PEDIDO DE ESCLARECIMENTO
Ao Pedido de Impugnação
Email:licitacao@unemat.br Solicitação;
ILUSTRÍSSIMO SENHOR PREGOEIRO SAMUEL LONGO Referente;
GAZIN INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS E ELETRODOMÉSTICO LTDA, devidamente inscrita no CNPJ sob o nº 77.941.490/0216-67, com sede à Rodovia BR 163, Sala 02 – Cep: 79.140-000, Nova Alvorada do Sul - MS, por intermédio de seu Representante Legal Sr. Ivanildo Ivaldo Bianchini, portador do RG nº 9.495.641 SSP/SP e CPF nº 015.321.258-60, vem à presença de Vossa Excelência, na qualidade de licitante, com fulcro no artigo 41, § 2º da Lei 8.666/93 e Item 2.1 do Instrumento convocatório, SOLICITAR:
PEDIDO DE ESCLARECIMENTO, Referente ao nosso Pedido de Impugnação, apresentado dentro do prazo legal ao que estabelece a Lei;
DOS FATOS E DO DIREITO
O primeiro instrumento de tutela administrativa posto à disposição pela lei é o Direito ao Esclarecimento do Ato Convocatório.
Não é um direito obrigatório, pois se evidente ilegalidade que gere nulidade, o licitante poderá pleitear diretamente a impugnação ou anulação da licitação ou de item ou cláusula do Edi-tal. Contudo, o primeiro instrumento é o Direito ao Esclarecimento. Não olvidamos que o ato de resposta ou motivo determinante vincula a Administração Pública.
Os interessados, após a publicação do ato convocatório, poderão solicitar ou pedir escla-recimentos sobre o seu teor. Não há uma forma específica ou padrão para o pedido. Deve ser objetivo e sobre pontos específicos, bem fundamentado e com identificação do interessado. Ten-do em vista se tratar de esclarecimento sobre o teor Ten-do ato convocatório, só poderá ocorrer após a sua publicação. A lei determina o momento derradeiro para que o interessado possa requerer. Nos termos do inciso VIII do art. 40 da Lei Geral, o edital deverá indicar, obrigatoriamente, locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto. Dessa forma, o Edital deve fazer menção ao direito ao esclarecimento ou à consulta.
Trata-se de um direito, porém facultativo. Obviamente não se pode falar em esclareci-mentos quando a fase não mais permitir, ou seja, quando já tenha gerado efeitos assecuratórios de direitos. Se insanável for o teor do edital, a medida declaratória de nulidade poderá ser direta-mente pleiteada, bem como a modificação do conteúdo viciado. Tal fato enseja a republicação do ato convocatório, para não haver prejuízos aos interessados. Se o esclarecimento não for sana-do, o interessado poderá, portanto, se utilizar de meios outros, inclusive judiciais. Certo que a obscuridade acarreta prejuízo, podendo ferir uma série de princípios que circundam o certame, tais quais o do julgamento objetivo, isonomia, proporcionalidade das exigências par a execução contratual, limitação da competitividade etc.
Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação (§ 1º do art. 41 da Lei Geral). Contudo, decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a reali-zação de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comu-nicação não terá efeito de recurso.
No que concerne ao Pregão Eletrônico, o art. 19 do Decreto nº 5.450/05 dispõe que os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatório deverão ser enviados ao
pregoei-ro, até três dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão
públi-ca, exclusivamente por meio eletrônico via internet, no endereço indicado no edital. O edital
as-segurará o acesso aos meios ou instrumentos para fazer valer o direito do interessado, e, no caso do Pregão Eletrônico, obrigatoriamente, o órgão ou a entidade pública deverá deixar expresso endereço eletrônico para viabilizar o direito ao esclarecimento. Alhures salientado, e nos termos do art. 20 do mesmo Decreto, qualquer modificação no edital exige divulgação pelo mesmo ins-trumento de publicação em que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabe-lecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas. Significa que, se da consulta forem verificados vícios que necessitem de retoques.
Mais uma vez se deve evidenciar que qualquer pessoa poderá solicitar esclarecimentos, providências ou impugnar o edital, pois o interesse na probidade e lisura do procedimento é públi-co. As respostas às consultas devem ser céleres em vista do curto período para o início das eta-pas do certame. No caso do pregão, o pregoeiro terá o prazo de 24 (vinte e quatro) horas para responder ao questionamento. É tão importante o exercício desse direito que a provocação pode-rá ter o condão de anular o certame ou revoga-lo, com base no poder de autotutela da Administra-ção. Caso, porém, a fundamentação não seja suficiente ou determine interpretação distinta da literalidade do item ou cláusula do Edital, indispensável a retificação e nova publicação, pois, na maioria das vezes, tal circunstancia exerce direito efeito nas propostas, logo, poderá estender ou limitar a competitividade. Como sabido, deve-se, sempre, interpretar em favor da ampliação da disputa. Dessa forma, verificado vício insanável, deverá o edital ou parte dele ser extirpado caso fira princípios, regras de patamar constitucional ou legal, além de outros atos normativos de supe-rioridade hierárquica em relação ao edital.
A clareza dos ditames do ato convocatório é um direito subjetivo do interessado. Clausu-las embaçadas, termos dúbios, desproporcionalidade das exigências para a execução contratual, devem ser objeto de esclarecimentos. Não olvidemos que a resposta não pode ultrapassar ou dar sentido diverso da literalidade do item impugnado. Pode-se tomar solução mais equânime, que evita, inclusive, auditorias ou inconformidades. Em regras as respostas aos esclarecimentos vi-sam tão somente aclarar cláusula ou item. Em determinadas situações, porém, a solicitação terá o condão de modificar totalmente a literalidade do item ou cláusula, que se concluirá por uma real falha no teor do certame, que prejudicará, ao final, a elaboração das propostas. Dessa forma, re-petimos: deve haver nova publicação do edital, com as especificações, cláusulas ou item retifica-dos. Nos termos do § 4º do art. 21 da Lei Geral, qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se prato inicialmente estabelecido, salvo se da resposta se extrair que não haverá alteração ou não afetará a formulação das propostas. Inclusive, dever-se-á designar nova data para a sessão de abertura inicialmente prevista. A res-posta, se plausível e com base na ampliação da disputa, terá efeito vinculante, no sentido de pos-suir a mesma força obrigatória do instrumento convocatório. É clausula obrigatória do edital a refe-rência ao direito facultativo ao esclarecimento.
O Superior Tribunal de Justiça já teve a oportunidade de decidir que a resposta de con-sulta a respeito de clausula de edital de concorrência pública é vinculante; desde que a regra a assim explicitada tenha sido comunicada a todos os interessados (Resp. 198665/RJ). A resposta será vinculativa tão somente se razoável, dentro de uma extensão de legalidade plausível, viável e possibilite a ampliação da disputa. Não se pode esquecer que a Comissão e o pregoeiro devem reverencia, quando não ilegal o item ou a cláusula, ao princípio da vinculação ao edital, não po-dendo ambos criarem interpretações demasiadamente extensíveis que subvertam a própria letra do item ou da cláusula. A margem interpretativa deve ser lógica e razoável, além de sempre ser norteada pela ampliação da disputa. Assim, diante do exposto podemos concluir que toda e qualquer dúvida, desde que plausível, ou seja, que realmente gere obscuridades ou ambiguidades pode ser objeto de pedido de esclarecimento. Resumindo: todas as regras procedimentais e mate-riais não observadas pelo edital e seus anexos, referentes inclusive ao objeto do certame podem ser objeto de esclarecimentos.
A hierarquia das normas tem grande influência no pedido, tendo em vista a necessidade de harmonia de todo o sistema licitatório, que se pulveriza em fontes das mais diversas naturezas. O interessado, cidadão ou licitante, também poderá solicitar esclarecimentos quanto às justificati-vas da necessidade de aquisição de bens ou prestação de serviços na forma estabelecida no edi-tal. Referimo-nos à necessidade da contratação, a quantidade, a qualidade, a funcionalidade do uso e os benefícios que a contratação trará à Administração. No caso do pregão eletrônico, o lici-tante poderá questionar o enquadramento do objeto do certame na definição de bens e serviços comuns, ou seja, se os padrões de desempenho e qualidade estão estabelecidos e definidos obje-tivamente pelo edital, tendo como parâmetro especificações usuais de mercado.
O projeto básico e o termo de referência, anexo do Edital, deverá ser elaborado por uni-dade técnica requisitante, indicar o objeto de forma clara, precisa e suficiente, estabelecer critérios de isonomia, ou seja, não pode limitar ou frustrar a competitividade, detalhar o orçamento estima-tivo e planilhas que fundamente, estabelecer um cronograma físico-financeiro plausível e viável, bem como os critérios de aceitação da proposta, definir razoavelmente as exigências de habilita-ção, indicar servidor técnico ou setor técnico responsável pela fiscalização do contrato, além de estabelecer prazos razoáveis, sanções conforme a potencialidade lesiva da conduta praticada, e elementos outros que dependerão do objeto.
O pedido de esclarecimento tem com termo final a data final da própria impugnação. É um direito facultativo, porém, caso exercido pelo licitante, obriga a Administração Pública a res-ponder com base e fundamento. Obrigatoriamente o edital deverá viabilizar o direito ao esclare-cimento, conforme o inciso VIII do art. 40 da Lei Geral. Vejamos que apesar de a lei geral exigir referência no edital sobre o direito, não determina prazos e nem ao menos faz qualquer outra menção a esse direito. O Decreto nº 3.555, de 08 de agosto de 200º, que aprova o regulamento para a modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, dispõe em seu art. 12 que até dois dias úteis antes da data fixada para recebimento das pro-postas, qualquer pessoa poderá solicitar esclarecimentos, providências ou impugnar o ato
convocatório do pregão. Ato continuo, caberá ao pregoeiro decidir sobre a petição no prazo de
vinte e quatro horas. Acolhida a petição contra o ato convocatório, será designada nova data para a realização do certame. Referido decreto iguala os prazos da impugnação e do pedido de escla-recimento.
No que concerne ao pregão eletrônico, Decreto nº 5.450/05, art. 19, estabelece que os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatório deverão ser enviados ao pregoeiro, até três dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública, exclusivamente por meio eletrônico via internet, no endereço indicado no edital. Do exposto, podemos concluir que a data inicial do direito é a publicação do edital e que o marco derradeiro ou decadencial é o mesmo da impugnação. Tanto é que, na modalidade pregão o prazo estabelecido faz referência ao pedido de esclarecimento, providencias ou impugnação. Por fim, o direito ao esclarecimento deve ser feito tempestivamente sob pena de decadência do direito, o que, obviamente, seria uma causa prejudicial ao interessado ou licitante.
Diante do exposto, Solicito a inclusão de nossa Impugnação no Portal da SEGES – SIAG Sistema de Aquisições Governamentais / Download Editais, Número Processo: 6570150
Com a devida resposta de Aceite ou Não ao nosso pedido de Impugnação, tendo o mesmo fundamentos Legais, caso não os tenha, os mesmos serão apresentados e protocolados no Ministério Público e no Tribunal de Contas do estado de Mato Grosso.
Até o presente momento, não consta no portal, nossa impugnação e a resposta a ela. Esta solicitação será enviada às 17:43 H/min. Sem as devidas resposta:
Termos em que pede deferimento;
Cuiabá – MT, 07 de Fevereiro de 2018.
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