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Revista Projeção, Direito e Sociedade. V 11, n 1. Ano 2020, p. 186

O FIM DO REGIME SEMIABERTO EM DECORRÊNCIA DE SUA INEFETIVIDADE NO BRASIL

Ana Paula Sakanishi Pereira, Cídjan Santarém Brito, Leandro Rodrigues Doroteu

Resumo: O presente estudo propõe uma abordagem teórica acerca da análise da

possibilidade de supressão legal do regime prisional semiaberto. Por falta de estrutura carcerária não há a correta aplicação do regime semiaberto. Ao mesmo tempo em que sua importância no âmbito do retorno ao convívio social, meios de qualificar o apenado para que volte a trabalhar e se profissionalizar, meios de fiscalização dos detentos, sem a necessidade de escolta, e o desaforamento dos presídios que estão com super lotação. A fim de que se trouxesse uma abordagem completa do tema, ressaltou-se o histórico das penas, desde o período em que eram aplicados os castigos corporais.

Palavras-chave: Execução penal; Semiaberto; Liberdade; Efetividade; Justiça.

Abstract: The present study proposes a theoretical approach about the analysis of the

possibility of legal suppression of the semi-open prison regime. Due to the lack of prison structure, there is no correct application of the semi-open regime. At the same time as its importance in the context of the return to social life, means of qualifying the convict so that he can return to work and become professional, means of monitoring the detainees, without the need for escorts, and the unhappiness of the prisons that are overcrowded. capacity. In order to bring a complete approach to the theme, in a first chapter the history of penalties was addressed, since the time when punishments were applied to the body.

Keywords: Penal execution; Semi-open; Freedom; Effectiveness; Justice.

1 INTRODUÇÃO

Épocas remotas retratam os tempos das punições divinas, ou tempos em que a justiça era feita pelas próprias mãos a lei do mais forte, pois inexistia a forte estabilidade social e formação da sociedade (FOUCAULT, 2009).

Quando se traz ao pensamento a parte histórica, que trata das penas, há um pesar dos relatos dos suplícios tratados no livro Vigiar e Punir. Tempos que o condenado pagava com o próprio corpo pelo delito cometido, corpos mutilados, enforcamento em praça pública, gritos e gemidos de dor. O crime de roubo era pago com a própria mutilação da mão e havia pena de morte. Em muitos casos, a família carregava a vergonha e a marca da condenação do maldito ente (FOUCAULT, 2009). A condenação e a aplicação das penas eram públicas e serviam de exemplo para a sociedade que constituía a plateia. Entre o século XVIII e começo do XIX, esse

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Revista Projeção, Direito e Sociedade. V 11, n 1. Ano 2020, p. 187 tipo de punição vai reduzindo. Agora, a punição tem a finalidade de desviar o criminoso do caminho mal (FOUCAULT, 2009).

As marcas de ferro, as fogueiras humanas e o sofrimento carnal imposto pela igreja para salvar a alma, foram dando lugar às prisões que ainda utilizavam chicotes como forma mais leve de punição. Os trabalhos escravos, interdição de domicilio e a deportação foram, paulatinamente, sendo trocados pela pena de reclusão (FOUCAULT, 2009).

Durante o século XIX, as penas de morte instantânea ainda cercavam os condenados. A guilhotina, as masmorras e privações de liberdade eram utilizadas com a finalidade de conscientização do condenado relativo à sua falta, de forma que crimes graves ainda viessem a ser punidos com a vida (FOUCAULT, 2009).

A lucidez social dos iluministas no decorrer das manifestações científicas no século XVIII, como Beccaria, que tratou em seu livro sobre uma organização mais humana para aplicação da pena proporcional e equilibrada, de modo que o Estado viesse a manter a organização da sociedade e não mais uma imposição tirânica. Detalha o caminho para a evolução do direito penal que iluminou a justiça e a modernidade (BECCARIA, 2015, p. 13-14).

Mesmo na fase de evolução de muitos direitos, ainda eram sacrificados os negros, pobres e escravos que definhavam sem o direito de defesa. Era necessário retirar os infratores da sociedade, todavia a marginalização social ainda era desumana e seletiva na aplicação das leis (NUNES, 2017).

A punição, ao longo da história da pena e das prisões, com a evolução dos códigos, na luta para proteger a vida humana, tinha o caráter retributivo sobre o criminoso (NUNES, 2017).

Na punição, analisava-se o agente, sendo denominada essa corrente teórica de direito penal do autor, a pessoa era punida pelo que é e não pelo que praticou. A periculosidade periculosidade do agente era o principal fator de análise (ESTEFAM, 2013, p.43).

A pena retributiva não considerava o delinquente como ser humano, justificando, com base na teoria da defesa social, a prevenção a delitos (MIRABETE, 2016, p. 230).

A liberdade de locomoção da pessoa é um ponto fundamental do Estado de Direito, e a ordem na relativa a questões penais o cidadão e diferencia o regime democrático do regime Totalitário, evitando assim a barbárie. É o ponto fundamental da aplicação da pena, não devendo existir castigos corporais (LIMA, 2012, p.02).

2 CONCEITOS DE PENA

A pena surge ao se constituir uma sociedade ao se invocar as leis que regem a organização da vida coletiva. Os conflitos sociais que são causa dos litígios precisam ser regulados para que haja paz social e liberdade. O Estado que agora possui o poder de regência da ordem pública e recebe a tutela de uma parcela de liberdade de cada membro da sociedade e recebe, segundo os contratualistas, detém o poder de punir o indivíduo infrator das regras aplicando-lhe a pena proporcional ao fato ocorrido (BECCARIA, 2015, p. 12-14).

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Revista Projeção, Direito e Sociedade. V 11, n 1. Ano 2020, p. 188 De acordo com o conceito de Pedro Lenza (2013), é o Estado aplicando a Lei Penal, privando e retribuindo o mal causado a sociedade com a finalidade de readaptar o condenado ao convívio social e a prevenção em relação à prática de novos crimes (ESTEFAM, 2013, p.463), ou seja, o direito de punir do Estado, por meio do devido processo legal como o previsto na Constituição Brasileira em seu Artigo 5º,inciso LIV, quando determina que ninguém será privado de sua liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal (BRASIL, 1988).

A Constituição Federal no seu Artigo 5º,inciso XLVI, retrata o princípio da individualização da pena, que a mesma alcance a culpabilidade e individualização proporcional de acordo com cada apenado; e institui os tipos de penas a serem aplicados, e as penas não pactuadas com a Carta Magna, que garante os princípios assecuratórios aos indivíduos privados de liberdade como citado a seguir nos incisos XLVI e XLVII, do Artigo 5º da CF (BRASIL, 1988):

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados; d) de banimento;

e) cruéis;

As penas cruéis, e de morte foram banidas das penas aplicadas no Brasil, acordadas em Tratados Internacionais como o Pacto de São José da Costa Rica em seu art. 6º (PATTERSON, 1992), seguindo assim o princípio da humanização, não são mais admitidas, e as penas perpétuas, foram abolidas através do Artigo 75,caput, do Código Penal, que estipula o cumprimento da pena privativa de liberdade com o máximo de 30 anos (ROCHA, 2017).

As penas aplicadas na atual realidade brasileira, além dos princípios já citados, têm em sua aplicação os princípios da legalidade e anterioridade, “não existe crime sem lei anterior que o defina”, e o princípio da inderrogabilidade, o juiz não pode deixar de aplicar a pena ao réu considerado culpado (ESTEFAM, 2013, p.466-467).

Cumprindo apenas na proporção da sua culpabilidade que na atualidade são aplicadas quando se analisa a periculosidade do agente, imputabilidade, e outros mecanismos de avaliação para que a pena não perca o seu objetivo (MIRABETE, 2016).

Fabbrini relata que “A exceção mutila o princípio da personalidade da pena” (MIRABETE, 2016). A pena evoluiu e deixou de ser uma punição do corpo, para ser uma retribuição do fato ilícito cometido pelo delinquente, no século XIX tinha-se o pensamento de que a pena conseguiria recuperar o delinquente, com a intenção de conscientizar o mesmo do ato cometido e recupera – logo para que retorne ao convívio em sociedade (BITENCOURT, 2017).

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Revista Projeção, Direito e Sociedade. V 11, n 1. Ano 2020, p. 189 Para sua aplicação, o Código Penal traz as penas privativas de liberdade que é o motivo do estudo deste trabalho em especial o regime semiaberto que se encontra entre as penas aplicadas privando o indivíduo de sua liberdade que é tratado no próximo tópico.

3PENASPRIVATIVASDELIBERDADE

As penas privativas de liberdade atingiram seu auge ems meados do século XIX, pois era depositada toda a esperança no sistema que retirava o delinquente da sociedade para ser tratado, todavia o “estado inconstitucional de coisas” nas penitenciárias trouxe o sistema à decadência, ao invés da recuperação (BITENCOURT, 2017, p. 621).

Diante dos anseios por melhorias veio a reforma penal de 1984, entretanto segundo Bittencourt 2017, o “problema da prisão é a própria prisão”, com a função somente de retirar o condenado da sociedade, que contribuíram para o crescimento da criminalidade e da sensação de impunidade (BITENCOURT, 2017, p. 622).

A partir da reforma o Código Penal Brasileiro traz como espécies de penas as privativas de liberdade, restritivas de direito e de multa. Com a Lei 7.209/84, em seu artigo 32, são fixadas as penas de reclusão, detenção e multa, que são as principais e tratadas no presente estudo (BRASIL, 1984).

As penas privativas de liberdade substituíram as penas de morte e os suplícios, as mutilações, com a finalidade de ressocialização, de reinserção do criminoso a sociedade recuperada de sua personalidade anterior, seja por ser corrompido pela necessidade social da falta de oportunidade de trabalho que leva a miséria, seja pelo fator de abandono familiar que leva o jovem a uma perdição social, mas não é o que se aprecia na atual realidade. De acordo com Fabbrini não é possível recuperar a pessoa do delinquente preso, quando convivem em presídios que vivem aquém da realidade que viverá ao sair da cadeia (MIRABETE, 2016).

Incorporado as penas privativas de liberdade, estão as penas de reclusão e detenção que privam o apenado do direito de ir e vir, ou seja, a punição e a privação da liberdade, e não os seus direitos como individuo de direito garantidos na Carta Magma em seus Artigos 5º e 6º, onde trazem os direitos e garantias fundamentais (ROCHA, 2017).

No Artigo 33, do Código Penal, diz que são aplicadas aos crimes mais gravosos as penas de reclusão, que podem ser cumpridas em regime fechado, semiaberto e aberto. Para que o cumprimento seja em regime fechado o crime deve ter pena superior a 8(oito) anos; no regime semiaberto a pena deverá ser superior a 4 (quatro) anos e não superior a 8 (oito) anos e, em caso de reincidência o regime inicial deverá ser o fechado; no regime aberto a pena deverá ser igual ou inferior a 4(quatro) anos, desde que, não seja reincidente (ROCHA, 2017).

As penas de reclusão são aplicadas em casos de crimes mais gravosos como homicídio, lesão corporal grave, roubo, furto, estelionato, apropriação indébita, estupro, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, denunciação caluniosa, tráfico de drogas, tortura, falsificação de documentos, etc (ESTEFAM, 2013, p.469).

As penas privativas de liberdade devem ser cumpridas de forma progressiva, Artigo 33, parágrafo 2º do Código Penal. Crimes que possuam penas superior a 8(oito)

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Revista Projeção, Direito e Sociedade. V 11, n 1. Ano 2020, p. 190 anos devem iniciar o cumprimento da pena em regime fechado Artigo 33 do Código Penal, paragrafo2º, alínea “a”, e cumpridos em estabelecimento de segurança máxima ou média (ROCHA, 2017).

O Artigo 33 parágrafo 1º, alínea “a” do Código Penal, penas aplicadas a crimes com penas superior a 4 anos e não superior a 8 que não sejam reincidentes, o regime inicial semiaberto, com cumprimento da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar (BRASIL, 1940).

O Artigo 33 do CP, parágrafos 1º, alínea “b”, e parágrafo 2º, alínea “b”. Em regime fechado o preso condenado será submetido ao exame criminológico de acordo com o artigo 8º da LEP, e poderá ser aplicado facultativamente no regime semiaberto Artigo 8º parágrafo único da LEP (BRASIL, 1984).

Penas com tempo inferior ou igual a 4 anos, não sendo reincidente, cumprimento inicial em regime aberto, o cumprimento será em casa de albergado ou estabelecimento adequado, Artigo33, parágrafo 1º, alínea “c”, e parágrafo 2°, alínea “c”. (ROCHA, 2017). As penas de detenção podem ser cumpridas em regime semiaberto e aberto, salvo em necessidade de transferência para regime mais gravoso (BRASIL, 1984).

A Lei de Execuções Penais, no seu Artigo 112, nos traz os requisitos para progressão de regimes como citado a seguir:

Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progress iva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redaç ão dada pela Lei nº 10.792, de 2003)

§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) § 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de livrament o condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previst os nas normas vigentes. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)

Sendo garantida a progressão de regime após o cumprimento de 1/6 da pena, o apenado salta para um regime menos gravoso, com a intenção de que através do trabalho e do retorno ao convívio familiar passe a ter acesso ao mundo externo até o cumprimento total da sua pena e então conquiste novamente o direito a sua liberdade (BRASIL, 1984).

Em casos de crimes hediondos, a Lei 11.464/2007 traz a progressão de regime cumprido 2/5 se não for reincidente ou 3/5 no caso de reincidência, o início da pena cumprida em regime fechado, como citado abaixo (BRASIL, 1990).

Art. 1o O art. 2o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, passa a vigorar com

a seguinte redação:§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida

inicialmente em regime fechado § 2o A progressão de regime, no caso dos

condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumpriment o de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.

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Revista Projeção, Direito e Sociedade. V 11, n 1. Ano 2020, p. 191 O cumprimento dos requisitos leva o apenado progredir para o regime semiaberto, onde poderá sair para trabalhar ou estudar e retornará ao presídio para dormir. Para que haja a progressão do condenado ao regime aberto de acordo com a Lei 7.210/84, que em seu Artigo 113 impõe que “[...] supõe a aceitação do seu programa e condições estipulado pelo juiz.”, deverá o condenado estar vinculado a um trabalho, e ajustar-se a autodisciplina e senso de responsabilidade, Artigo 114, da Lei 7.210/84. (BRASIL, 1984)

3.1 Conceitos Distintos de Pena

A pena surge ao se constituir uma sociedade utilizando-se para a organização da vida coletiva. Os conflitos sociais que são causa dos litígios precisam ser regulados para que haja paz social e liberdade. O Estado que agora possui o poder para reger a ordem pública recebe a tutela de uma parcela da liberdade de cada membro da sociedade e recebe o poder de punir o indivíduo infrator das regras aplicando-lhe a pena proporcional ao fato ocorrido (BECCARIA, 2015, p. 12-14).

De acordo com o conceito de Pedro Lenza (2013), é o Estado aplicando a Lei Penal privando e retribuindo o mal causado a sociedade com a finalidade de readaptar o condenado ao convívio social e a prevenção em relação à prática de novos crimes(ESTEFAM, 2013, p.463),ou seja, o direito de punir do Estado, Através do devido processo legal como reza na Constituição Brasileira em seu Artigo 5º, inciso LIV, quando determina que ninguém será privado de sua liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal (BRASIL, 1988).

A Constituição Federal no seu Artigo 5º,inciso XLVI, retrata o princípio da individualização da pena, que a mesma alcance a culpabilidade e individualização proporcional de acordo com cada apenado; e institui os tipos de penas a serem aplicados, e as penas não pactuadas com a Carta Magna, que garante os princípios asseguratórios aos indivíduos privados de liberdade como citado a seguir nos incisos XLVI e XLVII, do Artigo 5º da CF (BRASIL, 1988):

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados; d) de banimento;

e) cruéis;

As penas cruéis, e de morte foram banidas das penas aplicadas no Brasil, acordadas em Tratados Internacionais como o Pacto de São José da Costa Rica em seu art. 6º(PATTERSON, 1992), seguindo assim o princípio da humanização, não são mais admitidas, e as penas perpétuas, foram abolidas através do Artigo 75,caput, do Código Penal, que estipula o cumprimento da pena privativa de liberdade com o máximo de 30 anos (ROCHA, 2017).

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Revista Projeção, Direito e Sociedade. V 11, n 1. Ano 2020, p. 192 As penas aplicadas na atual realidade brasileira, além dos princípios já citados, têm em sua aplicação os princípios da legalidade e anterioridade, não existe crime sem lei anterior que o defina, e o princípio da inderrogabilidade, o juiz não pode deixar de aplicar a pena ao réu considerado culpado (ESTEFAM, 2013, p.466-467).

Cumprindo apenas na proporção da sua culpabilidade que na atualidade são aplicadas quando se analisa a periculosidade do agente, imputabilidade, e outros mecanismos de avaliação para que a pena não perca o seu objetivo “A exceção mutila o princípio da personalidade da pena.” (MIRABETE, 2016).

A pena evoluiu e deixou de ser uma punição do corpo, para ser uma retribuição do fato ilícito cometido pelo delinquente, no século XIX tinha-se o pensamento de que a pena conseguiria recuperar o delinquente, com a intenção de conscientizar o mesmo do ato cometido e recupera que retorne ao convívio em sociedade (BITENCOURT, 2017).

Para sua aplicação, o Código Penal traz as penas privativas de liberdade que é o motivo do estudo deste trabalho em especial o regime semiaberto que se encontra entre as penas aplicadas privando o indivíduo de sua liberdade que é tratado no próximo tópico.

3.2 Penas Privativas de Liberdade

As penas privativas de liberdade atingiram seu alge nos meados do século XIX, depositada toda a esperança no sistema que retirava o delinquente da sociedade para ser tratado, mais o caos que se tornou as penitenciárias trouxeram o sistema a decadência, ao invés da recuperação a reincidência (BITENCOURT, 2017, p. 621).

Com ensejos por melhorias a reforma penal de 1984, mais segundo Bittencourt, o “problema da prisão é a própria prisão”, com a função somente de retirar o condenado da sociedade, que contribuíram para o crescimento da criminalidade e da sensação de impunidade (BITENCOURT, 2017, p. 622).

A partir da reforma o Código Penal Brasileiro traz como espécies de penas as privativas de liberdade, restritivas de direito e de multa. Com a Lei nº7.209/84, em seu artigo 32, são fixadas as penas de reclusão, detenção e multa, que são as principais e tratadas no presente estudo (BRASIL, 1984).

As penas privativas de liberdade substituíram as penas de morte e os suplícios, as mutilações, com a finalidade de ressocialização, de reinserção do criminoso a sociedade recuperada de sua personalidade anterior, seja por ser corrompido pela necessidade social da falta de oportunidade de trabalho que leva a miséria, seja pelo fator de abandono familiar que leva o jovem a uma perdição social, mais não é o que se aprecia na atual realidade de acordo com Fabbrini não é possível recuperar a pessoa do delinquente preso, quando convivem em presídios que vivem aquém da realidade que viverá ao sair da cadeia (MIRABETE, 2016).

Incorporado as penas privativas de liberdade, estão as penas de reclusão e detenção que privam o apenado do direito de ir e vir, ou seja, a punição e a privação da liberdade, e não os seus direitos como indivíduo de direito garantidos na Carta Magma em seus Artigos 5º e 6º, onde trazem os direitos e garantias fundamentais (ROCHA, 2017).

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Revista Projeção, Direito e Sociedade. V 11, n 1. Ano 2020, p. 193 No Artigo 33, do Código Penal, diz que são aplicadas aos crimes mais gravosos as penas de reclusão, que podem ser cumpridas em regime fechado, semiaberto e aberto. Para que o cumprimento seja em regime fechado o crime deve ter pena superior a 8 (oito) anos; no regime semiaberto a pena deverá ser superior a 4 (quatro) anos e não superior a 8 (oito) anos e, em caso de reincidência o regime inicial deverá ser o fechado; no regime aberto a pena deverá ser i gual ou inferior a 4(quatro)anos, desde que não seja reincidente (ROCHA, 2017).

As penas de reclusão são aplicadas em casos de crimes mais gravosos com o homicídio, lesão corporal grave, roubo, furto, estelionato, apropriação indébita, estupro, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, denunciação caluniosa, tráfico de drogas, tortura, falsificação de documentos, etc (ESTEFAM, 2013, p.469).

As penas privativas de liberdade devem ser cumpridas de forma progressiva, Artigo 33, parágrafo 2º do Código Penal, Crimes que possuam penas superiores a 8 (oito) anos devem iniciar o cumprimento da pena em regime fechado Artigo 33 do Código Penal, paragrafo2º, alínea “a”, e cumpridos em estabelecimento de segurança máxima ou média (ROCHA, 2017).

O Artigo 33 parágrafo 1º, alínea “a” do Código Penal, penas aplicadas a crimes com penas superiores a 4 anos e não superior a 8 que não sejam reincidentes, o regime inicial semiaberto, com cumprimento da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar (BRASIL, 1940).

Artigo 33 do CP, parágrafos 1º, alínea “b”, e parágrafo 2º, alínea “b”.Em regime fechado o preso condenado será submetido ao exame criminológico de acordo com o artigo 8º da LEP, e poderá ser aplicado facultativamente no regime semiaberto Artigo 8º parágrafo único da LEP (BRASIL, 1984).

Penas com tempo inferior ou igual a 4 anos, não sendo reincidente, cumprimento inicial em regime aberto, o cumprimento será em casa de albergado ou estabelecimento adequado, Artigo33, parágrafo 1º, alínea “c”, e parágrafo 2°, alínea “c” (ROCHA, 2017). As penas de detenção podem ser cumpridas em regime semiaberto e aberto, salvo em necessidade de transferência para regime mais gravoso (BRASIL, 1984).

A Lei de Execuções Penais, no seu Artigo 112, nos traz os requisitos para progressão de regimes como citado a seguir:

Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progress iva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redaç ão dada pela Lei nº 10.792, de 2003)

§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestaç ão do Ministério Público e do defensor. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) § 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de livrament o condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previst os nas normas vigentes. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)

Sendo garantida a progressão de regime após o cumprimento de 1/6 da pena, o apenado então salta para um regime menos gravoso, com a intenção de que através do trabalho e do retorno ao convívio familiar passe a ter acesso ao mundo externo até

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Revista Projeção, Direito e Sociedade. V 11, n 1. Ano 2020, p. 194 o cumprimento total da sua pena e então conquiste novamente o direito a sua liberdade (BRASIL, 1984).

Em casos de crimes hediondos, a Lei 11.464/2007 traz a progressão de regime cumprido 2/5 se não for reincidente ou 3/5 no caso de reincidência, o início da pena cumprida em regime fechado, como citado abaixo (BRASIL, 1990).

Art. 1º O art. 2o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:

§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado § 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.

O que leva o apenado progredir para o regime semiaberto, onde poderá sair para trabalhar ou estudar e retornará ao presídio para dormir, para que haja a progressão do condenado ao regime aberto de acordo com a Lei 7.210/84, que em seu Artigo 113 impõe que “[...] supõe a aceitação do seu programa e condições estipuladas pelo juiz.”, deverá o condenado estar vinculado a um trabalho, e ajustar -se a autodisciplina e -senso de responsabilidade, Artigo 114, da Lei 7.210/84 (BRASIL, 1984).

3.3 Análise dos Objetivos da Pena

A pena é aplicada com o intuito de inibir novos delitos e não com a intenção de castigo, vingança, mais com a intenção de retribuir de forma proporcional ao delito cometido, reparar a vítima e readaptar o condenado ao convívio social.

É a retribuição imposta pelo Estado em razão da Prática de um ilícito penal e consiste na privação ou restrição de bens jurídicos determinada pela Lei, cuja finalidade é a readaptação do condenado ao convívio social e a prevenção em relação a prática de novas infrações penais (ESTEFAM, 2013, p.463).

É possível observar que a pena ao longo da sua evolução tem como objetivo o de recuperar o indivíduo, a pena apenas pune e previne de acordo com a teoria mista, onde se fundiram as teorias já mencionadas acima absolutas e relativas, trazendo um equilíbrio a pena, não só evitar o crime, mais educar e corrigir, recuperar esse indivíduo do mundo do crime, e trazer o equilíbrio ao convivi-o social e a segurança para a sociedade (MIRABETE, 2016, p. 233).

O crescimento social traz as consequências das deformidades sociais, e objetivo da pena segundo Beccaria é “evitar que o criminoso cause mais danos à sociedade”, trazer uma conscientização para que outros não sigam o modelo deixado pelo infrator. Quando a sociedade cresce justamente com esse desenvolvimento estão os percalços da desigualdade e os crimes que precisam ser evitados, mais não deixarão de existir (BECCARIA, 2015, p. 22-23).

Tratando dos Princípios que são trazidos pela instituição das leis no comprometimento entre sociedade e Estado, essas tem que trazer a sociedade um vínculo harmônico de convivência e proteção, somente as leis podem instituir os crimes e suas penas, não podendo ser abusiva sua aplicação quanto ao tratamento dado ao indivíduo que rompe as regras do contrato estipulado com o soberano (BECCARIA, 2015, p. 22-23).

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Revista Projeção, Direito e Sociedade. V 11, n 1. Ano 2020, p. 195 Ao se tratar sobre objetivo da pena cabe observar conceitos a respeito do poder que possui o Estado e a autoridade que exerce sobre seus membros. Do ponto de vista de Harendt, quando trata a questão de poder de um país, é necessário que exista o apoio do povo para conferir poder ao líder, pois sem essa união para sustentar o poderio conferido ao seu representante o mesmo definha. Quanto à autoridade “requer respeito da pessoa ou pelo cargo”, em seu livro que tem como título “sobre a violência” retrata o desenvolvimento social a partir do século XX, marcado por grandes revoluções e guerras e grandes conquistas e conceitos de poder, autoridade e violência que erroneamente marcaram desastres na história (HARENDT, 2016, p. 55-62).

Ao retratar o Estado opressor que acredita se impor através da força para corrigir os infratores das leis impostas ou que reivindiquem seus direitos violados, Harendt critica posicionamentos que acreditam que a violência e o poder estão intrinsecamente vinculados, que a violência é uma manifestação de poder, ela distingue os conceitos de ambos. A violência está na força que se usa através de instrumentos e cita a fragilidade de sistemas como o totalitário que usa armas e tortura para manter o domínio mais tem fragilidades por não possuir poder, pessoas que sustentam o seu governo (HARENDT, 2016, p. 51-53).

Se a pena é rigorosa e perde o foco de impedir que novos delitos sejam cometidos se torna inútil é o seu representante passa a governar escravos em vez de representar seu povo livre. As penas perdem o seu objetivo, com isso vem a injustiça e revoltas. Autoridade, para Beccaria (2015), surge do pacto dos súditos e do Estado para refrear a efervescência social (BECCARIA, 2015, p. 22-23).

O fruto da deturpação da aplicação do poder e violência traz reflexos sociais e tornam a sociedade violenta e tumultuada. Harendt fala em uma “sociedade enferma”, a culpa da omissão do Estado criando uma revolta que para que seja contida são usados meios violentos para manter o controle social (HARENDT, 2016, p. 51-53).

Uma sociedade que perde o respeito pelo seu representante e não acredita que a justiça resolverá os conflitos existentes se sente abandonada e desenfreada traz o aumento da criminalidade não mais temendo as penas impostas, pois, a maior pena que enfrentam são as perdas sociais e a morte dos sonhos. Essa desestabilidade gera violência da população contra o soberano que para conter os motins sociais usa de violência para manter “a lei e a ordem” já perdidas juntamente ao poder (HARENDT, 2016, p. 55-62).

Mas a violência que se utiliza de armamentos amplifica o domínio, mais não trazem o poder, o forte crescimento no número de crimes instalados na sociedade atualmente demonstra na ignorância social esse falso sentimento de poder que se vale o criminoso e a violência gerada pelos que se revoltam e não respondem as regras impostas pelas Leis são revidadas pelo Estado com violência (HARENDT, 2016, p. 55-62).

Um bom exemplo de poder está na proposta de paz de Ghandi, não se utilizou de armas nem da força mais da resistência da desobediência civil defendendo a não violência, acreditava na “força da verdade” trouxe independência para a Índia de modo pacífico. Sua liderança baseada na verdade, o mantinha no poder, em 1907 foi preso e depois muitos foram presos em nome da causa, era apoiado pelo grupo, e construiu o poder através da união simplicidade, ensinamentos e humildade (GHANDI, 2014).

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Revista Projeção, Direito e Sociedade. V 11, n 1. Ano 2020, p. 196 Em citação acerca da história de Ghandi sobre a “estratégia da não violência”, Harendt diz ter sido “extremamente poderosa e bem-sucedida”, mas defende que em confrontos entre a violência e o poder a violência impera e pode destruir o poder, e se o confronto na África do Sul e Ghandi fosse com outro inimigo teria sido desastroso (HARENDT, 2016, p. 70).

Diante dessa luta violenta dentro do sistema violência do crime e violência do Estado à pena perde o seu objetivo, retirar os delinquentes da sociedade não resolve e a pena se torna apenas uma imposição de força e as armas impõem a falsa sensação de poder, enquanto estão presos os condenados se sentem dominados dentro dos presídios, pois o Estado domina e os mantém submissos, os presos maquinam o mau na escola do crime criada dentro das penitenciarias (GHANDI, 2014).

4 O PROJETO DE LEI nº 3.174/2015

O Projeto de Lei nº PL 3174/2015, de autoria do Sr. Giovani Cherini e outros, em 2015, foi apresentado para que fosse removido o regime semiaberto da aplicação das penas privativas de liberdade, e o cumprimento tão somente fosse aplicado em regime fechado e aberto (BRASIL, 2015).

Altera a redação do Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940) e da Lei de Execuções Penais (Lei 7.210 de 11 de julho de 1984), os autores alegam a falta de efetividade da aplicação do regime, uma vez que não há estabelecimento penal adequado para aplicação do mesmo, e o condenado não é monitorado ao sair da prisão para trabalhar ou estudar, em vez de cumprir as normas estabelecidas organiza facções criminosas e comete atos ilícitos (BRASIL, 2015).

O Projeto de Lei está apensado a outros que analisam o exame criminológico e monitoramento que tramitam sem resultado desde 2001, em uma longa espera de análise e votação (BRASIL, 2015).

A proposta de retirar o regime semiaberto da progressão de regimes, desestabilizaria a aplicação da pena, quando tratamos da recuperação do indivíduo privado de liberdade, há um desajuste quanto as regras da aplicação do regime semiaberto, e fato é que não era esperado um crescimento exponencial no número de crimes. Em âmbito Nacional de acordo com dados do DEPEN seriam 32.460(trinta e dois mil quatrocentos e sessenta) indivíduos privados de liberdade progredindo para o regime semiaberto, e um déficit de aproximadamente 55.000 (cinquenta e cinco mil) vagas nas penitenciarias destinadas ao regime semiaberto (MOURA; RIBEIRO, 2014).

Dados que evidenciam o aglomerado de pessoas com um déficit de 7.530 vagas no Distrito Federal, quando tratamos de regime semiaberto, se tratarem da aplicação correta do regime disponibilizaria 5.379 (cinco mil trezentos e setenta e nove) vagas para acomodação de presos em regime fechado, havendo trabalho para esse indivíduo privado de liberdade que já progrediu para um regime menos gravoso mais ainda precisa estar tutelado pelo Estado, e acomodações apropriadas para que retorne somente à noite, oportunidade de estudo e incentivo para uma recuperação da pessoa que cumpre sua pena era possível estabilizar a situação do sistema na atualidade (CNJ, 2017), a questão para a solução do problema não seria somente a construção de novas vagas nos presídios, mais a ampliação da aplicação das políticas

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Revista Projeção, Direito e Sociedade. V 11, n 1. Ano 2020, p. 197 públicas já existentes e a criação de novas vagas para especialização dos condenados e novas vagas de emprego.

CONCLUSÃO

O regime semiaberto não é efetivo no Brasil, por falta de espaço no sistema penitenciário, não existem colônia agrícolas, industriais ou estabelecimentos similares, e também não existe espaço dentro das penitenciárias para comportar esses indivíduos condenados que estão em regime semiaberto análogos em regime fechado.

Essa não efetividade do regime semiaberto acarreta ao sistema uma população carcerária populosa. Esse sistema poderia ser desafogado se os condenados trabalhassem e estudassem e houvesse lugar para o recolhimento noturno. Ainda existe a onerosidade, pois os presos, nessa fase da pena, já deveriam produzir a sua manutenção.

Não é plausível que o apenado pague com a sua vida, como se estivesse marcado a ferro, após cumprir parte da pena, e assim, não ter acesso a uma vida em sociedade. Pode-se vislumbrar que o maior castigo aplicado na realidade, é o preconceito, a discriminação, a invisibilidade que cerca o apenado e seus familiares, após o cumprimento da pena.

Através da monitoração eletrônica percebe-se uma modernização na aplicação da pena. Associada a um bom acompanhamento psicológico e a aplicação do exame criminológico a pena poderá ser mais humanizada com melhores resultados.

Aplicação de programas diferenciados precisa de apoio do Estado e da sociedade, além de um trabalho com grupos menores. O trabalho é fundamental na recuperação do condenado sem meios de sobrevivência e expectativas para uma vida futura, sem isso a reincidência não será evitada.

REFERÊNCIAS

BECCARIA, C. Dos Delitos e das Penas. 2a edição ed. São Paulo: Hunter Books Editora, 2015.

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_______. Lei No 11.464, De 28 De Março De 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11464.htm>. Acesso em: 25 out. 2017.

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Revista Projeção, Direito e Sociedade. V 11, n 1. Ano 2020, p. 198 _______.Lei No 12.433, De 29 De Junho De 2011. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12433.htm>. Acesso em: 24 out. 2017.

_______. Projeto De Lei No3.174, De 29 De Junho De 2015. Disponível Em: <http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=18062 70>. Acesso em: 24 out. 2017.

ESTEFAM, A. GONÇALVES, V. E. R. Direito penal esquematizado, v. 2, 2013. FOUCAULT, M. Vigiar E. Punir- História Da Violência Nas Prisões. 37a edição ed. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2009.

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MOURA, T. W. DE; RIBEIRO, N. C. T. Levantamento Nacional De Informações Penitenciárias Infopen - 2014. Disponível em: <http://www.justica.gov.br/noticias/m j-

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MIRABETE, N. F. R. F. Manual De Direito Penal,Parte Geral, VOLUME 1. 32a edição ed. São Paulo: Atlas, 2016.

PATTERSON, E. W. Decreto Pacto de San Jose da Costa Rica - Decreto n° 678, 06/11/1992. . 1992, p. 833–865.

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