Lei de Acesso
à Informação
Representantes de Tribunais de Contas de todo o país
for-malizam documento com orientações sobre a nova Lei.
IMPRESSO CORREIOS 9912172555-DR/TO TCE - TO Ministério doPlanejamento
Rui Barbosa
Instituto www.irbcontas.org.brPromoex
Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo
dos Estados, Municípios e do Distrito Federal
2012 /2˚ Semestre
CORRUPÇÃO
Para especialista, “quanto maistransparência você tem, mais difícil fica desviar dinheiro.”
Pág. 4 e 5
Reunião sobre o PROMOEX conta com representantes de TCs de todo o Brasil.
Págs. 9
NAGs
Tribunal de Contas do Acre e do Rio Grande do Sul aderem às Normas de Auditória Governamental. Pág. 10
RESULTADOS
Ministério Planejamentoi Barbosa
InstitutoAgosto de 2012
Informativo Promoex
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PROMOEX - Programa
de Modernização do
Controle Externo nos
Estados, Municípios e do
Distrito Federal
Instituto Rui Barbosa – IRB
Conselheiro Severiano Costandrade (TCE/TO) – presidente
Assoc. dos Membros dos Trib. de Contas do Brasil – ATRICON
Conselheiro Antonio Joaquim (TCE/MT) - presidente
Assoc. dos Tribunais de Contas dos Municípios - ABRACOM
Conselheiro Francisco de Souza Andrade Netto (TCM/BA) - presidente
Coordenação Nacional IRB/ATRI-CON junto ao PROMOEX
Conselheiro Otávio Lessa (TCE/AL)
Direção Nacional do PROMOEX
Heloisa Garcia Pinto (MPOG)
EXPEDIENTE
Este é um produto do Instituto Rui Barbosa (IRB )
Jornalista Responsável
Sandro Petrilli (IRB)
Edição
Dhenia Gerhardt(IRB) Sandro Petrilli (IRB)
Diagramação
Robson Feitosa Pimentel
A
uniformização de nossos processos e procedimentos é um sonho que perseguimos há alguns anos. Pode-mos dizer que o PRO-MOEX nos deixou mui-to mais próximos de sua realização.A Carta de Recomendações aos Tribunais de Contas sobre a Lei 12.527/2011, produto do Seminário “Os Tribunais de Contas e a Lei de Acesso à Informação”, é uma prova cabal da evo-lução das Cortes de Contas no sentido do entendimento e da convergência. Depois de quase 12 horas reunidos, conselheiros, procuradores, auditores, técnicos e especialistas, representando todos os Tribunais de Contas do Brasil, produziram este documento que ser-virá como base para uma adequação comum à nova legislação. Respeitando, evidentemente, as peculiaridades e a autonomia de cada Tribunal, a Carta de Recomendações é uma ferramenta im-portante para a adaptação.
Além do Seminário sobre a Lei de Acesso à Informação, outros eventos serão promovidos ainda este ano com os recursos do PROMOEX. Em seu último ano de execução, o programa ainda é uma poderosa alavanca para o aprimoramento de nosso trabalho. Com grande parte das metas já al-cançadas, o momento é de focar em resultados, mas também de enxergar o futuro, vislumbrando a possibilida-de possibilida-de uma nova etapa possibilida-deste programa tão bem-sucedido.
Conselheiro Severiano Costandrade Presidente do IRB
O
PROMOEX está chegando em sua etapa fi nal com resulta-dos muito além daque-les imaginados quando da sua concepção. Faço questão de ressaltar um deles, que não tem re-lação a nenhum produto específi co, de-sembolso fi nanceiro ou meta alcançada. Refi ro-me ao conceito de modernidade que o programa trouxe para os TCs. In-dependente do volume de recursos rece-bido, do nível de adesão ao programa, o PROMOEX proporcionou isso na gran-de maioria dos Tribunais. E mesmo em Cortes que praticamente não lançaram mão de recursos percebeu-se a busca pela modernização, pelo aperfeiçoamento, in-tegração, pela troca de experiências.A esse “espírito do PROMOEX” re-laciono grande parte da transformação ocorrida. Enfi m, o programa demons-trou uma grande capacidade de indução e de estímulo. Decisivamente, foi dado o passo determinante para se pensar na consolidação de um sistema nacional de controle externo, pois criou-se a cultu-ra básica necessária. Podemos falar em temas como Lei Processual Nacional de julgamentos de contas públicas ou CNTC a partir dessa nova compreensão.
É por esse motivo que as diretorias da ATRICON e do IRB buscam o Go-verno Federal no intuito de negociar um segundo programa ou o PROMOEX 2. Os resultados alcançados mostram que uma iniciativa dessa natureza foi su-fi ciente para uma virada de página na história dos órgãos de controle externo.
Antonio Joaquim Presidente da ATRICON
O
PROMOEX chega, defi nitivamente, à sua reta fi nal. Nos re-latórios de atividades, todavia, comprovamos o sucesso absoluto em seu objetivo primeiro: a modernização do Siste-ma de Controle Externo Brasileiro.Os indicadores de praticamente todos os componente e subcompo-nentes, tanto nacionais, quanto locais, são excelentes. Quase todas as metas foram alcançadas ou superadas em muito. Números que levam o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a citar, inclusive no exterior, o PROMOEX como um exemplo de programa bem sucedido.
Enquanto IRB/ATRICON come-çam as tratativas com o Governo Fe-deral no intuito de conseguir a conti-nuidade das ações, Grupos Temáticos (GTs) e Unidades Executoras Locais (UELs) organizam suas estratégias para cumprir com os últimos com-promissos assumidos até a finalização da vigência do convênio. São produ-tos a serem entregues e iniciativas que precisam ser concluídas.
Por fim, todos os esforços serão medidos e divulgados a servidores e membros dos Tribunais de Contas e para a sociedade. É preciso que todos tenham ciência de que o PROMOEX, verdadeiramente, significou um pas-so extraordinário para a melhoria da fiscalização do bem público.
Otávio Lessa Coordenador Nacional do PROMOEX
IRB
ATRICON
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OORDENAÇÃO
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exemplo de sucesso do Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados, Distri-to Federal e Municípios brasileiros foi apresentado durante a abertura do En-contro Técnico Nacional de Auditoria de Obras Públicas – ENAOP, realizado no mês de junho, em Palmas – TO.O presidente do Instituto Rui Bar-bosa, conselheiro Severiano Costandra-de (TCE/TO), Costandra-destacou o PROMOEX como um dos programas de maior êxito no mundo, ressaltando que essa avalia-ção foi feita por especialistas do pró-prio BID, fi nanciador do programa. “O PROMOEX tem proporcionado har-monia, integração, compartilhamento e modernização das Cortes de Contas de todo o país”, frisou o presidente, ao citar produtos consolidados como as Normas de Auditoria Governamental, a harmonização de entendimentos so-bre a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Channel, soft ware de gerenciamento de Planejamento Estratégico. O presidente fi nalizou agradecendo o empenho dos servidores e das instituições responsá-veis pela execução do programa: “Os excelentes resultados são frutos dessa busca pela modernização das Cortes, que tem o IRB, a ATRICON, o
Minis-tério do Planejamento e o BID como entidades essenciais. Somente com essa junção de forças podemos ter sucesso”.
As conquistas do PROMOEX foram citadas durante a assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre o IRB e o IBRAOP – Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas, represen-tado pelo seu presidente, Pedro Paulo Piovesan de Farias. A parceria permiti-rá desenvolver ações que promovam a elaboração, divulgação e capacitação de procedimentos para auditoria de obras públicas. Entre os objetivos do acordo estão: uniformizar entendimentos sobre a fi scalização de obras públicas e elabo-rar procedimentos
específi cos para au-ditoria e inspeção de cada tipo de obra ou atividade.
“No momento da elaboração do termo nos basea-mos nos preceitos do PROMOEX, com vistas a buscar um entendimen-to comum entre as instituições no que tange às auditorias
de obras públicas”, informou a assesso-ra jurídica do IRB, Gizella Bezerassesso-ra, que apresentou os detalhes da cooperação aos participantes do encontro.
ENAOP
O Encontro Técnico Nacional de Auditoria de Obras Públicas foi realiza-do entre os dias 20 e 22 de junho, no au-ditório do Tribunal de Contas do Esta-do Esta-do Tocantins. O evento, promoviEsta-do pelo IBRAOP, em parceria com o TCE/ TO e apoio do IRB e da ATRICON, teve a participação de quase 250 pessoas, re-presentando mais de 20 Tribunais de Contas do país.
PROMOEX
É
DESTAQUE
EM
EVENTO
NACIONAL
Encontro técnico lotou o auditório do TCE/TO
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FUNDAMENTAIS
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ESPECIALISTA
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jornalista, especialista em Acesso à Informação Pública e Mestre em Administração Pública e Governo, Fa-biano Angélico, foi um dos palestrantes do Seminário sobre a Lei de Acesso à Informação sediado pelo Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE/ TO). Na entrevista abaixo ele comenta a importância de realizar eventos como esse, fala sobre os desafi os impostos pela nova lei e destaca a transparência no combate à corrupção: “Quanto mais transparência você tem, quanto mais luz, fi ca mais difícil desviar dinheiro.” Confi ra os detalhes da entrevista.IRB: Durante sua palestra, o Se-nhor disse que estar
em um evento nacio-nal, debatendo a Lei de Acesso à Informa-ção é a realizaInforma-ção de um sonho. Por quê?
FA – É que essa questão do acesso à informação, da trans-parência é um tema que a gente vem discu-tindo há vários anos. A gente, eu digo, um pequeno grupo de pes-quisadores e
interessa-dos no assunto. Nós fazíamos alguns encontros, alguns debates pela internet e pouquíssimas pessoas se interessa-vam. Quando o assunto começou a aparecer na imprensa, aparecia muito com aquela questão de sigilo eterno de documentos. Aquilo, ao mesmo tempo em que nos deixou um pouco mais animados, pensamos: mas não é essa a discussão que
queremos fazer. Então, estar aqui, numa discussão com Tribunais de Contas, que são f undament ais
pra esse processo todo, debatendo exa-tamente esses pontos que a gente queria discutir: os procedimentos de acesso, a disputa entre direito à informação e direito à privacidade, todas as questões super relevantes para a transparência, para a democracia, isso é muito bacana. Podemos perceber o interesse e ver que agora sim, o assunto está sendo discuti-do adequadamente.
IRB: Mas ao mesmo tempo o Senhor mencionou obstáculos institucionais, le-gais e socioculturais.
FA – Para uma Lei de Acesso à In-formação se efetivar, ela precisa ter instituições fortes. Elas precisam
fun-cionar no sentido de punir quem não dá o acesso à informação, ter legitimi-dade para promover o tema, enfi m, tem que ter instituições adequadas. Quan-do você não tem isso é um obstáculo. Quando você não tem, por exemplo, um mecanismo, seja judicial ou admi-nistrativo que obrigue o órgão público a dar informação para o cidadão, é um obstáculo institucional. Do ponto de vista legal algumas questões na Lei são muito importantes. A previsão de que a transparência é um preceito legal e o sigilo é a exceção é uma coisa posi-tiva, mas quando você entra em algu-mas brechas, pode ter alguns termos, alguma redação no texto que restringe um pouco esse entendimento de que a transparência é um preceito legal. Então isso
tam-bém é um obstáculo a ser observado. E o obstáculo
sociocul-tural é aquele da formação das
pes-soas. As pessoas precisam ter
informação a respeito do
direito à
informação. Você não vai pleitear um direito se você nem sabe que tem esse direito.
IRB: O Senhor pontuou a importân-cia de se promover mais debates para aproximar o cidadão. Hoje os Tribunais de Contas querem exatamente isso, fazer com que a sociedade conheça o trabalho das Cortes para que ela se torne um fi s-cal da aplicação do dinheiro público. Qual é a sugestão do Senhor para que isso aconteça?
FA – É bom saber que existe o in-teresse dos Tribunais de Contas em se aproximar da sociedade e eu digo que há um interesse grande do cidadão de se
aproximar dessas ques-tões institucionais. A cada ano a escolarida-de média do brasileiro aumenta e ele conhece um pouco melhor seus direitos, então existe essa vontade também do cidadão. Já que há esses dois interesses, a minha sugestão é fazer treinamentos, seminá-rios e cursos, para pú-blicos específi cos, por-que esse tema é muito amplo. Por isso, se for fazer um semi-nário com a sociedade civil, vai ter que ter duração de uma semana. Então eu sugeriria uma série de seminários inde-pendentes com ONGs, com jornalistas, comunidades de base, sindicatos, parti-dos políticos, porque são vários atores envolvidos nesse processo.
IRB: O Senhor falou sobre a impor-tância de ter um órgão que fi scalize a aplicação da lei. Como deveria ser a atu-ação desse órgão para não só fi scalizar, mas também incentivar o respeito à Lei?
FA – Acho que deve ser uma das atribuições dos Tribunais de Contas exigir que seus jurisdicionados cum-pram a Lei. Inclusive a Lei de Acesso à Informação está muito próxima da Lei Complementar 131, que obriga a divul-gação na internet de informações orça-mentárias detalhadas (Lei da Transpa-rência). Acho que o Tribunal também poderia tomar pra si essa responsabi-lidade de cobrar dos gestores públicos mais transparência. No âmbito interno, acho que os Tribunais de Contas devem dar o exemplo, criar estruturas, criar mecanismos. Apesar do orçamento re-duzido, podem aproveitar estruturas já existentes, podem aproveitar uma
Ou-Quanto mais transparência você tem,
quanto mais luz, fi ca mais difícil desviar
dinheiro. Não que isso seja o único
re-médio, mas é um dos mais fortes.
Fabiano Angélico - Jornalista
Fabiano Angélico
tempo em que nos deixou um pouco mais animados, pensamos: mas não é essa a discussão que
queremos fazer. Então, estar aqui, numa discussão com Tribunais de Contas, que são f undament ais
nistrativo que obrigue o órgão público a dar informação para o cidadão, é um obstáculo institucional. Do ponto de vista legal algumas questões na Lei são muito importantes. A previsão de que a transparência é um preceito legal e o sigilo é a exceção é uma coisa posi-tiva, mas quando você entra em algu-mas brechas, pode ter alguns termos, alguma redação no texto que restringe um pouco esse entendimento de que a transparência é um preceito legal. Então isso
tam-bém é um obstáculo a ser observado. E o obstáculo
sociocul-tural é aquele da formação das
pes-soas. As pessoas precisam ter informação a respeito do direito à Fabiano Angélico
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vidoria, uma Assessoria de Comunica-ção ou alguma outra, mas é importante que seja uma estrutura permanente. Criar um grupo de trabalho que vai se reunir para discutir durante um mês não basta, porque as dúvidas surgem o tempo todo. Tem que ter uma estrutura permanente, de preferência multidis-ciplinar, com pessoas da comunicação, da área jurídica, profi ssionais de tecno-logia da informação e gestão de docu-mentos.
IRB: Na opinião do Senhor, a trans-parência é um instrumento importante no combate à corrupção?
FA – Tem um estudioso do tema, que criou uma equação da corrupção. Pra ele a corrupção é igual a: arbi-trariedade mais monopólio menos transparência. Quanto mais
transpa-rência você tem, quanto mais luz, fica mais difícil desviar dinheiro. Não que isso seja o único remédio, mas é um dos mais fortes.
IRB: Nesse sentido, seminários como o da Lei de Acesso à Informação, são muito importantes...
FA – De fato foi um evento bastan-te rico e a presença de conselheiros e servidores de Tribunais de Contas de todos os estados brasileiros nos deixou muito contentes, porque essa questão ainda precisa ser muito debatida. Vá-rias dúvidas precisam ser dirimidas e acho que as pessoas ainda não per-ceberam o alcance disso. Os conse-lheiros disseram, durante o encontro, que a Lei é revolucionária e isso está certo. É uma questão revolucionária e que a gente não tem como voltar atrás.
Como eu disse, a escolaridade média do brasileiro vai aumentando, o acesso à tecnologia da informação vai aumen-tando, então as pessoas vão demandar mais informação, vão ter mais consci-ência dos seus direitos e os órgãos pú-blicos precisam se preparar para esse momento. Não adianta bater o pé e dizer que não vão fazer, porque isso é irreversível, é um caminho sem volta.
IRB: Na opinião do Senhor, quais são os principais desafi os para a implan-tação da Lei de Acesso à Informação?
FA – São vários, mas o principal de-les é conscientizar a população. Em ge-ral o poder público tem uma tendência de se fechar e isso iria atrapalhar muito a efetivação da lei. Mas o poder público só vai se abrir se houver consciência da sociedade de cobrar que isso aconteça.
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Seminário sobre a Lei de Acesso à Informação:
vitória da transparência
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epresentantes de Tribunais de Contas de todo o país se reuniram nos dias 31 de maio e 01 de junho, no auditório do TCE Tocantins, em Pal-mas, para participar do Seminário “Os Tribunais de Contas e a Lei de Aces-so á Informação”. Os dois dias de de-bate renderam um importante fruto: A Carta de Recomendações aos TCs, com orientação para a atuação diante da nova Lei. O documento prevê a dis-ponibilização de relatórios de audito-ria de forma ativa, ou seja, disponível na internet, depois da apresentação do contraditório. (Veja as recomenda-ções, na íntegra, na página 8).Sigilo
A orientação contida na Carta é que, em caso de informação sigilosa de caráter pessoal, fi ca garantido o acesso ao restante do processo, resguardando apenas a informação que poderia ofen-der a imagem pessoal do envolvido. Ainda de acordo com o entendimento dos participantes, os relatórios de audi-toria e resultados de inspeções, toma-das de contas e demais procedimentos de controle externo poderão ser con-siderados sigilosos por seu relator, por meio de justifi cativa fundamentada que será levada ao Pleno.
Atendimento ao Cidadão
Sobre o chamado SIC– Serviço de Informação ao Cidadão, foi defi nida a estrutura mínima para receber o inte-ressado, inclusive com disponibilização, preferencialmente, de um número de ligação gratuita. Para o presidente do Instituto Rui Barbosa (IRB), Severiano Costandrade, o SIC poderia funcionar vinculado às Ouvidorias. “É uma forma de fortalecer e incentivar a melhoria do funcionamento das Ouvidorias.” Nesse sentido, consta na Carta essa possibili-dade, fi cando a cargo de cada TC. Um entendimento comum é que o cidadão precisa ser orientado sobre os procedi-mentos para obter as informações, além de capacitar os próprios servidores in-ternos para atuar diante da lei.
Também foram defi nidas as funcio-nalidades mínimas que devem ser dis-ponibilizadas nos sites das instituições, como ferramentas de busca de processos e informações, atualização constante e formulário de requisição de informação.
Evento
A Carta de recomendações aos TCs foi elaborada após os debates realizados durante o seminário, com a presença de 30 conselheiros e representantes de todas as Cortes de Contas do país. A “Lei de Acesso” e a “Classifi cação das Informa-ções nos Tribunais” foram discutidas com os jornalistas Fabiano Angélico e Fernan-do Paulino, a procuraFernan-dora Fernan-do MPC Fernan-do TCE Goiás, Maisa de Castro, e o advoga-do Jorge Ulisses Jacoby Fernandes.
Para o especialista em Acesso à In-formação Pública e Mestre em
Admi-nistração Pública e Governo, Fabiano Angélico, “a transparência enriquece o debate político e a disponibilização de informações colabora com a diminui-ção da corrupdiminui-ção”.
Em sua palestra, o Doutor em Co-municação e coordenador nacional do Fórum de Acesso à Informação, Fernan-do Paulino, destacou que “o estímulo das organizações deve estar ligado ao treina-mento dos servidores, para que possam atuar como ponte com a sociedade na prestação de informações”.
O advogado e Mestre em Direito
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Seminário sobre a Lei de Acesso à Informação:
vitória da transparência
Público, Jorge Ulisses Jacoby Fernandes reforçou a importância do debate ao afi rmar: “acima de tudo, acredito que o acesso à informação faz parte da demo-cracia e aumenta o controle social”.
Sobre os relatórios de auditorias, a representante da Associação Nacional do Ministério Público de Contas (AMP-CON), a procuradora do MPC do TCE/ GO, Maísa de Castro, disse acreditar que o melhor seria antecipar a divulgação desses documentos. “A gente enxerga, muitas vezes, o lado negativo do acesso. Temos que enxergar o lado positivo, o lado em que a sociedade tenha a opor-tunidade de cobrar do representante o trabalho a ser feito”, justifi cou.
Realização
O evento foi promovido pelo Institu-to Rui Barbosa (IRB), com apoio da As-sociação dos Membros de Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON), e sediado pelo Tribunal de Contas do Estado do Tocantins. Para o presidente do IRB, con-selheiro Severiano Costandrade, “a Lei é um marco histórico e regulamenta o que, na verdade, é uma obrigação de qual-quer órgão público, que é dar satisfação ao cidadão. Os Tribunais de Contas têm papel fundamental na aplicação dessa le-gislação, e nós devemos nos adequar para depois cobrar de nossos jurisdicionados”. Concordando com Costandrade, o presi-dente da ATRICON, Antônio Joaquim, comentou que “os Tribunais de Contas têm o papel de fi scalizar e dar apoio ao cidadão. Nós somos instrumento de cida-dania, e temos o dever de dar exemplo”.
Hino Nacional interpretado pelo Coral de Contas
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ARTA
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ECOMENDAÇÕES
AOS
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Das Garantias De Direito Ao Acesso
1) Criar Resolução Administrativa que estabeleça cri-térios para a publicidade das informações, pautada sob os seguintes preceitos:
a. toda informação é pública e o sigilo é exceção;
b. como fi scalizadores, os Tribunais de Contas devem ser
exemplo de transparência fi nanceira, contábil, operacio-nal e patrimonial;
c. apresentar as informações de forma objetiva;
d. traduzir dados técnicos para a linguagem acessível ao
leigo;
e. estabelecer como visão o Controle Social;
f. proteger a informação sigilosa e de caráter pessoal,
as-segurando, entretanto, o acesso às informações não sigi-losas do processo;
g. garantir o acesso a informações custodiadas;
h. orientar o cidadão sobre procedimentos para obter a
in-formação desejada;
i. estruturação do Serviço de Informação ao Cidadão
(SIC);
j. capacitação e treinamento interno;
Do Processamento De Pedidos De Informação
1) Criar um Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), devidamente estruturado com:
a. telefone próprio, preferencialmente 0800;
b. sistema de geração de demanda/protocolo (pode ser
compartilhado o mesmo da Ouvidoria); c. acesso à rede de informações;
2) Possibilidade de compartilhar o SIC à estrutura da Ouvidoria, respeitando a segregação das respectivas funções.
3) Estruturar o acesso do SIC às demais áreas do
Tribunal de Contas, de modo que, via de regra, do-cumentos e informações possam ser acessados de forma imediata.
4) Caso não seja possível o acesso imediato, o cidadão deve receber um protocolo cujo atendimento deve ser realizado em até 20 dias, prorrogáveis por mais 10 dias sob justifi cativa expressa.
5) Caso a informação esteja armazenada de forma di-gital, poderá ser fornecida no mesmo formato, não sendo obrigatória, portanto, sua impressão.
Das Regras De Divulgação Ativa De Informações
1) O site do Tribunal deverá trazer os seguintes con-juntos de informações:
a. identidade organizacional; b. competência e estrutura;
c. endereços, informações de contato e de horário de
atendimento;
d. registros de repasses e/ou transferências de recursos
fi nanceiros;
e. registros de despesas;
f. registros de procedimentos licitatórios, inclusive
edi-tais, resultados e contratos;
g. perguntas frequentes da sociedade;
h. indicar, de forma clara, formas de contato com os
res-ponsáveis pelo referido site;
i. jurisprudência;
j. informações sobre tramitação de processos;
k. resultados de inspeções, auditorias, tomadas de contas,
a partir da apresentação da respectiva defesa;
l. pareceres do Ministério Público junto aos TCs, tão logo
sejam emitidos;
m. votos, após o seu relato, e decisões singulares, tão logo
prolatadas;
n. decisões e respectivos documentos instrutórios; o. atas de sessões e registros audiovisuais (caso existam); 2) O site deve oferecer as seguintes funcionalidades: a. ferramenta de busca de informações;
b. ferramenta de busca de processos;
c. geração de documentos e relatórios em formatos
aber-tos, que possibilitem download;
d. destacar os formatos utilizados para a divulgação das
informações;
e. atualização constante e, de preferência, automatizada; f. formulário de requisição da informação, com sistema
que gere protocolo de atendimento, com o qual o cidadão poderá acompanhar a tramitação de seu pedido sob os prazos estabelecidos pela Lei;
g. conter cronograma de adaptação às regras de
acessibi-lidade nos termos do art. 17 da Lei no 10.098/2000, e do art. 9º da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Defi ciência, aprovada pelo Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008;
Dos Recursos
1) Os recursos sobre pedidos negados de informação
devem ser recebidos e protocolados pelo SIC e encami- nhados à autoridade responsável, a qual terá 5 dias para se manifestar, cabendo novo recurso ao Pleno.
Dos Procedimentos para a Proteção da Informação Sigilosa
1) Relatórios de auditoria e resultados de inspeções, tomadas de contas e demais procedimentos de Con-trole Externo poderão ser considerados sigilosos por seu relator, em juízo cautelar, por meio de justifi
ca-tiva fundamentada, observadas as determinações quanto a sigilo contidas na Lei 12.527/2011, sujeitas ao referendo do pleno. Os demais relatórios e resulta-dos são públicos.
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PRÁTICAS
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TEMA
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ENCONTRO
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NCONTRO
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ESTRATÉGIAS
PARA
ALCANCE
DAS
ÚLTIMAS
METAS
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oas práticas, novos conceitos e me-todologias no Sistema de Controle Externo são temas do Encontro Nacio-nal sobre Atividades de Inteligência de Controle Externo.O evento será realizado nos dias 15, 16 e 17 de agosto, no auditório do Conselho Federal de Contabilidade, em Brasília - DF. A realização é da As-sociação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON), Ins-tituto Rui Barbosa (IRB) e Tribunal de Contas da União (TCU), com apoio do PROMOEX – Programa de Moderniza-ção do Sistema de Controle Externo dos Estados, Distrito Federal e Municípios Brasileiros.
O encontro conta com a participa-ção da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e é voltado para conselheiros, auditores, procuradores e técnicos dos Tribunais de Contas.
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oordenadores dos Grupos Temá-ticos, de Unidades Executoras Lo-cais (UELs) estiveram reunidos nos dias 2 e 3 de julho, em Brasília (DF), com a coordenação nacional do Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo nos Estados, Distrito Federal e Municípios Brasileiros (PROMOEX). Em pauta, as ações para alcance das úl-timas metas antes da conclusão do pro-grama, prevista para o início de 2013.No primeiro dia do encontro, os representantes dos GTs se reuniram com o coordenador do PROMOEX junto ao IRB e à ATRICON, conselheiro Otávio Lessa (TCE/AL), e com a diretora na-cional do PROMOEX, Heloisa Garcia Pinto. Ela expôs o relatório com a métri-ca consolidada das metas do programa, tanto no componente nacional, quanto nos componentes locais. O levantamen-to demonstra que a maioria absoluta das metas propostas no início do programa
já foi alcançada ou superada.
Entretanto, tanto a diretora quanto o coordenador pediram auxílio dos Gru-pos Temáticos no intuito de garantir o cumprimento das metas restantes. Para isso, os coordenadores colaborarão com as Unidades Executoras Locais na revisão dos indicadores e ações ainda restantes. “É importante que cada Grupo Temático ajude no aprimoramento dos componen-tes correspondencomponen-tes às suas atribuições”, afi rmou Otávio Lessa.
Para tanto, serão elaborados questio-nários a serem enviados para as UELs, com cópia para os gestores de áreas dos Tribunais. O objetivo é fazer uma medi-ção precisa dos avanços obtidos nos últi-mos anos e quais os gaps ainda existentes.
Participantes discutiram ações para alcançar as metas do PROMOEX
Programação
Nos dois primeiros dias haverá apresentação dos conceitos, ferramentas, me-todologias e experiências do Tribunal de Contas da União (TCU) e da ABIN. No terceiro e último dia é a vez dos Tribunais de Contas de Estados e Municípios exi-birem suas experiências em atividades de inteligência de Controle Externo.
Mais detalhes no Portal Nacional dos Tribunais de Contas: www.controlepublico.org.br
Planos Estratégicos
Responsáveis pela gestão do PRO-MOEX, representantes da Associação dos Membros dos Tribunais de Con-tas do Brasil (ATRICON) e Instituto Rui Barbosa (IRB) apresentaram aos participantes os planos estratégicos das instituições, aprovados em junho pelo Conselho Deliberativo (ATRI-CON) e pelo Colégio de Presidentes de Tribunais de Contas (IRB).
Além de serem elaborados em consonância, os planos demonstram o objetivo de manter as atividades de integração entre as Cortes de Contas e qualificação do Controle Externo brasileiro, mesmo após o término do PROMOEX.
É importante que cada Grupo Te-mático ajude no aprimoramento dos componentes correspondentes às suas atribuições.
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sucesso do PROMOEX no Tribunal de Contas do Estado do Pará, tan-to no aspectan-to fi nanceiro, quantan-to físico, deve-se à excelente execução das ações do programa, focado nos três pilares: processos, pessoas e tecnologia. E ainda à implementação dos produtos mínimos: planejamento estratégico, redesenho de processo, política de pessoal, plano de TI.A aplicação dos recursos fi nanceiros do Programa apresenta cenário positivo, visto que do total das ações concluídas e em andamento, atingiu 98% de exe-cução, nas fontes de recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e na Contrapartida Estadual. Des-ta forma, a realização do componente local atingiu o objetivo esperado, o que refl ete nas metas físicas alcançadas.
Ponto relevante a destacar foi a
rea-lização de diversos eventos, o que con-tribuiu para a integração institucional dos Tribunais e a sociedade, além de dar ênfase ao papel pedagógico do TCE/PA. No eixo de processos ressalta-se a reali-zação de quatro auditorias operacionais (AOP), sendo três nas áreas de educação, saúde e saneamento, todas concluídas, e uma na área de meio ambiente, que en-contra-se em execução.
Em relação ao produto Redesenho de Processo, há que se destacar a aprova-ção pela Assembleia Legislativa da nova Lei Orgânica do Tribunal que agora con-templa as inovações implementadas por outros TCs além de melhor orientar a instrução processual e de garantir a cele-ridade na tramitação dos processos.
Outro avanço, neste produto, é a re-visão do Regimento Interno do Tribunal e a implantação da Ouvidoria, ações que estão em andamento.
Na área de gestão de pessoas, o TCE/PA reforça este resultado, ao in-centivar ações de capacitação por meio da prática de compartilhamento de co-nhecimentos e soluções realizadas entre técnicos da Corte e outras instituições, assim como a realização do primeiro Curso de Especialização em Contro-le Externo ofertado para servidores da
Corte. Importante destacar que a atua-ção da Escola de Contas Alberto Veloso, veio corroborar para o êxito das ações de capacitação, com programação de cursos para os servidores do tribunal até o fi nal do ano. A realização recente de concurso público, é mais uma iniciativa que vem consolidar o compromisso des-sa instituição com o cumprimento das metas do Programa.
No que concerne ao eixo de tecno-logia da informação, merece destaque a revisão do Plano Diretor de TI e os investimentos realizados em equipa-mentos e soft wares para a modernização do parque tecnológico. Pode-se ressaltar o convênio de cooperação técnica entre TCE/MT e TCE/PA para utilização do sistema GEO-OBRAS, que acompanhará as obras realizadas pelo Estado do Pará e dará seqüência ao SIMCOP, contratado com recursos do PROMOEX.
Por fi m, convém evidenciar o com-promisso com o desenvolvimento insti-tucional com vistas ao exercício do con-trole externo em benefício da sociedade por meio da realização da pesquisa de imagem, em 2011, onde foi demonstra-do que o Tribunal de Contas demonstra-do Estademonstra-do do Pará está no caminho certo, no cum-primento do seu papel constitucional.
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s Tribunais de Contas dos Esta-dos do Acre e do Rio Grande do Sul aderiram às Normas de Auditoria Governamental (NAGs), conforme re-comendação do Instituto Rui Barbosa (IRB) expedida a todos os Tribunais de Contas brasileiros. As NAGs defi nem os princípios básicos que devem reger as atividades de auditoria governamental, fornecendo subsídios que permitam de-terminar os procedimentos e as práticas a serem utilizados no planejamento, na execução das auditorias e na elaboração dos relatórios. A diretriz é aplicável às au-ditorias de regularidade e operacionais.Acre
A adoção das NAGs na Corte do Acre iniciou a partir da publicação da Resolução n° 72, de 31 de maio de 2012. Na esteira dessa adoção, o TCE/AC está construindo o Manual de Auditoria Go-vernamental, que padronizará as ações
de controle externo da gestão pública, elencando normas de conduta, docu-mentos, procedimentos de execução e relatórios relativos à realização das audi-torias e demais modalidades de fi scaliza-ção pela Corte de Contas acreana.
Rio Grande do Sul
No TCE/RS, a adoção das NAGs como instrumento de uniformização e integração das práticas auditoriais no âmbito do Sistema de Controle Externo nacional foi avaliada por um grupo de trabalho. A Direção de Controle e Fis-calização da Corte gaúcha promoverá os ajustes necessários no Manual de Audi-toria a fi m de adequá-lo às novas orien-tações.
As Normas, baseadas em práticas internacionais, foram desenvolvidas com o apoio do IRB, da Associação dos Mem-bros dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON), da Associação Brasileira
dos Tribunais de Contas dos Municípios (ABRACOM) e do Ministério do Plane-jamento, Orçamento e Gestão (MPOG), no âmbito do PROMOEX, sob a coorde-nação do Grupo de Normas de Auditoria (GNA).
Conselheiros recebem Plano de Cargos, Carreiras e Salários no Gabinete da Presidência
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Informativo Promoex
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Tribunal de Contas do Estado do Ceará promove uma reformulação para agilizar os processos que tramitam internamente na Corte de Contas. O objetivo é aperfeiçoar o desempenho, dando uma resposta mais rápida a todas as demandas. Por meio do Programa TCE 100% Digital, a Corte de Contas do Ceará vai promover a virtualização dos documentos e processos. “Acredito que a Tecnologia da Informação é uma ferramenta poderosa para dar mais efi -ciência à Administração Pública. No TCE/CE, estamos investindo em vários projetos relacionados à TI, a fi m de ga-rantir a qualidade na prestação de ser-viços à sociedade”, destacou o presiden-te, conselheiro Valdomiro Távora.Todo suporte tecnológico e legal está sendo observado, visando ao aper-feiçoamento das atividades e ao pleno cumprimento da missão do Tribunal, que é exercer o controle externo da ad-ministração pública estadual, assegu-rando à sociedade a efetiva gestão dos recursos públicos. A utilização de
do-cumentos digitais proporcionará, tam-bém, um aumento de produtividade e uma economia de gastos com espaço físico e aquisição de papel.
Dentro do TCE 100% Digital, três projetos são fi nanciados com recursos do PROMOEX, um investimento de R$ 302.625,00. O projeto de Redesenho de Processos, já concluído, contemplou o ma-peamento dos fl uxos atuais de processos e elaboração de proposta de racionalização dos mesmos, nas áreas meio e fi nalística do TCE/CE. Com o redesenho, o Tribunal atingiu todos os objetivos estratégicos es-tabelecidos no âmbito do PROMOEX.
Outro projeto que vem sendo exe-cutado com recursos do programa é a reformulação da página eletrônica da Corte de Contas (www.tce.ce.gov.br) e do Portal da Transparência do TCE. O primeiro consiste no desenvolvimen-to de uma nova estrutura para o site institucional do TCE, contemplando também os sites do Instituto Plácido Castelo (IPC) e do Ministério Público de Contas (MPC) junto ao Tribunal.
Todas as novas páginas seguirão um padrão de identidade visual. Também está prevista a implantação de ferra-mentas de gestão de conteúdo.
O Programa TCE 100% Digital abrange ainda o Diário Ofi cial Eletrôni-co (DOE), cujo fi nanciamento também se dá por meio do PROMOEX. Essa ação dará maior fl exibilidade quanto à publicação de matérias, pautas, homo-logação de licitações e resoluções. To-das essas mediTo-das tomaTo-das têm como objetivo principal aumentar a transpa-rência, garantindo o acesso à informa-ção a todos os cidadãos.
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CICLO
2012-2016
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Tribunal de Contas do Estado do Maranhão começa a viver um novo desafi o com o lançamento de seu Plano Estratégico para o ciclo 2012-2016. Com a implantação do plano o TCE/MA pre-tende cumprir etapas fundamentais para o pleno cumprimento de sua missão constitucional. Estímulo ao controle so-cial, fortalecimento da rede de controle da gestão pública e atuação preventiva estão entre as prioridades do órgão para os próximos anos.Elaborado ao longo de nove meses, o Plano Estratégico do TCE envolveu em sua construção todos os segmentos da instituição por meio de uma metodologia
essencialmente participativa. “O Plano contou com o apoio da direção do Tribu-nal em todas as suas fases, mas não é algo de cima para baixo, e sim fruto do debate e da refl exão de seus servidores”, garan-te o conselheiro Yêdo Flamarion Lobão, vice-presidente da casa, que representou o presidente do TCE, conselheiro Edmar Cutrim, no seminário de lançamento.
Sociedade
Além da participação dos servidores em sua elaboração, o Plano Estratégico do TCE refl ete a visão crítica de amplas camadas da sociedade, que foram ou-vidas previamente para construção de
uma visão diagnóstica da instituição.
Yêdo Lobão lembra que a parte mais difícil da tarefa começa agora, quando se trata de exe-cutar o que foi planejado. De acordo com Lobão, trata-se de consolidar uma nova cultura orga-nizacional, baseada no cumprimento de metas e no monitoramento cons-tante das ações. “Somente
dessa forma, poderemos atingir o pata-mar de excelência que queremos, dan-do no tempo certo as respostas que a sociedade espera de nós”.
Apesar de reconhecer a magnitude do desafi o, Yedo Lobão afi rma que o TCE está pronto para enfrentá-lo com sucesso, devido principalmente ao fato de já estar envolvido em um processo de modernização, que ganhou novo impul-so com o advento do PROMOEX, tendo conquistado vários avanços ao longo dos últimos anos, entre os quais a informa-tização de seus procedimentos, que cul-minou com a eliminação do uso de pa-pel na entrega das prestações de contas a partir deste ano.
Segundo Lobão, existem hoje mais de dez projetos de modernização em an-damento no TCE, com destaque para o Sistema de Auditoria Eletrônica – SAE, que já se encontra em fase experimen-tal. “O Plano Estratégico organiza esse conjunto de projetos, nos permitindo caminhar com mais rapidez e segurança na execução de todos eles, convergindo para um objetivo comum que está ex-presso na nova missão do TCE: exercer o controle externo e orientar a gestão em benefício da sociedade”.
Programa digital é fi nanciado pelo PROMOEX
Seminário de lançamento do Planejamento Estratégico Seminário de lançamento do Planejamento Estratégico
INFORMATIVO PROMOEX
Instituto Rui Barbosa (IRB) - Assessoria de Comunicação
Avenida Teotônio Segurado , 102 N, cj. 01, lotes 01 e 02 · CEP 77006-002 Palmas - TO · Fone: (63) 3232-5953
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Informativo Promoex
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epresentantes do Instituto Rui Bar-bosa (IRB) e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON) reuniram-se, em Brasília, com o Ministro do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O principal tema do encontro foi um projeto levado pelo IRB/ATRICON para viabilizar a segun-da etapa do Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo nos Estados, Distrito Federal e Municípios Brasileiros - PROMOEX 2, com vista à continuidade ao programa que vem proporcionando sensível evolução no Controle Externo nos últimos anos.Além do Ministro Fernando Pimen-tel, dos presidentes do IRB, Severiano Costandrade, e da ATRICON, Antônio Joaquim, participaram da reunião os conselheiros Otávio Lessa, coordenador do PROMOEX junto ao IRB e à ATRI-CON e vice-presidente de Relações Ins-titucionais do IRB, Sebastião Helvécio, vice-presidente de Pesquisa e Ensino do IRB, a diretora-executiva do IRB, Dio-mar Carneiro, o auditor do TC/DF, Luís Genédio Jorge Mendes, o chefe de gabi-nete do MDIC, Eduardo Serrano, o sub-secretário de Planejamento e Orçamen-to, Luís Antônio e o presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), Mauro Borges.
Sebastião Helvécio foi o respon-sável pela apresentação do projeto do PROMOEX 2. O novo programa teria como pilares o combate à corrupção, ações de transparência, a avaliação de políticas públicas e o desenvolvimen-to de competências técnicas aliadas ao novo paradigma do Controle.
Pimentel recebeu com muito otimis-mo a iniciativa dos Tribunais de Contas de pensarem juntos um programa que visa a melhoria da gestão pública brasi-leira. “É como música para meus ouvi-dos”, afi rmou. O Ministro falou, ainda, sobre a importância dos Tribunais na busca pela efi ciência no uso dos recur-sos públicos e de mais qualidade dos serviços prestados à população, as novas práticas de transparência e a maior res-ponsabilização dos órgãos do governo.
O presidente do IRB, Severiano Cos-tandrade, também fi cou animado com
o resultado da reunião. “Esperamos que possamos dar continuidade a essas ações que tanto aprimoramento proporciona-ram às nossas Cortes de Contas”.
Pimentel elogiou o Sistema de Con-trole Externo e de Gestão do país e fi na-lizou a reunião afi rmando seu compro-misso na luta institucional dos Tribunais de Contas do Brasil. O ministro mani-festou sua satisfação ao reconhecer nes-sas ações de gestão um programa nacio-nal que poderá avaliar e comprovar um verdadeiro avanço ocorrido no governo e, ainda, um benefício que chegará até o cidadão brasileiro.
PROMOEX
Vigente desde 2006, o Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados, Distrito Federal e Municípios Brasileiros (PROMOEX) é de-corrente de um convênio entre o Banco In-teramericano de Desenvolvimento (BID), Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e os Tribunais de Contas brasileiros da ordem de cerca de US$ 65 milhões, que culminou em uma série de melhorias em diversos setores do Controle Externo, desde a capacitação de servidores até a compra de equipamentos. O convê-nio chega ao fi m em 2013.
CNTC
O conselheiro Antônio Joaquim,
pre-sidente da ATRICON, pediu apoio do Ministro na campanha pela criação do Conselho Nacional de Tribunais de Con-tas (CNTC) e na elaboração de Lei Nacio-nal Processual para julgamento de contas públicas. “O CNTC será um órgão estatal responsável pela normatização, unifor-mização e harmonização dos procedi-mentos no âmbito dos órgãos de controle externo do Brasil e terá função semelhan-te ao Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Públi-co”, informou o conselheiro.
As duas PECs relacionadas ao as-sunto CNTC, tramitam no Congresso Nacional sendo que a PEC 28/2007, da Câmara dos Deputados, está pronta para ser votada. Já a aprovação de Lei Proces-sual Nacional para julgamento de pro-cessos de contas públicas é fundamental porque inexiste legislação específi ca, fazendo com que cada Tribunal defi na seus ritos e procedimentos.
Na ocasião, também foi apresen-tado o Encontro sobre Atividades de Inteligência que será realizado pela ATRICON e pelo IRB, em cumpri-mento à Lei 123, e está previsto para os dias 15, 16 e 17 de agosto em Brasília. Essa atividade recebeu forte apoio do Fórum em reunião realizada anterior-mente com o Diretor de Micro, Peque-nas e Médias Empresas do MDIC, Sér-gio Nunes e sua equipe.