Informativo Capal | Edição 36 | 11/setembro/2015
Desde 5 de maio de 2014 até 31 de agosto desse ano, pouco mais de 166 mil (31,2%) propriedades rurais do Paraná estão registradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O estado possui mais de 532 mil propriedades e é o segundo do país em número de imóveis rurais.
Relatório - Mesmo tendo menos da metade das propriedades cadastradas, o Paraná se mantém em 4º lugar se comparado com outros estados em número de cadastros feitos, ficando atrás de Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina. Os dados são do último relatório divulgado quarta-feira (02/09) pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão responsável pela gestão e homologação dos cadastros no estado.
Dificuldades - Os proprietários que não se cadastrarem terão dificuldades para conseguir linhas de crédito e financiamentos a partir de 2017. Além disso, quem perder o prazo não terá benefícios previstos no Novo Código Florestal e a facilidade para regularização ambiental das propriedades. Dentre os benefícios está o cálculo da Área de Preservação Permanente como área de Reserva Legal e a conversão de multas em ações para restauração florestal.
Site - Os relatórios gerados mensalmente pelo IAP, a relação de cadastramento por municípios e os dados do governo federal podem ser vistos no site www.iap.pr.gov.br, no link CAR.
Prazo
O prazo estipulado pelo Governo Federal para a realização do CAR vai até 5 de maio de 2016 e a queda no ritmo dos cadastros preocupa o órgão ambiental. Em abril, um mês antes de terminar o primeiro prazo estipulado pelo Governo Federal, foram cadastradas no sistema mais de 52 mil propriedades rurais. Já em maio o cadastro foi de pouco mais de 32 mil; em junho 16.270; em julho 7.741; e em agosto 7.558 propriedades foram cadastradas.
Compensação – O IAP não recomenda que proprietários rurais façam transações imobiliárias para a compensação de reserva legal até a total regulamentação pelo governo federal e divulgação dos documentos necessários e das normas que disciplinem a prática. Essas transações somente poderão ser concretizadas após análise e aprovação do órgão para posterior averbação na matrícula dos imóveis.
CAR – O Cadastro Ambiental Rural é um registro eletrônico que visa a identificação e a integração das informações ambientais com o uso das tecnologias de sensoriamento remoto e georreferenciamento. Informações - As informações prestadas ao CAR abrangem, além dos dados referentes à titularidade, tamanho e limites do imóvel, as áreas de remanescentes de vegetação nativa, áreas de preservação permanente, como nascentes e arroios, e de reserva legal, entre outras. As inscrições devem ser feitas no site www.car.gov.br, do governo federal. Dúvidas - Para esclarecer dúvidas dos proprietários rurais, o IAP preparou uma lista de perguntas e respostas. As informações podem ser consultadas no www.iap.pr.gov.br. (Agência de Notícias do Paraná) Alerta - O presidente do IAP, Luiz Tarcisio Mossato Pinto, alerta os produtores rurais sobre prazo para o cadastro e lembra que as pessoas com dúvidas podem procurar parceiros, além do órgão. “Temos parcerias com diversas instituições e capacitamos mais de cinco mil técnicos que estão mobilizados para que os cadastros sejam feitos dentro do prazo. Vamos intensificar os nossos encontros, debates e divulgação sobre o tema para que as pessoas não façam os cadastros na última hora”, afirmou.
CADASTRO AMBIENTAL - CAR
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Informativo Capal | Edição 36 | 11/setembro/2015
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Informações do mercado agropecuário
DÓLAR - Fechou com forte alta nesta quinta-feira, após a agência de classificação de risco Standard & Poor's retirar o selo de bom pagador do Brasil. Por outro lado, a intervenção do Banco Central e a percepção de que a Fitch deve manter por enquanto o grau de investimento do país, levando a moeda norte-americana a terminar longe da máxima da sessão. De maneira geral, a percepção nas mesas de operações é que o dólar tende a rumar para a máxima histórica de quase R$ 4,00 em breve, em uma trajetória volátil. A S&P rebaixou o Brasil para "BB+", ante "BBB-", dias após o governo prever inédito déficit primário em 2016. Além de remover o grau de investimento, a agência sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo, ao manter a perspectiva negativa para a nota de crédito brasileira, o que significa que novo rebaixamento pode ocorrer no curto prazo. O avanço da moeda norte-americana foi amortecido, no entanto, porque o BC anunciou leilão de venda de até US$1,5 bilhão com compromisso de recompra. Segundo a assessoria de imprensa da autoridade monetária, a operação não serve para rolar uma linha já existente.
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INDICADORES FINANCEIROS
DÓLAR COMERCIAL (venda) POUPANÇA (nova) SELIC TJLP
R$ 3,854 - 10/09 0,7107 % a.m. - 10/09 14,25 % 5,00 % a.a. MILHO
FUTURO
CIF Guarujá entrega setembro/2015 e pagamento outubro/2015
Comprador: R$ 33,50
Vendedor: sem indicação
CIF Guarujá entrega outubro/2015 e pagamento novembro/2015
Comprador: R$ 33,80
Vendedor: sem indicação
CIF Guarujá entrega setembro/2016 e pagamento outubro/2016
Comprador: R$ 35,20
Vendedor: sem indicação
MILHO Arapoti-Pr Comprador: R$ 28,50 Vendedor: R$ 29,50 W.Braz-Pr Comprador: R$ 28,00 Vendedor: R$ 30,00 SOJA Disponível CIF Ponta Grossa R$ 79,00 Entrega abril/2016 e pagamento maio/2016 - CIF Ponta Grossa/PR R$ 77,50 TRIGO (nominal) Superior R$ 620,00 FOB Intermediário R$ 480,00 (T-2) R$ 450,00 (T-3) MILHO Itararé-Sp Comprador: R$ 28,00 Vendedor: R$ 29,50 Taquarituba/Taquarivaí-Sp Comprador: R$ 29,05
Vendedor: R$ sem indicação
SOJA
Disponível CIF Santos R$ 77,75 Entrega março/2016 pagamento
abril/2016 – CIF Guarujá R$ 79,00 Entrega abril/2016 pagamento
maio/2016 – CIF Guarujá R$ 79,50
TRIGO (nominal)
Superior
R$ 650,00 FOB – SP
(falling number mínimo de 250)
Intermediário
R$ 480,00 (T-2)
R$ 460,00 (T-3)
FEIJÃO – PREÇOS NA BOLSINHA – SÃO PAULO
Variedade Carioca 07/09/15 Min. Máx. 08/09/15 Min. Máx. 09/09/15 Min. Máx. 10/09/15 Min. Máx. 11/09/15 Min. Máx. Pérola/Gol 10 – 10 S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot Pérola 9,5 – 10 S/Cot S/Cot S/Cot 160,00 S/Cot 160,00 S/Cot 155,00 S/Cot 155,00 Pérola 9 – 9 S/Cot S/Cot S/Cot 155,00 S/Cot 155,00 S/Cot 150,00 S/Cot 150,00 Bola Cheia/ Pérola 8,5 – 8 S/Cot S/Cot S/Cot 145,00 S/Cot 145,00 S/Cot 145,00 S/Cot S/Cot Pérola/ Bola Cheia 8 – 8 S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot Pérola/Bola Cheia 7 – 7 S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot Pérola/Bola Cheia 6 – 7 S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot Pérola/Bola Cheia 5 – 7 S/Cot S/Cot S/Cot 65,00 S/Cot 65,00 S/Cot 65,00 S/Cot S/Cot
Mercado brasileiro de carne suína com a demanda interna aquecida juntamente com os bons resultados nas exportações, a disponibilidade interna do produto vem diminuindo, dando espaço para novas altas. As exportações no mês de agosto (somando in natura e industrializados), atingiram o volume total de 48,2 mil toneladas e renderam ao país US$ 113,2 milhões.
Informações do mercado agropecuário
Os valores dos contratos futuros de milho nos EUA subiram na bolsa de Chicago nesta quinta-feira, atingindo uma máxima de uma semana, por expectativas de que o USDA corte suas estimativas para a colheita norte-americana em relatórios altamente aguardado para esta sexta-feira (11/09). Analistas esperam que o departamento americano, nos relatórios mensais, corte as projeções de produção e produtividade do milho ante ao relatório de agosto, por causa do tempo desfavorável, incluindo condições climáticas quentes e secas em partes do Meio Oeste dos EUA. Operadores estavam ajustando posições antes dos relatórios do USDA, conforme os resultados iniciais da colheita indicaram que a produtividade do milho nos EUA está mais baixa que o esperado e, em parte de Illinois e Indiana, as produtividades estão abaixo dos recordes do ano passado.
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerrou as operações com trigo desta sexta-feira com preços mais altos. O mercado foi sustentado por um movimento de compras especulativas, levando em conta a perspectiva de uma possível queda na produção global de trigo frente ao ano passado. Relatório divulgado hoje pelo Sistema de Informação do Mercado Agrícola (AMIS), órgão do G-20 para divulgar dados de oferta e demanda das principais commodities globais, previu que a produção mundial de trigo em 2015/16 deverá totalizar 728 milhões de toneladas, contra 733 milhões do ano anterior. Os investidores também estão em compasso de espera para o relatório de oferta e demanda de setembro do USDA, que será divulgado nesta sexta-feira (11/09).
Suínos
Milho
Trigo
O mercado brasileiro de trigo apresenta um cenário deelevação na liquidez com a entrada do produto de safra nova proveniente do estado do Paraná, onde 5% da produção paranaense estimada para esta temporada já foi comercializada de forma antecipada. Atualmente os produtores que tem ofertado o cereal no mercado são aqueles que têm necessidade imediata de venda, enquanto os restantes aguardam preços mais atrativos para negociar, visto que o dólar valorizado frente ao real está elevando as paridades de importação e com isso aumentando o espaço para elevação das cotações internas. Já o lado da indústria segue com pouco interesse de compra, mesmo com a iminência de elevação nos preços apesar da pressão baixista da entrada de safra, ocorrendo basicamente devido a moinhos bem abastecidos.
No Brasil, a escalada do dólar frente a moeda brasileira associada a valorização da commodity no cenário internacional repercutiram de forma positiva na formação dos preços internos ao mesmo tempo que favorece a movimentação dos negócios. A combinação de excedente interno e preços competitivos tem favorecido o crescimento paulatino das exportações nacionais. De acordo com dados da Secex, em setembro, o embarque médio diário de milho brasileiro já está 50% superior ao mês passado e 30% acima do desempenho de igual período de 2014. Segundo o relatório de line-up nas zonas portuários, já existem mais de 5,4 milhões de toneladas para ser despachada durante setembro e início de outubro. No mercado doméstico, os preços também seguem em alta. Na média de todas as regiões do país, houve alta no mercado de lotes, sobretudo com a retomada dos negócios por parte dos compradores nacionais que atuam no setor de proteína animal.
No acumulado dos oito meses do ano foram exportados o volume total de 328,9 mil toneladas, aumento de 4,38% se comparado a igual período do ano passado. No mercado paulista compradores anteciparam seus pedidos a fim de atender o movimento maior do consumidor no final de semana, por conta da oferta mais equilibrada contra uma demanda mais aquecida, isso deu suporte para novos reajustes.
Soja
Informações do mercado agropecuário
Leite
Os contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago terminaram a sessão desta quinta-feira com pequenas variações positivas com ajustes de posições antes do relatório mensal do USDA. O caráter técnico do dia ainda é forjado pelas incertezas e falta de unanimidade entre os agentes dos prováveis números que o departamento norteamericano apresentará nesta sexta-feira (11/09). Embora haja especulações de cortes nas previsões de colheita norte-americana de soja e nos estoques de passagem, ainda paira a possibilidade de supressas ao mesmo tempo em que os operadores seguem atentos ao humor dos mercados financeiros com foco na China. Mas, resumidamente, a chegada da colheita promovendo um aumento da oferta do grão ainda exercerá pressão sazonal, dependendo de uma resposta mais consistente da demanda pelo produto norte-americano. No Brasil, a forte valorização do dólar frente a moeda nacional associada a firmeza dos preços internacionais do grão favoreceram novos movimentos de alta nas indicações de compra no mercado físico nesta quinta-feira.
Soja
A balança comercial de produtos lácteos teve um déficit de 1.900 toneladas em agosto, aumento de 39% no déficit em relação a julho. No entanto, em dólares, a balança continuou a apresentar superávit de cerca de 4 milhões de dólares em agosto. As importações sofreram uma queda de 5,4%, em valor (de US$ 35,7 milhões para US$ 33,8 milhões), o que também ocorreu com as exportações, que caíram 14,4% esse mês (de US$44,9 milhões para US$38,4 milhões).
Novamente, o maior volume das exportações foi de leite em pó integral. No entanto, na comparação com o mês anterior, houve uma queda de cerca de 6.500 toneladas exportadas para pouco mais de 5.100 toneladas, a um preço médio de US$5.832/ton. Outras 300 toneladas de leite em pó também foram exportadas para a Venezuela. No agregado, os leites em pó foram responsáveis por 82,6% do valor exportado em agosto (US$31,8 milhões do total de US$ 38,4 milhões exportados em lácteos). Nas importações, houve queda expressiva do volume importado de leite em pó integral: -39%, saindo de quase 5.000 toneladas em julho para pouco mais de 3.000 toneladas em agosto. Já o leite em pó desnatado teve aumento de 11,5% no volume importado, chegando a, aproximadamente, 2 mil toneladas.
Informativo Capal | Edição 36 | 11/setembro/2015
Além da paridade positiva, a redução nas disponibilidades de lotes remanescentes com o avanço do período de entressafra endossada pela retração vendedora, e as firmes demandas externa e interna continuaram a favorecer a trajetória de valorização do grão. Com mais de 80% da oferta de soja da safra 2014/15 comercializada, os vendedores que ainda detêm volumes negociam apenas pontualmente, apostando em preços mais firmes, sobretudo no comportamento cambial com o agravamento da crise nacional. O baixo estoque brasileiro se deve principalmente à firme demanda para exportação e o ritmo que os embarques ganharam nesta reta final de 2015 para o complexo soja. Vale ressaltar que a produção nacional de biodiesel segue elevado ao mesmo tempo em que o processamento de soja no país bate novos recordes e aumenta a necessidade de os compradores nacionais garantirem estoques.
Os queijos foram os produtos com maior valor importado em agosto (US$ 10,3 milhões, alta de 15,5% sobre julho), com destaque para as importações de queijo muçarela que apresentaram alta de 39% sobre julho, chegando a 1.300 toneladas
As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente do Uruguai (58,9%), seguido por Argentina (41,1%). Neste mês, as importações provenientes do Uruguai e da Argentina se mantiveram estáveis se comparadas ao mês anterior. Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 78,5 milhões de litros em agosto, queda de 5,4% em relação a julho. Na mesma direção, as exportações em equivalente-leite tiveram baixa de 13,2%, totalizando 61,2 milhões de litros.
De janeiro a agosto deste ano, o déficit acumulado da balança comercial de lácteos em equivalente-leite é de cerca de 375,7 milhões de litros, bem acima do déficit apresentado ao longo do ano inteiro de 2014, que foi de 159 milhões de litros.
