• Nenhum resultado encontrado

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE LEITE E DERIVADOS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE LEITE E DERIVADOS"

Copied!
74
0
0

Texto

(1)

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE LEITE E

DERIVADOS

ORLANDO BARBIERI BELLOLI

DESENVOLVIMENTO DE UM SUPLEMENTO ALIMENTAR COM PROPRIEDADES FUNCIONAIS À BASE DE ISOLADO PROTEICO DO

SORO DE LEITE, PROBIÓTICO E β-GLUCANA.

Londrina 2016

(2)

ORLANDO BARBIERI BELLOLI

DESENVOLVIMENTO DE UM SUPLEMENTO ALIMENTAR COM PROPRIEDADES FUNCIONAIS À BASE DE ISOLADO PROTEICO DO

SORO DE LEITE, PROBIÓTICO E β-GLUCANA.

Dissertação apresentada à UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciência de Leite e Derivados.

Orientador: Prof. Dr. Raul Jorge Hernan Castro-Gómez

Londrina 2016

(3)

DESENVOLVIMENTO DE UM SUPLEMENTO ALIMENTAR COM PROPRIEDADES FUNCIONAIS À BASE DE ISOLADO PROTEICO DO

SORO DE LEITE, PROBIÓTICO E β-GLUCANA.

Dissertação apresentada à UNOPAR, no Mestrado em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados, área e concentração em Ciência e Tecnologia do Leite,

como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre conferida pela Banca Examinadora formada pelos professores:

_________________________________________

Prof. Dr. Raul Jorge Hernan Castro Gómez UNOPAR

_________________________________________

Prof. Dra. Giselli A. Nobre Costa UNOPAR

_________________________________________

Prof. Dr. Rubens A. da Silva UNOPAR

(4)

Dedico este trabalho a Deus, e a todos as pessoas que de alguma forma colaboraram para a concretização deste sonho.

(5)

Primeiramente a Deus.

Aos meus pais por ter ensinado o melhor caminho a seguir. A pensar e agir tendo como pilar a disciplina, tratando todos com respeito e educação.

Aos meus irmãos, pelo carinho, amizade, incentivo e atenção que sempre tiveram comigo.

Em especial a minha esposa, Milene, pelo amor, companheirismo, compreensão, e pela paciência em todos os momentos que estive com o pensamento longe da família, focado nos estudos.

Ao orientador professor Dr. Raul Jorge Hernan Castro Gómez, um exemplo de dedicação, seriedade, determinação e paciência, agradeço pela orientação, amizade e confiança no desenvolvimento deste trabalho.

Ao Dr. Emerson e sua equipe por ter realizado as análises de imunoglobulinas (IgA) nas amostras de saliva coletada dos participantes da pesquisa.

Aos participantes da pesquisa, por aceitarem o desafio, pois sem eles não seria possível à realização do trabalho.

A todos os professores do programa de Mestrado em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados pela dedicação e ensinamentos passados durante o curso.

Ao colega Fernando Ângelo Pancotto Junior pelo incentivo, companheirismo e apoio durante todo o curso.

A todos os colegas do curso pelo acolhimento, amizade, apoio, parceria e, em especial ao colega José Renato por toda colaboração prestada, especialmente nas análises laboratoriais e a colega Geyci pelo acolhimento, apoio e por tantas caronas para universidade, rodoviária e aeroporto.

(6)

Aos professores de educação física Cassiani, Miriam, Amauri e Leonardo por terem acreditado no projeto, pelo auxílio prestado na seleção e recrutamento dos participantes da pesquisa, pela dedicação, empenho e apoio durante os quatro meses que fiz uso do espaço de trabalho desses profissionais, meus sinceros agradecimentos.

Aos Técnicos dos laboratórios do IFRS-BG pelo apoio nas análises realizadas.

Ao IFRS-BG pela bolsa de estudo, auxiliando nas mensalidades do curso.

Em fim, a todos que de alguma forma contribuíram para a conclusão desta etapa da minha vida, meus sinceros agradecimentos.

(7)

“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas graças a Deus, não sou o que era antes”. (Marthin Luther King)

(8)

B. lactis e β-glucana. 2016. 74f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados) – UNOPAR, Londrina, 2016.

RESUMO

O mercado de alimentos com propriedades funcionais está em crescente expansão. Esse segmento está relacionado às inovações, pois produtos conhecido como “Whey Protein” (WP) para atletas, ganham cada vez mais espaço no mercado de suplementos nutricionais. O objetivo deste trabalho foi elaborar um suplemento alimentar a base de isolado protéico do soro de leite, probiótico e β-glucana e avaliar os efeitos sobre os parâmetros antropométricos e níveis de imunoglobulina (IgA) salivar em mulheres acima de 55 anos. O estudo foi realizado com 24 mulheres, idade média de 61 anos, que praticam atividade física durante 1 hora 3 vezes na semana. A rotina de treino foi 15 minutos de alongamento, e 45 minutos intercalados entre exercícios aeróbicos e resistidos. O suplemento alimentar foi administrado uma vez ao dia, por 90 dias. Foram feitas avaliações antropométricas (supra ilíaca, abdômen (mm), tórax, cintura, quadril, circunferência abdominal (cm), % de gordura, massa corporal magra e peso gordo) antes (T0), durante (T1=60 dias) e após (T2=90 dias) de suplementação. A determinação da imunoglobulina (IgA) salivar foi realizada no mesmo período. Os dados obtidos foram tratados pelo programa estatístico Past. Os resultados demonstraram que a suplementação aliada a uma rotina de exercícios físicos melhorou significativamente (p<0,05) as variáveis analisadas. Das 9 variáveis antropométricas, 7 apresentaram diferença significativa (p<0,05), em 2 houve diferença, mas não ao nível de significância (p<0,05). As determinações de IgA apresentaram diferença significativa (p<0,05) entre as avaliações (antes, durante e após a suplementação). O grupo controle (não suplementado) não diferiu significativamente (p<0,05) os valores da imunoglobulina IgA. Conclui-se que o suplemento alimentar elaborado para este estudo proporcionou melhoras significativas na saúde geral dos participantes, enfatizando, além da melhora nas variáveis antropométricas, a melhora nos níveis da imunoglobulina IgA que

(9)

Palavas-chave: Suplementação; Probiótico; Imunomodulação; β-glucana;

(10)

B. lactis e β-glucana. 2016. 74f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados) – UNOPAR, Londrina, 2016.

ABSTRACT

The market for functional food is growing. This market segment is deeply related to innovations, products known as "whey protein" (WP) to athletes gain more space in the nutritional supplements market. The main objective of this paper is to develop a supplement with dietary the basic protein isolate Whey, probiotic and β-glucan and evaluate its effects on anthropometric measures and immunoglobulin (IgA) saliva levels in women over the age of 55. This research has analyzed 24 women, with an average of 61 years, that exercise three times a week for one hour. The exercising routine was 15 minutes of stretching and 45 minutes of alternated practice between cardio and resistive training. The dietary supplement was given once a day for 90 days. Anthropometric measures were evaluated (suprailiac, abdomen (mm), chest, waist, hips, waist circumference, % of fat, lean body mass and body fat) before and throughout nutritional supplementation. Immunoglobulin (IgA) saliva levels were determined before (T0), during (T1 = 60 days) and after (T2 = 90 days) supplementation. The data were processed by the Past statistical program. Results have shown that supplementation, along with physical training routine, have considerably enhanced the analysed variables (p<0,05). Out of 9 anthropometric variables, six have shown a substantial difference (p<0,05); there was also a difference in 3 of them, but not in a substantial level (p<0,05). Determination of IgA has shown substantial difference (p<0,05) in all analysis (before, throughout and after supplementation). There was no substantial immunoglobulin IgA difference in the control group (no supplementation). In conclusion, the dietary supplement developed by this research has offered substantial improvements on individuals’ general health, not only by enhancing anthropometric variables but also by improving immunoglobulin IgA levels, essential to normal physiological function and immune system function.

(11)
(12)

Tabela 1: Apresenta como foi conduzido o experimento. ... 48 Tabela 2: Apresenta os períodos que foram coletadas as amostras de saliva para analisar a imunoglobulina (IgA) dos participantes da pesquisa antes, durante e após o uso do suplemento alimentar. ... 48 Tabela 3: Apresenta os períodos que foram coletadas as amostras de saliva para analisar a imunoglobulina (IgA) dos participantes da pesquisa antes, durante e após o uso do suplemento alimentar. ... 49 Tabela 4: Composição centesimal do suplemento alimentar elaborado especialmente para este estudo. ... 52 Tabela 5: Percentual fornecida na dose (20g) em relação aos valores diários recomendados (VDR), seguindo como base uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kJ. ... 52 Tabela 6: Apresenta os resultados das análises microbiológicas do suplemento alimentar elaborado para este estudo. ... 53 Tabela 7: Contagem do probiótico no suplemento alimentar durante o período de armazenamento. ... 54 Tabela 8: Avaliação antropométrica (media ± desvio padrão) das medidas (supra ilíaca, abdômen, tórax, cintura, quadril, % de gordura, massa corporal magra, massa gorda e circunferência abdominal), obtidas antes durante e após o uso do suplemento alimentar. ... 55 Tabela 9: Avaliação da resposta imune. ... 59 Tabela 10: Resultado dos exames laboratoriais do estudo de caso. ... 61

(13)

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... Error! Bookmark not defined.

1.1 Suplemento alimentar ... 14

1.2 Soro de leite ... 15

1.2.1 Composição do soro de leite ... 15

1.2.2 Isolado protéico do soro de leite ... 16

1.2.3 Proteínas do soro de leite e atividade física ... 19

1.3 Probióticos ... 21

1.3.1 Bifidobacterium lactis ... 23

1.3.1.1 Bifidobacterium animalis subsp. lactis HN019 ... 23

1.4 β-glucanas ... 24

1.4.1 β-glucana da parede celular de Saccharomyces cerevisiae ... 25

1.4.2. β-glucanas e atividade imunomoduladora ... 26

2. REFERÊNCIAS ... 29

3. OBJETIVOS ... 39

3.1 Objetivo geral ... 39

3.1.1 Objetivos específicos ... 39

(14)

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Suplemento alimentar

O papel da alimentação equilibrada na manutenção da saúde e na prevenção de doenças vem despertando o interesse da comunidade científica. Nos últimos anos, os consumidores têm se mostrado mais conscientes e preocupados com seu estilo de vida (HUNGRIA e LONGO, 2009). Isso aumentou a demanda por alimentos promotores de saúde e bem-estar, com propriedades funcionais (MARTINS et al., 2013).

Os suplementos alimentares são definidos como gêneros alimentícios que se destinam a complementar e/ou suplementar o regime alimentar normal, que constituem fontes concentradas de determinadas substâncias, nutrientes ou outras com efeito nutricional ou fisiológico (ALMEIDA et al., 2013).

Os suplementos são preparações destinadas a fornecer nutrientes como: proteínas, fibras, vitaminas, minerais, ácidos graxos, aminoácidos e minerais, suprindo a deficiência destes no organismo (BACURAU, 2007).

A alimentação é fator primordial tanto na prevenção quanto na promoção para a saúde humana, evitando e controlando várias Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), como diabetes, hipertensão, neoplasias e insuficiência cardíaca (RAIZEL, 2011).

Os suplementos trazem benefícios para atletas, devido à alta demanda do esporte, sendo difícil atingir a quantidade adequada de nutrientes e calorias recomendados somente com a alimentação do dia a dia. Os suplementos alimentares também podem ser usados por pessoas com imunodeficiência, auxiliando os mecanismos de defesa do organismo.

Atualmente, alguns estudos estão focados em indivíduos idosos e nas estratégias para aumentar a massa muscular dessa parcela da população, que com o avanço da idade, perde naturalmente massa magra, um processo denominado sarcopenia (EEFE-usp, 2014). Com intuito de reduzir esses processos, o uso de suplementos a base de proteínas e aminoácidos, cujo principal função é a reparação e reconstrução dos tecidos, aliados ao exercício físico vêm sendo testado (EEFE-usp, 2014).

(15)

O avanço das tecnologias no setor da saúde bem como a ampliação do conhecimento sobre os benefícios que os suplementos alimentares podem trazer à saúde das pessoas, também contribuiu para o surgimento de novos estudos (ABENUTRI, 2014).

1.2 Soro de leite

O soro de leite, também conhecido como soro lácteo, soro de queijo ou lactossoro, é o líquido residual, de cor amarelo-esverdeada, obtido a partir da coagulação do leite destinado à fabricação de queijos, de caseína ou de produtos similares (CODEX ALIMENTARIUS, 2011).

O soro de leite é a porção aquosa liberada do coágulo durante a fabricação convencional de queijos, Antunes (2003), é um efluente residual que pode acarretar graves problemas ambientais associados ao seu alto teor de matéria orgânica. Assim, o seu reaproveitamento tem sido estudado e sugerido para melhorar a eficiência econômica dos laticínios e minimizar os impactos ambientais (BIEGER e RINALDI, 2009; MIZUBUTI, 1994).

O soro de leite é oriundo da fabricação de queijos, a partir da separação das micelas de caseína (FARREL et al., 2004). Cerca de 85 a 95% do volume do leite usado para a fabricação de queijos resultam em soro, o qual contém aproximadamente metade dos sólidos totais do leite, incluindo proteínas solúveis, sais e principalmente lactose (CHAVES et al., 2010; PACHECO et al., 2005). De acordo com Oliveira, (2009), na produção de queijos, a obtenção de soro de leite é variável e, o que determina essa variação no volume de soro de leite é o tipo de queijo produzido.

1.2.1 Composição do soro de leite

O soro de leite é composto por glicomacropeptídeo, imunoglobulinas, albumina, lactoferrina, lactoperoxidase, lisozina, lactolina, relaxina, lactofano, fatores de crescimento IGF-1 e IGF-2, proteoses-peptonas e aminoácidos livres (HURAGUCHI et al., 2006). Essas frações podem variar em tamanho, peso

(16)

molecular e função, fornecendo às proteínas do soro características especiais (HARAGUCHI et al., 2006; SOUSA et al., 2012; YÜKSEL & ERDEM, 2009). O soro do leite bovino é um líquido que contém de 4 a 6g de proteínas por litro (PELEGRINE e CARRASQUEIRA, 2008).

A composição do soro de leite varia de maneira substancial, dependendo da variedade de queijo produzido, dos processos tecnológicos empregados e do tipo de leite utilizado na produção de queijo (ANTUNES, 2003). A maior parte da água contida no leite faz parte do soro, onde também se encontram compostos como lactose, proteínas solúveis, sais minerais e gordura, sendo que 70% dos sólidos totais deste soro são constituídos por lactose e 20% pelas proteínas do soro (OLIVEIRA, 2009; RÉVILLION et al., 2000; ZIEGLER & SGARBIERI, 2009).

A composição do soro de leite fresco liberada do coágulo durante a fabricação de queijo possui aproximadamente 94,25% de água, 0,8% de proteínas do soro, 4,30% de lactose, 0,55% de minerais e 0,10% de gordura, ou seja, 5,75% de sólidos, dos quais aproximadamente 13% são proteínas contendo em média 50% de â-lactoglobulina, 25% de á-lactoalbumina e 25% de outras frações (OLIVEIRA 2009; OLIVEIRA et al., 2012).

A utilização do soro de leite bovino é um bom exemplo de aplicação de proteínas como ingredientes funcionais, considerando que representa um subproduto da indústria laticinista, rico em componentes nutricionais (BOSCHI, 2006). Segundo Félix, (2009) o soro de leite pode ser considerado o “soro da memória” pelo fato desse subproduto concentrar componentes que atuam sobre os neurônios na formação de suas redes e das sinapses

1.2.2 Isolado protéico do soro de leite

O isolado protéico do soro de leite é um termo coletivo que abrange um conjunto de frações proteicas solúveis encontradas no leite, (Marshall, 2004), é extraída da porção aquosa do leite gerada durante o processo de fabricação do queijo (HARAGUCHI, ABREU e De PAULA, 2006). São altamente digeríveis e rapidamente absorvidas pelo organismo (SGARBIERI, 2004). Além de ser uma

(17)

fonte confiável de grande número de minerais, carboidratos e proteínas de alta qualidade e valor biológico (MARSHALL, 2004).

O papel nutricional das proteínas dos alimentos tem sido bem estudado e é amplamente conhecido. A atenção dos pesquisadores em estudos sobre a utilização de proteínas como ingredientes funcionais é crescente, a exemplo disso, existem no mercado produtos lácteos e ingredientes com apelo funcional baseado em peptídeos bioativos obtidos das proteínas do leite (caseínas e soroproteínas) (MACEDO, 2011; SMITH, 2003). Em muitos casos é possível, ao empregar as proteínas como agentes funcionais, desenvolver produtos com características especiais e agregar valor a subprodutos os quais em geral representam um problema para as indústrias (CHAVES et al., 2010).

As proteínas solúveis do soro de leite possuem peptídeos bioativos de boa digestibilidade, especialmente os de cadeia ramificada, (OLIVEIRA et al., 2012), estes peptídeos estão relacionados com fatores de crescimento, reconstrução e reparação de músculos e ossos, geram energia, proteção ao sistema cardiovascular, atividade antimicrobiana, antiviral e possuem atividade imunoestimulante (HARAGUCHI et al., 2006; OLIVEIRA et al., 2012; RENHE, 2008; SOUSA et al., 2012; SGARBIERI, 2005).

As proteínas de origem animal são componentes importantes na dieta humana, uma vez que constituem a principal fonte de nitrogênio e de aminoácidos essenciais (LOWERY et al., 2012). A qualidade nutricional da proteína do soro de queijo depende da composição, digestibilidade, absorção, biodisponibilidade de aminoácidos essenciais e de nitrogênios totais, (OLIVEIRA et al., 2012; PIRES et al., 2006), sendo a digestibilidade o principal fator que reflete a eficiência da utilização proteica na dieta (SGARBIERI, 2005).

As proteínas do soro de leite são altamente digeríveis e rapidamente absorvidas pelo organismo, estimulando a síntese de proteínas sanguíneas e teciduais a tal ponto que alguns pesquisadores, classificaram como proteínas de metabolização rápida fast metabolizing proteins (DANGIN, M, et al., 2001; PAL, et al., 2010; RADAVELLI-BAGATINI, 2013).

A qualidade biológica das proteínas e o teor de minerais e vitaminas presentes no soro de leite fazem dele um produto atrativo para a indústria de alimentos destinados ao consumo humano e animal (FÉLIX, 2009). Estudos realizados por Toba et al., (2001) demonstraram que as proteínas do soro

(18)

promovem a formação dos ossos em humanos, estimulando a proliferação e a diferenciação dos osteoblastos, aumentando a densidade mineral óssea e inibindo a reabsorção de cálcio.

Estudos realizados em diferentes modelos experimentais (animais, humanos e células in vitro), utilizando a proteína do soro do leite, têm comprovado a eficácia deste produto no aumento da capacidade imunomoduladora, ação antibacteriana e antiviral, ação anticancerígena, aumento no combate a infecções e processos inflamatórios, ação no sistema cardiovascular, além de outros benefícios (MAGNANI, 2009; PACHECO et al., 2005).

De acordo com Oliveira et al., (2012), é comprovado cientificamente que o alto teor de aminoácidos essenciais das proteínas do soro afeta os processos metabólicos da regulação energética, de forma a favorecer o controle e a redução da gordura corporal.

Estudo realizado por, Pedersen & hoffman-goetz (2000), constatou que o estresse oxidativo produzido durante a atividade física contribuiu para o desenvolvimento da fadiga muscular de atletas, levando a redução do desempenho físico. Normalmente, estes indivíduos não conseguem através da alimentação diária atender suas necessidades nutricionais, por isto, uma dieta suplementada com mistura de proteínas torna-se necessário (HA et al., 2003, TERADA, 2009). Nos últimos anos tem-se verificado um avanço importante da nutrição esportiva, com base em princípios fisiológicos e bioquímicos (SGARBIERI; 2005).

As proteínas do soro de leite oferecem aos atletas uma série de benefícios exclusivos, promovem recuperação, fortalecem a imunidade e melhoram os resultados do treinamento físico, produzindo uma melhora direta no desempenho atlético (SGARBIERI, 2004). Promovem aumento de massa muscular em conjunto com um treino apropriado devido à melhora na síntese de proteínas (HA, 2003). Baseado em tendências europeias e norte-americanas para o segmento esportivo, os suplementos alimentares reivindicam aplicabilidade do soro de leite como suplemento, com efeito sobre a síntese proteica muscular e melhora no desempenho físico (BALDISSERA et al., 2011; PHILLIPS, 2011).

(19)

Exercícios intermitente, moderados ou de alta intensidade, causam a redução do glicogênio muscular. Como este é o combustível essencial para o desempenho do exercício, são necessárias estratégias nutricionais que maximizem o armazenamento de glicogênio antes do exercício (FISCHBORN, 2009). A nível molecular, a estimulação da síntese de proteínas e a redução ao mínimo da degradação proteica são os dois processos essenciais para a recuperação eficiente após exercícios (PHILLIPS, 2011). No entanto, a capacidade de uma proteína de promover estas funções vai depender da sua digestibilidade e da composição em aminoácidos (HOFFMAN et al. 2008; HULMI et al., 2010). Pesquisas científicas comparando diferentes fontes proteicas demonstram que as proteínas do soro são uma fonte eficaz na recuperação muscular (TANG et al., 2009; PHILLIPS, 2011).

1.2.3 Proteínas do soro de leite e atividade física

O exercício físico tem profundo efeito no metabolismo das proteínas, no consumo de oxigênio acima dos níveis de repouso, no transporte de aminoácidos e de glicose, bem como na concentração de lactato muscular. De acordo com Haraguchi et al., (2006), o estresse oxidativo produzido durante a atividade física contribuiu para o desenvolvimento da fadiga muscular de atletas, diminuindo o desempenho físico.

Por ser considerada uma excelente fonte de proteínas e proporcionar ótima retenção de nitrogênio, o soro do leite tem sido inserido na alimentação de atletas. Logo, os aminoácidos essenciais, com destaque para os de cadeia ramificada, favorecem o anabolismo, assim como a redução do catabolismo proteico, favorecendo o ganho de força muscular, reduzindo a perda de massa muscular, além de afetar os processos metabólicos da regulação energética, favorecendo assim o controle e a redução de gordura corporal (HARAGUCHI et al., 2006; OLIVEIRA et al., 2012).

Para a Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva (ISSN), indivíduos que praticam exercícios físicos devem ter uma ingestão proteica entre 1,4 a 2,0 gramas de proteína/Kg de peso corporal/dia.

(20)

Segundo a Sociedade Brasileira de medicina do Exercício e do Esporte (SBME), os exercícios de força exigem maior consumo de proteínas do que os de resistência. Portanto, quando o objetivo for aumento de massa muscular, a SBME recomenda a ingestão de 1,6 a 1,7 gramas de proteínas/kg de peso corporal/dia. No entanto, quando o objetivo for adquirir resistência, a recomendação passa a ser de 1,2 a 1,6 gramas de protreínas/Kg de peso corporal/dia.

Indivíduos envolvidos em programas de condicionamento físico podem seguir as recomendações da ISSN e atender a ingestão de 0,8 a 1,2 gramas de protreína/Kg de peso corporal/dia. Já os idosos praticantes de atividade física, podem se beneficiar do maior consumo de proteínas (1,0 a 1,2 g/Kg/dia), a fim de ajudar a prevenir a sarcopenia.

Para adultos levemente ativos ou sedentários, a necessidade proteica é de 0,8 g/Kg de peso ao dia. Para atletas recreacionais, a recomendação passa para 1 g/Kg e para atletas de força a necessidade proteica varia de 1,6 a 1,7 g/Kg de peso ao dia. Quanto aos atletas de resistência, a necessidade diminui, variando de 1,2 a 1,6 g/Kg de peso ao dia. Além disso, preconiza-se para que ocorra a recuperação muscular após o exercício, cerca de 8 a 10 g de proteína (DUNFORD, 2012), conforme tabela 01.

Tabela 01: Quantidade de proteínas recomendada a diferentes segmentos populacionais e tipos de modalidades esportivas.

População Ingestão de proteínas

recomendada (g/kg/dia) Populações sedentárias Crianças 1,0 Adolescentes 1,0 a 1,5 Adultos 0,8 a 1,0 Grávidas 6,0 a 10 Lactantes 12 a 16 População de atletas

Atletas recreacionistas (4 a 5 vezes por semna por 30 minutos)

0,8 a 1,0

(21)

Intensidade moderada 1,2

Volume extremo 1,6

Treinamento de atleta de força 1,2 a 1.7

Novatos 1,5 a 1,7

Regulares 1,0 a 1,2

Atletas adolescentes durante pico de crescimento

1,5

FONTE: Maughan e Burke, 2004.

A classificação da intensidade do esforço físico normalmente é estabelecida por meio de parâmetros fisiológicos e metabólicos, como lactato sanguíneo, freqüência cardíaca máxima (FC), consumo máximo de oxigênio (VO2max), razão de percepção de esforço (RPE), entre outros (SILVA et al, 2009). A intensidade, volume, modalidade de exercício, assim como o nível de aptidão e fatores nutricionais, podem modular positivamente ou negativamente a resposta imunológica (DONATTO et al, 2008). Enquanto o exercício moderado regular é comumente associado com a diminuição da susceptibilidade a infecções. O exercício exaustivo de longa duração tem sido associado a sintomas de imunossupressão transitória, com aumento da susceptibilidade a infecções (FERREIRA et al, 2007; GLEESON, 2007).

1.3 Probióticos

A palavra “probiótico” deriva do grego e significa “para a vida”. Embora o termo e a definição precisa de probiótico tenham origem nos anos 90, o interesse por micro-organismos potencialmente benéficos à saúde é de tempos remotos (SCHREZENMEIR, 2001). O termo Probiótico foi primeiramente utilizado em 1965 por Lilly e Stillwell, e vem recebendo muitas denominações conceituais. Há autor que define probiótico como “suplemento alimentar composto de células microbianas vivas, as quais têm efeitos benéficos para o hospedeiro, por melhorar ou manter o equilíbrio microbiano no intestino” (OLIVEIRA, 2002).

Entretanto, a definição aceita internacionalmente é que probióticos são microrganismos vivos, que quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro (BRASIL, 2008; OLIVEIRA, 2002;

(22)

WHO, 2002). Embora essa definição enfatize a necessidade da viabilidade dos probióticos, alguns autores têm demonstrado que mesmo mortos os componentes destes microrganismos, podem ser eficazes mantendo os mesmos efeitos benéficos das células viáveis (ADAMS et al., 2010; KATARIA et al., 2009).

É desejável que os micro-organismos probióticos possuam propriedades antimutagênicas e anticarcinogênicas, não transportar genes transmissores de resistência a antibióticos, tolerar o pH do suco gástrico, resistir à ação da bile e das secreções pancreáticas e intestinais (BRASIL, 2008; FAO/WHO, 2002; HOLZAPFEL e SCHILLINGER, 2002).

Uma cultura probiótica com boas propriedades tecnológicas deve apresentar boa multiplicação, promover propriedades sensoriais adequadas no produto e ser estáveis e viáveis durante armazenamento. Desta forma, podem ser manipuladas e incorporadas em produtos alimentícios sem perder a viabilidade e a funcionalidade, resultando em produtos com textura e aroma adequados (OIVEIRA et al., 2002). Além disso, com relação às perspectivas de processamento de alimentos, é desejável que essas cepas sejam apropriadas para a produção industrial em larga escala, resistindo a condições de processamento como a liofilização ou secagem por “spray drying” (STANTON et al., 2003).

Segundo Jousse, (2008), o desenvolvimento de novos produtos, é um constante desafio para a investigação tanto científica, quanto aplicada, e observa-se que o consumo de alimentos funcionais é uma forma de otimização dos ingredientes essenciais, podendo assim, gerar melhores formulações. Sendo assim, o desenvolvimento de novos produtos funcionais, torna-se cada vez mais desafiador, uma vez que devem atender as expectativas do consumidor que deseja produtos simultaneamente saborosos e saudáveis (SHAH, 2007).

Atualmente, o consumidor tem aumentado a busca por alimentos funcionais, destacando-se os probióticos, os quais os micro-organismos sejam mantidos na forma viável.

No entanto, uma característica de fundamental importância para a ocorrência dos efeitos benéficos à saúde humana é a aderência e a subsequente colonização da mucosa intestinal (FORESTIER et al., 2001). Em

(23)

um intestino adulto saudável, a microbiota predominante se compõe de micro-organismos promotores de saúde, entre eles Bifidobacterium e Lactobacillus. Esses gêneros estão presentes em iogurtes, produtos lácteos fermentados e suplementos alimentares.

1.3.1 Bifidobacterium lactis

As bifidobactérias são micro-organismos Gram-positivos, anaeróbicos, em forma de bastonete, não esporulantes, e sem motilidade. Atualmente, o gênero Bifidobacterium é classificado na família Actinomycetaceae, na qual estão presente cerca de trinta espécies (KHEADR et al., 2007).

O Bifidobacterium lactis é um microrganismo probiótico, que é amplamente consumido na forma de iogurte, proporcionando efeitos benéficos sobre o metabolismo, incluindo baixo LDL (Low Density Liphoprotein) em pacientes com diabetes tipo 2, Ejtahed, (2011), aumento do colesterol HDL (High Density Lipoproteins) em mulheres adultas, Sadrzadeh-yeganeh, (2010) e melhor tolerância à glicose durante a gravidez (LAITINEN, 2009; LUOTO, 2010).

Bifidobacterium spp. possui diversos habitats, como o intestino humano, a cavidade bucal e o Trato Gastrointestinal (TGI) animal. A temperatura de crescimento ideal de Bifidobacterium varia de 37 a 42ºC (DONG et al., 2000). Esse micro-organismo faz parte da microbiota humana e possui uma relação simbiótica com o hospedeiro, sendo capaz de inibir o crescimento de Candida albicans, E. coli e outras bactérias patogênicas (BIAVATI et al., 2000).

As novas metodologias de biologia molecular, principalmente o sequenciamento de RNA ribossomal, têm permitido diferenciar as várias espécies e subespécies de Bifidobacterium (MASCO et al., 2004; VENTURA et al., 2004).

1.3.1.1 Bifidobacterium animalis subsp. lactis HN019

Bifidobacterium animalis subsp. lactis HN019, originada de lácteos, foi considerada um probiótico em potencial, baseado em sua capacidade de

(24)

resistir à bili e a pH bem ácidos in vitro. Essa cepa mostrou que é capaz de aderir-se em quantidade elevada e em diferentes tipos de células de epitélio intestinal (GOPAL et al., 2001).

A microbiota intestinal atua como agente primário no desenvolvimento do sistema imune pós-pandrial, assim como na tolerância oral e na imunidade. A interação entre as cepas probióticos e os enterócitos é a chave na imunomodulação (DELCENSERIE et al., 2005). Existem vários mecanismos de ação pelos quais B. lactis HN019 exerce seus efeitos benéficos no sistema imune. Um deles estaria diretamente relacionado com a interação entre as células do B. lactis HN019 e as células do sistema imune intestinal. Essa interação é facilitada devido a boa adesão B. lactis nas células do epitélio intestinal. O consumo de B. lactis HN019 tende a reduzir o risco de infecções por bactérias patogênicas, (GOPAL; PRASAD; GILL, 2003)

O consumo B. lactis HN019, pode aumentar a atividade das células natural-killers (NK) e a atividade fagocítica dos monócitos periféricos. Essas atividades diminuem quando o consumo é cessado, entretanto, a atividade fagocítica consegue ser medida até seis semanas após o consumo de B. lactis ser interrompido (ZHOU; GILL, 2005).

1.4 β-glucanas

β-glucanas são polissacarídeos constituintes estruturais da parede celular de leveduras, fungos, bactérias e alguns cereais, que se diferenciam pelo tipo de ligação entre as unidades de glicose da cadeia principal e pelas ramificações que se conectam a essa cadeia. Fungos, bactérias e plantas vêm sendo estudados e pesquisados como potenciais fontes dessas macromoléculas. A possibilidade de aplicação desses compostos na alimentação humana, assim como em outras áreas, tem levado a intensivos estudos relacionados à sua extração e caracterização, (GERN, et al., 2007). Nas últimas décadas estes polímeros vêm recebendo especial atenção por sua bioatividade, principalmente no que se refere à imunomodulação (MAGNANI, 2010).

(25)

As β-glucanas são moléculas altamente ordenadas, que se diferenciam pelo tipo de ligação entre as unidades de D-glicose (anéis tipo β-D-glucopiranose) da cadeia principal e, pelas ramificações que se conectam a essa cadeia (BROWN; GORDON, 2001; MAGNANI e CASTRO-GOMES,2009).

Embora estudos sobre a composição da parede celular de vários fungos sejam efetuados, o maior número de informações disponíveis está relacionado com a estrutura da parede celular da Saccharomyces cerevisiae, que é composta por β-Dglucanas, quitinas e manoproteínas, (KLIS, 2000; NOMBELA; GIL;CHAFFIN, 2006).

As β-glucanas são a forma predominante, podendo estar livres ou associadas às proteínas, lipídeos e outros polissacarídeos. Cerca de 60 a 90% do peso seco da parede celular de S. cerevisiae é constituída de glucanas e mananas (CHAUD; SGARBIERI, 2006).

Os polissacarídeos microbianos têm recebido considerável atenção devido ao seu potencial de aplicação em diferentes áreas industriais incluindo cosméticos e alimentos funcionais, além de medicamentos (BAIS et al., 2005; FRANÇOIS; ROJAS; DARAIO, 2005; METHACANON et al., 2005; VANDAMME et al., 2002). Considerando-se o grande número de fungos encontrados na natureza e a possibilidade de terem em sua composição endo e exopolissacarídeos com diferentes aplicações medicinais, estudos estão sendo realizados para verificar e comprovar o potencial dessas macromoléculas como antioxidantes, antimutagênicos, anticoagulantes, antitrombóticos e imunomoduladores (FREIMUND et al., 2003; CORRADI DA SILVA et al., 2006; ZHANG et al., 2005).

1.4.1 β-glucana da parede celular de Saccharomyces cerevisiae

Uma importante fonte de β-glucana é a parede celular de

Saccharomyces cerevisiae, também conhecida como levedura de fermentação,

que é amplamente empregada nas indústrias de panificação, cervejaria e sucroalcooleira. Em S. cerevisiae, a estrutura química da β-glucana é constituída por um esqueleto linear central de unidades de glicose ligadas na posição β(1-3), com cadeias laterais unidas em β(1-6), que ocorrem em

(26)

diferentes intervalos e têm tamanhos variados ao longo do esqueleto central, (MAGNANI e CASTRO-GOMES, 2009; PETREVIC-TOMINAC, 2010).

A β-(1-3)-glucana encontrada na parede celular da S. cerevisiae possui uma porção solúvel e outra insolúvel. A porção insolúvel contém de 30 a 36 % de ramificações unidas em β(1-6) sendo o maior componente da parede celular (AKRAMIENÉ et al., 2007). A parte solúvel, por sua vez, representa de 15 a 22% das β-glucanas presentes na parede celular e tem estrutura semelhante a parte insolúvel, mas com maior número de ramificações β (1-6), (MAGNANI e CASTRO-GOMES, 2009; MANNERS et al., 1973). Quanto à solubilidade em água, depende principalmente do número de resíduos de glicose ligados em β (1-6) das cadeias laterais, (KLIS, et al., 2002).

A β-glucana é designada como um modificador da resposta biológica, pois ao ser reconhecido pelo organismo desencadeia uma série de eventos na resposta imune. Dentre as ações da β-glucana isolada da S. cerevisiae destacam-se a, imunomoduladora, antiviral, antibacteriana e antialérgica (SONCK; TRINCADO; MURTAUCH, 2004). As β-glucanas descritas na literatura possuem atividade na imunidade tanto inata quanto adaptativa, inclusive com relatos de ação anticarcinogênica, Masuda et al, (2013) e quimiopreventiva (SILVA et al, 2013).

Além disso, inúmeros efeitos benéficos como antitumoral, antinflamatório, antimutagênico, hipocolesterolêmico e hipoglicêmico têm sido relacionados à β-glucanas, (MAGNANI e CASTRO-GOMES, 2009). A modulação pela β-glucana inclui a ativação de macrófagos e linfócitos polimorfonucleares, além da indução da expressão de diversas citocinas. O provável mecanismo de ação parece estar relacionado ao peso molecular, tipo de ligações glicosídicas, resíduos presentes, solubilidade em água, conformação espacial e grau de polimerização da β-glucana, (MAGNANI e CASTRO-GOMES, 2009).

1.4.2. β-glucanas e atividade imunomoduladora

A atividade imunomoduladora da B-glucana vem sendo estudada com atenção nos últimos anos, especialmente, pela habilidade em ativar

(27)

mecanismos de defesa no hospedeiro (KIM et al., 2006; LIN, 2004; MAGNANI, 2009; YUN et al., 2003). A B-glucana extraída da parede celular da levedura Saccharomyces cerevisiae, apresenta efeito antitumoral, anti-inflamatório, antimutagênico, hipocolesterolêmico, hipoglicêmico e proteção contra infecções que vem sendo avaliados e comprovados cientificamente (BEHALL et al., 2006; LIN et al., 2004; MAGNANI e CASTRO-GOMES, 2009).

A â-glucana extraída da levedura S. cerevisiae é designada como um modificador da resposta biológica, pois ao ser reconhecido pelos receptores do organismo, desencadeia uma série de eventos na resposta imune (MAGNANI et al., 2010; MAGNANI, 2010). Apresenta ação biológica e capacidade de estimular o crescimento e diferenciação de células imunológicas e modular a resposta imune inata e adaptativa (SILVA, 2013).

Estudos revelaram que as â-glucanas extraídas da S. Cerevisiae podem agir como imunoestimulante em pacientes imunossuprimidos, (MAGNANI e CASTRO-GOMES, 2009), atenuar aumentos plasmáticos de citosinas com ação inflamatória e aumentar a síntese de substâncias com atividade imunomodulatória, anti-inflamatória e antiviral (JUNG, 2004; LI, 2005; TSUKADA, 2003). Devido à capacidade das â-glucanas em estimular o sistema imunológico, elas podem ser utilizadas como adjuvantes do tratamento de pacientes imunocomprometidos, (LEE et al., 2001; LEUNG et al., 2006; SUGAWARA et al., 2004; ZHANG et al., 2005; MAGNANI et al., 2010).

Estudos in vitro e in vivo mostram que a â-Glucana 1,3/1,6, é um polissacarídeo que desempenha atividade antigenotóxica, antimutagênica e antioxidante, (SILVA, 2013). Age contra a indução de danos em materiais genéticos, sendo, portanto, um agente importante na prevenção e/ ou redução de danos ao DNA, prevenindo diversos tipos de câncer (LI, 2005; QI, 2011; SILVA, 2013). Aparentemente a β-glucana obtida da parede celular de leveduras parece ser mais efetiva do que aquelas obtidas de outras fontes como aveia e cogumelos (KIM e YUN, 2006;MAGNANI, et al., 2010).

Várias formas de administração da β-glucana vêm sendo estudada para verificar a atividade biológica deste composto, incluindo a administração intraperitoneal, subcutâneas, intravenosa e oral, (MAGNANI, et al., 2010; VETVICKA, VETVICKOVA, 2008). O uso oral de β-glucana, mesmo com

(28)

diversos tipos de câncer ou debilitados por outras doenças, não apresenta nenhum efeito adverso.

A β-glucana de levedura vem se destacado entre os ingredientes utilizados para produção de alimentos funcionais. Devido às propriedades antigenotóxicas, o consumo da β-glucana de levedura pode inclusive prevenir danos ao DNA, que estão associadas a inúmeras doenças relacionadas a danos oxidativos, incluindo o câncer, (MAGNANI, et al., 2011b). Assim, a β-glucana adicionada a alimentos poderia ampliar o consumo e facilitar a aceitação da população em geral, passando a ser consumida por todos e não somente por indivíduos debilitados por alguma enfermidade.

Estudos mostram que a suplementação de β-glucana pode exercer efeitos modulatórios frente às alterações que o exercício físico induz sobre as células do sistema imunológico e que a ligação entre a nutrição e um sistema imune efetivo está relacionada com as deficiências dos nutrientes que fazem parte da sinalização, interação e diferenciação das células do sistema imunológico (DONATTO et al, 2006).

(29)

2. REFERÊNCIAS

ABENUTRI, 2014 Disponível em: <http://www.abenutri.org/cepedisa-publica-trabalho-sobre-legislacao-para-suplementos-nutricionais-no-brasil/>. Acesso em: 10 ago. 2014.

ADAMS, C. A. The probiotic paradox: live and dead cells are biological response modifiers. Nutrition Research Reviews, v.23, n., p.37-46, 2010. ANTUNES, A. J. Funcionalidade de proteínas do soro de leite bovino. São Paulo: Ed. Manole, p.142, 2003.

AGUILAR-USCANGA, B.; FRANÇOIS , J. M. A study of the yeast cell wall composition and structure in response to growth conditions and mode of cultivation. Letters in Applied Microbiology, Oxford, v. 37, n. 3, p. 268–274, 2003.

AKRAMIENE, D. et al. Effects of beta-blucans on the immune system.

Medicina, aunas, v. 43, n. 8, p. 597-606, Aug. 2007.

ALMEIDA, C. C. et al., Proteína do soro do leite: composição e suas propriedades funcionais. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer, Goiânia, v. 9, n. 16, p.1840-1854, jul. 2013.

BACURAU, R. F. Nutrição e suplementação desportiva. 5. ed. São Paulo: Phorte, 2007.

BAIS, D.; LAPASIN, R.; PARTAL, P.; GALLEGOS,C. Rheological characterization of polysaccharide –surfactant matrices for cosmetic O/W emulsions. Journal of Colloid and Interface Science, New York, v. 290, n. 2, p. 546-556, 2005.

BALDISSERA, A. C. et al. Alimentos funcionais: uma nova fronteira para o desenvolvimento de bebidas proteicas a base de soro de leite. Ciências Agrárias, v. 32, n. 4, p. 1497—1512, 2011.

BEHALL, K. M. et al. Consumption of both resistant starch and β-glucan improves postprandial-plasma glucose and insulin in women. Diabetes Care, Alexandria, v. 29, n. 5, p. 976-981, maio. 2006.

BIAVATI, B. et al. Bifidubacteria: history, ecology, physiology and aplications,

Annals Microbilogy, v. 50, p. 117-131, 2000.

BIEGER, A.; RINALDI, R. N. Reflexos do reaproveitamento de soro de leite na cadeia produtiva de leite do oeste do Paraná. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, 47., 2009, Porto Alegre. Anais do Congresso da

Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural.

(30)

BOSCHI, J. R. Concentração e purificação das proteínas do soro de queijo por ultrafiltração. 2006. 68 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) – Departamento de Engenharia Química, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

BRASIL, Agência Nacional De Vigilância Sanitária. Alimentos com alegações

de propriedades funcionais e ou de saúde, novos alimentos/ingredientes, substâncias bioativas e probióticos. Brasília, 2008. Disponível em:

<http://www.anvisa.gov.br/alimentos/comissoes/tecno_lista_alega.htm>. Acesso em: 10 out. 2014.

BROWN, G. D.; GORDON, S. A new receptor for β-glucans. Nature, London, v. 413, n. 1, p. 36-36, 2001.

CHAUD, S. G.; SGARBIERI, V. C. Propriedades funcionais (tecnológicas) da parede celular de leveduras da fermentação alcoólica e das frações glicana, manana e glicoproteína. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 26, n. 2, p. 369-379, 2006.

CHAVES, K. F.; CALLEGARO, E. D.; SILVA, V. R. O. Utilização do soro de leite nas indústrias de laticínios da região de Rio Pomba-MG. In: CONGRESSO NACIONAL DE LATICÍNIOS, 27. 2010, Juiz de Fora. Anais do Congresso

Nacional de Laticínios. Juiz de Fora: EPAMIG/ ILCT, 2010. 1 CD-ROM.

CODEX ALIMENTARIUS. Codex Stand 243-2003. Codex Standart for fermented milk. Codex Alimentarius Comission. Milk and milk products, 2 ed., 2011.

CORRADI DA SILVA, M. L. et al. Caracterização química de glucanas fúngicas e suas aplicações biotecnológicas. Química Nova, São Paulo, v. 29, p. 85-92, 2006.

DANGIN, M. et al. The digestion rate is an independent regulating factor of post prandial protein retention. Am J Physiol Endocrin Metab, v. 280, p. 340-348, 2001.

DEKCENSERIE, V. et al. Immunomodulatory effects of probiótico in the intestinal tract. Current Issues in Molecular Biology, v. 10, p. 37-54, 2005. DONATTO, F. F.; PALANCH, A. C.; CAVAGLIERI, C. R. “Fibras Dietéticas: Efeitos Terapêuticos e no Exercício”. Saúde em Revista, v. 8, n. 20, p. 65-71, 2006.

DONATTO, F. F. et al. “Efeitos da Suplementação de Fibras Solúveis Sobre as Células do Sistema Imune Após Exercício Exaustivo em Ratos Treinados”. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 14, n. 6, p. 533-537, 2008. DONG, X; CHENG, G; JIAN, W. Simultaneous identification of five Bifidobacterium species isolated from human being using multiple PCR primers.

(31)

Systematic and Applied Microbiology, v. 23, p. 386-390, 2000.

DUNFORD, M. Fundamentos de nutrição no esporte e no exercício. Manole, São Paulo, 2012.

DURAN, A.; NOBLEGA, C. Fungal cell wall biogenesis: building a dynamic interface with the environment. Microbiology, Washington, v. 150, n. 10, p. 3099-3103, 2004.

EEFE-usp, Escola de Educação Física e Esporte. Suplementos alimentares: funcionam, mas não para todos. São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.usp.br/espacoaberto/?materia=suplementos-alimentares-funcionam-masnao-para-todos. Acesso em; 26/06/2015.

EJTAHED, H. S. et al. Effect of probiotic yogurt containing Lactobacillus acidophilus and Bifidobacterium lactis on lipid profile in individuals with type 2 diabetes mellitus. Journal of Dairy Science, South Oak Street, v. 94, n. 7, p. 3288-3294, jul. 2011.

FARREL, H. M. et al. Nomenclature of the proteins of cows' milk Sixth Revision.

Journal of Dairy Science, South Oak Street ,v. 87, n. 6, p. 1641-1674, jan.

2004.

FÉLIX, P. A. S. Secagem do soro do leite. Leite & Derivados, v.18, n.111, p.6, 2009.

FERREIRA, C. K.O. et al. “Efeitos Agudos do Exercício de Curta Duração Sobre a Capacidade Fagocitária de Macrófagos Peritoneais em Ratos Sedentários”. Revista Brasileira de Fisioterapia, v.11, n. 3, p. 191-197, 2007. FISCHBORN, S. C. A influência do tempo de ingestão da suplementação de whey protein em relação à atividade física. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 3, n. 14, p. 132—143, 2009.

FOOD and AGRICULTURAL ORGANIZATION/WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines for the Evaluation of Probiotics in Food. London, Ontario, Canada. April 30 and May 1, 2002. Disponível em: http://www.fao.org/3/a-a0512e.pdf. Acesso em: 14 mar. 2015.

FORESTIER, C. et al. Probiotic activities of Lactobacillus casei rhamnosus: in vitro adherence to intestinal cells and antimicrobial properties. Research

Microbiology, Amsterdam, v. 152, n. 2, p. 167-173, 2001.

FRANÇOIS, N. J.; ROJAS , A. M.; DARAIO, M. E. Rheological and drug-release behaviour of a scleroglucan gel matrix at different drug loadings. Polymer International, London, v. 54, n. 12, p. 1613–1619, 2005.

FREIMUND, S. et al. A new non-degrading isolation process for 1,3-β-D-glucan of high purity from baker’s yeast Saccharomyces cerevisiae. Carbohydrate

(32)

GERN , R. M. M.; WISBECK, E.; RAMPINELLI, J. R.; NINOW, J. L.; FURLAN , S. A. Alternative medium for production of Pleurotus ostreatus biomass and potential antitumor polysaccharides. Bioresource Technology, Essex, v. 99, n. 1, p. 76-82, 2008.

GLEESON, M. “Imune Function in Sport and Exercise”. Journal of Applied Physiology, v. 8, n. 103, p. 693-699, 2007.

GOPAL, P, K. et al. S. in vitro adherence properties of Lactobacillus rhamnosus DR20 and Bifidobacterium lactis DR10 strains and their antagonistic activity againt an enterotoxigenic Escherichia coli. International Journal of Food

Microbiology, v. 67, p. 207-216, 2001.

GOPAL, P, K; PRASAD; GILL, H. S. Effects of the consumption of Bifidobacterium lactis HN019 (DR 10 TM) and galacto-aligosaccharides on the microflora of the gastrointestinal tract in human subjects. Nutrition research, v. 23, p. 1313-1328, 2003

HA, E.; ZEMEL, M. B. Funcional properties of whey, whey components, and essenctial amino acids: mechanisms underlying health benefits for active people. The Journal of Nutrition Biochemistry. v. 14. n. 5. p. 251-258, may, 2003.

HARAGUCHI, F. K; ABREU W. C; DE PAULA, H. Proteínas do soro do leite: composição, propriedades nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a saúde humana. Revista Brasileira de Nutrição, Campinas, v. 19, n. 4, p. 488, jul./ago. 2006.

HARAGUCHI, F.K.; ABREU, W. C.; DE PAULA, H. Proteínas do soro do leite: composição, propriedades nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a saúde humana. Revista de Nutrição, Campinas. v. 4. n. 19. p. 479-488, jul./ago, 2008.

HOFFMAN, N. R. et al. Effects of a pre- and post-exercise whey protein supplement on recovery from an acute resistance training session. Journal of

the International Society of Sports Nutrition, n. 5, p. 1-2. 2008.

HOLZAPFEL, W. H; SCHILLINGER, U. Introduction to pre and probiotics. Food

Research International, Amsterdam, v. 35, n. 2-3, p. 109-116, jul. 2002.

HULMI, J. J., CHRISTOPHER, M. L. & JEFFERY, R. S. Effect of protein/essential amino acids and resistance training on skeletal muscle hypertrophy: A case for whey protein. Nutrition & Metabolism, n. 51, p. 1-11, 2010.

HUNGRIA, T; LONGO, P. Viabilidade de lactobacillus casei em alimento probiótico infantil relacionada a vida-de-prateleira. Revista Saúde - UnG, América do Norte, v. 3, n. 3, nov. 2009. Disponível em:

(33)

<http://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/477/557. Acesso em: 17 Mar. 2015.

JOUSSE, F. Modeling to improve the efficiency of product and process development. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety, London, v. 7, p. 175- 181, 2008.

JUNG, K. et al. Antiviral effect of Saccharomyces cerevisiae beta-glucan to swine influenza virus by increased production of interferon-gamma and nitric oxide. Journal of Veterinary Medicine, Germany, v. 51, n. 2, p. 72-76, 2004. KATARIA, J; LI, N; WYNN, J. L; NEU, J. Probiotic microbes: do they need to be alive to be beneficial? Nutrition Revista, v. 67, p. 546-550, 2009.

KHEADR, E. et al. Antibiotic susceptibility profile of bifidobacteria as effects by oxgal, acid and hydrogen peroxi de stress. Antimicrobial Agents and

Chemotherapy, v. 51, n. 1, p. 169-174, 2007.

KIM, H. O.; YUN, J. W. A comparative study on the production of exopolysaccharides between two entomopathogenic fungi Cordyceps militaris and Cordyceps sinensis in submerged mycelial cultures. Journal of Applied Microbiology, Oxford, v. 99, n. 4, p. 728-738, 2006.

KIM, S. Y. et al. Biomedical issues of dietary fiber β-glucan. Journal Korean of

Medical Science, Seoul, v. 21, n. 5, p. 781-789, out. 2006.

KLIS, F. M. et al. Dynamics of cell wall structure in Saccharomyces cerevisiae.

FEMS Microbiology Reviews, v. 26, n. 3, p. 239-256, 2002.

KLIS, F. M.; Boorsma , A.; De Groot , P. W. J. Cell wall construction in accharomyces cerevisiae. Yeast-Chichester, v. 23, n. 3, p. 185–202, 2006. LAITINEN, K; POUSSA, T; ISOLAURI, E: Nutrition, Allergy, Mucosal Immunology and Intestinal Microbiota Group. Probiotics and dietary counselling contribute to glucose regulation during and after pregnancy: a randomised controlled trial. British Journal of Nutrition, Cambridge, v. 101. n. 11, p. 1679-1687, jun. 2009.

LEE, J. N. et al. Purification of soluble β-glucan with immune-enhancing activity from the cell wall of yeast. Bioscience Biotechnology and Biochemistry, v.65, p. 837-841, 2001.

LEUNG, M. Y. K. et al. Polysaccharide biological response modifiers.

Immunology Letters, v. 105, p. 101–114, 2006.

LI, J; XING, J; LI, D. et al. Effects of β-glucan extracted from Saccharomyces cerevisiae on humoral and cellular immunity in weaned piglets. Archives of

(34)

LIN, H. et al. Maitake beta-glucan MD-fraction enhances bone marrow colony formation and reduces doxorubicin toxicity in vitro. International

Immunopharmacology, Amsterdam, v. 4, n. 1, p. 91-99, jan. 2004.

LOWERY, L., Edel, J. F., & McBride, I. M. Dietary protein and strength athletes.

Strength and Conditioning Journal, v. 34, p. 26-32, 2012.

LUOTO, R. Impact of maternal probiotic-supplemented dietary counselling on pregnancy outcome and prenatal and postnatal growth: a double-blind, placebo controlled study. British Journal of Nutrition, Cambridge, v. 103, n. 12, p. 1792-1799, fev. 2010.

MACEDO, G. A.; MACEDO, J. A. Probióticos e prebióticos em alimentos: fundamentos e aplicações tecnológicas. 1. ed. São Paulo: Varela, 2011. 104p.

MAGNANI, M. et al. Optimized methodology for extraction of (1-3)(1-6)-b-D-glucan from Saccharomyces cerevisiae and in vitro evaluation of the cytotoxicity and genotoxicity of the corresponding carboxymethyl derivative. Carbohydrate

Polymers, v. 78, n. 4, p. 658-665, nov. 2010.

MAGNANI, M; CASTRO-GÓMEZ, R. J. H. β-glucana from Saccharomyces cerevisiae: constitution, bioactivity and obtaining. Ciências Agrárias, Londrina, v. 29, n. 3, p. 631-650, jul./set. 2009.

MAGNANI, M. et al. Protective effect of carboxymethyl-glucan (CMG) against DNA damage in patients with advanced protate cancer. Genetics and

Molecular Biology, v. 34, n. 1, p. 131-134, 2011b.

MANNERS, D. J. et al. The structure of a β(1-6)- D- glucan from yeast cell walls. Biochemistry Journal, Washington, v.135, n. 1, p.31-36, 1973.

MARSHALL, K. Therapeutic Applications of Whey Protein. Alternative

Medicine Review. v. 9, n. 2, p. 136-156, 2004.

MARTINS, E. M. F. et al. Products of vegetable origin: A new alternative for the consumption of probiotic bactéria. Food Research International, Canadá, v. 51, n. 2, p. 764–770, maio, 2013. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/journal/09639969/51/2. Acesso em: 01 out.2014.

MASCO, L. et al. Polyphasic taxonomic analysis of Bifidobacterium animalis and Bifidobacterium lactis reveals relatedness at the subspecie level: reclassification de Bifidobacterium animalis as Bifidobacterium animalis subsp. animalis subsp. nov. and Bifidobacterium lactis as Bifidobacterium animalis subsp. lactis subsp. nov. International Journal of Systematic and

Evolutionare Microgiology, v. 54, p. 1137-1143, 2004.

MASUDA. Y. et al. Oral administration of soluble β-glucans extracted from Grifola frondosa induces systemic antitumor immune response and decreases

(35)

immunosuppresion in tumor-bearing mice. International Journal of Cancer, New York, v. 133, n. 1, p. 108-119, july. 2013.

METHACANON, P. et al. Structural elucidation of bioative fungiderived polymers. Carbohydrate Polymers, Barking, v. 60, n. 2, p. 199-203, 2005. MAUGHAN, R.J.; BURKE, L.M. Nutrição Esportiva: Proteinas e Aminoácidos Necessários aos Atletas.1ª ed. Porto Alegre. Artmed, p. 37-43, 2004.

MIZUBUTI, I. Y. Soro de Leite: Composição, processamento e utilização na alimentação. Semina Ciências Agrárias, v.15, n.1, p.80-94, 1994.

NOMBELA, C.; GIL, C.; CHAFFIN , W. L. Non conventional protein secretion in yeast. Trends in Microbiology, Cambridge, v. 14, n. 1, p. 15-21, 2006.

OLIVEIRA, M. N. et al. Aspectos tecnológicos de alimentos funcionais contendo probióticos. Revista Brasileira Ciências Farmacêuticas, São Paulo, v.38, n.1, p.1-21, 2002.

OLIVEIRA, M. N. Tecnologia de produtos lácteos funcionais. São Paulo: Atheneu, 2009.

OLIVEIRA D. F; BRAVO C. E. C; TONIAL, I. B. Soro de leite: Um subproduto valioso. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 67, n. 385, p. 64-71, Mar./Abr. 2012.

PACHECO, M. T. B. et al., Propriedades funcionais de hidrolisados obtidos a partir de concentrados protéicos de soro de leite. Ciência e Tecnologia de

Alimentos, Campinas, V. 25, n. 2, p. 333-338, abr./jun. 2005.

PAL, S; ELLIS, V; HO, S. Acute effects of whey protein isolate on cardio vascular risk factors in overweight, post-menopausal women. Atherosclerosis, Australia, v. 212, n. 1, p. 339-344, set. 2010.

PEDERSEN, B. K.; HOFFMAN-GOETZ, L. Exercise and the immune system: regulation, integration and adaptation. Physiology Journal, v.80, n.3, p.1055-1081, 2000.

PELEGRINI, D. H. G.; CARRASQUEIRA, R. L. Aproveitamento do soro do leite no enriquecimento nutricional de bebidas. Brazylian Journal Food

Technology, v.62, n.6, p.1004-11, 2008.

PIMENTEL, C.V. de M. B; FRANCKI, V. M; GOLLUCKE, A. P. B. Alimentos

funcionais: introdução às principais substâncias bioativas em alimentos. São

Paulo: Livraria Varela; 2005.

PIRES, C. V. et al. Qualidade nutricional e escore químico de aminoácidos de diferentes fontes proteicas. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 26, n. 1, p. 179-187, jan./mar. 2006.

(36)

PETRAVIC-TOMINAC, V. et al. Biological Effects of Yeast β-Glucanas.

Agriculturae Conspectus Scientificus, v. 75, n. 4, p. 149-158, 2010.

PHILLIPS, S. M. The science of muscle hypertrophy: making dietary protein count Proceedings of the Nutrition Society, v. 70, p. 100-103, 2011.

QI, C. et al. Differential pathways regulating innate and adaptive antitumor immune responses by particulate and soluble yeast-derived β-glucans. Blood, v. 117, n. 25, p. 6825-6836, 2011.

RADAVELLE-BAGATINI, S. et al. Association of Dairy Intake with Body Composition and Physical Function in Older Community-Dwelling Women.

Journal of The Academy of Nutrition and Dietetics, Australia, v. 113, n. 12,

p. 1669-1674, dez. 2013.

RAIZEL, R. et al. Efeitos do consumo de probióticos, prebióticos e simbióticos para o organismo humano. Revista Ciência & Saúde, Porto Alegre, v. 4, n. 2, p. 66-74, jul./dez. 2011.

RENHE, I. R. T. O papel do leite na nutrição. Revista do Instituto de

Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, v. 63, n. 363, p. 36-43, Jul./Ago.

2008.

REVILLION, J.P.; BRANDELLI, A., AYUB, M.A.Z. Produção de extratos de leveduras de uso alimentar a partir do soro de queijo: abordagem de elementos técnicos e mercadológicos relevantes. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.20, n.2, p. 246-247, 2000.

SADRZADEH-YEGANEH, H. et al. The effects of probiotic and conventional yoghurt on lipid profile in women. British Journal of Nutrition, Cambridge, v. 103, n. 12, p. 83-103, jan. 2010.

SCHREZENMEIR, J; VRESE, M. Probiotics, prebiotics and synbiotics – approaching a definition. Americ Journal Clinical Nutrition. n. 73. p. 361-364, 2001.

SGARBIERI, V. C. Propriedades fisiológicas-funcionais das proteínas do soro de leite. Revista de Nutrição, Campinas, v. 17, n. 4, p. 397-409, out./dez. 2004.

SGARBIERI, V. C. Revisão: Propriedades estruturais e físico-químicas das proteínas do leite. Brazilian Journal of Food Technology, Campinas, v. 8, n. 1, p. 43-56, jan./mar. 2005.

SHAH, N. P. Functional cultures and health benefits. International Dairy

journal, Barking, v. 17, p. 1262-1277, 2007.

SILVA, R. P. et al. “Imunoglobulina A Salivar (Iga-S) e Exercício: Relevância do Controle em Atletas e Implicações Metodológicas”. Revista Brasileira de

(37)

SILVA, A. F. et al. Anticlastogenic effect of b-glucan, extracted from Saccharomyces cerevisiae, on cultured cells exposed to ultraviolet radioation.

Cytotechnology, v. 65, n. 1, p. 41-48, nov. 2013.

SBME, Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Revista

brasileira Medicina Esporte, vol, 15, n. 2, mar/abr, 2009.

SMITH, L. L. Overtraining, excessive exercise and altered immunity. Sports Medicine, v. 33, p. 347-364, 2003.

SONCK, E. et al. The effects of beta-glucans on porcine leukocytes. Veterinary

Immunology and Immunopathology, Amsterdam, v. 135, n. 4, p. 199-207,

jun. 2010.

SOUSA, G. T. et al. Dietary whey protein lessens several risk factors for

metabolic diseases: a review. Lipids in Health and Disease, v. 11, p. 67, jul.

2012.

STANTON, C. et al. Challenges facing development of probiotic-containing functional foods. ed. Handbook of fermented functional foods. Boca Raton: CRC Press, p.27-58, 2003.

SUGAWARA, T. et al. Refinement of the structures of cell-wall glucans of Schizosaccharomyces pombe by chemical modification and NMR spectroscopy. Carbohydrate Research, v. 339, p. 2255–2265, 2004.

TANG, J. E. et al. Ingestion of whey hydrolysate, casein, or soy protein isolate: Effects on mixed muscle protein synthesis at rest and following resistance exercise in young men. Journal of Applied Physiology, v. 107, p. 987-992, 2009.

TERADA, L. C. et al. Efeitos metabólicos da suplementação do whey protein em praticantes de exercícios com pesos. Revista Brasileira de Nutrição

Esportiva, v. 3, n. 16, p. 295-304, Jul./Ago. 2009.

TOBA, Y. et al. Milk basic protein promotes bone formation and suppresses bone resorption in health adult men. Biosci Biotechnol Biochem, v. 65, n. 4, p. 1353-1357, 2001.

TSUKADA, C. et al. Immunopotentiation of intraepithelial lymphocytes in the intestine by oral administrations of β-glucan. Cellular Immunology, v. 221, n. 1, p. 1-5, jan. 2003.

VANDAMME, T. F. et al. The use of polysaccharides to target drugs to the colon. Carbohydrate Polymers, Barking, v. 48, n. 3, p. 219-231, 2002.

(38)

bifidobacteria. Antonie Van Leeuwenhoek, v. 86, p. 205-223, 2004.

VETVICKA, V; VETVICKOVA, J. A comparison of injected and orally administered beta glucans. Journal of the American Nutraceutical

Association, v. 11, p. 42-48, 2008

YÜKSEL, Z; ERDEM, Y. K. Detection of the milk proteins by RP-HPLC. Research Araştırma, 2009.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Evaluation of health and

nutritional properties of probiotics in food including powder milk with live

lactic acid bacteria. Córdoba; 2001.Disponível em:

Htp://ftp.fao.org/es/esn/food/probio_report_en.pdf. Acesso em: 28 jan, 2016. ZHANG, L.; LI, X.; XU, X.; ZENG, F. Correlation between antitumor activity, molecular weight, and confromation of lentin. Carbohydrate Research, Amsterdam, v. 340, n. 8, p. 1515-1521, 2005.

ZIEGLER, F. L. F; SGARBIERI, V. C. Caracterização químico-nutricional de um isolado proteico de soro de leite, um hidrolisado de colágeno bovino e misturas dos dois produtos. Revista de Nutrição, Campinas, v.22, n.1, p.61-70, jan./fev., 2009.

ZHOU, J. S; GILL, H. S. Immuno stimulatory probiótic Lactobacillus rhamnosus HN 001 and Bifidobacterium lactis HN019 do not induce pathological inflammation in mouse model of experimental autoimmune thyroiditis.

(39)

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Desenvolver um suplemento alimentar com propriedades funcionais à base de isolado proteico do soro de leite, B. Lactis HN019 e β-glucana.

3.1.1 Objetivos específicos

Desenvolver a tecnologia de produção e determinar a composição centesimal do suplemento;

Determinar a estabilidade do suplemento no armazenamento: aspectos químicos e microbiológicos;

Realizar estudos clínicos visando verificar os efeitos do suplemento sobre os parâmetros antropométricos e níveis da imunoglobulina (IgA) salivar dos voluntários da pesquisa.

(40)

4. ARTIGO

DESENVOLVIMENTO DE UM SUPLEMENTO ALIMENTAR COM PROPRIEDADES FUNCIONAIS À BASE DE ISOLADO PROTEICO DO SORO DE LEITE, PROBIÓTICO E β-GLUCANA.

Orlando Barbieri Belloli¹, Raul Jorge Hernan Castro-Gómez¹,*

¹ Universidade Norte do Paraná – UNOPAR – Mestrado em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados, Rua Marselha, 591, Jardim Piza, 86041-140, Londrina, PR, Brasil.

² Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS-BG, Av. Osvaldo Aranha, 540, Juventude da Enologia, 95700-000, Bento Gonçalves, RS, Brasil.

* Autor para correspondência: Raul Jorge Hernan Castro-Gómez E-mail: rcastrog@yahoo.com.br

Rua Marselha, 591, Jardim Piza, 86041-140, Londrina, PR, Brasil. Tel.: +55 43 3371-7993

Referências

Outline

Documentos relacionados

As key results, we found that: the triceps brachii muscle acts in the elbow extension and in moving the humerus head forward; the biceps brachii, pectoralis major and deltoid

Este EPEI não é muito flexível pois os clientes de cada referência produzida durante o mês terão de esperar até ao início do mês seguinte para receber a sua encomenda do

(2008), o cuidado está intimamente ligado ao conforto e este não está apenas ligado ao ambiente externo, mas também ao interior das pessoas envolvidas, seus

Desta forma, existem benefícios para os clientes que possuem melhores controles internos, como, agilidade na elaboração dos demonstrativos contábeis e até mesmo

Segundo [HEXSEL (2002)], há indicações de que o número de técnicos qualificados é pequeno frente à demanda e, portanto, estes técnicos tornam-se mão-de-obra relativamente

radia¸c˜ ao do campo espalhado para uma perturba¸c˜ ao de 10% na velocidade compressional para modelos: homogˆ eneos (em verde) e final (frequˆ encia de corte de 30 Hz) (em azul) -

In the present study, IPost protected the heart against IR injury in the C-IPost group through the recovery of LVEDP, LVDP and ± dp/dt, whereas no significant effects on the hearts

Gráfico 1 Porcentagem de enraizamento e de brotação A, número médio de raízes e brotos B de estacas caulinares e radiculares de amoreira vermelha Rubusrosifolius tratadas com