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Doping de Armstrong gera
queda de ONG contra câncer
O F E R E C I M E N T OT E R Ç A - F E I R A , 1 5 D E M A R Ç O D E 2 0 1 6
€ 30,3 mi
Foi o lucro da Juventus, o mais
rico clube italiano, durante o
ano de 2015
N Ú M E R O D O D I A
E D I Ç Ã O • 4 6 1
POR ERICH BETING
Em 2012, a Livestrong, fun-dação que tem como objetivo auxiliar pessoas no tratamento do câncer, preparava os festejos para celebrar os 15 anos da entida-de, criada pelo maior ciclista da história e também vencedor do câncer, Lance Armstrong.
Exemplo de projeto social, a Livestrong havia alcançado, no ano anterior, o recorde de US$ 51 milhões em receita, graças a parcerias comerciais, doações, eventos e a venda de produtos licenciados, entre eles a pulseira amarela produzida pela Nike.
O apetrecho era uma espécie de símbolo da história da Lives-trong e de ArmsLives-trong. A cor ama-rela remete à camisa do líder da Volta da França, a prova que foi, desde sempre, a grande especia-lidade do americano.
Justamente nos 15 anos de ressurreição de Armstrong e de vida da sua fundação, o mundo caiu. O ciclista teve a farsa reve-lada, com a urina congelada dos tempos vitoriosos nas pistas
sen-do flagrada no exame antidoping. Tudo aquilo que Lance sempre fer-renhamente combateu, que eram as acusações de que se dopa-va, passaria de verdade
absoluta a farsa manipuladora. A confissão de Lance veio só em 2013, após o estrago já ter sido feito. Os 15 anos de ce-lebração da Livestrong foram estraçalhados pelo escândalo de doping. A fundação, porém, manteve-se em pé. Na apresenta-ção dos resultados financeiros de 2012, o então CEO da entidade, Doug Ulman, trocou os agrade-cimentos ao fundador por uma celebração à “comunidade”.
Claramente o objetivo era des-vincular o projeto social do atleta trapaceiro. Agora, quatro anos
depois, a estratégia adotada pela fundação mostra-se inócua.
Em 2014, a Livestrong encerrou o ano com o pior faturamento desde 2004, quando a icônica pulseira amarela foi criada, levan-do a arrecadação jamais vista a um projeto social desse porte.
Reflexo direto do escânda-lo envolvendo seu fundador, a Livestrong tenta se manter em pé diante de um cenário pior a cada ano. Em janeiro, a saída de Chan-dini Portteus do cargo de CEO da fundação deixou ainda mais claro os problemas que a Livestrong tem enfrentado nos últimos anos.
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diretor de conteúdo da Máquina do Esporte
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
diretor da conteúdo da Máquina do Esporte
O que parecia uma ousadia
ilimi-tada parece próximo de se tornar
realidade. O Esporte Interativo tem
anunciado acordos a cada dia e se
consolida como um novo player na
disputa pelo Brasileirão.
A estratégia do canal do Grupo
Turner parece bem-sucedida até
aqui. O EI primeiro consolidou sua
marca nos mercados periféricos,
com transmissões de Estaduais
me-nos importantes, além da Copa
Ver-de e da Copa do NorVer-deste.
O resultado disso foi capitalizado
com a assinatura de acordos com
times como Bahia e Ceará. Mesmo
fora da Série A do Brasileirão, é uma
aposta do canal ver ambos os clubes
na elite entre 2019 e 2024. O canal
do Grupo Turner já atraiu para
suas hostes Atlético-PR e Santos,
além de estar próximo de confirmar
acordo com o Internacional.
Para a TV fechada, Corinthians
e Flamengo têm mais importância
institucional do que como
gerado-res de audiência. Ambos os clubes já
costumam frequentar as
transmis-sões da TV aberta, o que minimiza
seu impacto entre os assinantes.
Outro trunfo apresentado pelo EI
tem sido uma divisão mais
igualitá-ria das cotas, o que obrigou a própigualitá-ria
estratégia da Globo em distribuir a
renda dos direitos de transmissão.
Também promete respeitar os
acor-dos comerciais acor-dos clubes que
assi-narem com ela. Ou seja, o Allianz
Parque teria seu nome respeitado.
Para que seu projeto decole, é
es-sencial ao EI assinar com mais
clu-bes de prestígio. Hoje, fala-se que a
Globo já arregimentou dez clubes,
o que daria poucas opções à Turner
para entrar de fato na disputa.
EI mexe com mercado, mas
projeto ainda é incógnita
Krom Suplementos anuncia patrocínio da
Copa Continental do Brasil
POR REDAÇÃO A Krom Suplementos, marca do Grupo Oití
Produtos Naturais, será uma das patrocinado-ras da Copa do Bpatrocinado-rasil, torneio que terá sua 28ª edição neste ano. A marca de nutrição também apoia atletas de outras
modalidades como taekwondo, triatlo, vôlei, natação e jiu-jítsu, entre outros esportes.
É a segunda vez con-secutiva que a Krom Suplementos patrocina o evento. Desde o seu lançamento, em agosto de 2015, a marca tem apostado no patrocínio de atletas e competições
como forma de divulgação de seus produtos. “Renovando o patrocínio da Copa do Brasil,
um dos principais campeonatos de futebol do país, a marca reforça esse compromisso e bus-ca se aproximar do público consumidor e estar presente nos momentos de alegria e superação,
que envolvem os jogos, times e torcidas a cada fase dessa competição”, afirmou a empresa, em comunicado oficial.
A Copa do Brasil, que concede uma vaga na Copa Libertadores ao seu campeão, terá início em 16 de março, com a par-ticipação de 86 clubes de todas as regiões do Brasil. A Continental Pneus é a principal apoiadora do torneio, tendo o title sponsor da competição.
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Astro do Chicago Bulls de Mi-chael Jordan, o ex-armador Ron Harper irá participar das festivida-des do Jogo das Estrelas do NBB (Novo Basquete Brasil), que será realizado no próximo sábado, dia 21, a partir das 18h30, com trans-missão do SporTV.
O ex-armador conquistou três títulos da NBA pelos Chicago Bulls, além de dois anéis de cam-peão pelo Los Angeles Lakers. Harper, 52, conhecido por seu exímio chute de três pontos, irá integrar o time do NBB Mundo no duelo contra a equipe de brasileiros que atua pela principal liga de basquete o Brasil.
Draftado pelo Cleveland Ca-valiers em 1986, Ron Harper também atuou pelo Los Ange-les Clippers. É a quarta visita
do armador ao país. Em 16 temporadas na NBA, o jogador acumulou 13.910 pontos, 4.306 rebotes, 3.916 assistências e 1.716 roubadas de bola. Harper
também será um dos jurados do Torneio de Enterradas, no domin-go (dia 20).
A vinda de Ron Harper ao país é mais uma ativação da parceria entre o NBB e a NBA. No ano passado, outra lenda da liga norte-americana participou das festividades do Jogo das Estrelas. Em Franca (interior de SP), Hora-ce Grant foi um dos jurados do Torneio de Enterradas. O ala-pivô
conquistou quatro títulos da NBA (1991, 92 e 93 pelo Chicago Bulls e 2001 pelo Los Angeles Lakers).
No ano passado, o escritório da NBA no Brasil também trou-xe uma equipe de cheerleaders do Orlando Magic e a mascote Gorilla, do Phoenix Suns, para animar as finais do NBB, entre Bauru e Flamengo. A parceria entre as duas ligas foi firmada em dezembro de 2014.
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
Astro do Bulls de Jordan
participa de Jogo das Estrelas
O britânico Andy Murray criticou a Head, sua própria patrocinadora, por não ter rescindido contrato com Maria Sharapova após essa revelar ter sido flagrada no antidoping.
“Neste ponto, o importante é ir aos fatos antes de tomar a decisão de renovar um contrato. Eu, pessoalmente, não haveria extendido [o acordo com a tenista]. Se ela ingeriu a droga que eleva o rendimento e foi pega no controle, deve ser sus-pensa”, afirmou o número dois do ranking mun-dial, que está nos Estados Unidos para a disputa do Torneio de Indian Wells.
O tenista acrescentou que a decisão da marca
austríaca é “estranha dadas as circunstâncias”. A empresa fornecedora de raquetes anunciou, na semana passada, que pretende renovar contrato com Sharapova, apesar do caso de doping. A marca austríaca, uma das líderes em seu segmen-to, afirmou, em comunicado oficial, que o teste positivo para a droga meldonium, entra “dentro da categoria de erros ‘honestos’”.
Sharapova mantém contrato com a Head desde 2011 e recebe anualmente US$ 1,5 milhão. A de-cisão da empresa contrasta com o posicionamen-to de Nike TAG Heuer e Porsche, que anunciaram suspensão dos contratos em vigor com a tenista.
Os mais tradicionais clubes olímpicos do Brasil têm faturado com os Jogos do Rio 2016. Nesta semana, o Flamengo revelou com exclusividade à Máquina do Esporte que receberá as delegações de ginástica artística da Alemanha, Áustria, França e Romênia durante o evento-teste da modalidade no país.
É mais uma vitória para o clube que acertou USOC (United States Olympic Committee), a delega-ção olímpica dos Estados Uni-dos. O Flamengo assinou com a entidade para receber os atletas durante os Jogos deste ano.
Como parte do acordo, as estruturas de ginástica foram completamente reformadas que para ficassem em primeiro nível. Segundo a direção flamenguista, apenas o clube, além do Centro de Treinamento do Time Brasil, atende às necessidades técnicas das delegações internacionais na cidade do Rio de Janeiro.
E o Flamengo não é o único que tem lucra-do como anfi-trião de atletas estrangeiros. O Pinheiros, em São Paulo, é um dos melhores exemplos no país. Para rece-ber a delegação da China, a se-gunda que mais medalhas de ouro levou em Londres – 2012,
o clube alugou suas instalações por US$ 3,5 milhões.
O Pinheiros, aliás, é vizinho do Hebraica, que fechou no início do ano com as delegações olímpicas de Japão e Israel.
Em Minas Gerais, o Minas Tênis Clube acertou ainda em 2012 com a delegação do Reino Unido. À Máquina do Esporte, a
comunicação da entidade afir-mou que a parceria vai além do repasse financeiro, com trocas de experiências entre as duas partes.
No fim do ano passado, por exemplo, o Minas Tênis ofereceu a sócios um programa de bolsa para universidades britânicas, com a presença do Ministro de Relações Exteriores do Reino.
POR DUDA LOPES
Rio 2016 gera faturamento
extra a clubes com delegações
A Kärcher, fornecedora oficial dos Jogos Olím-picos do Rio de Janeiro, lançou na terça-feira uma nova campanha com o evento. A marca faz uma homenagem aos brasileiros que acolheram a mar-ca durante os 40 anos da empresa no país.
Segundo a companhia, fazer o fornecimento de instrumentos de limpeza para os Jogos é a
maneira de dizer “Obrigado, Brasil”.
O vídeo divulgado no YouTube foi intitulado “Alemães por tradição, brasileiros de coração”, com a história de um dos primeiros distribuidores da empresa no país.
A campanha passará a valer a partir desta sema-na e foi desenvolvida pela agência Weme.