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ANÁLISE DE SISTEMAS DE CONTROLE PARA REDUÇÃO DE

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ENGENHARIA

CURSO DE GRADUAC¸ ˜AO EM ENGENHARIA CIVIL

AN ´

ALISE DE SISTEMAS DE CONTROLE PARA REDUC

¸ ˜

AO DE

VIBRAC

¸ ˜

OES ESTRUTURAIS

Catarina Vieira Nagahama

JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ENGENHARIA DA UFJF 2011

(2)

AN ´ALISE DE SISTEMAS DE CONTROLE PARA REDUC¸ ˜AO DE VIBRAC¸ ˜OES ESTRUTURAIS

Trabalho Final de Curso apresentado ao Colegiado do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial `a obten¸c˜ao do t´ıtulo de Engenheiro Civil.

´

Area de Conhecimento: Dinˆamica das Estruturas

Orientador: Prof. Fl´avio de Souza Barbosa, D.Sc.

JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ENGENHARIA DA UFJF 2011

(3)

AN ´ALISE DE SISTEMAS DE CONTROLE PARA REDUC¸ ˜AO DE VIBRAC¸ ˜OES ESTRUTURAIS

Catarina Vieira Nagahama

Trabalho Final de Curso submetido `a banca examinadora constitu´ıda de acordo com o Artigo 9o do Cap´ıtulo IV das Normas de Trabalho Final de Curso estabelecidas pelo

Colegiado do Curso de Engenharia Civil, como parte dos requisitos necess´arios para a obten¸c˜ao do grau de Engenheiro Civil.

Aprovado em: 13/01/2011

Por:

——————————————————— Profo. Fl´avio de Souza Barbosa,D.Sc.

——————————————————— Profa. Patr´ıcia Habib Hallak,D. Sc.

——————————————————— Profo. Francisco Jos´e Gomes,D.Sc.

——————————————————— Engo. Eduardo da Silva Castro

JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ENGENHARIA DA UFJF 2011

(4)

Agradecimentos

Dedico meus sinceros agradecimentos:

• Ao professor Fl´avio, pelos ensinamentos transmitidos, pela dedica¸c˜ao e empenho

como meu orientador neste trabalho, por sua amizade, por seu incentivo, por seus conselhos e pelos anos de orienta¸c˜ao como tutor do grupo PET-Civil;

• Ao Thiago, por sua contribui¸c˜ao no desenvolvimento do algoritmo gen´etico utilizado

neste trabalho e pela amizade sincera ao longo desses anos;

• Ao Eduardo, por suas valiosas sugest˜oes na elabora¸c˜ao de algoritmos e pelo tempo

disponibilizado;

• Aos meus pais e `a minha irm˜a, por todo apoio e amor;

• Ao Leandro, por seu companheirismo, sua paciˆencia e por todo carinho;

• A todos os meus queridos amigos, por tornarem esta caminhada muito mais alegre

e prazerosa.

• Ao Programa de Educa¸c˜ao Tutorial da Engenharia Civil, por ter me proporcionado

uma forma¸c˜ao mais completa.

• A todos os professores da Faculdade de Engenharia de Juiz de Fora que tive a

(5)

Resumo do Trabalho de Final de Curso apresentado `a Faculdade de Engenharia - UFJF como parte dos requisitos necess´arios para a obten¸c˜ao do grau de Bacharel em Engenharia Civil

AN ´ALISE DE SISTEMAS DE CONTROLE PARA REDUC¸ ˜AO DE VIBRAC¸ ˜OES ESTRUTURAIS

Catarina Vieira Nagahama

JANEIRO/2011

Orientador: Fl´avio de Souza Barbosa

Departamento: Mecˆanica Aplicada e Computacional

Uma das formas de se atenuar problemas dinˆamicos em estruturas ´e atrav´es do uso de sistemas passivos e ativos de controle de vibra¸c˜ao. Um tipo de sistema de controle passivo ´e o sistema com frequˆencia sintonizada. Estes sistemas, quando instalados em estruturas, normalmente produzem resultados eficientes no controle de vibra¸c˜oes. Outra maneira de atenuar vibra¸c˜oes ´e atrav´es do uso de controladores ativos com retroa¸c˜ao. Estes atenu-adores possuem como caracter´ıstica o fato de que o c´alculo das for¸cas de controle depende da resposta sensoriada da edifica¸c˜ao, o que pode minimizar incertezas inerentes `as es-truturas no que se refere ao seu comportamento dinˆamico. Desta forma, faz-se neste trabalho uma avalia¸c˜ao num´erica do comportamento dinˆamico de estruturas com contro-ladores passivos ou ativos acoplados, buscando evidenciar as vantagens e desvantagens do uso destes dispositivos de controle de vibra¸c˜oes estruturais.

(6)

Sum´

ario

1 Introdu¸c˜ao 1

1.1 Objetivo . . . 2

1.2 Escopo . . . 2

2 Dinˆamica e Controle de Estruturas 3 2.1 Sistema Estrutural Dinˆamico . . . 3

2.2 Sistemas de Controle . . . 4

2.2.1 Sistema de Controle Passivo (SCP) . . . 4

2.2.2 Sistema de Controle Ativo (SCA) . . . 5

2.2.3 Sistema de Controle Passivo/Ativo (SCP/A) . . . 7

2.3 Equa¸c˜oes Diferenciais de Movimento para Sistemas Discretos com M´ultiplos GLs . . . 7

3 Sistema de Controle Passivo (SCP) de Ciclo Fechado N˜ao Sensoriado 9 3.1 Introdu¸c˜ao . . . 9

3.2 Descri¸c˜ao do Sistema Dinˆamico: . . . 10

3.3 Equa¸c˜oes de Equil´ıbrio Dinˆamico: . . . 11

3.4 Sistema de Controle de Frequˆencia Sintonizada: . . . 12

3.4.1 Estrutura Sujeita a Vibra¸c˜oes Livres . . . 12

3.4.2 Carregamentos Harmˆonicos . . . 14

4 Sistema de Controle Ativo (SCA) 18 4.1 Introdu¸c˜ao . . . 18

4.2 Equa¸c˜oes Diferenciais do Movimento para Estruturas Discretizadas em Elementos de Viga via M´etodo dos Elementos Finitos . . . 18

4.3 Equa¸c˜oes de Estado do Sistema . . . 20

4.4 Controle ´Otimo . . . 22

4.4.1 Aspectos Gerais . . . 22

4.4.2 Determina¸c˜ao da For¸ca de Controle ´Otimo . . . 22

4.5 Controle com o Uso de Observadores de Estado . . . 23

4.5.1 Aspectos Gerais . . . 23

4.5.2 Observadores de Estado . . . 23

4.5.3 C´alculo da For¸ca de Controle ´Otimo com o Uso de Observadores de Estado . . . 25

4.6 Aplica¸c˜ao . . . 25

4.6.1 Descri¸c˜ao do Sistema Estrutural Dinˆamico . . . 26

4.6.2 Resposta N˜ao-Controlada do Sistema . . . 27

(7)

4.7 Respostas do Sistema Controlado com o Uso de Observadores de Estado . 28

4.7.1 Caso 1 . . . 28

4.7.2 Caso 2 . . . 29

4.7.3 Compara¸c˜oes Entre os Resultados Obtidos . . . 30

5 Conclus˜oes e Coment´arios Finais 34 A Algoritmo Num´erico para Controle Ativo ´Otimo de Estruturas de Viga com o Uso de Observadores de Estado 35 A.1 Arquitetura do Programa . . . 35

A.2 Descri¸c˜ao Simplificada do Programa . . . 35

A.2.1 Arquivo de Dados . . . 35

A.2.2 Gerador de Matrizes . . . 37

(8)

Lista de Figuras

2.1 Esquema de Controle Passivo adaptado de Barbosa (1996). . . 4

2.2 Esquema de Controle Ativo de Ciclo Aberto adaptado de Barbosa (1996). . 6

2.3 Esquema de Controle Ativo de Ciclo Fechado adaptado de Barbosa (1996). 6 3.1 SCP do Edif´ıcio Taipei 101. . . 9

3.2 SCP da Ponte Rio-Niter´oi. . . 10

3.3 Esquema de um sistema massa-mola com dois graus de liberdade. . . 10

3.4 Respostas para vibra¸c˜oes livres n˜ao controlada e controlada com m2 = 50,8 kg e k2 = 2.100,8 N/m. . . 13

3.5 Respostas para vibra¸c˜oes livres n˜ao controlada e controlada com m2 = 13,2 kg e k2 = 221,1 N/m. . . 14

3.6 Respostas para o carregamento harmˆonico fe1 = 10.000 sen(3t) n˜ao con-trolada e concon-trolada com m2 = 1,0 kg e k2 = 13.114 N/m. . . 16

3.7 Respostas para o carregamento harmˆonico fe2= 10.000 sen(8t) n˜ao-controlada e controlada com m2 = 1,0 kg e k2 = 13.204 N/m. . . 17

4.1 Elemento de Viga. . . 19

4.2 Esquema de Discretiza¸c˜ao do Sistema Dinˆamico. . . 26

4.3 Respostas controlada e n˜ao controlada do n´o 3. . . 27

4.4 Respostas do n´o 3 n˜ao controlada, controlada com todos os estados senso-riados e controlada com o uso de um estado estimado. . . 29

4.5 Compara¸c˜ao entre estado medido e estimado no Caso 1 referente ao n´o 3. . 30

4.6 Respostas do n´o 3 n˜ao controlada, controlada com todos os estados senso-riados e controlada com o uso de trˆes estados estimados. . . 31

4.7 Compara¸c˜ao entre estado medido e estimado no Caso 2 referente ao n´o 3. . 32

4.8 Compara¸c˜ao entre as for¸cas de controle calculadas com todos os graus de liberdade medidos, calculadas no Caso 1 e no Caso 2. . . 33

4.9 Compara¸c˜ao entre as respostas controladas obtidas quando todos os graus de liberdade eram medidos, no Caso 1 e no Caso 2. . . 33

(9)

Lista de Tabelas

3.1 Calibra¸c˜ao do SCP para Vibra¸c˜oes Livres . . . 13 3.2 Resultados obtidos com o uso de amortecedores com frequˆencias naturais

em torno de 90% da frequˆencia natural de vibra¸c˜ao da estrutura sujeita a vibra¸c˜oes livres . . . 14 3.3 Calibra¸c˜ao do SCP para o Carregamento Harmˆonico fe1 = 10.000 sen(3t) . 15

3.4 Calibra¸c˜ao do SCP para o Carregamento Harmˆonico fe2 = 10.000 sen(8t) . 15

3.5 Resultados obtidos com o uso de amortecedores com frequˆencias naturais em torno de 90 % da frequˆencia natural de vibra¸c˜ao da estrutura sujeita a carregamentos harmˆonicos . . . 16 4.1 Compara¸c˜ao de valores de η . . . 30 4.2 Magnitudes m´aximas de fc . . . 31

(10)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸c˜

ao

Os avan¸cos tecnol´ogicos em ´areas como materiais, equipamentos eletrˆonicos e com-puta¸c˜ao, aliado a fatores econˆomicos e de criatividade, tem levado a uma tendˆencia de se projetar estruturas cada vez mais leves, esbeltas e, portanto, flex´ıveis.

Estruturas flex´ıveis possuem forte propens˜ao a sofrer problemas dinˆamicos e a maioria das medidas corretivas s˜ao conservadoras e pesadas, como a t´ecnica de enrijecimento da estrutura.

Tais estruturas podem ser alternativamente projetadas de maneira segura com o aux´ılio de sistemas de redu¸c˜ao e/ou controle das amplitudes de vibra¸c˜oes induzidas pelas cargas dinˆamicas atuantes, atendendo assim aos crit´erios de seguran¸ca, funcionalidade e conforto. Esses sistemas auxiliares tamb´em podem ser utilizados para solucionar problemas em estruturas j´a existentes.

Dessa forma, limites pr´aticos usualmente considerados, tais como altura de edif´ıcios, v˜ao de pontes e esbeltez de equipamentos, podem ser ultrapassados com a utiliza¸c˜ao de sistemas de controle dinˆamico (Barbosa, 1996), que podem ser classificados como sistemas de controle passivo e ativo.

V´arios trabalhos j´a foram publicados apresentando conceitos e t´ecnicas de sistemas de controle, formas de implementa¸c˜ao e exemplos de aplica¸c˜oes, como Moutinho (1998) e Varela (2003) .

Os sistemas de controle passivo s˜ao muito empregados em estruturas e possuem a vantagem de n˜ao dependerem de energia externa ao sistema. Um exemplo bastante simples ´e o amortecedor do tipo frequˆencia sintonizada, que para obter resultados satisfat´orios deve ser calibrado corretamente. Battista (1993) sugere que a frequˆencia natural do amortecedor de frequˆencia sintonizada deve estar em torno de 90% da frequˆencia natural da estrutura que se deseja controlar.

Neste trabalho ´e avaliado numericamente um sistema de frequˆencia sintonizada. Atra-v´es de algoritmos de otimiza¸c˜ao s˜ao obtidas as rela¸c˜oes entre as frequˆencias naturais da estrutura e do dispositivo de controle que conferem ao conjunto estrutura/dispositivo de controle o melhor desempenho em termos de redu¸c˜ao das amplitudes de vibra¸c˜oes.

Muitas vezes na elabora¸c˜ao de um sistema de controle dinˆamico, nos deparamos com v´arias incertezas provenientes das caracter´ısticas f´ısicas da estrutura ou do carregamento solicitante, que por vezes podem inviabilizar esta concep¸c˜ao. Para contornar os problemas oriundos dessas incertezas, utiliza-se um sistema dinˆamico de controle ativo com retroa¸c˜ao, que minimiza tais incertezas, pois a sua forma de atua¸c˜ao depende da resposta sensoriada do sistema.

(11)

monitoramento de um grande n´umero de graus de liberdade.

Este trabalho apresenta uma an´alise num´erica da utiliza¸c˜ao de estimadores de estado em problemas de controle ativo de estruturas. Com o uso de observadores de estado ´e poss´ıvel reduzir o grande n´umero de pontos monitorados na estrutura, pois atrav´es de modelos num´ericos pode-se estimar de maneira precisa os deslocamentos e velocidades em pontos n˜ao sensoriados, contribuindo assim para viabilizar a aplica¸c˜ao pr´atica do controle ativo estrutural com retroa¸c˜ao.

1.1

Objetivo

Avaliar atrav´es de an´alises num´ericas a eficiˆencia dos controladores passivos de frequˆencia sintonizada, bem como analisar computacionalmente o desempenho de um sistema controlado ativamente atrav´es de algoritmos que utilizam estimadores para ve-locidades e/ou deslocamentos e/ou acelera¸c˜oes n˜ao monitorados.

1.2

Escopo

O presente trabalho est´a dividido em 5 cap´ıtulos e 1 apˆendice, incluindo essa introdu¸c˜ao que procura melhor apresentar o tema desenvolvido sobre An´alise de Sistemas de Controle para Redu¸c˜ao de Vibra¸c˜oes Estruturais.

• Cap´ıtulo 2 - Dinˆamica e Controle de Estruturas

Neste cap´ıtulo s˜ao apresentados alguns conceitos sobre sistemas estruturais dinˆamicos e os tipos de sistemas de controle. Tamb´em s˜ao definidas as equa¸c˜oes diferenciais de movimento.

• Cap´ıtulo 3 - Sistema de Controle Passivo (SCP)

Apresenta-se aqui o desenvolvimento das equa¸c˜oes diferenciais de equil´ıbrio dinˆamico para um problema com dois Graus de Liberdade (GL). A formula¸c˜ao apresentada permite a simula¸c˜ao de um sistema controlado onde a estrutura ´e modelada por 1 GL generalizado e o controlador por outro GL. Os resultados para este tipo de controle s˜ao tamb´em aqui apresentados.

• Cap´ıtulo 4 - Sistema de Controle Ativo (SCA)

Este cap´ıtulo procura apresentar de maneira sucinta a teoria de controle ativo ´otimo, o conceito de observador de estado e sua aplica¸c˜ao em um sistema dinˆamico com n´umero reduzido de sensores. Ao final deste cap´ıtulo apresenta-se um exemplo de aplica¸c˜ao.

• Cap´ıtulo 5 - Conclus˜oes

Neste cap´ıtulo s˜ao apresentadas as conclus˜oes gerais sobre os resultados obtidos atrav´es das simula¸c˜oes dos controles passivo e ativo.

• Apˆendice A - Algoritmo para Simula¸c˜ao de um Sistema de Controle Ativo

Neste apˆendice ´e feita uma breve descri¸c˜ao do c´odigo computacional desenvolvido neste trabalho para simular o comportamento de uma estrutura de viga submetida a excita¸c˜ao dinˆamica e controle ativo com o uso de observadores de estado.

(12)

Cap´ıtulo 2

Dinˆ

amica e Controle de Estruturas

2.1

Sistema Estrutural Dinˆ

amico

Um problema dinˆamico ´e caracterizado por um carregamento que varia com o tempo e pelo aparecimento de for¸cas inerciais contr´arias `as acelera¸c˜oes. Um sistema estrutural dinˆamico ´e caracterizado pela estrutura e pelas for¸cas dinˆamicas que sobre ela atuam. Uma vez solicitado, o sistema apresenta uma resposta descrita pelas acelera¸c˜oes, velocidades e deslocamentos dos seus pontos caracter´ısticos. A resposta estrutural de um carregamento dinˆamico tamb´em varia com o tempo.

As propriedades f´ısicas essenciais de um sistema estrutural sujeito a uma fonte ex-terna de excita¸c˜ao ou carregamento dinˆamico s˜ao: massa, propriedades el´asticas como flexibilidade ou rigidez e o amortecimento ou perda de energia mecˆanica (Barbosa, 2006). Em diversos problemas de engenharia, a modelagem do comportamento dinˆamico de uma estrutura pode ser obtida atrav´es da an´alise de apenas um grau de liberdade (GL) generalizado. Nestes casos, a Equa¸c˜ao (2.1), que representa a equa¸c˜ao de movimento de um sistema dinˆamico de um GL com amortecimento viscoso, pode estar associada a um modelo que simula o comportamento dinˆamico de uma estrutura real.

m¨q(t) + c ˙q(t) + kq(t) = fe(t), (2.1)

onde:

• t ´e o tempo;

• q(t) ´e a resposta do sistema em termos de deslocamentos; • ¨q(t) = d2

dtq(t); • ˙q(t) = d

dtq(t);

• m, c e k s˜ao respectivamente a massa, o amortecimento e a rigidez do sistema; e • fe(t) ´e a resultante das for¸cas de excita¸c˜ao.

Para obter redu¸c˜ao nas amplitudes de vibra¸c˜oes em um sistema natural (n˜ao contro-lado), s˜ao necess´arias altera¸c˜oes em uma ou mais propriedades estruturais (massa, rigidez ou amortecimento).

A altera¸c˜ao destes parˆametros nem sempre ´e vi´avel, ou por quest˜oes t´ecnicas, ou por quest˜oes pr´aticas. Nestes casos, para obter redu¸c˜ao na amplitude de resposta, deve-se optar por sistemas de controle auxiliares.

(13)

2.2

Sistemas de Controle

A equa¸c˜ao diferencial que descreve a resposta do sistema estrutural controlado ´e obtida a partir da Equa¸c˜ao (2.1) atrav´es da considera¸c˜ao de que as for¸cas que agora atuam na estrutura s˜ao fe(t) e fc(t), onde fc(t) ´e a resultante das for¸cas de controle. Assim, a

Equa¸c˜ao (2.1) fica:

m¨q(t) + c ˙q(t) + kq(t) = fe(t) + fc(t). (2.2)

Os sistemas de controle podem ser divididos em trˆes grupos:

• Sistema de Controle Passivo (SCP) • Sistema de Controle Ativo (SCA)

• Sistema de Controle Passivo/Ativo (SCP/A)

2.2.1

Sistema de Controle Passivo (SCP)

Neste tipo de controle, a introdu¸c˜ao de for¸cas dissipativas ´e feita por meio de sistemas auxiliares. Essas for¸cas tˆem magnitudes dependentes das amplitudes de resposta e n˜ao s˜ao aplicadas por meio de atuadores.

Figura 2.1: Esquema de Controle Passivo adaptado de Barbosa (1996).

Conforme representada na Figura (2.1), no SCP fc(t) ´e a for¸ca gerada no sistema

auxiliar que altera as propriedades do sistema estrutural.

O SCP ´e geralmente um sistema de controle de ciclo fechado, pois a magnitude da for¸ca de controle depende diretamente das amplitudes de resposta q(t).

A performance de um SCP est´a diretamente ligada `a calibra¸c˜ao pr´evia entre sistema auxiliar e estrutura (rela¸c˜ao entre massas, freq¨uˆencias naturais, etc).

Existem dois tipos de Controle Passivo, s˜ao eles:

• SCP N˜ao Sensoriado

Trata as propriedades dinˆamicas da estrutura e do sistema auxiliar como invari-antes no tempo.

(14)

– A for¸ca de controle fc(t) gerada pelo sistema auxiliar ´e fun¸c˜ao da resposta

da estrutura e tamb´em das propriedades caracter´ısticas do pr´oprio sistema auxiliar, propriedades estas que dependem do sistema dinˆamico que se deseja controlar e dos n´ıveis desej´aveis de redu¸c˜ao de vibra¸c˜ao.

– N˜ao possui regulador autom´atico, n˜ao podendo, portanto, compensar per-turba¸c˜oes inesperadas do sistema dinˆamico.

– A ausˆencia de um regulador autom´atico pode resultar em perda de eficiˆencia do sistema de controle, visto que a resposta da estrutura est´a diretamente ligada ao ajuste entre sistema auxiliar e estrutura.

• SCP Sensoriado

Atrav´es do sensoriamento da estrutura, pode-se introduzir um sistema auxiliar com parˆametros como massa, rigidez e/ou amortecimento variantes com o tempo. Esta flexibilidade dos parˆametros estruturais do sistema auxiliar possibilita ajustes nas rela¸c˜oes entre seus parˆametros dinˆamicos e os da estrutura, viabilizando uma boa calibra¸c˜ao a cada instante de tempo.

O SCP Sensoriado possui as seguintes caracter´ısticas:

– A for¸ca de controle gerada pelo sistema auxiliar tamb´em ´e fun¸c˜ao da resposta da estrutura e das propriedades caracter´ısticas do pr´oprio sistema auxiliar, por´em as caracter´ısticas do sistema auxiliar n˜ao s˜ao invariantes.

– A calibra¸c˜ao ajust´avel permite ao SCP Sensoriado um melhor desempenho em rela¸c˜ao ao N˜ao Sensoriado, pois o sistema ´e capaz de compensar pequenas incertezas e pertuba¸c˜oes provenientes tanto do carregamento quanto da pr´opria estrutura principal.

Neste trabalho ser´a analisado um SCP de ciclo fechado n˜ao sensoriado.

2.2.2

Sistema de Controle Ativo (SCA)

Neste tipo de sistema, as for¸cas de controle s˜ao introduzidas por meio de atuadores tais como macaco hidr´aulico, motor el´etrico, etc.

S˜ao apresentados a seguir dois tipos de controle ativo:

• Controle de Ciclo Aberto ou “Open-loop Control”

Esse sistema ´e chamado de ciclo aberto porque a for¸ca de controle fc(t) n˜ao ´e

fun¸c˜ao direta das amplitudes de resposta, conforme esquema apresentado na Figura (2.2).

Neste caso tem-se uma for¸ca de controle que depende apenas do tempo e de um sinal de referˆencia r(t).

O SCA com Ciclo Aberto possui as seguintes caracter´ısticas:

– A func˜ao do sinal de referˆencia r(t) ´e pr´e-programada e n˜ao depende de q(t). – O atuador depende de uma fonte de energia externa.

– N˜ao permite corre¸c˜ao da for¸ca de controle se o sistema estrutural e/ou for¸ca de controle forem alterados.

(15)

Figura 2.2: Esquema de Controle Ativo de Ciclo Aberto adaptado de Barbosa (1996).

– A for¸ca de controle ´e determinada previamente em fun¸c˜ao das caracter´ısticas dinˆamicas das estruturas, da for¸ca de excita¸c˜ao e do estado inicial do sistema. O controle de ciclo aberto apresenta bons resultados em sistemas estruturais cuja for¸ca de excita¸c˜ao tenha um comportamento conhecido e bem definido. Caso ocorra alguma varia¸c˜ao significativa no comportamento da for¸ca de excita¸c˜ao como altera¸c˜ao do per´ıodo de oscila¸c˜ao para carga harmˆonica, retardo, etc, a for¸ca de con-trole perde sua eficiˆencia no que diz respeito `a redu¸c˜ao das amplitudes de resposta, podendo at´e mesmo causar instabilidade do sistema.

• Controle de Ciclo Fechado ou “Closed-loop Control”

Este sistema ´e chamado de ciclo fechado porque a for¸ca de controle fc(t) ´e

fun¸c˜ao direta das amplitudes de resposta do sistema estrutural que por isso deve ser sensoriado. A for¸ca de controle ´e fun¸c˜ao da diferen¸ca entre um sinal de referˆencia

r(t), resposta desejada, e a resposta real q(t), ou seja: fc(t) = fc[r(t)−q(t)], conforme

representado na Figura (2.3).

Figura 2.3: Esquema de Controle Ativo de Ciclo Fechado adaptado de Barbosa (1996).

O SCA com Ciclo Fechado possui as seguintes caracter´ısticas:

– A estrutura necessita ser sensoriada para obten¸c˜ao do sinal de sua resposta real.

(16)

– A for¸ca de controle ´e calibrada automaticamente, pois o sensoriamento da estrutura permite a rean´alise da medida de erro dada por e(t) = r(t) − b(t), onde b(t) ´e o sinal sensoriado da estrutura, a cada instante de tempo, fator essencial para sua determina¸c˜ao.

– Tamb´em como no SCA com Ciclo Aberto, a resposta desejada r(t) ´e progra-mada em fun¸c˜ao dos n´ıveis de deslocamentos, velocidades e acelera¸c˜oes de-sej´aveis.

O SCA com Ciclo Fechado tamb´em conhecido como Sistema de Controle com Retroa¸c˜ao ´e capaz de compensar:

– Poss´ıveis pertuba¸c˜oes ou dist´urbios na for¸ca de excita¸c˜ao.

– Incertezas inerentes `as propriedades e caracter´ısticas dinˆamicas da estrutura bem como nas medidas dos sensores e atuadores.

Neste trabalho ser´a abordado um sistema de controle ativo de ciclo fechado onde apenas uma parte da estrutura ´e sensoriada.

2.2.3

Sistema de Controle Passivo/Ativo (SCP/A)

S˜ao sistemas de controle que possuem caracter´ısticas h´ıbridas, pois possuem simul-taneamente atuadores e dissipadores de energia.

A fun¸c˜ao do sistema de controle passivo ´e, nesse caso, a de reduzir as amplitudes de resposta da estrutura sob a¸c˜ao de for¸cas dinˆamicas mais freq¨uentes em um estado normal de utiliza¸c˜ao em servi¸co, enquanto a fun¸c˜ao do sistema de controle ativo ´e manter reduzida e controlada a resposta da estrutura sob a¸c˜ao de for¸cas excepcionais, evitando que ela seja levada a um estado limite ´ultimo.

Neste trabalho n˜ao ser´a abordado este tipo h´ıbrido de sistema de controle. Esta se¸c˜ao foi inclu´ıda no texto de forma a torn´a-lo mais abrangente.

2.3

Equa¸c˜

oes Diferenciais de Movimento para

Sistemas Discretos com M´

ultiplos GLs

Ap´os realizar a identifica¸c˜ao das propriedades da estrutura, investigar o comporta-mento da mesma e fazer as devidas considera¸c˜oes te´orico-pr´aticas para avaliar que tipo de controle deve ser adotado, passa-se ent˜ao para a formula¸c˜ao das equa¸c˜oes diferenciais que regem o movimento da estrutura modelada atrav´es de m´ultiplos GLs.

Para pequenas amplitudes de vibra¸c˜ao em torno de uma configura¸c˜ao de equil´ıbrio e com a hip´otese de pequenos deslocamentos, pode-se considerar as equa¸c˜oes de movimento linearizadas em torno de um estado de equil´ıbrio.

As equa¸c˜oes de movimento podem ent˜ao ser escritas na forma matricial, usualmente utilizada na dinˆamica estrutural conforme a Equa¸c˜ao (2.3):

q(t) + C ˙q(t) + Kq(t) = fe(t) + fc(t) (2.3)

(17)

• q(t), ˙q(t) e ¨q(t) s˜ao respectivamente o vetor de deslocamentos, o vetor de velocidades e o vetor de acelera¸c˜oes dos GLs;

• M, C e K s˜ao respectivamente a matriz de massa, a matriz de amortecimento e a

matriz de rigidez;

• fe(t) ´e o vetor de for¸cas externas atuantes na estrutura excetuando as for¸cas de

controle (vetor de for¸cas de excita¸c˜ao); e

• fc(t) ´e o vetor de for¸cas de controle.

Neste trabalho, sistemas com m´ultiplos GLs ser˜ao analisados no Cap´ıtulo 4 onde ser˜ao abordados t´opicos complementares `a presente se¸c˜ao.

(18)

Cap´ıtulo 3

Sistema de Controle Passivo (SCP)

de Ciclo Fechado N˜

ao Sensoriado

3.1

Introdu¸c˜

ao

Muitas estruturas reais utilizam sistemas de controle do tipo passivo para atenuar vi-bra¸c˜oes. Conforme descrito anteriormente, nesse tipo de sistema de controle a introdu¸c˜ao das for¸cas dissipativas ocorre por meio de sistemas auxiliares, n˜ao sendo necess´ario o uso de energia externa ao sistema, o que pode representar um grande benef´ıcio.

Como exemplo de utiliza¸c˜ao do SCP pode-se citar o Edif´ıcio Taipei 101 (Massoca et al., 2010), localizado em Taipei (Taiwan). Essa estrutura possui um pˆendulo de 800 toneladas para absorver vibra¸c˜oes causadas pela a¸c˜ao de terremotos e ventos. Esse pˆendulo ´e apresentado na Figura (3.1). A disserta¸c˜ao de mestrado de Pinheiro (1997) faz um estudo detalhado deste tipo de sistema de controle.

Figura 3.1: SCP do Edif´ıcio Taipei 101.

No Brasil, em 2004 foram instalados M´ultiplos Atenuadores Dinˆamicos Sincronizados (MADS’s) na Ponte Rio-Niter´oi (Battista, 2006) para controlar as amplitudes de oscila¸c˜oes induzidas pelo vento, que chegaram a 60 cm. Esses atenuadores s˜ao constitu´ıdos por caixas de a¸co com 2 t, penduradas em seis molas em espiral, com capacidade de se alongarem at´e 3,5 m. O esquema ´e apresentado na Figura (3.2).

(19)

Figura 3.2: SCP da Ponte Rio-Niter´oi.

Os MADS’s vem apresentando um bom desempenho com redu¸c˜ao das amplitudes de deslocamento vertical no meio do v˜ao central da ponte, onde foram instalados, em torno de 75% (Battista (2006)).

Tais exemplos demonstram a aplica¸c˜ao e eficiˆencia dos sistemas de controle do tipo passivo para melhorar o desempenho de estruturas novas ou j´a existentes.

A seguir ser˜ao apresentadas algumas simula¸c˜oes computacionais da aplica¸c˜ao de um sistema de controle do tipo passivo. Trata-se de um sistema de amortecimento do tipo frequˆencia sintonizada onde a estrutura ´e modelada por 1 GL generalizado.

3.2

Descri¸c˜

ao do Sistema Dinˆ

amico:

O modelo adotado para simular o SCP neste trabalho foi o sistema com dois graus de liberdade representado na Figura (3.3), onde:

Figura 3.3: Esquema de um sistema massa-mola com dois graus de liberdade.

• m1, k1 e c1 s˜ao respectivamente a massa, a rigidez e a constante de amortecimento

(20)

• m2, k2 e c2 s˜ao respectivamente a massa, a rigidez e a constante de amortecimento

viscoso do absorsor.

3.3

Equa¸c˜

oes de Equil´ıbrio Dinˆ

amico:

Para este sistema as equa¸c˜oes diferenciais de equil´ıbrio dinˆamico podem ser escritas na forma matricial da seguinte maneira:

· m1 0 0 m2 ¸ ½ ¨ q1 ¨ q2 ¾ + · c1+ c2 −c2 −c2 c2 ¸ ½ ˙q1 ˙q2 ¾ + · k1+ k2 −k2 −k2 k2 ¸ ½ q1 q2 ¾ = ½ fe 0 ¾ (3.1) Escrevendo-se as derivadas de q1(t) e q2(t) atrav´es de aproxima¸c˜oes expressas por

diferen¸cas finitas mostradas nas Equa¸c˜oes (3.2) e (3.3) (Ruggiero and Lopes, 2006), pode-se reescrever a Equa¸c˜ao (3.1) na forma discreta e uma vez explicitando os valores de

q1(ti+1) e q2(ti+1) chega-se `a Equa¸c˜ao (3.4).

¨ qj = qj(ti+1) − 2qj(ti) + qj(ti−1) ∆t2 (3.2) ˙qj = qj(ti+1) − qj(ti−1) 2∆t (3.3) onde: • i = 1 ... n; • j = 1, 2;

• tf = n∆t ´e o tempo final da an´alise; e • ti = i∆t.   m1 ∆t2 +2∆tc1 + 2∆tc2 2∆tc2 c2 2∆t m2 ∆t2 +2∆tc2      q1(ti+1) q2(ti+1)   =   f i e+ ¡2m 1 ∆t2 − k1− k2 ¢ q1(ti) + ¡ −m1 ∆t2 + 2∆tc1 +2∆tc2 ¢ q1(ti−1) + k2xi2+ ¡ c2 2∆t ¢ q2(ti−1) q1(ti) + ¡ c2 2∆t ¢ q1(ti−1) + ¡2m 1 ∆t2 − k2 ¢ q2(ti) + ¡ −m2 ∆t2 +2∆tc2 ¢ q2(ti−1)  (3.4)

Da Equa¸c˜ao 3.4 ´e poss´ıvel atrav´es de um procedimento incremental partindo-se dos valores iniciais de q1(t0), q2(t0), ˙q1(t0) e ˙q2(t0), calcular os deslocamentos q1e q2 do sistema

(21)

3.4

Sistema de Controle de Frequˆ

encia Sintonizada:

Para que o absorsor de massa m2 funcione de forma eficiente ´e necess´ario calibr´a-lo em

rela¸c˜ao `a estrutura. Para isso foi desenvolvido um algoritmo cujo objetivo ´e, ap´os definidas as propriedades f´ısicas m1, k1 e c1 da estrutura cujos deslocamentos deseja-se controlar

e c2 do absorsor, determinar dentro de um intervalo de valores pr´e-definidos quais as

propriedades f´ısicas m2 e k2 do absorsor (SCP) que resultam nos menores deslocamentos

da estrutura. Isto foi feito atrav´es da utiliza¸c˜ao de algoritmos gen´eticos (Martins et al., 2008).

O algoritmo gen´etico utilizado neste trabalho foi desenvolvido por Martins, T. V.. Foi utilizado como parˆametro a ser minimizado o valor de υ dado por:

υ = n X i=0 q2 1(ti). (3.5)

O absorsor foi testado em duas situa¸c˜oes:

• Estrutura sujeita a vibra¸c˜oes livres; e

• Estrutura sujeita a carregamentos harmˆonicos.

Em ambos os casos as propriedades da estrutura fict´ıcia foram definidas como:

• m1 = 100kg;

• c1 = 100Ns/m; e

• k1 = 104N/m,

e a constante de amortecimento viscoso do absorsor foi fixada como:

• c2 = 100 Ns/m.

3.4.1

Estrutura Sujeita a Vibra¸c˜

oes Livres

Para simular a estrutura sujeita a vibra¸c˜oes livres, foram fixados como deslocamentos iniciais os seguintes valores:

• q1(t0) = 1 m; ˙q1(t0) = 0 ⇒ q1(t0+ ∆t) = 1 m; e

• q2(t0) = 1 m; ˙q2(t0) = 0 ⇒ q2(t0+ ∆t) = 1 m.

A resposta n˜ao controlada do sistema est´a apresentada na Figura (3.4) atrav´es da linha fina (Sem absorsor) e o valor do parˆametro υ calculado atrav´es da Equa¸c˜ao (3.5) para este caso ´e:

υvl sem controle = 1011, 0m2.

Em seguida, foram definidos alguns intervalos de busca para as propriedades massa e rigidez do absorsor que resultassem no menor valor para o parˆametro υ. Os resultados obtidos atrav´es do algoritmo gen´etico est˜ao apresentados na Tabela (3.1):

(22)

Tabela 3.1: Calibra¸c˜ao do SCP para Vibra¸c˜oes Livres

Intervalo de busca de m2 Intervalo de busca de k2 m2 k2 υ

(kg) (N/m) (kg) (N/m) (m2)

0,5 - 30 1 - 104 50,8 2.100,8 386,1148

0,5 - 20 1 - 104 25,9 1.040,0 499,0995

0,5 - 10 10 - 104 13,2 221,1 672,1833

Resultados

Analisando a Tabela (3.1) conclui-se que as menores oscila¸c˜oes de m1 foram obtidas

quando m2 = 50,8 kg e k2 = 2.100,8 N/m. Nesta situa¸c˜ao, a frequˆencia natural de

vibra¸c˜ao do absorsor ´e de 6,43 rad/s, o que corresponde a 64,3 % da frequˆencia natural de vibra¸c˜ao da estrutura, que ´e de 10 rad/s. A compara¸c˜ao entre as respostas n˜ao-controlada e controlada pode ser feita atrav´es da Figura (3.4).

0 5 10 15 −1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 Tempo (s) Deslocamento x1 (m) Sem absorsor Com absorsor

Figura 3.4: Respostas para vibra¸c˜oes livres n˜ao controlada e controlada com m2 = 50,8

kg e k2 = 2.100,8 N/m.

Neste caso, por´em, foi necess´aria uma massa m2muito grande, correspondente a 50.8%

de m1. Na pr´atica, um SCP como este poderia ser invi´avel por ser muito pesado.

Um resultado mais pr´oximo de uma aplica¸c˜ao pr´atica ´e m2 = 13,2 kg e k2 = 221,1N/m.

Nesta situa¸c˜ao, a frequˆencia natural de vibra¸c˜ao do absorsor ´e de 4,09 rad/s, o que cor-responde a 40,9 % da frequˆencia natural de vibra¸c˜ao da estrutura. A resposta controlada com esse absosor est´a apresentada na Figura (3.5).

´

E poss´ıvel observar que as menores amplitudes de vibra¸c˜ao da estrutura foram al-can¸cadas com um amortecedor cuja frequˆencia natural de vibra¸c˜ao corresponde a 64,3 %

(23)

0 5 10 15 −1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 Tempo (s) Deslocamentos x1 (m) Sem absorsor Com absorsor

Figura 3.5: Respostas para vibra¸c˜oes livres n˜ao controlada e controlada com m2 = 13,2

kg e k2 = 221,1 N/m.

da frequˆencia natural de vibra¸c˜ao da estrutura.

Foram feitas algumas tentativas para controle de vibra¸c˜ao da mesma estrutura com o uso de amortecedores com frequˆencias naturais em torno de 90 % da frequˆencia natural de vibra¸c˜ao da estrutura como sugere Battista (1993), por´em, nestes casos n˜ao foram obtidos bons resultados, conforme apresentado na Tabela (3.2).

Tabela 3.2: Resultados obtidos com o uso de amortecedores com frequˆencias naturais em torno de 90% da frequˆencia natural de vibra¸c˜ao da estrutura sujeita a vibra¸c˜oes livres

m2 k2 υ

(kg) (N/m) (m2)

5 405,0 1,0173×103

10 810,0 0,962×103

15 12150,0 2,2641×103

3.4.2

Carregamentos Harmˆ

onicos

Para simular a estrutura sujeita a carregamentos harmˆonicos foram aplicadas em mo-mentos distintos duas for¸cas de excita¸c˜ao de mesma intensidade e frequˆencias diferentes:

• fe1 = 10.000 sen(3t) (frequˆencia de excita¸c˜ao ω = 3 rad/s); e

• fe2 = 10.000 sen(8t) (frequˆencia de excita¸c˜ao ω = 8 rad/s, pr´oxima da frequˆencia

(24)

Para esses carregamentos foram respectivamente obtidas as respostas dinˆamicas n˜ao controladas apresentadas nas Figuras (3.6) e (3.7) atrav´es das linhas finas (Sem controle). Os valores do parˆametro υ obtidos para estes casos s˜ao:

υfe1 sem controle = 1, 7999 × 10

4m2; e

υfe2 sem controle = 1, 1297 × 10

5m2.

Em seguida, foram definidos alguns intervalos de busca para as propriedades massa e rigidez do absorsor que resultassem no menor valor para o parˆametro υ para os dois casos. Os resultados obtidos atrav´es do algoritmo gen´etico est˜ao apresentados nas Tabelas (3.3) e (3.4):

Tabela 3.3: Calibra¸c˜ao do SCP para o Carregamento Harmˆonico fe1 = 10.000 sen(3t)

Intervalo de busca de m2 Intervalo de busca de k2 m2 k2 υ

(kg) (N/m) (kg) (N/m) (m2)

0,5 - 30 1 - 104 1 13.107,0 3,0179 × 103

0,5 - 20 1 - 104 1 13.110,0 3,0171 × 103

0,5 - 10 10 - 104 1 13.114,0 3,0160 × 103

Tabela 3.4: Calibra¸c˜ao do SCP para o Carregamento Harmˆonico fe2 = 10.000 sen(8t)

Intervalo de busca de m2 Intervalo de busca de k2 m2 k2 υ

(kg) (N/m) (kg) (N/m) (m2)

0,5 - 10 10 - 104 1 13.065,0 5,4648 × 103

0,5 - 10 10 - 104 1 13.193,0 5,3815 × 103

0,5 - 10 102 - 104 1 13.204,0 5,3744 × 103

Resultados

Para a estrutura sujeita `a for¸ca de excita¸c˜ao fe1 = 10.000 sen(3t), as menores

oscila¸c˜oes foram obtidas quando m2 = 1,0 kg e k2 = 13.114 N/m. Nesta situa¸c˜ao, a

frequˆencia natural de vibra¸c˜ao do absorsor ´e de 114,52 rad/s, mais de 10 vezes maior que a frequˆencia natural de vibra¸c˜ao da estrutura.

A compara¸c˜ao entre as respostas controlada e n˜ao controlada pode ser feita atrav´es da Figura (3.6).

Para a estrutura sujeita `a for¸ca de excita¸c˜ao fe2= 10.000 sen(8t), as menores oscila¸c˜oes

foram obtidas quando m2 = 1,0 kg e k2 = 13.204 N/m. Nesta situa¸c˜ao, a frequˆencia

natural de vibra¸c˜ao do absorsor ´e de 114,91 rad/s, tamb´em mais de 10 vezes maior que a frequˆencia natural de vibra¸c˜ao da estrutura.

A compara¸c˜ao entre as respostas controlada e n˜ao controlada pode ser feita atrav´es da Figura (3.7).

(25)

0 5 10 15 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 Tempo (s) Deslocamento x1 (m) Sem controle Com controle

Figura 3.6: Respostas para o carregamento harmˆonico fe1= 10.000 sen(3t) n˜ao controlada

e controlada com m2 = 1,0 kg e k2 = 13.114 N/m.

Pode-se observar que o SCP apresentou uma grande eficiˆencia em reduzir as amplitudes de vibra¸c˜ao provocadas pelos carregamentos harmˆonicos. Bons resultados foram obtidos com a utiliza¸c˜ao de um absorsor com massa m2 correspondente a apenas 1% da massa da

estrutura m1.

Novamente foram feitas algumas tentativas para controle de vibra¸c˜ao da mesma estru-tura com o uso de amortecedores com frequˆencias naestru-turais em torno de 90 % da frequˆencia natural de vibra¸c˜ao da estrutura e nestes casos os resultados obtidos n˜ao foram t˜ao efi-cientes quanto os anteriores, conforme apresentado na Tabela (3.5).

Tabela 3.5: Resultados obtidos com o uso de amortecedores com frequˆencias naturais em torno de 90 % da frequˆencia natural de vibra¸c˜ao da estrutura sujeita a carregamentos harmˆonicos For¸ca de Excita¸c˜ao m2 k2 υ (N) (kg) (N/m) (m2) fe1 1 81,0 1,7722 × 104 fe1 5 405,0 1,6576 × 104 fe2 1 81,0 1,1208 × 105 fe2 5 405,0 1,0833 × 105

(26)

0 5 10 15 −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 Tempo (s) Deslocamento x1 (m) Sem controle Com controle

Figura 3.7: Respostas para o carregamento harmˆonico fe2= 10.000 sen(8t) n˜ao-controlada

(27)

Cap´ıtulo 4

Sistema de Controle Ativo (SCA)

4.1

Introdu¸c˜

ao

Muitas estruturas fazem uso de controladores ativos para solucionar problemas dinˆamicos. A maioria delas est´a localizada no Jap˜ao, como o Edif´ıcio Kyobashi Seiwa (Jr. and Sain, 1997) e a Ponte Rainbow (Tanida, 2002), ambos situados em T´oquio.

Os sistemas de controle ativo s˜ao compostos por:

• Sensores: que registram informa¸c˜oes como deslocamentos, velocidades e/ou

ace-lera¸c˜oes de pontos da estrutura;

• Controladores: que realizam os c´alculos das for¸cas de controle; e • Atuadores, que aplicam as for¸cas de controle.

Conforme descrito anteriormente, neste trabalho ser´a estudado um sistema de controle ativo com ciclo fechado. Neste tipo de controle, o c´alculo das for¸cas depende das respostas da estrutura. Por´em, na pr´atica, apenas um n´umero reduzido de pontos s˜ao monitorados. Busca-se, portanto, avaliar a qualidade do controle ativo nestas situa¸c˜oes. Para isso, foi utilizada a t´ecnica dos observadores de estado.

Neste cap´ıtulo s˜ao apresentados alguns conceitos e ferramentas utilizadas para simular a a¸c˜ao do controlador ativo com ciclo fechado em uma viga e em seguida ser˜ao apresentados os resultados obtidos atrav´es das simula¸c˜oes desse SCA.

4.2

Equa¸c˜

oes Diferenciais do Movimento para

Estruturas Discretizadas em Elementos de Viga

via M´

etodo dos Elementos Finitos

O M´etodo dos Elementos Finitos (MEF) aplicado `a An´alise Estrutural ´e basicamente, um procedimento de discretiza¸c˜ao de uma estrutura complexa atrav´es da montagem de elementos estruturais finitos. Tais elementos s˜ao tratados como cont´ınuos e os desloca-mentos em qualquer ponto no interior de um elemento s˜ao fun¸c˜oes dos deslocadesloca-mentos nodais dos extremos do mesmo. Na Figura (4.1) est´a representado um elemento de viga, que possui dois graus de liberdade por n´o: uma transla¸c˜ao e uma rota¸c˜ao. Aplicando os fundamentos do MEF (Bathe, 1982) a problemas modelados por vigas, chega-se `a Equa¸c˜ao (4.1).

(28)

Figura 4.1: Elemento de Viga.

Melq + C¨ el˙q + Kelq = fel

e + fcel, (4.1)

onde:

• Mel ´e a Matriz de Massa do Elemento de Viga no referencial local:

Mel = mL 420           156 22L 54 −13L 22L 4L2 13L −3L2 54 13L 156 −22L −13L −3L2 −22L 4L2           , sendo:

– m a massa por metro linear do elemento; e – L o comprimento do elemento;

• Kel ´e a Matriz de Rigidez do Elemento de Viga no referencial local:

Kel=           12EI

L3 6EIL2 −12EIL3 6EIL2

6EI

L2 4EIL −6EIL2 2EIL

−12EI

L3 −6EIL2 12EIL3 −6EIL2

6EI

L2 2EIL −6EIL2 4EIL           , sendo:

– E o m´odulo de elasticidade do material constitutivo do elemento; – A a ´area da se¸c˜ao transversal do elemento; e

(29)

• Cel ´e a Matriz de Amortecimento do Elemento de Viga no referencial local,

geralmente tomada como: Cel= αMel+ βKel (α e β sendo s˜ao n´umeros reais);

• fel

e s˜ao as For¸cas Externas atuantes no elemento, em um referencial local, excetuando

as for¸cas de controle, associadas aos elementos dinˆamicos q(t) = [q1(t), q2(t), q3(t),

q4(t)]T; e

• fel

c s˜ao as For¸cas de Controle atuantes no elemento, em um referencial local, ssociadas

aos elementos dinˆamicos q(t) = [q1(t), q2(t), q3(t), q4(t)]T.

As matrizes de Massa, Rigidez e Amortecimento de uma estrutura, discretizada em elementos finitos, s˜ao obtidas pelo somat´orio das contribui¸c˜oes de cada elemento, tomadas em um referencial global. De forma simb´olica: M = N X i=1 Meli ; (4.2) K = N X i=1 Keli ; e (4.3) C = N X i=1 Celi . (4.4)

Da mesma maneira, obt´em-se os vetores contendo as for¸cas de excita¸c˜ao e de controle da estrutura: fe= N X i=1 feeli ; e (4.5) fc= N X i=1 Felci . (4.6)

4.3

Equa¸c˜

oes de Estado do Sistema

A fim de atender `as exigˆencias de desempenho dos sistemas de controle e ao aumento da complexidade dos sistemas, tem sido empregada a teoria do controle moderno. Essa teoria ´e aplicada a sistemas de entradas e sa´ıdas m´ultiplas, que podem ser lineares ou n˜ao-lineares. ´E essencialmente uma abordagem no dom´ınio do tempo, e tem como base o conceito de estado.

A seguir s˜ao definidos estado, vari´aveis de estado, vetor de estado e espa¸co de estados, segundo Ogata (2003).

• Estado: O estado de um sistema dinˆamico ´e o menor conjunto de vari´aveis (chamadas

de vari´aveis de estado), tais que o conhecimento dessas vari´aveis em t = t0,

jun-tamente com o conhecimento da entrada para t ≥ t0, determina completamente o

(30)

• Vari´aveis de Estado: As vari´aveis de estado de um sistema dinˆamico s˜ao aquelas que constituem o menor conjunto de vari´aveis capaz de determinar o estado desse sistema dinˆamico. Se pelo menos n vari´aveis x1, x2, ..., xn s˜ao necess´arias para

des-crever todo o comportamento de um sistema dinˆamico (de tal modo que sendo dada a entrada para t ≥ t0 e especificado o estado inicial t = t0, o estado futuro do

sistema fique completamente determinado), ent˜ao n vari´aveis formam um conjunto de vari´aveis de estado.

• Vetor de Estados: Se forem necess´arias n vari´aveis de estado para descrever

completamente o comportamento de um dado sistema, ent˜ao essas n vari´aveis de estado poder˜ao ser consideradas os n componentes de um vetor x. Esse vetor ´e chamado de vetor de estado. Assim o vetor de estado ´e aquele que determina univocamente o estado do sistema x(t) para qualquer instante t ≥ t0, uma vez dado

o estado em t = t0 e especificada a entrada u(t) para t ≥ t0.

• Espa¸co de Estados: O espa¸co n-dimencional, cujos eixos coordenados s˜ao

for-mados pelos eixos de x1, x2, ..., xn onde s˜ao x1, x2, ..., xn as vari´aveis de estado, ´e

chamado de espa¸co de estados. Qualquer estado pode ser representado por um ponto no espa¸co de estados.

Utilizando estes princ´ıpios, pode-se observar que as coordenadas qi(t)(i = 1, 2, ..., n)

que definem o vetor n-dimensional (n −→ n´umero de graus de liberdade da estrutura) q(t), cuja ponta descreve uma trajet´oria denominada caminho dinˆamico, n˜ao representam um sistema ´unico, visto que um mesmo caminho dinˆamico, considerando-se apenas deslo-camentos generalizados, pode ser descrito de diversos modos. Torna-se necess´aria, ent˜ao, a introdu¸c˜ao de mais uma grandeza para bem definir o estado de um sistema. De forma cl´assica, as velocidades generalizadas ( ˙q(t)) s˜ao utilizadas para definir completamente o vetor de estado (x(t)): x(t) = · q(t) ˙q(t) ¸ . (4.7)

Pode-se escrever ent˜ao:

˙x(t) = · ˙q(t) ¨ q(t) ¸ . (4.8)

Pode-se observar que para um vetor q(t) n-dimensional, tem-se um vetor de estado x(t) 2n-dimensional.

Feitas as necess´arias considera¸c˜oes sobre o vetor de estado do sistema, chega-se `a Equa¸c˜ao (4.9), que ´e a equa¸c˜ao de estado de um sistema linear invariante no tempo:

˙x(t) = Ax(t) + Bu(t), (4.9) onde: • A = · 0 I −M−1K −M−1C ¸ , com dimens˜ao (2n, 2n); • B = · 0 M−1 ¸ , com dimens˜ao (2n, n);

(31)

• u(t) = fe(t)+fc(t), ´e o vetor de for¸cas atuantes no sistema estrutural, com dimens˜ao

n;

• I −→ ´e uma matriz identidade n-dimensional; e • 0 −→ ´e uma matriz de zeros n-dimensional.

4.4

Controle ´

Otimo

4.4.1

Aspectos Gerais

Em um sistema dinˆamico controlado ativamente por meio de for¸cas de controle fc(t), que alteram sua resposta no tempo, o desempenho do sistema de controle ´e medido

segundo alguns crit´erios de seguran¸ca, ligada `as amplitudes de resposta em termos de deslocamentos, conforto do usu´ario, relacionado com as amplitudes de resposta em termos de velocidade e/ou acelera¸c˜oes, e praticidade, referente a limita¸c˜oes econˆomicas e/ou f´ısicas na concep¸c˜ao do sistema de controle.

Conceitua-se ent˜ao um controle ´otimo como sendo:

“A determina¸c˜ao de um controle admiss´ıvel ¯fcque leve o sistema a um estado desejado

¯

x(t) e que minimize uma certa medida de desempenho”

4.4.2

Determina¸c˜

ao da For¸ca de Controle ´

Otimo

A determina¸c˜ao da for¸ca de controle ´otimo ´e feita tomando-se como medidas de desempenho as amplitudes dos estados e da pr´opria for¸ca de controle atuante em um sistema ativo de ciclo fechado.

A minimiza¸c˜ao das amplitudes dos estados em um per´ıodo de tempo compreendido entre t0 e tf pode ser feita tomando-se um funcional quadr´atico que inclui a parcela

relativa `as de controle como o escrito na Equa¸c˜ao (4.10) (Barbosa (1996))

J = 1 2x T(t f)Hx(tf) + 1 2 Z tf t0 [xT(t)Qx(t) + f cT(t)Rfc(t)]dt, (4.10) onde:

• J ´e o funcional a ser minimizado atrav´es da determina¸c˜ao da fun¸c˜ao ¯fc(t)

• H, Q e R s˜ao matrizes de pondera¸c˜ao com dimens˜ao (2n, 2n), (2n, 2n) e

(n, n), respectivamente.

Para a minimiza¸c˜ao do funcional J ´e necess´ario obter a solu¸c˜ao da Equa¸c˜ao Matricial de Riccati dada por:

PA + ATP − PBR−1BTP + Q = 0. (4.11)

Ap´os determinar a Matriz de Riccati (P), com dimens˜ao (2n, 2n), pode-se determinar a Matriz de Ganho da for¸ca de controle (G), que possui dimens˜ao (n, 2n) e ´e definida da seguinte maneira:

(32)

A for¸ca de controle ´e dada, ent˜ao, pela Equa¸c˜ao (4.13) :

fc(t) = Gx(t). (4.13)

Chega-se, assim, ao controle ´otimo do regulador linear com utiliza¸c˜ao de funcional quadr´atico.

4.5

Controle com o Uso de Observadores de Estado

4.5.1

Aspectos Gerais

A id´eia do uso dos observadores de estado est´a na divis˜ao da resposta dos sistemas estruturais em 3 tipos de estados:

• Estados sensoreados ou medidos: s˜ao os estados cujos valores s˜ao determinados

diretamente atrav´es do uso de equipamentos de sensoreamento.

• Estados observados: s˜ao os estados dos graus de liberdade da estrutura que n˜ao

s˜ao acess´ıveis por medi¸c˜ao direta.

• Estados estimados: s˜ao os estados resultantes das estimativas dos estados

obser-vados.

Os estados sensoreados em composi¸c˜ao com os estados observados descrevem o compor-tamento dinˆamico das estruturas. Por´em, quando ocorre a incapacidade da determina¸c˜ao dos estados observados, faz-se uso dos estados estimados para a solu¸c˜ao do problema.

4.5.2

Observadores de Estado

Um sistema ´e dito observ´avel em um instante t0 se, com o sistema no estado x(t0),

for poss´ıvel determinar esse estado a partir da observa¸c˜ao da sa´ıda durante um intervalo de tempo finito.

O conceito de observabilidade ´e utilizado na solu¸c˜ao de problemas de reconstru¸c˜ao de vari´aveis de estado n˜ao mensur´aveis, a partir de vari´aveis mensur´aveis, j´a que na pr´atica, a dificuldade encontrada com o controle por realimanta¸c˜ao de estado ´e que algu-mas das vari´aveis n˜ao s˜ao acess´ıveis por medi¸c˜ao direta, tornando necess´ario estim´a-las para construir os sinais de controle. A estimativa de vari´aveis de controle e de vari´aveis de estado n˜ao mensur´aveis ´e denominada observa¸c˜ao e o dispositivo que estima ou observa as vari´aveis de estado ´e denominado observador de estado ou simplesmente observador.

Para um sistema com o comportamento dinˆamico dado pela Equa¸c˜ao (4.9) e com vetor de estado x(t) 2n-dimensional, a resposta pode ser escrita com o aux´ılio das seguintes equa¸c˜oes (Meirovitch, 1990):

y(t) = C x(t) (4.14)

e

p(t) = C’ x(t), (4.15)

(33)

• y(t) ´e o vetor de estados sensoriados com dimens˜ao m, sendo m o n´umero de vari´aveis

de estado sensoriadas;

• p(t) ´e o vetor de estados observados com dimens˜ao (2n − m); e

• C e C’ s˜ao matrizes de dimes˜oes (m, 2n) e (2n − m, 2n) respectivamente.

Pode-se, ent˜ao, escrevˆe-las em formato matricial: · y(t) p(t) ¸ = · C C’ ¸ x(t). (4.16)

Assumindo que a matriz composta pelas matrizes C e C’ ´e uma matriz n˜ao singular, o vetor de estado pode ser obtido da seguinte forma:

x(t) = · C C’ ¸−1· y(t) p(t) ¸ = L1y(t) + L2p(t). (4.17) Logo: · C C’ ¸−1 = [L1 L2], (4.18)

onde as matrizes L1 e L2 possuem dimens˜ao (2n, m) e (2n, 2n − m) respectivamente.

Derivando as equa¸c˜oes de resposta do sistema (Equa¸c˜oes (4.14) e (4.15)) em rela¸c˜ao ao tempo e substituindo a equa¸c˜ao de estado (Equa¸c˜ao (4.9)) s˜ao obtidas:

˙y(t) = C ˙x(t) = C [Ax(t) + Bu(t)]; e (4.19)

˙p(t) = C’ ˙x(t) = C’ [Ax(t) + Bu(t)]. (4.20) Expandindo as Equa¸c˜oes (4.19) e (4.20) e substituindo as rela¸c˜oes dadas pela Equa¸c˜ao (4.17) podemos escrevˆe-las da seguinte maneira:

˙y(t) = C AL1y(t) + C AL2p(t) + C Bu(t); e (4.21)

˙p(t) = C’ AL1y(t) + C’ AL2p(t) + C’ Bu(t). (4.22)

Conforme descrito anteriormente, o observador ´e um reconstrutor do vetor de estado que ´e utilizado quando n˜ao ´e poss´ıvel monitorar todas as vari´aveis de estado. O modelo matem´atico do observador ´e basicamente o mesmo do sistema, por´em, para estim´a-lo ´e necess´ario incorporar o erro de estima¸c˜ao.

O erro de estima¸c˜ao ´e definido como a diferen¸ca entre a sa´ıda medida (y(t)) e a sa´ıda estimada (p(t)).

Dessa forma, o vetor de estados estimados ˙ˆp(t), que possui a mesma dimens˜ao do vetor ˆp(t), ´e definido pela seguinte equa¸c˜ao:

˙ˆp(t) = C’AL1y(t)+C’ ALp(t)+C’ Bu(t)+G0[ ˙y(t)−C AL1y(t)−C AL2p(t)−C Bu(t)].ˆ

(4.23) onde G0 ´e a matriz de ganho do observador de estado. Trata-se de uma matriz de

(34)

estimada (erro de estima¸c˜ao), corrigindo continuamente a sa´ıda do modelo e aumentando, assim, o desempenho do observador.

Substituindo a Equa¸c˜ao (4.21) na Equa¸c˜ao (4.23) e simplificando-a, pode-se escrevˆe-la da seguinte forma:

˙ˆp(t) = C’AL1y(t) + G0C AL2p(t) + (C’ − G0C )ALp(t) + C’ Bu(t). (4.24)

Combinando as Equa¸c˜oes (4.21), (4.22) e (4.24) ´e poss´ıvel escrevˆe-las em um ´unico sistema da seguinte maneira (Castro et al., 2010):

   ˙y(t) ˙p(t) ˙ˆp(t)   =   C’ ALC AL11 C’ ALC AL22 00 C’ AL1 G0C AL2 (C’ − G0C )AL2      y(t) p(t) ˆ p(t)   +    C Bu(t) C’ Bu(t) C’ Bu(t)   . (4.25) S˜ao definidos assim, os vetores de estados sensoriados, observados e estimados.

4.5.3

alculo da For¸ca de Controle ´

Otimo com o Uso de

Obser-vadores de Estado

A for¸ca de controle ´otima ´e obtida segundo a Equa¸c˜ao (4.13). Por´em, com o uso da t´ecnica dos observadores de estado ´e poss´ıvel determin´a-la de duas maneiras distintas.

A primeira maneira ´e dada pela Equa¸c˜ao (4.26): fc(t) = G ½ y(t) p(t) ¾ , (4.26)

onde o vetor de estado ´e obtido atrav´es da composi¸c˜ao dos estados sensoriados e dos estados observados. Dessa forma, a for¸ca de controle ´e calculada como se todos os estados fossem sensoriados, pois o erro de estima¸c˜ao n˜ao ´e considerado.

A segunda maneira ´e dada pela Equa¸c˜ao (4.27): fc(t) = G ½ y(t) ˆ p(t) ¾ , (4.27)

onde o vetor de estado ´e obtido atrav´es da composi¸c˜ao dos estados sensoriados e dos estados estimados.

Como na maioria dos casos, n˜ao ´e poss´ıvel monitorar todos as vari´aveis de estado de um sistema estrutural, essa segunda forma ´e a mais utilizada em aplica¸c˜oes reais.

4.6

Aplica¸c˜

ao

Apresenta-se a seguir um exemplo de aplica¸c˜ao do algoritmo apresentado no Apˆendice A para controle ativo ´otimo com o uso de observadores de estado.

Ser´a estudada uma viga bi-apoiada submetida a um carregamento harmˆonico, situa¸c˜ao similar `a apresentada em Bourquin et al. (1999b) e Bourquin et al. (1999a).

O objetivo ´e reduzir os deslocamentos com o uso do controle ativo ´otimo e analisar a qualidade do controle quando o n´umero de sensores usados para fornecer os deslocamentos utilizados no c´alculo das for¸cas de controle ´e reduzido.

(35)

4.6.1

Descri¸c˜

ao do Sistema Estrutural Dinˆ

amico

O sistema dinˆamico em estudo ´e composto por uma viga de perfil met´alico W150×14 bi-apoiada submetida a uma for¸ca vertical dinˆamica harmˆonica fe(t) de magnitude 1000N

e frequˆencia ωe = 50 rad/s:

fe(t) = 1000[sen(50t)]N.

A viga possui 14 m de comprimento e foi discretizada em 4 elementos com 3,5 m de comprimento, totalizando 5 n´os. A for¸ca de excita¸c˜ao fe(t) est´a agindo no n´o de n´umero

2 e o atuador est´a posicionado no n´o de n´umero 3 (meio do v˜ao) e ´e capaz de aplicar uma for¸ca de controle fc(t) na dire¸c˜ao vertical (y).

Esse esquema est´a representado na Figura (4.2) e as propriedades do perfil que comp˜oe a viga s˜ao:

• M´odulo de Elasticidade = 2,1 × 1011 N/m2;

• ´Area da Se¸c˜ao = 1,73 × 10−3 m2;

• Massa Espec´ıfica = 7850 kg/m3; e

• Momento de In´ercia = 6,84 × 10−6.

Figura 4.2: Esquema de Discretiza¸c˜ao do Sistema Dinˆamico.

A matriz de amortecimento da viga foi adotada como uma propor¸c˜ao da matriz de massa dada pela seguinte equa¸c˜ao:

C = 0, 2M. (4.28)

As matrizes de pondera¸c˜ao utilizadas para o controle ativo s˜ao: Q = 106I

(36)

R = I(2n,2n). (4.30)

Ser˜ao apresentadas a seguir as respostas dinˆamicas do sistema obtidas atrav´es de simula¸c˜oes feitas com o algoritmo descrito no Apˆendice A.

4.6.2

Resposta N˜

ao-Controlada do Sistema

Os maiores deslocamentos no sistema sem a atua¸c˜ao do controle ocorreram no n´o de n´umero 3, localizado no meio do v˜ao da viga. A resposta n˜ao-controlada desse n´o ´e apresentada na Figura (4.3) atrav´es da linha azul (Sem controle).

Foi obtido como pico extremo ± 14 mm de deslocamento.

4.6.3

Resposta do Sistema com o Uso do Controle Ativo

Com a introdu¸c˜ao do controle ativo na estrutura sem o uso da t´ecnica de observadores de estado, simulando uma estrutura com todos os graus de liberdade sensoriados, situa¸c˜ao bastante dif´ıcil de ser encontrada na realidade, foram obtidas redu¸c˜oes significativas para a amplitude de deslocamentos do n´o 3.

A compara¸c˜ao entre as respostas dinˆamicas controlada e n˜ao controlada pode ser feita atrav´es da Figura (4.3). 0 0.5 1 1.5 −0.015 −0.01 −0.005 0 0.005 0.01 0.015 Tempo (s) Deslocamento Transversal nó 3 (m) Sem controle Com controle

Figura 4.3: Respostas controlada e n˜ao controlada do n´o 3.

Ap´os controlada, a estrutura apresenta como deslocamento m´aximo ± 3,5 mm. Neste caso, a for¸ca de controle foi calculada segundo a Equa¸c˜ao (4.26) e sua maior magnitude foi 234,33 N.

(37)

4.7

Respostas do Sistema Controlado com o Uso de

Observadores de Estado

Para avaliar o controle ativo quando o n´umero de sensores usados para fornecer os deslocamentos utilizados no c´alculo das for¸cas de controle ´e reduzido, foi utilizada a t´ecnica dos observadores de estado, descrita anteriormente.

Foram simulados dois diferentes casos:

• Caso 1: viga com apenas 1 grau de liberdade estimado, o de n´umero 4; e • Caso 2: viga com 3 graus de liberdade estimados, os de n´umero 2, 4 e 6.

Para ambos os casos foi adotado como erro inicial de estima¸c˜ao o valor de 0,05 m. Para a avalia¸c˜ao da t´ecnica dos observadores de estado na estrutura foi utilizado como crit´erio de desempenho o valor de η dado pela Equa¸c˜ao (4.31):

η = Z tf 0 [xT(t)Q ex(t)]dt, (4.31) onde Qe = 10−5 × I(2n,2n).

Quanto menor o valor de η, melhor ´e o desempenho do controle da estrutura.

Os valores de η obtidos para a estrutura n˜ao controlada e controlada com todos os deslocamentos sensoriados s˜ao respectivamente:

ηsem controle = 4, 0923; e

ηcom controle = 3, 7072.

4.7.1

Caso 1

Na simula¸c˜ao do Caso 1, situa¸c˜ao em que n˜ao h´a o sensoriamento do grau de liberdade de n´umero 4 da viga, as for¸cas de controle s˜ao calculadas com o vetor de estado composto pelos estados medidos e estados estimados, conforme apresentado na Equa¸c˜ao (4.27).

A resposta dinˆamica controlada referente aos deslocamentos estimados do n´o 3 da viga ´e apresentada na Figura (4.4) atrav´es da linha de cor verde (Caso 1).

A compara¸c˜ao das respostas obtidas com as simula¸c˜oes do sistema n˜ao controlado, controlado com todos os graus de liberdade sensoriados e com for¸ca de controle calculada atrav´es da Equa¸c˜ao (4.26) e no Caso 1 tamb´em pode ser feita atrav´es da Figura (4.4).

Observa-se que a resposta dinˆamica controlada obtida atrav´es do uso do observador de estado para um grau de liberdade ´e bastante pr´oxima da resposta obtida quando todos os estados s˜ao monitorados. O valor de η para o Caso 1 foi bastante pr´oximo do valor encontrado no c´alculo de ηcom controle:

ηCaso 1 = 3, 7074.

Este fato pode ser explicado devido `a r´apida aproxima¸c˜ao entre estados medidos e estimados, que pode ser observada atrav´es da Figura (4.5). Nesta figura, a linha de cor

(38)

0 0.5 1 1.5 −0.02 −0.01 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 Tempo (s) Deslocamento Transversal nó 3 (m) Sem controle Com controle Caso 1

Figura 4.4: Respostas do n´o 3 n˜ao controlada, controlada com todos os estados sensoriados e controlada com o uso de um estado estimado.

vermelha representa a resposta dinˆamica do n´o 3 sensoriada e controlada com a for¸ca de controle calculada atrav´es da Equa¸c˜ao (4.27) para o Caso 1, enquanto a linha tracejada de cor verde representa a resposta dinˆamica do n´o 3 estimada e controlada com a mesma for¸ca de controle.

4.7.2

Caso 2

Na simula¸c˜ao do Caso 2, situa¸c˜ao em que n˜ao h´a o sensoriamento dos graus de liberdade de n´umero 2, 4 e 6 da viga, as for¸cas de controle tamb´em s˜ao calculadas com o vetor de estado composto pelos estados medidos e estados estimados, conforme apresentado na Equa¸c˜ao (4.27).

A resposta dinˆamica controlada referente aos deslocamentos estimados do n´o 3 da viga no Caso 2 ´e apresentada na Figura (4.6) atrav´es da linha de cor azul claro (Caso 2).

A compara¸c˜ao entre as respostas obtidas com as simula¸c˜oes do sistema n˜ao controlado, controlado com todos os graus de liberdade sensoriados e com a for¸ca de controle calculada atrav´es da Equa¸c˜ao (4.26) e no Caso 2 pode ser feita atrav´es da Figura (4.6).

Observa-se que a resposta dinˆamica controlada obtida atrav´es do uso dos observadores de estado para trˆes grau de liberdade tamb´em ´e bastante pr´oxima da resposta obtida quando todos os estados s˜ao monitorados, o que pode ser comprovado pelo valor de η para o Caso 2:

ηCaso 2 = 3, 7082. (4.32)

(39)

0 0.5 1 1.5 −0.01 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 Tempo (s) Deslocamento Transversal nó 3 (m) Sensoriado Estimado

Figura 4.5: Compara¸c˜ao entre estado medido e estimado no Caso 1 referente ao n´o 3.

estimados, que pode ser observada atrav´es da Figura (4.7). Nesta figura, a linha de cor vermelha representa a resposta dinˆamica do n´o 3 sensoriada e controlada com a for¸ca de controle calculada atrav´es da Equa¸c˜ao (4.27) para o Caso 2, enquanto a linha tracejada de cor azul claro representa a resposta dinˆamica do n´o 3 estimada e controlada com a mesma for¸ca de controle.

4.7.3

Compara¸c˜

oes Entre os Resultados Obtidos

Para melhor avaliar o desempenho do controle ativo com o uso de observadores de estado s˜ao apresentados na Tabela (4.1) os valores de η para as diferentes situa¸c˜oes simuladas:

Tabela 4.1: Compara¸c˜ao de valores de η Situa¸c˜ao η

Sem controle 4,0923 Com controle 3,7072 Caso 1 3,7074 Caso 2 3,7082

Analisando a Tabela (4.1), podemos observar que os valores de η para todas as situa¸c˜oes com controle ativo ficaram muito pr´oximos, o que indica que as respostas con-troladas obtidas no Caso 1 e no Caso 2 com o uso de observadores de estado ficou muito

(40)

0 0.5 1 1.5 −0.02 −0.01 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 Tempo (s) Deslocamento Transversal nó 3 (m) Sem controle Com controle Caso 2

Figura 4.6: Respostas do n´o 3 n˜ao controlada, controlada com todos os estados sensoriados e controlada com o uso de trˆes estados estimados.

pr´oxima da resposta controlada obtida quando todos os graus de liberdade da viga eram sensoriados.

Percebe-se tamb´em, que o aumento do n´umero de graus de liberdade estimados resulta em uma pequena queda no desempenho do sistema de controle. Mesmo assim, como ob-servado anteriormente, ´e obtido um resultado bastante pr´oximo do obtido para a estrutura totalmente sensoriada.

Para avaliar as diferen¸cas entre as for¸cas de controle calculadas com todos os graus de liberdade monitorados e com o uso de observadores de estado no Caso 1 e no Caso 2, ´e apresentada a Figura (4.8) e a Tabela (4.2).

Tabela 4.2: Magnitudes m´aximas de fc

Situa¸c˜ao fc (N)

Com controle 234,33 Caso 1 230,12 Caso 2 228,37

Pode-se observar que as magnitudes das for¸cas de controle calculadas nas trˆes situa¸c˜oes tamb´em s˜ao bastante semelhantes.

Para comparar as respostas controladas obtidas atrav´es das trˆes situa¸c˜oes descritas neste cap´ıtulo, ´e apresentada a Figura (4.9).

(41)

0 0.5 1 1.5 −0.01 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 Tempo (s) Deslocamento Transversal nó 3 (m) Sensoriado Estimado

Figura 4.7: Compara¸c˜ao entre estado medido e estimado no Caso 2 referente ao n´o 3.

´

E poss´ıvel inferir que os a qualidade do controle quando o n´umero de sensores usados para fornecer os deslocamentos utilizados no c´alculo das for¸cas de controle ´e reduzido, ´e bastante satisfat´oria, visto que os resultados ficam muito pr´oximos aos obtidos quando todos os graus de liberdade da estrutura s˜ao sensoriados.

(42)

0 0.5 1 1.5 −250 −200 −150 −100 −50 0 50 100 150 200 250 Tempo (s) Força de Controle (N)

Todos os graus de liberdade medidos Caso 1

Caso 2

Figura 4.8: Compara¸c˜ao entre as for¸cas de controle calculadas com todos os graus de liberdade medidos, calculadas no Caso 1 e no Caso 2.

0 0.5 1 1.5 −0.01 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 Tempo (s) Deslocamento Transversal nó 3 (m) Com controle Caso 1 Caso 2

Figura 4.9: Compara¸c˜ao entre as respostas controladas obtidas quando todos os graus de liberdade eram medidos, no Caso 1 e no Caso 2.

(43)

Cap´ıtulo 5

Conclus˜

oes e Coment´

arios Finais

Atrav´es da an´alise dos resultados obtidos pelas simula¸c˜oes dos sistemas de controle pas-sivo e ativo, pode-se concluir que ambos reduziram de maneira significativa as amplitudes de vibra¸c˜ao sofridas pelas estruturas.

De maneira particular, os amortecedos do tipo frequˆencia sintonizada (SCP) se mos-traram mais eficientes na redu¸c˜ao de vibra¸c˜oes provocadas por carregamentos harmˆonicos quando se compara com as redu¸c˜oes obtidas para a estrutura oscilando em vibra¸c˜oes livres.

Quanto ao controle ativo com retroa¸c˜ao em estruturas com o n´umero reduzido de sensores, o uso da t´ecnica dos observadores de estado se apresentou muito eficiente, visto que as respostas obtidas atrav´es do controle com o uso dos estados estimados ficou muito pr´oxima da resposta obtida quando todos os graus de liberdade eram sensoriados.

Foi percebido tamb´em, que o aumento do n´umero de graus de liberdade estimados resulta em uma pequena queda no desempenho do sistema de controle ativo. Apesar disso, como j´a destacado anteriormente, foi obtido um resultado bastante pr´oximo do obtido para a estrutura totalmente sensoriada.

Este trabalho, portanto, apresentou atrav´es de an´alises num´ericas a eficiˆencia dos sistemas de controle do tipo passivo e ativo para redu¸c˜ao das amplitudes de vibra¸c˜oes estruturais, demonstrando assim, que a utiliza¸c˜ao desses sistemas de controle ´e um boa alternativa para solucionar problemas dinˆamicos em estruturas.

Como trabalhos futuros s˜ao sugeridos:

• Introdu¸c˜ao de ru´ıdos nos sinais analisados; • Desenvolvimento de modelos experimentais; e • Avalia¸c˜ao de controladores h´ıbridos.

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