DANIEb/PARIA
A 341094
DAS NASCENTES • . 7
Há homens a abrir as mãos como livros 9 Eles trazem em nós as águas epousam-nos 10 Eles abrem a palavra 11
Do Livro do Êxodo • _ 12 ,Do Livro dos Números 13 Do Livro de Ezequiel • ' 14 Do Livro de Zacarias 16 Do Livro dos Actos dos Apóstolos 17 Do Livro do Apocalipse 18 Das Instruções de S. Columbano, Abade 19 Do Livro dos Solilóquios 1 , 20 Do Livro dos Solilóquios 2 21 Do Livro das Meditações 1 22 Do Livro das Meditações 2 • • 23 Do Livro das Meditações 3 • 24 Do Livro Primeiro da Noite Escura, de São João de Cruz 1 - 2 5 Do Livro Primeiro da Noite Escura, de São João de Cruz 2 — 26 Do Livro Primeiro da Noite Escura, de São João de Cruz 3 27 Do Livro Segundo da Noite Escura, de São João de Cruz 1 28 Do Livro Segundo da Noite Escura, de São João de Cruz 2 29 Do Livro Segundo da Noite Escura, de São João de Cruz 3 30 Do Livro Segundo da Noite Escura, de São João de Cruz 4 31
Do Livro Segundo da Noite Escura, de São João de Cruz 5 - 32 Do Manuscrito C de Santa Teresa do Menino Jesus 1 33 Do Manuscrito C de Santa Teresa do Menino Jesus 2 34 Do sacrifício de Isaac 35
DOS LÍQUIDOS 37
Quando eu era unia criança de muletas . 39 Quando vier o meio-dia e da noite só tiver uma certa semelhança 40 Quando nadei profundamente na morte • 41 Quando a embarcação lançava o seu lugar 42 Quando a tua casa se vai tornando a cesta de vime 43
DO INESGOTÁVEL . . 45
Abriu-se em ferida a cerca do teu sopro • 47 Amo-te no intenso tráfego 48 Amo-te como um planeta em rotação difusa 49 Sem outra palavra para mantimento 50 Amo-te nesta ideia nocturna da luz nas mãos 51 Amo-te na carne que tomaste do chão que aplaino . 52 Amo o caminho que estendes por dentro das minhas divisões 53 Neste lugar transitório mantém-me mendigo 54 Observei-te sabendo já que eras um homem - a cabeça • 55 Todas as minhas fontes vêm de ti v 56
E desço à verdura das tuas mãos 57 Deixo crescer o cabelo sobre os pés divinos 58 Enquanto tenho o lume corro . 59 Estou a um palmo da parede. Pergunto — se queres saber o que oiço 60 Transforma o coração na coisa desamada 6l As chagas são vivas como as guelras dos peixes 62 Consomes-te, não podes apagar-te ' 63 Escolhi a morte para ficar contigo 64 Procuro o trânsito de um homem que repousa em ti 65 Procuro o lento cimo da transformação 66
Pastagem onde o pastor descansa - 67 As nossas cabeças são como as ameias que vigiam 68
Vimos apedra vazia no interior da terra 69 Ele é o cavador e o trabalho e a vinha 70
DO SANGUE ' 7 1
Também poderia ter escrito de ter provado no deserto 73 Começa no verbo o que escrevo. A palavra .74 Trabalho a partir da existência da luz 75
Mnda não sei ouvir a lâmina ' 76 Vejo o pedreiro à chuva a abrir aquedutos para o coração . . 11 Voz pisada como o vinho 78
O sangue não carboniza os sons para que os aguarde ^ 79 Há um comboio iluminado no meu cérebro cheio de túneis e noites, 80 Escrevo do lado mais invisível das imagens 81 Estás na terra plana e o teu cabelo não ondula . 82
Ponho sete vezes a terra sobre estcríerra, sobre esta raiz afogada 83 A nuvem é noite sobre o viajante às escuras • 84 A lâmpada está no espelho e não é um rosto 85 É sob a silenciosa sombra dos sobreiros 86 Tapas as palavras sem socorro no escuro 87 A flor está poisada no lugar de florir " 88 Quero a fome de calar-me. O silêncio. Único 89 Eupeneiro o espirito e crivo o ritmo 90
DAS INÚMERAS ÁGUAS 91
Com a vara calculei a distância entre os dias 93 A criança fecha os olhos no muro • 94
Um pássaro em queda mesmo . 95 Apareço na fenda do muro 96 Sei o mês exacto por medo de perter-te 97 Como nos degraus a sombra nos olhos de Ezequias 98 Dos campos que cultivei duas sementes restaram 99
Chamavas os bois com a mão 100 Costumo poisar os dedos, tactear 101 Construo o meu casulo até as cisternas transbordarem 102 Ponho-me na toca dos bichos, nos teus olhos fechados 103 Calculo uma doença difícil e definitiva 104 Queria ter aposição dos claustros . 105 Atiro uma pedra à agua 106 A pedra na terra 107 Sento-me entre os que cantam em círculos 108 Sem o agasalho das asas 109 E multipliquem os pássaros que cantam • 110 Dou-te a minha ausência e a noite da escada " 111 A noite veloz bate a lâmpada azul contra as.casas 112
DO QUE SANGRO . 113
O que desconheço: a casa. O modo como 'a encontrei de noite 115 Entro. Conheço a minha casa. É mansa 116 Corro tal como os bichos quando as ervas nascem 117 A casa abre fendas dos pés à cabeça . 118 Quem me dera adormecer em frente do teu sono quem me dera 119 A mulher muitas vezes avança 121 Há uma mulher a morrer sentada \11 A sombra da figueira não me lembra a sombra 123 Dai-me da água ou da resina de um ramo 124 Dizei-me em que caminho o nómada se me iguala 126 Tenho os olhos fechados para que não os enxugue ninguém 127 Ninguém mo ensinou mas descobri por mim 128 Amarro dois degraus para não subir . . 129 A árvore, uma nora de sombra 130 Já me ensinaram que o sol • 131 As águas mudam por dentro de outras águas 132 As areias, as sementes delas 133
DO CICLO DAS INTEMPÉRIES 135
Sabes, leitor, que estamos ambos na mesma página • 137 Quero dizer-te que esta magnólia não éa magnólia . • 138 Nem ela sabe por onde te conduzo agora 139 Se te puseres à escuta a magnólia pode ser uma árvore de fruto 140 Começo, pois, no alto a saciar-te. Explico-te o ciclo ' 141 O tesouro é então a magnólia segredada entre nós dois 142 Magoa ver a magnólia cair. Acredita 143 Prometo-te a palma da minha mão para a escrita 144