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PilOPlilEDAOE OE Uíí/i SOCIEDADE flliONYHA

REDACÇÃO

63-65 RUA DO OUVIDO-. 63-05

RIO D£ JANEIRO, Domingo ti dc Março dc 4897

;

O PAIZ é a folha de maior tirai,,

e de maior circulação na America do Sul

.--üiü-N^-rui-.-.

CAPITAL 24. EST.-DOS 28$

_ST_i...a-ir.o COS pou akso

NUMERO AVULSO 100 _JS.

1

r •

EDIÇÃOJDE HOJE

OITO PAGINAS

TBI.liOIY.IlT

A LOPES TROVÃO

Este esqitisso nebuloso de le-genda cellica, cujo lilão deli-cado tle amor, tão docemente balido de um luar vago de sonho c da saudade ideal dos cantos calcdnuios, foi colhido religiosamente, como um ramo sagrado de 17111, n'um desses mysticos, deliciosos lais da Brclanlia.

Um cavallciro ainda joven, enrolado em longa capa escura c montando uni ginetc alazão, descia, a galopo, por uma tarde do inverno, as pequenas colunas do Enine, pola eslrada que sue de Clialou, em direclura a Valmy.

Todo curvo sobro o arnez, açoitado pela neve, voando na aragem fria, liumc-dcccndo-lhe o manto o o Iricorne negro de plumas, dir-se-hia corrido por uma derrota nos bosques, ou avançando para alguma entrevista de amor ate ás terras de Vcrdun.

Vinha sombrio c sinistro. E seu roslo triste e pallido, onde a barba se de-senhava, toda cerrada c cm bico. em leves dós sedosos de um fino e denso ozeviche, parecia abatido e cavado por uma dor profundíssima.

lira Tristão da Ilrelanha, o conhecido paladino, que, havia mezes, errava pelos vallcs do llhcno, pousando de castello cm castclIOj de abbadia cm nbbadia,bus-cando cm vao esquecer a paixão que o consumia pela rainha dc Quimpcr, a loira e branca Yseitlt, que, aniando-o também, como louca, triste e doce como um lyrio, definhava lentamente sob o peso das saudades, n'iun torreão do seu castello junto ao mar de Coruwall.

Essa paixão ilesvouíiirosa nascera um dia, cnlre ambos, por um mysterio 1 im-previsto.

0 rei Marcii da Brclanlia (que era lio de Trislão __ que- o llzera seu valido), desejando casar-se, o enviam, uma vez dc Quimpcr, onde linha "o seu palácio, ao condado da Suabia, a pedir a mão de Yscull, lllha de Frederico dc llohenslauf-fen, celebrada cm os paizes cm YOlta pela sua formosura.

Munido de todos os poderes, bem ar-Biatlo c bem munindo, o moço cavai-leiro partiu. Dois mezes depois, para lá dolilteno, transnostus cs montes ocei-dentacs da Suabia, era recebido cm Mm, com grandes faustos rcaes. Exposta a missão em que ia, concedida a mão fla princeza, lizerain-sc os esponsaes, e, nesse mesmo dia, clle c Yscult, seguidos lc uma comitiva, tomaram o caminho He Quimpcr, cm nupclál cavalgata.

Marchando Junto?, alrnvez as florestas Cerradas c as descampadas planícies, pensando em castellos c igrejas dos condados amigos, dlr-se-liíam noivos verdadeiros, lautos os festejos o júbilos em que eram envolvidos.

Nus repousos longos e lentos da comi-liva imperial, sol) as alias naves dou1 radas ou dculm de câmaras riquíssimas) foi que o paladino bretão entrou a olhar detidamente os encantos transcendentes da bella noiva real.

'Aphysiiinoiiiin ideal dc Yscult appa-receu-íhc então em lodo o esplendor dc suas linhas, delicadas o suaves como as dc unia feilura divina. Olhando-a horas c horas, n'um cmbevccimento,-co-meçoti n amar os seus olhos, do um azul leve dc lago ; a sua boca graciosa, dc nma côr de rosiclor matinal; c a sua lasla cabellcira ondeada, caindo-lhc, ¦ como eslranho manlò de ouro, sobre as

nevadas espaduas.

Esla adoração, entretanto, era indcfl-nida e vaga, como um mixto dc respeito e meiguico, do ternura c gentileza II-dalga.

Mas, certa noile, ao deixarem nma immcnsa floresta, que ia lindar n'uma lande, onde um rio scinlilava, batido da lua cheia, ver.tendo docemente do alto o seu clarão etlicral, sequiosos pela cami-nliada da tarde, pararam, um instante, junto a um dolmen druidico, evocalivo de velhas scenas sagradas, c Yscult apeou Sobro.a rclva,_uiqiinnlo Tristão ia buscar a uma bolsa dc pclles, atacada na sellaj nm licor doce do llhcno, que estancava toda a s.de o dava um repouso A alma.

Nessa mesma bolsa, porém, a rainha Frcderica havia collocado também, de envolta com jóias raras, uni phillro ma-gíco de amor, que mandara vir da Tini-' ringin. Esse phillro, virtuoso era como nm ncclar incomparovcl e tinha a pro-priedade sobrenatural fio fazer amarem-se para amarem-sempre, e com alTcclo- impetuoso! aquelles que dello provassem. A velha cuslellã da Suabia muilo sabiamente o collocara.ali, para ser entregue ao rei Jlarcli, afim dc que eile e a lllha o be-tossem, ficando fielmente enlaçados por mutua paixão elernal.

0 joven paladino, no entanto, igno-rando aquillo, tomou do pequeno frasco do phillro, c, julgando que fosse o licor de que usava, despejou algumas gotlas tfum pequeno cálice dc ouro o deu-as a beber ã princeza, que as sorveu de um trago. Tomou, por sua vez, o licor o rc-colhen-se com Yseull sob o dolmen, ador-mecendo ambos, presos de um sonino suave. Ao alvorecer despertaram e, to-mados dc violento impulso de amor, ale ahi desconhecido, abraçaram-se c beija-ram-sc...

A comitiva, que passara a noile a guar-dnl-os junto a orla do bosque, appareceu logo, montada, Puzcrnin-sc dc novo a '

caminho, c d'ahi a semanas, por uma '

tarde dourada, chegaram ao castello de Quimpcr, onde os esperava Já, 11'un.a anciã, o poderoso rei March.

_._„___ fc-sius ..ic-b-srara-se, _____] no castello e cm todo o -o.nv.all, em honra da formosa Yscult. K o rei glorio-Bfl, que já a adorava em sonhos quando íonhe da existência dessa loura crcalura, que vivia arrebatando o coração dns ca-vallciros e bardos nas recepções rcaes da tlcrmnnia, passou a idolatral-a ideal-mente, mysticameiile, como a uma santa. Mas—ratai engano irreparável I—a da-ma celestial, sob aquelle philtro mágico, dera a sua alma a.Trislão, que, dia a dia, enlouquecia por cila, cm sua iiniiicn-'

sn adoração.

Raramente se cnconlravam 110 castello, onde Ifarcli, após os primeiros mezes, com estranha severidade, cortado de z c-los terríveis, c n'11111 delírio de paixão, fnrlava-a a todas as cerimonias da corte, fecliaiulo-n cm seus aposentos, ccrcatla dc suas damas, li só dc tempos a tem-pos permiltia-lheuma excursão ou ca-cada pelas florestas c landes, mandnn-do-a acompanhar por Tristão e porenor-me cortejo dc escudeiros c pagens, que iam como cspiOcs.

N'tmia dessas partidas, cnlanlo, os dois amantes oppressos, n'um desejo nn-guslioso c inslaiite deunirein livrcmcnlc, Êor ordantes dc saudades e sonhos, na do-dias, os sóus pobres corações, li-ans-Iorosa amargura dos isolamentos con-stsnlcs a que os contlemnava o zeloso.so-icrano—desviaram-sc da floresta'real, o, ao resoár de um hululi esluaulo, quando os escudeiros e pagens pegavam o ja.ali vencido,galop mio a toda 1 rédea., inlcr--aram-se', jubilosos, pelos tosque- do Blois, lomaudo o caminho do llhcno, cui tlirecçào a Nancy.

. 0 séquito, só muitos horas depois, deu pela ausência de ambos; cinbalde os pro-curuu pela malta; e, rebuscando atalhos c trilhos, sem que ns lograsse descobrir, mctlcu cm recolhida ao castello, sob a noite que cabia.

0 rei Jlarcli, furioso, expedi*logo nu-jaerosns escoltas a prenderem o pala-dino. Em vão, dias e semanas, bateram cilas, incessantes, os castellos c cami-nlios. Nenhum cavaileiro, nenhum mon-ge ou peregrino, lhes dava uma nova ou inicio dc Yseult o de Tristão.

Voltando a força ao castello, resolveu o rei, ellc próprio, sair em busca da cs-posa, com um grande cortejo guerreiro. --mu a pelejar inimigo. Pela estrada real «t. oriente percorreu os seus domínios c, de mosteiro cm mosteiro, foi ás terras _e Valmy, de onde tomou para o sul, -estendo ao longo do llhcno entre pi-nheirns e vinhas.

Seis mezes vagueou sem cessar sobro

sado, voltava já á Bretanha, quando, uma manhã, ao atravessar um grande bosque ao pó de Nancy, encontrou a esposa e Trislão deitados jtinlos sobre a grama, A sombra de velhos carvalhos, cobertos da llor do gui.

Agitado, c n'um furor, lembrou-se de Iraspassol-os ali com a adaga; mas tão sereno os achou, assim adormecidos sob os ramos sagrados, tendo dc permeio a espada gloriosa do paladino—que se re-tirou com respeito, os olhos humidos de lagrimas, n'uma ternura mystica.

_, mandando sair o cortejo, foi es?.-ral-os á beira do bosque, onde, algumas horas depois, todo curvo ante o rei, no-brcmcnlc c com respeito, a espada es-quecida na bainha, o cavaileiro entre-gutt-llie Yseult.

March e o séquito partiram, e Tristão da Brclanlia, para casti^ar-sc a si mesmo da deshonra infligida a seu tio, resolveu desde logo correr terras, procurando abafar aquelle amor, expiando ao mesmo tempo o seu crime.

Por isso, ali ia sob a neve, ciii caminho dc Vcrdun, correndo em aventura ã Lo-rena, que o tinha visto menino...

Durante annos c annos ahi viveu cm torneios e liças, sem poder esquecer, comtudo, a dama eleita da sua aluía, cuja imagem radiante vivia no sou espirito, prcoccupnndo-o e altrahindo-o com um poder irresistível.

Um dia, poróm, foi errar para Tini-ringia, onde se lhe deparou, uma vez, uma eastellã adorável, loura c branca, qual a rainha de Quimpcr. Chamava-se •Yscult dc Urctannc.

A esse nome, tão sagrado para o seu coração, o paladino acreditou n'uma dessas bênçãos do eco, abatendo-sc pio (losamciile sobro a sua vidaj como sobre a vida de um sanlo—o resolveu csposal-a, para acabar dc umavez com a sua grande paixão.

Ajustadas as nupeias, que se realizaram com' pompa, n'uma abbadia saxonin, Trislão foi habitar com a esposa, para um velho castello abandonado, que pos-suja n'uma praia da Bretanha,

Já enlão o rei March passara-se para Brilannia, oecupando o seu solar de Badinin, sobre uma ponta dc cabu, for-nítida dc nunhirs negros.

Mas o joven paladino não lograra apa-gar a chaninia intima do seu amor pela oulra, apezar da paixão viva da esposa; e começou a sentir, oulra vez, arder forte na sua alma o velho nlVoclo incom-paravel que tinha por Yseull, a qual, louca c vencida dc tlôr, por o não ler a seu lado, dedilhava dia a dia, banhada cm pranto continuo, n'11111 torreão do castello, ao pé das ondas revoltas.

Em vão tentara, infeliz, desfazer essa paixão: — phillro mágico da Thuringia ligara-o para sempre a Yscult, com um poder formulando 1

¦Ao lado de sua esposa, sentia-sc agora perdido, c como não podia ir a Brilannia, na outra banda da Mancha, Ia nesse Coruwall insular, adoecia pouco a pouco, consumido de saudade. Temendo mor-rcr de repente daquelle mal incurável, mandou chamar ao castello o Joven amigo Qalijj um marinheiro bretão, e, narrando-lhc 0 seu amur e doença, cn-vioii-o a Coruwall, para que' trouxesse conisigo a sua amada Yscult.

0 marujo partiu, devendo, na volta, quando avislasso a Brclanlia, arvorai' velas brancas nos mastros, para que Tristão pudesse ver desde logo que Yscull vinha a bordo; caso contrario, poróm, abriria velas negras sobre a amplidão dn oceano. ¦ •

li como a molesiia o proslrava, na:i podendo mais erguer-se, mandava que o carregassem 110 Feito para o terraço do castello, llcando ahi o dia inteiro a olhar as vastas ondas. A doso espora carinhosa collocada á cabeceira, conhecendo agora o mal, não o deixava um só instante»

üm mez d.correu, por (im, quando nma manhã, o casco psguio dc um bate! surgiu, vago 110 horizonte. E:a o barco de Oaêl.

Nesse instante, no terraço, sem forças já e a morrer, Trislão perguntava á cs-posa se avistava sobre o mar uni casco do velas brancas:

Voltada para o oceano, varada dc In» tenso ciúme, pois sabia que vinha ali a rival, que o marido mandara buscar á Brilannia, disse-lhe forto que sim: um navio eslava á visla, mas dc velas

nc-grejantos... _ . ,.

As laes palavras enganosas, Tristão fez um movimento e, n'uin ultimo des-maio dc vida, expirou.

Em pouco, u barco atracava a praia, c Yseult de Cornwall saltava precipitada-mente, correndo para o terraço onde expirara Tristão.

Agarrando-sc ao cadáver, cala dc jne-llios, como louca, o começou a beijal-o, pelos cabellos, pela face o pela irunlci Depois, n'11111.. tremura instantânea c n'uiiia grande lividcz, tirou um vidro do seio c virou-i) dc repente.

D'alli a niunientiis, beijando do novo o cadáver, caiu, vencida, a seu lado, se lhe unindo para sempre.

Virr.ilio Várzea.

«_t_2i

....cmtnH, _ ... .,-.., Motes C pi-BlCies, e, dcsillu.ido c can- _,_,___ _ cada .o_ pulor.

TELEG_.AMW.AS

¦

SERVIÇO ESPECIAL I,'Q PA.I2

líladrid, líi.

A. •—nvcln oivil pêrS-BÚO nn Cn-luluiiiiii ns curli-luSjtluuso tinham cm u-mus.

JParis, 13.

_£' opiniíio snvnl cp-o ostil im-iiiiiionto n submlwniio incondl-cioiini dn Orocin no iillimiitt-m sobro ti ov.-icmiçiio dc Orutn.

Londres, 13.

O presiclento JPnulo iCi-iiii-i', do X-nn-Viiiil, no quo rc-li-ro u iu.pv-nsit, disso cjuo «o caso do n-nurru contra n Inuli-torrn o* boers tiulitim triumplio

snrnn-tido. ,

Contou ti propósito o exemplo dns liocntombus do lg__l-i.e_ dur-mito a irueri.. ilti into-i.o_i:._" = .-. O ínnrtiite- do -.nimbar.', no ler estit» uotieinH, o::i'riu i-xpli-cncSO- cio 111'osidi'iito l£i-n_;iir. , Amnnbtj. realiza-».- om Vra. fnlí_ar-!_iiuuro um .mootins» pn-ni protestar coiitrn n politien do "tibincto nu qucMião do Oro.-.

"Vienna,

13.

_V Ini-lntorrn propo. n rcniiião uo um" c-!i.re»"" iiilernticionnl ciur.ipou purt. í-esulv-r õ c^co

tio Crotí ___

S.

~otors_>.u_*8,',«?., 13.

A l-iiK>ili» pi-opOo pnru coyor-iincioi' cio Crutii opriucipo I-obo __»..ti-ovitcli, tio do soberano do JVIoutonCi...i'0.

Iiidic-ii liutrosim n occnpnçao iuiniiMilnlu do Cnndiil pelns uran-dos poDonolni,' outranilo nn üuur-ni.110 I.OOO _uoiil«uB|»riuo».

Odc-.n, 13.

Km vni-ios pontos tln Criinoa tom bn.viili> conllictoH piit-o rus-«os «1 tu roo», ooiitiuido-so nlau-mus victinias.

l.osii:., 13. lüm çàvtn osoriptn do _A.lhòhaa o cltípuiuclô Ijurbatu cleolurun Cjno o l-__a.iti.ao etitlinsin«ino pola tiui-ri-ii uiiciuclln capital «5 linro i.rlilloio o uno n lüo opro, "imdn iiinoconcin. «lo uma conli-ITrio jjroíio-tni-ca é cutnpl-tu

mys-tiiicnoão. , i

—O ministro do Ihcsonro, piei-loaiií-o nelciyfio do «lepnttulo por yVIbtuio, utVrà-òntn prosi-nmiiiti íliiiun-oiioi iiropnn«lo.«o n ello-ot.inr o «scinllilirlo orçamentário si-m Impostos, apenas roalizaudo oconouiiits.

Coustantinopla, 13.

Omcr-iinoliii dtsclurott ouo o exercito ottomnno, no caso do cuorrn inimodiatn. Inrmnru, di-noto do inimiíto IO.» b.-,tnlli5os do ininnterln. «JO cstinadroes do ciivnllnria o OO batonas do

nrti-Ibéria. _ ' _,_,

• lio Canec, 13.

Os almirantes das esanadrn» «nrlns cm Crotn, depois do con--ecntlvns conforoncins com os eboies rebeldes em Apoyorana, conHotrnirnin «luo fossem sn-pçn. ¦ as duflultivamcnto ns üostili-dados.

New Yorl-, 13.

ISlii-r-.unii, ministro dns reine cios exteriores, n.sti.uron qne Mac-Iilnloy n»o fará, ..nerra cl Mos-piiuiia nem iinii-__r_ a il-ta de

Cuba. ¦

Nol nltimoH oombntos

hnvi-«J-OB nn ppovincin do Havixna ob

cubano, tem lido consecutivas victorias.

Seirumio OS telecrnmuiiv» pn-a nilupn-ação dos

licspn-Linin, 13.

-Tnndon-so nesta praça o Banco Intornacinnnl com o. capital do ii in milhão do sole».

Valparaiso, 13.

lCncnllnm na bnhla de Wood IlouHti, sitnnda no canal do Sm.tli, nm dos braços do ostroito do _Miii.?ulb:"u>Mf o paquete nl-lemüo «Oinnaia Os pu ti saleiros foram salvos.

*X\'i_ii sido mnltos obsoquia-dos os rapazes pnrnj_nnyoR quo viernm estudar nu lUscnlii Iilili tnr Aiinuneiu-BO próxima **vo-lnção politloa. Xrtita-1.0 dn união dos partidos .ibornl, democrata o conservador nacional.

Buenos -A-lres, 13.

Consta quo o eonornl í_avuilo substituirá o onuonheiro Villa» JNnova na pasta du __.ui.rra o ma-vinlin.

-Tom do onro, 300.

Maranlião, 13.

-Aj. bordo do poqnoto ulCspirito Saiitoi seguiu bojo para .Per-nmnbnco» ondo onib.trcarn. para a lü ull ia o õ" batalhão do iniuu-teria desta uuarnioão.

Clu^ou o nçtui so acha o 11 v. JEduardo Xüibuiro, senador pelo HlHiado db Amíizonaí.. rJ?ôm-lbe sido feitas muitas demonstra-ções do apreço,

_?araliyt>_i, 13.

IG* Inoxaoto duo n imprensa dosta cidade tenha feito silencio sobro oh «ncooHNO!. do Canados ; ao contrario, tom ineossantemeu-to condeiniiiitio o movimenineossantemeu-to.

Petropolis, 13.

O Dr. UJdwi_;es do l.Juiiii-oz pediu exoneração do cargo do cheio do policia, fe.cn pettido foi uccito pelo «overiio, qno nomeou para subsÜtáU-o o Oi*. Osíonr de JMncedi) _-onrcs,depiitiido os-tadoal.

¦ O l.)r. lil-lwlaos sorvia desde l&íOil, tninantlo coiitri dai choíin tünH antes do rebentar a revolta. Nüsmü cargo prestou relevan-to* serviço*, ií Xiepubticn, nuxi» liando o governo na íuanuteução da ordem dtlraüío o periodo tia revoinção. fe»(!u<s nerviços foram nprç.lattos polo soverno do mu-reòbal X^lorinuo^ine conferiu-lho ns honras do coronel do oxei»rito. O Ur. Macedo Mouros tomou postso o entrou linjo om oxnreleio. O tír. O-rugor, encarregado do negócios da XíusbUi, í'_í hontom pn pulado retribuir a. visita do Ur. -Maurício do Abrou, com o qual enlrotcvo animada'.o a mis. toda conversação.

fi.. JPanlo, 13.

A.manhã seguem para essa ca-pilai, onda vüt> so offerecer ao governo para tomar itrmnH o pfli*« tir paru Cmiutlos o nuudcmico alferoH X-lorae'u> XCtehl, .pio dur** nnto a revolta de setembro pro-Ntou valiosos sorviço**» na forta-loza do Santa Cruz, _L_oopoMn tio .Vliueiiln, .Tcikó I--iibino i.eilho, JMnriu Nüslui' dc Abron o

CS-n-briel XÍ.UHO.

Om ncademiens o outros rtipu-blicanoH preparam para es*-..••_ moços, primeiros put rio tas que partem ilo S. 1'anlo, sisiildoativa despedida.

Santos, 13.

Merendo do eníó i

KxlHtunola ._._0.'4_'0. Fornm vomliilns (í-t.OOO, sendo ns bases ll.-lOO iillfii-OO.

Foratu emburendns pnra ii Eu-ropa no «Simpioiiü.i l.ÜOO; no .l.nhta.i líl.-.OO; na .Tjos Alpe,:» l.^OÍ); no iO_Uiu.Sn 40CÍ opri-ra a Anici-ica no «tíaLrriioi Xi>.-5.'J^Í.

jV _.Vli'and<*!'ti rondou ato hojo l.SOQ: 850.415.

Cambio bancário sobre Lou-dres, tí.

'

-Florianópolis, 13.

Ah expciuta.. rt-.iliji.adaH hojo na matriz em homenagem úa vieti-mas <1*> tle Mastro dò Onnndoi-j oHtiveram Kolomnos o multo con-corridas. ComxiaiM.ceram o go-vornador, o coiutnandante o oíll-eialidade da guarnição o do corpo do segurança, funciona lis mo, muitas iam.lias e outras pessoa-*) do i)ovi.. Um par quo do _1° do ai-tilbaria salvou por oceasião do noto, dando aa descargas o U7D do infanteria.

I*oi*_o Al caro, IS.

Choj>on o senntlor X^inlioiro Aliieliudo, sendo .'ostivniuuutc r<!«ol>ído.

Chegando no palnoio ondo se hospedou,o illustro riogrundonse proferiu pernuto o povo quo o acompanhava patriótico o medi-tado discurso, trtjfó terminou con-citando os rei>tiblioanos ti união o resistência na luta paia a ICo-publica, contra o-t monarchistas quo surgem aqui «ob falsa ap-pareneia dei unionislns, acolti do gaspurisía***, mais além do parla-inenlnristas, mns sempro diri-gidos pelos conselheiros do todas us procedoaciaSf naudosos do império.

IToi publicado o livro do A.1* vim l^orreirn -.Contiiibo, «Mar-elui du divisão do norte», sondo pela imprensa acolhido favorn-volniPíite.

O JJr. Mnrto do Cnndln, jor-ntilislu italiano, foi ooudoranndd a dois menos do i.risão collular por injurias vorbuos contru nuia senhora.

O Di;. CastilhoR chegou hojo d ilòroscento colônia do Caxias o subornos qno apressara o sou rogrosso a XJorto jVlogrt..

Porto ___Io*_*re, 13.

Gliefion o Ur. ICmiliano lJor-nctLn, commiiÃisionado pelo go-verno tio Parnna parti collier documentos relativos ii questão de limites entro nqncllo tostado o o do Santa Oatharina.

O general reformatlo Andra-do .Neves npresentou-so no (pinviel-genernl, _ tleelnrando-so promptn u sorrnli' pnra a __uliiu cm dolosa dn Xiiipiibllca.

Jilspera-so u cada momonlo o Dr. Cnstilhos quo npr.i-.wou o sen regresso por motivo dos sue-cessas cpio tem emocionado a opiniãt> o quo se'prendera ao in-forlnnio do Canudos,

O ijonoral Plnliplr.o Mnclindo pouco so dotnornril aqui, volveu-do ao Xiio volveu-do <_f nnoiro.

_ Barbncenn, 13.

Oí-^.r».âíza-so uctuulmunto nesta cidado umn centurin do pátrio-tns pnrn defesa da 1-epublica. -Ul-mIüo inscriptos distinetos cida-daos da melhor sociedade qno of-fereeom ao governo sons sorvi-ços como forem exigidos.Aniiiiilu.

rcaliza-so na ca-mura municipal unia rio6t.no com-memora tiva, om homenagem aos li XI hv OS: quo sncctmibirnm no combate contra os Hwuast.uuli-.tuf. ianaticos.

Inscr«*varam-se como oradores o X)r. Sampaio X^orras., XJr. Josó XíonÜacio o padre .Toão X*Ío.

XCm nomo da classe medica fal-lará o Dr. Lima Castro, renden-do preito d memória renden-do cirurgião militar Dr. l^ortunato Oliveira, tiua poreeeu em seu posto na ex-pcdiçüo do coronel Moreira Oo-sar.

_f_t-Eslá. assignado o decreto (|uc npprova o refriilaincnto dos corretores de fundos públicos na praça da Capilal Federal.

Sob.a presidência do Dr. Dionysio Cer-queira, realizam-se amanhã os exames para .2" secretários de lega(jão,achandü-se inscriptos cinco candidatos.

O Dr. Amaro Cavalcanti, ministro da Jusliça c negócios, interiores, vai hojo visitar o Dr. Lauro Sodró. ,

Conferenciaram hontem com o Sr. mi-nistro do exterior os Srs. ministro inglez c encarregado do negócios da llussia.

Esto diplomata oecupou-se de um at-tentado leito ha dias conlra o ediilcio ern que fuucciona a lc gaçãu russa cm 1'ctropolis.

A exaltação que reinava no espirito publico, em virtude do insuecesso das forças legacs em Canudos, levou uni pequeno grupo tle rapazes a tentar dc-struir o palácio da ex-nrinceza Isabel, no qual esti estabelecida a legação da Ilussia, isto sem qualquer animosidade, que não existe, contra esta nação.

Sohrc o facto, sem maior importância, o honrado Sr. ministro do exterior deu ns necessárias explicaeões ao Sr. cncmrc-gado do negócios da llussia, e mandou syndicar a respeilo, oH-i dc proceder dc accòrdo com a lei contra os culpados. A situação da praça dc Manáos comi-núa a mesma de quo dêmos noticia em artigo ultimamente publicado. Eis o qno agora nos referem a respeito os nossos

collegas do Amazonas Commercial:

«Minaos, 13—0 commcrcio está coacto por falta da repartição federal nesta

ei-dade que não troca o dinheiro a recolher no llm deste mez. Pedimos providencias urgentes por seu intermédio ao Sr. mi-nistro da fazenda.d

Havendo solicitado sua exoneração o Dr. Frederico Dies de Medida; ministro da Bolívia acreditado junto do nosso go-verno, que já deve ter reassumido as funeções de lente calhcdratico de di-reilo internacional na universidade do La Paz, foi nomeado para esse cargo fi Dr. José Paravicini, deputado ao Con-grosso por Sucrc, c cuja próxima chega-da aniiunciámos hontem.

O Dr. Paravicini, formado etn sciencias juridicas c sociaes, é moço ainda, e lo-tlavia tem oecupado cm seu paiz vários cargos importantes, ij_cr ailminislrati-vos, como o tle sub-secretario dos mi-nisterios da fazenda e da industria, quer de eleição popular, como o de dcpulado, tendo leito parte dus commissôcs tle no-gocios exteriores c dc finanças, cm cuja matéria é unia competência, o da legis-lati.a permanente.

Além desses, o nllndido cavalheiro, que pela primeira vez vai exercer funeções diplomáticas, oecupou logarcs na magis-fratura judiciaria.

E' também jornalista o Dr. Paravicini, tendo sido redactor dc La Industria c La Tribuna, dc Sucro.

Como político, o novel diplomata é membro do partido constitucional fusio-nista, de que é chefe o ür. Severo For-naiules Alonso, aclual presidente da Ue-publica da Bolívia.

São eslas as informações que podemos Iransmitllr aos nossos leitores acerca do cavalheiro que cm breve a sociedade brazileira acolherá cm seu seio.

O Dr. Jaymc Freire, presentemente encarregado do negócios, llcará exerceu-do o cargo tle Io secrelario da legação.

Deve estar iiilimaniculo salisfeilo o eiiiinenlo rcptiblicdliq Dr. Lauro Sodró com a fatislosa recepção que lho fez hon-tem- a alma sinceramente dcinocratiO-, representada uu que , ella lem de mais puro e du mais ..levantado nos seus uléacs, nas suas crenças c na sua fé pelos ilcslinos da nossa Pátria.

U paquele S. Salvador, que (raiisporf taya o benemérito paraense, apontou á barra as 11 horas da manhã e ao seu on-coutro, eni frente á fortaleza dc Santa Cruz,' tinham já saido varias lanchas a vapor, ciiiquanlo outras pairavam nas immedi.ições do poço, opinhadas Iodas de portadores tle felicitações c abraços ao Dr. Lauro, exprimindo "manifestações dc conterrâneos seus, ou significando homenagens dc caracter polilico, n quem tão alto soube elevar a polilica republi-cana na administração tio seu prospero e engrandecido Kst.ido.

Ainda a meia força o paquele, todas as lanchas apitaram Vuina .iiudáçãò fes-liva, a oilas suecedendo e-lf.pitpsòs vivas da lancha (pie trqil.finrláva ii com-missão paraense c da Escola P-jlyic-clinica.

Enfrentando o S. Salvador a fortaleza dc Villegaignou, formou lia bateria de lesle a bonda de musica do corpo dc marinheiros nacionaes, que locou um bello dobrado, einqiKinlo que o pavilhão nacional, alé então a meio páo, atopclava para fazer amável cumprimento.

Fundeado o visitado ò paquete, as In-numeras lanchas a vapor deram dosem-barque ás centenas de representantes, que se comprimiam o se acotovelavam para chegar alé o illuslre recem-viudo. O Dr. Lauro Setlré levo para todos os eus admiradores' e amigos um abrace de penhorada gratidão p uuia phrase dc

reulilcza c cavallioirismo.

Em nome da redacção d'0 Pai: o pnr1-liciilarmehlc do nosso mestre Quintino Uocayuva, saudou-o o nosso collega Jovino Ayres, a quem o Dr. Lauro Sodré disse que felicitava a nossa Tolha, porvcl-n, agora como sempre, poderosa-cnlinulla da Ilepublica. , ,

A cuslo pudemos notar, entro tão grande numero de pessoas presentes, os Srs. : ,

Dr. Bernardino do Campos, minislro da fazenda; Io lenenle Fronlin, ajmlanlc dc ordens do presidente da ltepublica; Draga Torres, secrelario do ministro das relações exteriores; conlra-ahniranle Mar-ques* -uimarães, inspector do Arsenal tle marinha; 1° tenente Arislides Mascare-nhas, ajudante de ordens do minislro da Marinha; capilão ür. llonifacio Costa, i_p.___l.lmi-- o ministro dti guerra; to-nenlu Agrícola.Uethlem, pelo ajudante-general do exercito; tenente-coronel 11c-nevenitlo Magalhães, rcprcscntanlc do ministro da jusliça c negócios interiores; deputado Ür. Malta Ihcellar, capitão-lenenle raucnia, general Francisco Gly-ecrio, Iciicnte Caldeira Machado, refiro. sentando o Dr. chefe de policia; tenenlc-coronel Facitndo Menezes, pela brigada policial desla capilal; tenente-coronel 1'abricio, conimandaiilc do corpo policia^ do Eslado do llio; senador João Cordeiro/ desembargador Santos Campos, senador Dr. Manoel Barata, Io tenente Nogueirti Savio, ür. Aaffio lieis, major J. IlocTia dos Sanlos, Iciioiite-coronej João Campbell, capilão Dl. Cícero 1'eniia, Dr. llricio Fl-"io, acadêmico Alcides Bahia, Maia Filho, umn grando ciuiunissão . do paraenses o altiiitnos' da Escola Polylcchnica, Dr. França- Carvalho, marechal Moraes Jar-dim,"Fabricio 0. dc-Almeida, commonda-dor fires, Joaquim Augusto Freire, Dr. Costa Forra;:, Dr. Piibliu dc Mello, capi-lão tle engenheiros Dr. Coriolano tfe Car-valho, capilão Dr. Ilarbosa Lima e um numero considerável de republicanos.

Itcprcâontaiulo a imprensa fluminense estavam o Dr. Pederneiras, nelo Jornal do Commcrcio, Renato dc Castro, pela Gazela de ijoliüiás, Oscar Hns.-is, »._!o /tu. publica, 1'irro Machado, pelo Gazela Com-mercial c Financeira, Alfredo Silva e 0. Duque Estrada, pela aoUciá]'Jpvlnó Ayres, flelíariuiuo Carneiro, Domingos Olympio, João Ilarbosa c Leopoldo Cirno," pelo

O Paiz.

O ür. Araújo, chefe da redacção da Ga-zeta.de Noticias, delegou ao'nosso col-lega P.oclia dos Santos p,„ encargo du abraçar o Dr. Lauro.

Depois .dos primeiros cumprimentos, levados todos a tolda do S-Salvador, cm nome da colouia paraense, o Dr. llricio Filho disse:

«Por delegação da colônia paraense o dos republicanos dcsln capital nqui mo tendes para tlar-vos as boas vindas.

Salve, benemérito da Pátria! E ahi eslão para vos felicitar os sus-lentaculos da Ilepublica, sempre con-flautes no futuro, mais fortes do que nunca.

Dcvieis ter sabido cm viagem que eslá dc lueto a alma nacional.

No solo bra.ilciro acabam do tombar os nossos irmãos, attestando com elo-qucnciaoamor ás instituições levantadas cm 15 dc novembro.

A lula foi cruel.; a monarchia, dc par com o insensato fanatismo c a ignorância, seus alliados mais capazes, juncou de cadáveres os sertões dc um dos Estados. Lá licaram os nossos companheiros es-tendidos sobre o chão ; pereceram cm nome do patriotismo o da legalidade.

No ponto cm que cairom póde-sc, ã se-melhanca do que o povo de Sparta man-dou gravar no leão dc bronze erigido nas regiões onde suecumbiu o bravo Lconidas, no ponto cm que caíram

pódc-se inscrever : viajanlc.vai dizer ao Brazil

que morrenws aqui para obedecer ás suas (eis sagradas.

Está de luto a alma nacional; soubestes a verdade. '

E' immensa a nossa dor, ê intenso o nosso pezar : mas nós já não sentimos, já não nos lembramos da catostrophc, porqnc toda a energia e toda a força estão concentradas no pensamento da desforra.

Mão nos intimidam esses revezes; é que nós temos um exemplo que fleou,

daquelle que foi heróe, sublime, moges-toso, emulo de Mucio Sccovola, o bravo, o romano que diante do rei clrusco es-icndeu a mão sobre o brazclro o pensou n_ grandeza e felicidade de sua terra, como clle estendeu o seu coração sobre os fogos dos nossos inimigos o cogitou na liberdade de seu paiz, daquelle que em um dado momento concentrou ns aspirações de um povo — Floriauo Pei-xoto, o salvador da ltepublica.

Somos aásim, como vedes: cm vez do aba-l-ienls, do desanimo, da tristura, o mesmo fervor dc oulr'ora, o mesmo cnthusiasmo para receber os que como vós estão cheios de serviços á Nação.

Salve, benemérito da Palria I A pagina rulilanlc que escrcveslcs com a vossa administração, modelo dc ensinamentos, é uma lição qua precisa ser aprendida pelos qiio almejarem n digniflcaçãu do abençoado torrão onde está tremulando o pavilhão imri-vcrdo. Elemento considerável de propaganda nos tempos da adversidade, quando ar-raslavois com apcnnae com a.palavra as cohorlcs de patriotas, foslos'na gover-nação um poderoso esteio desle regimen que para nós é inexlinguivel.

O vosso periodo governamental no Es-.ado .lo Pará láo excepcional se tornou, tão iirle, tão brilhante, por cima dellp constantemente pairou por (nl modo lão immaciiladahonestidade, illtimiiiaram-no as irradiações de um caracter tão acry-solado, que os seus maravilhosos olVeilos deixaram de doar reclusos dcnlro dos limites esladoaes, alastraram-se por toda a União, c foram alé o õslrangeiro cmmu-ileceç a delracção do sebastianisino.

As .mesmas palavras formuladas para a admiuislração do fundador d.í llepubljca norto-americana eslão talhadas para b vosso governo : foi o melhor preenchido e mais feliz que ti dado p itiit/iuDiciu realizar.

Salve, benemérito da Pulrioj Acclaina-vos o llrazil, decxírcino n ex-Iremo, com força, com ellusfio, com vivo ardor, porque o" vosso trabalho foi serio, foi fecundo, foi elevado, foi ingente c

ex-trao.dinario.. '

Vos estimam c vos idolatram os pa-racnsi s, vos feslejam e vos veneram os republicanos, porque vós sois, oli! Íil tio glorioso da Aiiiazoiii;i,i!luslre enlre os il-lUSlç.s, digno enlre os dignos, puro cm meio dus puros.

Salve, benemérito da Palria!» Finda essa oração, gallianjainoiilc ap-plnudida, o ür.

"llricio

entregou bo seu illuslre conterrâneo um bello ramo de llores, com esla dedicatória:— .-1 Lauro Sodró, os paraenses.

Alma de moçi. falou o talentoso Sr. Alcides liahia, lY.uma enlliusiastica alio-CÍtçflO, 150 cheia do bcílas imagens, lã:) ardorosa na fé republicana, quanto ale-vaulada nos conceitos e nas proposições. O Dr. Lauro Sodré respondeu a anlbos os qradures, e vimos ainda no benc-mérito paraense o ilucnte orador tíc oulr'orn„

Não lem palavras para agradecer essa festiva recepção, que vai acima do sua espcclaliva, liiuilo além dos seus merc-cimento...

Vem do norle, o traz d'ali, encarnada nos seus próprios seiilimenlos republi-canos, : a virilidade dos povos que Ia demoram, é poilador da áüirmação de que aquclla genle saberã empenhai' (oitos os sacrifícios para salvar a Ilepublica, por ella so deixanilo morrer.

O solo da 'Ilepublica ja foi cimenlailo cnm o sangue do seus. marlyres, que ainda o.derrniii-r.io dianlo da liypocrisia dos .c-taüi'___rc- e das traições da rea-le. a.

Não (cri) hléas separalislas, diz oora-dor, mas se fura possível, se fjra adiais-siv-l a liypòlhosc dc uma restauração, so fora. possível retroceder dá doíno-crucia liara o servilismo, da liboriladò para a escrafidão, melhor seria retalhar a Palria na resistência á indignidade.

A íltj'ni'tl)lica é hoje um f.u-to, inonii-menlo iudeslriiclivel, guardado pelos peilus dessa mncidade briosa que ali vé, e e:u cujas fileiras também quer se ali.-tar como soldado, para participar dós soffri-nieiilos e das fadigas. .

Sente-se alentado pela fé republicana cada vez mais, e esla cerlo que o'llrazil adoplará sempre a fôrma republicana, porque os seus conipalriolas e os bons cidadãos lançaram a ancora da fé na prucclla que tem acossado a náo da Ite-publica.

Concluindo a bcllissima oi-,'tção,da qual estas linhas são pallido esboço, o. nosso tiislinclo compatriota evocou a momo.ia do.marechal Floriauo, lleiijauiin Coiislailtí Moreira BCSttr o Carneiro, em meio dc um turbilhão de applansos, para termi-nai; por um viva.a ltepublica.

O pequeno L.urito, llllto do Sr. Maia Filho, olVerecoii ao Ur. Lauro Sodré um bello ramo de llores artifloiaes.

Também a bordo do paquele S. Sair vndor, ainda cm viagem fui o grande republicano alvo de signillcaliva e af-feciuusa demonstração de apraçó poi-parle dos passageiros que, oH.reccrani-tio um lauto almoço, orando em nome daquclles, ao servir-se o chapaguc, O Dr, Houurnlo Wllnso, c respondendo om phrases eloqüentes o Dr, Lauro Sodré, que brindou ;i memória dos mortas glo-riosòs llonjaiiiin Coustant, Floriauo Pei-xoto e Moreira César.

A essa fesla dc cordialidade associa-ram-se, nléin do todos os passageiros, o coiuuiaiidantc do navio c sua ufllciali-dade.

A cómmissão dc passageiros promn-tora dessa manifeslaçáó fez-nos a fineza de coiuniiiulcar, por intermédio .dç um dos seus.membros que destinava aos pobres d'0 Piiií, o saldo restanlo das contribuições angariadas pnra aquelle llm, saldo a que o ür. Lauro Sodré addi-cionara um donativo cm nome de suas

lilbinhas.

Tomaram logar ná lancha Sadi Carnol, no serviço d'0 Pai:, além dos nossos collegas ile redacção, o engenheiro Dr. Itra.a Torres, capitão José Leandro c capiláo Felinlo Cavalcanti.

Cerca de trinta lanchas, sem contar outras emharcaçOes miúdas, transpor-(aram pessoas qúp foram r_'c_b'êr o fes-lejado republicano.

A' 1 hora An tarde o Dr. Lauro Sodré, transportado ua lancha que lhe oITcrcccii o Sr. ministro da fazenda, desembarcou no Arsenal de Marinha, onde .ainda ó aguardavam muitos cavalheiros.

Sua esposa o filhos furam transpor-tados do arsenal para casa om um landau oITerecido pelo senador Barata; o Dr. Lauro em um carro dó palácio, que o Sr. pre-eidenle da ltepublica mandou'pôr á sua disposição..

Antes, porém, de lomar esso vehiculo, o eminente cidadão subiu a pé a rua do Ouvidor, onde saudou O Paiz com um sincero viva, correspondido por todos que o acompanhavam.

Tor ultimo diremos quo o Dr. Lauro Sodré eslá residindo a rua Voluntários da Palria n. 40, onde durante todo o dia c parte da noite recebeu iniiuincro-cumprimentos c felicitações.

Recebemos n seguinte tclegramma: «IlACT-NnY, 1-3— -oiigra!u!n-me com os prestigiosos chefes republicanos reda-ctores dó valente órgão da politica demo-erntic. pela opportuila chegada a esla óttpital do distineto amigo e illuslre conterrâneo Dr. Lauro Sodré, dedicado campeão em prol das nossas patrióticas instituições—Ktlzingcr, director do

Gy-Eslá nomeado o cidadão Leopoldo Ti-molheo dc Carvalho para exercer interi-nainente o logar dc porteiro do exter-nato do Gymna-io Nacional.

Prusegucm as melhoras do coronel Thomaz flores, commandante do 7° ba-lalhão, que hoje irá para a Tijuca, alim do convalescer.

Com o Sr. presidente da Ilepublica estiveram hontem. n.pnl-.io do governo. o ür. Ennes do Souza, director da Casa daMoeda; Dr. Rodrigues Peixoto, desem-bargador Antônio Joaquim Rodrigues, senador Dr. Leite o Oilicica. Dr. Tei-teira brandão, director geral da Assistcn-cia Mcdico-Lcgal dc Alienados; general Francisco Glycerio, Dr. Bernardino de

Campos, minislro da fazenda; general Argollo, minislro da guerra, o o Sr. Con-slantino Phip;s, ministro inglez.

Com o Dr. Amaro Cavalcanti, minislro da justiça e negócios interiores, estivo-ram honlem, em sua secrclaria, o sena-dor José Bernardo, coronel Sylveslre Travassos, commandante da b.Igadii ciai; Dr. André Cavalcanti, chefo de poli-cia, o o Dr. Alfredo Piragibo,director do intcrnalo do Gyninasio Nacional.

C4RLÕTâCCI0LI

Foi grandemente festejado hontem o anniversario natalicio do distineto ca-pilão do fragata Carlos Accioli, secrela-rio do Sr. minislro da marinha.

No gabinelc da secretaria, recebeu o •estimado ollicial felicitações o deinons-trações de apreço de muilos dos seus camaradas du Iodas as classes da armada e repartições'da marinha.

A casa de sua residência, :\ lar.le c ã noitu,csteve repleta de senhoras o cava-Ihelros, portadores do inimus e de .de-nionstriições amigas. .

A. sua mesa, eiu jantar intimo, foram levantadas uiuilas saudações.a ultima das quaes, pelo capilão de fragata Accioli, á memória do marechal Floriauo.

A's 8 horas da noile aprcscnlaram-se vários ofliciães da armada c amigos par-liculares desse moço, que iam levar-lho, como mais signillcaliva ofCuila, juntando a dala dò seu íialaliclp ã da victoria da Ilepublica, o retraio do marechal Pio-rioilò, uni bello retraio a oleo, nerfei-lissimo como trabalho do semelhança, saido ás niáns e no pincel do liubil artista ílontoilCgro Cordeiro.

lim uoui': da cominissão onjiiegòu o retraio 0 1° lonctilo Arislides Mascare-nhas, que deu a palavra ao talentoso csoriplu_ai'lo da- óôntadória do marinha Uishrdo llarradas Moniz. Pronunciou esle o seguinto discurso, francamente applau-dido: i

ciExninsisenhnras—Cidadãos—Sr.capiláo de fragata Carlos Accioli—Um anuo que se passa na vida de um homem pão é nenhum fado de importância: os homens fazem annos Iodos- os dias. Quando, porém, esse homem não tem sóuíenlo unia existência vegelalivn, mas.pelo cou--tinrio, é tini espirito activo, é uma meu-lalidadc vigorosa,f.rtalocida por um cora-ção nobre õgeiiorosój quandoesso liothpili lem o seu destino?' touloA Pátria, osse facló, senhores, de«-t de ser uma fesla ilo familia, o pass.i a ser um caso poli-tico.

Carlos Accioli não pertence á sua fa-milia. So o sen coração se senlc preso á esposa que idolatra, "se o sen i.f]_cl0 pa-terno o pncmle ás caricias dos lillios, o seu cérebro pertence ;iIlepublica e o seu braço é o porla-oslaiularto em que po-Ücníos conliar cégaiiieulo o nosso subli-me pnlladio.

E . é por isso, senhores, que ligamos hoje no sou nnniversario natalicio a so-leinnidnde politica dc que clle se rc-vesle.

Quero vos dirige a palavra é um sim-pies, sem cullivo dc espirito, sem eut-tura alguma do scieucia, çfjtjc apenas fa-Ia nelo coração 1

Traz-nos aqui a grnla satisfação de vel-o escapo do punhal trhiçoüirò dós sicariós ao serviço dos restáuradores o felizmente rbstituidò ao serviço da Ho-publica.

A memorável dala do 13 dc março deve ser para vós, Sr. capiláo de fragala Carlos Accioli, iliipiainciile grata — I", porque alcanceis mais uni amío do vida objccliva do úlcis o (enes serviços á 11¦¦*-publica o cercado da ClínsidCraçàò o es-lima de quanlos o cófihecclii; i", porque é precisamente hoje, lambem, o terceiro tniiivcrsario dd liiBouipa.avel triumphõ da causa republicana conlra 03 camliliios imperialistas que, á cusla da perli.lia . da traição, tentaram reporá desmorali-sada o gasla coroa imperial, a 15 dc novembro dc St) retirada por ler soado a hora fatal no chronoinclru da nossa evo-lucno liislòrlcal

lisse iiicoinparavcl Iriunipho foi o ul-limo golpe desfechado contra ti poderosa revelia da armada, qne n'11111 arremesso do audácia quiz fccòiiquis.lar o seu titulo de imperial.

O que foi essa revolta todo o mundo o sabe: a depredação, o crime, a pira-.ária c o saque.

Qual a sua bandeira lambem ningucni o ignora:—a ambição do poder I

Qual o valor polilico dc seus homens— c o que fíinjflioni sabe.

Eiiírctanlo, essa revolta linha força, dispunha do uma esquadra .regular, o era apoiada pelos eslrangeiros eiu terra, que lhe foineciam fundos em quanti-dade ao mesmo tempo quo as esquadras europúas, com excepcao do nobre pro-cediniento da Allemanlia, lhe prestavam o mnis iinpoitanlc concurso.

Dir-se-hia mesmo que diante do láo po-derosos elementos a llcptilili.ia lombaria certo aos primeiros bombardeios!

J foi nesse in.iinculü ubángastia» em quo o governo viu-se siliado s.m ele-inciilos de defesa, completamenle desap-parelhailo para uma luta naval, que muilos vacilaram e que muitos disse-ram que o governo de terra seria o que tivesse a vicloria uo mari

lí foi nesse momento de desanimo, nesse momento do anguslii:, nossa liora dc desespero que a Ilepublica leve Iam-bom a certeza do que para defeudcl-a bastava apenas o peito da mocidado.

Foi nesse uioiii uilo quo um homem até então dc mediana estatura politica, desconhecendo mesmo todos os segredos le estadista, fez-se um chefe de Estado valoroso, fez-se um heróe do incnmpa-avcl energia civica, para fazer-se dc-pois um inartvr.

Esse Daiiton hrazileiro leve por nome— Floriauo Peixoto!

Incarnacão viva da Ilepublica, duranlo a existência objcotlva foi o braço forte que manteve aito o nome u u brio ura-üllciros;—morto, tem sido uma legenda! Sou nume é um parlido quo sihtlietisá os mais sãos princípios republicanos I

Eil-oalil...

Kilo vem constituir um altar doméstico, ondo inspiraréis os vossos nelos, onde rct-hipefarèis o vosso civismo e onde cnsinarcis os vossos lillios a sentir as nrimni.as CÍTilSüdè d?.3 orííÇÕG3 CÍVÍCüS ilo culto da Pátria !

Somos nós que o trazemos, nós repu-biicanos, que temos a convicção profunda de que a ltepublica não é uma cbimera polilica, não é uni sonho da mocidade, como'vulgarmente se diz. não é uma se. ilicãò' dc quartéis como sustentam os ignorantes, mas uma resultante das leis sociológicas, das leis scienlillcas que regem as sociedades, do niesiiio modo que no mundo phvsicu.

Klle nhi lica. E' o penhor da nossa allianca eterna na defesa da Ilepublica, que BÍMijamin Coustant fundou e que éllo soube consolidar a troco do sua vida! Eu vos saudo.»

O capilái) de fragata Accioli tomoií da palavra para agradecer essa manifesta-eão, considerada penhor sagrado ao seu coração republicano.

Não servia á Pátria pelo egoisnm que conduz nté ás fronteiras da ambição; soldado da marinha.' cumpria o seu devei-; republicano, dc.udia o' engraii-decimento do Slld terra.

O retraio do marechal ali ficaria, pnra lhe serem rendidos o culto c a veneração do seu lar doméstico; não seria um orna-menlo de sua sala, penderia daquella pa» rede como um exemplo para seus filhos, seria t) livro abençoado em que elles. aprenderiam ns lições do civismo e o amor da Palria.

Depois dessa cerimonia, Lio tocanlo quanto expressiva, tuna mesa de docci foi servida ás senhoras c cavalheiros presentes, cnlre os quaes .notámos os

Srs.: , .

Dr. Nogueira Flores, contra-almirante Carlos Noronha, capitão de fragata Con-ceicão. Carlos Conceição, Antônio II. Rego Meirelles, ür. Bnplista Franco, ca-pilão de fragala Baplisla Franco, capi-lã) dc mar e guerra Ponto Ilibeiro, Be-zerra da Silva, Zcferino dc Vaícoiicellos, Salvador Porto, Manoel Miranda, capilão-tenente..lanffr. t, capiláo-lcneutc Ferraz, DIniz Affonso da Silva. Gil de Siqueira; Bcnjamiii Constant Filho, cnpitão-tcncntc Lopes da Cruz, Ilomualdo Leal. can lao-tenente Thcditn Costa, 1° lao-tenente Masca-renhas, major R"go Ilarros.Ferrcira Mar-tins.Dr.CliapotPrcvost.lIerculann dcLima, João C. de S.uza o Silva, Dr. Tasso

Fra-goso, Sylvio Baplista, Dr. Luiz.Nazarclh, Graça Aranha, Freire, I" lenenle Ed-mundo Maciel, Alfredo de Souza c Silva e muilos oulros cujos nomes não pudemos obter

A associação dc senhoras prolcclorns dos orphãos pobres, filhos dos defensores da Palria, proporcionou-nos limitem oc-casião de ver a caderneta do Banco da Ilepublica, onde cm 5 dc maio de 18'J-l foi depositada a primeira parcella de 2:000$ e cm 31 dc dezembro dc 1805 a ultima dc 510Í320.

O deposilo em favor dos orphãos que as senhoras brazUeiras tão generosa-monto procuraram amparar clova-so hoje, com os juros ulliiiiamcrite accumulados, á quanlia do 34:J.2_Eü70.

lim breve si; pensará na jusla c bom cquilaíiva distribuição dessa soi:sonuna.

O general llibiano Coslallaf, nju-dnnle-gencral do exercilo, mandou hon-(em o sou ajudante de ordens, capitão Egydio Talloni, visitar cm seu nome ,o marechal llernardu VasqÜCS, q_o se acha eiifernio.

Esteve honlem cm longa conferência com o Sr. minislro da guerra, á noito, o Dr. Moura Carijó.

llifiíSil

Noivado sangrento é o lilnlo. , Amavam-si! e uniram-se honlcm ma-triinoniaiiiiciilo perante o juiz da õ» pre-loria iteguaiild Sclióck, e. Uulcii Siind lliiiiíe. .

-Ello conta 27 annos, alio. claro c po-qtíohd bigode loiiro; Cila 2,0 auuos,-cs-talura regular, l_u_a,olhos azuos, feições meigos, ar iiisinuanle. •; _j;,' i;'i

Amavnm-sc c tiniraiu-sc. Islo ás 4 horas da larde.

Depois, muila- fesla. A casa n. 35 da rua do. Oriente, morro de Paula Maltos, encheu-se de convivas. O noivo era em-pregado ll'uilia casa importadora da rua do llospicio. c linha boas relações; ella, a joven, é lilha dc Bernardo Suinl-liouso, que aluga commodos na casa u. 37 tln mesma rua.

Uaiisavii-se, desde ns 7 lioras. Mas, quem reparasse ua physionomia do llõgnaiild 'talvez notasse que não de-h6t.a.a cdhi, lota satisfação: o rapaz tinha qúálljüeí coi.=a a incoiamodaí-o. E a coisa era bem simples.

Ileleu tinha um irmão,Bnrl Siind-IIoiiào, que não dava o seu apoio á allianca delia com llegnauld; e esse irmão, lão hoslil allilude tomara nestes últimos dia?, que fora honlem excluído dentre os convidados. Carl iuni:tiiiha-se, enlão, do lado-de fora, enlre outras pessoas que espiavam b baile.

Consta, afilrma-o mesmo uma leste-munhndas que n policia arrolou honlcm, que Carl manifestara a intenção de ferir o seu cunhado, lisle, 'chegando á janela por sua vez llcou exaltado com a presen-ça de C.-irl.e sem mais lirfe nem guarto desfechou-lhe um tiro de revolver.

O alarme fui completo, tanto dentro co-mo fora do predio em que so celebrava o feslim; 0 Itegn uild, por detrás da ve-nozian.a eníre-aberta, observava os eíTci-los do tiro disparado, A bala perdera-se e.Carl conservava-se impassível.

HognauM, mais colérico ainda, desfc-cliou iiovamenle o revólver, ferindo o cunhado ii_ mão dircila. Uni terceiro tiro varou o abdômen de Carl, que tombou sem dar u.m.grilo. Nada se lhe pôde lazer: eslava nio.fb..

Eram O lioras da iiuilc.

A confusão fez-se enorme.. Os mora-dores da.visinhança, muilo bem iuspi-rndos, cercaram acásn o náo deixaram sair ninguém, (.cadáver licou guardado na calçada, ú alguns homens foram pro-curar a policia.

Chegou' a policia, e trouxe para a 7» delegacia o assassino llegnauld, sua esposa de poucas horas nulos, Ileleu Siiii--li___e, u os convivas .Mario Sti-gllaiii, lliimbert Selei, Gabriel Lanziloli, como Icslcmiiulias de visla, assim como Jacinllio da Molla Medeiros,que se acliavn ao lado do Carl quando caiu morlo.

A' hora em que escrevemos, l da ma-ilnieada, eslão Iodos scmlo interrogados peiò Dr. Noomio da Silveira, sendo no-tavel a perlipacia de llegnauld em negar o crime, e a valeulia de Ileleu em iu-nocenlal-o tniiiliem.

Carl, o a--s.issi:i..'lo, conlava 2S annos, o era empregado n'.Unia casa importadora dn.rua da Quitanda.

lira voz corrente que Itegnaud sempre tivera uma conducla irrcprchcnsivel alé aquella liora lelrica em que o ódio lhe armou o braço ensanguentaiido-llio o noivado; a respeilo de Carl as infor-inações são algum tanto desabonadoras. Foi nomeado o general Marciano dc Mngnlliães commandanlo geral da arma dc arlillicria, sendo dispensado desse cargo o general Gomes Pinicnlcl, visto ler .ido nomeado para fazer parle da divisão que vai operar lia Bahia.

O general Marciano do Magalhães assu-min honlem o referido cargo.

TupinnmlKi ; 15», presidente Dr. Leviuo Augusto de Uollanda Chacon.

A 1», 2»e 3' prclorias, formarão a 1» sec-ção; a 4«, C» e 7», a '_«; a 5', 8» e 9», a 3»; a 10», 11» e 12», a 4»; a 13», 14» e lã», a 5».

PAi.ES8fii.a

O 22° de infanleria, sob o commando do coronel Bento Thomaz Gonçalves, tom feilo nestes uitiinos dias exercício ue tiro ao alvo com a carabina Mauser, dando fiom resultado.

O Dr. Mello Mattos, presidente da As-sislencia Judiciaria, expediu o seguinte ofílcio ao Dr. Amaro Cavalcanli, ministro da lusliça o negócios interiores:

-Ténlíp a honra dc coinmiinicar a V. Ex. que cm sessão do dia 5 do cor-rente mez o Iusliluto da Ordem dos Ad-vogados Brazileiros elegeu membros dn cómmissão central da Assistência Judi-ciaria os Drs. José Fcliciaeo Ilorta-de Araújo e Barlholomeu Portclla'' l. dc Mello, e quo nesse mesmo dia ficaram organizadas o dcliiiitivamentceoiistituidas as cuuiinissões sccciouaeS, Cúíü o pes-s.oal de. advogados constante 'da lista inclusa.

ü mesmo. Instituto offerccou-nio iluai salas de seu ediilcio, na rua da Consti luicáo n. 48, para eslabeleecr-se a sédc da Assislcncia Judiciaria, c, como V. Ex. (iignou-'.;e àoscpllie. local para esse llm. aceilei a ollVrta ficando, porém, sujeito á .."rovaçuO dc V Ex. esle nif» acto _c"v. Ex. houver por bem approval-o, o dignis-i-io presidenle do instituto irá pessoalmente entender-só com V. Ex. sobro as condições do ajusto.

Junto apresento a V. Ex. a lista dos moveis O mais objectos que me parecem necessários para o serviço das comuiis-sues. .

Peco permissão a V. Ex. pnra lembrar a conveniência da nomeação dc uni em-pregado para os serviços dc limpeza, conservação c outros na sede da Assis-lencia.u

São as seguintes as commissôcs sec-cionaes da Assistência Judiciaria:

Corte de Appcllncãa—Caniara Civil— Presidenle Dr. Sanuho de Barros Pi-menlel, Dr. Zepbcrino dc Faria Filho, ür. Ilodri.o Oclavio de Langaard Me- ozes; Curte de Appellação—Câmara Criminal —.residente Dr. João Evangelista Sayão de bulhões dc Carvalho, ür. Pedro Leão Vclloso .Filho, ür. llerculano Moraes Inglez dó Souza;

Tribunal Civil o Crimina! — Câmara Civil—Presidenle Dr. Manoel Álvaro de Souza Sá Vianna, ür. Pedro Carvalho de Moraes, Dr. Frederico dc Almeida llussel; Tribunal Civil o Criminal — Câmara Commercial—Presidente Ür. üeodato Ce-sino Ylllél- dos Santos. Dr. Anlonio Eu-lalio Monteiro, Ür. llenriqnc Carneiro Leão Teixeira;

Tribunal Civil c Criminal—Caniara Cri-minai—Presidenle Isaias Guedes de Mello, Dr. Eulalio Maleher Nunes Ribeiro, Dr. Tarqitinio Braulio de Souza Amarantlio Filho.

t», prcloria, presidente Dr. Eugênio Birros) do Amaral ;'.*, Ur. José Eduardo Torres Caniara ; 3», ür. Alfredo do Al-meida llussel; 4\ presidente ür. João Baplista Augusto Marques ; 5», presidente Dr. João Carvalho Soares Brandão So-brintio ; G«, ür. Raul de Souza Martins; 7», ür. Alfredo Bernardcs da Silva ; 8», Dr. Mario Antônio da Costa ; 9», Dr. Fran-cisco de Paula Monteiro dc Barros Lima ; 10», presidenle Dr Melciades Mario de Sá Freire; II', ür. Joaquim de Moraes Jardim ; 12», Dr. Manoel da Costa Lima Castro ; 13», ür, Manoel Clementino do Monte ; 14», Dr. Andronico Rústico dc

Em toda a minha vida uma única yo_ mo metli a político : foi quando rebentou a revolta dc G de setembro c eu, seu-liildo-me, não rcvolloso mas revoltado, . fiz-mc um florianlsta intransigente.

Para ser publicado liontcm, terceiro anniversario da vicloria da legalidade, escrevi um artigo impetuoso c inflamma-ilojmns no momento de submellcl-o ã redacção d'0 Paiz, arrependi-mc do O haver fcscriplo c rasguei-o.

. Agora me'arrependo dc o haver'ras-gado, sacrificando a minha prosa aos escrúpulos do um scnlimonlalisiiio extra-vaganle. Arrependo-me; porque o nome dc Floriauo Peixoloja não desperla ódios nem malquerenças, mas accende nos corações o brio republicano c o valor militar.

Esse nome era repelido liontcm, ds boca em boca, como um liymno sonoro dc amor c fraternidade. O grande maré-chal revive u'uma apolheose esplendida; o já ninguém pretende, a serio, escure-* cer as suas glorias dc estadista e de sol-dado.

Indivíduos que não perdoavam o meu florianismo, o que, nliás, pouco me im-portava, estão hoje mais florianistas que eu, se é possível; c esla phrase :— Que falia nos faz o Floriano I —tornou-se um eslribillio popular. __-Cti.a_i.ntC.SÓ eile ainda vivesse, a sorle do nosso paiz não estaria á mercé do Conselheiro dc Ca-nudos o dos conselheiros da rua do Ou-vidor o do boulevard des Italiens 1

Esla 6 a luminosa verdade que todos reconhecem c apregoam. Ser llorianista, tor a religião daquella memória sacro-sanla, não é ser polilico—í ser brazi-leiro.

Por que desmancharam com os pes o quo clle fez com as mãos'( Amnistiaram os inimigos da paz, cobriram dc beijos os perturbadores da ordem; o resultado nhi está! Quem o seu inimigo poupa ás mãos lho morre...

Oh 1 os amnistiados I

Ultimamente confrangia-so-mc o co-ração todas as vezes que, passando pela 6'íi.cít. (ia 2'iii'ii., eu via o almirante Custodio José dc Mello, dc pé, sobro a solcirada porta desse jornal nionarcbista, com aquella mesma heróica sobranceria com quo so mostrava na torre do Aqui" laban, lançando um olhar do orgulho O de desprezo sobro os que passavam, affroritando esta população que ello bom-bardeou, c parecendo dizer-lhe:—O meu couraçado agora é esle ! '

_ bojo, ([liando passo pela Gazela da Tarde o vejo aquclla montão do dos-Iroços, que lamento, aquelles tristes vesligios da colora republicana, quo não applatido, náo me lembro do arro-ganlc ainnistiado : lembro-mo dc outra llgura mais doce, motins sanhuda, toda cheia de um vago perfumo de saudade, o digo-lhe nessa linguagem que não nos sao dos lábios, mas do coração :

— Ferreira do Menezes, vem ver o que fizeram da folha quo lu creaste para defesa da liberdade e diífusão da idéa republicana I

A. A.

__

,As ofllcinas do Arsenal de Marinha funecionarão bojo, alim dc aprestar 03 navios que tém dc seguir para a Bahia.

Na directoria dc fazenda municipal pagam-se anianliã as folhas dos.proh.3-, sores do 2o gráo e adjuntos.

A esposa do Sr. João Francisco de Paula e Silva, inspoclor interino da Al-fandega desta capilal, dirigiu-so honlcm á reparlição de policia, pedindo ga-rantias de vida para sen marido, visto lho constar que se acha ameaçado. A au« toridado altendeu á solicitação.

O-distineto general José Maria Marinho da Silva, teve a gentileza dc nus enviar o seu cartão dc adeuses.

S*.

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NOTAS E INFORMAÇÕES

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Desde ante-hontem começaram a cor-rcr boatos assustadores sobro a situação dos bravos soldados do exercito, quo SO dizia estarem cm Monte Santo.

Era ainda um rumor pouco accentuado. Não ligámos importância c o governo nada pódc dizer a respeito porque de nada soubo.

Honlcm, alarmando o espirito republi-cano. com n intenção evidente dc arre-fecer o cntliusiasmo dos nossos bravos, que diariamente se organizam em bata-lhõcs patrióticos c apresentam-se como voluntários ao quartel-general do excr-cito, fizeram os inimigos da Republica accentuar os boatos c enlão abertamente disseram que Antônio Conselheiro des-cera a Slunlo Santo c massacrara íodn A força ali existente.

Não licaram só nisto e disseram qua tinha linvido um movimento na Bahia, sendo deposto o governador, Dr. Lnia

Vianna. ;

Scienle desla especulação terrorista, o Sr. ministro da guerra pediu 'Immo-distas explicações ao coronel Saturnino, commandante interino do 3» districto. A resposta não se fez esperar, c foi inlciramcnlc tranquilisadora.'

N_ capital do Estado da Bahia reina completa calma.cuidando todos da defeza da Republica.

Etn Monte Santo nada occorrnu que mereça menção, visto quo u.m por ali apparccoram os conselhcirislas. Nem um só soldado lã se acha, estando todos reu-nidos cm Queimadas, onde a organização da defeza, apezar de não Ser ainda com-plcta, assegura a' posso plena daquella posição o a defeza dos que eslão ao abri-go das trincheiras. De reslo, como etn Monte Santo, não lia vesligios dc conse-lhciristas em Queimadas.

Estas informações vieram ã lardinha. A' noite, o general Argplo conversou dircclamcnlc com o general Canlttaria, que lho couimunicou haver assumido o commando do 3» districto militar c con-firmou reinar complela paz nos dois citados logarcs e quo Ioda a força reu-nida em Queimadas achava-se a salvo, náò tendo sido vistos os coiisclhcristas desde a retirada da colunina, no dis 4 da.correnle

Quanto aos boatos de deposição do ge» vernador, disse o general Conluaria nSa sé que é inexato, como também que nãa ha animosidade contra o Dr. Luiz Vianna, que bontem mesmo o visitara.

...

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Referências

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