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CICLOPIROX OLAMINA: DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE MÉTODOS DE ANÁLISE

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Academic year: 2021

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(1)CICLOPIROX OLAMINA: DESENVOLVIMENTO, VALIDAÇÃO E COMPARAÇÃO DE METODOLOGIAS DE ANÁLISE. por. Ana Laura Venquiaruti Escarrone. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Área de Concentração de Controle e Avaliação de Insumos e Produtos Farmacêuticos, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas.. Santa Maria, RS, Brasil 2006. ii.

(2) Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências da Saúde Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas. A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Dissertação de Mestrado CICLOPIROX OLAMINA: DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE MÉTODOS DE ANÁLISE elaborada por Ana Laura Venquiaruti Escarrone. como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas COMISSÃO EXAMINADORA: _________________________________ Prof. Dr. Celso Figueiredo Bittencourt (Presidente/Orientador). _________________________________. Prof. Dr. Leandro Machado Rocha (UFF/ Niterói). _________________________________. Profa. Dra. Margareth Linde Athayde (UFSM/ Santa Maria). Santa Maria, 12 de setembro de 2006.. iii.

(3) DEDICO ESTE TRABALHO. Á minha família, pelo apoio e carinho em todos os momentos. Ao Ednei, pelo incentivo, amor e paciência, sempre.. iv.

(4) AGRADECIMENTOS. Ao professor Celso, pela orientação, amizade e paciência. À professora e sempre amiga Luciane, por ser um exemplo de profissional e ser humano. À Comissão Permanente de Revisão da Farmacopéia Brasileira, pelo apoio e suporte técnico; Á ANVISA, especialmente ao Dr. Victor Hugo Costa Travassos da Rosa, que possibilitou a execução deste trabalho de pesquisa. Aos amigos e colegas da Farmacopéia Brasileira, pela amizade. À amiga Nara, pelo auxílio nas correções ortográficas deste trabalho. À amiga Isabel, pelo seu companheirismo e amizade. Aos amigos da UNIFRA, em especial ao Marcos, Milene, Cláudio, Rosane, Júnior, Cléber e Marta, pela ajuda incansável e enorme amizade. Ao professor Ednei Primel, pela orientação constante. Ao professor Renato Zanella, pela atenção e ajuda. À professora Margareth Athayde, pelo carinho com que sempre me recebeu na Docência orientada. Aos familiares, em especial Romilda, Paulo e Luiza, pelo amor e apoio. A todos que contribuíram para a realização deste trabalho.. v.

(5) RESUMO Dissertação de Mestrado Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas Universidade Federal de Santa Maria CICLOPIROX OLAMINA: DESENVOLVIMENTO, VALIDAÇÃO E COMPARAÇÃO DE METODOLOGIAS DE ANÁLISE AUTORA: Ana Laura Venquiaruti Escarrone ORIENTADOR: Prof. Dr. Celso F. Bittencourt Data e Local da Defesa: A freqüência de infecções fúngicas tem aumentado, drasticamente, nas duas últimas décadas em decorrência do prolongamento da vida, inclusive de pacientes gravemente enfermos, em razão do avanço da capacidade da ciência e da tecnologia médica. Esta sobrevida ocasionou a manifestação de infecções fúngicas em novas proporções, o que aumentou o interesse pelo estudo dos fármacos antifúngicos. O ciclopirox olamina é um agente antifúngico sintético com amplo espectro de ação, com atividades antinflamatória e antibacteriana inerentes. Este fármaco não possui monografia oficial na Farmacopéia Brasileira. Neste trabalho foram desenvolvidos e validados métodos para quantificação de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica, utilizando-se Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) com detecção espectrofotométrica na região do ultravioleta (UV) e Ensaio Microbiológico por difusão em ágar. Na determinação por CLAE-UV, as análises foram conduzidas em coluna de fase reversa C18, na temperatura de 30 °C. No Ensaio microbiológico por difusão em ágar utilizou-se planejamento 3x3, empregando Candida albicans ATCC 10231 como microrganismo teste. Ambos os métodos apresentaram linearidade, precisão e exatidão adequados. Palavras-chaves: Ciclopirox olamina, Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, Difusão em ágar, Validação.. vi.

(6) ABSTRACT Dissertation for obtaining the degree of Master Post-Graduate Program in Pharmaceutical Sciences Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brazil CICLOPIROX OLAMINA: DEVELOPMENT, VALIDATION AND COMPARISON OF ANALYSIS METHODOLOGIES AUTHOR: Ana Laura Venquiaruti Escarrone ADVISOR: Prof. Dr. Celso F. Bittencourt Date and Place of Defense: The frequency of fungal infections has risen drastically during the last decades due to the increasing human lifespan, even in cases of grave sickness, because of the advance in the capacity of science and medical technology. This survival rate has brought about a manifestation of fungal infections at new proportions, which has raised the interest in studying anti-fungal drugs. Ciclopirox olamina is a synthetic anti-fungal agent with a wide spectrum of action, with inherent anti-inflammatory and anti-bacterial activities. This drug does not have an official monograph in the Brazilian Pharmacopeia.. In this study, methods for the. quantification of ciclopirox olamina as a raw material and in a topical solution were developed and validated, using High Performance Liquid Chromatography (HPLC) with detection in the ultraviolet region, and a microbiological assay by agar diffusion. In the determination by HPLC-UV, the analyses were conducted in a reverse phase column C18, at a temperature of 30º. In the microbiological assay by agar diffusion, 3x3 planning was used, employing Candida albicans ATCC 10231 as a microorganism test. Both methods presented adequate linearity, precision and accuracy. Key Words: Ciclopirox olamina, High Performance Liquid Chromatography, Agar diffusion, Validation.. vii.

(7) SUMÁRIO AGRADECIMENTOS .................................................................................................................. v RESUMO....................................................................................................................................... vi ABSTRACT .................................................................................................................................. vi SUMÁRIO.................................................................................................................................... vii LISTA DE FIGURAS................................................................................................................... xi LISTA DE TABELAS................................................................................................................. xii LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................................................... xv 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 1 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................. 3 2.1 Considerações gerais ............................................................................................................... 3 2.2 Características físico-químicas do ciclopirox olamina ......................................................... 4 2.3 Mecanismo de ação.................................................................................................................. 5 2.4 Indicações e apresentações disponíveis.................................................................................. 6 2.5 Atividade antifúngica in vitro ................................................................................................. 7 2.6 Atividades antibacteriana e antiinflamatória ..................................................................... 10 2.7 Segurança do fármaco .......................................................................................................... 12 2.8 Metabolismo e Características Farmacocinéticas .............................................................. 13 2.9 Métodos de determinação ......................................................................................................14 3. OBJETIVOS ............................................................................................................................ 15 3.1 Objetivo geral......................................................................................................................... 15 3.2 Objetivos específicos.............................................................................................................. 15 4. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................... 17 4.1 Materiais................................................................................................................................. 17 4.1.1 Substância química de referência (SQR).............................................................................. 17 4.1.2 Matéria-prima ....................................................................................................................... 17 4.1.3 Forma farmacêutica .............................................................................................................. 17 4.1.4 Solventes e reagentes............................................................................................................ 17 4.1.5 Equipamentos e acessórios ................................................................................................... 18 4.2 Metodologia............................................................................................................................ 19 4.2.1 Introdução............................................................................................................................. 19 4.2.2.Cromatografia Líquida de Alta Eficiência............................................................................ 21 4.2.2.1 Descrição dos parâmetros utilizados ................................................................................. 21 4.2.2.2 Derivatização pré-coluna................................................................................................... 22 4.2.2.3 Preparação da curva analítica ............................................................................................ 23 4.2.2.4 Cálculo para determinação de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica .......... 24 4.2.2.5 Especificidade.................................................................................................................... 25 4.2.2.6 Exatidão ............................................................................................................................. 27 4.2.2.7 Robustez ............................................................................................................................ 28 4.2.2.8 Precisão.............................................................................................................................. 29 4.2.3 Ensaio Microbiológico por difusão em ágar - cilindro em placa ......................................... 29 viii.

(8) 4.2.3.1 Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura n° 19 .............................................. 30 4.2.3.1.1Preparo dos materiais ...................................................................................................... 30 4.2.3.1.2 Preparo dos meios de cultura e diluentes........................................................................ 30 4.2.3.1.3 Padronização do método................................................................................................. 31 4.2.3.1.4 Preparação do inóculo .................................................................................................... 32 4.2.3.1.5 Preparo da solução de ciclopirox olamina SQR ............................................................. 32 4.2.3.1.6 Preparo da solução de ciclopirox olamina matéria-prima .............................................. 32 4.2.3.1.7 Preparo da solução de ciclopirox olamina solução tópica.............................................. 33 4.2.3.1.8 Ensaio ............................................................................................................................. 33 4.2.3.1.9 Cálculos .......................................................................................................................... 33 4.2.3.1.10 Validação do método analítico ..................................................................................... 34 4.2.3.1.10.1 Linearidade ................................................................................................................ 34 4.2.3.1.10.2 Teste de recuperação ................................................................................................. 34 4.2.3.1.10.3 Precisão...................................................................................................................... 35 4.2.3.2 Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura Sabouraud-dextrose ágar................36 4.2.3.2.1 Preparo de materiais........................................................................................................36 4.2.3.2.2 Preparo dos meios de cultura e diluentes.........................................................................36 4.2.3.2.3 Padronização do método................................................................................................. 37 4.2.3.2.4 Preparação do inóculo .................................................................................................... 37 4.2.3.2.5 Preparo da solução de ciclopirox olamina SQR ............................................................. 38 4.2.3.2.6 Preparo da solução de ciclopirox olamina matéria-prima .............................................. 38 4.2.3.2.7 Preparo da solução de ciclopirox olamina solução tópica.............................................. 38 4.2.3.2.8 Ensaio ............................................................................................................................. 39 4.2.3.2.9 Cálculos .......................................................................................................................... 39 4.2.3.2.10 Validação do método analítico ..................................................................................... 39 4.2.3.2.10.1 Linearidade ................................................................................................................ 39 4.2.3.2.10.2 Teste de recuperação ................................................................................................. 40 4.2.3.2.10.3 Precisão...................................................................................................................... 41 5. RESULTADOS ........................................................................................................................ 42 5.1 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência.......................................................................... 42 5.1.1 Adequabilidade do sistema cromatográfico ......................................................................... 42 5.1.2 Obtenção da curva de calibração .......................................................................................... 42 5.1.3 Especificidade....................................................................................................................... 46 5.1.4 Exatidão ................................................................................................................................ 46 5.1.4.1 Exatidão para ciclopirox olamina matéria-prima .............................................................. 46 5.1.4.2 Exatidão para ciclopirox olamina solução tópica .............................................................. 47 5.1.5 Robustez ............................................................................................................................... 48 5.1.6 Precisão................................................................................................................................. 48 5.2 Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura n° 19 ............................................... 50 5.2.1 Linearidade ........................................................................................................................... 50 5.2.2 Teste de recuperação ............................................................................................................ 52 5.2.2.1 Teste de recuperação para ciclopirox olamina matéria-prima........................................... 52 5.2.2.2 Teste de recuperação para ciclopirox olamina solução tópica .......................................... 52 5.2.3 Precisão................................................................................................................................. 53 5.2.3.1 Repetibilidade de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica.............................. 53 5.2.3.2 Precisão intermediária de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica ................. 53 5.2.4 Resultados de potência ......................................................................................................... 54 5.3 Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura Sabouraud-dextrose 4% ágar ..... 56. ix.

(9) 5.3.1 Linearidade ........................................................................................................................... 56 5.3.2 Teste de recuperação ............................................................................................................ 58 5.3.2.1 Teste de recuperação para ciclopirox olamina matéria-prima........................................... 58 5.3.2.2 Teste de recuperação para ciclopirox olamina solução tópica .......................................... 59 5.3.3 Precisão................................................................................................................................. 59 5.3.3.1 Repetibilidade de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica.............................. 59 5.3.3.2 Precisão intermediária de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica ................. 60 5.3.4 Resultados de potência ......................................................................................................... 61 5.4 Análise comparativa dos métodos propostos ...................................................................... 63 6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS....................................................................................... 66 7. CONCLUSÕES.........................................................................................................................72 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 74 9. ANEXOS...................................................................................................................................80. x.

(10) LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – Estrutura química do ciclopirox olamina..................................................4 FIGURA 2 – Representação gráfica da curva de calibração de ciclopirox olamina SQR, obtida através de CLAE-UV e sua respectiva equação da reta..........................43 FIGURA 3 – Cromatograma obtido para o ciclopirox olamina SQR, na concentração de 10 µg/ml....................................................................................................................45 FIGURA 4 – Cromatograma obtido para o ciclopirox olamina SQR, na concentração de 40 µg/ml....................................................................................................................45 FIGURA 5 – Cromatograma obtido para o ciclopirox olamina SQR, na concentração de 80 µg/ml....................................................................................................................45 FIGURA 6 – Representação gráfica da curva de calibração de ciclopirox olamina SQR, obtida através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura n° 19....51 FIGURA 7 - Representação gráfica da curva de calibração de ciclopirox olamina SQR, obtida através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura Saborauddextrose 4% ágar...........................................................................................................57 FIGURA 8 – Representação gráfica da análise comparativa das médias encontradas nos diferentes métodos para o ciclopirox olamina matéria-prima................................64 FIGURA 9 - Representação gráfica da análise comparativa das médias encontradas nos diferentes métodos para o ciclopirox olamina matéria-prima................................65. xi.

(11) LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Concentração Inibitória Mínima de ciclopirox olamina, obtida contra os microrganismos testados, expressa em µg/ml.................................................................9 TABELA 2 – Concentração Inibitória Mínima encontrada para três agentes antifúngicos, expressa em µg/ml, contra bactérias gram-positivas e gram-negativas..11 TABELA 3 - Parâmetros utilizados para a execução do método por CLAE-UV.........22 TABELA 4 - Concentrações finais da solução padrão para obtenção da curva de calibração de ciclopirox olamina por CLAE-UV..........................................................24 TABELA 5 - Diluições realizadas para o teste de recuperação para ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica através de CLAE-UV................................................28 TABELA 6 - Parâmetros utilizados na avaliação da potência de cilopirox olamina matéria-prima e solução tópica, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura n° 19.............................................................................................................31 TABELA 7 – Diluições realizadas para o teste de recuperação de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura n° 19..................................................................................................................35 TABELA 8 – Parâmetros utilizados na avaliação da potência de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura Sabouroud-dextrose 4% ágar.......................................................................37 TABELA 9 – Diluições realizadas para o teste de recuperação de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica método através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura Sabouroud-dextrose 4% ágar..............................................................40 TABELA 10 – Valores de áreas absolutas para a curva de calibração de ciclopirox olamina SQR, através de CLAE-UV.............................................................................43 TABELA 11 - Análise de variância (ANOVA) das áreas absolutas determinadas para a obtenção da curva de calibração de ciclopirox olamina SQR, através de CLAEUV.................................................................................................................................44. xii.

(12) TABELA 12 – Valores experimentais obtidos no teste de recuperação, realizado em amostras de ciclopirox olamina matéria-prima, através de CLAE-UV....................47 TABELA 13 – Valores experimentais obtidos no teste de recuperação, realizado em amostras de ciclopirox olamina solução tópica, através de CLAE-UV...................47 TABELA 14 - Alterações sofridas e valores experimentais obtidos durante a quantificação de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica, na avaliação da robustez do método...................................................................................................48 TABELA 15 - Valores experimentais obtidos para o doseamento de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica, através de CLAE-UV, em diferentes dias............................................................................................................................49 TABELA 16 - Valores experimentais obtidos para o doseamento de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica, através de CLAE-UV, em um mesmo dia ..................................................................................................................................49 TABELA 17 - Diâmetros médios dos halos de inibição, obtidos na determinação da curva de calibração de ciclopirox olamina SQR, através de Ensaio microbiológico empregando meio de cultura n° 19...........................................................................50 TABELA 18 - Analise de variância (ANOVA) dos halos de inibição determinados para obtenção da curva de calibração de ciclopirox olamina SQR, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura n° 19.................................................51 TABELA 19 - Valores experimentais obtidos no teste de recuperação, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura n° 19, para ciclopirox olamina matéria-prima............................................................................................................52 TABELA 20 - Valores experimentais obtidos no teste de recuperação, através do Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura n° 19, para ciclopirox olamina solução tópica...........................................................................................................52 TABELA 21 – Valores experimentais obtidos na determinação de teor de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura n° 19, em um mesmo dia..................53 TABELA 22 – Valores experimentais obtidos na determinação de teor de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura n° 19, em diferentes dias............................................................................................................................54 TABELA 23 – Valores de potência encontrados para ciclopirox olamina matériaprima, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura n° 19..............................................................................................................................55 TABELA 24 – Valores de potência encontrados para ciclopirox olamina solução tópica, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura n° 19..............................................................................................................................56 xiii.

(13) TABELA 25 - Diâmetros médios dos halos de inibição, obtidos na determinação da curva de calibração de ciclopirox olamina SQR, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura Sabouroud-dextrose 4% ágar..........................................57 TABELA 26 - Analise de variância (ANOVA) dos halos de inibição, obtidos na determinação da curva de calibração de ciclopirox olamina SQR, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cutura Sabouroud-dextrose 4% ágar.................58 TABELA 27 - Valores experimentais obtidos no teste de recuperação, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura Sabouroud-dextrose 4% ágar, para ciclopirox olamina matéria-prima.........................................................................58 TABELA 28 - Valores experimentais obtidos no teste de recuperação, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura Sabouroud-dextrose 4% ágar, para ciclopirox olamina solução tópica.........................................................................59 TABELA 29 – Valores experimentais obtidos na determinação de teor de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura Sabouroud-dextrose 4% ágar, em um mesmo dia..........60 TABELA 30 – Valores experimentais obtidos na determinação de teor de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura Sabouroud-dextrose 4% ágar, em diferentes dias...........61 TABELA 31 – Valores de potência encontrados para ciclopirox olamina matériaprima, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura Sabourouddextrose 4% ágar...........................................................................................................62 TABELA 32 – Valores de potência encontrados para cilopirox olamina solução tópica, através de Ensaio Microbiológico empregando meio de cultura Sabouroud-dextrose 4% ágar.........................................................................................................................63. xiv.

(14) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS. ANOVA Análise de variância ATCC. American Type Culture Collections. °C. Graus centrígrados. C18. Octadecilsilano. CIM. Concentração Inibitória Mínima. CLAE. Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. CV%. Coeficiente de Variação Percentual. DMSO. Dimetilsulfóxido. DP. Desvio Padrão. gl. Graus de Liberdade. HPLC. High Performance Liquid Chromatography. µg. Micrograma. mg. Miligrama. ml. Mililitro. NCCLS. National Committee for Clinical Laboratory Standards. nm. Nanômetros. r. Coeficiente de correlação de Pearson. SIDA. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. SQR. Substância Química de Referência. UV. Ultravioleta. xv.

(15) 1. 1. INTRODUÇÃO O ser humano tem tido contato com fungos desde épocas remotas da história, beneficiando-se dos seus usos e sofrendo as conseqüências de suas infecções (VERA e CERVERA, 2001). As infecções fúngicas em humanos variam de micoses simples, superficiais e de fácil tratamento até micoses sistêmicas, disseminadas a vários órgãos e que são potencialmente fatais (SILVA, 2002). Em um indivíduo com saúde normal, a maioria das infecções por fungos não se disseminam em função da competição com a flora bacteriana normal. Quando o sistema imunológico está comprometido existe aumento na probabilidade de ocorrência dessas infecções (QUINDÓS, 2002). Atualmente são oferecidas novas possibilidades terapêuticas para doenças até recentemente consideradas fatais, como a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), leucemias, neoplasias sólidas, afecções crônicas e irreversíveis dos rins, coração e fígado, melhorando o prognóstico dos pacientes. Com isso, tem surgido uma população de imunodeprimidos, ensejando, ao mesmo tempo, o aparecimento de processos micóticos oportunistas e de resistência aos fármacos disponíveis (LORTHOLARY e DUPONT, 1997). A introdução de novos agentes antifúngicos na terapêutica, nas três últimas décadas, permitiu um importante progresso no tratamento das micoses superficiais e sistêmicas (ARAÚJO e SILVEIRA, 1996). O ciclopirox olamina é um agente antifúngico derivado da hidroxipiridona que difere, em estrutura e mecanismo de ação, dos demais antimicóticos. Este antifúngico inibe a recaptação celular de compostos essenciais e, em altas concentrações, pode alterar a permeabilidade da célula fúngica (GUPTA e SKINNER, 2003). Possui um amplo espectro de ação contra dermatofitoses na pele, unhas e cabelos, sendo um agente fungicida e fungistático com atividades antiinflamatórias e antibacteriana inerentes (GUPTA, 2001). O presente trabalho contempla o estudo do desenvolvimento e validação de metodologias para a determinação de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica, empregando Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com detecção na região do Ultravioleta (CLAE-UV) e Ensaio Microbiológico por difusão em ágar..

(16) 2. O desenvolvimento de novas metodologias para a determinação deste fármaco justifica-se no fato de sua grande utilização terapêutica e, também, pela ausência de monografia para o ciclopirox olamina em nosso código oficial..

(17) 3. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Considerações gerais Infecções superficiais causadas por fungos representam um dos problemas sanitários de maior alcance na população mundial de todas as idades, podendo ser comparadas com as cáries dentárias e os resfriados, quanto à sua incidência e prevalência (VERA e CERVERA, 2001). As infecções fúngicas têm sido importantes causas de mortalidade e morbidade em pacientes cirúrgicos e em outras condições imunossupressivas, como em pacientes transplantados ou infectados por SIDA (JONHSON, 2000). A resposta terapêutica para as infecções fúngicas superficiais teve grande evolução a partir dos dois últimos séculos, melhorando não só sua eficiência e espectro de ação como também sua tolerabilidade e tempo de tratamento (CARAZO et al., 1999). Existe uma série de agentes tópicos usados para o tratamento de micoses superficiais. Muitos dos fármacos mais antigos, como a violeta genciana, o enxofre e o iodo dificilmente são indicados na atualidade (ARAÚJO e SILVEIRA, 1996). Nesse sentido podem-se considerar três etapas no desenvolvimento de fármacos antifúngicos. A primeira, atingindo a década de 1940-1950, na qual se utilizaram tratamentos tópicos tradicionais que atuavam como esfoliantes químicos da camada córnea (queratolíticos) e antifúngicos fracos. Entre os preparados de maior uso destacou-se o ungüento de Whiffield (ácido benzóico 6% e ácido salicílico 3%), os corantes fenólicos como fuccina 0,3% e violeta genciana 0,5%, entre outros. Numa segunda etapa, entre os anos de 1950 e 1980, foram sintetizados os primeiros antifúngicos de uso tópico e sistêmico, como o tolnaftato, a haloprogina, a griseofulvina e os imidazólicos (econazol, miconazol, clotrimazol e cetoconazol). Também nesta época foram introduzidos os inibidores da síntese de pirimidinas, como a 5-fluorocitosina e os poliênicos, como a nistatina e a anfotericina B. A terceira etapa começou na década de 1980, com o desenvolvimento de novos triazóis: itraconazol, fluconazol e voriconazol; de novas formulações de antifúngicos poliênicos já conhecidos (anfotericina B em lipossomas, complexo lipídico ou em dispersão coloidal, nistatina em lipossomas, etc...); das alilaminas (naftifina, terbinafina, etc...), novas moléculas ativas por.

(18) 4. via oral e de outros antifúngicos de uso tópico exclusivo, como ciclopirox olamina e amorolfina. (VERA e CERVERA, 2001).. 2.2 Características físico-químicas do ciclopirox olamina • Nome químico: sal etanolamínico de 6-cicloexil-1-hidroxi-4-metil-2-piridona; • Fórmula molecular: C12H17NO2.C2H7NO; • Massa molecular: 268,35 g/mol; • Estrutura química: ver Figura 1; • Aparência: pó cristalino branco ou amarelo claro; • Solubilidade: pouco solúvel em água, muito solúvel em etanol e cloreto de metileno, pouco solúvel em acetato de etila, praticamente insolúvel em cicloexano (THE MERCK INDEX, 2001; AKIMOTO e HIRAYAMA, 2003; BRITISH PHARMACOPOEIA, 2006).. FIGURA 1 - Estrutura química do ciclopirox olamina. O ciclopirox olamina é um derivado de hidroxipiridona, formado a partir de um sal de etanolamina de 6-cicloexil-1-hidroxi-4-metil-2-piridona (GUPTA e PLOTT, 2004)..

(19) 5. 2.3 Mecanismo de ação O ciclopirox olamina teve seu primeiro relato como um possível agente antifúngico em 1973 (DITTMAR e LOHAUS, 1973). A maioria dos estudos detalhando o mecanismo de ação deste fármaco foi publicada aproximadamente 30 anos atrás, na época que o ciclopirox olamina foi sintetizado e introduzido na terapêutica clínica (NIEWERTH et al., 2003). Quando sua utilização tornou-se mais freqüente, foram publicados os resultados de muitas investigações sobre sua eficácia e a comparação da sua ação com outros agentes antifúngicos (ABRANS et al., 1992). Diferentemente da maioria dos agentes antifúngicos, o ciclopirox olamina não exerce efeitos sobre a biossíntese do esterol e seu mecanismo de ação é complexo, interferindo em vários processos metabólicos da célula fúngica (KORTING e GRUUNDMANN-KOLLMANN, 1997). Estudos demonstram que o ciclopirox olamina exerce seu efeito primário através da interferência na recaptação e na acumulação de precursores da síntese de macromoléculas da célula fúngica. A alteração na permeabilidade celular só é verificada quando o fármaco se apresenta em altas concentrações (ABRANS et al., 1992). O ciclopirox olamina possui alta afinidade por metais trivalentes, como o Fe+3 e Al+3. A captura destes co-fatores enzimáticos essenciais tem efeito inibitório nas enzimas do citocromo, que estão envolvidos no processo mitocondrial de transporte de elétrons (KOKJOH et al., 2003). Adicionalmente, a atividade da catalase e peroxidase, responsáveis pela degradação intracelular de peróxidos tóxicos, é fortemente inibida na presença deste fármaco (BOHN e KRAMER, 2000). Estudos de SAKURAI et al., de 1978, já demonstravam que a recaptação de nutrientes no meio intracelular é primariamente afetada. Nas células em crescimento, a depleção intracelular de aminoácidos essenciais e nucleotídeos secundários contribui para a redução na síntese de proteínas e aminoácidos (Sakurai et al., 1978 apud BOHN e KRAEMER, 2000). As investigações in vitro, com o emprego de microscopia eletrônica, demonstraram que o ciclopirox olamina modifica a membrana plasmática de dermatófitos e Candida albicans. O efeito na estrutura da célula in vivo demonstra visível desorganização das estruturas internas e sérios danos na membrana (GASPARINI et al., 1986; DEL PALACIO HERNANZ et al., 1990)..

(20) 6. A complexidade do seu mecanismo de ação pode gerar uma diminuição na ocorrência de resistência, quando comparado a outros agentes antifúngicos. Comprovando esta afirmação, verifica-se que foram encontrados poucos relatos de cepas resistentes (BOHN e KRAEMER, 2000). Uma característica dos derivados de hidroxipiridona, que os difere dos agentes antifúngicos usuais, é a sua ação fungicida também contra células que não estão em multiplicação. Esta propriedade é importante, uma vez que as infecções nas unhas causadas por fungos ocorrem sob condições desfavoráveis ao crescimento dos patógenos (BOHN e KRAEMER, 2000).. 2.4 Indicações e apresentações disponíveis O ciclopirox olamina é um agente antifúngico sintético de amplo espectro que inibe o crescimento de fungos (GUPTA, 1991; GUPTA et al., 2003; GUPTA e SKINNER, 2003), sendo indicado para a terapia de: -. Infecções cutâneas no corpo (ex: Tinea corporis);. -. Infecções cutâneas nos pés (ex: Tinea pedis);. -. Infecções cutâneas na virilha (ex: Tinea cruris);. -. Dermatite seborréica do couro cabeludo;. -. Fungos do sol (ex: Tinea versicolor e Pityriasis versicolor) e várias outras infecções por fungos, como Candida monilia.. É o fármaco de primeira escolha no tratamento tópico de candidíases cutâneas, Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea pedis e Tinea versicolor e de segunda escolha no tratamento de onicomicoses (EFFENDY, 1995; GUPTA et al., 2003; ALY et al, 2003a; ALY et al., 2003b). O ciclopirox olamina está disponível nas seguintes formas farmacêuticas: creme, solução tópica, suspensão tópica, esmalte, xampu e pó (MARTINDALE, 2005). No Brasil, está disponível nas formas de creme dermatológico, creme vaginal, xampu, esmalte e solução tópica (DICIONÁRIO de Especialidades Farmacêuticas, 2005-06; DICIONÁRIO Terapêutico Guanabara, 2005-06)..

(21) 7. 2.5 Atividade antifúngica in vitro. O ciclopirox olamina é um agente fungicida e fungistático, com atividade in vitro contra amplo espectro de fungos, incluindo dermatófitos, actinomicetos, fungos dimórficos, eumicetos, entre outros gêneros. Para a maioria dos dermatófitos (espécie Trichophyton, Microsporum, Epidermophyton) e leveduras (Candida sp., Criptococcus neoformans, Saccharomyces cereviseae), a concentração inibitória mínima (CIM) se encontra dentro da faixa de 0,9 a 3,9 µg/ml quando estes microrganismos estão cultivados em meio Sabouraud-dextrose, livre de certos metais. Vários outros fungos, incluindo cepas selecionadas de espécies de Aspergillus, são inibidos por ciclopirox olamina nas concentrações de 1,9 a 15,6 µg/ml (ABRAMS et al., 1992). O ciclopirox olamina age parcialmente por complexação de íons metálicos e consequentemente sua atividade in vitro depende da concentração de íons metálicos livres no meio utilizado para a cultura. Por isso, a composição do meio é um importante fator na determinação da CIM (MAC KERROW et al., 1991). Dois estudos independentes, realizados com modelo de pele de porcos, demonstraram resultados favoráveis. Eles verificaram a atividade do ciclopirox olamina comparando-a com os agentes antifúngicos tópicos oxiconazol, naftifina e bifonazol, sob a forma farmacêutica creme 1%. Em ambos os estudos foram demonstrados efeito inibitório de 93% para o ciclopirox olamina, enquanto que os outros agentes obtiveram menos que 50% de atividade, quando comparados ao controle (ALY et al., 1989; HANEL et al., 1988). HANEL et al., 1988 observaram, também, alta atividade fungicida do ciclopirox olamina em comparação com oxiconazol e bifonazol. Para a determinação desta atividade, o microrganismo Trichophyton mentagrophytes foi submetido, durante 1 hora, à exposição do ciclopirox olamina, na forma farmacêutica creme 1%, tendo o fármaco demonstrado efeito inibitório de 98%. Outros antifúngicos testados, nas mesmas condições, demonstraram porcentagens de atividade inferior ao medicamento de estudo. Encontrou-se a seguinte ordem de atividade: ciclopirox olamina creme 1% > oxiconazol creme 1% > bifonazol creme 1%. Esta ordem de atividade se mantém quando os fármacos são, igualmente, testados em modelo de pele humana..

(22) 8. O ciclopirox olamina demonstra, também, maior atividade in vitro contra Candida albicans em relação a outros antimicóticos testados. Os dados foram obtidos com o emprego do teste de ultrafiltração de tecidos, que obedece aos seguintes procedimentos de execução: - o agente tópico é aplicado em uma porção de amostra de pele; - as camadas da pele são separadas; - a Candida albicans é inoculada nas camadas mais profundas; - são preparadas culturas com as amostras de tecido para determinar o número de unidades formadoras de colônias. A ordem de atividade dos cremes foi: ciclopirox olamina > tioconazol > oxiconazol > miconazol > econazol > clotrimazol > bifonazol >naftifina (ALY et al., 1989). Dados mais recentes, utilizando o método de microdiluição, preconizado pelo National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS, 1997), confirmaram a atividade antifúngica de amplo espectro do ciclopirox olamina. Os resultados estão descritos na Tabela 1..

(23) 9. TABELA 1 – Concentração Inibitória Mínima do ciclopirox olamina, obtida contra os microrganismos testados, expressa em µg/ml. Microrganismos. KOKJONH et al., 2003. HANEL et al., 1988. JUE et al., 1985. testados / Autores CIM (n). CIM (n). CIM (n). 0,06-0,125 (5). 1,50 (47). 0,9-3,9 (36). Trichophyton rubrum. 0,125 (5). 0,98 (18). 0,5-3,9 (45). Tricophyton. 0,3-0,6 (5). 0,98 (1). 0,9-1,9 (6). 0,004-0,06 (5). 0,98 (1). 0,5-3,9 (6). 0,03 (4). 0,24 (1). 0,9-1,9 (8). Candida albicans. 0,06-0,25 (5). 1,5 (42). 0,9-3,9 (50). Malassezia furfur. 0,001-0,125 (5). ____. 0,9-3,9 (18). Candida tropicalis. ------. 2,5 (15). 0,9-3,9 (7). Candida krusei. ------. 0,98 (11). 0,9-3,9 (15). Saccharomyces. ------. 0,98 (1). 1,9 (5). ------. 6,0 (4). 0,9-3,9 (6). ------. 0,98 (1). 0,9-1,9 (4). Aspergillus niger. ------. 1,95 (1). 3,9 (1). Aspergillus flavus. ------. 0,98 (2). 1,9 (2). Aspergillus fumigatus. ------. ------. 1,9-7,8 (5). Fusarium solani. ------. ------. 31,3 (2). Trichophyton mentagrophytes. tonsurans Microsporum canis Epidermophyton floccosum. cerevisiae Cryptococcus neoformans Blastomyces dermatitis. (n) número de diferentes cepas testadas para cada espécie de fungos.

(24) 10. 2.6 Atividades antibacteriana e antiinflamatória As dermatofitoses, incluindo as onicomicoses, podem causar sérias complicações devido às infecções bacterianas secundárias. Em função disso é de suma importância a atividade antimicrobiana exercida pelo ciclopirox olamina. Este fármaco se distingue dos demais agentes antifúngicos por apresentar atividade antibacteriana mais uniforme e com maior espectro de ação (GUPTA e PLOTT, 2004). O ciclopirox olamina possui comprovada atividade in vitro contra muitas bactérias grampositivas e negativas. A atividade antibacteriana deste agente é superior, quando comparada a outros agentes antimicóticos, principalmente contra bactérias gram-negativas (ABRAMS et al., 1992; BOHN e KRAEMER, 2000). Sua atividade contra Escherichia coli, Proteus mirabilis, Pseudomonas aeroginosa e espécies de Staphylococcus e Streptococcus foi descrita por BELLIARDO et al., 1991. A atividade antibacteriana in vitro de ciclopirox olamina, nitrato de econazol e cloridrato de butenafina foi, recentemente, reportada por KOKJOHN et al., 2003. Os autores utilizaram o método da microdiluição padronizada, preconizado pelo NCCLS e as CIM foram determinadas para isolados de bactérias. O ciclopirox olamina demonstrou atividade contra todas as bactérias gram-negativas e gram-positivas testadas, apresentando variação na CIM de 0,004 a 0,25 µg/ml, conforme demonstrado na Tabela 2, que inclui também a atividade do nitrato de econazol e do cloridrato de butenafina..

(25) 11. TABELA 2 – Concentração Inibitória Mínima encontrada para três agentes antifúngicos, expressa em µg/ml, contra bactérias gram-positivas e gram-negativas. Isolados de bactérias. Número de. ciclopirox. nitrato de. cloridrato de. isolados. olamina. econazol. butenafina. Staphylococcus aureus. 5. 0,5. 0,03. >128. Streptococcus -hemolíticos. 5. 0,06-0,125. 0,03-0,25. 4-16. Micrococcus luteus. 2. 0,25-2. 0,004. >32. Micrococcus sedentarius. 3. 0,25. 0,002-0,015. >32. Brevibacterium species. 5. <0,06-0,25. 0,004-0,015. >32. Corynebacterium species. 2. 0,25. 0,004-0,008. <0,001 > 32. Corynebacterium. 3. 0,25. 0,008-0,015. <0,001. Pseudomonas aeruginosa. 5. 0,5-2. >128. >128. Proteus mirabilis. 5. 0,5. >128. >128. Escherichia coli. 5. 0,5. >128. >128. Klebsiella pneumoniae. 5. 0,5. >128. >128. minutissimum. A atividade do ciclopirox olamina contra bactérias é particularmente relevante nos casos de infecções por Tinea pedis, que geralmente associam-se ao crescimento de bactérias, principalmente as gram-negativas (GUPTA e PLOTT, 2004). O ciclopirox olamina possui, também, atividade antiinflamatória inerente, fator importante uma vez que as infecções fúngicas podem ser complicadas pela presença de processos inflamatórios (GUPTA, 2001). A atividade antiinflamatória tem sido estudada através de diferentes modelos. Em um ensaio de edema induzido pelo ácido araquidônico, onde vários agentes antifúngicos foram estudados, o ciclopirox olamina demonstrou melhor efeito de inibição do edema, efeito este similar aos agentes antiinflamatórios de referência (indometacina e desoximetasona) (GUPTA, 2001). Outros estudos compararam a habilidade de preparações antifúngicas em suprimir o eritema em resposta à exposição in vivo aos raios UV-B, gerados por um simulador solar. O ciclopirox olamina apresentou os melhores resultados, seguido por alilaminas, azóis e hidrocortisona (BOHN e KRAEMER, 2000; ROSEN et al., 1997)..

(26) 12. Sua atividade contra bactérias gram-positivas e negativas, assim como suas propriedades antiinflamatórias, faz com que esse fármaco seja efetivo em infecções com inflamações cutâneas e dermatofitoses com infecções bacterianas secundárias (KOKJONH et al., 2003).. 2.7 Segurança do fármaco Os efeitos adversos no uso de ciclopirox olamina, para o tratamento de micoses superficiais, são raros, sendo o fármaco bem tolerado após aplicação cutânea ou vaginal. Os efeitos adversos mais comumente observados incluem sensação de queimação na pele, irritação, vermelhidão, dor ou prurido, os quais são reportados em menos de 5% dos pacientes, na maioria dos estudos descritos (ABRAMS et al., 1992; BOHN e KRAEMER, 2000; GUPTA e SKINNER, 2003). Ainda não se determinou a eficácia e a segurança do fármaco para crianças menores de 10 anos de idade, mas há indicações que este medicamento não deve ser usado em gestantes ou lactantes (SILVA, 2002). A administração subcutânea em ratos, por longo período, em concentrações maiores que 10 mg/Kg, causa reações locais (Mizukami et al., 1975 apud JUE et al., 1985). A toxicidade deste fármaco foi testada em vários modelos animais, assim como a sua carcinogenicidade e mutagenicidade, para os quais não se demonstrou potencialidade em nenhum dos efeitos testados (JUE et al., 1985; GUPTA e SKINNER, 2003). Outro ponto importante é o fato de que, mesmo tendo sido introduzido na terapia clínica há mais de duas décadas, não houve relato de casos de resistência ao fármaco por fungos (NIEWERTH et al., 2003)..

(27) 13. 2.8 Metabolismo e Características Farmacocinéticas Depois de aplicado sobre a pele, o ciclopirox olamina penetra pela epiderme até a derme e, mesmo com a ocorrência de oclusão, somente é absorvida quantidade inferior a 1,5% do fármaco para a circulação sistêmica (GOODMAN e GILMAN, 1996). Resultados de estudos farmacocinéticos clínicos e pré-clínicos demonstraram que a aplicação tópica de ciclopirox olamina resulta em concentrações do fármaco que excedem a CIM para os microrganismos sensíveis através da epiderme e em níveis da derme. Os resultados destes estudos in vitro e in vivo evidenciam a rápida permeação do ciclopirox olamina através da pele e confirma a habilidade em penetrar através das unhas (GUPTA e SKINNER, 2003; BOHN e KRAEMER, 2000; MYOUNG e CHOI, 2003). A rápida permeação do ciclopirox olamina no estrato córneo e epiderme foi demonstrada em um modelo in vitro, utilizando amostras de pele humana e de porcos (ALY et al., 1989). Em testes realizados para o ciclopirox olamina e econazol, a completa supressão do crescimento de Trichophyton mentagrophytes foi notada após 4 e 24 horas de incubação, respectivamente (Ceschin-Roques et al., 1991 apud ABRANS et al., 1992). Este estudo relata, ainda, que a inibição completa não foi obtida com nenhum outro agente antifúngico testado além do ciclopirox olamina, incluindo clotrimazol, miconazol, ácido benzóico e tolnaftato. Estudos sobre a permeação do fármaco foram, também, realizados in vivo. A cinética de absorção em humanos foi determinada em estudos realizados em 10 voluntários sadios. Ciclopirox olamina creme 1% foi aplicado nos antebraços dos voluntários e, transcorridas 2, 6 e 24 horas, foram coletadas amostras de estrato córneo (Ceschin-Roques et al., 1991 apud ABRANS et al., 1992). Estudos utilizando radioatividade e solução marcada de ciclopirox olamina a 1% demonstraram que a substância é absorvida na concentração de 1,3% da dose aplicada em porção de pele de 750 mm², com oclusão de 6 horas (PHYSICIAN’S Desk Reference, 1990 apud GUPTA, 2001). O ciclopirox olamina penetra nos cabelos e nas glândulas sebáceas via epiderme e folículos pilosos. Além disso, o fármaco possui uma ação de reserva, em decorrência de depositar-se no estrato córneo (PHYSICIAN’S Desk Reference, 1999 e COMPENDIUM of Pharmaceutical and Specialties, 1999 apud GUPTA, 2001)..

(28) 14. Foram realizados estudos in vitro para demonstrar que o ciclopirox olamina, na sua apresentação de esmalte, é capaz de atingir o sítio da infecção fúngica na unha, ou sob ela. Estes utilizaram como modelo pele de porco e unhas humanas (Cechin-Roques et al., 1991 apud ABRANS et al. 1992) e, também, pele bovina e ovina (MERTIN et al., 1997). Após administração oral em ratos, o ciclopirox olamina é rapidamente distribuído para todos os tecidos, com maiores concentrações nos rins, fígado e músculo do estômago. A transferência pela placenta parece ser aparentemente insignificante (JUE et al., 1985). A meiavida é de 1,7 horas e não há tendência de acúmulo sistêmico (GOODMAN e GILMAN, 1996).. 2.9 Métodos de determinação. O ciclopirox olamina encontra-se inscrito na Farmacopéia Americana (USP 29, 2006), onde constam monografias oficiais para a matéria-prima e para as especialidades farmacêuticas creme e suspensão tópica. Para a determinação quantitativa destas formas farmacêuticas é indicado o método espectrofotométrico, na região do visível, empregando-se sulfato de ferro III como reagente de cor. Para a determinação da matéria-prima, é preconizado o método potenciométrico. A substância sob estudo aparece inscrita nas Farmacopéias Européia (EUROPEAN Pharmacopeia, 2005) e Britânica (BRITISH Pharmacopeia, 2006) somente como matéria-prima, sendo determinada por meio de titulação potenciométrica. O fármaco objeto do presente estudo não possui monografia oficial descrita na 4ª Edição da Farmacopéia Brasileira. Os procedimentos de quantificação descritos na literatura incluem determinação espectrofotométrica (USP 25, 2002), determinações polarográficas (IBRAHIN e EL-ENANY, 2003a; IBRAHIN e EL-ENANY, 2003b; MERTIN e LIPPOLD, 1997) e cromatográficas (LEHR e DAMM, 1985; BELLIARDO et al., 1991; COPPI e SILINGARDI, 1992; MYOUNG e CHOI, 2003). Nas determinações cromatográficas de ciclopirox olamina, onde se faz uso de sílica como fase estacionária, pode ocorrer problemas de adsorção do fármaco nesta fase, resultando em.

(29) 15. curvas de calibração não-lineares (BELLIARDO et al., 1991; LEHR e DAMM, 1985; GAGLIARDI et al., 1998). A literatura consultada não preconiza o Ensaio Microbiológico para a avaliação da potência do ciclopirox olamina, entretanto encontram-se publicações que descrevem a determinação de sua concentração inibitória mínima frente a uma ampla variedade de microrganismos (POLAK et al., 2004; MUNOZ et al., 2002)..

(30) 16. 3. OBJETIVOS 3.1 Objetivo geral. O presente trabalho objetiva desenvolver e validar metodologias de análise para a determinação de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica.. 3.2 Objetivos específicos •. desenvolver e validar procedimento analítico por CLAE, com detecção na região do ultravioleta, para a determinação do ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica;. •. desenvolver e validar procedimento analítico empregando Ensaio Microbiológico de potência, utilizando o método por difusão em ágar e meio de cultura n° 19, para a determinação do ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica;. •. desenvolver e validar procedimento analítico empregando Ensaio Microbiológico de potência, utilizando o método por difusão em ágar e meio de cultura Sabouraud-dextrose 4% ágar, para a determinação do ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica;. •. realizar análise estatística comparativa das metodologias desenvolvidas para determinação de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica..

(31) 17. 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 Materiais 4.1.1 Substância química de referência (SQR). Utilizou-se como SQR ciclopirox olamina produzido pela Farmacopéia Americana, tendo como número de catálogo 1134030, lote HOC207.. 4.1.2 Matéria-prima. Utilizou-se o ciclopirox olamina matéria-prima de procedência chinesa, fabricado por Changzhou Cmwin, em 06/2004, lote original 20040601, distribuído pela empresa EmbraFarma Expertise, lote interno 4894, fracionado em 19/08/2004 e com validade até 06/2007.. 4.1.3 Forma farmacêutica. Utilizaram-se amostras de solução tópica de ciclopirox olamina*, na concentração de 10 mg/ml, adquiridas no comércio local e que continham como veículo macrogol 400, álcool isopropílico e água purificada. 4.1.4 Solventes e reagentes •. Acetonitrila grau cromatográfico (Merck). __________________________________________________________________________ *Loprox® produzido por Aventis Pharma Ltda, lote 500389, fabricado em 02/2005, com validade até 01/2008..

(32) 18. •. Fosfato de potássio monobásico PA-ACS (Synth). •. Dimetilsulfóxido (DMSO) PA-ACS (Synth). •. Hidróxido de sódio PA (Merck). •. Trietilamina PA (Merck). •. Hexano PA (Merck). •. Metanol PA (Merck). •. Metanol grau cromatográfico (Merck). •. Ácido fosfórico (Merck). •. Dimetilsulfato PA (Vetec). •. Água purificada Milli-Q. •. Solução tampão pH 4,0 (Merck). •. Solução tampão pH 7,0 (Merck). •. Meio Yeast Medium agar ( YMA) (Difco). •. Meio Antibiótico n° 19 (Difco). •. Meio Sabouraud Dextrose ágar (Merck). 4.1.5 Equipamentos e acessórios •. Balança analítica Bosch SAE 200. •. Lavadora ultrasônica Unique USC 1400. •. Autoclave Phenix. •. Bomba de vácuo Prismatec. •. Câmara ultravioleta Byko Spectra. •. Espectrofotômetro Espectronic Genesys 2. •. Cubetas de quartzo 10 mm Helma 100 QS. •. Membrana filtrante acetato de celulose 0,45µm, 47 mm Sartorius. •. Membrana filtrante de nylon 0,45µm, 47 mm Wathman. •. Kit de filtração Millipore. •. Pipetador automático Trasferpette Brand 20-200 µl. •. Pipetador automático Transferpette Brand 0,5-5 ml.

(33) 19. •. Paquímetro digital Starrett. •. Potenciômetro digital Schott FieldLAB pH. •. Purificador de água Milli-Q Millipore. •. Estufa digital ECB. •. Membrana filtrante Minisart RC Millipore. •. Vórtex Phoenix AP-56. •. Forno para coluna CTO 10 Asvp Shimadzu. •. Coluna LiChroCART 250-4 LiChrospher RP-18e Merck. •. Pré-coluna LiChrospher RP-18e Merck. •. Cromatógrafo líquido Shimadzu, equipado com bomba modelo LC-10AD, detector com comprimento de onda variável UV/VIS modelo SPD-10 Avp, controlador SLC-10Avp, integrador automático computadorizado com software Class VP® e injetor automático SIL-10Avp.. 4.2 Metodologia. 4.2.1 Introdução. A escolha de um procedimento analítico adequado requer a avaliação de múltiplos fatores, como a estrutura química e as propriedades físico-químicas do fármaco. Deve-se, também, considerar as disponibilidades econômicas de equipamentos e reagentes. A utilização de dados analíticos não confiáveis pode conduzir a decisões desastrosas e a prejuízos financeiros. Para garantir que um novo método analítico gere informações confiáveis e interpretáveis sobre a amostra, ele deve passar por um procedimento denominado validação (RIBANI et al., 2004). A literatura consultada apresenta definições variadas de validação de métodos e pode-se dizer que os conceitos continuam evoluindo e estão constantemente sob consideração das agências reguladoras. Conforme a Resolução da ANVISA RE n° 899, de 29 de maio de 2003, “a.

(34) 20. validação deve garantir, através de estudos experimentais, que o método atenda às exigências das aplicações analíticas, assegurando a confiabilidade dos resultados” (BRASIL, 2003). Os parâmetros para a validação dos métodos têm sido definidos por diversas organizações nacionais e internacionais. Algumas definições estabelecidas pelas organizações diferem entre si. Uma tentativa para harmonizar estas diferenças foi procedida através do ICH - International Conference on Harmonization (RIBANI et al., 2004; ICH, 1996). A validação dos métodos analíticos propostos neste estudo foi baseada nas diretrizes da USP 29 (2006), ICH (1996) e da Resolução RE n° 899 (BRASIL, 2003). Conforme estes guias, os principais parâmetros a serem avaliados são: → Linearidade: é a habilidade de produzir resultados que são diretamente proporcionais à concentração do fármaco na amostra, num determinado intervalo. É recomendado que sua determinação seja realizada através de, no mínimo, cinco concentrações. Os resultados devem ser analisados por métodos estatísticos apropriados, como o cálculo da regressão linear pelo método dos mínimos quadrados. → Exatidão: representa a concordância entre os valores obtidos de um teste, utilizando-se um método específico, e o valor verdadeiro. A medida da exatidão é obtida pela comparação dos resultados obtidos com a análise de uma substância padrão ou com um segundo e bem caracterizado método. Pode ser avaliada, também, através de amostras contendo quantidades conhecidas de substância química de referência. → Precisão: é a medida da concordância entre os resultados individuais quando o procedimento é aplicado repetidamente às múltiplas alíquotas de uma mesma amostra homogênea. A precisão deve ser considerada em três níveis: repetibilidade, precisão intermediária e reprodutibilidade. A repetibilidade é efetuada através de várias análises, nas mesmas condições, em um curto intervalo de tempo. Essa determinação deve ser realizada a partir de, no mínimo, nove determinações, contemplando o limite de variação do método, ou seja, três concentrações (baixa, média e alta), com três réplicas de cada, ou a partir de um mínimo de seis determinações a 100% da concentração de trabalho. A reprodutibilidade se refere ao uso do procedimento analítico em.

(35) 21. diferentes laboratórios, como parte de um estudo colaborativo. A precisão normalmente é expressa através do coeficiente de variação percentual (CV%) ou desvio padrão relativo (DPR). → Especificidade: é a habilidade de um procedimento de correlacionar-se inequivocadamente com o analito na presença de componentes os quais se espera que possam estar presentes no ensaio. Esses interferentes são representados por impurezas, produtos de degradação, excipientes ou análogos. → Robustez: corresponde à capacidade do método de não ser afetado por pequenas modificações nas condições analíticas.. 4.2.2 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência 4.2.2.1 Descrição dos parâmetros utilizados. O objetivo do estudo foi desenvolver um método simples e rápido por CLAE-UV para determinação de ciclopirox olamina matéria-prima e solução tópica. Encontrou-se na literatura estudos para a determinação do ciclopirox olamina em plasma, utilizando colunas em fase reversa (LEHR e DAMM, 1985; COPPI e SILINGARDI, 1992). Igualmente foram encontrados estudos para a determinação do fármaco em formas farmacêuticas líquidas de aplicação cutânea (BELLIARDO et al., 1991; GAGLIARDI et al., 1998). Avaliando-se as condições de trabalho das determinações cromatográficas descritas na literatura, e após testes e modificações, foram estabelecidos os parâmetros de trabalho descritos na Tabela 3..

(36) 22. TABELA 3 - Parâmetros utilizados para a execução do método por CLAE-UV. Parâmetros. Descrição. Coluna. LiChroCart 250 x 4 mm RP-18e (5µm) Merck. Pré-coluna. LiChrosphere RP-18e Merck. Fase móvel. Acetonitrila : água 1:1 (V/V). Vazão. 1,0 ml/minuto. Comprimento de onda. 305 nm. Temperatura do forno da coluna. 30 °C. Volume injetado. 20 µl. A fase móvel foi preparada por mistura, na proporção de 1:1 (V/V), de acetonitrila e água grau cromatográfico. A mistura foi filtrada através de membrana de nylon, com porosidade de 0,45 µm e 47 mm de diâmetro, sob vácuo, e desgaseificada em banho de ultrasom, durante 15 minutos. As soluções das amostras e da SQR foram filtradas previamente em membrana filtrante de porosidade 0,45 µm. A coluna cromatográfica foi previamente condicionada, através da passagem de fase móvel, por um período de, no mínimo, 30 minutos, na vazão de 1,0 ml/min. Após a estabilização do sistema, foram injetados 20 µl de soluções amostra e SQR.. 4.2.2.2 Derivatização pré-coluna A reação de derivatização do ciclopirox olamina é um passo necessário devido à sua propriedade complexante (LEHR e DAMM, 1985). Para a derivatização do ciclopirox olamina, efetuou-se: •. Substância química de referência:. Transferiu-se para tubo de ensaio 1 ml de solução NaOH 0,1 M, 2 ml de padrão de ciclopirox olamina diluído em fase móvel na concentração de 1 mg/ml e 200 µl de dimetilsulfato..

(37) 23. Agitou-se em vórtex para a completa mistura dos reagentes e deixou-se a solução em banhomaria, a 37 °C, por 20 minutos. Após esse tempo, adicionou-se 200 µl de trietilamina. Submeteuse a mistura à nova agitação em vórtex e a amostra foi diluída em fase móvel até a concentração requerida, filtrada e injetada no sistema cromatográfico. •. Matéria-prima:. Transferiu-se para tubo de ensaio 1 ml de solução NaOH 0,1 M, 2 ml de ciclopirox olamina matéria-prima diluído em fase móvel na concentração de 1 mg/ml e 200 µl de dimetilsulfato. Agitou-se em vórtex para a completa mistura dos reagentes e deixou-se a solução em banho-maria, a 37 °C, por 20 minutos. Após esse tempo, adicionou-se 200 µl de trietilamina. Submeteu-se a mistura à nova agitação em vórtex e a amostra foi diluída em fase móvel até a concentração requerida, filtrada e injetada no sistema cromatográfico. •. Solução tópica:. Transferiu-se para tubo de ensaio 1 ml de solução NaOH 0,1 M, 2 ml de ciclopirox olamina solução tópica diluído em fase móvel na concentração de 1 mg/ml e 200 µl de dimetilsulfato. Agitou-se em vórtex para a completa mistura dos reagentes e deixou-se a solução em banho-maria, a 37 °C, por 20 minutos. Após esse tempo, adicionou-se 200 µl de trietilamina. Submeteu-se a mistura à nova agitação em vórtex e a amostra foi diluída em fase móvel até a concentração requerida, filtrada e injetada no sistema cromatográfico.. 4.2.2.3 Preparação da curva analítica. Pesou-se, analiticamente, o equivalente a 100 mg de ciclopirox olamina SQR, transferiuse para balão volumétrico de 100 ml e diluiu-se com fase móvel, de modo a obter solução padrão na concentração de 1 mg/ml. Transferiu-se 2 ml dessa solução para tubo de ensaio e seguiu-se o processo de derivatização, conforme descrito no item 4.2.2.2. Após, a solução resultante foi diluída até às concentrações de 0,4; 1,0; 4,0; 10; 40; 80; 100 e 200 µg/ml, utilizando-se como.

Referências

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