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CBIC APOIA TENDÊNCIA MUNDIAL DE COMBATE À CORRUPÇÃO
E APRESENTA PROPOSTAS PARA COIBIR DESVIOS
Informativo da Indústria da Construção Newsletter :: Edição 67 :: 04/11/2016
SEMINÁRIO NO RIO VAI DEBATER ÉTICA E COMPLIANCE NA CONSTRUÇÃO. EVENTO
DISCUTIRÁ PROGRAMA DESENVOLVIDO PELA ALEMÃ SIEMENS E OS 12 PONTOS
LEVANTADOS PELA CBIC PARA FECHAR “JANELAS DA CORRUPÇÃO”
A adesão aos mecanismos para combater a falta de transparência, ética, e probidade no relacionamento do setor público com o privado é uma tendência mundial das empresas. Em defesa desses valores no mundo dos negócios, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) relacionou as 12 práticas consagradas na administração pública que favorecem a incidência de desvios, em contribuição às dez medidas de combate à corrupção de iniciativa do Ministério Público. A Comissão Especial da Câmara que analisa medidas contra a corrupção voltou a discutir o assunto esta semana, inclu-indo as medidas anticorrupção propostas pelo Ministério Público. Para a CBIC, mais que tornar a legislação mais rigorosa na punição é essencial criar mecanismos que tornem a prática de ilícitos mais difícil. “A iniciativa do Ministério Público tem grande importância e estamos unindo esforços para completar a ação”, afirma o presidente da entidade, José Carlos Martins. “Mais que punir rigorosamente, é preciso impedir o avanço da corrupção”.
O enfrentamento e correção dos 12 pontos listados pela CBIC, também chamados “janelas de corrupção”, deverão evitar o registro de desvios em Licitações e Contratos públicos, assim como na sua execução, conforme indica o Guia de Ética & Compliance para Instituições e Empresas da Construção Civil disponível ao público, às empresas e associadas da CBIC. O Guia é uma realização da CBIC que conta com a cor realização do SESI Nacional.
O Guia reúne, além das 12 “janelas da corrupção” e medidas para corrigi-las, as mais atuais premissas e ações de compliance, à luz de pa-drões internacionais, que servirão de referência e sugestão para entidades do setor e suas em-presas associadas. Inédito em todo o segmento, o documento é formado por um guia referencial de ética; um guia de compliance e representação política – incluindo a Lei Anticorrupção comen-tada; um código de conduta concorrencial para a construção civil; e um manual de avaliação de risco de corrupção nas empresas.
CASE REFERENCIAL
Para alimentar o debate sobre o tema, que é considerado pelo segmento indispensável ao sucesso empresarial, o Fórum de Ação Social e Cidadania (FASC) da CBIC organizou uma agen-da de encontros com as associaagen-das nas capitais brasileiras para apresentar o Guia e estimular a adoção das medidas por ele propostas.
No próximo dia 8, o Sinduscon-Rio, vai sediar o seminário sobre Ética e Compliance para uma Gestão Eficaz. O programa de Compliance insti-tuído pela alemã Siemens é um dos destaques da programação. Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo SESI Nacional, o evento dá continuidade ao processo de capacitação dos associados iniciado em junho. Com a realização pelo Sindicato da Indústria da Construção do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e pelo Seconci-Rio, com apoio da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-Rio), o encontro no Rio inaugura a agen-da de debates na região Sudeste, mobilizando empresários e dirigentes da construção civil e também o Ministério Público Estadual.
No encontro do Rio, Gesner Oliveira, consultor da G.O Associados e Leonardo Barreto, cientista político, dois dos especialistas responsáveis pela formulação de parte dos documentos do Guia de Ética & Compliance da Construção Civil, apresentarão as linhas gerais do tema. No painel principal dos debates sobre ética e compliance na construção, haverá a participação do procurador do Estado do Rio de Janeiro, André Rodrigues Cyrino. O programa de Compliance desenvolvido pela Siemens AG é o estudo de caso que será apresentado pelo diretor de Compliance da Siemens, Reynaldo Makoto Goto.
PROTEÇÃO À IMAGEM
A legislação brasileira vem se aprimorando para estar em sintonia com as legislações de outros países empenhados na aplicação de penali-dades. No plano externo há também um intenso trabalho do Brasil e da comunidade internacional para combater o suborno de funcionários pú-blicos estrangeiros em transações comerciais, conhecido como suborno transnacional, desde a promulgação da Lei Anticorrupção (Lei n° 12.846), em agosto de 2013.
O corregedor setorial da Controladoria Geral da União (CGU), Antonio Carlos Nóbrega, em
recen-te artigo em que trata do suborno transnacional, mostra como o Brasil se insere nesse contexto. “A Lei da Empresa Limpa ou Lei Anticorrupção veio em momento adequado, quando a sociedade passou a demandar uma postura mais ativa das autoridades públicas para combater práticas no-civas à ética empresarial que resultaram em atos de corrupção. Como resposta a essa demanda, criou-se um conjunto de regras próprias e siste-matizadas que permitem ao Estado responder de modo eficiente às irregularidades praticadas nas relações estabelecidas entre particulares e o poder público”, ressalta Nóbrega, acrescentan-do que anterior a Lei a responsabilização das empresas estava limitada à sanções específicas previstas em leis esparsas.
Atentas às recomendações dos observadores internacionais, a exemplo da Convenção sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Pú-blicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Banco Mundial e da Controladoria Geral da União, as empresas estão cada vez mais interessadas em criar ou aparelhar seus departamentos de ética e Compliance para que seja preservada a sua imagem no ambiente competitivo do mercado. Em seu estudo, Nóbrega ressalta que desde o ano 2000, com a publicação do Decreto n° 3.678 que promulgou a Convenção sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais, já há o compromisso de se combater e prevenir a prática do delito.
Em outros países, após um longo processo discussão interna e de atuação de organismos internacionais, existe um arcabouço jurídico de normas de responsabilidade às pessoas jurídicas. O principal destaque são os Estados Unidos, que desde 1977 possuem o Foreign Corrupt Pratices Act (FCPA) e no Reino Unido em 2011 começou a vigorar o chamado UK Bribery Act.
COMO FECHAR AS JANELAS DA CORRUPÇÃO.
VEJA AS PROPOSTAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL:
1) Criar mecanismos que anulem as licitações iniciadas sem projetos completos de Engenharia,
punindo os agentes públicos responsáveis.
2) Criar mecanismo que obrigue a administração pública a divulgar nos editais as justificativas
técnicas e econômicas que fundamentem o fracionamento – ou não – do objeto licitado.
3) Criar mecanismos que coíbam as exigências excessivas em editais, com punição dos
responsáveis quando estas acontecerem.
4) Instituir mecanismo que defina que a obtenção da licença ambiental prévia constitui requisito
para a publicação do edital do certame e a obtenção da licença ambiental de instalação constitui
requisito para a emissão da Ordem de Serviços.
5) Criar mecanismo que exija a apresentação de Garantia Complementar às propostas cujos
preços forem inferiores à 90% do preço de referência publicado pela administração pública
contratante.
6) Criar mecanismo que responsabilize técnica, administrativa e civilmente o responsável pela
elaboração dos orçamentos de referência nas licitações.
7) Criar mecanismos que definam com clareza e previamente os direitos e as
responsabili-dades de contratantes e de contratados, com total equilíbrio entre as duas partes. A instituição
obrigatória da Matriz de Riscos nas licitações contribuirá para tais definições.
8) Acentuar as atividades dos órgãos de fiscalização e controle com foco nos seguintes aspectos
da execução contratual: cumprimento dos prazos de pagamento, respeito às especificações do
projeto e existência prévia de projeto completo.
9) Definir mecanismos que garantam o fluxo regular de recursos ao longo da execução da obra.
Havendo comprovada necessidade de revisão da previsão inicial, a administração pública deverá
emitir prévio aviso, negociando entre as partes novo cronograma que leve em conta os custos
decorrentes.
10) Criar mecanismos que obriguem a publicidade da ordem cronológica dos pagamentos, por
órgão contratante e por fonte de receita.
11) Criação de canal direto de comunicação entre entidades da construção, órgãos de controle
e Ministério Público para receber denúncias relativas a licitações dirigidas.
12) Transparência e publicidade nos critérios de análise e seleção de projetos pelos Fundos
de Estruturação e de Investimentos com participação do poder público (caso do FI-FGTS e do
recém criado Fundo de Estruturação do BNDES).
O APOIO DO GOVERNO É FUNDAMENTAL PARA A DISSEMINAÇÃO
DO BIM NO BRASIL, AFIRMAM OS ESPECIALISTAS DA CADEIA
PRODUTIVA DA CONSTRUÇÃO
EM MISSÃO ORGANIZADA PELA FEDERAÇÃO INTERAMERICANA DA INDÚSTRIA DA
COSTRUÇÃO (FIIC), O LÍDER DO PROJETO BUILDING INFORMATION MODELING DA
COMAT/CBIC, PAULO SANCHEZ, COMPARTILHA O PROGRESSO DO TRABALHO
REALIZADO NO BRASIL
A metodologia Building Information Modeling (BIM) deixou de ser uma novidade no Chile, pelo menos para o governo de Michelle Bachelet e a Academia. “No Chile, o fenômeno é o contrário do que acontece no Brasil. Lá existe uma força muito grande para implementar o BIM, pois o governo e a academia estão articulados, mas as construtoras chilenas não estão utilizando. Diferentemente do Brasil, em que as construtoras estão usando bas-tante a plataforma e o governo está começando a se mobilizar”, diz Paulo Sanchez, líder do pro-jeto BIM, da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (COMAT/CBIC).
Sanchez participou há dois meses de uma Missão Tecnológica sobre a revolução do BIM na construção, em Santiago, no Chile. A missão faz parte do Projeto Integração Internacional que é uma iniciativa da CBIC e SENAI Nacional. A
missão foi promovida pela Rede Interamericana de Centros de Inovação na Construção (Inconet), da Federação Interamericana da Indústria da Construção (FIIC). O encontro teve a participação de 24 profissionais do setor da construção do Brasil e de mais sete países da América Latina. A delegação visitou o novo projeto do Aeroporto de Santiago, uma PPP onde todos os projetos foram desenvolvidos em BIM; além da visita à obra projetada em BIM com a utilização do BIM ANYWHERE, que é um aplicativo móvel que dá acesso rápido e fácil, para gestores e equipe de obra, de todas as instalações no campo.
Como em todas as revoluções de mudanças de procedimentos em um setor, é necessário tempo e investimento para que se chegue ao objetivo final. Segundo especialistas, não é uma mera transição tecnológica, como inicialmente foi para mover a partir da prancheta para o computador. “No Brasil,
processos e práticas. “Com o Programa de Pro-dutividade e Sustentabilidade Estratégica em Construção, estamos seguindo a experiência do governo britânico, com a introdução de modelos digitais avançados, que permitem a integração de gerenciamento de projetos em diferentes níveis e etapas, também conhecido como BIM. Na Inglater-ra, com a implementação do BIM, a produtividade do setor aumentou 20%”, disse, na ocasião, a presidente chilena. Diante da redução de custos e da eficácia nas construções, o BIM se tornou uma exigência nos processos licitatórios realizados nos Estados Unidos, Inglaterra e Cingapura.
Antes mesmo de toda movimentação em prol do BIM no Chile, o gerente geral da DRS Engenharia e Construção, Juan Carlos Del Río, que esteve no 88º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) de Foz do Iguaçu, contou que o processo de implementação na empresa que trabalha durou dez anos, decisão tomada após ouvir muitas reclamações sobre a qualidade das construções em seu país, constituindo motivação para assumir o desafio e sendo pioneiro na atividade.
Entre 2008 e 2010, Juan Carlos contou que toda sua equipe se engajou no desenvolvimento do programa. Um dos principais problemas enfrenta-dos foi a capacitação do setor de engenharia: os arquitetos e engenheiros não estavam preparados para a nova realidade, pois, quando demandados, muitas vezes não conseguiam dar retorno aos questionamentos técnicos no prazo estipulado. Assim, era preciso equacionar o problema, sendo realizadas capacitações e adequações, e, no fim de 2010, o gerente notou que os resultados positivos começaram a aparecer. Partindo de um investimento inicial de 4 mil dólares, foi iniciada a implementação. Levou quase dois anos de estudo para começar a colocar em prática. “Uma vez que se inicia o processo, não há como realizá-lo pela metade. É necessário muito empenho e deter-minação de todos para que o programa evolua”, afirmou.
A execução se deu entre 2012 e 2015. Depois desse feito, Del Rio analisou comparativamente os projetos com e sem a modelagem BIM, e um dos resultados mais expressivos foi a quantidade de alterações – de 4.718 foram reduzidas para 0,78. Outra constatação foi a diferença entre o custo planejado e o custo real: de aproximadamente 15% diminuiu para cerca de 5%. Um fato importante quando as empresas começarem a perceber o
ganho que existe em produtividade, qualidade, economia de obra e aderência no cronograma, o BIM vai ser uma revolução”, afirma Paulo Sanchez. Em sua empresa, a Sinco Engenharia, o uso des-sa tecnologia reduziu os custos em cerca de 4% desde 2011, quando a ferramenta passou a ser utilizada.
Sanchez conta que há dois anos, os chilenos visi-taram sua empresa para saber como os brasileiros estavam fazendo para implementar o BIM. “Nesse meio tempo o que eles fizeram em termos gover-namentais foi muito mais do que os seis anos que nós estamos trabalhando com o BIM. O governo chileno é o indutor e, aqui no Brasil, as empresas são as indutoras desse processo”. Sanchez com-plementa dizendo que o Brasil está no mesmo nível dos Estados Unidos e da Inglaterra. “Talvez a gente não dê o valor devido porque o Brasil é muito grande. O Chile é 10% do Brasil, então aí mora a diferença também”.
Em artigo publicado no CBIC MAIS, o engenheiro e autor da coletânea BIM publicada pela CBIC e com a correalização do SENAI Nacional, Wilton Catelani, escreveu que adotar O BIM significa tomar a decisão de inovar. “Pode não ser simples e pode não ser fácil e dificilmente será comple-tamente indolor, mas a mudança é indispensável para o crescimento”.
O PONTA PÉ INICIAL DO CHILE
O BIM já é bastante empregado no mundo, mesmo em países da América Latina. No Chile, a presidente Michelle Bachelet anunciou, em dezembro passado, que o país usará oficialmente o modelo. Ela ressaltou que as empresas deveriam implementar a plataforma para melhorar seus
também foi a redução do tempo de desenvolvimen-to de projedesenvolvimen-to, que durava uma média de 9,5 meses e caiu para 9 meses, possibilitando execução de melhor qualidade, maior rapidez e menor custo para empresa.
COMPARTILHANDO O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DO BIM NO BRASIL
Diante das vantagens da adoção desse método, a Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat) da CBIC e o SENAI Na-cional têm aliado esforços para divulgar esse
con-ceito por meio do projeto “Disseminação do BIM”. A iniciativa, em prática desde 2015, tem buscado elaborar estudos, orientar empresas e promover capacitação profissional para que o BIM se torne conhecido e incluído nos projetos nacionais. Os workshops de disseminação do BIM já são uma das iniciativas de sucesso realizadas pela CBIC, em correalização com o SENAI Nacional. O pri-meiro seminário aconteceu no Rio de Janeiro no mês passado e contou com a parceria do Sistema Firjan, Ademi-Rio e Sinduscon-Rio. A Comissão ainda pretende realizar um BIM Roadshow para o primeiro semestre de 2017.
O processo de disseminação do BIM também foi realizado no Chile, através da apresentação de Paulo Sanchez durante a missão no país. Sanchez realizou uma apresentação do processo de im-plementação nas empresas brasileiras e entregou exemplares da Coletânea BIM, para todos os 24 representantes da cadeia produtiva da construção na América Latina e disponibilizou o link para baixar o arquivo.
Após a apresentação, foi coletado depoimentos dos participantes da missão promovida pela FIIC:
“Este trabalho será o marco inicial para que possamos dar um passo grande na implantação do BIM nas empresas do Peru “, Christian Leyton, Chefe da Comissão BIM da Câmara Peruana de
Construção (CAPECO) – PERU
“Gostaria de parabenizar a CBIC pelo trabalho, que será muito útil para a CAMACOL”, Alejandro
Botero, Gerente BIM da Câmara Colombiana de Construção (CAMACOL) - COLÔMBIA
“Este trabalho é muito completo e será uma alavanca para a disseminação do BIM na Argen-tina”, Sebastian Orrego, Chefe Câmara Argentina para Desenvolvimento Tecnológico e Educação
“ Vocês desenvolveram este trabalho em um prazo muito curto, isto demonstra como a CBIC está engajada na difusão e implementação do BIM nas empresas brasileiras, e será de grande valia para acrescentar alguns itens em nosso manual BIM”, Juan Carlos de Leon, Gerente Geral
Corporassiona de Desarrollo Tecnologico CDT - CHILE
Foto à esquerda, O líder do BIM na Comat/CBIC, Paulo Sanchez e à direita, demonstração do BIM ANYWHERE Paulo Liebert
INOVAÇÃO: CHAVE PARA A COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA
DA CONSTRUÇÃO
CBIC DESTACA, DURANTE ENCONTRO INTERNACIONAL DE INOVAÇÃO E AVANÇOS
TECNOLÓGICOS NA COLÔMBIA, DESAFIOS DOS EMPRESÁRIOS BRASILEIROS PARA
ALCANÇA-LA
A inovação como chave para a competitivi-dade do setor construtivo e a tecnologia para a construção sustentável foram o temas principais do TecnoConstrucción - Encontro Internacional de Inovação e Avanços Tecnológicos para o setor da construção, promovido pela Câmara Colombiana da Construção (Camacol), nos últimos dias 2 e 3 de novembro, no Hotel Dann Carlton Cali, na Colômbia. O evento reuniu, entre outros, atores do setor da construção do México, Colômbia, Chile, Espanha, Porto Rico, Brasil e China, como o inventor de impressoras 3D, Ma Yihe. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), representante nacional e internacional do setor da construção, participou do evento, por meio do presidente da sua Comissão de Materiais, Tecnolo-gia, Qualidade e Produtividade (Comat), Dionyzio Antonio Martins Klavdianos, oportunidade em que apresentou as inovações do setor da construção nacional aos participantes do evento,
destacan-do os desafios destacan-dos empresários em alcança-las. “O maior desafio dos empresários da construção no mundo para se manter no mercado é construir mais, melhor, mais barato e com menos”, mencio-nou Dionyzio Klavdianos. Esta ação faz parte do projeto de Integração Internacional, uma iniciativa da CBIC e do SENAI Nacional.
MUDANÇA CULTURAL
Dionyzio Klavdianos mencionou as barreiras cul-turais existentes no País sobre inovação. “De uma forma geral, os empresários brasileiros não ado-tam uma cultura sistêmica de inovação e o cliente tem resistência a adquirir sistemas construtivos diferentes dos tradicionais, que podem e devem continuar a ser adotados, mas otimizados para que reduzam impacto negativo ao meio ambiente e evoluam em produtividade”, disse. Destacou, no entanto, o trabalho que vem sendo desenvolvido
Divulgação CAMACOL
Sebastian Ascuy (Ecomac Chile), o presidente de desenvolvimento tecnológico da Câmara Chilena da Construção Carlos Zeppelin e o presidente da Comat/CBIC Dionyzio Klavdianos
pela CBIC para mudar essa cultura e para que as construções nacionais atendam aos preceitos básicos da engenharia e estejam de acordo com as normas técnicas brasileiras. Destacou a imple-mentação do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), em 1991, quando a cultura da norma técnica começou a ganhar impulso no dia a dia das construtoras, pro-cesso que se consolidou com a instituição da ABNT NBR 15575, que desde 2013 instituiu parâmetros de desempenho para Edificações Habitacionais da indústria da construção brasileira, estabelecendo requisitos mínimos de qualidade, conforto e segu-rança em imóveis residenciais.
Ressaltou que a CBIC foi uma das principais indu-toras para o sucesso da aprovação da NBR 15575 durante o período em que esteve em consulta na-cional e posteriormente em ações integradas com a indústria de materiais, governo, instituições fi-nanceiras, conselhos de engenharia e arquitetura e academia para a disseminação do seu conteú-do e preceitos por toconteú-dos os segmentos da cadeia construtiva, que resultaram nas publicações do Guia Orientativo para Atendimento à Norma de Desempenho; Dúvidas sobre a Norma de Desem-penho – Especialistas Respondem; Análise dos Critérios de Atendimento à Norma de Desempen-ho, e Guia Nacional para Elaboração do Manual de Uso, Operação e Manutenção das Edificações, todos realizados pela CBIC, com a correalização do SENAI Nacional.
O presidente da Comat/CBIC mencionou também o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), programa instituído em 2009 pelo governo federal, que, com o objetivo de reduzir o déficit habitacional nacio-nal, possibilitou a consolidação de uma série de processos construtivos inovadores, que necessita-vam de escala para viabilização, como casas de bloco de concreto estrutural e parede de concreto armado. Citou também os trabalhos desenvolvidos pelo Comitê Nacional de Desenvolvimento Tec-nológico da Habitação (CTECH), coordenado pelo Ministério das Cidades, que inseriram diretrizes e conceitos previstos na NBR 15575 no Caderno de Encargos e Serviços das Moradias Construídas no âmbito do MCMV. Com isso, a partir da Fase III do MCMV todas as moradias deverão ser construídas utilizando unicamente sistemas construtivos que atendam à referida norma técnica.
Salientou também o trabalho do Grupo Técni-co de ATécni-companhamento de Normas Técnicas da CBIC que, desde a sua criação, há três anos, vem participando efetivamente da elaboração e/ou re-visão de cerca de 30 normas técnicas, bem como acompanhando mais de 100, além de monitorar aproximadamente 300 normas por ano e atual-mente publica em conjunto com o Sinduscon-MG o Catálogo de Normas Técnicas, onde todas as normas relacionadas à edificação estão listadas.
INOVAÇÃO NO SETOR
No que se refere ao incentivo à inovação no setor da construção nacional, Klavdianos mencionou o Sistema Nacional de Avaliação Técnica de Pro-dutos Inovadores (Sinat), no âmbito do Ministério das Cidades, que é um processo de validação de produtos inovadores empregados em edifícios, particularmente habitacionais, obras de sanea-mento e de infraestrutura de transportes, baseado no conceito de desempenho. As avaliações são realizadas por entidades credenciadas como Instituições Técnicas Avaliadoras (ITA’s), com avaliações iniciais e semestrais. Atualmente há 10 ITA’s e 11 Diretrizes para Avaliação Técnica de
Dionyzio Klavdianos, presidente da Comat/CBIC
SENADORES FERNANDO BEZERRA E ROBERTO MUNIZ CONFIRMAM
PRESENÇA NA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA CBIC
A reunião do Conselho de Adminis-tração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) do próximo dia 9 de novembro receberá o senador Roberto Muniz (PP-BA) e o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) para discutir projetos em tramitação no Senado Federal.
O encontro contará ainda com a pre-sença do cientista político Leonardo Barreto que fará sua avaliação sobre o cenário político do País. A reunião será realizada das 10h30 às 16h30, na sede da entidade, em Brasília, oportunidade em que o presidente do Conselho Fed-eral de Engenharia e Agronomia (Con-fea), José Tadeu da Silva, abordará o tema “Valorização da Engenharia”. Produtos (Diretriz Sinat). “Desde a implantação do
Sinat, tivemos 30 Documentos de Avaliação Técni-ca (DATec’s) desenvolvidos, dentre eles, 11 estão válidos. No entanto, o sistema de aprovação ainda é moroso, estamos discutindo a revisão do proces-so com o objetivo de torná-lo mais rápido, manten-do-se logicamente a criticidade”, disse.
Quanto à competitividade, informou sobre a parce-ria com o Instituto SENAI de Inovação para o pro-jeto de desenvolvimento de impressora em 3D no Brasil, mencionando que a entidade acredita que a correta implementação da inovação da impres-sora 3D pode contribuir com a redução do déficit habitacional no mundo, notadamente em regiões mais pobres. Citou também a necessidade de se investir no Building Information Modeling (BIM). “A CBIC entende que o BIM é muito mais que uma evolução de software, mas um processo poderoso de integração de outros já existentes e que apli-cado com inteligência pode beneficiar, de novo, o pequeno e médio empresário, justo o associado da CBIC, que normalmente não tem condições de criar, manter e, notadamente, integrar, em padrão de excelência, departamentos distintos como os de projeto, compras, planejamento, obras e
ma-nutenção...”tarefa” que pode ser facilitada pelo uso correto do BIM”, frisou.
Informou ainda que, com o objetivo de promover a democratização do processo, foi lançada em junho deste ano a primeira coletânea BIM voltada para construtoras e incorporadoras com o intuito de remover barreiras de compreensão, ensinar o empresário a dar os primeiros passos rumo à inovação e quebrar a barreira do imaginário popular que pensa que esta revolução está ligada exclusivamente aos projetos. A ação integra o pro-jeto Disseminação do BIM, uma iniciativa da CBIC e do SENAI Nacional. Além disso, destacou o Prê-mio CBIC de Inovação e Sustentabilidade, ação que integra projeto de mesmo nome, de iniciati-va da CBIC e do SENAI Nacional, um dos mais importantes do setor e que tem como objetivo premiar projetos inovadores, no âmbito das em-presas, academia, fornecedores, que tenham se mostrado na prática instrumento de avanço em termos de melhoria de qualidade e competitividade e cujos premiados desta edição serão conhecidos no dia 14 de dezembro deste ano.
CONSTRUÇÃO CIVIL VAI DISCUTIR NOVO CICLO DE CONCESSÕES E
PPPS: SETOR DEFENDE APERFEIÇOAMENTO DAS REGRAS
SEMINÁRIO VAI ABORDAR MARCOS REGULATÓRIOS E MODELAGEM. EXPECTATIVA É
QUE MAIS EMPRESAS, E DE DIVERSOS PORTES, POSSAM PARTICIPAR DOS PROJETOS
O programa de Concessões e Parceria Públi-co-Privadas (PPPs) é o tema central do Seminário Aperfeiçoamento do Marco Regulatório das Con-cessões de Infraestrutura, que será realizado em Brasília no dia 17/11. No momento em que o gover-no federal prepara as regras dos gover-novos projetos, o evento servirá para que dirigentes, empresários e profissionais do setor possam conhecer o programa e contribuir com o debate em torno de sua modelagem. Foram confirmadas as presenças de Wellington Morei-ra FMorei-ranco, titular da Secretaria do ProgMorei-rama de Parce-rias de Investimentos (PPI) da Presidência da Repúbli-ca; do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes; do advogado Fernando Vernalha Guimarães, especialista no tema; e de representantes do Banco do Brasil, Fabiano Fontes; e do BNDES, Cleverson Aroeira. “É uma oportunidade de aprofun-darmos o debate que temos feito sobre esse assun-to, que é estratégico para o país e também para a construção civil”, diz José Carlos Martins, presiden-te da Câmara Brasileira da Indústria da Construção
(CBIC).
Organizado pela Comissão de Obras Públicas, Privatizações e Concessões (COP) da CBIC, em correalização com o SENAI Nacional, o seminário promoverá uma discussão ampla, partindo do pa-pel das construtoras brasileiras nos novos projetos; e envolvendo a melhoria de legislação em vigor e da modelagem financeira. “A CBIC e o governo federal têm os mesmos objetivos: ampliar o número de empresas nos projetos de concessões e garantir o sucesso dos empreendimentos. Para tanto é fun-damental que as regras sobre segurança jurídica e financiabilidade sejam bem discutidas entre as duas partes”, afirma o presidente da Comissão de Obras Públicas, Privatizações e Concessões (COP), Carlos Eduardo Lima Jorge.
Iniciado em setembro de 2015, o ciclo de seminári-os regionais tem percorrido todas as regiões do Brasil e já passou por Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Vitória, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Portal do Planalto
AGENDA
CBIC DADOS
17 de Novembro
O FUTURO DA MINHA CIDADE Local: Brasília-DF
24 a 26 de Maio de 2017
89° ENCONTRO NACIONAL DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (ENIC) - BRASÍLIAInscrições abertas: www.cbic.org.br/enic
08 de Novembro
ÉTICA E COMPLIANCE PARA UMA GESTÃO EFICAZ
Local: Rio de Janeiro - RJ
09 de Novembro
REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA CBIC Horário: 10h30 às 16h30 Local: Brasília - DF14 de Dezembro
SOLENIDADE DE ENTREGA DO PRÊMIO CBIC DE INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADELocal: Brasília-DF
Mês/ano mensal (base: igual Variação % mês do ano anterior) Variação % acumulada no ano (base:igual período do ano anterior) Variação % acumulada nos últimos 12 meses (base: últimos 12 meses anteriores) set/16 -11,5 -12,5 -14,0 % de setembro/16 comparado a agosto/16 % de setembro/16 comparado a setembro/15 Acumulado no ano Acumulado 12 meses (móvel) Faturamento deflacionado -3,8% -7,2% -11,8% -13,5%
PRODUÇÃO FÍSICA INDUSTRIAL DOS INSUMOS TÍPICOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
FATURAMENTO DEFLACIONADO DAS INDÚSTRIAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física.
17 de Novembro
APERFEIÇOAMENTO DO MARCO REGULATÓRIO DAS CONCESSÕES DE INFRAESTRUTURA
Horário: 14h às 18h
Local: Centro de Eventos e Convenções
Brasil 21 – Sala Vera Cruz 2 (SHS – Quadra 6 – Bloco G – Brasília/DF)