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Teletrabalho e Acesso das Pessoas Portadoras de Necessidades

Especiais ao Meio Ambiente do Trabalho

Mara Vidigal Darcanchy*

Sumário: 1. Introdução. - 2. Globalização e teletrabalho. - 3. Teletrabalho e portadores de necessidades especiais. - 4. Direito: mudanças necessárias. - 5. Considerações finais. - 6. Referências Bibliográficas.

Resumo

Este trabalho é o resultado de pesquisa bibliográfica e legislativa e seu objetivo é demonstrar as novas possibilidades que emergem para os portadores de necessidades especiais, no contexto do mundo da informática, com sua inserção no teletrabalho, uma modalidade de emprego que tende a ampliar-se no mundo moderno. Ao mesmo tempo, apresenta-se uma reflexão sobre as novas necessidades que se impõem ao Direito, para que este se mantenha atualizado de acordo com as mudanças na sociedade e que cumpra sua função.

Palavras-chave: Direito / Portadores de necessidades especiais / Teletrabalho

Abstract

This work is the result of bibliographical and legal research and its objective is to demonstrate the new possibilities that emerge for the desabilities, in the context of the world of computer science, with its insertion in teletrabalho, a job modality that tends to extend itself in the modern world. At the same time, a reflection is presented on the new necessities that if impose to the Right, so that this if keeps in accordance with brought up to date the changes in the society and that it fulfills its function;

Key-words: Law/ /Desabilities/ Telework

1. Introdução

O homem é o único ser capaz de adaptar-se aos meios mais inóspitos do planeta. Além disso, sua criatividade gera novas necessidades, assim evolui a tecnologia. Nunca está satisfeito, por isso modifica o mundo que está à sua volta constantemente. Nessa busca, o

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homem estabeleceu as relações de trabalho e, consequentemente, de emprego, desemprego e de competitividade.

O mercado da sociedade globalizada exige profissionais capacitados, hábeis, criativos e flexíveis o que, por outro lado, gera um batalhão de excluídos. Considerando que o mundo capitalista exige um exército de reserva de mão-de-obra, aqueles que não possuem os requisitos solicitados são marginalizados. Nesse aspecto, os portadores de necessidades especiais têm mais dificuldade de entrar e permanecer no mercado do que outros trabalhadores, não pela questão da competência, mas pelo preconceito e falta de oportunidades.

Visto que os objetivos do Direito são compor conflitos e ordenar as relações sociais para que a sociedade mantenha-se harmônica, é exigência inerente ao próprio processo de trabalho e modernização que normatize as novas relações que se estabelecem nas mais variadas formas de trabalho, entre elas no teletrabalho, modalidade decorrente da sociedade informática, e que estabeleça normas que minimizem a problemática da exclusão social dos portadores de necessidades especiais, garantindo-lhes no mínimo o que está previsto no artigo 5o da Constituição Federal. É sobre estas questões que versa este artigo.

2. Globalização e teletrabalho

A humanidade chegou ao século XXI diante de um mundo globalizado e informatizado. Com informações cada vez mais aceleradas e em maior número. As relações sociais se transformam rapidamente em todos os campos, da família ao trabalho. Neste contexto a internet se apresenta como a via mais rápida de comunicação.

Complexos sistemas são desenvolvidos para agilizar as relações interpessoais e as relações de trabalho. As informações são apresentadas em tempo real. Os acontecimentos são vistos no momento em que ocorrem. Diante deste quadro, são necessários trabalhadores que também acompanhem rapidamente as mudanças, porque o mundo do trabalho estabelece novas relações e exige novas especialidades a todo o momento.

A tecnologia de informação possibilita que as relações de trabalho transcendam locais fechados, permitindo que os trabalhadores realizem suas tarefas de qualquer lugar. Essas mudanças ocorrem em todos os setores da sociedade, inclusive na medicina, visto que é possível a um médico monitorar um paciente até em outro continente. Assim, as barreiras geográficas são rapidamente quebradas no mundo da informática.

Porém, essas mudanças tão úteis para a humanidade provocaram também efeitos nefastos que precisam ser administrados. A tecnologia e a automação aumentaram o contingente de desempregados, gerando uma grande massa de excluídos. Na era da informática muitos homens são substituídos por computadores e diversas formas de flexibilização trabalhista estão sendo tentadas para que se reduza o desemprego em todos os setores e países. Segundo Régnier:

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"O trabalho temporário e o trabalho a meio expediente têm sido apresentados como forma de remediar a situação de desemprego por diversos governos, e as empresas nas suas práticas de terceirização passam a adotá-los como forma de flexibilização de mão-de-obra."[1]

A crise do emprego está instalada. O homem tem que buscar trabalho e não emprego. Para tanto precisa atualizar-se constantemente, criando condições para a sua empregabilidade. A tecnologia não decretou o fim do trabalho, mas alterou as relações de trabalho, assim o homem tem de adaptar-se à essa realidade e essa capacidade é inerente à sua condição humana.

Nesse quadro, o teletrabalho se apresenta como uma realidade e possibilidade de meio de subsistência para qualquer trabalhador, sem barreiras geográficas e arquitetônicas.

3. Teletrabalho e portadores de necessidades especiais

As empresas modernas que querem sobreviver no mercado globalizado e competitivo têm, necessariamente, de utilizar-se das tecnologias mais avançadas, inclusive no campo das comunicações. Novas relações de trabalho se impõem e o teletrabalho emerge como resultado dessas necessidades e também como uma das possíveis soluções para o número a cada dia mais reduzido de postos de trabalho formal.

O teletrabalho traz a possibilidade de trabalho à distância. Já não são necessários grandes escritórios. Esse tipo de trabalho rompe as distâncias geográficas, eliminando problemas de locomoção o que permite melhor administração do tempo e rapidez no trabalho. Assim, efeitos nefastos do capitalismo exacerbado e, consequentemente, do desemprego podem ser atenuados.

Segundo Breton, são elementos que caracterizam o teletrabalho:

"1. (...) é uma atividade realizada à distância, isto é, fora do perímetro onde seus resultados são esperados;

2. quem dá as ordens não pode controlar fisicamente a execução da tarefa. O controle é feito com base nos resultados, não sendo, portanto, direto;

3. esta tarefa é feita através do uso de computadores ou outros equipamentos de informática e telecomunicações." [2]

Dadas essas características, o teletrabalho apresenta-se como uma possibilidade de inserção de portadores de necessidades especiais no mercado de trabalho, até mesmo com vantagem competitiva, uma vez que suas dificuldades fazem com que seja maior a sua dedicação às oportunidades que lhe são oferecidas.

Nas relações tradicionais de trabalho, a discriminação das PPNE é grande e, na maioria das vezes, os locais de trabalho não estão fisicamente adaptados às necessidades dessas pessoas. Além disso, faltam condições de acessibilidade e de equipamentos ergonomicamente adaptados[3]. Sendo o teletrabalho realizado à distância, permite a esses indivíduos trabalharem em sua própria casa ou escritório.

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Graças à tecnologia, muitos aparelhos e ferramentas já foram desenvolvidos para facilitar o acesso dos deficientes físicos no mercado de trabalho virtual, permitindo-lhes participar da vida em sociedade como cidadãos de direitos e deveres.

Reza a Constituição Federal, em seu artigo 5°: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)".

Sendo assim, a sociedade tem que dar oportunidades, indistintamente, a todos os cidadãos, independente de sua condição física. Se ele está capacitado intelectualmente para a execução de trabalhos, o teletrabalho é uma possibilidade que se amplia para inserir esses cidadãos, permitindo-lhes ser parte e participar da sociedade.

Segundo Teresa Amaral,

"(...) a competência específica do deficiente deve ser a principal estratégia para seu emprego e pode se tornar ponto de referência para o empresariado. Nesse sentido podemos crer que a influência do trabalhador deficiente tem três principais características. Uma inerente ao fato de desenvolver maior habilidade em determinada função, resultado de um envolvimento compensatório alternativo à sua deficiência, como o aprimoramento do tato no deficiente visual. Outra relacionada às características oriundas da própria deficiência como a concentração do surdo em ambiente de poluição sonora de vários tipos. E, por fim, a relativa ao maior significado, para ele, da obtenção e permanência no emprego. São essas características que podem ajudar a tornar atraente sua contratação. A introdução do deficiente físico no mercado de trabalho formal traz para a economia a incorporação de sua renda e torna possível ao governo, além de aumentar o contingente de contribuintes desonerar-se dos encargos previdenciários e assistenciais com ele relacionados." [4]

Não se trata, pois, de defender o teletrabalho para os deficientes físicos como uma medida assistencialista, mas como uma possibilidade de sua inserção ou manutenção no mercado de trabalho. Além do respeito aos direitos garantidos pela Constituição Federal e da dignidade desses cidadãos, sua inserção no mercado beneficia a sociedade que deixa de ter o ônus do mero assistencialismo e passa a contar com sujeitos participativos.

Mas, uma vez que o teletrabalho é uma modalidade nova de trabalho, é preciso analisar a questão sob a ótica do Direito, visto que falta legislação clara que regule este tipo de trabalho, no que se refere às questões trabalhistas.

4. Direito e teletrabalho: mudanças necessárias

O Direito normatiza todas as esferas da vida humana, garantindo, assim, a vida organizada em sociedade. Sua eficácia só se dá quando atende aos anseios da sociedade e antecipa os fatos.

Uma vez que as relações no teletrabalho são recentes, a legislação ainda tem que caminhar buscando o equilíbrio. No caso específico das PPNE faz-se mister analisar, a princípio, alguns exemplos de direitos, que se estabeleceram na evolução histórico-social, em

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decorrência da conscientização da sociedade a respeito de suas dificuldades de acesso aos locais de trabalho.

Em 9/12/1975, a Organização das Nações Unidas estabeleceu que a pessoa com deficiência tem direito ao respeito e ao gozo de uma vida digna.

A Lei n. 678 de 21/10/1983, dispõe sobre acessos especiais para deficientes físicos, nas estações metroviárias do Rio de Janeiro.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu em 1983 a reabilitação profissional em emprego de pessoas portadoras de deficiência, determinando a formulação, aplicação e revisão periódica da política sobre a readaptação profissional e o emprego de pessoas portadoras de deficiência. O Brasil aderiu a ela através do Decreto 129/91, incorporando-a a seu ordenamento jurídico.

A Lei n. 1.224 de 11/11/1987, assegura ao deficiente físico o direito a inscrição e participação em concursos públicos.

A Constituição Federal de 1988 reza no artigo 7º, XXXI: "Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão ao trabalhador portador de deficiência".

A Lei n. 1.918 de 18/12/1991 garante aos paraplégicos, a instalação de telefones (orelhões), em todos os logradouros públicos do Estado do Rio de Janeiro, em altura que possibilite o uso pelos mesmos.

A Lei n. 7.853 de 24/10/1989[5], estabelece que toda a empresa com 100 (cem), ou mais empregados está obrigada a destinar de 2% a 5% de suas vagas para beneficiários da Previdência Social reabilitados ou para pessoas portadoras de deficiência. Caberá ao Ministério do Trabalho a fiscalização. A lei aborda ainda, direitos do portador de deficiência nas áreas de Saúde, Educação, Trabalho, Habilitação e Reabilitação, além de questões sobre acessibilidade.

De acordo com a Lei n. 8.213, de 1991, "A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: I - até 200 empregados -2% ; II - de 201 a 500-3%; III - de 501 a 1000-4%; IV - de 1001 em diante-5%" [6]

A Lei n. 8.742 de 7/12/1993, estabelece que todos os portadores de deficiência e idosos com mais de 70 anos, que não tenham uma renda mínima familiar para atender suas necessidades básicas, têm o direito de receber um salário mínimo.

A Lei n. 0098, de 19/12/2000, estabelece "(...) normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no

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mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.[7]

O Decreto n. 93.481 de 29/10/1986 dispõe sobre a atuação da Administração Federal no que concerne às pessoas portadoras de deficiências, instituindo a Coordenadoria para Integração da pessoa Portadora de Deficiência - CORDE.

A Lei n. 11.096 de 13/01/2005[8], instituiu o Programa Universidade para Todos - PROUNI, regula a atuação de entidades beneficentes de assistência social no ensino superior.

As leis e decretos citados mostram a evolução da consciência sobre a condição de deficiente físico e, a procura para protegê-los do preconceito e da discriminação, garantindo-lhes o direito à participação.

A legislação para atender necessidades dos deficientes físicos existe porque a sociedade ainda não amadureceu suficientemente para transpor barreiras preconceituosas e discriminatórias, mas não pode ser apenas uma legislação ideal, precisa de eficácia social.

Quanto ao teletrabalho, o Direito positivo brasileiro ainda não possui estatuto legal a respeito.

Franco Filho (1998), conceitua teletrabalho como aquele no qual o trabalhador não mantém contato pessoal com os colegas, mas tem condições de comunicar-se com os mesmos, utilizando as telecomunicações e a teleinformática. Essa concepção é ampla e permite englobar várias modalidades desse tipo de trabalho, adaptados à realidade da sociedade globalizada e informatizada.

Tratando do trabalho em domicílio, a CLT, em seu artigo 6o iguala o trabalho executado na sede da empresa com aquele realizado na residência do empregado. Desta forma, poder-se-ia dizer que o teletrabalho é uma espécie de trabalho a domicílio, entretanto, além disso, o teletrabalho também pode ser realizado dentro da empresa. O que o difere especificamente não é o local onde se realiza mas sim a forma de execução, ou seja, somente será teletrabalho aquele que utilizar-se de recursos tecnológicos ou que for realizado através do computador, independentemente do local onde este computador esteja. O que aumenta muito o campo de aplicação do teletrabalho e facilita sobremaneira a sua utilização por aqueles que têm limitações físicas que os impedem de chegar ao local de trabalho.

Posto isto, verifica-se que o teletrabalho é uma forma ideal para as pessoas portadoras de necessidades especiais obterem vaga no mercado de trabalho sem que precisem transpor diariamente tantas barreiras arquitetônicas e geográficas para conseguirem chegar ao local do trabalho, pois o teletrabalho não depende de local.

Pode-se afirmar ainda que o teletrabalho é uma possibilidade de ampliação do meio ambiente do trabalho.

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Embora a forma de trabalho não exija o contato direto entre empregador e empregado, afirma Carrion (1999, p.36), sendo que:

"O Direito do Trabalho incide sobre trabalhadores cujo vínculo de subordinação é tênue: trabalhador em sua residência, remetendo o resultado para a empresa através de meios informatizados."

Na relação estabelecida com o teletrabalho, observa Pereira (1991, p.586):

"Para saber se existe "dependência pessoal" no sentido do conceito tradicional de assalariado será necessário atender sobretudo à conexão direta com o computador central (empresa on-line). Se existir essa relação será preciso na prática partir sempre das condições do assalariado (...) nesse aspecto a situação não é distinta da existente entre trabalhadores a domicilio tradicionais (...) De outra parte, a ligação on-line entre o computador central e o computador terminal possibilitam ao trabalhador realizar suas tarefas como se estivesse no interior da empresa."[9]

Se a conexão on-line for contínua, interativa e permanente, então se estabelece o vínculo de emprego, uma vez que a empresa supervisiona este trabalho pela própria conexão, o que mantém o trabalhador virtualmente presente.

Quando a relação não é clara, aplica-se o Princípio Tutelar, que exige a comprovação de trabalho vinculado à empresa, em tempo comprovável, através do cumprimento dos requisitos básicos do conceito de empregado.[10]

Sendo assim, é preciso que o Direito do Trabalho contemple todas as suas modalidades e garanta o princípios constitucionais do trabalhador com necessidades especiais inserido nesse tipo de trabalho, a fim de que não se torne apenas mão-de-obra barata.

5. Considerações finais

No mundo globalizado que se consolidou a partir da década de 90, as novas necessidades e a tecnologia geraram novas relações de trabalho. Se, por um lado este movimento gerou uma grande massa de desempregados, por outro trouxe novas alternativas.

Entre os novos tipos de trabalho o teletrabalho se apresenta como uma alternativa e abre campo para um número a cada dia maior de trabalhadores, que muitas vezes são excluídos pelo preconceito, discriminação, falta de transporte e de meio ambiente do trabalho adequados e adaptados às suas necessidades especiais. O trabalho via tecnologia informática propicia novas oportunidades para essas pessoas.

No entanto, não se pode esquecer que vivemos na sociedade neoliberal, cujo fim em si é o lucro e esse tipo de trabalho não pode acirrar uma condição de exploração. Por isso, cabe ao Direito estar atento para legislar em benefício de todos e em especial do hipossuficiente, como é sua função.

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E, por último, vale lembrar que apesar de todas as vantagens do teletrabalho, deve-se considerar que condições de inter-relação pessoais têm de ser criadas para que não sejam transgredidos os direitos humanos, constitucionais e do trabalhador.

Notas:

[1] Karla von Döllinger REGNIER. Educação, trabalho e emprego numa perspectiva global. Boletim Técnico do SENAC. Rio de Janeiro: SENAC, v. 23, n.1, 1999, p. 8.

[2] Thierry BRETON,. Le Téletravail en France, Rapport au Ministre de Líntérieur et de Lámenagement du Territoire et au Ministre des Entreprises. La documentation Française, 1994. p. 17.

[3] Vide Norma Regulamentadora n. 17 - Ergonomia.

[4] Teresa Costa AMARAL. Deficientes e o direito do trabalho. Jornal O Globo, Rio de Janeiro: Globo, 03/09/1999.

[5] Regulamentada pelo Decreto n. 3.298 de 20/12/1999. [6] Lei n. 8.213/91, art. 93.

[7] Em Curitiba, minha terra natal, as portas dos ônibus metropolitanos se convertem em rampas, poupando os portadores de deficiência do sacrifício de subir e descer escadas (plataformas e cabines que também são muito apropriadas ao "eterno" clima frio daquela cidade). Como um primeiro passo para combater a desigualdade e gerar oportunidades, os governos devem adotar projetos que levem em conta o acesso universal, seguindo alguns dos poucos exemplos existentes, como o sistema de transportes de Curitiba (Aproveito o momento para reverenciar Jaime Lerner pelo seu excelente trabalho na nossa cidade). [8] Regulamentada pelo Decreto n. 5.493 de 18/07/2005.

[9] Adilson Bassalho PEREIRA. A subordinação como objeto do contrato de emprego. p. 586.

[10] CLT, Art. 3º - "Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário".

Referências bibliográficas

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_______. Lei n. 1.918/91. Instalação de telefones (orelhões), em todos os logradouros públicos do Estado do Rio de Janeiro, em altura que possibilite o uso pelos deficientes físicos. Brasília,1991.

_______. Lei n. 1.224/87. Direito do deficiente físico à inscrição e participação em concursos públicos, 1987.

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* Mara Vidigal Darcanchy

Doutora e Mestre em Direito das Relações Sociais - Direito do Trabalho - PUC/SP; Ex-bolsista CNPq e CAPES; Especialista em Didática do Ensino Superior e em Direito do Trabalho - USP/SP; Pesquisadora Científica; Professora Universitária em nível de Graduação e Pós-Graduação e Consultora Jurídica

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