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PROPOSTA DE UMA NOVA LINGUAGEM DE PROJETO PARA O REVESTIMENTO CERÂMICO PARA APLICAÇÂO EM FACHADAS

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Academic year: 2021

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PROPOSTA DE UMA NOVA LINGUAGEM DE PROJETO PARA O REVESTIMENTO CERÂMICO PARA APLICAÇÂO EM FACHADAS

BERTOLDI, Cristiane Aun.

Rua Manuel Mendes Fernandes, 12. Vila Nova Conceição. São Paulo - SP CEP 04507-030 e-mail: craun@uol.com.br

RESUMO

O objetivo deste trabalho é apresentar uma nova linguagem de projeto para o revestimento cerâmico de fachada visando a produção industrial. Nele são expostas as várias etapas que envolvem o processo de sua criação, desde a experimentação com o próprio material, passando pela articulação dos elementos compositivos numa superfície contínua, até a execução dos protótipos, onde são avaliadas as premissas para a proposição da nova linguagem de projeto. O objeto específico projetado trata-se de placas de grês porcelanato para aplicação em fachadas ventiladas pelo sistema de acoplamento invisível. Além de garantir as qualidades técnicas e funcionais, buscou-se ressaltar as qualidades estéticas que se pode explorar numa fachada através da cor e da variação no jogo de luzes e sombras durante o dia e a noite, ao longo do ano, evidenciado nos relevos e nas texturas criadas a partir da experimentação com o material cerâmico.

Palavras-chave: design, linguagem de projeto, revestimentos cerâmicos, grês

porcelanato INTRIDUÇÃO

O uso da cerâmica em fachadas remonta a tempos longínquos, e o fascínio por este material perdura até hoje.

Os revestimentos cerâmicos competem com a pintura, a pedra natural, o vidro, as placas metálicas. Cada material apresenta qualidades técnicas e estéticas que são exploradas quando especificadas em construções.

As cortinas metálicas e as de vidro são profusamente usadas no setor comercial associadas à imagem de progresso, de modernidade. As metálicas, com suas folhas brilhantes ou foscas, aliam o seu desempenho a uma imagem futurista e as de vidro, à leveza e transparência.

A pedra mantém a solidez e a sobriedade nas edificações, inspirando confiabilidade, preservando os valores tradicionais.

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A cerâmica, por ser o primeiro material artificial criado pelo homem, apresenta no seu longo percurso a tendência da exploração pura das suas especificidades plásticas, valorizando as cores e texturas obtidas pelo calor do fogo, ou apresenta a tendência da imitação de outros materiais, querendo assumir, através do mimetismo, os seus valores estéticos e simbólicos. Infelizmente, nas últimas duas décadas é esta a tendência que perdura e não parece apontar sinais de esgotamento. Nas últimas feiras internacionais do setor de revestimentos, a cópia da pedra, dos metais, do couro, dos tecidos e da madeira gerou estranhos ambientes, como se a mimese visual substituísse e compensasse todos os outros sentidos percebidos com o corpo.

O Brasil segue a tendência mundial de criação de produtos baseados na imitação da pedra. Ela apresenta variações entre as placas mesmo sendo retirada de um s lote. Selecionar a característica de uma pedra, reproduzir e aplicar numa superfície, só evidencia a fraude da cópia, é um equívoco.

É necessário pesquisar para identificar as qualidades estéticas inerentes ao material cerâmico, a plasticidade que gera formas e texturas únicas, as nuances de cor e transparência do vidrado, a profusão de composições das decorações, enfim, revelar a unicidade deste material cujo valor expressivo é insubstituível e deve ser utilizado e explorado em sua totalidade.

Através das novas formulações de massa desenvolvidas e dos novos sistemas de assentamento, a cerâmica deve situar-se como um dos mais característicos materiais de revestimentos das futuras construções, mas para que seu lugar de destaque possa ser mantido, enquanto linguagem própria de uma época, como o foi em muitos períodos da história, é preciso reaver os seus valores autênticos, traduzidos nas formas, nas cores, nas texturas, e nas múltiplas maneiras de articular as peças que compõem uma superfície.

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento deste trabalho foi necessária a realização de uma pesquisa bibliográfica e de uma de campo onde foram feitos levantamentos sobre a história dos revestimentos cerâmicos, a classificação segundo diferentes setores, os requisitos específicos para produtos destinados ao uso em fachadas, subsídios técnicos para a produção de placas de

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revestimentos, assim como sobre maneiras de exploração das características dos materiais cerâmicos e tipologias de projeto.

Através da freqüência no Curso de Revestimentos da Escola SENAI identificou-se o grês porcelanato como material promissor na criação de novos revestimentos, sendo feita a sua caracterização e a dos processos produtivos.

A realização da parte prática da pesquisa envolveu o desenvolvimento da massa de grês porcelanato, a experimentação e a criação de uma nova linguagem de projeto, até chegar ao protótipo de dois modelos de fachadas ventiladas com as placas criadas.

ESPECIFICAÇÂO DE PLACAS PARA AS FACHADAS VENTILADAS

As fachadas ventiladas são formadas por um sistema de assentamento de placas de revestimento não aderido, composto por uma estrutura metálica com montantes verticais e guias horizontais, apresentando uma câmara de ar não estanque. Este sistema apresenta alguns benefícios: favorece a dissipação das tensões ocorridas no edifício, possibilita o uso de placas de tamanhos maiores que os 400 cm2 de área e espessura de15mm, diminui o consumo de energia em ar condicionado, os problemas de condensação e a infiltração de água, melhora o isolamento acústico e apresenta maior facilidade na manutenção.

Na especificação de placas cerâmicas para o sistema de fachadas ventiladas são seguidas recomendações adotadas no exterior: tamanho modular, espessura de 8 a 12 mm, absorção de água de até 1,5%, alta resistência mecânica, resistência às intempéries, garantia de manutenção da cor, resistência ao ataque químico de ácidos e bases, facilidade na limpeza, boa integração com os demais componentes da fachada.1

EXPLORANDO AS POSSIBILIDADES EXPRESSIVAS DA CERÂMICA

Pode-se explorar as qualidades plásticas da cerâmica na criação de placas para revestimento através da cor das massas, coloridas artificialmente pela adição de óxidos ou corantes cerâmicos, ou adicionando-se cargas a elas

1 Siqueira Jr.Amaury. Tecnologia de fachada- cortina com placas de grês porcelanato. São

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dando características de textura ou porosidades específicas, de acordo com a granulometria do material.

Através da modelagem da massa plástica, é possível gerar uma série de texturas, pressionando-se diferentes materiais sobre a superfície.

A queima em diferentes temperaturas gera um material mais ou menos poroso, mais suave, ou denso. A atmosfera oxidante ou redutora altera a coloração de alguns materiais.

Podem-se experimentar as múltiplas superfícies obtidas com esmaltes: brilhante, fosco, transparente, opaco, metalizado, com cores vivas, pastéis, etc., além da combinação destas variantes, pela mistura entre elas.

Pode-se recorrer a decorações, buscando-se as mais variadas técnicas de impressão: serigrafia, decalques, carimbos, etc., explorando as diversas tipologias de projeto para compor superfícies contínuas.

Tipologias de Projeto

É possível dividir os revestimentos cerâmicos em diferentes tipologias de decoração, caracterizadas pela estrutura de composição numa superfície contínua ou por fatores específicos de um produto. GIOVANNIN2I definiu dez

tipologias de projeto. Na tipologia repetitiva, uma placa decorada é articulada em qualquer direção, formando sempre o mesmo padrão. A do Avulso é uma placa com um desenho no centro que pode ser distribuído na superfície de forma aleatória, ou segundo uma composição rítmica. A estrutural caracteriza-se pelas peças especiais, os listelos, as bordas, que delimitam campos na parede. A combinação destas duas últimas tipologias forma a estrutural e insertos. A família caracteriza-se por placas com diferentes decorações, mas que, assentadas lado a lado, formam um conjunto coeso. No painel, várias placas são usadas para compor um grande desenho ou tema. Na tipologia modular, uma placa decorada prevê uma combinação lateral, articulando-se a cada 90 º ou 180º. O coordenado é uma composição feita por uma placa decorada que pode ser articulada a 90 º ou 180º, 270 º, possibilitando a formação de múltiplos padrões. Nas tipologias polimatéricas, as placas

2 GIOVANNINI, Tile fashion and design. Ven’anni di progetti e di decorazioni nelle ceramiche

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prevêem a combinação com outros materiais. Na tipologia do recortado as placas que não seguem os formatos do quadrado, do retângulo e do hexágono

Além destas tipologias, existe uma composição típica das paredes coloniais brasileiras, os tapetes, que são formados por agrupamento de placas modulares, por exemplo, de 4x4, com dezesseis placas. Este padrão é montado no próprio local, preenchendo uma área pré-definida.

DESENVOLVIMENTO DA MASSA DE GRÊS PORCELANATO

O grês porcelanato é uma massa cerâmica triaxial, obtida a partir de argilas brancas, quartzo e feldspato e que se diferencia dos demais revestimentos por poder apresentar a coloração na própria massa. Ele pode ser esmaltado ou sem esmalte. O não esmaltado pode ainda ser polido.

A partir de formulações de grês porcelanato existentes em literatura específica foram desenvolvidas cinco massas. Elas foram submetidas a ensaios. A massa GP2 foi aprovada por apresentar as propriedades do grês porcelanato: cor de queima clara, alta temperatura de queima, resistência mecânica acima de 35 kgf/cm2, absorção de água inferior a 0,5%.

Foram desenvolvidas então, massas coloridas pela adição 8% e 4 % de corantes micronizados. Foram feitas as seguintes misturas entre os corantes para ampliar a paleta cromática: entre dois corantes claros nas proporções de 4% e de 2% e misturas entre 2% de escuros com 6% de claros e entre 1% de escuros com 3% de claros, resultando num total de cento e nove cores.

CRIAÇÃO DE UMA LINGUAGEM DE PROJETO PARA FACHADAS COM PLACAS DE GRÊS PORCELANATO

Elegeu-se a tridimensionalidade com aspecto diferencial para o revestimento cerâmico de fachada, onde a iluminação é um aspecto importante a ser considerado. A ação da luz nas saliências e depressões aviventa as superfícies. A luz intensa do sol durante o dia cria sombras contrastantes. A cor da superfície é evidenciada na sua totalidade. À noite. ao trabalhar com iluminação artificial indireta, a cor perde sua força expressiva, mas os relevos e as texturas são valorizados, apresentando grande vibração e dramaticidade.

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O processo de criação envolveu cinco etapas. Num primeiro momento, numa placa de espessura uniforme, explorou-se a plasticidade da massa através da impressão de objetos sobre ela. Foram feitas intervenções sobre a superfície de novas placas e depois a seleção de nove delas. Deu-se continuidade ao processo experimental, baseado no interesse em explorar não só os registros impressos, mas o seu negativo que evidencia o ato deflagrado, a forma invisível que preenche as cavidades, realizada em gesso. Ainda não havia a preocupação com o tamanho ou formato das placas.

Era necessário verificar como se dava a multiplicação destas placas para a aplicação numa parede. Algumas vezes, uma placa isolada apresenta grande impacto visual, mas, com a repetição, mesmo quando disposta com giro de 90º ou 180º, perde a força, adquirindo monotonia. A simulação por computador, a partir de um registro fotográfico da placa, foi o recurso empregado para esta verificação

A segunda etapa de experimentação foi realizada impondo-se alguns limites: as placas teriam os tamanhos modulares de 30 x30cm e de 30 x 45cm, seriam conformadas por colagem sólida e seriam de grês porcelanato colorido não esmaltado, para que o aspecto fosco da superfície evidenciasse os relevos criados, evitando reflexos causados pelo brilho do esmalte.

Os procedimentos adotados foram: abertura da placa de massa no estado plástico, intervenção sobre a sua superfície, recorte no tamanho para a sua reprodução por colagem: 35 x 35cm e 35 x 52cm, e obtenção do negativo da placa em gesso. Foram criadas três placas retangulares e oito quadradas em argila com seus respectivos negativos em gesso.

A terceira etapa do trabalho caracterizou-se pela seleção de um dos modelos de cada formato para a exploração do tema e a criação de uma família de placas. As placas selecionadas foram a Direção quadrada e a Entrecruzado retangular. Elas foram escolhidas porque apresentavam a constância no aparecimento de relevos lineares, podendo vir a ser articuladas entre si; os relevos finos e alongados favorecem a um intenso jogo de luzes e sombras; o aspecto dinâmico das texturas cria, um senso de horizontalidade ou de verticalidade, dependendo da posição em que se encontra.

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Figura 1 - Placas selecionadas em argila com relevo cavado e em gesso, com relevo negativo. Modelos Direção e Entrecruzado. C.AUN, 2005.

A partir da placa Direção foram criados quatro novos modelos com seus respectivos negativos. Os modelos criados foram: Direção Denso, Direção Canto, Direção Malha e Direção Aberto, formando uma família de dez modelos.

Na Direção Denso houve a sobreposição dos relevos cobrindo totalmente a superfície, enrugando-se sucessivamente, numa mesma direção e em sentidos opostos. Na Direção Canto, os relevos criados apresentam um giro de 90º no sentido dos feixes. Na Direção Malha, a horizontalidade e a verticalidade são evidenciadas pelo desenho criado, propiciando a mudança de direção de outras placas na composição. A Direção Aberto favorece o concatenamento harmônico entre diferentes placas da família, pois possui parte da superfície de apoio intacta no centro e as suas bordas estão repletas de relevos sobrepostos.

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A partir da placa Entrecruzado foram criadas a Entrecruzado Centro e Entrecruzado Tela com seus respectivos negativos, formando uma família de seis modelos. Na placa Entrecruzado Centro ocorre uma aglomeração de formas lineares bem escuras no centro devido à sobreposição de massa durante a sua conformação. Na região central da placa Entrecruzado Tela foi prensada uma tela de nylon, criando uma mancha pela textura ali depositada.

Na quarta etapa, partiu-se para a seleção de uma paleta reduzida de cores para gerar combinações na composição de superfícies contínuas. Através do mostruário de cento e nove cores desenvolvidas elegeram-se dezoito, para garantir múltiplas combinações cromáticas, ora mais harmônicas, ora mais contrastantes. Para a padronização das cores, recorreu-se à escala Pantone de cores sólidas opacas, facilitando para o arquiteto a especificação da cor num projeto.

Figura 2 - Dezoito cores selecionadas. Na linha de cima estão os tons frios e na de baixo, os tons terra. C.AUN. 2005.

Na quinta etapa, ocorreu a articulação das peças e de cores para compor superfícies contínuas. Toda vez que se opta por uma composição de peças com uma só cor, as texturas e relevos são evidenciados, valorizados na sua totalidade. Aqui, os intrincados jogos de luz e sombra brincam na superfície rugosa, expondo a vibração criada no plano.

Quando mais de uma cor é utilizada, a percepção da cor é imediata e intensa. Quando se trata de uma fachada, a ação da luz diurna reforça esta característica, principalmente quando se está a grandes distâncias dela. Durante a noite, a capacidade de percepção das cores é suprimida, mesmo quando se utiliza iluminação artificial, mas este recurso realça as texturas e os

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relevos criados nas superfícies, através do foco incidente sobre o plano sensibilizado e as sombras projetadas.

Procurou-se verificar as possibilidades de articulação entre: peças de diferentes texturas e relevos, dezoito cores e formatos quadrado e retangular. Este estudo foi organizado em seis grupos de experimentações: peças de uma mesma família com uma só cor, peças de uma mesma família com cores diferentes, peças de um modelo da família com uma só cor, peças de um modelo de uma família com cores diferentes, peças de famílias diferentes com uma só cor e peças de famílias diferentes com cores diferentes.

Foram realizadas simulações, utilizando-se o programa de computador de tratamento de imagem Photoshop 7.0, a partir de fotografias digitais.

Figura 3 - Simulação de dois painéis: peças de uma mesma família com duas cores e peças de duas famílias com uma cor.

Todas as dez placas de uma família, como as seis da outra, podem ser empregadas numa mesma proporção, distribuídas na superfície formando um padrão de patchwork. Um dos modelos com seu negativo podem prevalecer,

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ocupando três quartos da superfície, sendo o restante preenchido pelas demais peças, aleatoriamente, ou formando um recorte no padrão contínuo. É possível Alternar a disposição dos modelos em faixas horizontais, verticais, ou em zonas com um contorno irregular. A composição torna-se ainda mais complexa quando são feitos agrupamentos de duas, ou mais cores. A sua disposição pode formar faixas, enxadrezados e criar zonas de cor com contorno geométrico ou irregular. É possível criar planos com a articulação das placas quadradas e retangulares, posicionadas com o lado maior na horizontal.

O PROTÓTIPO

O protótipo procurou simular uma fachada com dimensões de aproximadamente, 210 x 150 cm. No protótipo com as placas quadradas foram articuladas peças de uma mesma família com uma só cor, para evidenciar as diferenças de texturas entre elas. Selecionou-se a coloração azul escuro, pois a cerâmica garante que cores intensas não sofram desbotamento. No protótipo com as placas retangulares, foram articuladas peças de um modelo da família e seu negativo com cores diferentes, para valorizar uma a textura, variando-se apenas a coloração de placas, pouco contrastante, e claras.

As placas foram conformadas por colagem sólida e secas naturalmente. Depois de acabadas foram queimadas a 1200oC num forno elétrico.

Foram construídas duas estruturas metálicas com guias horizontais para o assentamento das placas. Os insertos metálicos foram fixados às placas com resina adesiva e a sua fixação à estrutura foi feita com porcas tipo borboleta.

Figura 4 - Detalhe do painel durante a noite, com iluminação artificial, com os relevos acentuados. C.AUN, 2005

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Figura 5 – Painel de placas retangulares coloridas com um modelo de uma mesma família com seu negativo e painel de placas quadradas com os cinco modelos e respectivos negativos. C.AUN, 2005

CONCLUSÃO

As fachadas são mais que simples invólucros das edificações. Elas dão a identidade e a personalidade nos volumes que rompem a cidade, tendo o privilégio do destaque na paisagem. Em conseqüência desta premissa, buscou-se dialogar com a matéria e descobrir nela a possibilidade de construção de uma linguagem que se faz na articulação de seus elementos componíveis e que passa a ser expressa e lida a partir de um estado que mescla a contemplação com a atenção. Concebeu-se um princípio formal: a existência de uma superfície, formada por placas com relevos e texturas, alternadas com outras de relevos invertidos, para ser banhada pela luz e transformada por ela.

Neste trabalho, mostrou-se que é através do desenvolvimento de uma linguagem de projeto para o revestimento cerâmico industrial que se cria um produto, apresentando um contingente estético que o diferencia e que o define quanto ao seu uso.

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BIBLIOGRAFIA

GIOVANNINI, Tile fashion and design. Ven’anni di progetti e di decorazioni nelle ceramiche d’architettura. Faenza, Gruppo Editoriale Faenza Editrice, 2000.

SIQUEIRA Jr, Amaury A. Tecnologia de fachada – cortina com placas de grês porcelanato. Dissertação de Mestrado apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2003.

NBR13755- 30/12/1996 – Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com a utilização de argamassa colante Procedimento -ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

AGRADECIMENTOS

• Ao meu orientador, Prof. Dr. Carlos Alberto Inácio Alexandre, responsável pelo redirecionamento e conclusão deste trabalho;

• à Escola SENAI Mario Amato - através da Diretora, a Sra. Silvia Helena Carabolante e do Coordenador do Núcleo de Cerâmica, o Sr. Carlos Augusto Xavier Santos - pelo apoio dado, permitindo o uso da infra-estrutura da Escola para o desenvolvimento dos materiais e dos protótipos; • à empresa Ferro Enamel do Brasil, pelo fornecimento dos corantes

cerâmicos utilizados na confecção dos protótipos

• a Elton Goulart da Silva, Instrutor do SENAI, que auxiliou no desenvolvimento das atividades realizadas e na execução dos protótipos ; • a Ricardo Minoru, instrutor do SENAI, que auxiliou na resolução de

problemas com as massas coloridas e pela queima das placas;

• A Amaury de Siqueira Júnior, diretor técnico da Techne, pelos esclarecimentos referentes ao estado da arte das fachadas ventiladas.

PURPOSE.OF A NEW LANGUAGE FOR DESIGNING CERAMIC TILES FOR FACADES

ABSTRACT

The aim of this paper is to present a new language for designing ceramic tiles for facades. This paper describes the several stages involved in the creative process: from experimentation with material, composition design on a surface, to the execution of the prototypes, and focuses on the latter, during which the premises that characterised the proposed language can be evaluated. The particular object that was designed here is a ceramic tile for ventilated facades. Besides maintaining the technical and functional qualities, we aimed to emphasise the aesthetics qualities, which can be exploited on a facade through colour and the diversity of lights and shades during the day and at night, throughout the year. Such diversity is demonstrated though the use of relief and texture created from the experimentation with ceramic material.

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