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Palavras-Chave: A família ilegítima. Consequente Matrimônio. Legislação de 1847.

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A Constituição familiar e Parentesco entre Senhores e escravos na Freguesia de Nossa Senhora do Resgate das Umburanas, Século XIX.

Sandra da Silva Conceição*

Resumo: O presente artigo aborda sobre a constituição familiar entre senhores e mulheres escravas, forras e livres, que se uniram através do concubinato, sendo uma relação duradoura, legitimada pela Perfilhação dos filhos e os tempos de convivência bem como ambos sem terem nenhum vínculo afetivo e relação sexual com outra pessoa. Aborda o contexto da criação da Escritura Pública de Perfilhação e os direitos que cabem aos filhos nascidos das uniões ilícitas. O índice elevado de nascimentos dos filhos ilegítimos das relações de concubinato e amancebamento. As fontes usadas para contextualizar a constituição familiar entre senhores e mulheres cativas, forras e livres são os documentos manuscritos como a Escritura Pública de Perfilhação, Escritura Pública de Perfilhação de Reconhecimento Paterno e o inventário post-mortem. O estudo tem como lócus social a Freguesia de Nossa Senhora do Resgate das Umburanas na Província da Bahia. Os autores para embasar o estudo são, Elaine Cristina Lopes (1998), João José Reis (1987), Isabel Cristina Ferreira dos Reis (2014), Rangel Cerceau Netto (2008,2013, 2017), Adriana Dantas Reis (2010), Robert W. Slenes (1993).

Palavras-Chave: A família ilegítima. Consequente Matrimônio. Legislação de 1847.

Introdução

As famílias constituídas da união entre senhores e escravas, mulheres forras e livres, não sacramentadas pelo casamento, mas legitimadas pela Escritura Pública de Perfilhação, após o reconhecimento dos filhos, via consequente matrimônio. A filiação ilegítima denominada de natural simples é designada aos pais que podem se casar, após o nascimento do filho sem nenhum impedimento. O parentesco natural é referido ao parentesco resultante da consanguinidade, sendo o oposto ao parentesco civil. Assim também é usado a palavra extramatrimonial para se referir a pessoas que podem se casar sem nenhum impedimento, após

*Licenciada em História, pela Universidade do Estado da Bahia-UNEB em 2014, Especialização em História da Bahia, pela Universidade Estadual de Feira de Santana em 2017, Especialização em Ensino de Sociologia no Ensino Médio, pela Universidade Federal da Bahia, em 2018. Mestranda no curso Profissional em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas- PPGHISAFR, pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB.

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conviverem juntos e dessa relação resultaram em filhos, das uniões ilegítimas, ou seja, o concubinato.1

As leis que foram criadas são de suma importância para o reconhecimento paterno e a legitimação das uniões ilícitas via concubinato. A lei de 7 de janeiro de 1750 foi criada para legitimar os filhos ilegítimos espúrios das relações adulterinas, incestuosa e sacrílega.2 Nos anos de 1750, 1754, 1786 foram de grande importância para reformular outras leis e garantir direitos aos filhos ilegítimos naturais livres e os filhos ilegítimos espúrios. Para as autoridades o problema era aprovar leis que permitiam que os filhos das relações adulterinas, incestuosas e sacrílegas tivessem os mesmos direitos que os filhos ilegítimos naturais livres.

1.O histórico

1.1 Os filhos ilegítimos e suas famílias.

As relações de concubinato geraram filhos entre pessoas dos diversos segmentos sociais na sociedade Brasileira entre os séculos XVIII e XIX. Os filhos das relações ilícitas eram chamados de concubinato, por não oficializar a união por meio do matrimônio, dessa relação nasceram os filhos que foram divididos em duas categorias, filhos ilegítimos naturais livres e filhos ilegítimos espúrios, compreendem os filhos das relações do adultério, sacrílegas e incestuosas. O Problema não era os filhos ilegítimos naturais livres, mas os filhos ilegítimos espúrios, que as autoridades não queriam conceder os mesmos privilégios para ambos.

Quando os filhos procedem de pessoas que, em face de impedimento dirimentes absolutos, não podem casar-se, são qualificados de espúrios. Os espúrios, por sua vez, se um dos genitores é casado ou estão ambos, respectivamente, unidos a terceiro por matrimônio válido, denominam-se incestuosos, se existe entre os pais impedimento decorrente de parentesco em grau proibido. Quando aos primeiros, acentua-se a tendência no sentido de diferençá-los em filhos adulterinos “a patre” e filhos adulterinos e filhos adulterinos “a matre”, conforme provenham de pai ou mãe vinculados por matrimônio a terceira pessoa. A distinção tem por finalidade favorecer o filho

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ALENCAR, Ana Valderez A. N de. Os filhos nascidos fora do casamento. Revista de informação legislativa,v.10,n.39,p.187-312,jul./set.1973.p.188-189..Disponível

em http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/180711 acessado em 21 de agosto de 2020.

2FREITAS, Augusto Teixeira de. Consolidação das leis civis. prefácio de Ruy Rosado de Aguiar. - Ed. fac-sim. - Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2003. 2 V. - (Coleção história do direito brasileiro. Direito civil). 2003.p.580. Disponível em https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/496206 acessado em 20 de agosto de 2020.

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gerado dessas relações, no que tange aos seus direitos face ao genitor celibatário.3

As famílias constituídas por meio do concubinato eram visivelmente ignoradas na sociedade Brasileira, até em 1750. A lei de 7 de janeiro de 1750 concedia aos filhos das relações adulterina, sacrílega e incestuosa de terem o reconhecimento paterno. A Lei de 9 de novembro de 1754 retirava os direitos concedidos aos filhos ilegítimos espúrios, ou seja, filhos das relações adulterinas, sacrílegas e incestuosas de serem privilegiados nos inventários e testamento dos pais. Os filhos ilegítimos espúrios só poderiam ser privilegiados caso os pais não tivessem herdeiros.4

Quer concebidos na constância do casamento, quer procedentes de união ilegal apenas ilegítimos adulterinos ou incestuosos; gerados, qualquer que seja o rótulo que se lhes aponha, da União sexual do homem é da mulher, unicamente irresponsáveis pelo fato da própria geração; ao nascer, fragilíssimos, todos absolutamente incapazes de sobreviver sem o concurso de quem lhes dispensas cuidados e nutrição; sem exceção, portadores de necessidades comuns; carentes, sem exceção de aconchego na infância e apoio e orientação na juventude, os filhos por que todos são igualmente filhos têm sido tratados diferentemente pelas leis dos homens.5

A Escritura Pública de Perfilhação o corpo da mulher não é tratado apenas como objeto reprodutivo, entretanto ao analisar os documentos o corpo é simbolizado pela representatividade do companheirismo, relatado por alguns senhores ao perfilhar os filhos da relação com a escrava, “ela é minha companheira”. A documentação não silencia a figura feminina na condição de cativa, no entanto demonstra uma prestatividade que a mulher tem na condição de cativa e companheira que o senhor escolheu para constituir a família. Libertar representa uma troca de relações entre o senhor-pai e o filho da cativa, reconhecendo e tornando-o sujeito cidadão, entretanto sem os direitos concedidos pelo pai, o filho não teria

3ALENCAR, Ana Valderez A. N de. Os filhos nascidos fora do casamento. Revista de informação legislativa,v.10,n.39,p.187-312,jul./set.1973.p.188-189..Disponível

em http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/180711 acessado em 21 de agosto de 2020.

4FREITAS, Augusto Teixeira de. Consolidação das leis civis. prefácio de Ruy Rosado de Aguiar. - Ed. fac-sim. - Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2003. 2 V. - (Coleção história do direito brasileiro. Direito civil). 2003.p.580-583. Disponível em https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/496206 acessado em julho 20 de agosto de 2020.

5ALENCAR, Ana Valderez A. N de. Os filhos nascidos fora do casamento. Revista de informação legislativa,v.10,n.39,p.187-312,jul./set.1973.p.188-189..Disponível

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privilégios e honras na condição de cativo, essa “liberdade” é limitada, assim como tudo que existe associado ao cativeiro, porém ser filho lhe condicionar obter vantagens.

As leis em prol da escravidão buscam intensificar por meio legal a condição do cativo, transformando este em propriedade, em mera coisa e mercadoria, com intuito de inviabilizar a condição humana do sujeito em cativeiro.6 Para as leis do Império Brasileiro, o escravo não tem nenhum direito como cidadão, nem na vida social, política ou pública, somente na condição de liberto o escravo tem o direito como cidadão brasileiro e poderá gozar do status de cidadão.7

Uma das formas mais bem sucedidas de ascensão social para um escravo ou descendente de escravo era, sem dúvida, o reconhecimento da paternidade de filhos ilegítimos por parte de homens da elite.8

O escravo não era enxergado como ser humano, mas como propriedade, a liberdade viabilizar a condição de ser humano, com isso a mesma era crucial no processo de reconhecimento paterno, a liberdade humaniza o corpo escravizado bem como lhe concede usufruir do status de cidadão. Os pais percebem que na condição de cativos, os filhos não tinham nenhuma posição social, ao libertar do jugo da escravidão, torna-os cidadão e possa usufruir do direito concedidos pela liberdade de ter uma vida diferente longe do cativeiro.

A maioria dos egressos do cativeiro adotam nome e sobrenome diferentes para fica os mais distante possível do passado da escravidão, principalmente da atividade agrícola que desempenha como escravo, no entanto, os filhos dos senhores com as escravas, mulheres forras e livres, em sua maioria homens e mulheres foram declarados como profissão da lavoura, mas estes possuíam fazendas, escravos dentre outros bens que a liberdade pode lhe conceder, bem como o reconhecimento paterno. Enquanto, alguns escravos ao legitimar a liberdade que iria

6JÚNIOR, Wellington Castelluci. A Escravidão nas Américas: entre papéis de venda, folhas de testamentos e

promessas de liberdade (1780-1850). Bahia: ensaios de história social e ensino de história/ Organizado por Jairo

de Carvalho do Nascimento; Josivaldo Pires de Oliveira; Sérgio Armando Diniz Guerra Filho. Salvador. EDUNEB.2014. p.68.

7MALHEIRO, Agostinho Marques Perdigão. A escravidão no Brasil: ensaio histórico, jurídico, social. Parte 1ª. 3ª edição. 2 v. Petrópolis/Brasília: Vozes/INL, 1976.p.2.(Coleção Dimensões do Brasil). Disponível em

http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/174437, acessado em 14 de setembro de 2020.

8ALVES, Adriana Dantas Reis. As mulheres negras por cima. O caso de Luiza jeje. Escravidão, família e

mobilidade social – Bahia, c. 1780 –c. 1830.Tese (Doutorado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de

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ficar bem distante da escravidão, bem como praticar atividades que recordavam o passado em cativeiro.9

As leis asseguravam a propriedade escrava a partir de três dimensões básicas, dessocialização, dessexualização e despersonalização, isto garantia o direito à propriedade e evitava de o escravo reivindicar direitos.10 Então, o corpo do cativo despersonalizado dos direitos de cidadão, em todos os sentidos, até seus sentimentos, porém a Escritura Pública de Perfilhação vai garantir esses direitos que foram violados a partir das relações afetivas, familiares, sociais, através da liberdade.

As vezes o que levava muitos senhores expor seus pecados, era pôr os mesmos não terem herdeiros legítimos, no entanto de livre e espontânea vontade era exposta as relações com suas escravas, estas foram as mulheres escolhidas para constituir a família, então, a legitimação dos filhos garantiam os direitos dos mesmos tornarem herdeiros, sendo seus únicos parentes a usufruir dos bens. Com o projeto que tramitavam na Câmara dos deputados em 1846 sobre a Lei do Reconhecimento Paterno, que por sua vez, os deputados nas pessoas de Souza Franco, Mendes da Cunha e Rebouças vão garantir os direitos dos filhos ilegítimos após o reconhecimento paterno, bem como a liberdade, alimentação, educação, criação, herança, a partir da lei sancionada de nº 463, de 2 setembro de 1847.11

Um homem tiver uma só mulher como concubina, ela é considerada sua esposa, mas se tiver mais de uma concubina é considerado pelo interesse de prole, segundo o Direito Romano.12 A Lei de 9 de setembro de 1769 foi concedido tanto ao homem nobre como o peão o direito de reconhecer o filho, porém em 17 de julho de 1778 foi revogado o direito dos

9JÚNIOR, Wellington Castelluci. A Escravidão nas Américas: entre papéis de venda, folhas de testamentos

e promessas de liberdade (1780-1850). Bahia: ensaios de história social e ensino de história/ Organizado por

Jairo de Carvalho do Nascimento; Josivaldo Pires de Oliveira; Sérgio Armando Diniz Guerra Filho. Salvador. EDUNEB.2014. p.66.

10JÚNIOR, Wellington Castelluci. A Escravidão nas Américas: entre papéis de venda, folhas de testamentos

e promessas de liberdade (1780-1850). Bahia: ensaios de história social e ensino de história/ Organizado por

Jairo de Carvalho do Nascimento; Josivaldo Pires de Oliveira; Sérgio Armando Diniz Guerra Filho. Salvador. EDUNEB.2014. p.73.

11ALVES, Adriana Dantas Reis. As mulheres negras por cima. O caso de Luiza jeje. Escravidão, família e

mobilidade social – Bahia, c. 1780 –c. 1830.Tese (Doutorado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de

Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História. 2010.p.171-173; LOPES, Elaine Cristina. O Revelar

do Pecado - os Filhos Ilegítimos na São Paulo do Século XVIII. São Paulo. Annablume, 1998.p.178-179.

12PORTUGAL. Ordenações Filipinas. Código filipino, ou, Ordenações e leis do reino de Portugal: recopiladas por mandado d’el-Rey D. Filipe I / por Cândido Mendes de Almeida. – Ed. fac-sim. – Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2012.p.939. Disponível em http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/242733 acessado em 16 de setembro de 2020.

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filhos serem privilegiado como seus legítimos herdeiros.13 Em 16 de fevereiro de 1786 foi assinada a lei que autorizava os filhos ilegítimos espúrios terem os direitos a herança dos pais.

O concubinato perante a Igreja Católica era considerado um crime contra a moral pública. Foi a partir do concubinato que muitos constituíram a família, enxergado como uma família fracionada mediante a instabilidade que os sujeitos se encontravam por não ter o matrimônio oficializado. O senhor viver em concubinato com sua escrava porta adentro, em sua propriedade, e dessa relação resultar em filhos, estes procuravam os meios legais para reconhecimento dos filhos e da relação com a escrava, via consequente matrimônio.14

O preconceito explicito sobre a mulher de cor era evidente na sociedade brasileira no século XIX, com intuito de demonstrar que a mulher cativa não era capaz de constituir a família e ter relações afetiva.15 Em razão disso, os documentos nos livros de notas como a Escritura Pública de Perfilhação demonstram que os senhores mantiveram a relação e continuaram ao lado da escrava como sua esposa. O padrão da moralidade era quebrado de acordo com as decisões do próprio homem, isto, as escrituras públicas aprovam que persistência levou aprovação da união bem como aceitação na sociedade do século XIX.

Os casais aqui apresentados viviam relações consideradas ilícitas que, no entanto, foram sendo respeitadas pela sociedade em consideração ao período de convivência do casal, uma vez que ambos eram solteiros, geraram em torno de 1 a 6 filhos, e habitavam a mesma residência. Nestas circunstâncias não foi raro o homem e a mulher tomarem a decisão de formalizar e garantir a permanência da união se utilizando das Escrituras Públicas de Perfilhações.

Não é difícil compreender a manutenção da maternidade na escravidão, por um lado o sistema escravista percebia que a maternidade como uma reposição de escravos nas fazendas, do outro havia uma luta constante das famílias para que os filhos não pudessem viver as

13ALVES, Adriana Dantas Reis. As mulheres negras por cima. O caso de Luiza jeje. Escravidão, família e

mobilidade social – Bahia, c. 1780 –c. 1830.Tese (Doutorado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de

Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História. 2010.p.171-173;

14CERCEAU NETTO, Rangel. Um em casa de outro: concubinato, família e mestiçagem na comarca do Rio

das Velhas (1720-1780).São Paulo: Annablume; Belo Horizonte: PPGH/UFMG,2008.p.28-29.

15SLENES, Robert Wayne Andrew. Lares Negros, Olhares Brancos: Histórias da Família Escrava No Século XIX. In: Antonio Arantes et alii. (Org.). Colcha de Retalhos (2ª Edição). 2ed.São Paulo: Brasiliense, 1993.p.199.

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lamentações árduas do cativeiro.16 É bom ressaltar que muitas famílias, os filhos nasceram sobre o jugo da escravidão, a exemplo de Silveria a primeira filha de nome Agostinha do relacionamento com Pedro Soares Ribeiro da Fonseca, seu proprietário, em 1846 Pedro Soares Ribeiro da Fonseca libertou a filha, mas a mãe da criança ainda era sua escrava. A partir do nascimento do segundo filho, de nome Manoel com Silveria, Pedro Soares Ribeiro da Fonseca libertou mãe e filho do jugo da escravidão.17

O senhor Francisco Teles Mangabeira ao manter um relacionamento de concubinato com Maria Benedita de Jesus tivera setes filhos. Ao reconhecer os filhos legitimaram a relação via consequente matrimônio, aonde também havia a incumbência da liberdade para todos os perfilhados, inclusive Maria Benedita de Jesus. Assim foi:

[...] dito Francisco Teles de Mangabeira me foi dito perante as estas testemunhas que sendo elle solteiro e tendo copula carnal com Luiza Maria de Jesus também solteira, sem parestesco algum com ela teve sete filhos, Manoel idade 17 anos, Manoel Francisco idade 16 anos, Virissimo idade 14 anos, lorenço idade 12 anos, Maria idade 10 anos, Maria Constância idade 7 anos, Antonio idade 1 ano[...]18

Antes das Lei de nº 2.040 de setembro de 1871 conhecida como lei do ventre livre, já havia uma discussão que todo filho do senhor com sua escrava, este reconhecendo como filho havia de conceder a liberdade a mãe. Mas nem todos filhos ilegítimos que foram concebidos sobre o jugo da escravidão conseguiram receber a liberdade, tiveram que dividir as agruras da escravidão junto com seus parentes não escravo.19

A legislação oitocentista visava retardar a liberdade dos que viviam em cativeiro, sendo assim várias discussões foram levadas a Câmara dos deputados em favor dos filhos ilegítimos que nasciam em vente cativo, mas nem sempre todos que tinham nascido da relação de um senhor com a escrava de fato era reconhecido pelo pai.

16MACHADO, Maria Helena Pereira Toledo. Mulher, corpo e maternidade. Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. Lilia Moritz Schmarcz e Flávio dos Santos Gomes(org). 1ªed.São Paulo: Companhia das Letras. 2018.p.334.

17Arquivo Público Municipal de Cachoeira-Ba. Livro de nota 1839-1848. Carta de liberdade de Silveria, Agostinha e Manoel passada por Pedro Soares Ribeiro da Fonseca.1846. p.46-47.

18Arquivo Público Municipal de Cachoeira-Ba. Livro de Nota 1848-1864. Escritura Pública de Perfilhação que faz Francisco Teles Mangabeira, aos seus sete filhos.

19REIS, Isabel Cristina Ferreira dos. Vivendo entre fronteiras: escravidão e liberdade. Bahia: ensaios de

história social e ensino de história / Organizado por Jairo Carvalho do Nascimento; Josivaldo Pires de Oliveira;

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João José Reis relata que na África pré-colonial, o corpo da mulher escrava era usado para procriar, e, os filhos gerados por elas tinham todos os privilégios, embora a mãe continuasse na condição de serva, havia casos em que está só ganharia a liberdade após a morte do seu senhor.20 No Brasil escravista às vezes a escrava se tornava esposa do senhor, ganhava a liberdade e todos os privilégios que uma esposa costumava ter, a exemplo, os casais que se formaram em Nossa Senhora do Resgate das Umburanas , a exemplo do senhor Mathias da Costa e Almeida, que alforriou e casou com a ex-escrava Elena da Costa e Almeida ao tempo em que manteve mulheres escravas como concubinas.

O Tenente Manoel Alves da Anunciação que teve um filho com Maria Bernarda da Anunciação e mais 3 filhos com Josefa Maria de Jesus, todos moradores da mesma freguesia, na mesma propriedade; José de Oliveira Borges que teve 10 filhos com Maria da Anunciação dos anjos, e todos moravam na mesa residência, na sua Fazenda Capinam.21 O documento de perfilhação traz várias pistas da interação vivenciada entre senhores e escravas, mulheres forras e livres que constituíram famílias, o que ratifica que o Brasil havia não somente um modelo de família, aquele adotado como pelo casamento sacramentado pela Igreja Católica.22

Os Imperadores cristãos em Roma era contra as relações extramatrimonial, no entanto os filhos concebidos fora do casamento tiveram o direito de ter a paternidade reconhecida pelos pais. O imperador Constantino foi contra a relação extramatrimonial, por sua vez, rebaixou a condição de concubina, no entanto permaneceu que o pai tinha o direito de reconhecer o filho, porém admitiu que um homem e uma mulher vivendo sobre a relação de concubinato e sendo desimpedido poderia legitimar a união em consequente matrimônio. Declarou que o reconhecimento paterno só poderia ser feito escritura pública ou testamento.23

O Imperador Justiniano declarou que filho ilegítimo por parte do pai parente consanguíneo poderia ser o sucesso ao trono, caso o pai não tivesse herdeiro direito. Ao

20REIS, João José. “Notas sobre a escravidão na África pré-colonial”. Estudos Afro-Asiático, nº14.1987. p.6-8. 21Arquivo Público Municipal de Cachoeira-Ba. Escritura Pública de Perfilhação que passa Tenente Manoel Alves Anunciação aos filhos Antonio, Cezadia, Inancio. 1870; 21Arquivo Público Municipal de Cachoeira-Ba. Escritura Pública de Perfilhação que passa Joé Oliveira Borges Salustiano, Emília, Andrelina, Jozé, Antonio, Rossedania,Jeronima, João, Joana, Juvenal, Alcebides.1872.

22Arquivo Público Municipal de Cachoeira-Ba. Escritura Pública de Perfilhação que passa Tenente Manoel Alves Anunciação aos filhos Antonio, Cezadia, Inancio. 1870.

23ALENCAR, Ana Valderez A. N de. Os filhos nascidos fora do casamento. Revista de informação legislativa,v.10,n.39,p.187-312,jul./set.1973.p.190.Disponível

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permitir direitos semelhantes aos filhos gerados das relações de concubinato gerou a destituição familiar legal, mas tarde esse direito concedido foi retirado em razão do rebaixamento da família constituída sobre o sacramento do matrimônio.24

1.2 A importância social e política da legitimação das famílias constituídas via concubinato

As discussões das leis para beneficiar a população brasileira, bem como as famílias constituídas fora do padrão social estabelecidos pelos princípios da Igreja Católica. O período Regencial de 1831-1840, conhecido como um período conturbado devido as rebeliões e revoltas em várias províncias do Brasil, principalmente na Bahia. Mas também o período regencial foi marcado pela ampliação da legislação brasileira, leis criadas para assegurar direitos as pessoas excluídas na sociedade, inclusive os filhos nascidos fora do casamento.

Homens casados que possuíam famílias legitimas e famílias ilegítimas, dessas relações geram filhos que, por sua vez, trouxe várias discussões, em 1846 se os filhos adulterinos possuíam ou não os mesmo direitos que os filhos legítimos.25 Os filhos ilegítimos estavam presentes no contexto familiar das famílias legitimas, sendo amparados pelos disposição das leis, bem como sendo os direitos que provinha dela para ter direitos e privilégios.26

O elevado índice de nascimento de criança das relações ilícitas na sociedade Brasileira trouxe uma preocupação muito grande, principalmente para as autoridades religiosas e civil. Na década de 1840, o Câmara de deputados trouxe uma discussão de interesse social para vários seguimentos da sociedade que despertou várias discussões para efetivar leis sobre os direitos de filhos ilegítimos naquele período, em razão da constante solicitação dos pais ao procurar a justiça brasileira para legitimar o reconhecimento paterno dos filhos.

A primeira pauta na Câmara dos deputados em 1842 foi discutir sobre a situação alimentar dos filhos ilegítimos espúrios concebidos da relação adulterina, tendo como ponto de referência as leis criadas, em 7 de janeiro de 1750 que reconhecia os filhos espúrios serem reconhecidos pelos pais, a lei de 9 de novembro de 1754 concedia o direito do filho espúrio ser

24Idem, 1973.p.192.

25ALVES, Adriana Dantas Reis. As mulheres negras por cima. O caso de Luiza jeje. Escravidão, família e

mobilidade social – Bahia, c. 1780 –c. 1830. 2010.p.171.

26LOPES, Elaine Cristina. O Revelar do Pecado - os Filhos Ilegítimos na São Paulo do Século XVIII. São Paulo. Annablume.1998.p.221.

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legitimado como herdeiro e a lei de 16 de fevereiro de 1786 que ampliou os direitos dos filhos ilegítimos espúrios terem direito o reconhecimento, alimentação e ser nomeados como herdeiro em escritura pública e testamento de seus pais.

2 Justices

2.1 A Legislação brasileira e a confirmação dos direitos aos filhos ilegítimos.

O direito Canônico reconheceu que a prestação de alimentos aos filhos das relações ilícitas era um princípio de caridade, piedade e humanidade, direito este concedido a todos os filhos tanto os naturais como espúrios. Mas no século IX e X, os filhos ilegítimos espúrios considerados filhos do pecado segundo a Igreja Católica foram negados a prestação de alimentos, além disso, os filhos espúrios também não poderiam receber as ordens sacras.27

A proibição a ordem sacra, em razão de que muitos clérigos quebraram o celibato e tiveram filhos com suas servas, ou seja, escravas, mulheres forras e livres. A proibição se estendeu a todos os filhos espúrios não somente aos filhos dos clérigos. O estado também não permitiu que os filhos espúrios ilegítimos pudessem exercer nenhuma função no cargo público.28

No século XVII admitiu que as mães poderiam reconhecer os filhos, em razão de que muitos dos pai não poderia fazer tal função devido ser clérigos, mas não se obtinham de assumir a prestação a alimentação, educação e fosse filho de uma mulher cativa dava a liberdade. No século XVIII a discussão permeava em torno dos filhos ilegítimos espúrios se tinha ou não direito à alimentação. A prestação alimentação um direito concedido a todos filhos ilegítimos conforme o princípio Canônico do Cristianismo da piedade, caridade e humanidade.

No século XIX, as leis estavam bastante flexível e facilitou bastante a legitimação dos filhos ilegítimos, no entanto havia ainda um entrave sobre a flexibilização de alguns direitos aos filhos ilegítimos que nem todos poderiam receber por causa da condição de como foi concebido, se fosse da relação de concubinato sem impedimento, classificado na categoria de filho natural poderia ser considerado herdeiro legitimo ao ser reconhecido pelo pai, caso fosse filho espúrio adulterino este poderia ter alguns direitos após o reconhecimento paterno, menos

27Idem, 1973.p.194. 28Idem, 1973.p.194.

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o direito de herdeiro do pai, caso o pai não tivesse nenhum herdeiro este poderia ser legitimado herdeiro universal.29

O filho não for nascido da legitimação do casamento, concebido da relação ilícita, quer seja natural ou espúrio, a mãe tem a obrigação de alimentar o filho até 3 anos de idade. Após os 3 anos de idade, a alimentação do filho fica por responsabilidade do pai. O filho natural deve ser reconhecido por escritura pública ou testamento segundo a lei de nº 463, de 2 de setembro de 1847. Os filhos espúrios de adultério, o pai não tem obrigação para reconhecer via escritura pública para não facilitar processos escandalosos.30

O deputado Perdigão Malheiros, no discurso amparado pela lei de nº 463, de 2 de setembro de 1847, disse aos presentes na Câmara dos deputados, em 20 de setembro de 1847 que os filhos espúrios tinham os mesmos direitos amparado na lei sancionada no presente ano e mês de ter acesso a prestação de alimentos bem como ser legitimados via escritura pública ou testamento herdeiros dos seus pais. Os clérigos que quebraram o celibato também tinham o direito de reconhecer os filhos, alimentar e nomear como herdeiros dos bens adquiridos de seu trabalho.31

Considerações Final

O reconhecimento via Escritura Pública de Perfilhação dos corpos escravos na constituição familiar não foi apenas bondade das autoridades brasileiras durante o governo Imperial, mas a luta constante pelo direito de manter a família unida e a consolidação da relação afetiva que mulheres e homens de condições jurídicas diferentes enfrentaram, o preconceito social, mantiveram firme e persistindo que mesmo não sendo uma relação oficializada, todos aqueles sujeitos eram membros de uma família, o documento legal era apenas demonstrar para a sociedade a existência dessa família, porém para os membros da família já existia desde o momento que os corpos foram unidos e passaram a conviver juntos.

Os homens na condição senhor das mulheres escravas perceberam que a escravidão era apenas uma condição imposta ao corpos daquelas mulheres, mas liberta não era um corpo

29Idem, 1973.p.194.

30PORTUGAL. Ordenações Filipinas. Código filipino, ou, Ordenações e leis do reino de Portugal: recopiladas por mandado d’el-Rey D. Filipe I / por Cândido Mendes de Almeida. – Ed. fac-sim. – Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2012.p.987. Disponível em

http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/242733 acessado em 16 de setembro de 2020. 31Idem, 2012.p.987-988.

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submisso a escravidão, no entanto um corpo com direitos e vontades para se relacionar e constituir família, ser mãe, donas de seu lar, companheiras. As leis foram apenas um instrumento legal retirou estigma do crime sobre aqueles corpos que se uniram via concubinato, porém a lei garantia viver sem medo de esconder afetividade familiar que senhores e escravas, mulheres forras e livres mantinham.

Assim, como cada região o sistema escravista operava com suas especificidades, porém em cada região havia peculiaridades apenas de um lugar, assim como ocorreu em Nossa Senhora do Resgate das Umburanas no século XIX, que chamou atenção em sua particularidade foi a união entre senhores e escravas, mulheres forras livres.

São tantos casos que foram levantados na região da freguesia de Nossa Senhora do Resgate das Umburanas, mas de 20 famílias com o mesmo perfil, encontrado livros de notas através do documento de Escritura de Perfilhação. Talvez se não existisse esse documento não saberia a existência desse grupo família no Brasil.

Referências

Fontes Manuscritas

Arquivo Público Municipal de Cachoeira -Ba

Livros de Notas de Nossa Senhora do Resgate das Umburanas- 1839-1848, 1848-1864 e 1851-

Arquivo Público Municipal de Cachoeira-Ba. Livro de nota 1839-1848. Carta de liberdade de Silveira, Agostinha e Manoel passada por Pedro Soares Ribeiro da Fonseca.1846. p.46-47. Arquivo Público Municipal de Cachoeira-Ba. Livro de Nota 1848-1864. Escritura Pública de Perfilhação que faz Francisco Teles Mangabeira, aos seus sete filhos. 1856.

Arquivo Público Municipal de Cachoeira-Ba. Escritura Pública de Perfilhação que passa Tenente Manoel Alves Anunciação aos filhos Antonio, Cezadia, Inancio. 1870

Arquivo Público Municipal de Cachoeira-Ba. Escritura Pública de Perfilhação que passa Joé Oliveira Borges Salustiano, Emília, Andrelina, Jozé, Antonio, Rossedania,Jeronima, João, Joana, Juvenal, Alcebides.1872.

Bibliográfica

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