção e Conferência de Encomendas

Esta tarefa proporcionou uma maior familiarização com nomes comerciais, produtos, fornecedores e com o Sifarma 2000. De forma a proceder à receção das encomendas no programa informático, dá-se prioridade às encomendas que possuem produtos acondicionados em recipientes com placas refrigeradas.

Cada encomenda é acompanhada pela respetiva fatura, original e duplicado, na qual consta toda a informação indispensável à receção da mesma (fornecedor, número da fatura, designação e códigos dos produtos), quantidade pedida e enviada, bónus, preço de custo unitário, IVA, PVP, valor total e a justificação do não envio.

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A receção das encomendas processa-se manualmente, através da leitura ótica dos códigos de barras de cada produto, conferindo-se ao mesmo tempo o PVP e a respetiva validade e, caso seja necessário, procede-se à alteração dos mesmos.

No caso de o PVP não vir discriminado, como o caso dos produtos de venda livre, este é calculado mediante as margens estipuladas pela farmácia que variam consoante o produto em causa.

As faturas são armazenadas em local próprio para posterior confirmação com a fatura resumo enviada semanal e mensalmente, pela PLURAL e OCP, respetivamente.

Terminada a leitura ótica de todos os produtos, conferem-se os preços de faturação, PVP, número de unidades recebidas e o total da fatura.

4.2.4. Armazenamento das Encomendas

Depois de recepcionar e conferir a encomenda, os produtos são arrumados nos respetivos locais. Na arrumação dos produtos há que atender a um conjunto de critérios, tais como a estabilidade e condições especiais de conservação, o princípio do first in, first out, espaço disponível e técnicas de merchandising.

4.2.5. Gestão de Devoluções

Nos casos em que foi recebido um produto em mau estado, que não constava da encomenda, prazo de validade estreito ou quando o produto foi retirado do mercado, procede-se a uma devolução do mesmo. Assim, é emitida, em triplicado, uma nota de devolução na qual consta o fornecedor, o número da fatura, o preço de faturação, PVP, quantidade devolvida e motivo da devolução, que devem ser carimbadas e assinadas. Aquando da devolução, o original e duplicado acompanham o produto, e o triplicado é arquivado na farmácia, a aguardar regularização.

O controlo dos prazos de validade da maioria dos produtos é feito no início de cada mês. Para tal, imprimem-se as listagens dos produtos cuja validade termina nos dois meses seguintes e, após recolha dos produtos, faz-se a sua devolução.

O fornecedor, uma vez recebida a nota, procede à troca do produto ou emite uma nota de crédito. Caso o fornecedor não aceite a devolução, o produto regressa à farmácia e é dado como perda existencial, emitindo-se uma listagem de quebras que é enviada à contabilidade. Todos os produtos em “trânsito” fazem parte do inventário da farmácia.

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5. Preparação de Medicamentos

Hoje em dia a indústria farmacêutica garante uma variedade imensa de especialidades farmacêuticas, mas nem sempre está comercializado o medicamento na forma farmacêutica, dosagem ou composição que mais se adequam a determinado utente. Neste contexto, recai sobre o farmacêutico a responsabilidade de preparar um medicamento manipulado, segundo fórmula magistral ou oficinal, que se adeqúe às necessidades específicas de determinado doente [1].

5.1. Material e Equipamento de Laboratório e Matérias-Primas

O laboratório da Farmácia Hebel apresenta-se, adequadamente, ventilado e iluminado, apresentando superfícies de trabalho limpas e de fácil limpeza. Para além do material de existência obrigatória [2], o laboratório encontra-se equipado com balança de precisão, aparelho misturador (Topitec®), almofarizes de vidro e de porcelana, banho de água termostatizado, pedra para preparação de pomadas, provetas e copos de várias capacidades.

As matérias-primas utilizadas na preparação de medicamentos manipulados, têm que respeitar as monografias da Farmacopeia Portuguesa ou de outras Farmacopeias dos Estados Membros da Comunidade Europeia. Os fornecedores são obrigados a garantir a qualidade das matérias-primas durante todo o seu percurso. Ao recebê-las na farmácia confirmamos se se apresentam em condições de estanquicidade, integridade e conservação adequadas e certificamo-nos de que vêm acompanhadas pelos respetivos boletins de análise, conferindo número de lote e validade.

5.2. Elaboração de Medicamentos Manipulados

Ao chegar uma receita médica de um medicamento manipulado, tem que se conferir se a receita está em conformidade. A mesma só pode conter medicamentos manipulados e com a indicação medicamento manipulado ou FSA [3].

Depois, confirma-se se esse manipulado consta de um compêndio oficial, como a Farmacopeia ou o Formulário Galénico Português, para que se possa ler toda a informação a seu respeito, desde técnica de preparação, embalagem, rótulo, ensaios de verificação, esclarecimentos acerca da preparação, uso terapêutico, modo de administração, posologias, precauções e contra-indicações. Nos casos em que o medicamento não faz parte de um

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compêndio solicita-se esta informação ao CIMI, que a envia e esclarece todo o tipo de dúvidas, relativamente à execução ou finalidade de determinado medicamento manipulado.

Tendo à disposição toda a informação necessária para a execução do manipulado, procede-se à manipulação, preenchendo paralelamente a ficha de preparação, da qual deve constar as matérias-primas usadas, condições de conservação e cálculo do preço, atribuindo-se também um número de lote. O preço é calculado tendo por baatribuindo-se o valor dos honorários da preparação (factor F que é atualizado anualmente, encontrando-se com o valor de 4,87€), o valor das matérias-primas e o valor dos materiais de embalagem: (Valor dos honorários + Valor das matérias-primas + Valor dos materiais de embalagem) x 1,3, acrescido o valor do IVA à taxa em vigor, 6% [4].

Finalmente elabora-se o rótulo, do qual se tira uma fotocópia que após rubricada e carimbada se anexa à ficha de preparação. O rótulo deve conter o nome do medicamento (discriminadas substâncias ativas e respetivas quantidades, e quais os excipientes), nome do utente, n.º de lote, identificação da farmácia, condições de conservação, data de preparação e prazo de utilização. Sempre que necessário, deve referenciar “USO EXTERNO” para preparações de aplicação tópica, ou “agitar antes de usar” para líquidos. Anexa-se, ainda, a fotocópia da receita médica, ficando todos estes documentos arquivados para posterior consulta.

No decorrer do meu estágio tive oportunidade de preparar a Suspensão Oral de Trimetoprim a 1% (Anexo I) e Vaselina Salicilada a 2 % (Anexo II).

5.3. Elaboração de Preparações Extemporâneas

As preparações extemporâneas são preparadas no ato da dispensa, devido à sua instabilidade após reconstituição. Estas são realizadas no laboratório e segundo as recomendações do produtor. Na sua preparação é necessário suspender o pó em água purificada. O procedimento mais comum passa por: agitar o frasco com vista a soltar o pó; adicionar água purificada até cerca de meio do frasco e agitar bem; por fim, completar com água purificada até ao traço de referência e uniformizar o preparado, agitando uma vez mais. No ato da dispensa é fundamental informar o utente da validade do medicamento após reconstituição (diferente do prazo de validade inscrito na embalagem), que varia de acordo com o produto (não deverá ser superior a 14 dias), sobre as condições de conservação (normalmente, conservar a uma temperatura inferior a 25ºC) e avisar o utente que deve agitar antes de usar. Durante o período de estágio realizei as suspensões orais de Clamoxyl® (amoxicilina) 250mg/5 mL e 500mg/5 mL.

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6. Interação Farmacêutico-Utente-Medicamento

A atividade farmacêutica vai mais além que a simples dispensa dos medicamentos prescritos, pois, muitas vezes, é o profissional de saúde a quem a população primeiramente recorre, possuindo um papel de destaque na promoção da saúde pública, estabelecendo a ligação entre o doente e o medicamento [1].

Toda a interação com o utente tem que ter em vista o melhor entendimento e empatia. É essencial uma linguagem clara, simples e acessível, o esclarecimento de todas as suas dúvidas e as suas necessidades satisfeitas, a par de uma postura profissional mas acessível. São pontos fundamentais para que nos vejam como alguém a quem se podem dirigir para pedir aconselhamento e esclarecimentos [1].

Os utentes novos e com maior nível de instrução procuram, regra geral, um atendimento rápido e conciso, por outro lado, caso o utente seja o idoso ou utentes com menos instrução, além de ser necessário adotar uma linguagem mais acessível, o tempo dedicado deve ser maior, pois é esse o tipo de atendimento que esperam e procuram [1]. Tudo isto implica uma correta avaliação das receitas médicas e/ou clara indicação farmacêutica; transmissão de toda a informação necessária a uma correta utilização dos medicamentos, nem que para isso seja necessário recorrer a linguagem escrita ou mesmo imagens; esclarecimento claro de todas as dúvidas suscitadas pelo utente; alertar para as condições de conservação dos medicamentos, por exemplo, os que requerem armazenamento em condições de frio; incentivar a adoção de medidas não farmacológicas, para tratar algumas situações ou como complemento à terapêutica farmacológica; alertar para possíveis efeitos secundários e/ou interações; alertar para os prazos de validade, no caso daqueles que têm prazo de utilização após abertura, como por exemplo, os colírios.

Em determinadas situações, após uma curta conversa, detetei casos de doentes a efetuar terapêutica duplicada, pensando que determinado medicamento e o respetivo genérico se destinavam a situações distintas. Para evitar este tipo de situações, escrevi o nome do medicamento de marca na embalagem do medicamento genérico.

Foi neste campo da relação com os utentes que notei uma maior evolução ao longo do período de estágio. O constrangimento dos primeiros dias, deu lugar à satisfação de os sentir gratos pelos esclarecimentos que prestei.

O farmacêutico deve respeitar o dever de sigilo profissional transmitindo ao utente uma relação de confiança, que o permita falar abertamente dos problemas e dúvidas existentes [5]. Algumas situações podem exigir maior privacidade, e como tal o diálogo poderá

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decorrer no gabinete do utente. Deve também agir com zelo, competência e sentido de responsabilidade, respeitando os princípios éticos e deontológicos, de forma a contribuir para uma utilização segura, eficaz e racional dos medicamentos [1].

7. Dispensa de Medicamentos

A dispensa de medicamentos é o ato profissional desempenhado pelo farmacêutico, visando resolver os problemas de saúde dos seus utentes. Essa cedência pode ter lugar na sequência de uma prescrição médica, em regime de automedicação ou mesmo de indicação farmacêutica [6]. Deve respeitar o princípio do uso racional do medicamento, o interesse dos doentes e da saúde pública, sendo responsável pela informação transmitida aos utentes, quanto ao uso correto e adequado dos medicamentos [7].

7.1. Medicamentos Sujeitos a Receita Médica

7.1.1. Prescrição médica e Validação da Prescrição

A prescrição de medicamentos processa-se através do modelo oficial exclusivo da Imprensa Nacional da Casa da Moeda. Este modelo de receita visa a prescrição dos medicamentos a comparticipar pelo SNS e por todos os subsistemas [8].

Existem dois tipos de prescrições médicas — eletrónica — quando resultante da utilização de soluções ou equipamentos informáticos e — manual — quando efetuada em documento pré-impresso. São ambas sujeitas a determinadas regras, as quais se devem verificar aquando da validação da prescrição.

7.1.1.1. Prescrição por Via Eletrónica

As receitas eletrónicas são válidas por 30 dias a contar da data da sua emissão, exceto quando se trata de uma receita renovável, a qual contém três vias, com o prazo de seis meses para cada via.

Antes de proceder à dispensa dos medicamentos que constam da receita médica é necessário a sua validação que abrange: número da receita; local de prescrição; identificação do médico prescritor (nome, especialidade, contacto e assinatura); nome e número de utente ou de beneficiário de subsistema; referência ao regime de comparticipação; DCI da substância ativa; dosagem, forma farmacêutica, dimensão da embalagem, número de

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embalagens (por receita podem ser prescritos até quatro medicamentos diferentes, dois de cada num total de quatro, ou caso os medicamentos se apresentem em embalagem unitária, podem ser cedidas até quatro embalagens); designação comercial do medicamento (se aplicável); identificação do despacho que estabelece o regime especial de comparticipação de medicamentos (se aplicável); data de prescrição [9]. A receita tem que se apresentar sem rasuras ou correções, exceto se rubricadas pelo médico.

A prescrição pode, excecionalmente, incluir a denominação comercial do medicamento, por marca ou indicação do nome do titular da AIM, nas situações de: prescrição de medicamento com substância ativa para a qual não exista medicamento genérico comparticipado ou para a qual só exista original de marca e licenças; e justificação técnica do prescritor quanto à insuscetibilidade de substituição do medicamento prescrito. Neste caso, o prescritor tem que assinalar, em local próprio da receita, as seguintes menções: “a) margem terapêutica estreita, b) Reação adversa prévia ou c) Continuidade de tratamento superior a 28 dias” [10,11]. Estas particularidades impedem o direito de escolha dos utentes, no caso das duas primeiras justificações, e limitam-no a medicamentos com preço inferior ao do medicamento prescrito, no caso da última. Caso o medicamento prescrito contenha uma substância ativa para a qual não exista medicamento genérico, o utente também não terá direito de opção.

7.1.1.2. Prescrição por Via Manual

A prescrição por via manual só é aceite nas seguintes situações: a) Falência informática, b) Inadaptação do prescritor, c) Prescrição no domicílio e d) Até 40 receitas/mês. O prescritor deve assinalar em local próprio da receita, a justificação aplicável. “No local de prescrição, deve constar a respetiva vinheta do local de prescrição, se aplicável. Nas unidades do SNS, se a prescrição se destinar a um utente abrangido pelo regime especial, deverá ser aposta a vinheta de cor verde de identificação da unidade de saúde. Nos consultórios e/ou médicos particulares, o local deverá estar igualmente identificado, através de carimbo ou inscrição manual” [11].

A validação destas receitas é em tudo semelhante à validação das receitas eletrónicas, exceto nos campos referidos anteriormente.

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7.1.2. Cedência dos Medicamentos Prescritos

Depois de analisados todos estes critérios, a receita deve ser alvo de uma análise crítica, verificando-se a especificidade do utente, possíveis efeitos adversos, contra-indicações e/ou interações, não só para os medicamentos que vêm prescritos, como também para aqueles cujo o utente se encontre a tomar.

Aquando o processo de recolha dos medicamentos deve-se ter sempre em atenção o nome do medicamento, a respetiva dosagem, por forma a não haver enganos.

Posto isto, procede-se à dispensa dos medicamentos.

Tem lugar então a faturação da receita, aplicando os respetivos planos de comparticipação, com especial atenção para a necessidade de aplicar portarias ou despachos especiais. A percentagem de comparticipação é assumida automaticamente pelo sistema.

Uma vez finalizada a venda, é impresso no verso da receita a identificação da farmácia, data, nome do(s) mediamento(s), quantidade e códigos dos medicamentos cedidos, PVP, comparticipação e preço a pagar pelo utente, organismo, número do lote, letra de série do mês, número da receita e código do operador que dispensou. Por fim, é solicitado ao utente que assine a mesma.

Procede-se ao pagamento e à emissão da respetiva fatura, esclarecendo ainda algumas dúvidas existentes ou reforçando alguma informação, nomeadamente, para a adesão à terapêutica ou cuidados a ter.

Posto isto, os medicamentos são devidamente acondicionados em sacos próprios e entregues ao doente.

Terminado o atendimento, deve-se confirmar mais uma vez a receita médica, averiguando se os medicamentos cedidos correspondem aos prescritos, carimbar e rubricar a mesma, colocando-a em local próprio.

7.1.3 Receituário

As receitas médicas exigem especial atenção, pelo conjunto de aspetos já referidos anteriormente. No final do dia, as receitas são recolhidas, reconfirmadas, separadas por organismos e, dentro de cada organismo, ordenadas por lotes.

7.1.3.1 Subsistemas de Saúde e Regimes de Comparticipação

Todos os utentes têm direito a um regime de comparticipação médica. Os utentes do SNS apresentam regimes de comparticipação diferentes, nomeadamente o Regime Geral (no

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qual se inserem ADSE, SAD-GNR, SAD-PSP, ADM, etc.), e o Regime Especial (pensionistas, cujo rendimento total anual seja igual ou inferior a catorze vezes a retribuição mínima mensal garantida em vigor no ano civil transato), o qual é identificado pela letra R a seguir ao número de utente (R – regime especial de comparticipação de medicamentos) [12].

Para além do SNS existem muitas outras entidades que têm acordos com a ANF, como por exemplo o Sindicato dos Bancários do Centro. Há situações de complementaridade, como Sãvida, cujo o utente beneficia de comparticipação por duas entidades. Nestes casos é necessário tirar uma fotocópia da receita e colocar o número do cartão de beneficiário na mesma. Na receita original será faturada o organismo principal, e na fotocópia será faturada o subsistema complementar.

No momento da faturação da receita é introduzido um código informático, que corresponde a cada uma das entidades implicadas na comparticipação dos medicamentos

7.1.3.2 Escalões de Comparticipação

Para efeitos de comparticipação do Estado, o cálculo do preço de referência dos medicamentos deve corresponder à média dos cinco medicamentos mais baratos existentes no mercado que integrem cada grupo homogéneo. Os escalões de comparticipação do Estado no preço dos medicamentos prescritos aos utentes do SNS, no regime geral são: Escalão A - 90% do preço de venda ao público dos medicamentos; Escalão B - 69% do preço de venda ao público dos medicamentos; Escalão C - 37% do preço de venda ao público dos medicamentos; Escalão D - 15% do preço de venda ao público dos medicamentos, sendo que no caso do Escalão A se excetuam “os medicamentos que, por despacho do Ministro da Saúde, sejam considerados imprescindíveis em termos de sustentação de vida, cujo preço é inteiramente suportado pelo Estado” [13]. Cada um dos grupos e subgrupos que integram cada um dos escalões são fixados por portaria do Ministério da Saúde. Relativamente ao regime especial, “a comparticipação do Estado no preço dos medicamentos integrados no escalão A é acrescida de 5% e nos escalões B, C e D é acrescida de 15%” [13].

Para além dos regimes geral e especial de comparticipação, são ainda de destacar um conjunto de situações especiais, reguladas por despacho, portaria ou Decreto-Lei (Anexo III).

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7.1.3.3 Processamento do Receituário e Faturação

O receituário de cada mês é separado por organismos e agrupado em lotes de 30 receitas, exceto o último lote que pode ter um número inferior. Para cada lote é imprimido o verbete de identificação do lote, carimbado pela farmácia, onde consta a identificação da farmácia, o código ANF, o mês, o ano, o código (tipo e número sequencial de lote), o organismo, a quantidade de receitas e o valor total do lote (PVP, comparticipação dos utentes e comparticipação do organismo). Para o conjunto de lotes do mês de um dado organismo, é imprimida a relação resumo dos lotes, que identifica todos os lotes desse organismo, sendo depois anexada ao receituário. Por último, emite-se a fatura mensal de medicamentos, em quadruplicado, contendo informação da farmácia, número da fatura, mês e ano, organismos e número de lotes, valor total de PVP, comparticipação dos utentes e do estado, data (último dia de cada mês), carimbo e assina-se [14].

O receituário deve estar preparado até ao dia 4 de cada mês, inclusive. Para os organismos do SNS, o receituário é recolhido via CTT a partir do dia 5 de cada mês, garantindo a sua entrega até ao dia 10 no Centro de Conferência de Faturas da Maia, acompanhado de um original e duplicado da fatura. À ANF (Finanfarma) é também enviada uma cópia dessa fatura, pois é a entidade responsável pelo adiantamento do pagamento à farmácia.

Para outros subsistemas, o encaminhamento do receituário é em tudo idêntico ao do SNS, mas é enviado para a ANF também até ao dia 10, acompanhado das faturas em triplicado.

7.2. Medicamentos Sujeitos a Legislação Especial

Os medicamentos psicotrópicos e estupefacientes encontram-se regulados por legislação especial, sendo o seu controlo mais apertado do que sobre todos os outros, de modo a evitar-se ao máximo o seu uso ilícito ou tráfico. Estes medicamentos obedecem a critérios específicos para o seu aprovisionamento, dispensa e tratamento do receituário.

O aprovisionamento destes medicamentos processa-se aos armazenistas de modo similar às restantes encomendas, contudo vêm acompanhados por uma requisição numerada e em duplicado. No final da entrada da encomenda, o sistema informático reconhece estes produtos e exige a confirmação do número do documento de requisição de psicotrópicos. O documento original e duplicado são carimbados e assinados pelo Diretor-Técnico ou Farmacêutico Adjunto. O duplicado é devolvido ao fornecedor, por sua vez, o original é

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arquivado, ficando armazenado na farmácia durante 3 anos.

A dispensa processa-se mediante uma receita médica normal, porém têm que ser prescritos isoladamente, ou seja, a receita médica não pode conter outros medicamentos, seguindo as mesmas regras que os restantes, nomeadamente no que respeita ao número de embalagens por receita. Para validar a dispensa é necessário preencher um conjunto de informação respeitante ao médico, ao doente e ao requerente (maior de idade e deve apresentar o seu Bilhete de Identidade/cartão de cidadão), exigido pelo próprio sistema [11].

Uma vez terminada a venda, tem lugar a impressão de um documento de faturação, o qual inclui o nome e número de identificação do requerente, para ser assinado pelo mesmo. De seguida tira-se uma fotocópia da receita original e anexa-se o documento de faturação. O original é enviado para o organismo de comparticipação e o duplicado é armazenado na farmácia durante três anos. Só no caso de se tratar de uma receita manual é que esta deve ser enviada mensalmente, até ao dia 8 do mês seguinte. Mensalmente é enviado ao INFARMED o registo de saídas dos medicamentos estupefacientes e psicotrópicos, até ao dia 8 do segundo mês seguinte. Trimestralmente, até 15 dias após o termo de cada trimestre, é enviado ao INFARMED, a lista de entradas, e anualmente envia-se o balanço anual, até ao dia 31 de janeiro do ano seguinte. A impressão é feita em duplicado, sendo sempre o original enviado ao Departamento de Psicotrópicos e Estupefacientes do INFARMED em carta registada com aviso de receção e o duplicado é assinado, carimbado e arquivado na farmácia por um período de três anos [15].

No caso das benzodiazepinas, o aprovisionamento processa-se de modo similar ao descrito para os medicamentos psicotrópicos e estupefacientes. A sua dispensa é feita através de receita médica normal, seguindo as regras descritas anteriormente para as receitas por via eletrónica e manual. Anualmente, até ao dia 31 de janeiro do ano seguinte, é enviado ao INFARMED o registo de saídas e o mapa de balanço. O original é enviado para o Departamento de Psicotrópicos e Estupefacientes do INFARMED, em carta registada com aviso de receção, e o duplicado é assinado, carimbado e arquivado na farmácia por um período de três anos [15].

7.3. Programa Nacional de Controlo de Diabetes

O Estado comparticipa os dispositivos para monitorização e tratamento da diabetes

mellitus, tais como, as seringas, lancetas e agulhas na sua totalidade (100%) e as tiras-teste são

comparticipadas a 85% [16]. A dispensa destes dispositivos efetua-se mediante a apresentação de receita médica, contendo apenas os produtos abrangidos pelo protocolo.

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De forma a que o utente usufrua da comparticipação de protocolo, deve introduzir-se no ato da dispensa o subsistema de saúde (DS) respeitante a estes produtos.

8. Informação e Documentação Científica

O farmacêutico tem o dever de “manter atualizadas as suas capacidades técnicas e científicas para melhorar e aperfeiçoar constantemente a sua actividade profissional, por forma a que possa desempenhar conscientemente as suas obrigações profissionais perante a sociedade” [1].

Esta necessidade de atualização sistemática, resultante da permanente evolução e inovação na área da saúde, obriga a que o farmacêutico tenha à sua disposição diversos instrumentos que lhe permitam o estudo aprofundado, de modo a que também possa dar resposta a eventuais dúvidas do utente.

A Farmácia Hebel tem à sua disposição uma biblioteca com diversas publicações, destacando-se as de caráter obrigatório, a “Farmacopeia Portuguesa VIII” e respetivos suplementos e o “Prontuário Terapêutico” [17]. Além destes, a Farmácia dispõe ainda do “Formulário Galénico Português”, “Mapa Terapêutico”, “Simposium Terapêutico”, “A Farmácia e o Medicamento”, “Diabetologia Clínica”, “Terapêutica Medicamentosa e Suas Bases Farmacológicas”, entre outros, Circulares Técnico-Legislativas e publicações periódicas, como a “Revista da Ordem dos Farmacêuticos”, a revista “Farmácia Distribuição” e “Farmácia Portuguesa”.

Durante o estágio, em alguns momentos, recorri aos colaboradores, ao Prontuário Terapêutico e ao Sifarma 2000, que em tempo útil, me permitiu esclarecer um vasto conjunto de dúvidas, como princípios ativos, grupos farmacológicos, indicações terapêuticas, posologias, interações, contra-indicações, grupos homogéneos, entre outras.

Os armazenistas também podem ser uma excelente ajuda, particularmente nas situações em que se pretende saber/confirmar a situação atual de um determinado medicamento, por exemplo, se se encontra esgotado ou se foi retirado do mercado. Além destas possibilidades, o farmacêutico tem ainda ao seu dispor um conjunto de estruturas de apoio, como por exemplo, o CEDIME e o LEF.

Atendendo à necessidade de uma formação contínua, a Farmácia Hebel proporcionou-me a frequência de algumas formações externas, nas áreas da dermocosmética, do aleitamento materno, das lesões músculo-esqueléticas, dos anticoncetivos e da hiperatividade, défice de atenção e dislexia. A nível interno, quando me surgiu uma dúvida

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sobre anticoncetivos, criei uma tabela resumo que disponibilizei a todos os colaboradores da farmácia (Anexo IV).

9. Indicação Farmacêutica

Muitas são as circunstâncias em que os utentes se dirigem, primeiramente, ao farmacêutico, solicitando a cedência de medicamentos e produtos de saúde para as mais diversas situações. O farmacêutico deve analisar cada situação de forma a esclarecer situações mais graves e/ou que requerem a ida ao médico.

Durante o estágio foram diversas as situações em que tal aconteceu, pelo que procurei sempre estabelecer um diálogo com o utente, colocando perguntas de forma a avaliar a situação, como por exemplo, a duração e gravidade dos sintomas e o estado geral do doente (lactentes, grávidas ou doentes crónicos), que me levassem a uma melhor decisão. Em alguns casos aconselhei a consulta de um médico, por se tratarem de situações ou sintomatologias graves.

Aquando houve a cedência de um MNSRM, optei por marcas de composição simples, com um só princípio ativo e com embalagens de dimensões reduzidas. Além disso, disponibilizei toda a informação ao utente sobre o medicamento em causa, nomeadamente, a posologia, a duração do tratamento e, em alguns casos, efeitos adversos e interações medicamentosas passíveis de ocorrer.

Antes de qualquer cedência farmacológica procurei, previamente, aconselhar medidas não farmacológicas, mas quando tal não foi possível, reforcei estas medidas a par da terapia medicamentosa. Por fim, transmiti ao doente, que caso não sentisse melhoras, deveria então recorrer ao médico.

9.1. Descrição de Casos Clínicos de Automedicação

Foram diversas as situações de casos de automedicação que surgiram durante o decorrer do estágio, contudo, como não é possível descrever todas, exemplificarei apenas alguns casos.

Os medicamentos para a tosse foram muito solicitados. Assim, não só procurei perceber qual o tipo de tosse (produtiva ou seca), como ainda questionei a presença de patologias e/ou medicação e se o utente era, por exemplo, fumador.

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Quando se tratava de tosse com expetoração, optei pela cedência de mucolíticos (acetilcisteína) e, por vezes, por ser o xarope mais publicitado, bromexina). A par do mucolítico dei sempre a indicação de manter a hidratação (“beber muita água”).

Num dos casos, uma utente queria algo para a tosse com expetoração, mas referiu não gostar de “tomar xaropes”. Perante esta exposição, indiquei Bisolvon® (bromexina) comprimidos, um comprimido, três vezes ao dia. Outro caso, um utente diabético apresentava, também, tosse com expetoração. Assim, aconselhei Fluimucil® (acetilcisteína) xarope, dado que não contém sacarose, 15 mL, uma vez ao dia. Em ambos os casos, reforcei que devia ingerir bastante água para manter uma boa hidratação. Em situações cujo utente não soube distinguir o tipo de tosse, ou quando considerasse ambas, a minha escolha incidia sobre o medicamento grinTuss®, utilizado no tratamento de tosse seca e produtiva.

Também muito solicitados são os descongestionantes nasais. Face a estas solicitações, certifiquei-me sempre se a pessoa não apresentava nenhuma advertência no uso destes medicamentos, como hipertensão, arritmias, glaucoma ou retenção urinária. Em caso afirmativo, sugeri sempre soluções isotónicas de água do mar. Na ausência das mesmas aconselhei descongestionantes nasais tópicos. Na sua cedência relembrei que deviam ser usados durante um curto período de tempo (três a quatro dias).

Muitas foram as situações cujos utentes se queixavam de constipações e sintomas gripais (dores musculares, rinorreia, febre, entre outras queixas). Antes de dispensar qualquer MNSRM, inquiri o utente sobre eventuais patologias (diabetes, hipertensão, arritmias, glaucoma ou retenção urinária).

Quando o utente referia os sintomas descritos e não apresentava qualquer uma destas advertências, aconselhava Cêgripe® (paracetamol+clorofeniramina), 2 comprimidos, três vezes ao dia, uma vez que a sua composição é das mais simples, entre todos os medicamentos disponíveis no mercado.

Quando o utente apresentava uma destas advertências, ou quando referia apenas febre e dores de cabeça, indicava medicamentos cujo princípio ativo fosse apenas paracetamol. Em ambos os casos inquiri o utente sobre eventuais problemas hepáticos, devido ao paracetamol.

Nos casos de dor de garganta, recomendava pastilhas com um anti-inflamatório tópico, como por exemplo, as pastilhas Strepfen® (flurbiprofeno). Quando se tratava de uma pequena irritação na garganta, indiquei as pastilhas Strepsils® (Álcool diclorobenzílico+ Amilmetacresol), devido à sua ação anestésica e antissética. Em ambos os casos recomendei dissolver uma pastilha na boca a cada 3\6h, até um máximo de 5 pastilhas por dia.

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Sendo os laxantes também muito solicitados, aquando houve a sua cedência dei sempre preferência aos expansores do volume fecal, como por exemplo, Agiolax®, ou osmóticos, Laevolac®, em detrimento dos de contacto, Dulcolax®. Nestas situações referi que estes não devem ser tomados por um período de tempo prolongado, do mesmo modo que alertei para a importância de “educar” o intestino, bem como indiquei a necessidade de adotar uma dieta rica em fibras e água.

Em algumas ocasiões foi-me solicitada a cedência de antibióticos, referindo também que mais tarde me trariam a receita. Tentei explicar que o problema não está apenas centrado no facto de não trazer a receita, mas que só se deve recorrer à antibioterapia apenas, quando a situação o justifica e que somente os médicos têm os meios para avaliar cada situação, explicando também o perigo das resistências aos mesmos.

Por outro lado, tive também a oportunidade de aconselhar produtos de dermocosmética.

Ainda assim, cedi também produtos para higiene oral, dispositivos médicos (pensos, compressas esterilizadas, adesivos, testes de gravidez, preservativos), entre outros.

Além disso, dispensei ainda medicamentos para uso veterinário, como por exemplo, coleiras e champôs antiparasitários para cães e gatos.

10. Outros Cuidados de Saúde e Serviços

Na Farmácia Hebel podem-se avaliar os parâmetros fisiológicos (altura, peso e pressão arterial) e bioquímicos (glicémia capilar, colesterol total e triglicéridos) (Anexo V). Estes serviços são muito importantes, uma vez que os utentes podem fazer um registo dos parâmetros, a fim de detetar situações que requeiram alterações da medicação, ou, em casos mais graves, uma ida ao médico ou urgência hospitalar.

Durante o período de estágio, tive a oportunidade de efetuar medições de pressão arterial, glicémia capilar, colesterol total e triglicéridos. De forma a complementar as medições realizadas aos utentes durante o estágio, frequentemente referi medidas não farmacológicas de forma a melhorar a qualidade de vida do utente.

Neste espaço também é possível realizar testes de gravidez e testes de infeção urinária. A Farmácia Hebel tem ao dispor dos utentes cuidados de enfermagem, duas vezes por semana, e serviço de administração de medicamentos e vacinas não incluídas no PNV.

Tendo em conta que, durante o período de estágio realizei o Curso de Administração de Vacinas e Medicamentos Injetáveis e o Curso de Suporte Básico de Vida, pude assim administrar medicamentos injetáveis, pondo assim em prática os conhecimentos adquiridos.

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A farmácia colabora ainda na recolha de medicamentos fora do prazo ou fora de uso, através da Valormed, sociedade responsável pela gestão dos resíduos de embalagens e medicamentos fora de uso, sendo esta iniciativa um contributo decisivo para o uso racional dos medicamentos. Ao longo do estágio recebei embalagens de medicamentos para colocar no contentor, bem como tive oportunidade de realizar o procedimento de selagem deste.

11. Análise SWOT

11.1 Pontes fortes

Com a realização do estágio foi-me possível colocar em prática os conhecimentos adquiridos ao longo da frequência do curso. Efetivamente, desempenhei todas as tarefas com responsabilidade e empenho.

O facto de me terem dado autonomia para desempenhar várias tarefas (testes bioquímicos, atendimento, faturação), demonstrou a confiança depositada em mim, o que me fez querer aprender ainda mais, e desempenhar todas as tarefas ainda com mais responsabilidade e empenho.

Muitas vezes, e em diversas situações, recorri à ajuda de todos na farmácia, que prontamente me ajudaram e me ensinaram sobre os mais diversos temas, assim como vi esclarecidas dúvidas. Aprendi, claro, com alguns erros, mas que penso terem sido importantes para a minha aprendizagem.

Pude também desenvolver atividades relacionadas com promoções, exposição de produtos, preparação de manipulados, a organização da farmácia, etc.

Para mim, o facto de durante o estágio ter estado com outra estagiária, foi também importante, pois partilhámos dúvidas, ideias e ajudámo-nos mutuamente.

Sem dúvida que gostei muito do meu estágio, pois não só me permitiu aprender e a pôr em prática conhecimentos, como também o espírito de equipa e o bom ambiente de trabalho vivido contribuiu para tornar esta experiência ainda mais enriquecedora.

11.2 Fraquezas

Durante o meu estágio tive alguma dificuldade em associar nomes comerciais a princípios ativos, assim como alguns dispositivos médicos, por exemplo, pés elásticos, pois nunca tinha contactado com estes anteriormente. Senti também alguma dificuldade no aconselhamento farmacêutico relativo a dermocosmética e a produtos para crianças. Penso que este tema

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poderia ser abordado de forma diferente ao longo do curso. Por exemplo, expô-lo não só teoricamente, mas também com aspetos de caráter prático, ou seja, falar nas diversas marcas e gamas existentes no mercado. Também os conhecimentos de gestão, hoje em dia de extrema importância dada a realidade económico-financeira da farmácia comunitária, poderiam ser aprofundados ao longo do curso.

Durante o estágio assisti a contínuas alterações legislativas no setor, que me causou alguns embaraços, devido à sucessiva alteração de procedimentos.

11.3 Oportunidades

Dado o fluxo de utentes à farmácia, pude, sobretudo, praticar o meu atendimento. O facto de a farmácia ter uma grande diversidade de utentes permitiu-me ajustar o atendimento e linguagem utilizada, a cada situação específica.

Em diversas situações pude aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do percurso académico, bem como, os que aprendi ao longo do estágio e nas formações frequentadas. Tive também a oportunidade de preparar medicamentos manipulados, de determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos, aconselhar os utentes sobre hábitos de vida saudável, assim como pôr em prática os conhecimentos adquiridos no curso de administração de injetáveis.

Como a farmácia tem muita procura a nível de MNSRM, pude aprofundar os meus conhecimentos e assim aconselhar, sobre áreas que constituíam as minhas fraquezas, nomeadamente, nas áreas de dermocosmética, puericultura, suplementos alimentares e produtos dietéticos.

Apercebi-me que é de extrema importância o aconselhamento acerca dos produtos dispensados, pois isto permite que a farmácia, assim como o farmacêutico, se diferencie pelo serviço prestado noutros locais e, deste modo, fidelizando o utente.

Houve uma situação durante o decorrer do meu estágio em que depois de prestar todos os esclarecimentos acerca de uma medicação pedida pela utente, a mesma referiu que gostava de ir à farmácia Hebel, pois gostava da forma como era recebida e também porque via esclarecidas todas as suas dúvidas.

Durante o período de estágio também foi possível familiarizar-me com a área de gestão de existências de medicamentos e produtos de saúde, com a dispensa de medicamentos e receituário. Foi-me apresentada uma nova ferramenta de gestão (SIFARMAgest) que irá revolucionar a forma de gerir a farmácia de oficina.

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11.4 Ameaças

Nesta área senti que devido a dificuldades económicas, os utentes, algumas vezes, deixam de aviar ou mesmo de tomar os medicamentos, optando também por deixar a crédito, o que, frequentemente, torna proporções insustentáveis. Tal situação leva a que a farmácia não tenha tanto rendimento quanto seria expetável, obrigando a uma apertada gestão de stocks, nomeadamente, nos medicamentos de PVP mais elevados.

O caso de determinados medicamentos estarem esgotados, acarreta desvantagens para a farmácia, que tem de dizer que não possui o produto em causa; como para o utente, que nem sempre aceita bem a situação, acabando por sair da farmácia sem o medicamento e referindo, algumas vezes, que se ia dirigir a outro estabelecimento, ou então, acaba por interromper ou alterar a sua terapêutica.

As alterações que o preço dos medicamentos e o valor das comparticipações têm sofrido, também constituem uma ameaça, pois como não são avisados, os utentes apercebem-se de discrepâncias nos valores de faturas anteriores, levando a um sentimento de desconfiança.

Outra das grandes ameaças que a farmácia enfrenta é a existência de uma parafarmácia nas redondezas, situada numa grande superfície comercial.

12. Conclusão

As atividades que desenvolvi durante o estágio foram, sem dúvida, essenciais para a minha formação, dando-me contacto com o “mundo real”. Foi também uma oportunidade para integrar na prática os conhecimentos teóricos que adquiri durante o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, permitindo-me alcançar novos saberes e desenvolver aptidões interpessoais.

A Farmácia Hebel foi, para mim, um local de formação privilegiado, pois tive a oportunidade de aprender com uma equipa de profissionais de excelência, com uma grande vontade de ensinar, com espírito de interajuda e sempre bem-dispostos.

Estimo o que aprendi e irei aplicá-lo no meu futuro profissional, assim como, nunca deixarei de ser uma eterna estudante, pois é essencial a constante atualização de conhecimentos para que possa desempenhar a atividade farmacêutica com profissionalismo e competência.

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13.

Referências Bibliográficas

[1] AGUIAR, A. H. - Gerir a Farmácia do próximo Milénio – Aumentar a

Competitividade. 2ª Ed. Lisboa: AJE – Sociedade, 2001. ISBN 972-8482-05-1.

[2] Deliberação n.º 1500\2004 - Legislação Farmacêutica Compilada (04-12-07). [3] Despacho n.º 18694/2010 - Legislação Farmacêutica Compilada (10-11-18). [4] Portaria n.º 769/2004 - Legislação Farmacêutica Compilada (04-07-01).

[5] ORDEM DOS FARMACÊUTICOS - Código Deontológico da Ordem dos

Farmacêuticos.

[6] INFARMED – Saiba mais sobre automedicação. [Acedido a 16 de Maio de 2014]. Disponível na Internet:

http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/PUBLICACOES/TEMATICOS/SAIBA _MAIS_SOBRE/29_Automedica%E7%E3o.pdf.

[7] Decreto-Lei n.º 176/2006 - Legislação Farmacêutica Compilada (06-08-30). [8] Portaria n.º 1501/2002 - Legislação Farmacêutica Compilada (02-12-12). [9] Portaria n.º 224-A/2013 - Legislação Farmacêutica Compilada (13-07-09). [10] Oficio circular 1162/2013 - Associação Nacional das Farmácias (13-03-26).

[11] INFARMED - Normas relativas à dispensa de medicamentos e produtos de saúde. 2014. [Acedido a 9 de Junho de 2014]. Disponível na Internet:

http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MEDICAMENTOS_USO_HUMANO/ PRESCRICAO_DISPENSA_E_UTILIZACAO/Normas_dispensa.pdf.

[12] PORTAL DA SAÚDE - Comparticipações [Acedido a 26 de Abril de 2013].

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25

http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/comparticipacoes/comparti cipacaomedicamentos.htm

[13] Decreto – Lei n.º 106 – A\2010 - Diário da República. 192 (10-10-01) 4372-(2)- 4372-(5).

[14] ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde, I.P - Manual de

Relacionamento das Farmácias com o Centro de Conferência de Faturas do SNS. 2012. [Acedido a 24 de Maio de 2014]. Disponível na Internet:

https://www.ccf.min-saude.pt/portal/page/portal/estrutura/documentacaoPublica/Manual%20de%20Relacionament o%20de%20Farm%C3%A1cias%20VF%201.9.pdf

[15] Oficio circular 5822/2012 - Associação Nacional das Farmácias (12-06-07).

[16] Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes. [Acedido a 13 de Junho de 2014]. Disponível na Internet:

http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/DISPOSITIVOS_MEDICOS/PROGRA MA_CONTROLO_DIABETES_MELLITUS

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Anexo III:

Legislação vigente para regime especial de comparticipação.

(Retirado de INFARMED [Acedido a 9 de Junho de 2014]. Disponível na internet: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MEDICAMENTOS_USO_HUMANO/ AVALIACAO_ECONOMICA_E_COMPARTICIPACAO/MEDICAMENTOS_USO_AMBUL ATORIO/MEDICAMENTOS_COMPARTICIPADOS/Dispensa_exclusiva_em_Farmacia_Ofic ina)

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Anexo IV:

Tabela resumo de anticonceptivos comercializados. (A negrito corresponde o

medicamento genérico).

DCI Medicamento Nome do Dosagem Genérico

Ciproterona + Etinilestradiol Diane 35 2 mg + 0.035 mg Mylan

Ciprot + Etinil Generis Cloromadinona + Etinilestradiol Belara 2 mg + 0.03 mg Bonae Delta

Libeli Clarissa Jeniasta Desogestrel Cerazette 0.075 mg Famy Care Fanaka

Lueva Stada Myrline

Desostada Tangolita Diamilla

Desogestrel + Etinilestradiol Mercilon 0.15 mg + 0.02 mg Benidette Stallpharma

Novynette Generis Estmar

Mylan

Marvelon 0.15 mg + 0.03 mg Benifema Mylan

Regulon Generis Stallpharma

Gracial Associação Laurina/ Laurina 28

Dienogest + Etinilestradiol Valette 2 mg + 0.03 mg Denille Sibilla

Famy Care

Dienogest + Valerato de

estradiol Qlaira Associação

Drospirenona + Etinilestradiol Aliane 3 mg + 0.02 mg Arankelle Drosianelle Flexyess Arankitelle Drosurall Linatera Ballissens Liladros Yasminelle Daylette Nelecta

Yaz Dioz Sidretella

Droseffik Tunile Petibelle 3 mg + 0.03 mg Aranka Palandra

Yasmin Drosianne Sidreta Drosure Tunile Estradiol + Nomegestrol IOA 1.5 mg + 2.5 mg

Zoely

Etinilestradiol + Gestodeno Microgeste 0.015 mg + 0.06 mg Phagecon

Minesse

Harmonet 0.02 mg + 0.075 mg Estinette Gestilla

Minigeste Generis Juliperla Gynera 0.03 mg + 0.075 mg Effiplen Generis

Minulet Dorinette Sofiperla Tri-Gynera Associação

Tri-Minulet

Etinilestradiol + Levonorgestrel Miranova 0.02 mg + 0.1 mg Effilevo Gesffiset

Generis

Microginon 0.03 mg + 0.15 mg Famy Care Rigevidon Generis

(46)

39 Trinordiol Associação Triregol

Etinilestradiol + Norgestimato 0.035 mg + 0.25 mg Famy Care

DCI

Nome do

Medicamento Dosagem

Sistema de libertação vaginal

Etinilestradiol + Etonogestrel Circlet 0.015 mg/24 h + 0.12 mg/24 h NuvaRing

Sistema transdérmico

Etinilestradiol + Norelgestromina Evra 20 µg/24 h + 150 µg/24 h Dispositivo de libertação intra-uterino

Levonorgestrel Erlacela 20 µg/24 h Jaydess 13.5 mg Mirena 20 µg/24 h Implante Etonogestrel Implanon NXT 68 mg Levonorgestrel Jadelle 75 mg Pilula dia seguinte

etinilestradiol+delevonorgestrel Tetragynon 0,050+0,250 mg Levonorgestrel Norlevo 1,5 mg

Postinor

Ulipristal Ellaone 30 mg

Anexo V:

Valores de referência para diversos parâmetros fisiológicos e bioquímicos.

(47)

Referências

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