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XI CONGRESSO DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO MEIO AMBIENTE. Relator: Gilberto Leme Garcia Promotor de Justiça de Meio Ambiente da Capital/SP

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XI CONGRESSO DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO MEIO AMBIENTE

PAINEL VI – 05/08/11

Relator: Gilberto Leme Garcia – Promotor de Justiça de Meio Ambiente da Capital/SP

Dráusio Barreto – Secretário Municipal de Serviços de São Paulo - Tema: Destinação de resíduos sólidos e sustentabilidade. Parte final da palestra:

- Explicou de que forma o empreendimento imobiliário embute o custo ambiental, afirmando que nunca pode ser esquecido que a questão ambiental é essencialmente social.

- Abordou a pesquisa feita pela Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da empresa “Pricewaterhouse”, a respeito dos custos em relação à destinação de resíduos sólidos na Capital, atestando que o resultado apontou a quantia de R$ 72,00 (setenta e dois reais) a cada ano, por habitante, gasta na questão do lixo urbano.

Apesar de se tratar de valor considerável, afirmou que Tóquio, no Japão, uma das cidades mais limpas do mundo, gasta na questão do lixo urbano R$ R$ 1.100,00 (hum mil e cem reais) a cada ano, por habitante, ao passo que em Nova Iorque esse valor é de R$ 400,00 (quatrocentos reais) a cada ano, por habitante.

- Exaltando a existência de adequados aterros sanitários na Capital de São Paulo, informou que no resto do Estado, que conta com 645 municípios, apenas 1/3 destes conta com destinação de resíduos sólidos feita por meio de aterros sanitários.

- Por fim, atestou que para o efetivo cumprimento das diretrizes previstas na Lei Nacional de Política de Resíduos Sólidos, muito dinheiro público deve ser gasto, mas que se trata de investimento

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indispensável, notadamente por questões de saúde pública e sustentabilidade.

Eduardo Coral Viegas MP/RS

- Tema: Gestão e fiscalização das águas subterrâneas.

- Iniciou sua palestra apresentando um vídeo produzido pela Rede Globo a respeito do moderno e inovador sistema de coleta e destinação de resíduos sólidos na cidade de Barcelona. Tal vídeo se encontra à disposição no site globo.com, na sessão G1.

- A seguir, ressaltou a importância da questão dos recursos hídricos no Brasil e no mundo, afirmando que a água doce é um bem natural importantíssimo e que se encontra em processo de escassez, tendo em vista que 97% da água do planeta é salgada, o que faz com que o restante, ou seja, 3% de água doce, deva ser seriamente protegida, inclusive por meio de instrumentos jurídicos.

- Apresentou também dados de que, desse pequeno percentual de água doce existente no planeta, 12% do total se encontra em território brasileiro, muito embora seja fato notório a escassez de água no sertão do nordeste do Brasil.

- Explicou que a estrutura jurídica disciplinando a questão dos recursos hídricos se encontra na Constituição Federal de 1988, que estabeleceu que todas as águas subterrâneas e superficiais são públicas, da União (rios e lagos que banhem mais de um Estado) ou dos Estados, cabendo aos Municípios somente a fiscalização da utilização das águas.

- Criticou a tendência atual de privatizar o saneamento, pois se trata de um modelo que foi adotado, sem sucesso, por vários países, inclusive a França.

- Esclareceu que a proteção das águas subterrâneas não é feita por nenhuma legislação específica, o que seria de rigor, mas já existem

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projetos nesse sentido, especialmente em relação ao Aquífero Guarani.

- Em seguida, exibiu um vídeo a respeito do Aquífero Guarani e questionou se esse importantíssimo recurso hídrico vem sendo adequadamente cuidado pelos Poder Público.

- Criticou a situação atual do Brasil em relação à exploração desmedida de poços artesianos, que não se submete a licenciamento ambiental, por não estar inserida no rol - embora não taxativo – da Resolução n.237/CONAMA.

- A seu ver, os poços artesianos possuem efeitos negativos, notadamente no que se refere a questões de saúde pública e ambiental, além de romper o sistema de saneamento público e gerar enriquecimento ilícito por parte daqueles que usufruem de recursos hídricos subterrâneos públicos sem efetuar a devida contraprestação. - Afirmou, ainda, que os poços artesianos podem contaminar as águas subterrâneas, sugerindo, em vista disso, a criminalização de condutas envolvendo a exploração indevida das águas. Nesse sentido, o Ministério Público deve exercer uma defesa intransigente dos recursos hídricos, tanto os superficiais quantos os subterrâneos.

- Esclareceu que a Lei de Diretrizes Nacionais de Saneamento (Lei n. 11.455/07) dispõe que nos locais em que exista rede pública não pode haver a exploração de poços artesianos.

- Por fim, argumentou que a Mata Atlântica e a Amazônia foram quase que totalmente destruídas e agora estão tentando acabar som os recursos hídricos brasileiros.

Carlos Bocuhy – PROAM

- Tema: A participação da sociedade organizada na preservação da sustentabilidade ambiental

- Afirmou que o planeta possui áreas muito ocupadas e exploradas e apresentou, nesse sentido, gráficos que demonstram os elevados gastos de recursos naturais. Os Estados Unidos são os que mais gastam recursos naturais.

- Afirmou que o planeta, em mais de 4,5 bilhões de anos, apresentou uma evolução lenta, em ritmo biológico. Hoje, contrariamente, temos

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uma evolução que obedece um ritmo econômico, o que atrapalha o desenvolvimento do planeta.

- Apresentou gráficos demonstrando quanto os EUA gastam em armamentos. A dívida interna americana é enorme, alcançando a elevada cifra de 115 trilhões de dólares. Tal dívida, de forma indireta, ocasiona uma quebra na sustentabilidade daquele País.

- Atestou que a questão econômica e de sustentabilidade se confundem, sendo certo que o Brasil é um país que ainda possui grande capital ambiental. Porém, o controle desse capital tem sido feito de forma equivocada, por meio de EIA/RIMAs deficientes, que não atendem a sua finalidade. Além disso, no Estado de São Paulo, houve um profundo desaparelhamento do CONSEMA, ocasionado principalmente por questões políticas.

- Afirmou que sustentabilidade é uma questão de sobrevivência. Quanto mais água, mais qualidade de vida. Quanto mais florestas, idem.

- Afirmou que na cidade de São Paulo a questão da impermeabilização desenfreada do solo urbano trouxe graves consequências para o ambiente, notadamente em razão do aparecimentos das chamadas “ilhas de calor”.

- Demonstrou grande preocupação com a poluição atmosférica na Capital de São Paulo, afirmando se tratar de problema que gera a morte de grande número de pessoas, todos os anos.

- Por fim, revelou preocupação com o grande aumento no número de licenças ambientais concedidas pelo Poder Público. Além disso, criticou o papel da imprensa na questão ambiental, afirmando que parte dela é a favor dos grandes empreendimentos imobiliários (grandes anunciantes de publicidade), além de ter se rendido ao agronegócio no tocante ao encaminhamento do projeto do novo Código Florestal.

Carina Costa de Oliveira – FGV Direito - RJ

- Tema: Proposta de um diálogo entre atores públicos e privados para o Rio + 20.

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- Apresentou gráficos e previsões em relação ao Rio + 20, evento que irá acontecer no Brasil, em 2012. Informou que o Rio de Janeiro será a sede da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. O encontro recebeu o nome de Rio+20 e visa a renovar o engajamento dos líderes mundiais com o desenvolvimento sustentável do planeta, vinte anos após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Serão debatidos a contribuição da “economia verde” para o desenvolvimento sustentável e a eliminação da pobreza, com foco sobre a questão da estrutura de governança internacional na área do desenvolvimento sustentável. A Rio+20 insere-se, assim, na longa tradição de reuniões anteriores da ONU sobre o tema, entre as quais as Conferências de 1972 em Estocolmo, Suécia, e de 2002, em Joanesburgo, África do Sul.

Referências

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