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BANCO DE CABO VERDE RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO E CONTAS GERÊNCIA DE 2004

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BANCO DE CABO VERDE

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

RELATÓRIO E CONTAS

GERÊNCIA DE 2004

(2)

BANCO DE CABO VERDE

Departamento Estudos Económicos e Estatísticas Avenida Amílcar Cabral, 27

CP 7600-101 - Praia

Tel: +238 607000 / Fax: +238 607197 Internet: http://www.bcv.cv

COMPOSIÇÃO, IMPRESSÃO E DISTRIBUIÇÃO

Departamento de Administração Geral Área de Informação, Documentação e Arquivo

TIRAGEM

(3)

ÍNDICE

PARTE I – ANÁLISE DA SITUAÇÃO ECONÓMICA

Introdução . . . 11

CAPÍTULO I – ENQUADRAMENTO EXTERNO I.1 – Evolução da Situação Económica Internacional . . . 17

CAPÍTULO II - ECONOMIA CABO-VERDIANA II.1 - Situação Monetária, Financeira e Cambial . . . 25

II.1.1 – Evolução das componentes da Massa Monetária e suas contrapartidas . . . 26

II.1.2 – Política Cambial . . . 27

II.1.3 - Mercado Financeiro . . . 28

II.1.3.1 – Mercado Monetátrio. . . 28

II.1.3.2 – Mercado da Dívida Pública . . . 30

II.2 – Política Orçamental e Fiscal . . . 32

II.2.1 - Receitas e Despesas Públicas . . . 33

II.2.1.1 - Receitas Públicas . . . 33

II.2.1.2 - Despesas Públicas . . . 35

II.2.1.3 - Financiamento . . . 36

II.3 - Procura, Produção e Preços . . . 36

II.3.1 – Procura . . . 38

II.3.1.1– Consumo. . . 38

II.3.1.2 – Investimentos. . . 38

II.3.1.3 – Exportações e Importações . . . 40

II.3.2 - Produção . . . 41

II.3.2.1 - Agricultura e Pesca. . . 42

II.3.2.2 - Indústria . . . 42

II.3.2.3 - Construção . . . 43

II.3.2.4 - Serviços. . . 43

II.3.2.5 - Turismo . . . 46

II.3.3 – Preços. . . 47

II.4 - Balança de Pagamentos . . . 49

II.4.1 - Balança Corrente e de Capital . . . 51

II.4.2 - Balança Financeira . . . 55

II.5 – Sistema Financeiro . . . 57

II.5.1 – Sistema Bancário. . . 58

II.5.1.1 – Estrutura do Balanço Agregado do Sistema Bancário . . . 58

II.5.1.2 – Evolução do Activo . . . 58

II.5.1.3 – Evolução do Passivo . . . 59

II.5.1.4 – Análise dos Resultados . . . 60

II.5.1.5 – Rentabilidade. . . 62

II.5.1.6 - Riscos de Liquidez e de Crédito . . . 62

II.5.2 – Sistema Segurador . . . 63

II.5.2.1 – Carteira de Prémios . . . 64

(4)

II.5.2.3 – Sinistralidade . . . 65

II.5.2.4 – Resultados Financeiros . . . 66

II.5.2.5 – Provisões Técnicas. . . 67

II.5.2.6 – Margem de Solvência . . . 68

PARTE II – RELATÓRIO E CONTAS CAPÍTULO III – ACTIVIDADES DO BANCO . . . 73

CAPÍTULO IV – BALANÇO E CONTAS . . . 79

IV.1 - Análise do Balanço . . . 82

IV.1.1 - Do lado do Activo. . . 83

IV.1.2 - Do lado do Passivo . . . 86

IV.1.3 - Relativamente à Situação Líquida . . . 88

IV.2 - Análise da Demonstração de Resultados do Exercício . . . 89

Relatório de Auditoria Externa . . . 95

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal . . . 101

ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico I.1 - Produto mundial . . . 17

Gráfico I.2 - Comércio mundial e serviços . . . 20

Gráfico II.1 - Evolução das componentes da massa monetária. . . 26

Gráfico II.2 - Evolução dos passivos monetários e suas componentes . . . 27

Gráfico II.3 - Evolução das taxas de câmbio do CVE. . . 28

Gráfico II.4 - Índice de taxas de câmbio efectivas . . . 28

Gráfico II.5 - Evolução das taxas de referência do Banco de Cabo Verde. . . 29

Gráfico II.6 - Evolução das taxas de juro activas e passivas . . . 29

Gráfico II.7 - Evolução das taxas de juro no mercado primário . . . 32

Gráfico II.8 - Evolução das taxas de juro de obrigações do tesouro . . . 32

Gráfico II.9 - Contribuição para a taxa de crescimento real do PIB. . . 37

Gráfico II.10 - Rendimento disponível dos particulares . . . 38

Gráfico II.11 - Evolução das exportações e importações de bens e serviços . . . 40

Gráfico II.12 - Índice de preços no consumidor. . . 47

Gráfico II.13 - Índice de preços no consumidor por classes . . . 48

Gráfico II.14 - Índice de preços no consumidor por classes - inflação core . . . 49

Gráfico II.15 - Balança de pagamentos . . . 49

Gráfico II.16 - Balança corrente . . . 51

Gráfico II.17 - Evolução do comércio externo em percentagem do PIB . . . 53

Gráfico II.18 - Fluxos monetários e financeiros dos emigrantes. . . 56

Gráfico II.19 - Evolução das principais rubricas do activo . . . 59

Gráfico II.20 - Evolução das principais rubricas do passivo . . . 60

Gráfico II.21 - Evolução dos resultados do sistema bancário . . . 60

Gráfico II.22 - Evolução do crédito e depósitos . . . 62

Gráfico II.23 - Provisões de créditos vencidos . . . 63

Gráfico II.24 - Estrutura da carteira . . . 65

(5)

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 - Principais indicadores económicos. . . 13

Quadro II.1 - Evolução dos principais indicadores da situação monetária . . . 25

Quadro II.2 - Bilhetes do Tesouro em circulação . . . 30

Quadro II.3 - Bilhetes do Tesouro por sectores institucionais . . . 31

Quadro II.4 - Obrigações do Tesouro por sectores institucionais . . . 31

Quadro II.5 - Principais indicadores orçamentais . . . 33

Quadro II.6 - Receitas da administração pública . . . 34

Quadro II.7 - Despesas da administração pública . . . 35

Quadro II.8 - Evolução da dívida pública . . . 36

Quadro II.9 - Produto interno bruto - óptica da despesa . . . 37

Quadro II.10 - Formação bruta de capital fi xo. . . 39

Quadro II.11 - Alguns indicadores de investimento . . . 39

Quadro II.12 - Distribuição geográfi ca das exportações de bens . . . 40

Quadro II.13 - Distribuição geográfi ca das importações de bens. . . 41

Quadro II.14 - Produto interno bruto - óptica da oferta. . . 42

Quadro II.15 - Alguns indicadores de actividade do sector dos serviços . . . 43

Quadro II.16 - Evolução dos principais indicadores de turismo . . . 46

Quadro II.17 - Procura turística . . . 46

Quadro II.18 - Investimento directo estrangeiro em Cabo Verde. . . 47

Quadro II.19 - Taxas de variação média do IPC por zonas geográfi cas . . . 48

Quadro II.20 - Balança de pagamentos . . . 50

Quadro II.21 - Evolução da balança de serviços. . . 52

Quadro II.22 - Evolução das remessas de emigrantes em divisas . . . 52

Quadro II.23 - Evolução da balança de rendimentos. . . 54

Quadro II.24 - Financiamento do défi ce corrente . . . 54

Quadro II.25 - Balança fi nanceira . . . 55

Quadro II.26 - Dívida externa por credores em 2004 . . . 56

Quadro II.27 - Principais indicadores da dívida externa. . . 57

Quadro II.28 - Balanço agregado do sistema . . . 58

Quadro II.29 - Demonstração de resultados . . . 61

Quadro II.30 - Alguns indicadores bancários. . . 62

Quadro II.31 - Taxa de penetração e densidade do seguro . . . 63

Quadro II.32 - Evolução e estrutura da carteira . . . 64

Quadro II.33 - Evolução dos custos com sinistros . . . 66

Quadro II.34 - Resultado líquido agregado . . . 67

Quadro II.35 - Provisões técnicas . . . 67

Quadro II.36 - Cobertura das provisões técnicas por activos . . . 68

Quadro II.37 - Composição dos investimentos . . . 68

Quadro II.38 - Margem de solvência. . . 68

Quadro IV.1 - Situação patrimonial do Banco de Cabo Verde . . . 81

Quadro IV.2 - Activo . . . 82

Quadro IV.3 - Passivo + situação líquida . . . 83

Quadro IV.4 - Imobilizado . . . 85

Quadro IV.5 - Demonstração de resultados do exercício . . . 89

(6)

ÍNDICE DE CAIXAS

Caixa I.1- Preço do Petróleo. . . 22 Caixa II.2- Actividade Económica em 2004, segundo inquéritos de conjuntura do INE . 45

(7)
(8)
(9)

INTRODUÇÃO

A

economia mundial registou um desempenho positivo em 2004, com o

PIB a crescer em torno dos 5% em termos reais (1,8 pontos percentuais acima do registado em 2003), de acordo com as últimas estimativas do Fundo Monetário Internacional, beneficiando da evolução favorável das economias industrializadas, especialmente dos EUA e do excepcional crescimento das economias emergentes, particularmente da China.

O contexto externo condicionou positivamente a evolução da actividade económica nacional, pelo que, segundo as estimativas do Banco de Cabo Verde, a economia cabo-verdiana deverá ter crescido à taxa real de 4,9%, que compara à de 4,7% em 2003. Para este desempenho contribuiu, essencialmente, a procura interna, particularmente as suas componentes consumo privado e investimento público e privado. De realçar, que a partir do 2º semestre, registou-se um maior dinamismo da actividade económica, impulsionada, principalmente pelos sectores da construção e serviços (comércio e turismo). A evolução positiva da conjuntura económica nacional contribuiu para o reforço da confiança dos parceiros externos, traduzindo-se num influxo importante de capitais, quer sob a forma de ajuda orçamental, quer sob a forma de investimento directo estrangeiro, no ano de 2004.

A nível das finanças públicas, verificou-se um decréscimo do défice público global para 1,3% do PIB (4,1% do PIB no ano transacto), em resultado da continuação do esforço de consolidação orçamental. Assim, as despesas totais cresceram à taxa de 2,9%, traduzindo um aumento de 12% nas despesas de investimento, quando se regista uma redução de 1% nas despesas correntes. Por sua vez, as receitas totais apresentaram um crescimento na ordem de 14%, reflectindo o impacto positivo da introdução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e uma maior eficiência na cobrança do Imposto Único sobre o Rendimento (IUR).

De notar uma evolução favorável da balança de pagamentos em 2004, traduzindo uma melhoria substancial do estrutural défice corrente, que passou a representar 6% do PIB, mantendo-se pela segunda vez consecutiva abaixo dos dois dígitos. A aceleração dos serviços (particularmente os ligados ao turismo), cujo saldo líquido atingiu os 4,5% do PIB (1,6% do PIB em 2003), foi determinante para o desempenho da balança corrente no ano. Igualmente, registou-se uma evolução positiva nos fluxos de entrada do investimento directo estrangeiro (34%), especialmente direccionados para o sector do turismo. O resultado combinado da evolução das balanças corrente e de capital possibilitou a redução das necessidades de financiamento da economia de 6% do PIB para 4% do PIB, favorecendo a acumulação de reservas externas, que passaram a cobrir 2,4 meses de importação (1,8 meses em 2003).

Os agregados monetários evoluiram positivamente em 2004, sendo de destacar um crescimento excepcional das disponibilidades líquidas sobre o exterior (31,9%). A evolução das reservas externas aliada ao acréscimo do

(10)

crédito interno, particularmente do crédito à economia (9,3%), determinou o comportamento da massa monetária (M2) que cresceu 10,5%, relativamente a 2003. A situação monetária favorável permitiu ao banco central aliviar as condições monetárias, baixando de 19% para 18% a taxa das disponibilidades mínimas de caixa, no sentido de reduzir o custo de intermediação e de estimular a redução das taxas de juro por parte das instituições de crédito.

No tocante à inflação, medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC), assistiu-se a uma queda acentuada da taxa, quer em termos de variação média anual, quer de variação homóloga, mantendo-se a tendência de desaceleração iniciada em Agosto de 2003. Acabou por se registar, no conjunto do ano, uma inflação negativa na ordem de 1,9% (1,2% em 2003), não obstante as variações ocorridas nos preços dos combustíveis.

(11)

Quadro 1

PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICOS

2002-2004

Unidades 2002 2003 2004

Sector Real

PIB real1 tv em % 5,5 4,7 4,9

Produto per Capita USD 1.410,8 1.802,4 2.045,5

IPC (Taxas de variação média) tvm em % 1,9 1,2 -1,9

Taxa de Desemprego tv em % 16,2 n.d. n.d.

Sector Monetário e Cambial

Activo Externo Líquido do Sistema tv em % 13,3 -7,7 31,9

Banco de Cabo Verde tv em % 35,1 -6,3 32,3

Reservas Internacionais Líquidas BCV tv em % 50,3 -2,0 38,2 Outros Activos Externos (líquidos) tv em % -65,1 -129,4

Crédito Interno Líquido tv em % 14,3 9,2 5,2

Massa Monetária (M2) tv em % 14,8 8,7 10,5

Taxa de Câmbio Nominal CVE/USD valores médios 117,3 97,8 88,7 Índice de Taxas de Câmbio Efectivas Nominal 1989=100 valores médios 82,0 103,3 104,2 Índice de Taxas de Câmbio Efectivas Real 1989=100 valores médios 101,6 99,4 97,6

Sector Externo

Exportações Bens e Serviços em % do PIB 31,6 30,6 31,4 Importações Bens e Serviços em % do PIB 66,8 64,0 61,5

Défice Conta Corrente em % do PIB 11,1 9,3 6,0

Dívida Externa Efectiva em % do PIB 55,6 52,9 52,0

Serviços da Dívida2 em % do PIB 3,2 2,5 2,8

Dívida Externa / Export. de Bens e Serv. em % 225,3 193,1 203,1

Reservas/Importações meses 2,1 1,8 2,3

Finanças Públicas

Receitas Totais (s/ donativos) em % do PIB 19,9 21,0 22,3

Donativos em % do PIB 5,5 5,4 6,3

Despesas Totais em % do PIB 33,5 30,5 29,9

Défice Orçamental Global

Excluindo Donativos em % do PIB 10,5 -9,5 -7,6

Incluindo Donativos em % do PIB 2,6 -4,1 -1,3

Fonte: Banco de Cabo Verde, Instituto Nacional de Estatística, Instituto de Emprego e Formação Profissional, Ministério das Finanças, Fundo Monetário Internacional.

1 Estimativas Rápidas do Banco de Cabo Verde 2 Inclui o pagamento de juros e capital

tv - taxa de variação tvm - taxa de variação média

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I.1 - EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO ECONÓMICA

INTERNACIONAL

A

conjuntura mundial em 2004 foi caracterizada por um desempenho

favorável, com o produto mundial a crescer à taxa real de 5%, segundo as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), impulsionado, em grande medida, pelas evoluções positivas das economias industrializadas (particularmente a americana, que beneficia ainda de fortes estímulos de políticas monetária e fiscal) e pelo excepcional crescimento de economias emergentes, especialmente da China.

A evolução da actividade económica global reflectiu a melhoria registada ao nível da produção industrial (em virtude de avultados investimentos empresariais) e ao nível do comércio mundial, favorecida, em grande medida, pelo recrudescimento do consumo privado, que tem beneficiado de alguma melhoria dos mercados de trabalho.

A actividade económica internacional esteve, no entanto, condicionada pelas perturbações do mercado petrolífero, que culminou com a subida de preços de petróleo acima dos 50 USD/barril, no segundo semestre do ano, o que veio a reforçar os riscos de abrandamento da actividade global. O clima de instabilidade política e militar, que ainda vigora no Médio Oriente, igualmente contribuiu para limitar a evolução da actividade mundial em 2004.

Gráfico I.1 PRODUTO MUNDIAL (Taxas de Crescimento) -1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 2002 2003 2004 em p er ce nt ag em

Economia Mundial EUA

Japão Área do Euro

P. Emergentes e P. em Desenvolvimento África

Cabo Verde

Em termos regionais, a economia americana continua a liderar a recuperação económica mundial, crescendo à taxa de 4,4%. A análise dos fundamentals da economia Japonesa aponta para uma retoma económica mais sustentada (cresceu à taxa de 2,7%, segundo as estimativas do FMI, que compara à taxa de 1,4% registado em 2003)e para a dissipação da situação de deflação que o país

(14)

enfrenta há alguns anos. A Área do Euro, por seu turno, ensaiou uma recuperação da sua actividade económica, que continua extremamente dependente da procura externa. O PIB da Zona Euro aumentou cerca de 2% (0,6% em 2003), no entanto, aquém do projectado em Setembro (2,2%).

Os mercados emergentes prosseguiram um ritmo de crescimento acelerado, principalmente a economia chinesa, alicerçada sobretudo no seu sector externo. O desempenho económico da China tem gerado efeitos positivos para outros países asiáticos e mercados exportadores de matéria-prima no geral.

As estimativas do FMI para os países em desenvolvimento apontam para um desempenho positivo, particularmente para a economia africana, com uma taxa de crescimento de 4,5% (África Subsahariana 4,6%)

EUA

A economia americana registou um desempenho positivo em 2004, estimando-se uma taxa de crescimento real em torno dos 4,4%, (3,1% em 2003) sustentado pelo comportamento favorável da generalidade dos indicadores da despesa, num contexto de preços de petróleo elevados.

O consumo privado teve uma tendência de evolução bastante favorável em 2004 (3,8%), beneficiando ainda dos incentivos de política monetária e fiscal vigentes na economia americana, e da evolução positiva do mercado de trabalho, com o decréscimo da taxa de desemprego de 6% em 2003 para 5,5%. A aceleração dos investimentos privados não residencial (10,3%) contribuiu igualmente e, em grande medida, para o desempenho da economia dos EUA em 2004.

Apesar dos desenvolvimentos positivos, a economia americana continua a enfrentar desequilíbrios estruturais, insustentáveis a médio prazo. Efectivamente, o défice corrente americano atingiu o nível histórico de 5,7% do PIB em finais de 2004, pelo que as poupanças dos bancos centrais asiáticos têm sustentado grande parte do produto americano, determinado maioritariamente pelo consumo privado.

Procurando criar um ambiente económico mais estável e sustentável, corrigir os desequilíbrios, quer orçamentais, quer externos, e permitir uma maior rentabilidade dos investimentos nos EUA, o Federal Reserve deu início a 30 de Junho de 2004 à inversão da política monetária extremamente acomodatícia que vinha prosseguindo desde finais de 2001. Até ao final de 2004 a taxa de juros de referência dos EUA (fed funds) foi aumentada cinco vezes, passando de 1% (valor mais baixo em 46 anos) para 2,25%.

No mercado cambial, o dólar manteve a sua tendência de depreciação, desvalorizando-se fortemente relativamente ao euro (15% até Dezembro) e à generalidade das moedas de livre câmbio. A contínua depreciação do dólar deverá impulsionar as exportações americanas, contribuindo desta forma para a redução do seu défice corrente.

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Zona Euro

A actividade económica da Zona Euro continuou marcada por um ritmo moderado, crescendo a 2% em 2004. O desempenho das maiores economias da área, designadamente a alemã e francesa, determinou a evolução global da economia do euro, que permanece extremamente dependente da procura externa.

A forte apreciação do euro, que atingiu níveis históricos em Dezembro, com a cotação euro/usd a ultrapassar 1,3, teve um impacto ao nível das exportações europeias e nas margens de lucro das empresas, com consequências negativas para a evolução do consumo privado, limitando, assim, o desempenho económico da Área do Euro. De salientar, que a cotação da moeda única europeia tem estado mais dependente dos factores que influenciam directamente a cotação do dólar americano.

Por outro lado, o aumento do preço do petróleo enfraqueceu adicionalmente a confiança dos consumidores e, consequentemente, o consumo privado, numa conjuntura em que a taxa de desemprego mantém-se perto dos 9% da população activa (8,7% em 2004, 8,8% em 2003). De referir ainda, que as reformas estruturais em curso em diversos países da zona, em áreas como o mercado de trabalho, segurança social e sistemas de saúde, têm tido efeitos negativos imediatos ao nível da confiança dos consumidores.

Em termos de políticas, de salientar, igualmente, que durante o ano de 2004 a Comissão Europeia esteve a rever o Pacto de Estabilidade, de modo a torná-lo mais flexível e menos restritivo. Por seu turno, o Banco Central Europeu manteve inalterada a taxa refi (2%), num cenário de pressões inflacionistas, imposto pela manutenção dos preços do petróleo a nível elevado.

Japão

As informações disponíveis apontam para uma sustentabilidade da retoma da economia nipónica, que registou um crescimento na ordem dos 2,7% em 2004 (1,4% em 2003), determinado pela expansão das suas exportações, particularmente para mercados asiáticos, e pela evolução positiva do consumo privado e dos investimentos.

Em termos dos preços internos, o comportamento do índice de preços no consumidor indicia uma variação nula, em termos médios, em 2004 (-0,3% em 2003), favorecendo a manutenção da taxa de juros de referência do banco central, igualmente nula. Esta medida de política monetária tem limitado a competitividade dos produtos japoneses, condicionando, consequentemente, o seu desempenho económico.

No mercado cambial, de registar a persistente apreciação do iene, especialmente face ao dólar americano.

(16)

Economias Emergentes e Países em Desenvolvimento

As economias emergentes prosseguiram uma tendência de crescimento acelerado, com a economia asiática a crescer em torno dos 7,5%, impulsionada, sobretudo, pela economia chinesa.

Estima-se que a actividade económica da China tenha crescido, em termos reais, a 9% em 2004 (9,3% em 2003 e 8,3% em 2002), sustentada, principalmente, pela evolução do seu comércio externo (as exportações cresceram em Novembro 45% em termos homólogos).

Gráfico I.2

COMÉRCIO MUNDIAL E SERVIÇOS

(Taxas de Crescimento) 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 2002 2003 2004 em p er ce nt ag em Comércio Mundial

Export. P. Emergentes e P. em Desenvolvimento Import. P. Emergentes e P. em Desenvolvimento

A América Latina, igualmente, registou um crescimento acelerado em 2004, de 5,5%, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento, a maior expansão em 20 anos, determinado pela recuperação da procura interna, devido, essencialmente, à melhoria da confiança interna (com a adopção de medidas de política no sentido da estabilidade macroeconómica) e à retoma do crescimento económico global. Também, o agravamento do preço do petróleo no mercado internacional beneficiou os países produtores e exportadores do petróleo.

A economia dos países em desenvolvimento caracterizou-se, em 2004, por uma evolução globalmente favorável, impulsionada, sobretudo, pela cotação em alta dos preços de produtos primários.

África

Segundo o Fundo Monetário Internacional, a economia africana registou uma aceleração no seu ritmo de crescimento em 2004 e, particularmente à África Subsahariana, as estimativas do FMI (revistas em alta) apontam para uma taxa de crescimento do PIB na ordem dos 4,6% (3,7% em 2003).

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A redução dos desequilíbrios macroeconómicos, a contínua redução dos encargos com a dívida externa em resultado da implementação da iniciativa Heavily Indebted Poor Countries, a relativa estabilidade política, a recuperação da produção agrícola após a seca prolongada e, principalmente, a cotação em alta dos preços do petróleo e das matérias-primas em geral, explicam o desempenho da economia africana.

A evolução das economias produtoras e exportadoras de petróleo, entre outras, Nigéria, Angola, Chade, contribuiu, em grande medida, para o crescimento da actividade económica africana em 2004. No entanto, o conflito étnico no Sudão e as tensões no Zimbabwe limitaram um desempenho superior da economia africana.

Não obstante as melhorias verificadas, o desenvolvimento da África Subsahariana requer maior sustentabilidade no crescimento económico. Neste âmbito, de salientar os progressos em termos da evolução dos preços internos, cuja taxa média anual baixou de 12,9% em 2003 para 9,9% em 2004. Igualmente, a evolução dos preços internacionais de petróleo e de outras matérias-primas, favorecendo as economias produtoras e exportadoras, permitiu melhorar a balança comercial da África a Sul do Sahara. O aumento dos fluxos de investimento directo estrangeiro e do investimento de carteira em 14,4% e 1,4%, respectivamente, também contribuiu para o desempenho favorável da balança de pagamentos, no ano em análise.

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Caixa I.1 PREÇO DO PETRÓLEO

Um dos factores de incerteza do desempenho da economia mundial nos próximos tempos prende-se com a evolução do preço do petróleo. A escalada do preço do petróleo tem afectado o sentimento económico global, desde meados de Março. O aumento dos preços do petróleo acima dos 50 USD/ barril, ocorrido em Outubro, veio reforçar os riscos de um abrandamento da actividade económica global.

Pode-se considerar que o comportamento do mercado de petróleo resulta do aumento da procura da energia (a procura americana por gasolina e as importações chinesas subiram à volta de 50%, em termos homólogos, durante a primeira metade do ano), enquanto que se observa um défice da oferta.

Efectivamente, o sub-investimento em infra-estruturas de extracção e refinação, nos últimos anos, reduziu a capacidade produtiva excedente, particularmente da OPEP. No entanto, apontam-se movimentos especulativos no mercado, motivados pela conjuntura económica e geopolítica, designadamente, as dificuldades financeiras da YUKOS, a maior exportadora russa de petróleo, a instabilidade política na Venezuela e na Nigéria e os ataques às estruturas petrolíferas no Iraque, como sendo causas principais da escalada dos preços do

crude

, além das consequências catastróficas do Furacão Ivan na produção do Golfo do México.

Contudo, o preço do petróleo caiu cerca de 20% em meados de Novembro deixando o patamar de 55 USD/barril para 43 USD/barril. Mantendo-se em torno de 40 USD/barril, o preço do petróleo deverá contribuir para um abrandamento da actividade económica global, face às projecções realizadas no ano passado.

Preço do petróleo Brent e WTI (USD/barril) Fonte: Bloomberg

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CAPÍTULO II - ECONOMIA CABO-VERDIANA

Situação Monetária, Financeira e Cambial Política Orçamental e Fiscal Procura, Produção e Preços Balança de Pagamentos Sistema Financeiro

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II.1 - Situação Monetária, Financeira e Cambial

A política monetária continuou orientada para o objectivo principal de manutenção da estabilidade de preços, visando garantir as condições para o crescimento a longo prazo e o reforço das reservas internacionais, num contexto de paridade do escudo cabo-verdiano ao euro, tendo-se registado, em 2004, uma desaceleração na taxa de crescimento dos preços, aliada ao reforço das reservas externas. A preocupação com a manutenção de um nível de reservas internacionais aceitável constituiu um imperativo, devido à necessidade de se garantir a confiança dos operadores nacionais e internacionais na moeda cabo-verdiana. A corroborar esse facto, tanto o multiplicador monetário como a velocidade de circulação monetária mantiveram-se estáveis no decurso de 2004, com valores próximos de 3 e 1,4, respectivamente.

A evolução positiva da conjuntura económica nacional, paralelamente ao reforço da credibilidade do país, traduzida na confiança dos parceiros externos, permitiram que durante o ano findo houvesse um influxo importante de capitais, quer no quadro dos programas de ajuda orçamental, contribuindo para o reforço da consolidação orçamental em curso, quer no quadro da política de atracção do investimento externo, o que se traduziu no reforço da posição externa líquida do país.

Neste quadro, assistiu-se a um comportamento francamente positivo dos principais agregados monetários em 2004, particularmente das disponibilidades líquidas sobre o exterior, que cresceram excepcionalmente a uma taxa de 31,9%, permitindo, desta forma, que o Banco de Cabo Verde aliviasse as condições monetárias. Assim, paralelamente ao crescimento do crédito interno, sobretudo na sua componente crédito à economia, as disponibilidades líquidas sobre o exterior contribuíram para que a massa monetária crescesse cerca de 10,5%. O desempenho favorável dos agregados monetários consubstanciou-se no cumprimento das metas imperativas do Programa Crescimento e Redução da Pobreza (PRGF), acordado com o FMI.

Quadro II. 1

EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES DA SITUAÇÃO MONETÁRIA

Saldos em fim de período

milhões de escudos 2002 2003 2004 crescimentoTaxas de

Reservas Internacionais Líquidas do Sistema 11.330,8 10.454,0 13.787,3 31,9

Activo Externo Líq. do BCV 8.632,1 8.086,2 10.698,2 32,3 Reservas internacionais líquidas 8.337,6 8.172,9 11.295,7 38,2 Outros activos externos líq. 294,5 -86,7 -597,5

Activo Externo Líq. dos Bancos Comerciais 2.698,7 2.367,8 3.089,1 30,5

Crédito Interno Líquido 49.914,0 54.503,4 57.319,2 5,2

Crédito Líquido ao SPA 24.788,5 25.560,6 25.684,1 0,5 Crédito à Economia 25.120,0 28.906,1 31.591,4 9,3 Crédito às Instituições Financeiras n/

Monetárias 5,5 36,7 43,7 19,2

M2 52.356,8 56.883,4 62.848,3 10,5

Passivos Monetários 22.619,8 22.989,1 24.404,8 6,2 Passivos Quase Monetários 29.737,0 33.894,3 38.443,5 13,4

(21)

II.1.1 - Evolução das Componentes da Massa Monetária e suas

Contrapartidas

N

o quadro do regime de paridade fixa, o ajustamento da massa monetária passou a ser feito de forma independente, com o sector externo a desempenhar um papel importante. Em Dezembro de 2004, o M2 atingiu 62.848 milhões de escudos cabo-verdianos, um crescimento de 10,5%, que compara aos 7,6% de igual período de 2003. Esta evolução reflectiu o comportamento positivo das suas componentes passivos monetários (M1), meios de pagamento em sentido mais estrito (6%), e responsabilidades quase monetárias (13%).

Gráfico II.1

EVOLUÇÃO DAS COMPONENTES DA MASSA MONETÁRIA

Taxa de variação em relação a Dezembro anterior

-8,0 -4,0 0,0 4,0 8,0 12,0 16,0 20,0 D ez -0 2 M ar -0 3 Ju n-03 Se t-0 3 D ez -0 3 M ar -0 4 Ju n-04 Se t-0 4 D ez -0 4 em percentagem

Passivos Monetários Passivos Quase Monetários M2

Os passivos monetários, moeda em circulação e depósitos à ordem, atingiram os 24.404,8 milhões de escudos (22.989,1 milhões de escudos em 2003), para o que contribuiu o aumento de 7% dos depósitos à ordem em moeda nacional (sua componente predominante) e de 17% dos depósitos de emigrantes (14% dos quais em moeda nacional), o que compensou a diminuição dos depósitos do sector público e das instituições financeiras não monetárias. A evolução dos depósitos à ordem em moeda nacional foi, por sua vez, motivada pelo crescimento de 5% dos depósitos do sector privado, que representou 80% dos depósitos em moeda nacional.

Os passivos quase monetários ascenderam a 38.443,5 milhões de escudos, um acréscimo de 13%, relativamente a 2003, traduzindo o aumento de 12,8% dos depósitos de emigrantes (58,5% dos passivos quase monetários) e de 16% dos depósitos a prazo (cerca de 28,4%).

(22)

Gráfico II.2

EVOLUÇÃO DOS PASSIVOS MONETÁRIOS E SUAS COMPONENTES

-5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 2002 2003 2004 em p er ce nt ag em

Circulação Monetária Dep. À Ordem em m/n Passivos Monetários

Analisando as contrapartidas da massa monetária, constatou-se que foi determinante o contributo de 5,8% das disponibilidades líquidas sobre o exterior e de 4,95% do crédito interno, para o crescimento do M2.

As disponibilidades líquidas sobre o exterior observaram em 2004 uma taxa de crescimento de 31,9%, em resultado da evolução positiva das disponibilidades líquidas sobre o exterior dos bancos comerciais (aplicações no exterior), que representam 7% do total de activos externos do sistema, e das disponibilidades líquidas do banco central (reservas cambiais e outras disponibilidades sobre o exterior), com um peso de 25%. As reservas internacionais líquidas do BCV totalizaram 11.295,7 milhões de escudos.

O crédito interno líquido (CIL), em igual período, cresceu à taxa de 5,2% face aos 9,2% de 2003, reflectindo, fundamentalmente, o acréscimo de 9,3% observado no crédito à economia, decorrente do comportamento favorável das suas componentes, particularmente, crédito à habitação (11%), crédito à indústria transformadora (26%) e crédito ao comércio, restaurantes e hotéis (7%). A evolução do CIL foi determinada, essencialmente, pelo comportamento do crédito à economia, porquanto registou-se a continuidade da tendência de abrandamento no ritmo de crescimento do crédito ao Sector Público Administrativo (0,48% face a 3,1% em 2003), devido à moderação do recurso ao financiamento bancário, por parte do Estado.

II.1.2. - Política Cambial

A

política cambial em vigor continua definida pelo peg do escudo cabo-verdiano ao euro, o que tem conferido uma maior estabilidade cambial à moeda cabo-verdiana.

Durante o ano de 2004, o índice da taxa de câmbio efectiva nominal (TEN) apresentou uma ligeira apreciação, de 0,88%, em relação ao ano de 2003, reflectindo, fundamentalmente, a apreciação da moeda cabo-verdiana em relação ao dólar americano, em 8,5%.

(23)

Gráfico II.3

EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE CÂMBIO DO CVE

50 75 100 125 150 175 200 Jan-02 Mar -0 2 Mai-02 Ju l-02 Se t-0 2 Nov-02 Jan-03 Mar -0 3 Mai-03 Ju l-03 Se t-0 3 Nov-03 Jan-04 Mar -0 4 Mai-04 Ju l-04 Se t-0 4 Nov-04 ca m bi os m éd io s USD GBP JPY

Por seu turno, o índice da taxa de câmbio efectiva real (TER) revelou uma depreciação de 3,1%, em resultado do comportamento favorável do índice de preços de Cabo Verde, o que se traduziu num diferencial de preços positivo em relação aos principais parceiros comerciais.

Gráfico II.4

ÍNDICES DE TAXAS DE CÂMBIO EFECTIVAS

94,0 96,0 98,0 100,0 102,0 104,0 106,0 D ez -0 2 M ar -0 3 Ju n-03 Set -0 3 D ez -0 3 M ar -0 4 Ju n-04 Set -0 4 D ez -0 4 Ín di ce s TEN TER

II.1.3 - Mercado Financeiro

II.1.3.1 - Mercado Monetário

A situação no mercado monetário continuou a estar condicionada pela evolução positiva da liquidez ao longo do ano, em decorrência, sobretudo, das entradas de capital externo no âmbito de projectos de infraesturação do país, da ajuda orçamental, bem como de fluxos ligados ao Investimento Directo

(24)

Estrangeiro (IDE). Não obstante o aumento da liquidez no sistema, o banco central reduziu a taxa das disponibilidades mínimas de caixa, de 19% para 18%, com o intuito de estimular a redução das taxas de juro por parte das instituições de crédito. As reservas obrigatórias, acompanhando a evolução das responsabilidades do sector bancário para com o sector não financeiro, cresceram a uma taxa de 7%, embora inferior à registada em 2003 (13,7%).

As operações do Mercado de Intervenção consistiram, essencialmente, na absorção da liquidez, via depósitos overnight, enquanto que no Mercado Monetário Interbancário as operações de permuta de liquidez entre as instituições monetárias, visando o equilíbrio dos excedentes e necessidades de moeda primária, apresentaram algum dinamismo, com as taxas de permuta de fundos entre as instituições bancárias a situarem-se entre os 6% e os 7,5%, sem grandes oscilações. De igual modo, o excedente de liquidez do sistema não afectou as taxas de juro activas e passivas, que permaneceram ao mesmo nível de 2003, com o spread bancário a fixar-se em 8,63 p.p., relativamente aos prazos de 91 a 180 dias, em 7,75 p.p., relativamente aos prazos de 180 dias a 1 ano.

Gráfico II.5

EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE REFERÊNCIA DO BANCO DE CABO VERDE

0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0

Jan-02 Mar-02 Mai-02 Jul-02 Set-02 Nov-02 Jan-03 Mar-03 Mai-03 Jul-03 Set-03 Nov-03 Jan-04 Mar-04 Mai-04 Jul-04 Set-04 Nov-04

em

percentagem

Txs de juros de redesconto Tx de Absorção de Liquidez

Tx de Cedência de Liquidez

Gráfico II.6

EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE JURO ACTIVAS E PASSIVAS

4,0% 7,0% 10,0% 13,0% 16,0%

Jan-02 Mar-02 Mai-02 Jul-02 Set-02 Nov-02 Jan-03 Mar-03 Mai-03 Jul-03 Set-03 Nov-03 Jan-04 Mar-04 Mai-04 Jul-04 Set-04 Nov-04 Emp. de 91 a 180 dias Dep. de 91 a 180 dias Emp. de 181 dias a 1 ano Dep. de 181 dias a 1 ano

(25)

II.1.3.2 - Mercado da Dívida Pública

A

emissão da dívida pública tem sido uma opção de financiamento do défice do Estado, em alternativa à emissão monetária, representando, assim, uma forma de financiamento com menores riscos para a deterioração das reservas internacionais.

Em 2004, o mercado da dívida pública caracterizou-se por uma emissão e utilização de Bilhetes de Tesouro (BT) menos intensivas, comparativamente ao ano anterior, com o montante total de Bilhetes emitidos a situarem-se em 16.272 milhões de escudos, 17.402 milhões de escudos em 2003. No entanto, em termos líquidos, o montante em circulação de BT, reportado a 31 de Dezembro de 2004, foi de 6.462 milhões de escudos, representando um acréscimo de 868 milhões de escudos, relativamente ao período homólogo. Por seu turno, no mercado de Obrigações do Tesouro (OT) foram emitidos OT no valor de 2.022,5 milhões de escudos, fixando-se o saldo, no final do período, em 17.223 milhões de escudos (15.330 milhões de escudos em 2003).

Quadro II.2

BILHETES DO TESOURO EM CIRCULAÇÃO

Saldos em final do período

milhões de escudos Prazos montantes em circulação taxas de juro média

2002 2003 2004 2002 2003 2004

BT a 91 dias 3.078,0 2.914 2.041 7,83 5,79 6,23 BT a 182 dias 1.785,0 1.935 2.275 8,02 5,81 6,42

BT a 364 dias 850,0 745 2.146 6,99 6,92 6,92

Total 5.713,0 5.594 6.462

Fonte: Banco de Cabo Verde

As Instituições Financeiras Monetárias (IFM) foram os principais investidores institucionais no mercado da dívida pública. No mercado de BT manteve-se o domínio das IFM (75%), apesar do aumento da importância das Instituições Financeiras Não Monetárias (de 20% em 2003 para 25% em 2004), cujo saldo teve um acréscimo de 471 milhões de escudos, superior ao aumento do saldo das IFM, de 412 milhões de escudos. Por sua vez, o saldo das empresas públicas e privadas cresceu na ordem dos 14,6 milhões de escudos. A mesma tendência pôde ser constatada no mercado de Obrigações do Tesouro, com o saldo das IFM a aumentar 1363,2 milhões de escudos.

(26)

Quadro II.3

BILHETES DO TESOURO POR SECTORES INSTITUCIONAIS

Saldo em final do período

milhões de escudos

2002 2003 2004

Instituições Financeiras Monetárias 4.539,7 4.422,8 4.834,5

Instituições Financeiras não Monetárias 1.163,3 1.141,2 1.612,2

Empresas Públicas e Privadas 10,0 30,0 15,4

Total 5.713,0 5.594,0 6.462

Fonte: Banco de Cabo Verde

Quadro II.4

OBRIGAÇÕES DO TESOURO POR SECTORES INSTITUCIONAIS

Saldo em final do período

milhões de escudos

2002 2003 2004

Instituições Financeiras Monetárias 10.839,9 10.437,6 11.800,8

Instituições Financeiras não Monetárias 4.481,4 4.892,4 5.422,0

Empresas Públicas e Privadas 0,0 0,0 0,0

Total 15.321,3 15.330,0 17.223

Fonte: Banco de Cabo Verde

Traduzindo uma maior procura de OT, as taxas de emissão e colocação dos BT acusaram decréscimos progressivos ao longo de 2004, para todos os prazos. Assim, a taxa de colocação de BT a 91 dias atingiu os 5,6% em Dezembro, contra os 7,6% registados em Dezembro do ano anterior, enquanto que a taxa de colocação de BT a 182 dias foi de 5,6% face aos 7% registados em igual período anterior. Por sua vez, a taxa de colocação de BT a 364 dias passou de 8,3% para 5,5%.

Contrariamente à evolução dos mercados dos BT, as taxas de colocação das OT, aumentaram sucessivamente ao longo do ano, tendo a taxa média se fixado nos 7,5%, reflectindo, em parte uma maior apetência dos investidores pelo segmento de mercado de maior prazo.

Apesar desta mudança no perfil da dívida pública interna, com uma maior procura por OT, a taxa média de colocação decresceu 1p.p., relativamente ao ano anterior, devido, essencialmente, à diminuição das necessidades de financiamento do Estado.

(27)

Gráfico II.7

EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE JURO NO MERCADO PRIMÁRIO

4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 Dez-03 Ja n-04 Fe v-04 M ar -0 4 A br -0 4 M ai -0 4 Ju n-04 Ju l-04 A go -0 4 Set-04 Out-0 4 N ov -0 4 Dez-04 em p er ce nt ag em

Txs de juros BT's a 91 dias Txs de juros BT's a 182 dias Txs de juros BT's a 364 dias

Gráfico II.8

EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE JURO DE OBRIGAÇÕES DO TESOURO

6,0 7,0 8,0 9,0 26.01.04 27.04.04 17.06.04 09.12.04 16.12.04 30.12.04 30.12.04 em p er ce n ta ge m

II.2 - Política Orçamental e Fiscal

A

política orçamental em 2004 continuou orientada para a manutenção da disciplina orçamental, traduzida na austeridade da aplicação de recursos e no alargamento da base tributária.

Neste contexto, a situação das finanças públicas apresentou uma melhoria significativa ao nível do défice público global (incluindo donativos), resultante não só de um aumento das receitas, em virtude da introdução do IVA e do aumento dos donativos, mas também da redução das despesas correntes.

Assim, dados provisórios disponíveis apontam para um défice público global, incluindo donativos, na ordem dos 1.125 milhões de escudos, representando 1,3% do PIB, contra os 3.285 milhões de escudos, 4,1% do PIB, registados em 2003. Para o financiamento do défice, o Estado recorreu, em grande medida, a recursos externos, nomeadamente a desembolsos de organismos multilaterais e apoio orçamental concedido por parceiros bilaterais.

(28)

Quadro II.5

PRINCIPAIS INDICADORES ORÇAMENTAIS

2002 2003 2004

em % do PIB em % do PIB em % do PIB Variação (p.p.)

Receitas Totais 30,9 26,4 28,5 2,1

Despesas Totais 33,5 30,5 29,9 -0,6

Saldo Global incluindo Donativos -2,6 -4,1 -1,3 2,7

Componente Cíclica 0,4 -0,2 0,3 0,5

Saldo Ajustado das Flutuações Cíclicas -3 -3,9 -1,6 2,2 Saldo Global excluindo Donativos -11,1 -9,5 -7,6 1,9

Saldo Primário -8,7 -7,1 -5,4 1,7

Fonte: Ministério das Finanças; Banco de Cabo Verde

Nota: a componente cíclica do saldo orçamental foi calculada com base nas estimativas do PIB elaboradas pelo Banco de Cabo Verde

O défice global ajustado das flutuações cíclicas atingiu os 1,6% do PIB, registando uma variação positiva de 2,2 p.p. inferior à variação do saldo efectivo, pelo que os factores de natureza cíclica tiveram, em 2004, uma contribuição positiva, ainda que pouco significativa, para a evolução do saldo global efectivo. Por sua vez, o défice primário em percentagem do PIB, excluindo as despesas líquidas com juros, reduziu-se 1,7 p.p., fixando-se em 5,4%.

O peso do Sector Público Administrativo (SPA) na economia, medido pelas receitas totais, aumentou de 26,4% do PIB, verificado em 2003, para 28,5%, em 2004. Quando medido pelas despesas totais, diminuiu, passando de 30,5% do PIB, em 2003, para 29,9%, em 2004.

II.2.1 - Receitas e Despesas Públicas

II.2.1.1 - Receitas Públicas

Em 2004, as receitas do SPA atingiram os 24.229 milhões de escudos contra os 21.351 milhões de escudos em 2003, representando um acréscimo da ordem dos 13,5%. Para esta evolução favorável, contribuiu o aumento das receitas correntes e dos donativos.

(29)

Quadro II.6

RECEITAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

em milhões de escudos Taxa crescimento em %

2002 2003 2004 2002 2003 2004

Receitas Correntes 16.437,0 16.354,0 18.468,0 13,1 -0,5 12,9 Receitas Fiscais 14.678,0 15.063,0 16.638,0 13,0 2,6 10,5 Imp. s/ o rendimento 5.132,0 5.067,0 5.395,0 7,2 -1,3 6,5 Imp. Único s/ rendimentos 5.132,0 5.067,0 5.395,0 7,2 -1,3 6,5 Imp. sobre a Despesa 9.546,0 9.996,0 11.243,0 16,4 4,7 12,5 Imp. s/ o Valor Acrescentado 0,0 0,0 5.592,0 ---- ---- ----Imp. s/ Bens e Serviços 0,0 0,0 827,0 ---- ---- ----Imp. s/ Transacções Internacionais 6.114,0 6.742,0 3.913,0 14,7 10,3 -42,0 Direitos de importação 4.042,0 4.330,0 3.853,0 9,1 7,1 -11,0 Emolumentos Gerais Aduaneiros 2.072,0 2.412,0 60,0 27,6 16,4 -97,5 Imp. sobre Consumo 2.346,0 2.160,0 63,0 17,2 -7,9 -97,1

Imp. de Consumo 1.906,0 2.034,0 63,0 7,4 6,7 -96,9

Imp. s/ produtos petrolíferos 315,0 0,0 0,0 158,2 ---- ----Imp. Consumo Bebidas, Álcool eTabaco 125,0 126,0 0,0 19,0 0,8

----Imp. de Selo 723,0 679,0 733,0 22,3 -6,1 8,0

Outros impostos s/ a despesa 363,0 415,0 115,0 30,6 14,3 -72,3 Receitas não Fiscais 1.759,0 1.291,0 1.830,0 14,0 -26,6 41,8 Licenças e taxas diversas 320,0 319,0 506,0 -5,6 -0,3 58,6 Rendtos de Propriedade/Rendtos Financeiros 832,0 303,0 416,0 29,0 -63,6 37,3 Cotização p/ Fundo de Previdência 0,0 0,0 474,0 ---- ---- ----Outras receitas não fiscais 607,0 669,0 434,0 8,6 10,2 -35,1

Donativos 6.319,0 4.401,0 5.335,0 53,7 -30,4 21,2

Receitas Totais 22.977,0 21.351,0 24.229,0 21,3 -7,1 13,5 Fonte: Ministério das Finanças; Banco de Cabo Verde

As receitas correntes cresceram cerca de 2.114 milhões de escudos, fixando-se nos 18.468 milhões de escudos, devido ao aumento das receitas fiscais (10,5%) e não fiscais (41,8%).

O impacto da reforma fiscal, nomeadamente da introdução do IVA, cujo valor ultrapassou o valor orçamentado para o ano (embora não estando deduzido dos reembolsos), aliado ao aumento de 6,5% do IUR, em virtude de um maior rigor na sua cobrança, fizeram com que as receitas fiscais (que representavam 90,1% do total das receitas correntes) aumentassem 10,5%, relativamente ao ano anterior. Por sua vez, as receitas não fiscais (representando 9,9% do total das receitas correntes) registaram um acréscimo de 41,8%, em virtude do aumento na rubrica rendimentos de propriedade/ rendimentos financeiros, essencialmente justificado pelo registo das rendas de concessões referentes a anos anteriores, recebidas no período em análise, e na rubrica licenças e taxas diversas.

Os donativos cifraram-se em 5.335 milhões de escudos, em 2004, dos quais 4.650 milhões corresponderam a donativos directos e 685 milhões a ajuda alimentar, apresentando um acréscimo de cerca de 21,2%, relativamente ao ano transacto.

(30)

II.2.1.2 - Despesas Públicas

Em 2004, as despesas do SPA atingiram os 25.354 milhões de escudos, contra os 24.636 milhões de escudos verificados em 2003, representando um acréscimo de 2,9%. Esta evolução ficou-se a dever, essencialmente, ao aumento das despesas de investimento.

Quadro II.7

DESPESAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

em milhões de escudos Taxa crescimento em %

2002 2003 2004 2002 2003 2004 Despesas correntes 15.305,0 16.962,0 16.797,0 3,0 10,8 -1,0 Salários e vencimentos 7.092,0 8.083,0 7.979,0 7,8 14,0 -1,3 Bens e serviços 604,0 1.135,0 937,0 6,7 87,9 -17,4 Juros correntes 1.994,0 1.994,0 2.056,0 32,5 0,0 3,1 Domésticos 1.437,0 1.480,0 1.506,0 53,4 3,0 1,8 Externos 557,0 514,0 550,0 -1,9 -7,7 7,0 Subsídios e Transferências 4.889,0 3.627,0 3.500,0 -14,5 -25,8 -3,5 Empresas Públicas 306,0 201,0 100,0 ---- -34,3 -50,2 Sector Público 3.247,0 1.142,0 1.428,0 1,6 -64,8 25,0 Outras entidades 1.336,0 2.284,0 1.972,0 -47,0 71,0 -13,7 Outras despesas correntes 726,0 1.342,0 650,0 45,8 84,8 -51,6 Valor a regularizar 0,0 781,0 1.675,0 ---- ---- ----Despesas de Investimento 9.360,0 7.674,0 8.557,0 27,8 -18,0 11,5 Despesas Totais 24.890,0 24.636,0 25.354,0 12,2 -1,0 2,9 Fonte: Ministério das Finanças; Banco de Cabo Verde

As despesas de investimento ascenderam a 8.557 milhões de escudos (7.674 milhões no ano anterior), representando um acréscimo na ordem dos 11,5%. Estas despesas foram financiadas, em grande medida, por recursos externos e destinaram-se, sobretudo, a projectos como a promoção e reforço do saneamento básico, a reforma do sistema para promoção da saúde e a reorganização e desenvolvimento das pescas.

Em resultado de medidas de contenção orçamental, registou-se um decréscimo de 1%, relativamente ao ano anterior, quando as despesas correntes totalizavam 16.797 milhões de escudos, em resultado da redução das despesas com pessoal (1,3%), com aquisição de bens e serviços (17,4%) e das despesas com subsídios e transferências (3,5%).

O decréscimo verificado ao nível dos encargos associados à comunicação, rendas e deslocações explicou a redução das despesas com aquisição de bens e serviços, enquanto que um melhor controle das pensões de regime não contributivo, o qual comporta as pensões de sobrevivência e as bolsas de estudo, justificou o decréscimo no montante dos subsídios e transferências.

(31)

II.2.1.3 - Financiamento

Para fazer face às suas necessidades de financiamento o Estado recorreu, em grande medida, a recursos externos, tendo beneficiado de desembolsos do Banco Mundial, do Fundo Africano para o Desenvolvimento e de Portugal. O Estado beneficiou ainda de entrada de rendimentos do Trust Fund e do apoio orçamental concedido por parceiros bilaterais, nomeadamente pelo Governo da Holanda e União Europeia.

Quadro II.8

EVOLUÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA

milhões de escudos

2002 2003 2004

Dívida Interna incl. TCMF 33.229,3 34.626,9 36.000,9

Sistema Bancário 27.146,1 28.134,9 28.522,8

Outros 6.083,2 6.492,0 7.478,1

Dívida Interna excl. TCMF 22.478,9 23.438,4 24.812,4 Dívida externa efectiva 40.777,5 43.583,7 44.105,8 Total da Dívida incl. TCMF 74.006,8 78.210,6 80.106,7 Total da Dívida excl. TCMF 63.256,4 67.022,1 68.918,2 Por memória:

Depósitos do SPA 2.385,3 2.605,7 2.871,7

Estrutura da Dívida (em % do PIB)

Dívida interna 44,7 42,9 42,5

da qual: TCMF 14,5 13,9 13,2

Dívida externa efectiva 54,8 54,0 52,0

Total da Dívida 99,5 96,9 94,5

Taxas de crescimento

Dívida Interna incl. TCMF 20,0 4,2 4,0

Dívida externa efectiva -1,6 6,9 1,2

Fonte: Ministério das Finanças; Banco de Cabo Verde

Em 2004, o total da dívida pública ascendia a 80.106,7 milhões de escudos, sendo a dívida interna, incluindo a sua componente reestruturada, os Títulos Consolidados de Mobilização Financeira (TCMF), de 36.000,9 milhões de escudos (42,4% do PIB), e a dívida externa efectiva de 44.105,8 milhões de escudos (52% do PIB).

II.3 - Procura, Produção e Preços

S

egundo estimativas do Banco de Cabo Verde, em 2004 a economia cabo-verdiana deverá ter crescido, em termos reais, à taxa de 4,9%, contra os 4,7% registados em 2003.

(32)

Quadro II.9

PRODUTO INTERNO BRUTO Óptica da Despesa * milhões de escudos 2002 2003 2004 preços correntes taxa cresc. volume taxa cresc. preços preços correntes estrutura em % taxa cresc. volume. taxa cresc. preços preços correntes estrutura em % Consumo Famílias 64.421,9 7,9 1,2 70.348,7 88,3 8,1 -1,9 74.569,6 89,1 Consumo Público 13.409,8 10,6 2,5 15.206,7 19,1 -8,3 1,0 14.081,4 16,8 Investimento 26.062,0 -4,0 2,0 25.530,3 32,0 2,5 1,6 26.591,1 31,8 Público 6.701,2 -2,3 1,9 6.674,4 8,4 3,4 1,7 7.016,7 8,4 Privado 19.449,4 -4,6 2,0 18.944,5 23,8 2,1 1,7 19.663,0 23,5 Cont. Proc. Interna p/PIB --- 7,8 --- --- --- 7,4 --- --- ---Procura Externa Líquida -31.077,2 5,9 -4,8 -31.421,2 -39,4 4,6 -4,3 -31.518,2 -37,6 Cont. Proc.Ext.Líq. p/PIB --- -3,1 --- --- --- -2,4 --- ---

---PIB 72.816,5 4,7 4,7 79.664,5 100,0 4,9 0,2 83.723,9 100,0

Fonte: Banco de Cabo Verde

* Estimativas Revistas a partir das Contas Nacionais do INE para o ano de 2002

Para esta evolução, a procura interna contribuiu positivamente, particularmente as suas componentes consumo privado e investimento público e privado. A procura externa líquida, por sua vez, teve um contributo negativo no crescimento do produto, reflectindo a evolução, em termos reais, das exportações e importações de bens e serviços.

Gráfico II.9

CONTRIBUIÇÃO PARA A TAXA DE CRESCIMENTO REAL DO PIB

-10 -5 0 5 10 15 C on su m o Fa m íli as C on su m o Pú bl ic o In ve st im en to Pú bl ic o Pr iv ad o Ex po rt aç õe s Im po rt aç õe s ta xa s de c re sc im en to r ea l e m % 2002 2003 2004

(33)

II.3.1 - Procura

II.3.1.1 - Consumo

Em 2004, o consumo das famílias evidencia um crescimento de 8,1% em termos reais, contra os 7,9% registados em 2003, representando cerca de 89,1% do PIB. A expansão do consumo das famílias está em grande parte relacionada com o aumento estimado do rendimento disponível real das famílias em 6,1% (4,2% em termos nominais), em virtude, sobretudo, do acréscimo registado nos rendimentos de empresa e propriedade (4,6%) e nas transferências externas (10,2%), aliado à evolução negativa dos preços.

Gráfico II.10

RENDIMENTO DISPONÍVEL DOS PARTICULARES

0 1 2 3 4 5 6 7

2002 2003 2004

em percentagem

Rendto Disponível Nominal Rendto Disponível Real

A atestar o comportamento do consumo privado, os indicadores de conjuntura, resultantes dos inquéritos ao comércio em estabelecimento e em feira, realizados pelo INE, apontam para o aumento das vendas no comércio a retalho, sobretudo a partir do 2º semestre do ano, com impactos ao nível do consumo privado (Caixa II.1)

O consumo público, por sua vez, registou uma taxa de crescimento negativa na ordem dos 8,3% em termos reais, contra os 10,6% positivos verificados em 2003, reflectindo, essencialmente, uma política de contenção das despesas correntes do sector público, nomeadamente com o pessoal e com a aquisição de bens e serviços.

II.3.1.2 - Investimentos

O investimento em 2004 apresenta um acréscimo da ordem dos 2,5% em termos reais, representando 31,8% do PIB, contra um decréscimo de 4% registado em 2003. Esta evolução positiva resultou do aumento da formação bruta de capital fixo, principalmente na construção e nos bens e equipamentos.

(34)

Quadro II.10

FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO*

milhões de escudos

2002 2003 2004

preços correntes preços correntes preços correntes tx. cresc. volum.

Construção 16.868,2 16.640,2 17.472,2 2,9

Bens de equipamento 5.106,0 4.928,5 5.189,7 4,3 Material de transporte 4.176,3 4.050,2 4.017,8 -1,5

Total 26.150,6 25.618,9 26.679,7 2,5

Fonte: Banco de Cabo Verde

* Estimativas Revistas a partir das Contas Nacionais do INE para o ano de 2002

O investimento em construção apresenta um acréscimo de 2,9% em termos reais, evolução essa comprovada pelo aumento das importações de materiais de construção (de 1,4% para 27,6%), e pela melhoria das vendas de cimento (de -7,4% para -5,4%).

Por outro lado, os inquéritos de conjuntura à construção e obras públicas revelaram um indicador de confiança, em geral , positivo dos operadores deste sector, o que favoreceu o investimento na habitação e construção de edifícios não residenciais.

O investimento em bens de equipamento observou um acréscimo de 4,3% em termos reais, como ilustra a aceleração observada nas importações de bens de equipamento (que de -24,7% passa para 26,7%).

Quadro II.11

ALGUNS INDICADORES DE INVESTIMENTO

taxas de variação em %

2002 2003 2004

Construção

Vendas de Cimento 5,8 -7,4 -5,4

Importações de Materiais de Construção 30,1 1,4 27,6 Equipamento

Importações de Bens de Equipamento 14,1 -24,7 26,7 Material de Transporte

Vendas de Automóveis 40,5 -8,9 -2,6

Importações de Material de Transporte 31,7 -16,8 -9,2 Fonte: Inquéritos às empresas de construção e de venda de automóveis

Direcção Geral das Alfândegas; INE; Banco de Cabo Verde

O investimento em material de transporte apresentou uma taxa de crescimento negativa de 1,5%, evidenciando uma melhoria de 0,5 p.p. face ao ano transacto. Esta evolução traduziu uma melhoria verificada ao nível das importações de material de transporte (de -16,8% para -9,2%) e, em particular, ao nível das vendas de veículos automóveis (que passa de -8,9% para -2,6%).

(35)

II.3.1.3 - Exportações e Importações

Em 2004, as exportações e as importações de bens e serviços registaram taxas de crescimento reais de 13,2% e 7,1%, respectivamente.

Gráfico II.11

EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES DE BENS E SERVIÇOS (Taxas de Crescimento) -8,0 -4,0 0,0 4,0 8,0 12,0 16,0 20,0 2002 2003 2004 em p er ce nt ag em

Exportações de bens Exportações serviços

Importações bens Importações serviços

As exportações de bens e serviços observaram uma aceleração no seu ritmo de crescimento face ao ano anterior, determinada, essencialmente, pelo aumento nas exportações de serviços (5,3% em 2003 para 9,7% em 2004), particularmente nas suas rubricas transportes (1,3%) e viagens de turismo (16,3%). Por sua vez, as exportações de bens (incluindo reexportações) cresceram à taxa de 1,5%, evidenciando, contudo, um abrandamento relativamente ao ano anterior (4,2% em 2003).

Portugal continua a ser o principal mercado de destino das exportações cabo-verdianas, quer de produtos tradicionais, quer de produtos transformados, acolhendo cerca de 78,3% das exportações totais do país, seguido dos EUA (19,4%).

Quadro II.12

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS EXPORTAÇÕES DE BENS

2002 2003 2004 milhões de escudos estrutura em % milhões de escudos estrutura em % milhões de escudos estrutura em % Portugal 1.091,9 88,4 875,5 70,8 1.044,4 78,3 EUA 54,4 4,4 278,6 22,5 259,1 19,4 Espanha 10,2 0,8 0,4 0,0 4,7 0,4 Alemanha 19,3 1,6 13,4 1,1 1,9 0,1 Outros 58,8 4,8 68,2 5,5 23,2 1,7 Total 1.234,6 100,0 1.236,1 100,0 1.333,3 100,0 Fonte: Direcção Geral das Alfândegas; Banco de Cabo Verde

(36)

As importações de bens e serviços evidenciaram uma desaceleração no seu ritmo de crescimento, relativamente ao ano transacto, em resultado, sobretudo, do abrandamento das importações de bens (0,2% contra os 6,1% em 2003). As importações de serviços, por sua vez, evidenciaram uma redução de 3,2% (6,5% positivos em 2003), o que ficou a dever-se à redução das importações de serviços ligados aos transportes e viagens.

Quadro II.13

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS IMPORTAÇÕES DE BENS

2002 2003 2004 milhões de escudos estrutura em % milhões de escudos estrutura em % milhões de escudos estrutura em % Portugal 17.834,1 55,3 16.576,6 48,4 16.348,0 47,6 Países Baixos 4.411,7 13,7 5.018,4 14,7 6.053,0 17,6 Bélgica 1.429,0 4,4 1.943,2 5,7 0,0 0,0 Brasil 1.135,3 3,5 922,1 2,7 1.757,3 5,1 Itália 1.000,0 3,1 740,6 2,2 1.143,2 3,3 Alemanha 1.261,9 3,9 344,3 1,0 355,3 1,0 Espanha 1.234,8 3,8 906,0 2,6 1.475,9 4,3 E.U.A 1.060,7 3,3 1.181,0 3,4 946,3 2,8 França 683,0 2,1 1.069,2 3,1 940,3 2,7 Reino Unido 118,8 0,4 298,6 0,9 383,0 1,1 Suécia 27,3 0,1 38,6 0,1 46,0 0,1 Outros 2.072,7 6,4 5.196,8 15,2 4.860,4 14,2 Total 32.269,3 100,0 34.235,3 100,0 34.308,7 100,0 Fonte: Direcção Geral das Alfândegas; Banco de Cabo Verde

Igualmente, Portugal continua a ser o principal país fornecedor das importações cabo-verdianas, representando 47,6% das importações totais do país, seguido de Países Baixos com 17,6%.

II.3.2 - Produção

A

nalisando a actividade económica pela óptica da oferta, verificou-se que os serviços continuam sendo o sector que mais tem contribuído para o crescimento da economia nacional, detendo um maior peso na formação do produto, cerca de 71,6% do PIB.

(37)

Quadro II.14 PRODUTO INTERNO BRUTO

Óptica da Oferta* milhões de escudos 2002 2003 2004 preços correntes preços correntes estrutura em % taxa cresc. nominal (%) preços correntes estrutura em % taxa cresc. nominal (%) Agricultura 6.604,0 9.060,7 12,6 37,2 6.913,3 9,3 -23,7 Pesca 940,0 1.095,1 1,5 16,5 1.044,7 1,4 -4,6 Indústria 5.013,0 5.905,3 8,2 17,8 6.980,1 9,4 18,2 Construção 5.888,0 5.782,0 8,1 -1,8 6.071,1 8,2 5,0 Serviços (1) 48.031,0 49.808,1 69,5 3,7 53.095,5 71,6 6,6 PIB (2) 72.816,5 79.664,5 100,0 9,4 83.723,9 100,0 5,1

Fonte: Banco de Cabo Verde, Ministério da Agricultura, INDP, Direcção Geral da Indústria e Energia; Inquéritos às empresas

* Estimativas Revistas a partir das Contas Nacionais do INE para o ano de 2002. (1) Serviços excluindo os serviços bancários intermediários

(2) Produto interno bruto a preços de mercado. O valor nominal do PIB inclui além dos VAB sectoriais,

as taxas e impostos sobre as importações (+) e os serviços bancários intermediários (-).

II.3.2.1 - Agricultura e Pesca

Em 2004, registou-se uma queda na produção agrícola, na ordem dos 23,7%, em termos nominais, face ao ano transacto, tanto a nível da produção de sequeiro, particularmente da produção de milho (redução estimada em 66,7%, relativamente ao ano anterior), como a nível da produção de regadio.

Segundo informações disponibilizadas pelo Ministério do Ambiente, Agricultura e Pescas, condições agro-climáticas pouco favoráveis, caracterizadas por precipitações superficiais e temporárias, explicam a redução da produção agrícola em 2004.

A produção no sector das pescas, igualmente, registou uma diminuição em termos nominais, de cerca de 4,6%. Segundo informações disponíveis, as capturas totais em 2004 decresceram face ao ano anterior, em resultado da redução das capturas ao nível da pesca industrial, essencialmente.

II.3.2.2 - Indústria

A produção industrial apresentou, em 2004, um acréscimo, em termos nominais, de 18,2%, seguindo a trajectória ascendente que se vem observando desde 2002. De acordo com alguns indicadores resultantes dos inquéritos de conjuntura à indústria, realizados pelo INE, a produção industrial em 2004 revela em geral uma tendência de aumento, especialmente até ao 3º trimestre do ano.

Esta evolução pode ser explicada pelo surgimento de 26 novas empresas neste ramo de actividade (contra 21 empresas no ano anterior), 10 das quais já em funcionamento, com investimentos de origem tanto nacional como externa, em variados sectores de actividade.

Por outro lado, o aumento das exportações de bens transformados (11,9% em 2004 contra 0,8% em 2003) permite confirmar esta evolução da produção no sector da indústria.

(38)

II.3.2.3 - Construção

Por seu turno, a produção no sector da construção registou em 2004 um acréscimo de 5%, em termos nominais. O aumento ao nível das importações de materiais de construção (nomeadamente de cimento, ferro, aço e outros materiais) e a melhoria nas vendas de cimento, relativamente ao ano transacto, poderão ser indicadores do comportamento do sector da construção. A atestar ainda o seu desempenho, alguns indicadores resultantes dos inquéritos de conjuntura à construção e obras públicas, realizados pelo INE, apontam para o aumento da carteira de encomendas e da actividade em geral, neste sector, sobretudo nos subsectores da habitação e construção de edifícios não residenciais.

II.3.2.4 - Serviços

O sector dos serviços evidencia no ano em análise um crescimento, em termos nominais, de 6,6% (3,7%em 2003), continuando a deter um grande peso na estrutura sectorial do PIB, cerca de 71,6%. Esta evolução ficou a dever-se à dinâmica dos subsectores do comércio, dos transportes e das telecomunicações.

De acordo com os resultados dos inquéritos de conjuntura ao comércio, realizados pelo INE, as vendas neste subsector registaram uma tendência de aumento, tanto a nível do comércio a retalho, como a nível do comércio a grosso.

Quadro II.15

ALGUNS INDICADORES DE ACTIVIDADE DO SECTOR DOS SERVIÇOS

2002 2003 2004

Transportes (taxas de varaiação em %)

Transporte aéreo - nº passag.transp. 18,0 0,9 5,0 Transporte urbano colectivo - nº passag.Transp. 144,5 24,8 -6,5 Transporte marítimo - Movimento de passag. 15,4 10,1 16,7

Comunicações (taxas de variação em %)

Tráfego Postal:

Nacional e internacional expedido -11,0 1,5 0,4

Internacional recebido -22,1 -13,8 30,4

Tráfego internacional (serviço fixo):

Entrada 26,4 6,7 12,6

Saída 5,6 -0,3 1,0

Tráfego nacional (serviço móvel) 34,3 46,8 19,3 Fonte: Inquéritos às empresas, Banco de Cabo Verde

Relativamente ao contributo do subsector dos transportes, este registou, igualmente, um crescimento, relativamente ao ano anterior, em virtude essencialmente do desempenho positivo da actividade dos transportes aéreos e marítimos. Os transportes urbanos colectivos, pelo contrário, observaram uma evolução negativa no ano em análise.

(39)

O subsector das telecomunicações evidenciou um comportamento favorável em 2004, traduzindo um crescimento no tráfego internacional de serviço fixo e no tráfego nacional de serviço móvel, ainda que este último tenha registado uma desaceleração no seu ritmo de crescimento, face ao ano anterior.

(40)

Caixa II.1

ACTIVIDADE ECONÓMICA EM 2004 SEGUNDO OS INQUÉRITOS DE CONJUNTURA DO INE

Ao longo do ano de 2004 e, em particular a partir do segundo trimestre, o indicador de clima económico, calculado pelo INE, apresenta uma trajectória ascendente, em contraposição ao 1º trimestre, indiciando alguma melhoria na confiança dos agentes económicos.

-12 -10 -8 -6 -4 -2 0 4º TRIM.03 1º TRIM.04 2º TRIM.04 3º TRIM.04 4º TRIM.04 s. r. e - m m 3

Indicador de Clima Económico Linha de Tendência Indicador Clima Económico

A informação disponível sobre o consumo privado sugere uma actividade favorável em 2004. De acordo com o inquérito de conjuntura ao comércio em estabelecimento e em feira, do INE, o saldo de respostas extremas (s.r.e) relativo à apreciação do volume de vendas no comércio a retalho registou uma tendência de aumento, sobretudo a partir do 2º semestre do ano.

-35 -30 -25 -20 -15 -10 -5 0 4º TRIM.03 1º TRIM.04 2º TRIM.04 3º TRIM.04 4º TRIM.04 s. r. e - m m 3 Vendas Linha de Tendência

Tendência do Volume de Vendas no Comércio a Retalho

A formação bruta de capital fixo (FBCF) em construção apresenta sinais de aceleração no ritmo de seu crescimento. De acordo com o inquérito de conjuntura à construção e obras públicas do INE, o indicador de confiança neste sector apresentou uma tendência de aumento, reflectindo um maior optimismo em relação, quer à carteira de encomendas, quer às perspectivas da actividade. No mesmo período, ainda de acordo com o mesmo inquérito, o s.r.e

relativo à apreciação da actividade no conjunto do sector registou, igualmente, uma trajectória ascendente.

Esta apreciação da actividade deveu-se ao desempenho positivo registado ao nível da carteira de encomendas, nos subsectores da habitação e na construção de edifícios não residenciais. -40 -35 -30 -25 -20 -15 -10 -5 0 4º TRIM.03 1º TRIM.04 2º TRIM.04 3º TRIM.04 4º TRIM.04 s. r. e - m m 3 Indicador de Confiança Apreciação da Actividade Sector da Construção e Obras Públicas

No período em análise, e de acordo com o inquérito à indústria do INE, a confiança dos industriais aumentou, reflectindo a avaliação positiva dos empresários relativamente à produção.

No sector dos serviços, destaca-se o subsector do comércio, cuja actividade foi em geral boa (devido à tendência de aumento não só nas vendas do comércio a retalho, mas também do comércio a grosso) e o subsector dos transportes.

-10 -5 0 5 10 15 4º TRIM.03 1º TRIM.04 2º TRIM.04 3º TRIM.04 4º TRIM.04 s. r. e - m m 3 Produção Linha de Tendência Apreciação da Produção Industrial

Neste subsector, ainda segundo o inquérito de conjuntura aos transportes do INE, a confiança dos operadores ao longo de 2004, em geral, aumentou, reflectindo a avaliação optimista dos empresários relativamente às perspectivas da actividade e do emprego.

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