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Roteiro detalhado Tour Nordeste (23 dias).

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Academic year: 2021

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Roteiro detalhado – Tour Nordeste (23 dias).

Bem-vindo ao Nordeste Brasileiro. Apresento aqui um roteiro detalhado da viagem que cobre quase todas as aves endêmicas dessa fantástica região. É um tour longo, vinte e três dias de viagem e cerca de 6500 km a serem percorridos, onde vamos passar por sete Estados e diversos ambientes: Caatinga, Cerrado, Campos Rupestres, zonas de transição Caatinga/Mata Atlântica, Caatinga/Cerrado, Mata Atlântica de montanha e de baixada... Gosto de chamar esse passeio de Tour dos Contrastes; pela diversidade de ambientes, clima, cultura e claro, diversidade imensa de aves!! Leia com atenção e se surgir qualquer dúvida é só entrar em contato.

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Dia 01: Encontro da turma em Fortaleza. O ideal é chegar em voos antes do meio dia ou mesmo no dia anterior, para ganharmos tempo e uma tarde de passarinhada. São 200 km até o belíssimo município de Icapuí no litoral leste cearense. Um dos principais “alvos” nesse local é a saracura-do-mangue (Aramides mangle), que é bem comum na estação seca. Entre Agosto e medos de Janeiro é o melhor período para essa espécie, pois na estação chuvosa os bichos migram pra reproduzir no interior. Outro grande atrativo dessa região são as espécies costeiras migratórias que ocorrem em grande quantidade especialmente entre Outubro e meados de Março, onde buscam refúgio do rigoroso inverno do Hemisfério Norte.

Dia 02: Encerrando a passarinhada em Icapuí, seguimos para a Serra de Baturité (225 Km), onde nos hospedaremos no Hotel Alto da Serra e passarinharemos nos municípios de Guaramiranga e Pacoti. Por conta da sua altitude e proximidade do litoral, a Serra de Baturité é coberta por uma mata úmida (oficialmente considerada Mata Atlântica) na sua porção mais alta, rodeada pela Caatinga nas regiões mais baixas, sendo uma “ilha” de umidade em meio ao semiárido; mantendo espécies únicas. Alguns destaques são a tiriba-do-peito-cinza / periquito cara-suja (Pyrrhura griseipectus), que tem nessa serra seu principal refúgio, a maria-do-nordeste (Hemitriccus mirandae), pica-pau-anão-da-caatinga (Picumnus limae), joão-de-cabeça-cinza (Cranioleuca semicinerea), vira-folha-cearense (Sclerurus cearensis), chupa-dente-do-nordeste (Conopophaga cearae), saripoca-de-gouldi (Selenidera gouldii), arapaçu-rajado-do-nordeste (Xiphorhynchus atlanticus), pica-pau-ocráceo (Celeus ochraceus), tovaca-campainha (Chamaeza campanisona), que na verdade trata-se de uma espécie ainda não descrita), as formas locais da saíra-militar (Tangara cyanocephala cearenses), choca-da-mata (Thamnophilus caerulescens cearensis), dentre outros...

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Dia 03: Ao encerrar a passarinhada na Serra de Baturité, seguiremos para Quixadá ( 110 Km ), que fica no sertão central do Ceará e é famosa por suas formações rochosas, chamadas de inselbergs. Aqui nos hospedaremos no excelente hotel Pedra dos Ventos e daremos nossos primeiros passos na Caatinga. Alguns destaques são o bacurauzinho-da-caatinga (Nyctidromus hirundinaceus) durante o dia, periquito-do-sertão (Eupsittula cactorum), rapazinho-dos-velhos (Nystalus maculatus), pica-pau-ocráceo (Celeus ochraceus), casaca-de-couro (Pseudoseisura cristata), gralha-cancã (Cyanocorax cyanopogon), choca-barrada-do-nordeste (Thamnophilus capistratus), chances com a rara jacucaca (Penelope jacucaca), dentre outros. Passarinhada nos arredores do Hotel PM.

Link pra vídeo do bacurauzinho-da-caatinga: https://youtu.be/rG5l7lz1Jd8

Dia 04: Passarinhada cedo nos arredores do hotel e longa viagem até a Chapada do Araripe ( 350 Km ), com algumas paradas em lagoas de beira de estrada onde teremos a chance de registrar a paturi-preta (Nomonyx dominicus) e as vezes a marreca-de-bico-roxo (que é incerta pois realiza migrações), dentre outros. Na Chapada do Araripe, nos hospedaremos no Hotel Encosta da Serra e passarinharemos nos municípios de Crato, Barbalha, Potengi e Araripe. A Chapada entrou de vez pro mapa da observação de aves mundial, quando em 1996, uma ave belíssima foi descoberta pela Ciência na região; o soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni) é sem dúvidas um sonho de consumo de qualquer passarinheiro ao redor do globo e nós vamos nos dedicar bastante pra conseguir boas fotos desse bicho fantástico. Mas além da Encosta da Chapada, que mantem uma mata úmida por conta das centenas de nascentes que escoam na região, nós também vamos passarinhar no alto do planalto, em áreas de Caatinga bem densa (denominadas como Carrasco). Esse ambiente é o lar de vários endemismos da Caatinga, como o torom-do-nordeste/pompeu (Hylopezus ochroleucus), bico-virado-da-caatinga (Megaxenops parnaguae), chorozinho-da-caatinga (Herpsilochmus sellowi), choca-do-nordeste (Sakesphorus cristatus), dentre outros.

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Dia 05: Dia inteiro passarinhando na região da Chapada do Araripe, explorando as Caatingas do alto do Planalto.

Dia 06: Passarinhada na encosta da Chapada pela manhã, onde nosso principal objetivo é o soldadinho-do-araripe, e viagem até Canudos – BA (360 Km). Nos hospedaremos em alojamentos dentro da Estação Biológica de Canudos, um lugar incrível, gerenciado pela ONG Biodiversitas, criado para proteger uma das áres de dormida e reprodução das araras-azuis-de-lear (Anodorhynchus leari). Visitar esses paredões de arenito ao amanhecer é uma das esperiências mais emocionantes que tenho como observador de aves (jamais vou enjoar). As araras são o atrativo principal, mas além delas teremos a chance de encontrar novamente espécies de Caatinga, como o joão-chique-chique (Synallaxis hellmayri), que é comum mas sempre difícil de fotografar, o papa-moscas-do-sertão (Stigmatura napensis), alegrinho-balança-rabo (Stigmatura budytoides), aratinga-de-testa-azul (Thectocercus acuticaudatus), pica-pau-anão-pintado (Picumnus pygmaeus), rabo-branco-de-cauda-larga (Anopetia gounellei), o bacurauzinho (Nannochordeiles pusillus), dentre outros.

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Dia 07: Saimos 4:30 da manhã para os paredões de dormida das araras onde vamos passarinhar, tendo como alvo principal as araras-azuis-de-lear. Após o “fim do show”, retornamos para a Reserva para tomar o melhor café da manhã da viagem (o famoso café da Tânia).

Depois do café é pé na estrada para uma longa viagem (490 Km) até União dos Palmares, no estado de Alagoas, que será nossa base para passarinharmos na Estação Ecológica de Murici. Murici é famosa mundialmente pois no início da década de 1980 quatro espécies de aves foram descritas para a Ciência desta localidade. Devido a uma série de fatores geográficos, sendo um dos principais o rio São Francisco, a Mata Atlântica ao norte desse Rio tem várias espécies únicas, sendo um dos Centros de Endemismos (Centro de Endemismo Pernambuco) mais importantes e ameaçados do país. Ciclos econômicos como o do Pau Brasil, do gado e especialmente o da monocultura da cana-de-açucar, reduziu a Mata Atlântica desse região a cerca de somente 2 % de sua extenção original (leitura complementar no link a seguir:

http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/ConservacaodeAvesEndemicas.pdf ).

É importante frisar que a passarihada nessa região não é das mais fáceis, além de estarmos falando de algumas das aves mais raras do país, os fragmentos florestais que restaram ficam em locais de difícil acesso e mesmo com veículo 4x4 pode ser difícil chegar em algumas dessas áreas, especialmente no período chuvoso, pois a lama (solo massapê) é extremamente escorregadia. No nosso carro levo correntes anti-derrapante para minimizar os riscos nessas situações.

Dito isso, voltemos à passarinhada pois apesar das mazelas, ainda restam sobreviventes nessas sofridas florestas; ainda na tarde do dia 07 vamos passarinahr nos jardins do Hotel, onde temos chances de encontrar o belíssimo pintor (Tangara fastuosa).

Dia 08: Saimos cedo com os dedos cruzados pra não chover em rumo à Estação Ecológica de Murici (município de Murici), onde buscaremos por raridades como a choquinha-de-alagoas (Myrmotherula snowi), gavião-de-pescoço-branco (Leptodon forbesi), barranquero-do-nordeste (Automolus lammi) maria-de-barriga-branca (Hemitriccus griseipectus), etc.

Pernoite em União dos Palmares.

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Dia 09: Saimos cedo já com as malas pra 2 horas de estrada até a RPPN Frei Caneca, no município de Jaqueira, em Pernambuco. A avifauna é similar à de Murici, sendo que algumas espécies são mais fáceis de encontrar aqui. Alguns alvos são o zidedê-do-nordeste (Terenura sicki), cara-pintada (Phylloscartes ceciliae), chororó-didi (Cercomacroides laeta), beija-flor-de-costas-violetas (Thalurania watertonii), arapaçu-pardo-do-nordeste (Dendrocincla taunayi), etc. Encerrada a passarinhada seguiremos até nossa próxima parada, Tamandaré, no litoral sul de Pernambuco.

Dia 10: Passarinhada matinal nos arredores de Tamandaré e Rio Formoso, onde o anumará (Curaeus forbesi) e o tatac (Synallaxis infuscata) são alguns dos alvos. Teremos novas chances com o gavião-de-pescoço-branco e outros endemismos da região. Encerrada a passarinhada seguimos viagem (mais uma longa jornada de 500 Km) até Estância, no estado de Sergipe, parando no caminho para tentarmos o chorozinho-de-papo-preto (Herpsilochmus pectoralis). Dia 11: Passarinhada matinal em Santa Luzia do Itanhy (Sergipe), em busca principalmente do papa-taoca-da-bahia (Pyriglena atra) e muita estrada até a Chapada Diamantina (+ - 550 Km); onde ficaremos hospedados na agradabilíssima Pousada Casa da Geléia, na cidade histórica de Lençois.

A Chapada Diamatina é famosíssima por conta de suas inúmeras belezas naturais (caminhadas, cachoeiras, rios cristalinos, grutas e paisagens de tirar o fôlego são alguns dos atrativos da região). A Chapada é imensa e com uma diversidade enorme de ambientes, por lá em um mesmo dia vamos passarinhar em Campos Rupestres, Caatinga, Cerrado e Mata Úmida! São vários os “alvos” nessa região, com destaque é claro para o belíssimo beija-flor-de-gravata-vermelha (Augastes lumachella). Mas além dele teremos o papa-formiga-do-sincorá (Formicivora grantsaui) e o tapaculo-da-chapada-diamantina (Scytalopus diamantinensis), ambos descritos para a Ciencia apenas em 2007 e endêmicos da Chapada Diamantina; o tico-tico-do-são-francisco (Arremon franciscanus), chifre-de-ouro (Heliactin bilophus), rabo-mole-da-serra (Embernagra longicauda), maria-corruira (Euscarthmus rufomarginatus), papa-moscas-de-costas-cinzentas (Polystictus superciliaris), tapaculo-de-colarinho (Melanopareia torquata), tangará-príncipe (Chiroxiphia pareola) e muitos outros !! Façam um filtro de espécies no Wiki Aves pelos municipios de Lençois, Palmeiras e Mucugê.

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Link para video do beija-flor-de-gravata-vermelha: https://youtu.be/3AZK3BhTVNM

Dia 12: Dia inteiro explorando vários ambientes da Chapada Diamantina nos municipios de Lençois, Palmeiras e Mucugê.

Dia 13: Tomamos o café-da-manhã cedo e já partimos com todas as malas no carro, paramos pra passarinhar no caminho em Palmeiras e seguimos rumo à Barreiras, no Oeste baiano (mais uma longa jornada de 400 km), que será nossa base para passarinhar em São Desidério. As florestas secas de São Desidério são o habitat de espécies raras como o arapaçu-de-wagler (Lepidocolaptes wagleri), o arapaçu-do-nordeste (Xiphocolaptes falcirostris) e a maria-preta-do-nordeste (Knipolegus franciscanus). Teremos novas chances pra espécies típicas da Caatinga e Cerrado.

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Dia 14: Passarinhada pela manhã em São Desidério e seguimos para São Domingos (200 Km) no estado de Goiás, com parada em uma área de Cerrado pra tentar bichos como o suiriri-da-chapada (Suiriri affinis) e o pica-pau-chorão (Veniliornis mixtus).

Dia 15: Partimos cedo pra passarinhar nas Matas Secas e de Galeria ao longos de belíssimos afloramentos de calcário no Parque Estadual da Terra Ronca, lar da rara e ameaçada tiriba-de-pfrimer (Pyrrhura tiriba-de-pfrimeri), nosso principal “alvo” nessa área. Além dela, teremos ótimas chances de encontrar a jandaia (Aratinga jandaya) e bichos típicos de mata de galeria, como o soldadinho (Antilophia galeata). Encerrando a passarinhada, já partimos direto pra mais uma longa jornada de 420 Km até Bom Jesus da Lapa, onde temos chance de registrar o bacurau-do-são-francisco (Nyctiprogne vielliardi).

Dia 16: Cedinho já partimos em rumo a Boa Nova (480 Km), novamente na Bahia, com uma parada estratégica no caminho (no municipio de Caetité) pra tentar o cara-dourada (Phylloscartes roquettei), outra espécie com distribuição bem restrita, e outros bichos de Caatinga caso ainda falte algo. Seguimos viagem, chegando em Boa Nova de tarde, onde nos instalaremos na Pousada dos Pássaros, que é básica mas tem tudo que precisamos e o atendimento do pessoal de lá é sempre nota dez. Se der tempo, já vamos passarinhar um pouco no final da tarde no famoso lajedo dos beija-flores.

Boa Nova é uma região muito especial pois abriga cerca de 430 espécies de aves; a razão dessa imensa diversidade é que nessa área ocorre o encontro da Mata Atlântica montana com a Caatinga, dai temos várias aves típicas de Caatinga, de Mata Atlântica e ainda temos a “Mata de Cipó”, que é justamente a zona de transição entre os dois domínios vegetacionais nessa região. Essa mata é caracterizada por muitas lianas (cipós) e por bromélias gigantes no chão da floresta, que é exatamente onde vive o gravatazeiro (Rhopornis ardesiacus), um endemismo notável dessa floresta, que infelizmente se encontra bastante ameaçada. Graças ao trabalho árduo de ONGs como a SAVE Brasil ( http://savebrasil.org.br/wp/ ), parte da Mata de Cipó e da Mata Atlântica boanovense, hoje são Parque Nacional e pelo menos em teoria, estão protegidas.

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Mas além da Mata de Cipó, em Boa Nova tem muito mais bichos especiais, alguns destaques da Mata Alântica são o joão-baiano (Synallaxis whitneyi), rabo-amarelo (Thripophaga macroura), acrobata (Acrobatornis fonsecai), chororó-cinzento (Cercomacra brasiliana), anambezinho (Iodopleura pipra), tangarazinho (Ilicura militaris), caburezinho (Glaucidium minitissimum), narcejão (Gallinago undulata) e muito, muito mais!! Temos também a possibilidade de refazer ou tentar outros bichos de Caatinga se por acaso ainda precisarmos de algo. E obviamente, um dos grandes destaques da região é o lajedo-dos-beija-flores, onde em certa época do ano (principalmente entre Setembro e Fevereiro), centenas de beija-flores, com destaque para o beija-flor-vermelho (Chrysolampis mosquitus) vem se alimentar no final da tarde das flores dos cactus coroa-de-frade, é espetacular!! ( assista um video nesse link:

https://youtu.be/TsSPOAX9SVE ).

Link para video do gravatazeiro: https://youtu.be/U5dMyduWa1A Dia 17: Boa Nova.

Dia 18: Partimos cedo para mais uma jornada (290 Km) até a Reserva Mata do Passarinho, que compreende os municipios de Macarani na Bahia e Bandeira, já em Minas Gerais. Esse é o

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único refúgio conhecido do raríssimo entufado-baiano (Merulaxis stresemanni), uma das espéces mais raras do mundo, com um população total de possivelmente menos de 10 individuos. Ficamos hospedados nos ótimos alojamentos da Reserva, onde os passarinhos estão por todos os lados. Fotografar o entufado-baiano não é fácil, além de raro o bicho ta sempre nos emaranhados do fundo da floresta escura. Vamos fazer o possível, mas sempre em mente que não podemos exagerar com playbacks pois a espécie é realmente extremamente rara. Além de abrigar o entufado-baiano, essa mata é refúgio pra uma número incrível de espécies raras e ameaçadas. Teremos muito o que fazer por aqui.

Dia 19: Após a passarinhada matinal seguiremos para Porto Seguro (300 Km), uma das praias mais famosas da Bahia, mas praia fica pra depois pois nosso alvo aqui são algumas das aves mais raras da Mata Atlântica.

Vamos passarinhar na Reserva Estação Veracel (que abrange os municípios de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália), área de mais de seis mil hectares que conserva parte das “Matas de Tabuleiro”, que tem estrutura parecida com a Floresta Amazônica, recebendo assim o nome

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de “Hiléia Baiana”. Com certeza o bicho mais desejado aqui é o crejoá (Cotinga maculata), que por sua vez é raríssimo e muito discreto (a vocalização não é conhecida), iremos vasculhar os dosséis das árvores e buscar por fruteiras, que proporciona chance maior de encontrá-lo. Esse realmente não é garantido, mas vamos tentar bastante!! Além dele, tem várias outras espécies fantásticas e também raras, como o balança-rabo-canela (Glaucis dohrnii), bacacu-de-asa-branca (Xipholena atropurpurea), tiriba-grande (Pyrrhura cruentata), bandeirinha (Discosura longicaudus), chorona-cinzenta (Laniocera hypopyrra), chauá (Amazona rhodocorytha), choquinha-de-rabo-cintado (Myrmotherula urosticta), o raríssimo urutau-de-asa-branca (Nyctibius leucopterus), pica-pau-de-coleira e etc.

Vamos passarinhar já no final da tarde, ficando na mata até o anoitecer pra tentar o raro urutau-de-asa-branca (link para video do urutau: https://youtu.be/xjr5jSwywZo ).

Dia 20: Café-da-manhã cedo e partimos para a Reserva Veracel. Voltamos pra almoçar no excelente restaurante Portinha e na parte da tarde retornamos para a Reserva.

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Link para video do crejoá: https://youtu.be/ZzRA87kAoBw

Dia 21: Passarinhada pela parte da manhã na Veracel se necessário e seguimos (200 Km) para a Reserva Serra Bonita no município de Camacan, na minha opinião um dos locais mais bacanas da viagem; com comedouros e bebedouros (sempre ótimas oportunidades fotográficas). Lá nos hospedaremos no meio da floresta, nas acomodações de ótima qualidade da Reserva. Nessa região, graças aos esforços do Dr. Vitor Becker e sua família, uma boa porção da Mata Atlântica vem sendo preservada (assistam matéria sobre a Serra Bonita no Good News aqui: https://youtu.be/299q0D6yN88 e no Globo Rural aqui:

https://youtu.be/6q2xuFpQlx4 . São várias as raridades que iremos à procura, como a

borboletinha-baiana (Phylloscartes beckeri), a sabiá-castanha (Cichlopsis leucogenys), choquinha-chumbo (Dysithamnus plumbeus), choquinha-pequena (Myrmotherula minor), araponga-do-horto, o belíssimo tangará-rajado (Machaeropterus regulus), mais uma chance com o acrobata, rabo-amarelo, araçari-poca, tangarazinho, e muito mais.

Dia 22: Dia inteiro na Reserva Serra Bonita.

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Dia 23: Transfer para o aeroporto de Ilhéus ( 150 Km). De preferencia reservar voos na parte da tarde ou noite.

Municipios onde vamos passarinhar ao longo da Tour em cada Estado.

Ceará: Icapuí, Guaramiranga, Pacoti, Quixadá, Iguatu, Crato, Brabalha, Potengi, Araripe. Pernambuco: Jaqueira, Tamandaré, Rio Formoso.

Alagoas: Murici e União dos Palmares. Sergipe: Santa Luzia do Itanhy.

Bahia: Canudos, Lençois, Palmeiras, Mucugê, São Desidério, Bom Jesus da Lapa, Caetité, Boa Nova, Macarani, Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Camacan.

Goiás: São Domingos. Minas Gerais: Bandeira.

Obs: Para otimizar a passarinhada é indicado o uso da ferramenta de filtro de lifers no Wiki Aves.

Informações importantes:

Ao final do Tour vamos ter percorrido cerca de 6500 Km. Utilizaremos um confortável Renault Duster 4x4 com bagageiro externo para que todas as malas sejam bem acomodadas. Em algumas ocasiões carro 4x4 é recomendável (as vezes essencial) para que cheguemos com segurança em todas as áreas de passarinhada.

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Sobre os hotéis, utilizaremos sempre que possível locais de qualidade, organizo esses passeios desde 2006 e já tenho meus locais de preferência. Alguns oferecem café-da-manhã cedo e outros não tem essa opção. Quando não temos café-da-manhã cedo eu preparo um café-preto e providencio algo na noite anterior (sanduiches, frutas, biscoitos, suco...) e comemos no campo para ganharmos tempo.

Café-da-manhã servido no campo.

Serviço de celular é em geral bom (eu uso Vivo) em quase todas as áreas que vamos visitar (com 3G em quase todos os lugares,) e wi-fi é oferecido em todos os hotéis, com exceção das Reservas da Biodiversitas (arara-azul-de-lear e mata do passarinho), por enquanto ainda não tem energia elétrica (está sendo providenciada a instalação de energia solar) na reserva das araras. Mas lá, vamos jantar na cidade e podemos usar wi-fi no restaurante e as baterias devem ser todas carregadas na noite anterior (eu vou avisar com antecedência) e em caso de emergência podemos recarregar na casa dos funcionários que moram na cidade. Só passaremos uma noite lá, o local é tão bonito que garanto que ninguém vai sentir falta de energia (e eles oferecem lanternas com leds, suficiente para iluminar o quarto).

Sobre equipamentos, além dos fotográficos e binóculos (pros que gostam), é sempre bom ter uma lanterna boa, perneiras são sempre recomendadas pra quem anda no mato (nunca tive problemas com serpentes; mas prevenir é sempre melhor...), bonés, botas confortáveis (essas de trekking), roupas leves e que sequem rápido (a maioria dos hotéis oferecem serviços de lavanderia, portanto não é preciso viajar com o guarda-roupa inteiro na mala, hehehe). Protetor solar, repelente contra inseto (não tem nenhuma área com excesso de mosquitos, mas é sempre bom evita-los), guarda-chuva e um casaco leve (o clima pode variar de 15° a 40° graus).

Sobre o Guia:

Sou nascido em Fortaleza e desde muito cedo desenvolvi grande fascínio pela natureza e em especial pelas aves. Formei-me em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Ceará em 2007, mas já entrei na faculdade com intenção de estudar as aves e desde 2000 (quando

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entrei) já comecei a me envolver em trabalhos, especialmente relacionados a levantamento e Conservação de aves no Ceará.

Por cinco anos trabalhei em uma ONG chamada Aquasis, onde ajudei a fundar os Projetos de Conservação do soldadinho-do-araripe e do periquito cara-suja; que ainda existem e tem obtido grandes resultados. Mas trabalhos com Conservação acabam envolvendo muita burocracia. Como sou “bicho-do-mato” e não consigo ficar muito tempo em um mesmo local, iniciei meio que por acaso o trabalho de guia de observação de aves em 2005, depois da primeira turma nunca mais parei. Já são mais de cem viagens organizadas principalmente pelo Nordeste. Quando não estou guiando, estou explorando outras áreas pelo Brasil, fazendo minhas próprias passarinhadas e pesquisas, procurando contribuir para o conhecimento das aves brasileiras. Dentre vários trabalhos que já participei, destaco a descoberta recente de uma espécie nova para a ciência (ainda em processo de descrição). Veja aqui uma matéria de divulgação nessa descoberta no O ECO: http://www.oeco.org.br/convidados/26787-o-maranhao-tem-palmeiras-e-aves-inusitadas

Venho de uma família com grande tradição em fotografia e esse vício me levou cedo a fotografar aves (comecei ainda antes da era digital). Sempre tive predileção por buscar e fotografar aves raras. Tendo assim recebido alguns prêmios, incluindo ai 10 premiações no concorrido concurso promovido pelo Avistar Brasil (sendo dois primeiros lugares e dois prêmios especiais por espécies raras). Minhas fotos já foram utilizadas em inúmeras publicações ao redor do mundo, ajudando a divulgar e conservar áreas que abrigam espécies raras. Durante as guiadas sempre carrego uma câmera, embora eu sempre vá me esforçar ao máximo para que os clientes consigam suas fotos, não consigo abandonar o vício e sempre que possível também vou tentar fazer algumas fotos (sem atrapalhar os outros) especialmente no caso de bichos mais raros.

Carrego uma série de equipamentos de ponta para otimizar ao máximo a passarinhada (Ipods, caixinhas de som potentes e sem fio, laser pointer, lanternas potentes, uso binóculos, posso levar luneta caso o cliente também tenha interesse em observação além de fotografia, conheço muito bem todos os locais que vamos visitar).

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