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EXMO. SR. DR. PRESIDENTE DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS

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EXMO. SR. DR. PRESIDENTE DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS

INDICAÇÃO: PEC 383/ 2014 - ART. 170 DA CONSTITUIÇÃO - ORDEM ECONÔMICA -DIREITOS HUMANOS - "CAPITALISMO HUMANISTA"

Indicante: DR. lOYCEMAR LIMA TElO

Está em tramitação a PEC 383/ 2014, de autoria de Sebastião Bala Rocha (SDD/ AP), cujo escopo é incluir a observância dos direitos humanos como princípio da ordem econômica, bem como qualificar de humanista o capitalismo aqui praticado.

Entendo que "capitalismo humanista" é um oxímoro, em razão da própria natureza de tal sistema de produção -baseado na competição e na expropriação do trabalho alheio- e que a observância dos direitos humanos, em sua forma plena, é possível apenas sobre outras bases econômicas. Todavia, se há um capitalismo em voga, é menos deletério que ao menos busque tal humanismo, tentando cumprir, minimamente que seja, o Estado Social, dimensão que é do Estado Democrático de Direito".

Posto isso, faço a presente indicação, no sentido de que, ouvida a comissão competente - a de Direito Constitucional - nos posicionemos a favor da citada PEC.

N.t.

DR.JOYCEMAR LIMA TEJO ADVOGADO

OAB/ RJ Nº 116.978

•DANTAS,Miguel Calmon. "Constitucionalismo dirigente e pós-modernidade". pp.339-340. SãoPaulo: Saraiva,2009.

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PEC 383/2014

Proposta de Emenda à Constituição

Situação: Aguardando Parecer do Relator na Comissão de Constituição e justiça e de Cidadania (CCjC) Identificação da Proposição

Autor

Sebastião Bala Rocha - SDD/AP

Apresentação 20/02/2014 Ementa

Dá nova redação ao artº. 170 da Constituição Federal.

Explicação da Ementa

Insere a observância aos direitos humanos entre os princípios que regem a ordem econômica.

Informações de Tramitação Forma de apreciação

Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

Regime de tramitação Especial

Despacho atual:

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Documentos Anexos e Referenciados

Avulsos legislação Citada Mensagens, Ofícios e

Requerimentos (O) Relatório de conferência de assinaturas

Destaques (O) Histórico de Pareceres,

Substitutivos eVotos (O) Recursos (O)

Redação Final Emendas (O)

Histórico de despachos (1)

Pareceres Aprovados ou Pendentes de Aprovação

I Comissão Parecer

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•Apresentação da Proposta de Emenda à Constituição n. 383/2014, pelos Deputados Sebastião Bala Rocha (SDD-AP) e outros, que: "Dá nova redação ao art. o 170". COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES (CCP)

•Encaminhada à publicação. publicação Inicial no OCO de 21/02/14 PÁG 154 COl 01.

20/02/2014

20/02/2014

20/02/2014 Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)

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http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop _imp;jsess ionid=9...

•Relatório de conferência de assinaturas.

26/02/2014 Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)

•À Comissão de Constituição e Justiça ede Cidadania Proposição Sujeita à Apreciação do PlenárioRegime de Tramitação: Especial

27/02/2014 COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES (CCP)

•Encaminhada à publicação. Avulso Inicial

•Encaminhada à publicação. Despacho inicial no DCDde 28/02/2014. 27/02/2014 Comissão de Constituição eJustiça ede Cidadania (CCjC)

•Recebimento pela CCJc.

17/07/2014 Comissão de Constituição eJustiça e de Cidadania (CCjC)

•Designada Relatora, Dep. Maria do Rosário (PT-RS)

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PROPOSTA

DE EMENDA

À

CONSTITUiÇÃO

N

Q

(Do Sr. SEBASTIÃO BALA ROCHA)

, DE 2013

Dá nova redação ao art. Q 170

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado

Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte

emenda ao texto constitucional:

Artigo único.

"Art. 170. A ordem econômica, sob o regime do

capitalismo humanista, fundada na valorização do

trabalho humano

e

na livre iniciativa, tem por fim

assegurar a todos existência digna, conforme os ditames

dajustiça social, observados os seguintes princípios:

x -

Observância dos direitos humanos."

JUSTIFICAÇÃO

A luta e a conquista humana por direitos atravessou a

história, e modernamente a discussão mais profunda e atual que se verifica na

Europa em crise

é

a harmonização entre a economia capitalista de mercado e

(5)

2

A Corte Europeia de Direitos Humanos no acórdão

Loizidou versus Turquia, de 1995, proclamou que os direitos humanos

fundamentais são instrumento de ordem pública.

Ainda, a Corte Europeia em importantes pronunciamentos

- Oneryildiz contra Turquia, 2004; Sporrong et Lónnroth contra Suéde, 1982;

James et ai contra Royaume-Uni, 1986; Chassagnou et ai contra France, 1999 - tem tratado o direito de propriedade como inserido nos direitos humanos.

A doutrina Europeia como se vê na obra dos Professores da Universidade Paris 11, Doutores Hennette Vauchez e Roman, na obra de

2013, Droits de l Homme et libertés fondamentales, reconhecem os direitos

humanos enquanto categoria jurídica necessária à luta contra a pobreza e a exclusão social.

Filósofos, juristas e segmentos sociais debatem a pobreza e a exclusão social como sinônimo de extrema violência, e a questão vai além do debate como mecanismo institucional, porém, não há que olvidar,

que a concretização dos direitos da humanidade passa pela positivação como instrumento de coerção para que o Estado garanta o mínimo vital para a humanidade.

Em seu primeiro documento histórico, recentemente, o Papa Francisco, com a Exortação EVANGELlI GAUDIUM, dirigiu-se aos fiéis cristãos a fim de convidá-Ios para uma nova etapa mundial, afirmando que "assim como o mandamento 'não matar' põe um limite claro para assegurar o

valor da vida humana, assim também, devemos hoje dizer 'não a uma economia da exclusão e da desigualdade social. Essa economia mata'.

Continuando, sua Santidade afirma que "sem igualdade

de oportunidades, as várias formas de agressão e de guerra encontrarão um

terreno fértil que, mais cedo ou mais tarde, há de provocar a explosão. Quando a sociedade - local nacional ou mundial - abandona na periferia uma parte de

si mesma, não há programas políticos, nem forças da ordem ou serviços secretos que possam garantir indefinidamente a tranquilidade. Isto não

acontece apenas porque a desigualdade social provoca a reação violenta de quantos são excluídos do sistema, mas porque o sistema social e econômico

é

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injusto na sua raiz. Assim como o bem tende a difundir-se, assim também o

mal consentido, que é a injustiça, tende a expandir sua força nociva e a minar, silenciosamente, as bases de qualquer sistema político e social, por mais sólido

que pareça. Se cada ação tem consequências, um mal embrenhado nas

estruturas duma sociedade sempre contém um potencial de dissolução e

morte. É o mal cristalizado nas estruturas sociais injustas, a partir do qual não

podemos esperar um futuro melhor. Estamos longe do chamado 'fim da

história', já que as condições de um desenvolvimento sustentável e pacífico ainda não estão adequadamente implantadas e realizadas".

Num plano nacional, a nossa Constituição Federal

apresenta como objetivo fundamental da República, em seu art. 30, a

construção de uma sociedade livre, justa e solidária, o desenvolvimento nacional e a erradicação da pobreza e das desigualdades sociais e regionais.

Na atualidade, o verdadeiro desafio da ordem jurídica é

dar às cláusulas gerais constitucionais os contornos necessários para que as

liberdades e o fim social previstos na ordem econômica constitucional vigente consigam compatibilizarem-se e alcançar a efetividade, ou seja, é imperativo que o conteúdo da norma constitucional seja preenchido, há um só tempo,

pelos valores da economia capitalista de mercado e da dignidade da pessoa

humana.

Partindo dessa premissa, o professor livre docente Dr. Ricardo Sayeg defende haver o imperativo constitucional de o capitalismo

brasileiro que reconhece a propriedade privada ser harmonizado com os

direitos humanos na perspectiva da função social da propriedade, de modo

que, o Brasil, embora reconheça a economia de mercado necessária ao

desenvolvimento nacional, ao mesmo tempo, não se esquece de erradicar a pobreza, bem como, as desigualdades sociais e regionais.

o

fundamento constitucional da livre inciativa é de ser

compatibilizado com a dignidade geral da população como valor indissociável

ao direito à vida, que, por sua vez, está intrinsecamente ligada ao direito de buscar melhores condições de existência, voltando-se então, para linha do direito econômico e para uma ordem social que necessariamente precisa ser efetivadora dos valores humanos, sob o risco de se afundar na fria estrutura do

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4

liberalismo econômico, e, consequentemente perpetuar a pobreza e as

desigualdades, contra os objetivos fundamentais da República.

A corrente jurídica do "Capitalismo Humanista" muito tem

se destacado na Faculdade de Direito da PUC/SP, na cadeira de Direito

Econômico, liderada pelo referido Professor Livre Docente, assim como

aplicada em vários acórdãos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e do Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região, que partindo destes preceitos,

identificou na Constituição Federal a impositividade de instituição de um regime

constitucional econômico capitalista humanista, que impõe à economia de

mercado a observância dos direitos humanos.

o

capitalismo humanista após a aludida pesquisa

realizada na PUC/SP passou a ser científica e tecnicamente reconhecido de

paradoxal para conceito consubstancial de uma categoria jurídica da ordem

econômica constitucional que está, a um só tempo, a garantir a prosperidade privada e pessoal de cada cidadão, na medida de suas potencialidades individuais; e, ainda, a assegurar igual prioridade constitucional a que todos tenham direito a níveis dignos de subsistência, isto é ao mínimo existencial, sem o que jamais serão de fato concretizados os direitos humanos.

É que, enquanto o capitalismo foi além de ser um modo

de produção, passando a abranger todos os aspectos da vida atual,

ontologicamente edificando uma sociedade capitalista, verifica-se no preâmbulo da Constituição Federal, deontologicamente, a missão de nossa

Nação em construir uma sociedade fraterna.

Assim, conquanto o regime constitucional econômico

venha a reconhecer e assegurar a propriedade privada, ainda,

concomitantemente, embora já instituído, pretende-se pela presente PEC explicitar-se, no texto magno, a ordem econômica do capitalismo humanista, de modo a afirmar que o mercado e a economia nacional estão a serviço de se atingir os referidos objetivos fundamentais da República de construir uma sociedade livre, justa e solidária, promotora do desenvolvimento nacional, que erradica a pobreza e as desigualdades sociais e regionais, nos termos do art. 3°, incisos I, 11e 111,da Constituição Federal.

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5

Enfim, que se explicite na Constituição Federal, quanto à regência da ordem econômica, o capitalismo humanista, pois, como bem assevera o ilustre Professor em sua obra "O capitalismo deve avançar no rumo de uma economia humanista de mercado, consagrando, consequentemente, uma análise humanista do Direito Econômico" (p. 176), complementando, afirma que "desenvolvidos são os países em que todo o povo está inserido na evolução política, econômica, social e cultural, conquistando acesso a níveis de vida que atendam, pelo menos, ao mínimo vital, e em que haja respeito à humanidade e ao planeta."

Sala das Sessões, em de de 2013.

(9)

Ofício n° SE-502/20 14

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Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2014.

Prezado Consócio,

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Referência

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Indicação

n° 046/2014,

de

autoria

do

Consócio Dr. Joycemar Lima Tejo, sobre "Proposta de

Emenda

Constitucional

n° 383/2014,

de autoria do

Deputado Sebastião Bala Rocha (SDD/AP). Que dá nova

redação ao art°. 170 da Constituição Federal, inserindo a

obse

r

vância aos direitos humanos entre os princípios que

regem a ordem econômica".

Comunicamos que o P

r

esidente do Instituto dos Advogados Brasileiros

decidiu submeter à Comissão de Direito Constitucional a Indicação em referência.

Lembramos que, na forma do Regimento Interno, em seu artigo 30 § 2°, o

prazo para apresentação do parecer é de 30 (trinta) dias, e que deve ser precedido de

ementa e encerrado com conclusões, em cópia impressa e, se possível, também, por

meio virtual

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Reite

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amos as expressões de estima e consideração.

Exmo

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Sr.

Dr. José Ribas Vi ra

DD. Presidente da Com

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ssão de Direito Constitucional

Rua Barão da Torre, 489 - Apto.

1

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Referências

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