Escola de Saúde Curso de Psicologia
Relatório de Pesquisa Trabalho de Conclusão de Curso
INTENSIDADE DO AMOR E AJUSTAMENTO NA CONJUGALIDADE
Fernanda Cunha Mendes
Passo Fundo 2017
FERNANDA CUNHA MENDES
INTENSIDADE DO AMOR E AJUSTAMENTO NA CONJUGALIDADE
Relatório de Pesquisa apresentado pela Acadêmica de Psicologia Fernanda Cunha Mendes, da Faculdade Meridional – IMED, como requisito para desenvolver o Trabalho de Conclusão de Curso, indispensável para a obtenção de grau de Bacharel em Psicologia.
Orientadora: Prof.ª Me. Susana König Luz
Passo Fundo 2017
FERNANDA CUNHA MENDES
INTENSIDADE DO AMOR E AJUSTAMENTO NA CONJUGALIDADE
Relatório de Pesquisa apresentado pela Acadêmica de Psicologia Fernanda Cunha Mendes, da Faculdade Meridional – IMED, como requisito para desenvolver o Trabalho de Conclusão de Curso, indispensável para a obtenção de grau de Bacharel em Psicologia.
Aprovado em: 29 de novembro de 2017.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________ Prof.a Dra. Cláudia Mara Bosetto Cenci
Faculdade Meridional – IMED, Brasil
______________________________________________________ Prof.a Me. Icaro Bonamigo Gaspodini
Faculdade Meridional – IMED, Brasil
______________________________________________________ Prof.a Me. Susana König Luz
Faculdade Meridional – IMED, Brasil
Passo Fundo 2017
Resumo
Este estudo teve como objetivo identificar a intensidade do amor e o ajustamento conjugal em indivíduos que se encontram casados oficialmente ou em uma união estável. Participaram do estudo 100 sujeitos, sendo 86 (86%) mulheres. O estudo foi realizado de forma on-line, utilizando-se um Questionário Sociodemográfico, a Escala de Amor e a Escala de Ajustamento Diádico. Os resultados apontaram que o amor se correlacionou de forma positiva com as variáveis satisfação e coesão, sendo assim quanto maior a intensidade do amor maior a satisfação e a coesão que os indivíduos percebem do seu relacionamento. E se correlacionou de forma negativa com as variáveis expressão do afeto e consenso, ou seja, para esta amostra quanto maior a intensidade do amor menor a expressão do afeto e o consenso na conjugalidade.
Abstract
This Project had as its objective indentifying the intensity of love and conjugal adjustment in individuals who are oficially married or in a stable union. One hundred people participated in the study, out of which 86 (86%) were women. The research was realized online, using a Socio-demographic Questionnaire, the Love Scale and the Dyadic Adjustment Scale. The results showed that love was correlated in a positive way with the satisfaction and cohesion variables, therefore the greater the intensity of love, the greater the satisfaction and cohesion that individuals perceive in their relationship. And it was negatively correlated with the variables of affection and consensus, that is, for this sample, the higher the intensity of love, the lower the expression of affection and the consensus in conjugality.
Sumário Introdução ... 7 Método ... 11 Delineamento ... 11 Participantes ... 11 Instrumentos ... 12
Procedimentos para coleta de dados... 13
Procedimentos éticos ... 14
Procedimentos para análise dos dados ... 14
Resultados ... 15
Discussão ... 16
Considerações finais ... 18
Referências ... 19
Apêndice A Questionário sociodemográfico ... 21
Apêndice B Escala de Amor (EA) ... 22
Apêndice C Escala de Ajustamento Diádico ... 25
Apêndice D Parecer consubstanciado de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa ... 29
Introdução
Ao longo da história o amor vem sendo um dos sentimentos mais procurado, declamado e desejado. Tem sido motivo de felicidade humana ou de tristezas, sendo visto como a razão para viver ou sofrer (Oltramari, 2009). O amor é o sentimento que humaniza as relações interpessoais, fazendo com que uma pessoa abra espaço na sua individualidade para ter o outro junto a si. Traz ainda o sentido da existência do ser, sendo desta forma essencial para a realização e a plenitude das pessoas que devem criar condições para que o amor cresça e se fortaleça (Braz, 2005).
O amor está presente em diversas áreas do conhecimento humano, levantando diferentes questionamentos sobre o seu significado, porém não há um único conceito que o defina (Karwowski-Marques, 2008). A Psicologia Positiva (PP) traz como foco de seus estudos as forças que os indivíduos possuem, ao invés de se deter nas suas fraquezas, através do estudo das emoções positivas. Uma das forças estudadas pela PP é o amor que, segundo Peterson e Seligman (2004) assume três formas distintas. O amor da criança para com seus pais, o amor de um pai para com seu filho e o amor que envolve o desejo apaixonado.
Na época vitoriana o amor não era uma experiência espontânea que levava ao início das relações e sim um acordo por conveniência entre famílias, julgando-se que o amor se desenvolveria com os anos de relação após o casamento. Nas últimas gerações o amor romântico ganhou força e se tornou universal no Ocidente. Nos Estados Unidos a grande maioria das pessoas busca o amor romântico obtido nas experiências pessoais e que levará ao casamento (Fromm, 1956).
Encontrar um parceiro romântico é um desejo de homens e mulheres, independente do contexto econômico, social e histórico em que se viva, visto que é através das relações
interpessoais que se vivem as emoções mais fortes, como o prazer decorrente do amor (Karwowski-Marques, 2008). Após iniciar um relacionamento o par conjugal abrirá mão de
aspectos de sua individualidade para formar a conjugalidade do casal. Segundo a teoria sistêmica a formação da conjugalidade é um processo complexo que envolve contextos e níveis de relacionamento que resultam em uma relação ativa e estável (Féres-Carneiro & Neto, 2010).
Ao se envolverem romanticamente as pessoas buscam a manutenção do seu relacionamento que é influenciado por algumas motivações as quais levam os cônjuges a tomarem certas decisões que estão relacionadas com a satisfação do indivíduo em vivenciar a conjugalidade. O que ocorre à medida que a avaliação do relacionamento atende as
expectativas e os desejos que a pessoa tem sobre o seu parceiro (Andrade, Garcia, & Cano, 2009).
O ajustamento dos cônjuges sofre constantes mudanças no decorrer do
relacionamento, o que possibilita avaliá-lo em qualquer tempo da conjugalidade, ponderando se o casal encontra-se bem-ajustado ou desajustado. Ele é determinado pelo nível das
diferenças que causam incômodo para o casal, das tensões vivenciadas por eles, da ansiedade sentida, da satisfação percebida pelos cônjuges, da coesão e do consenso sobre questões relevantes para o funcionamento do relacionamento (Hernandez, 2008).
O consenso e a coesão estão relacionados com o ajustamento conjugal dos parceiros. O consenso é composto por questões familiares, valores considerados importantes para os cônjuges, quantidade de tempo que o casal passa junto, forma de se relacionar com parentes e relacionamentos sociais. Sendo assim, o consenso na conjugalidade implica na concordância do casal referente as decisões importantes a serem tomadas. A coesão está ligada com o sentimento de conexão e intimidade apresentado pelos parceiros, a proximidade percebida por eles, havendo um compromisso de comprometimento com a relação (Scorsolini-Comin & Santos, 2012).
A qualidade da conjugalidade vivenciada pelo casal é resultado de um processo dinâmico e interativo mantido pelos indivíduos. Que será consequência da avaliação que cada pessoa tem da satisfação do seu relacionamento estando relacionada com três aspectos, quais sejam: o contexto, os recursos pessoais de cada cônjuge e os processos adaptativos
(Mosmann, Wagner, & Féres-Carneiro, 2006).
A satisfação conjugal e o amor na conjugalidade são produtos de características pessoais, de encontro ao outro e de histórias de vida (Karwowski-Marques, 2008). A
conjugalidade é marcada pela necessidade emocional fazendo com que os cônjuges busquem constantemente o afeto na relação, porém não é possível dizer que haja um significado dominante do amor nas relações, mas sim várias semânticas, sobressaindo-se três componentes: a paixão, a intimidade e o compromisso (Fonseca, 2011).
Em pesquisa realizada por Rizzon, Mosmann e Wagner (2013) com uma amostra de 102 pessoas, sendo 52 do sexo masculino e 50 do sexo feminino, residentes na capital e no interior do Rio Grande do Sul, teve o objetivo de avaliar a relação entre a qualidade conjugal, que foi analisada pela satisfação e por questões sociodemográficas, e os elementos do amor de Sternberg. Para a realização da pesquisa foi aplicado a Escala Triangular do Amor de Sternberg (ETAS), versão reduzida, e a Escala de Satisfação Conjugal – The Golombok Rust Inventory of Marital State (GRIMS). Os resultados da pesquisa trouxeram que os indivíduos têm uma forma heterogênea de avaliar a satisfação no casamento, ela está relacionada com os três componentes do amor: a Paixão, a Intimidade e Decisão / Compromisso, sendo este último o mais significativo. A satisfação também apresentou correlação com a escolaridade dos indivíduos que responderam à pesquisa.
Outro estudo realizado por Scorsolini-Comin e Santos (2012) com objetivo de analisar a utilização da Escala de Ajustamento Diádico (EAD) para a avaliação da conjugalidade, foi realizado partindo da correlação entre: coesão, expressão do afeto, consenso e satisfação.
Participaram da pesquisa 106 pessoas casadas / morando juntas. Na realização do estudo os autores utilizaram o Questionário Sociodemográfico, a Escala Abipeme de Classificação Socioeconômica e a Escala de Ajustamento Diádico. A análise da pesquisa mostrou que os dados da escala se correlacionam moderadamente entre si, somente a coesão diádica está diretamente relacionada com o consenso diádico e com a expressão do afeto, sendo assim a pesquisa confirmou a utilização da escala para medir o ajustamento conjugal.
Em estudo realizado por Norgren, Souza, Kaslow, Hammerschmidt e Sharlin (2004) com 38 casais paulistas, tendo como objetivo identificar variáveis e processos relacionados a satisfação conjugal em casamentos de longa duração. Para a realização da pesquisa os autores aplicaram o questionário de informações gerais, Escala de Ajustamento Conjugal, Lista de Classificação de Problemas, Questionários de Avaliação de Estratégia de Resolução de Conflitos e Comunicação, Lista de motivos que levam o casal a permanecer juntos e Lista de componentes da satisfação conjugal. Na realização da análise dos dados da pesquisa os autores dividiram os casais em dois grupos: satisfeitos e não satisfeitos. Com a análise dos dados obtidos na comparação entre os grupos os autores trouxeram que a satisfação conjugal é maior quando o casal consegue obter formas de resolução de problemas, quando os
cônjuges têm proximidade, coesão, boa comunicação, seguirem alguma crença religiosa e estão contentes com seu status econômico.
Outra pesquisa realizada por Scorsolini-Comin e Santos (2011), que teve como objetivo analisar e comparar os domínios do ajustamento conjugal e da satisfação conjugal, utilizando para isto a correlação entre a Escala de Ajustamento Diádico (DAS) e a Escala de Satisfação Conjugal (ESC). Para a realização da pesquisa os autores aplicaram as escalas já citadas, o Questionário Sócio Demográfico e a Escala Abipeme de Classificação
Socioeconômica. Os instrumentos foram aplicados em uma amostra de 106 pessoas, casadas oficialmente, sendo que metade da amostra era do sexo feminino. Os pesquisadores
trouxeram como resultado que todos os domínios dos dois itens a serem analisados, ajustamento diádico e satisfação conjugal, mostram-se correlacionados, mesmo eles analisando diferentes aspectos da conjugalidade.
Tomando como base os pressupostos acima a presente pesquisa tem como objetivo identificar a intensidade do amor e o ajustamento conjugal em indivíduos que se encontram casados oficialmente ou em uma união estável.
Método Delineamento
Esta é uma pesquisa de cunho quantitativo com delineamento descritivo, exploratório e correlacional.
Participantes
Participaram desta pesquisa 100 sujeitos sendo que 86 (86%) eram mulheres, todos heterossexuais. A idade variou de 18 a 55 anos (M = 30,63; DP = 8,50). Quanto a situação conjugal, 31 (31%) eram casados oficialmente e 69 (69%) estavam em uma união estável / morando juntos, sendo que 86% dos participantes já havia vivenciado outro relacionamento. Quanto ao tempo de união, esse variou entre 1 e 25 anos (M = 8,71; DP = 6,57). O número de filhos variou entre 0 e 4 (M = 0,90; DP = 1,05). De todos os respondentes da amostra 84 (84%) afirmaram exercer atividades remuneradas tendo renda variando entre R$1.000,00 e R$ 3.000,00 reais. Os resultados podem ser observados na Tabela 1.
Tabela 1.
Caracterização da amostra.
Gênero Mulheres 86 86,0
Homens 14 14,0
Situação conjugal Casados oficialmente 31 31,0
Morando junto/união estável 69 69,0
União anterior Não 14 14,0
Sim 86 86,0
Escolaridade Ensino Fundamental 2 2,0
Ensino Fundamental Incompleto 1 1,0
Ensino Médio 14 14,0
Ensino Médio Incompleto 1 1,0
Ensino Técnico 2 2,0
Ensino Superior 29 29,0
Ensino Superior Incompleto 30 30,0
Pós-Graduação 21 21,0
Exerce Não 16 16,0
atividade remunerada Sim 84 84,0
Já fez terapia Não 59 59,0
Sim 41 41,0
Religião Católica 65 65,0
Evangélica 15 15,0
Espírita 9 9,0
Outra 11 11,0
Renda pessoal Até 1000 15 15,0
De 1000 a 1500 29 29,0 De 1501 a 2000 18 18,0 De 2001 a 2500 9 9,0 De 2501 a 3000 13 13,0 Acima de 3000 16 16,0 Instrumentos
Para a realização desta pesquisa foram utilizados os seguintes instrumentos:
Questionário de dados sociodemográficos: Com o objetivo de conhecer melhor os participantes como idade, escolaridade, tempo de namoro, religião, cidade, renda (Apêndice A).
Escala do Amor (EA; Luz & Noronha, 2017): Versão preliminar da Escala de Amor (Apêndice B) composta por 39 itens relativos à pergunta: “Tenho um forte compromisso com meu parceiro”. As respostas variam de 1 a 5 pontos por meio de escala tipo Likert sendo 1 = Nada, muito pouco; 2 = Pouco; 3 = Nem muito, nem pouco; 4 = Muito; 5 = Muito, em excesso. O alfa de Cronbach encontrado no estudo de validação foi de 0,94.
Escala de Ajustamento Diádico (DAS; Hernandez, 2008): A escala é composta por 32 itens (Apêndice C) possuindo quatro dimensões: consenso (13 itens), coesão (5 itens), satisfação (10 itens) e expressão do afeto (4 itens). As propriedades psicométricas, no que se refere a consistência interna da escala, encontradas no estudo de validação, foram: alfas de Cronbach de 0,86 (consenso diádico), 0,76 (satisfação diádica), 0,76 (coesão diádica) e 0,62 (expressão do afeto).
Procedimentos para coleta de dados
Após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco (Apêndice D), a pesquisadora optou por realizar a coleta de dados via internet (on-line). Segundo Fidalgo (2007), as formas efetuadas pelas tecnologias da informação e da comunicação trazem excelentes possibilidades de estratégias para coleta de dados científicos. Primeiramente foi enviado convite indicando o link da pesquisa para pessoas casadas
oficialmente ou em uma união estável.
O convite inicial foi encaminhado por conveniência, ou seja, indivíduos que a
pesquisadora tinha acesso. Foi feito através de e-mail e mensagens privadas nas redes sociais (Facebook, Skype, WhatsApp), obtendo sempre indicações sucessivas entre os participantes, snowball, que é uma forma de amostra não probabilística onde os primeiros participantes de um estudo indicam novos participantes que por sua vez indicam também outras pessoas e assim sucessivamente (Velasco & Rada, 1997).
Os indivíduos que participaram da presente pesquisa consentiram sua participação por meio do aceite do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) disponibilizado on-line (Apêndice E). Uma cópia do TCLE foi encaminhada para o endereço eletrônico
disponibilizado pelo participante. Os dados foram coletados exclusivamente pela internet (on-line), através de uma página que foi criada para este fim.
Os participantes ao acessar o link da página da pesquisa, tiveram acesso a informações sobre os objetivos da mesma, a pesquisa em si e ao TCLE, podendo escolher se desejavam participar ou não. Optando por participar da pesquisa os mesmos informaram um endereço de e-mail para o envio de uma cópia do conteúdo do TCLE. Os indivíduos que participaram da pesquisa tiveram assegurado a total liberdade para desistência a qualquer momento da pesquisa, sem qualquer prejuízo.
Procedimentos éticos
A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco (CEP/USF), pelo número CAAE: 53659916.6.0000.5514 (Apêndice D). Esta pesquisa teve embasamento na Resolução nº. 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e respeitou a conduta ética do profissional da Psicologia, considerando as resoluções do Conselho Federal de Psicologia (CFP). As informações obtidas nesta pesquisa serão arquivadas pela pesquisadora por um período de cinco anos e após este tempo os dados serão destruídos.
Procedimentos para análise dos dados
Os dados foram analisados através do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20, considerando o nível de significância de 5% (p ≤ 0,05). Foram feitas análises descritivas (médias, frequência e desvio padrão). Após foram realizadas
correlações (Pearson) entre amor e ajustamento. Foram divididos os participantes em grupos por tempo de casados e realizado teste de comparação de ANOVA.
Resultados
O ajustamento conjugal definido a partir da classificação da escala DAS indica que 35 (37,4%) dos participantes encontram-se desajustados e 66 (65,3%) ajustados. Para verificar se o amor tem implicações no ajustamento conjugal foi realizada análise de correlação de
Pearson. O amor se correlacionou significativamente com ajustamento (r = 0,359; p = 0,020), embora a relação seja fraca.
Foram, então, criados grupos por tempo de casamento, considerando que a literatura postula que os primeiros cinco anos de casamento são os mais suscetíveis a mudanças (Ríos, 2005). A partir de então, utilizou-se intervalos de cinco anos. Os grupos ficaram, assim, compostos por cônjuges com até cinco anos de casamento n = 38 (38%); 6 a 10, n = 34 (34%); 11 a 15, n = 11 (11%); 16 a 20, n = 8 (8%); 21 a 25, n = 9 (9%). Não foram encontradas diferenças significativas em nenhuma dimensão.
Ao correlacionar o amor com as variáveis consenso, satisfação, coesão e afeto encontrou-se uma correlação significativa negativa fraca em consenso (r = -0,355; p = 0,000), uma correlação significativa positiva fraca em satisfação (r = 0,337; p = 0,029), uma correlação significativa positiva fraca em coesão (r = 0,390; p = 0,000) e uma correlação significativa negativa fraca em afeto (r = -0,264; p = 0,008).
Tabela 3. Correlação das escalas.
Dimensões R Sig
Consenso -0,355 0,000
Satisfação 0,337 0,029
Coesão 0,390 0,000
Discussão
Ao analisar os resultados obtidos na presente pesquisa foi possível identificar que houve uma correlação positiva entre o amor e a coesão, que está relacionada com o comprometimento com a relação e com os sentimentos de intimidade e de proximidade vivenciados pelos cônjuges. Corroborando com estudo realizado por Norgren et al. (2004), onde os autores encontraram como resultado de sua pesquisa que o ajustamento conjugal dos casais satisfeitos está ligado ao fato deles terem auto nível de coesão, de proximidade e manifestações de afeto entre eles.
Os autores também trouxeram como resultado do seu estudo que a satisfação conjugal está relacionada a capacidade de comunicação do casal, ao ajustamento conjugal, a coesão, a capacidade dos cônjuges em resolver problemas em conjunto, a proximidade dos mesmos e a expressão do afeto. O que vem de encontro com os resultados obtidos na presente pesquisa onde o amor apresentou-se relacionado positivamente com a satisfação e a coesão do casal, porém para estes indivíduos o amor e a expressão do afeto não apresentaram correlação positiva.
A expressão do afeto que está relacionada com a concordância que os cônjuges têm quanto a demonstração de afeto e de amor no relacionamento, apresentou-se correlacionada negativamente com o amor, sendo assim para estes participantes quando maior a intensidade do amor menor a expressão do afeto vivenciada no casamento. Não foi encontrado apoio na literatura para este achado. Pode-se, com isso, hipotetizar que para os indivíduos desta
amostra as manifestações de carinho, como beijar seu companheiro todo dia, não representam intensidade de amor.
O que é oposto ao que foi encontrado em pesquisa de Scorsolini-Comin e Santos (2011) onde os autores trouxeram que para a amostra estudada por eles quanto maior a
insatisfação da díade conjugal com o casamento ou com o parceiro, menor a expressão do afeto vivenciada por eles. Os estudiosos ainda disseram que quanto mais alto for o nível de concordância dos parceiros em relação a expressão do afeto maior a possibilidade de haver uma igualdade na expressão de carinho, de afeto e do amor no casamento, sendo percebida pelos parceiros de maneira satisfatória.
Scorsolini-Comin e Santos (2012) trouxeram em estudos que indivíduos casados com maior nível de consenso diádico podem vir a ter uma conjugalidade mais harmônica,
apresentando menos conflitos entre os cônjuges, tendo relação com a qualidade vivenciada no casamento. Os autores ainda relataram que não é porque o casal apresenta um nível de
consenso alto que vai significar que eles sejam felizes, mas sim que possuem formas de adaptabilidade e flexibilidade frente a situações que possam trazer desentendimento. O que se pode relacionar com os resultados obtidos na presente pesquisa onde apresentou-se uma correlação negativa entre o nível de consenso dos indivíduos casados com a intensidade do amor.
Em pesquisa realizada por Rizzon et al. (2013), que traz que a satisfação no casamento está relacionada com os três componentes do amor: a Paixão, a Intimidade e Decisão / Compromisso o que vem ao encontro dos resultados desta pesquisa onde a satisfação conjugal apresentou uma correlação positiva com o amor, assim, para estes indivíduos quanto maior a intensidade do amor maior a satisfação vivenciada na
conjugalidade. Os autores ainda trouxeram que a conjugalidade está sendo avaliada pelos indivíduos de forma muito heterogênea e que, diante das diversas mudanças sociais e dos inevitáveis acontecimentos nodais presentes no relacionamento, os cônjuges podem vir a avaliar a sua conjugalidade mais pela sua estabilidade do que pelo nível de gratificação que ela vem a proporcionar para o indivíduo.
Considerações finais
O presente estudo teve como objetivo identificar a intensidade do amor e o
ajustamento conjugal em indivíduos que se encontram casados oficialmente ou em uma união estável. O ajustamento conjugal foi analisado pelos domínios consenso, satisfação, expressão do afeto e coesão. Os resultados obtidos mostraram que para esta amostra o amor está
correlacionado positivamente com a satisfação percebida pelos cônjuges e com a coesão que eles têm na relação, sendo assim quanto maior a satisfação conjugal e a coesão, maior a intensidade do amor no casamento.
Porém o amor mostrou-se correlacionado negativamente com o consenso e com a expressão do afeto, significando que para a amostra que a pesquisa foi aplicada, quanto maior a intensidade do amor no casamento, menor o consenso e a expressão do afeto que os
indivíduos percebem ter na sua conjugalidade.
Como limitações para a realização do presente estudo, foi identificado o pouco número de pessoas do sexo masculino que responderam à pesquisa. Sugere-se que seja continuado a pesquisa com maior número de participantes de ambos os sexos, obtendo uma igualdade entre o número de homens e mulheres na amostra.
Referências
Andrade, A. L., Garcia, A., & Cano, D. S. (2009). Preditores da satisfação conjugal em relacionamentos românticos. Psicologia: Teoria e Prática, 11(3), 143-156.
Braz, A. L. N. (2005). Origem e significado do amor na mitologia greco-romana. Estudos de Psicologia, 22(1), 63-75.doi:10.1590/s0103-166x2005000100008
Féres-Carneiro, T., & Neto, O. D. (2010). Construção e dissolução da conjugalidade: Padrões relacionais. Paideia, 20(46), 269-278. doi:10.1590/s0103-863x2010000200014
Fidalgo, A. (2007). Data Mining e um novo jornalismo de investigação. In S. Barbosa (Org.), Jornalismo Digital de Terceira Geração (pp. 155-168). Covilhã, Portugal: Lambcom. Fonseca, S. R. A. da. (2011). Do namoro ao casamento: Histórias que se constroem -
Exploração de significados, expectativas, conflito e amor (Dissertação de Mestrado). Universidade do Porto, Porto, Portugal. Recuperado em 12 de outubro de 2017, de https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/57447/2/29680.pdf
Fromm, E. (1956). A arte de amar. São Paulo, SP: Martins Fontes.
Hernandez, J. A. E. (2008). Avaliação estrutural da Escala de Ajustamento Diádico. Psicologia em Estudo, 13(3), 593-601. doi:10.1590/s1413-73722008000300021 Karwowski-Marques, A. P. M. (2008). Percepção sobre o amor, a qualidade e a satisfação
com o relacionamento em casais (Dissertação de Mestrado). Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil. Recuperado em 23 de setembro de 2017, de http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/2881
Luz, S. K., & Noronha, A. P. P. (2017). Versão preliminar da Escala do Amor (Relatório técnico não publicado).
Mosmann, C., Wagner, A., & Féres-Carneiro, T. (2006). Qualidade conjugal: Mapeando conceitos. Paideia, 16(35), 315-325. doi:10.1590/s0103-863x2006000300003
Norgren, M. B. P., Souza, R. M., Kaslow, F., Hammerschmidt, H., & Sharlin, S. A. (2004). Satisfação conjugal em casamentos de longa duração: Uma construção possível. Estudos de Psicologia, 9(3), 575-584. doi:10.1590/s1413-294x2004000300020
Oltramari, L. C. (2009). Amor e conjugalidade na contemporaneidade: Uma revisão de literatura. Psicologia em Estudo, 14(4), 669-677.
doi:10.1590/s1413-73722009000400007
Peterson, C., & Seligman, M. E. P. (2004). Character strengths and virtues: A classification and handbook. New York, US: Oxford University Press.
Ríos, G. J. A. (2005). Los ciclos vitales de la família y la pareja: Crisis u oportunidades?. Madrid, España: Editorial CCS.
Rizzon, A. L. C., Mosmann, C. P., & Wagner, A. (2013). A qualidade conjugal e os elementos do amor: Um estudo correlacional. Contextos Clínicos, 6(1), 41-49. doi:10.4013/ctc.2013.61.05
Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. dos. (2011). Ajustamento diádico e satisfação
conjugal: Correlações entre os domínios de duas escalas de avaliação da conjugalidade. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24(3), 439-447. doi:10.1590/S0102-79722011000300007 Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. dos. (2012). Ajustamento diádico e conjugalidade:
Avaliação do bem-estar no casamento. Journal of Human Growth and Development, 22(3), 367-372. doi:10.7322/jhgd.46708
Velasco, H., & Rada, Á. D. (1997). La lógica de la investigación etnográfica: Un modelo de trabajo para etnógrafos de la escuela. Valladolid, España: Editorial Trotta.
Apêndice A
Questionário sociodemográfico
Nossa pesquisa busca compreender como os casais se comunicam. Não há respostas certas ou erradas. Por favor, seja sincera, tuas respostas são muito importantes para nós. Tuas opiniões ficarão em sigilo.
1. Você é maior de 18 anos e aceita participar desta pesquisa. ( )sim ( )não
2. Situação conjugal: ( ) Casado(a) oficialmente ( ) Morando juntos/união estável 3. Há quanto tempo tu estás com o atual companheiro (a)?__________________________ 4. Tu já foste casada ou viveu como casal anteriormente?
( ) Não ( ) Sim. Tempo de união: _________ 5. Escolaridade:
( ) Ensino Fundamental- 1º Grau ( ) Ensino Fundamental -1º Grau incompleto ( ) Ensino Médio - 2º Grau ( ) Ensino Médio - 2º Grau incompleto ( ) Ensino Superior – Graduação ( ) Ensino Superior - Graduação incompleta ( ) Ensino Técnico ( ) Pós-graduação
( ) Sem escolaridade
6. Tu trabalhas fora? ( ) Sim ( ) Não
7. Quantas horas por dia, aproximadamente, tu trabalhas? ___________________ 8. Número de filhos: ________
9. Idade dos filhos:_________ 10. Sexo dos filhos:_________
11. Para fins de pesquisa, por favor, marque qual a tua renda pessoal:_____________ 12. Tu já fizeste algum tipo de psicoterapia?
( ) Não ( ) Sim Qual? ( ) Individual ( ) Casal ( ) Família ( ) Grupo Qual o motivo principal para a busca de terapia?___________________________ _________________________________________________________________ 13. Qual a tua religião? ( ) Católica ( ) Evangélica ( ) Espirita ( )Outra. 14. O quanto tu te consideras praticante?
Apêndice B Escala de Amor (EA)
Susana König Luz Ana Paula Porto Noronha
Você encontrará a seguir afirmações que podem dizer respeito ao seu relacionamento. Por favor, leia cada uma com atenção e marque com um X a resposta que melhor descreve a sua concordância.
Afirmativas Disc or d o tot alme n te Disc or d o p ar cial m en te Não con cor d o, n em d iscor d o Concor d o p ar cial m en te Concor d o tot alme n te
1. Tenho um forte compromisso com meu parceiro
2. Percebo quando meu parceiro (a) está chateado (a)
3. Tenho muito desejo pelo meu parceiro (a)
4. Quando sei que irei magoar meu parceiro (a), tenho cuidado para falar o que penso
5. Gosto das fantasias sexuais que tenho com meu parceiro (a)
6. Aceito meu parceiro (a) do jeito que ele (ela) é
7. Me sinto responsável pelo bem-estar de meu parceiro (a)
8. Abriria mão de ascensão profissional, se isso interferisse positivamente em minha relação com meu parceiro (a)
9. Sou muito satisfeito (a) sexualmente com minha parceira (o)
10. Valorizo muito a opinião de meu parceiro (a)
11. Sinto muita atração física pelo meu parceiro (a)
12. Tenho uma relação sólida com meu parceiro (a)
13. Divido minhas coisas com meu parceiro (a)
Afirmativas Disc or d o tot alme n te Disc or d o p ar cial m en te Não con cor d o, n em d iscor d o Concor d o p ar cial m en te Concor d o tot alme n te
14. Acredito no apoio de meu parceiro (a) em relação a mim
15. Sou fiel ao meu parceiro (a) 16. Me arrumo pensando em chamar a atenção do meu parceiro (a)
17. Deixaria de fazer um projeto pessoal para agradar meu parceiro (a) 18. Tenho vontade de ter relações sexuais com meu parceiro (a) várias vezes ao dia
19. Quando estou apaixonado (a), fico empolgado (a).
20. Meu parceiro (a) sempre pergunta minha opinião sobre os assuntos de seu interesse
21. Respeito a opinião de meu parceiro (a) mesmo que eu não concorde
22. Consigo perceber quando meu parceiro (a) está com problemas
23. Me apaixonei pelo meu parceiro (a) assim que o vi.
24. Penso em meu parceiro (a) várias horas por dia
25. Quando assisto cenas de um filme romântico, penso em meu parceiro (a) 26. Na relação com meu parceiro (a), existe algo mágico
27. Divido meus planos de vida com meu parceiro (a)
28. Sou muito apaixonada (o) pelo meu parceiro (a)
29. Tenho certeza de meu amor pelo meu parceiro
30. Não me importaria em compartilhar meus bens com meu parceiro (a)
31. A relação com meu parceiro (a) foi uma das melhores decisões da minha vida
32. Espero admirar meu parceiro (a) por toda vida
33. Me esforço para manter meu relacionamento
Afirmativas Disc or d o tot alme n te Disc or d o p ar cial m en te Não con cor d o, n em d iscor d o Concor d o p ar cial m en te Concor d o tot alme n te
34. Escolho não ter relações sexuais com outras pessoas
35. Compartilho com meu parceiro (a) minhas intimidades
36. Gostaria de manter a relação com meu parceiro (a) por muito tempo 37. Ajudo meu parceiro (a) a cuidar de sua saúde
38. Em momentos de necessidade meu parceiro (a) pode contar com meu apoio 39. Peço a opinião do meu parceiro (a) quando sinto necessidade
Apêndice C
Escala de Ajustamento Diádico Hernandez (2008)
A maioria das pessoas tem discordâncias em seus relacionamentos. Por favor, indique a seguir o grau aproximado de concordância ou discordância entre tu e teu companheiro da seguinte lista colocando um X. Coloque um X em apenas uma resposta por questão.
C onc orda mos se mpre C onc orda mos a maior ia da s ve ze s Disc orda mos oc asionalm ente Disc orda mos fr eque nt emente Disc orda mos a maior ia do tempo Disc orda mos se mpre
1. Administração das finanças da família 2. Assuntos de recreação 3. Assuntos religiosos 4. Demonstração de afeição 5. Amigos 6. Relações sexuais 7. Comportamento correto ou apropriado 8. Filosofia de vida
9. Em relação e negócios com parentes
10. Propósitos, metas e coisas importantes
11. Quantidade de tempo gasto 12. Tomadas de decisões importantes
13. Tarefas domésticas
14. Atividades e tempos de lazer 15. Decisões profissionais
Para cada item da lista a seguir (Escolha 1 número para cada afirmativa). Pense com que frequência ocorre os eventos abaixo e marque o número que melhor expressa a sua percepção:
23. Tu beijas o teu companheiro? (circule um número)
4 3 2 1 0
Todos os dias Quase todos os dias
Ocasionalmente Raramente Nunca
24. Tu e teu companheiro se envolvem em atividades extra-familiares juntos? (circule um número)
4 3 2 1 0
Em todas elas Na maioria delas Em algumas delas Em muito poucas delas Em nenhuma Nunc a (0 ) R ara mente (1 ) Oc asionalm ente (2) F re que nteme nte (3) A ma ior pa rte do tempo (4) O te mpo t odo (5) 16. Conversam ou consideram divórcio, separação ou término do relacionamento?
17. Com que frequência vocês deixam a casa para espairecer depois de uma briga?
18. Com que frequência tu pensas que as coisas entre tu e teu
companheiro estão indo bem? 19. Com que frequência tu fazes confidências a teu companheiro? 20. Com que frequência tu te arrependes de ter se casado (ou estar morando juntos)?
21. Com que frequência vocês brigam?
22. Com que frequência vocês “dão nos nervos” um do outro?
Com que frequência tu dirias que os eventos a seguir ocorrem entre tu e teu companheiro? (Marque um número)
Há algumas coisas sobre as quais os casais às vezes discordam. Indique se os itens abaixo causaram diferença de opiniões ou problemas em teu relacionamento durante as últimas duas semanas (circule sim ou não):
29. Estar cansado demais para sexo Sim Não
30. Não demonstrar amor Sim Não
31. Os números da tabela a seguir representam diferentes graus de felicidade, considerando todos os aspectos do teu relacionamento. Circule a opção que melhor descreve o teu relacionamento de forma geral:
0 1 2 3 4 5 6 Extremamente infeliz Moderadamente infeliz Um pouco infeliz Feliz Muito feliz Extremamente feliz Perfeito
32. Qual das alternativas abaixo melhor descreve como tu te sentes a respeito do futuro do teu relacionamento (circule apenas um item):
a. Quero desesperadamente que meu relacionamento seja bem-sucedido, e farei praticamente qualquer coisa para que isso aconteça.
b. Quero muito que meu relacionamento seja bem-sucedido e farei tudo o que puder para que isso aconteça.
c. Quero muito que meu relacionamento seja bem-sucedido e farei a minha parte para isso acontecer.
d. Seria muito bom se meu relacionamento fosse bem-sucedido, mas, não posso fazer muito mais do que estou fazendo agora para mantê-lo.
Nun ca (0) M en os d e u m a ve z p or m ês (1) Um a ou d u as ve ze s p or m ês (2) Um a ou d u as ve ze s p or se m an a (3) Um a ve z p or d ia (4) M ais fr eq u en te m en te (5)
25. Tem uma troca de ideias estimulante
26. Riem juntos
27. Conversam calmamente sobre alguma coisa
28. Trabalham juntos em um projeto
e. Seria muito bom se meu relacionamento fosse bem-sucedido, mas, recuso-me a fazer qualquer coisa a mais do que estou fazendo agora para mantê-lo.
Apêndice D
Parecer consubstanciado de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa
DADOS DO PROJETO DE PESQUISA
Título da Pesquisa: Construção e validação da escala do amor na perspectiva da psicologia positiva
Pesquisador: Susana König Luz Área Temática:
Versão: 1
CAAE: 53659916.6.0000.5514
Instituição Proponente: Universidade São Francisco-SP Patrocinador Principal: Financiamento Próprio
DADOS DO PARECER Número do Parecer: 1.447.412 Apresentação do Projeto:
Trata-se de projeto de doutorado, elaborado com base na Psicologia Positiva para a construção de um instrumento pata avaliar o amor como força de caráter. Participarão da pesquisa 360 pessoas, estudantes, com idade igual ou superior a 18 anos, ambos os sexos, de uma instituição de ensino superior (IES) privada do interior do estado do Rio Grande do Sul, casadas ou em um relacionamento afetivo há mais de um ano. Serão utilizadas a Escala de Forças de Caráter, Marcadores Reduzidos da Personalidade (MR-25), Escala de Satisfação Conjugal.
Objetivo da Pesquisa:
A pesquisa tem como objetivo construir um instrumento de avaliação do amor enquanto força de caráter, compreendido como característica do indivíduo que expressa pensamento, sentimento e ações. Serão estudadas as evidências de validade do instrumento, tanto referentes à análise interna dos itens, quanto à sua relação com outros instrumentos que avaliam construtos relacionados.
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
Não haverá riscos ou benefícios aos participantes. Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
O projeto está bem elaborado e fundamentado. A metodologia é congruente com os objetivos propostos.
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Os termos de apresentação obrigatória, a saber, autorização da instituição e o TCLE estão corretamente apresentados.
Recomendações:
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações: Sem pendências.
Considerações Finais a critério do CEP:
APÓS DISCUSSÃO EM REUNIÃO DO DIA 10/03/2016, O COLEGIADO DELIBEROU PELA APROVAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISAS.
Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:
Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situaçã
o Informações Básicas do Projeto PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_ P ROJETO_663708.pdf 16/02/201 6 16:38:12 Aceito Declaração de Instituição e Infraestrutur a Autorizsusana.pdf 16/02/201 6 16:37:17 Susan a König Luz Aceito
Folha de Rosto Folha_rosto.pdf 16/02/201
6 14:11:06 Susan a König Luz Aceito Projeto Detalhado / Brochura Investigador Projeto.docx 15/02/201 6 17:36:53 Susan a König Luz Aceito TCLE / Termos de Assentimento / Justificativa de Ausência Termo_livre.docx 15/02/201 6 17:35:26 Susan a König Luz Aceito Situação do Parecer: Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP: Não
BRAGANCA PAULISTA, 11 de Março de 2016
Apêndice E
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
O presente estudo intitulado: Amor e Satisfação Conjugal: Uma análise comparativa entre as diferentes etapas do casamento, tem como objetivo comparar a percepção do amor e a satisfação conjugal dos indivíduos em diferentes etapas da conjugalidade. O estudo está sob a responsabilidade a Prof. Mestre Susana König Luz e da acadêmica de psicologia Fernanda Cunha Mendes. Para a realização do estudo será aplicado via on-line o Questionário de dados sócios demográficos, a Escala do Amor (EA) e a Escala Ajustamento Diádico (DAS).
As informações que forem fornecidas para a pesquisa serão confidenciais e o sujeito não será identificado (a). Sua participação na pesquisa é voluntária, entende-se que a sua participação não causará nenhum desconforto psicológico e nenhum dano a sua integridade. Caso sinta algum desconforto ao realizar a pesquisa, poderá, se assim desejar, ser encaminhado para serviços de atendimento da rede pública de sua cidade ou da clínica de psicologia da Imed- SINAPSE.
Sua participação nessa pesquisa não é obrigatória, você poderá interromper a participação na pesquisa a qualquer momento, será garantida a possibilidade de receber esclarecimentos sobre qualquer dúvida relacionada a pesquisa e poderá ter acesso aos seus dados em qualquer etapa do estudo. Compreende-se que a pesquisa não terá despesa pessoal e não há compensação financeira direcionada a participação. As informações fornecidas a pesquisa serão posteriormente destruídas, os resultados da pesquisa serão divulgados, mas você terá a garantia do sigilo e da confidencialidade dos dados.
Caso você tenha dúvidas quanto ao comportamento do pesquisador ou sobre as mudanças ocorridas na pesquisa que não constam no TCLE, e caso se considerar prejudicado (a) na sua dignidade e autonomia, você poderá entrar em contato com a pesquisadora Fernanda Cunha Mendes, pelo telefone: (54) 999638038, ao Curso de Psicologia, ou também pode consultar o Comitê de Ética em Pesquisa da IMED, pelo telefone: (54) 3045-9070.
Desde já agradeço sua colaboração e caso concorde em participar da pesquisa, deverá assinar esse documento em duas vias, sendo que uma ficará com você e outra com o pesquisador.
Passo Fundo, ____ de _______________________ de 2017 ____________________________________
Assinatura do Pesquisador Responsável Fernanda Cunha Mendes