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Uma proposta estruturada de gestão de segurança e saúde ocupacional para uma inspeção veicular

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DCEENG – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

BRUNA NOGUEIRA SANTOS

UMA PROPOSTA ESTRUTURADA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL PARA UMA INSPEÇÃO VEICULAR

PANAMBI 2014

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UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DCEENG – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

UMA PROPOSTA ESTRUTURA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL PARA UMA INSPEÇÃO VEICULAR

Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca avaliadora do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial para a obtenção do título de engenheiro mecânico.

Banca Avaliadora:

1° Avaliador: Prof.ª Gil Eduardo Guimarães

2° Avaliador (Orientador): Prof.ª Patrícia Carolina Pedrali

Panambi 2014

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu namorado e amigo Gustavo Simon, o permanente incentivo, aos professores e colegas do Curso de Engenharia Mecânica o ensinamento e a amizade e, em especial, a professora orientadora Patrícia Carolina Pedrali, a sabedoria transmitida e o encorajamento na realização deste trabalho.

Agradeço às lideranças da Simon Inspeção Veicular Ltda – Palmeira das Missões a possibilidade de realizar este estudo; em especial, a senhora Tânia Marisa de Souza Simon, gerente administrativa e representante da qualidade, a flexibilidade proporcionada nos meus horários de trabalho, sem a qual não seria possível a realização da Graduação.

Finalmente, agradeço carinhosamente a minha mãe, Nara de Fátima Nogueira Santos, as lições de valor inestimável que me proporciona desde minha existência.

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RESUMO

O presente trabalho tem por finalidade apresentar uma proposta de adoção de um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional da Simon Inspeção Veicular Ltda baseada nas especificações da Norma OHSAS 18001 (2007) Occupational Health and Safety Assessment Series. O objetivo principal foi levantar os problemas de saúde e segurança ocupacional da empresa e estruturar os passos necessários para o desenvolvimento de um modelo de gestão eficaz que visa um padrão de qualidade e comprometimento com a sociedade. Foi realizada a capacitação operacional através de treinamentos, conscientização e desenvolvimento das competências necessárias à responsabilização pelas tarefas desenvolvidas. O método utilizado foi o levantamento de dados em todos os setores da empresa, sempre acompanhados pelo proprietário da empresa e os demais envolvidos no processo. Este trabalho mostrou-se eficaz em relação aos seus objetivos, pois a preocupação com o sistema de gestão de Segurança e saúde ocupacional apresentou-se ligada ao desenvolvimento produtivo da empresa, do qual propiciou a satisfação dos funcionários no ambiente de trabalho e permitiu a racionalização dos processos e a melhor utilização de recursos refletindo na produtividade organizacional.

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ABSTRACT

This work introduces a proposal to adopt a Occupational Health and Safety Management System based on the specifications of OHSAS 18001 norm (2007) applied on Simon Inspenção Veicular facility. The main objective was listing the company's occupational health and safety issues and builds up the steps to the development of an effective management model which aims a standard for quality and commitment to society. Operational trainings were carried out through workshops which looked for development of necessary skills to running the company's tasks. The used method was the data survey in all divisions of the company, always with the presence of the CEO and those involved in the working process. This work proved effective in relation to their goals, because the concern with the system management Occupational health and safety presented itself linked to the productive development of the company, which led to employee satisfaction in the workplace and allowed the rationalization processes and better use of resources reflecting on organizational productivity.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Programa de metas e Treinamentos. ... 28 Tabela 2 - Levantamentos Ambientais ... 31 Tabela 3 - Relação de Equipamentos de Proteção Individual. ... 33

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LISTA DE FIGURAS

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 11

1. DELIMITAÇÃO DO TRABALHO ... 14

1.1 ESCOPO DO TRABALHO ... 14

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 15

2.1 GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL ... 15

2.1.1 Normas da OHSAS 18001 (2007) ... 15

2.1.2 Etapas do sistema OSHAS 18001 (2007) ... 16

2.1.3 Treinamento Conscientização e Competência ... 17

2.1.4 Consulta e Comunicação ... 18

2.1.5 Identificação e Avaliação de Perigos e Riscos ... 18

2.1.6 Reconhecimento dos Riscos Ambientais ... 20

2.1.6.1 Riscos Físicos ... 20

2.1.6.2 Riscos Químicos ... 20

2.1.6.3 Riscos Biológicos ... 20

2.1.6.4 Riscos Ergonômicos ... 20

2.1.6.5 Riscos de Acidentes ... 21

2.1.7 Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) ... 21

2.1.8 Controle de Registros ... 21

2.1.9 Preparação e atendimento a emergências ... 22

2.1.10 Planta de incêndio e inventário de extintores ... 23

2.1.11 Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP ... 23

3 MODELO DE GESTÃO PARA A INSPEÇÃO VEICULAR ... 24

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ... 24

3.2 1ª ETAPA: PLANEJAMENTO ... 24

3.2.1 Levantamento das Condições Iniciais ... 25

3.3 2ª ETAPA: PREPARAÇÃO ... 25

3.3.1 Política de SSO ... 25

3.4 3ª ETAPA: IMPLANTAÇÃO ... 26

3.4.1 Estrutura e Responsabilidade ... 26

3.4.2 Treinamento Conscientização e Competência ... 27

3.4.3 Consulta e Comunicação ... 27

3.4.4 Estrutura Documental do SSO ... 28

3.4.4.1 Ordem de Serviço ... 28

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3.4.4.3 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) ... 29

3.4.4.4 Identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação de controles. ... 29

3.4.4.5 Estatísticas de acidentes. ... 30

3.4.4.6 Comunicação de Acidentes de Trabalho - CAT ... 31

3.4.4.7 Preparação e Atendimento a Emergências. ... 31

3.4.4.8 Cópia do CA e dos EPI utilizados pela empresa ... 32

3.4.4.9 Mapa de Riscos Ambientais ... 34

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 35

CONCLUSÃO ... 36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 37

Apêndice A – Ordem de Serviço – OS ... 40

Apêndice B – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA ... 42

Apêndice C – Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT ... 69

Apêndice D – Comunicação de Acidentes de Trabalho – CAT ... 89

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SIMBOLOGIA

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas CA: Certificado de Aprovação

CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes EPI: equipamento de proteção individual;

EPC: Equipamento de Proteção Coletiva

FMEA: Método de Análise de Modo e Efeito de Falhas FPNQ: Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade HSE: Successful Health and Safety Management ISO: International Organization for Standardization INSS: Instituto Nacional de Seguridade Social LER: Lesões por Esforços Repetitivos

LRA: Levantamento de Ricos Ambientais MTE: Ministério do Trabalho e Emprego MTE: Ministério do Trabalho

NR: Norma Regulamentadora NBR: Norma Brasileira

OIT: Organização Internacional do Trabalho OCA: Organismo de Certificação Acreditado

OHSAS Occupational Health and Safety Assessment Series (Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional)

SSO: Segurança e Saúde Ocupacional

SGSSO: Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional PCA: Programa de Proteção Respiratória

PDCA: Plan, Do, Check, Action PERG: Programa de Ergonomia

PCMAT: programa de condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção; PCMSO: programa de controle médico de saúde ocupacional;

PPRA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais definido na NR-9 PPP: Perfil Profissiográfico Previdenciário

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11 INTRODUÇÃO

Segurança e saúde do trabalho são preocupações que há tempos vêm tomando a atenção de governos, empresas e sindicatos de todo o mundo. Segundo o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) preparado para o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho de 2013, estima-se que aproximadamente 2,34 milhões de pessoas morrem, por ano, de acidentes de trabalho e doenças relacionadas com o trabalho, sendo a ocorrência anual de 160 milhões de casos de doenças não fatais relacionados com o trabalho. As doenças profissionais causam no mundo do trabalho enorme sofrimento e perdas. No entanto, as doenças profissionais permanecem em grande parte invisível, em comparação com os acidentes de trabalho, mesmo matando seis vezes mais pessoas por ano (ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, 2013).

No Brasil, de acordo com a 20ª edição do Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS) trouxe dados preliminares dos acidentes de trabalho registrados no Brasil em 2011. O número de acidentes de trabalho gerais teve leve aumento em 2011 com relação a 2010. No ano de 2011 foram registrados 711.164 contra 709.474 em 2010. Um número maior de trabalhadores perdeu a vida por acidente de trabalho no último ano. Foram 2.884 mortes, sendo que em 2010 foram registradas 2.753(PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2013).

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define acidente do trabalho como “(...) ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou que possa resultar lesão pessoal” (item 2.1 da NBR 14280, p. 2, 2001).

Essa situação fomenta a discussão sobre a importância dos temas relacionados à prevenção de acidentes do trabalho em função do significado de suas consequências e sua extensão no cenário mundial. Segundo a OIT a ausência de uma prevenção adequada das enfermidades profissionais tem profundos efeitos negativos não somente nos trabalhadores e suas famílias, mas também na sociedade devido ao enorme custo gerado, particularmente no que diz respeito à perda de produtividade e a sobrecarga dos sistemas de seguridade social. A prevenção é mais eficaz e tem menos custo que o tratamento e a reabilitação (ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, 2013).

O termo prevenção nos faz pensar em “antecipar” os fatores geradores de acidentes e doenças o que possibilita adotar medidas adequadas de prevenção e proteção. Em outras palavras, significa gerenciar os riscos de modo que esse gerenciamento nos conduza a resultados que contribuam para amenizar e reverter esse cenário onde se perde a vida e

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capacidade de trabalho ao mesmo tempo em que se busca a conquista do sustento, sobrevivência, melhores condições e qualidade de vida.

NEVES (1985, De Cicco, p. 3) salienta:

[...] mais do que nunca, os aspectos econômicos e os danos decorrentes de acidentes não podem ser relegados a segundo plano, pela simples e boa razão de estarem em jogo os recursos humanos e materiais e, até mesmo, a sobrevivência da organização.

[...] Sem dúvida, o primeiro passo nesse sentido é o controle efetivo dos custos de acidentes do trabalho. E falar em custos de acidentes implica, necessariamente, em se conhecer e controlar ‘todos’ os acidentes (com e sem lesão) que ocorrem na empresa e as formas por ela adotadas para se precaver frente a riscos que possam se transformar em danos.

Muitas empresas atendem apenas os requisitos legais, atuando de forma a reagir pós-acidentes, ou seja, sem antecipar e prevenir esses possíveis infortúnios.

Em vista disso, as empresas devem garantir que suas operações e atividades sejam realizadas de maneira segura e saudável para os seus empregados, atendendo aos requisitos legais de saúde e segurança, regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e Normas Regulamentadoras que tratam de Segurança e Saúde ocupacional. Para tanto, o sistema de gestão atua no comprometimento e atendimento aos requisitos legais e regulatórios, podendo trazer inúmeros benefícios tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista motivacional.

Frente a esta necessidade de antecipar os fatores geradores de riscos e doenças ocasionadas pelo trabalho, este projeto objetiva estudar e desenvolver um modelo de gestão de segurança e saúde ocupacional em uma empresa de inspeção veicular, baseando-se na Norma Occupational Health and Safety Assessment Series OHSAS 18001 (2007).

 Levantar os problemas de saúde e segurança ocupacional da empresa.

 Estruturar os passos necessários para o desenvolvimento de um modelo de gestão de segurança e saúde ocupacional necessário para a empresa, com um cronograma de desenvolvimento das ações discriminadas nos itens a seguir:

 Capacitação operacional através do treinamento, conscientização e desenvolvimento das competências necessárias à responsabilização pelas tarefas desenvolvidas;

 Estabelecimento de um sistema de controle dos documentos necessários ao sistema;

 Estabelecimento da infraestrutura necessária à implantação do sistema.

 Analisar e discutir os resultados obtidos pela implantação do modelo proposto.

Os acidentes de trabalho estão inseridos num contexto muito maior do que apenas questões econômicas, é sabido que quando há o envolvimento de pessoas, é preciso analisar

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as questões humanitárias, morais, sociais, legais e então econômicas. Atrelado a isso, torna-se cada vez mais importante um plano de controle de riscos nas empresas.

Uma inspeção veicular é uma empresa que visa um padrão de qualidade e comprometimento com a sociedade. A empresa possui uma Politica da Qualidade que condiz exatamente com o objetivo deste trabalho, onde descreve: “Promover a confiança, a credibilidade e a satisfação de nossos clientes, funcionários e partes interessadas, através da conformidade e qualidade nos serviços prestados e do respeito à legislação brasileira de trânsito, civil e ambiental”.

Mediante a politica de qualidade descrita acima, no decorrer da evolução deste trabalho será descrita um modelo de gestão de segurança e saúde ocupacional para esta empresa, onde os objetivos envolvem basicamente a proteção da saúde e bem estar do trabalhador para execução de suas funções. Em vista disso, a participação proativa dos trabalhadores nas questões relacionadas com a segurança do trabalho não somente constitui quesito legal (NR 5; NR18), como reduz a margem de erros dos processos de identificação, correção de problemas, implementação e otimização de sistemas, aumentando suas chances de sucesso (GUIMARÃES,2005).

A especificação da OHSAS tem como propósito principal buscar a segurança e saúde ocupacional e não produtos e serviços seguros. Diante disso, muitas organizações já vêm adotando esse sistema de gestão voltado para segurança e saúde ocupacional, em que todos, dentro do processo produtivo, são responsáveis no mesmo nível de importância, principalmente os gerentes e supervisores. A adoção do sistema OHSAS 18001 (2007) como base para este trabalho, assim como os demais sistemas de gestão, utiliza uma prática conhecida como PDCA – Plan, Do, Check, Action, ou seja, etapas de planejamento, implantação, verificação, ação corretiva, e revisão do gerenciamento. Estes elementos são essenciais para que se tenha um sistema de gestão em SSO bem sucedido.

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1. DELIMITAÇÃO DO TRABALHO

O presente trabalho, não será foco de estudo questões inerentes aos custos envolvidos nos processos de inspeção, as condições a serem analisadas e as proposições feitas de SGSSO, limitam-se exclusivamente à área de trabalho da empresa citada, objeto deste estudo. Também é considerado como limitação as etapas de verificação e ação corretiva e de análise crítica que são previstos na OHSAS 18001, sendo necessário ainda, esclarecer que a etapa de implementação será descrita passo a passo, baseada nas normas da OHSAS 18001 (2007), porém serão adequadas as reais necessidades da empresa, pois a mesma não possui interesse em certificar o modelo proposto, mas apena adequar a empresa perante a legislação e minimizar os riscos.

1.1 ESCOPO DO TRABALHO

Com relação ao escopo do trabalho, o presente trabalho está organizado em quatro capítulos. No primeiro é realizada à introdução do assunto, à delimitação do tema e dos objetivos propostos. No segundo capítulo é apresentada a revisão bibliográfica, com os passos necessários para realização do projeto de gestão do SSO, descrição da metodologia e especificações da norma OHSAS 18001.

No terceiro capítulo é inicia-se o estudo de caso, especificando o modelo proposto, desmembrado em três etapas distintas. A primeira etapa é destinada ao planejamento do sistema de gestão, é apresentado todo o planejamento para identificação e avaliação dos perigos e seu controle antes da implantação do SGSSO, é feito um levantamento das condições iniciais da empresa e o histórico de acidentes de trabalho relatados.

A segunda etapa, denominada preparação, será desenvolvida a política do SGSSO e seus objetivos com a implantação do mesmo, embasada no levantamento das condições existentes, é feito uma avalição dos perigos e riscos, identificando-os e definindo as medidas que deverão ser adotadas para controlar tais riscos.

Já a terceira etapa, trata-se da implantação do sistema de gestão do SSO, é a parte da elaboração e implantação dos documentos que foram definidos na etapa de preparação, incluindo o PPRA, Ordem de Serviço, LTCAT, treinamentos e conscientização dos funcionários, estrutura documental, controle de documentos e de registros e a preparação para atendimento das emergências.

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Por fim, algumas considerações finais do presente trabalho são discutidas, explicitando as dificuldades encontradas e os resultados obtidos.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL

Faz-se necessário observar as normas regulamentadoras do MTE e legislação complementar, além de padrões internacionais onde a legislação for omissa. Além disso, devem ser atendidos como requisitos mínimos as prescrições da Legislação Previdenciária, no que se refere à segurança e saúde do trabalhador, descritas no Regulamento de Benefícios da Previdência Social (RBPS). Para que os requisitos legais mínimos sejam observados, é indispensável o conhecimento da natureza e a escala de riscos presentes, de maneira a identificar quais as prerrogativas legais e técnicas aplicáveis (ROMANO, 2006).

Nesse sentido é importante estabelecer um planejamento para identificação e avaliação dos perigos e seu controle. O planejamento deve descrever as atividades laborais dos funcionários, bem como as instalações dos locais de trabalho. Todas as identificações e a periodicidade de avaliações dos riscos devem ser documentadas, obedecendo a uma metodologia de identificação e monitoramento, classificação e escolha de medidas de controle para servir de base na formulação dos treinamentos e desenvolvimento de controles operacionais.

2.1.1 Normas da OHSAS 18001 (2007)

As normas da OHSAS 18001 (2007) têm como objetivo o fornecimento dos requisitos a um sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional, para que as empresas possam controlar seus riscos de acidentes e doenças ocupacionais e melhorar o seu desempenho. Segundo Bottani et al. (2009), a norma foi desenvolvida por uma seleção dos principais organismos de normas internacionais e organismos de certificação para preencher uma lacuna da falta de uma norma internacional de segurança e saúde ocupacional para certificação por uma entidade independente. Porém, a OHSAS não especifica os critérios de desempenho da Segurança e Saúde Ocupacional, ou o projeto de sistema de gestão.

A norma OHSAS objetiva eliminar ou minimizar riscos que possam estar presentes no ambiente de trabalho, possuindo como finalidade específica, a implementação, manutenção e melhoria contínua do SGSSO, além de assegurar conformidade com a política definida e demonstrar tal conformidade a terceiros. De igual forma, são objetivos da OHSAS, buscar certificação e registro do seu Sistema de Gestão da SSO por uma organização externa; ou

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realizar uma auto - avaliação e emitir auto declaração de conformidade com esta especificação. Segundo o que prescreve a própria especificação OHSAS 18001, esta norma foi desenvolvida para ser compatível com as normas ISO 9001 e ISO 14001, com a finalidade de facilitar a integração dos sistemas de gestão da qualidade, meio ambiente e segurança e saúde (ROMANO, 2006).

A OHSAS foi escrita primeiramente em 1999 e teve sua primeira revisão em 2007 e as principais mudanças, foram: maior ênfase à importância da saúde, melhoria significativa no alinhamento com as ISO 14001:2004 e ISO 9001:2008 e revisão e adição de definições e referência a si mesma como uma norma. Nesta revisão, a norma passa a ser um Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional - Requisitos (KHODABOCUS e CONSTANT, 2010).

2.1.2 Etapas do sistema OSHAS 18001 (2007)

A primeira etapa do sistema OHSAS 18001 (2007) é realizado o planejamento, neste momento é necessário a identificação das necessidades, requisitos e analise de criticidade, seleção de questões significativas a serem endereçadas, ajuste dos objetivos e metas, identificação de recursos, da estrutura organizacional, responsabilidades e autoridades, planejamento dos processos operacionais e planos de contingencia.

A segunda etapa do sistema é a preparação, que consiste no estabelecimento da Política do SGSSO, a identificação dos processos, o estabelecimento de metas e objetivos do SGSSO, a identificação dos perigos e riscos no trabalho, os requisitos legais de acordo com o exercício das atividades da empresa, treinamento, preparação e atendimento a emergências, conscientização e competência, consulta e comunicação, controle operacional, a estrutura documental e o controle de documentos, dados e registros.

Na fase de estrutura as responsabilidades devem ser definidas pelas atividades, instalações e processos dentro da área de segurança e saúde. Portanto uma pessoa dentro da empresa deve ser nomeada responsável pelo cumprimento do sistema de SGSSO.

O treinamento de conscientização e competência é a fase de implantação voltada a qualificar o pessoal para o seu desempenho das atividades, dentro da política de SGSSO. Nesta fase é necessário informar os funcionários dos riscos expostos no seu setor, e as mediadas adotadas para precavê-los de possíveis acidentes, conscientizando-os da importância do cumprimento de tais medidas de gestão de segurança e saúde ocupacional.

Durante os procedimentos de comunicação e consulta, a organização deve descrever os procedimentos com o objetivo de assegurar a comunicação aos funcionários das informações sobre SSO. Sempre assegurando o registro de que os funcionários participaram de tais

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procedimentos. Todas as informações que descrevem os elementos essenciais do sistema de gestão devem ser documentadas. Portanto, a empresa deve estabelecer procedimentos para controlar todos os dados, sendo possível a fácil localização de qualquer documento e o acesso para possíveis análises e revisões seja facilitada (ROMANO, 2006). Já os documentos desatualizados devem ser recolhidos, sendo mantidos em arquivo para constituírem um acervo sobre a matéria, conforme o tempo definido pela empresa ou ainda pela legislação.

Além de identificar os riscos existentes e suas fontes geradoras, devem-se identificar as atividades associadas a estes riscos e quais as medidas de controle necessárias. O controle operacional envolve o estabelecimento e manutenção de procedimentos documentados contemplando critérios operacionais e procedimentos, estabelecimento a manutenção de riscos identificados em segurança e saúde ocupacional, de bens, equipamentos e/ou serviços. Além do estabelecimento e manutenção de procedimentos para projeto de locais de trabalho, incluindo processos, instalações, equipamentos e procedimentos operacionais e organização do trabalho, com foco na redução e/ou eliminação dos riscos presentes nas fontes geradoras (ROMANO, 2006).

A terceira etapa da norma OHSAS, consiste na Implementação do SGSSO, que tratam de: estrutura e responsabilidade, treinamento, conscientização e competência, consulta e comunicação, documentação, controle de documentos e dados, controle operacional e a preparação e atendimento a emergências. A responsabilidade formal pela SGSSO será da alta administração, devendo existir um responsável nomeado para assegurar que as políticas estipuladas ocorram conforme o desejado. Este processo só acontecerá mediante o provimento dos recursos humanos, tecnológicos e financeiros necessários, do qual irá assegurar que os requisitos de SGSSO estarão de acordo com o especificado na OHSAS.

2.1.3 Treinamento Conscientização e Competência

Para que a política de SSO seja implantada, é necessário que haja um treinamento desde o momento que o funcionário entra na empresa. Além do treinamento sobre a introdução da política de SSO, objetivando o desenvolvimento de uma consciência prevencionista, deve-se buscar a capacitação para identificação de riscos e efetiva utilização de meios de controle. Estes treinamentos devem estar documentados e pertencer a um cronograma de capacitação e atualização permanente dos funcionários, considerando ainda que devem estar adaptados à identificação sistemática de novos riscos e seus meios de controle. Os treinamentos que tratam esta seção poderão ser realizados interna ou externamente à empresa, quando houver necessidade de qualificação específica em segurança e saúde ocupacional (ROMANO, 2006).

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O procedimento de treinamentos é fundamental, pois disponibiliza a todos seus deveres e responsabilidades. Seu foco deve alcançar todos os colaboradores da empresa e deve estabelecer um treinamento específico para cada grupo funcional no momento da introdução do programa de gestão, visando alinhar o conhecimento de todos com a política da empresa.

Os treinamentos a serem realizados na empresa devem ser formalmente documentados através de material que conste, no mínimo, o assunto abordado, a data que foi realizado o treinamento e quem foi o responsável pelo mesmo. Ainda, deve ser previsto um sistema de avaliação da eficácia destes treinamentos, com a finalidade de mensurar a real capacitação dos funcionários e minimizar a sua exposição. Estes treinamentos devem suprir as condições verificadas na empresa, relativas ao desconhecimento dos funcionários sobre a sua real condição de exposição e trabalho (OHSAS, 2007).

2.1.4 Consulta e Comunicação

Mesmo que a empresa em questão seja desobrigada de constituir uma CIPA, é necessário delegar pelo menos um representante para desempenhar as atividades da comissão. Em virtude, de já existir certo conhecimento das suas responsabilidades dentro do sistema de gestão em SSO, os funcionários tornam-se aptos a serem consultados sobre questões relativas à matéria. Esta consulta deve ser feita através de uma metodologia previamente definida e registrada, devendo ser garantida aos funcionários uma representação nestes assuntos (ROMANO, 2006).

2.1.5 Identificação e Avaliação de Perigos e Riscos

Segundo a OHSAS-18001(2007) perigo é a fonte, situação, ou atividade, com potencial para provocar danos em termos de lesões pessoais ou doenças das pessoas relacionadas ao trabalho ou à combinação desses elementos. Podemos dizer que tudo aquilo que pode nos provocar algum dano pode então ser considerado um risco para nós e para nossa saúde.

De acordo com a NBR 14280, o ato inseguro corresponde a uma “(...) ação ou omissão que, contrariando o preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente” (item 2.8.2 NBR 14280, p. 3, 2001).

Para Chiavenato (1999b, p. 385) ato inseguro “(...) é a violação de procedimento aceito como seguro (...)” tais como não usar equipamento de proteção individual, distrair-se ou conversar durante o trabalho, limpar máquina em movimento e fumar em área proibida.

A organização deve estabelecer e manter um procedimento documentado contendo os processos e identificação dos perigos e de avaliação e controle de riscos de suas atividades

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(OHSAS 18001: 2007). Mediante isto foi realizado um levantamento dos riscos e os registros dessas atividades foram anotados no formulário ‘Levantamento, Identificação e Avaliação de Perigos e Riscos’, que registra a descrição das atividades e os possíveis perigos e riscos que elas podem causar. Os perigos e riscos são avaliados em relação à situação, temporalidade, incidência, severidade, frequência/probabilidade e o grau de risco. Ver apêndice A na última página.

Durante o processo de identificação dos riscos, buscam-se seguir as exigências da norma OHSAS-18001(2007), sendo assim, devem-se levar em consideração os trabalhadores e demais pessoas que frequentem os locais de trabalho, além da definição das atividades que seriam ou não de rotina, perigos originados na organização que possam causar riscos fora dos limites da mesma, como por exemplo: incêndio; vazamento de produtos químicos, etc. Perigos identificados fora dos limites da empresa que possam afetar a saúde e segurança das pessoas sob controle da organização nos locais de trabalho, como por exemplo: transporte de produtos químicos, resíduos, etc., Gestão de Mudanças, obrigações legais aplicáveis relacionadas com a avaliação de riscos e com a implementação das medidas de controle necessárias.

Segundo Ribeiro Neto (2006), a organização deve documentar e manter atualizados os resultados da identificação de perigos, da avaliação de riscos e dos controles determinados. O processo de identificação de perigos e avaliação de riscos deve ser desenvolvido por etapa:

 Determinar todas as atividades de trabalho;  Identificar os perigos;

 Estimar os riscos;

 Decidir se o risco é aceitável;  Preparar plano de ação;

 Rever a adequabilidade do plano de ação;

Depois de identificado os riscos, medidas devem ser adotadas seguindo a seguinte hierarquia visando à redução dos riscos:

 Eliminação;  Substituição;

 Controles de Engenharia;

 Sinalização/Advertência e ou controles administrativos;  Equipamento de Proteção Individual.

Para Cerqueira (2006), os acidentes geralmente ocorrem em dias e horas em que a rotina organizacional não está presente, sendo assim, o cuidado com a segurança deve ser redobrada.

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Por esse motivo, foram incluídas no Programa de Treinamento de funcionários algumas palestras de conscientização, que auxiliam na gestão de segurança e saúde ocupacional.

2.1.6 Reconhecimento dos Riscos Ambientais

Consideram-se riscos ambientais os agentes químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e os riscos de acidentes de trabalho.

Eles são capazes de causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador em função de sua natureza, concentração, intensidade, suscetibilidade e tempo de exposição. Os riscos ambientais ou profissionais estão divididos em cinco grupos: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.

2.1.6.1 Riscos Físicos

Os riscos físicos são efeitos gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas, características do local de trabalho que podem causar prejuízos à saúde do trabalhador, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom.

2.1.6.2 Riscos Químicos

Estes riscos são representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas líquida, sólida e gasosa. Quando absorvidas pelo organismo, podem produzir reações tóxicas e danos à saúde. Há três vias de penetração no organismo: via respiratória, via cutânea e via digestiva.

2.1.6.3 Riscos Biológicos

Os riscos biológicos são aqueles causados por micro-organismos como bactérias, fungos, vírus, bacilos e outros. São capazes de desencadear doenças devido à contaminação e pela própria natureza do trabalho.

2.1.6.4 Riscos Ergonômicos

Estes riscos são contrários às técnicas de ergonomia, que propõem que os ambientes de trabalho se adaptem ao homem, proporcionando bem-estar físico e psicológico. Os riscos ergonômicos estão ligados também a fatores externos (do ambiente) e internos (do plano emocional), em síntese, quando há disfunção entre o indivíduo e seu posto de trabalho.

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2.1.6.5 Riscos de Acidentes

Os riscos de acidentes ocorrem em função das condições físicas (do ambiente físico e do processo de trabalho) e tecnológicas, impróprias, capazes de provocar lesões à integridade física do trabalhador.

Controle de documentos e de dados

Todos os procedimentos, políticas, ações, consultas e comunicações, definidas dentro do âmbito das especificações da OHSAS 18001(2007), devem ser formalmente documentados, atualizados, arquivados e controlados, a exemplo do que já é previsto na ISO. Para que isto ocorra, a área responsável pela gestão da segurança e saúde ocupacional deve manter um procedimento de controle destes documentos. Este procedimento precisa garantir que os documentos possam ser localizados a qualquer tempo; devendo também, definir quem são as pessoas responsáveis pela aprovação dos mesmos e data da entrada em vigor. Para que a documentação contenha indicação clara que está atualizada, são muitas vezes utilizadas versões de documentos, explicitando a data da emissão e da atualização, além da responsabilidade pelo mesmo. No procedimento, ainda deve ser identificado, de forma clara, quais os documentos precisam ser mantidos e arquivados, com a finalidade de preservar informações sigilosas ou legais (ROMANO, 2006).

2.1.7 Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT)

É um documento elaborado pela Segurança do Trabalho com a finalidade de gerar informações relativas a presença de agentes nocivos no ambiente de trabalho. Este documento foi criado para atender fins periciais e previdenciários (ARAÚJO, 2007). Para sua confecção são avaliados os riscos de forma qualitativa e quantitativa, procedendo-se em seguida, o enquadramento de acordo com os parâmetros legais, em especial, referente aos Limites de Tolerância. De acordo com a Instrução Normativa INSS/DC 078 de16/07/2002 o empregador deverá manter o LTCAT atualizado com referências aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores. Tomado como exemplo o PPRA, é usual que essa atualização seja efetuada sempre que necessário ou pelo menos uma vez ao ano. O modelo de LTCAT aplicado na empresa encontram-se no APÊNDICE C.

2.1.8 Controle de Registros

A organização deve estabelecer um procedimento documentado para definir os controles necessários para a identificação, armazenamento, proteção, recuperação, retenção e

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descarte dos registros e eles devem permanecer legíveis. Segundo Cerqueira (2006), no controle de registro deve-se incluir a forma e a responsabilidade pelo seu controle, identificação, armazenamento, proteção, sua recuperação, quando necessário, o tempo mínimo em que deve ser retido e qual a forma de descarte após a sua retenção.

A definição dos riscos ocupacionais e as medidas de controle normalmente são feitas através de Levantamentos de Riscos Ambientais – LRA, que depois irá servir de base à elaboração do PPRA e consequentemente do PCMSO, que são parte importante de qualquer programa de gestão em segurança e saúde ocupacional.

Em seguida, começam as definições de medidas para identificação de situações potencialmente causadoras de emergências ou de incidentes. Estas identificações, na maioria dos casos, são realizadas através de procedimentos de inspeção de segurança, que contemplam situações de risco, decorrentes de instalações e/ou processos que possam constituir-se em risco. Além dos riscos já mencionados, existem também situações específicas de trabalho, onde a autorização para a realização do mesmo implica em qualificação do trabalhador e liberação expressa por profissional legalmente habilitado para tal.

Todas as questões que fazem parte do controle de registros devem ser disponibilizadas aos funcionários, bem como os procedimentos de controle de registros devem ser observados quando os funcionários estiverem fora da organização (ROMANO, 2006).

2.1.9 Preparação e atendimento a emergências

Ford e Schmidt (2000) relacionam as situações de emergência a diferentes desastres (incêndios, acidentes com materiais perigosos ou nucleares, por exemplo) cujas consequências podem resultar em grandes perdas à propriedade e à vida.

Segundo Cerqueira (2006, p.164), o atendimento a lesões decorrentes de acidentes de trabalho, deve ser definido com base na identificação da natureza da emergência. Definido a partir desta a responsabilidade do atendimento, em função da capacitação e necessidade de envolver órgãos externos, como corpo de bombeiros, ambulâncias, hospitais, entre outros. Devem também ser previstas condições de atendimento a estas situações por meio de equipamentos e recursos humanos treinados para o atendimento e capazes de disponibilizar informações essenciais. Ações deste tipo devem ter foco de simulações, visando identificar falhas nos procedimentos e aprimorá-los, bem como capacitar a equipe envolvida e os funcionários em geral.

Além do atendimento a emergências devem ser criados procedimentos para analisar criticamente ocorrências desta natureza, visando a sua análise e correção evitando a reincidência. Este tipo de avaliação pode ser feita através de análise formal de incidentes com

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a utilização de metodologias reconhecidas, como por exemplo, Método de Análise de Modo e Efeito de Falhas – FMEA (ROMANO, 2006).

2.1.10 Planta de incêndio e inventário de extintores

A Norma Regulamentadora NR 23 (BRASIL, 1978) – Proteção contra incêndio, atualizada em 2001, traz disposições básicas sobre como e o quê um ambiente de trabalho deve se precaver para combater e proteger as pessoas do fogo. A norma traz disposições gerais, informando que todas as empresas deverão possuir:

a) proteção contra incêndio;

b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio; c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu princípio;

d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos. 2.1.11 Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP

Segundo a Instrução Normativa INSS/DC N.º 078, o PPP é um documento histórico-laboral, individual do trabalhador que trabalha ou presta serviço à empresa, destinado a prestar informações ao INSS relativas a efetiva exposição a agentes nocivos que entre outras informações registra dados administrativos, atividades desenvolvidas, registros ambientais com base no LTCAT e resultados de monitoração biológica com base no PCMSO (NR-7) e PPRA (NR-9). O PPP deve ser emitido pela empresa com base no LTCAT e assinado por representante administrativo e ainda pelo Engenheiro de Segurança do Trabalho, de conformidade com o dimensionamento do SESMT, e quando não houver deve ser assinado por Engenheiro de Segurança do Trabalho de empresa de Assessoria em Engenharia de Segurança do Trabalho.

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3 MODELO DE GESTÃO PARA A INSPEÇÃO VEICULAR

A seguir são apresentados os passos necessários para a realização do modelo de gestão proposto, sendo estes, a caracterização da empresa e a divisão do projeto em três etapas, o planejamento, preparação e implantação do sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional. Por meio dessas etapas será evidenciada sua importância, justificando o presente trabalho.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

O Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO) é o objeto de estudo desta pesquisa, que visa desenvolve-lo em uma Empresa Prestadora de Serviços de Pequeno porte, fundada em julho de 2006, que está situada na região noroeste do Estado o Rio Grande do Sul.

A atividade principal da empresa é a prestação de serviços de Segurança Veicular (OIA-SV) – Avaliação de veículos rodoviários automotores ou rebocados por meio de inspeção visual, mecanizada e automatizada, visando comprovar os requisitos de segurança e ambientais estabelecidos pelo Inmetro, Contran e Denatran. Os critérios específicos para acreditação de organismos de inspeção de segurança veicular estão descritos na NIT-DIOIS-002.

A empresa é constituída por três acionistas, sócios diretores, e mantém 22 funcionários no seu quadro profissional. Seus empreendimentos são executados em torno de 50% na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, e 50% na região central do mesmo estado.

A empresa vem crescendo no decorrer desses sete anos de existência com um sistema de gestão de qualidade muito similar aos padrões normativos de Gestão da Qualidade (ABNT NBR-ISO 9001) dos quais são exigidos, estipulados e auditados periodicamente pelo Inmetro. Em vista disso, surgiu por parte da gestão da Empresa o interesse em qualificar ainda mais seus serviços, mediante a implantação do SGSSO.

3.2 1ª ETAPA: PLANEJAMENTO

Esta etapa visa definir os caminhos que devem ser seguidos para que o objetivo de implantação do SGSSO seja atingido, incluindo a definição dos padrões normativos que serão integrados, o resultado da análise da situação atual da Empresa, a elaboração dos planos de implantação e a conscientização dos funcionários com relação ao SGSSO.

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Em virtude, de a empresa estar dividida em quatro unidades, primeiramente a proposta de SGSSO será aplicada somente a Matriz, localizada na Cidade de Palmeira das Missões – RS.

3.2.1 Levantamento das Condições Iniciais

A empresa possui o CNAE: 71.20-1-00 – TESTES E ANALISES TÉCNICAS com grau de risco 2 e 5 funcionários, conforme a NR-04 ( BRASIL, 1978), nesta empresa não é necessário possuir um SESMT nem uma CIPA.

No histórico da empresa não foi encontrado nenhum caso de acidente de trabalho ou doenças ocupacionais.

A empresa é dividida em dois setores: administrativo e técnico. 3.3 2ª ETAPA: PREPARAÇÃO

Consiste no estabelecimento da Política do SGSSO, a identificação dos processos, o estabelecimento de metas e objetivos do SGSSO, a identificação dos perigos e riscos no trabalho, os requisitos legais de acordo com o exercício das atividades da empresa, treinamento, preparação e atendimento a emergências, conscientização e competência, consulta e comunicação, controle operacional, a estrutura documental e o controle de documentos, dados e registros.

3.3.1 Política de SSO

“A Simon Inspeção Veicular Ltda na busca constante em proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudável a todos os seus colaboradores, vem adotando todas as medidas de segurança necessárias, conforme a legislação, na busca do bem-estar físico e mental destes, evitando, tanto quanto possível, acidentes e danos à saúde provenientes do trabalho.” (Fonte: Próprio Autor).

Princípios:

 Conduzir suas atividades de modo a prevenir lesões e doenças que possam afetar seus colaboradores, terceiros, clientes e visitantes;

 Estimular a melhora contínua do seu sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional, analisando e controlando os riscos e incidentes desde a elaboração de projetos até a operação de equipamentos, instalações e processos de trabalho;  Assegurar que colaboradores e terceiros sejam capacitados e permanentemente

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 Atender a todos os requisitos legais na área de segurança e saúde aplicáveis a empresa, e quando exigido, aplicáveis também a seus clientes;

 Promover um ambiente de trabalho propício à preservação da saúde física, mental e social, fortalecendo o nosso compromisso com o Meio Ambiente e a Responsabilidade Social;

 É assegurado a todos o direito de interromper as atividades face à identificação e avaliação de riscos graves e iminentes.

3.4 3ª ETAPA: IMPLANTAÇÃO

Consiste na elaboração e implantação dos documentos que foram definidos na etapa de preparação, PPP, OS, PPRA, registros operacionais e administrativos, entre outros.

3.4.1 Estrutura e Responsabilidade

A responsabilidade formal pela implantação das medidas definidas pela etapa de planejamento é da alta administração da empresa, pois é a parte de maior interesse para que ocorra a melhoria contínua. Em vista disso, para que realmente haja esta melhoria contínua, a alta administração deve disponibilizar recursos para manter o local de trabalho seguro, mediante investimentos em equipamentos, recursos humanos, capacitação e treinamento. Será nomeado um representante, para realização e implantação do SGSSO.

Responsabilidade quanto ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais:  Responsabilidade do Empregador:

A empresa SIMON INSPEÇÃO VEICULAR LTDA terá por responsabilidade os seguintes itens quanto ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais:

– Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento das propostas apresentadas no PPRA como atividade permanente na empresa;

– Informar aos colaboradores sobre os riscos ambientais em seus locais de trabalho e sobre formas adequadas de se prevenir tais riscos;

– Garantir aos colaboradores a interrupção imediata de suas atividades, com a comunicação do fato ao seu superior hierárquico, em caso de situação de risco grave e iminente ou de agravos à saúde por agentes ambientais;

– Incentivar a participação dos trabalhadores que podem contribuir na elaboração do PPRA e no desenvolvimento de suas ações.

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Os funcionários que estiverem registrados na empresa SIMON INSPEÇÃO VEICULAR LTDA, terão por responsabilidade os seguintes itens:

– Colaborar e participar na implementação do PPRA;

– Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos através dos treinamentos de segurança do trabalho e Ordens de Serviço de Segurança no Trabalho;

– Informar ao seu superior hierárquico direto, CIPA e/ou Segurança do Trabalho, ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos á saúde dos colaboradores;

– Apresentar propostas e empenhar-se em receber informações e/ou orientações como forma de prevenção aos riscos ambientais identificados no PPRA.

3.4.2 Treinamento Conscientização e Competência

Para que a política de SSO seja implantada, é necessário que haja um treinamento desde o momento que o funcionário entra na empresa, portanto será ministrado um treinamento adimensional que possui como objetivo desenvolver nesse novo colaborador a consciência do seu papel dentro da empresa. O conteúdo deste treinamento é claramente definido pela OHSAS 18001(2007). Neste caso, a empresa em questão já possui uma descrição formal de cargos, portanto a necessidade de capacitação deve estar incluída como obrigatória e deve ser controlada pela área de treinamento da empresa, devendo registrar e monitorar a fim de constituir um histórico e evidências do cumprimento da especificação, conforme programa de metas de treinamentos, visualizado na tabela 1.

3.4.3 Consulta e Comunicação

Na empresa foco deste trabalho, a participação dos funcionários nos assuntos relativos à SGSSO é realizada pela Gerência, serão aplicadas anualmente pesquisas de clima, que incluem questões relativas à segurança e saúde, que geram um plano de ações de melhoria. Durante o levantamento, foi aplicada uma pesquisa se satisfação dos empregados com relação à empresa, buscando identificar as principais causas de insatisfações dos funcionários em relação ao setor de trabalho.

Referente à isso, as ações tomadas acima atrelado ao sistema de treinamento já implementado, demonstra a preocupação da empresa em consultar os funcionários sobre SGSSO, contudo é atribuído que todos os procedimentos adotados sejam formalmente documentados e arquivados.

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Tabela 1 - Programa de metas e Treinamentos.

Fonte: Próprio Autor (2013). 3.4.4 Estrutura Documental do SSO

O Comitê do SSO definiu a Estrutura Documental da Empresa com base nos documentos que ela pretende criar e controlar. A relação de documentos adotados pela empresa encontra-se no decorrer texto ou anexadas no final do trabalho.

3.4.4.1 Ordem de Serviço

Objetiva orientar os trabalhadores da empresa conforme estabelece a NR-1, item 1.7 (BRASIL, 1978), sobre as condições de segurança e saúde, bem como aos riscos aos quais estão expostos, como medida preventiva e, tendo como parâmetro os agentes físicos, químicos, e biológicos citados na NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (Lei nº 6514 de 22/12/1977, Portaria nº 3214 de 08/06/1978), bem como os procedimentos de aplicação da NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI, NR-17 – Ergonomia, de forma a padronizar comportamentos para prevenir acidentes e/ou doenças ocupacionais. No APÊNDICE A encontra-se o modelo de ordem de serviço proposto à empresa.

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3.4.4.2 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

Esse programa é constituído pela Norma Regulamentadora NR-9 (BRASIL, 1978) da CLT e é uma exigência legal do Ministério do Trabalho. Consistem num programa contínuo para prevenir diversos tipos de riscos ambientais, que deve assegurar a preservação da saúde dos funcionários mediante sua exposição a diversos agentes contaminadores: físico, químico e biológico, conforme APÊNDICE B.

3.4.4.3 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)

De acordo com a NR-07 (BRASIL, 1978), da Portaria n. 3.214/78, todos os empregados que admitam trabalhadores como empregados estão obrigados da elaboração e implantação do PCMSO, cujo objetivo é promover e preservar a saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Este documento.

PCMSO é um programa médico de atenção à saúde do trabalhador, implementado pela empresa, visando a prevenção de danos causados a saúde por agentes agressivos presentes nos ambientes de trabalho. O PCMSO deve considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre a saúde e o trabalho. O Programa de Controle Médico de saúde Ocupacional – PCMSO tem caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde dos trabalhadores, auxiliando o empregador a monitorar a exposição dos seus empregados a riscos Físicos, Químicos e Biológicos existentes no ambiente de trabalho, bem como adotar medidas preventivas para promover e preservar a integridade e a saúde dos mesmos. O PCMSO, deverá ser planejado e implementado com base nos riscos a saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais Normas Regulamentadoras.

De acordo com o PCMSO apresentado para empresa, foram realizados nos empregados da área técnica, exames de audiometria, caboxihemoglobina, hemograma e plaquetas. Foi estipulado que tais exames devem ser anuais, a fim de preservar e monitorar a saúde do empregado.

3.4.4.4 Identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação de controles.

A empresa busca através do levantamento das atividades o reconhecimento dos riscos que possam conduzir a acidentes ou doenças aos seus trabalhadores, de acordo com a legislação de segurança e medicina do trabalho, buscando assim o seu controle e a melhoria contínua do processo laboral.

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Primeiramente, no levantamento de dados referentes à presença de agentes físicos, foi verificada a presença de agentes físicos nos postos laborais do qual foram obtidas através do PPRA (APÊNDICE B), tomando-se como referência os limites de exposição especificados na NR 15 (BRASIL, 1978). Observou-se a presença do agente físico ruído, sendo este monitorado por decibelimetria.

Com relação aos demais agentes físicos, ou seja, vibração, calor, frio, umidade, radiações ionizantes, radiações não-ionizantes e pressões anormais, nenhum deles foram verificados no ambiente analisado, conforme o PPRA (APÊNDICE B).

O segundo levantamento de dados, foram referentes à presença de agentes químicos, também extraídos do PPRA confeccionado (APÊNDICE B). O levantamento dos agentes químicos foi feito através da análise do EMR (Exposto de Maior Risco). Os agentes verificados na área técnica, através do levantamento de riscos que compõem o PPRA, foram as de Hidrocarbonetos Aromáticos gerados pelos combustíveis dos veículos.

3.4.4.5 Estatísticas de acidentes.

As Normas Regulamentadoras (NR) do MTE determinam que as empresas analisem e capacitem os trabalhadores para realizar análises de acidentes de trabalho. A análise de eventos adversos identificam possíveis riscos que podem afetar a segurança e saúde no ambiente de trabalho, da à compreensão do quê ocorreu, de como o trabalho foi realmente executado e de como e por que as coisas deram errado. O reconhecimento de deficiências no controle de riscos no trabalho de forma a possibilitar alterações e melhorias da gestão de SST, possibilita a troca de informações sobre os riscos entre empresas, fabricantes e fornecedores.

É essencial que haja o envolvimento dos vários níveis hierárquicos da empresa e que seja valorizada a participação dos colaboradores envolvidos no processo, que detêm informações fundamentais para a gestão de SST. Segundo o MTE somente a identificação dos fatores subjacentes e latentes, que propiciam a existência dos fatores imediatos, será possível adquirir conhecimento capaz de eliminar ou controlar o risco de ocorrência de outros eventos adversos.

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Tabela 2 - Levantamentos Ambientais

Fonte: Próprio Autor (2013).

3.4.4.6 Comunicação de Acidentes de Trabalho - CAT

É importante que as empresas tenham protocolos mínimos para eventos adversos, definindo, entre outras questões, as pessoas, setores e serviços de emergências que devem ser contatados. Em circunstância emergencial a empresa deve adotar ações tais como prestação de primeiros socorros, remoção e acompanhamento das vítimas, e o isolamento do local do acidente, a fim de evitar mais algum dano.

Em segundo plano, a empresa deve relatar o evento adverso à pessoa responsável pela segurança e saúde ou ao responsável pela área, emitir a comunicação de acidente de trabalho – CAT de acordo com as determinações legais e verificar as exigências e determinações das várias Normas Regulamentadoras. Foi elaborado um modelo de CAT para Simon Inspeção Veicular conforme APÊNDICE D.

3.4.4.7 Preparação e Atendimento a Emergências.

De conformidade com o item 7.5.1 da NR-7 (BRASIL, 1978), todos os estabelecimentos deverão estar equipados com material necessário a prestação de primeiros

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socorros, considerando a atividade da empresa. O material deverá ficar guardado em local apropriado e aos cuidados de pessoa treinada para tal fim.

Os materiais fornecidos pela empresa para a prestação de primeiros socorros são: - Luvas cirúrgicas descartáveis;

- Gases em compressas; - Ataduras de crepe; - Esparadrapo; - Curativos adesivos;

- Tala de madeira para braço e perna; - Soro fisiológico frasco de 500 ml; - Tesoura.

3.4.4.8 Cópia do CA e dos EPI utilizados pela empresa

Foi realizado um manual que descreve a relação de equipamentos de proteção individual (EPI) por área de inspeção APÊNDICE E, neste manual ontem o número do Certificado de Aprovação (CA) de cada EPI, além das especificações da área de inspeção, bem como a relação de equipamentos utilizados no processo, o risco que oferece ao empregado que o manuseia e o EPI necessário para execução da tarefa.

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Tabela 3 - Relação de Equipamentos de Proteção Individual.

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3.4.4.9 Mapa de Riscos Ambientais

Conforme a Portaria nº 05, de 17 de agosto de 1992 (MTE, 2014), a elaboração do Mapa de Riscos é obrigatória para empresas com grau de risco e número de empregados que exijam a constituição de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. O Mapa de Riscos é a representação gráfica dos riscos de acidentes nos diversos locais de trabalho, inerentes ou não ao processo produtivo, devendo ser afixado em locais acessíveis e de fácil visualização no ambiente de trabalho, com a finalidade de informar e orientar todos os que ali atuam e outros que, eventualmente, transitem pelo local. Na Figura 2 apresenta o modelo de Mapa de Risco da Simon Inspeção Veicular Ltda.

Figura 1 - Mapa de Risco da Empresa.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Em um primeiro momento foi realizada uma avaliação do sistema de gestão atual da empresa, mediante isso, foi possível realizar concretamente as atividades iniciais do SGSSO. À medida que a sequência dos procedimentos avançava, optou-se por propor recomendações para aplicação dos itens normativos da OHSAS 18001 (2007). Isso se deve ao fato de que somente seria possível a completa aplicação dos procedimentos quando a metodologia estivesse sendo implementada efetivamente.

Antes da aplicação da metodologia propriamente dita, foi realizada uma análise crítica inicial, com o objetivo de obter um diagnóstico da situação atual da Empresa Simon Inspeção Veicular Ltda. Através deste levantamento prévio, que foi descrito no item 3.2.1, foi possível constatar prováveis áreas de interesse para a investigação de seus aspectos ambientais e respectivos impactos, bem como os riscos existentes nas atividades.

Ao final da implantação foi realizada uma análise qualitativa do nível de satisfação tanto da gerência, quanto dos empregados da empresa, esta análise qualitativa, foi obtida mediante um questionário de satisfação dos envolvidos, antes e após a implementação do SGSSO. Observa-se como principal motivação para a adoção do SGSSO, as necessidades externas (exigência legislativa e imagem da empresa). Os principais benefícios são a maior motivação dos colaboradores e a minimização dos riscos. O aumento dos custos e a resistência por parte dos funcionários, em respeitar as regras de segurança são as maiores desvantagens e, novamente, o principal obstáculo é a cultura das pessoas, que ainda só pensam em prevenção de acidentes ou doenças após a ocorrência de um destes.

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CONCLUSÃO

Conforme observado no referido trabalho, segurança e saúde do trabalho são preocupações que há tempos vêm tomando a atenção de governos, empresas e sindicatos de todo o mundo. Observa-se como principal motivação para a adoção do SGSSO as exigências legislativas e a imagem da empresa no mercado atual. Em virtude disso, foi realizado um estudo de caso e desenvolvido um modelo de gestão de segurança e saúde ocupacional para uma empresa de inspeção veicular, baseando-se na Norma OHSAS 18001 (2007). O objetivo principal foi levantar os problemas de saúde e segurança ocupacional da empresa e estruturar os passos necessários para o desenvolvimento de um modelo de gestão eficaz que visa um padrão de qualidade e comprometimento com a sociedade. Foi realizada a capacitação operacional através de treinamentos, conscientização e desenvolvimento das competências necessárias à responsabilização pelas tarefas desenvolvidas.

Para que o objetivo fosse alcançado, houve a necessidade de realizar um estudo de caso, através da documentação e de informações fornecidas pela gerência, a fim de diagnosticar as condições de funcionamento de segurança e saúde da empresa. Esta analise inicial auxiliou no ponto de partida para este trabalho, visto que permitiu avaliar as condições existentes e as que deveriam ser implantadas ou organizadas para que o sistema de gestão fosse relevante para a empresa como um todo. Dessa forma este trabalho permite ver a empresa como um todo e entender como se integram os processos internos e seu relacionamento com o ambiente externo, o que viabiliza a análise dos riscos, pois abrange todos os aspectos relacionados à gestão, além das questões de capacitação, documentação, quadro funcional, planejamento.

Em relação ao aspecto de aplicação do modelo proposto, conclui-se que foi possível atender ao objetivo principal, no qual se criou uma estrutura gerencial embasada no princípio da melhoria contínua e na atuação pró ativa que permita identificar, avaliar e controlar os perigos e riscos existentes nos ambientes de trabalho, mantendo-os dentro de limites aceitáveis e que não se tornem causas de acidentes futuros.

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24. BOTTANI, E.; MONICA, L.; VIGNALI, G. Safety management systems – performance differences between adopters and non-adopters. Safety Science v.47, n.2, p. 155–162, 2009.

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Apêndice A – Ordem de Serviço – OS

ORDEM DE SERVIÇO

SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO

Pela presente Ordem de Serviço objetivamos informar os trabalhadores que executam suas atividades laborais nesse setor, conforme estabelece a NR-1, item 1.7, sobre as condições de segurança e saúde, bem como aos riscos aos quais estão expostos, como medida preventiva e ,tendo como parâmetro os agentes físicos,químicos,e biológicos citados na NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais(Lei nº 6514 de 22/12/1977,Portaria nº 3214 de 08/06/1978), bem como os procedimentos de aplicação da NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI, NR-17 – Ergonomia, de forma a padronizar comportamentos para prevenir acidentes e/ou doenças ocupacionais.

Nome: xxx CTPS: xxx

Empresa: Simon Inspeção Veicular Ltda Função: Inspetor Atividade

Inspecionar veículos por completo (realizando os seguintes testes: teste dinâmico, teste de ruído, teste de opacidade, teste de retrovisor, teste de suspensão, teste de freio, teste de alinhamento, teste de folga, teste com o regloscópio e etc.), conduzir os veículos na linha de inspeção e entrar no fosso em todos os casos para vistoria da parte inferior do veiculo.

Uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) /Quando e Quais EPI’s Usar

No decorrer das inspeções a vestimenta (uniforme, jaleco, sapado fechado e identificação) deverá ser sempre usada, nos demais testes, segue abaixo quais Epis devem ser usados:

 Na calibragem do Pneu:

Não necessita o uso de um EPI especifico.  Teste de Freio:

Não necessita o uso de um EPI especifico.  Teste de Suspensão:

Não necessita o uso de um EPI especifico.  Teste de Alinhamento:

Não necessita o uso de um EPI especifico.  Teste de Folgas:

Capacete, Óculos e Luvas.  Teste de Regloscópio:

Não necessita o uso de um EPI especifico.  Analise de Gás:

Luvas e Protetor Auricular.  Opacimetro:

Luvas e Protetor Auricular.  Ruido:

Luvas e Protetor Auricular.  Inspeção Visual no fosso:

Capacete, Óculos e Luvas.  Inspeção Visual:

Luvas.

Referências

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