Imagens: Google Imagens
SOLOS
RECORDANDO
Parte mais superficial
da crosta terrestre.
Pedologia: ramo da
geografia que estuda os
solos.
Trata-se de um
complexo composto de
mineral, material
orgânico e gases.
Processo Pedogenético
ou Pedogênese:
Processo de formação
Calcula-se que cada centímetro do solo se forma num intervalo de
tempo de 100 a 400 anos! Os solos usados na agricultura demoram
entre 3000 a 12000 anos para tornarem-se produtivos.
O tempo de Formação do Solo é variável e dependente do clima, do
relevo, da atividade biológica e da natureza do material de origem.
SOL
OS
R
EC
ORD
A
D
N
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O
Formação do Solo
Esqu em a: G o o gle Im ag ensHorizontes do Solo
Esquema: www.sobiologia.com.br
SOLOS
OS HORIZONTES DO SOLO E SUAS
CARACTERÍSTICAS
Horizonte
Característica
O
É o horizonte superficial pode conter mais de 20% de matéria
orgânica em diferentes graus de decomposição.
A
Apresenta grande quantidade de material decomposto e
misturado com minerais. Sofre perda de minerais pesados
como Ferro e Alumínio através da lixiviação.
E
Marcado por apresentar uma coloração mais clara, sendo
rico em silício e pela remoção máxima de argila.
B
Pouco afetado pela erosão natural e pela ação do homem.
Pobre em matéria orgânica e rico em material mineralógico.
C
Chamado de regolito, material decomposto, oriundo da
rocha matriz.
Os solos podem ser classificados conforme suas principais
características, que são:
SOLOS
PROFUNDIDADE: a espessura do solo, é ela que determina
a capacidade de fixação de raízes e de absorção de
nutrientes.
TEXTURA: engloba as características físicas do solo, como
porosidade, aeração e capacidade de infiltração de água.
FERTILIDADE: quantidade e qualidade dos nutrientes.
Fatores como textura, disponibilidade de água,
profundidade, e manejo adequado do solo também
contribuem para a fertilidade.
A vegetação é essencial ao solo, pois ela o protege da erosão,
aumenta a capacidade de absorção d’água e o fertiliza com
restos de vegetais decompostos por bactérias, fungos e outros
agentes.
SOLOS
O relevo também é importante na formação o solo, pois seu
desgaste aumenta em razão da inclinação do terreno, assim
como possibilidade de erosão ou a velocidade dela.
A localização do Brasil na zona intertropical úmida e semiúmida
(exceto o Nordeste, localizado no semiárido e o Sul, na faixa de
transição subtropical) e a dinâmica climática (variação de
temperatura e índices pluviométricos) determinam a formação
dos solos brasileiros.
LATOSSOLOS:
no território brasileiro, há predomínio de solos profundos,
ácidos, com baixa fertilidade e horizontes pouco diferenciados,
características dos latossolos, que são ricos em óxido de ferro e de
alumínio (micronutrientes) – substâncias utilizadas pelas plantas – e
pobres em magnésio, potássio, cálcio e fósforo (macronutrientes) – muito
requisitados pelas plantas. Apresentam colorações variadas, como
vermelho, alaranjado ou amarelo, dependendo da região.
Os latossolos podem ter espessura superior a dois metros, são muito
porosos, retêm ar e água, possuem textura variável e são altamente
intemperizados. Formam-se em ambientes muito quentes, com chuvas
constantes ou sazonais, e são solos maduros, com baixa fertilidade e alta
suscetibilidade à erosão, à lixiviação e à laterização, o que causa, em áreas
sem cobertura vegetal, alto nível de assoreamento dos rios.
SOLOS DO
BRASIL
Esse tipo de solo ocupa vastas
áreas do território brasileiro e
é encontrado sobretudo na
região Norte, na Floresta
Amazônica; e nas regiões Sul e
Sudeste; no Centro-Sul, na
área do cerrado brasileiro.
Fotos: Editora FTD
O
LATOSSOLO VERMELHO
, também conhecido por terra roxa, é um
tipo de solo vermelho, caracterizado por ser o resultado de milhões de
anos de decomposição de rochas basálticas. É marcado pela sua cor
avermelhada inconfundível, devida à presença do mineral magnetita,
um óxido de ferro.
No Brasil, esse tipo de solo aparece
na metade norte do estado do Rio
Grande do Sul, nas porções
orientais de Santa Catarina, Paraná,
São Paulo, sul e sudoeste de Minas
Gerais e todo o sul de Mato Grosso
do Sul, destacando-se, sobretudo
nos últimos quatro estados, por sua
qualidade.
Foto: http://www.estudopratico.com.br/tipos-de-solos-do-brasil/
Terra Roxa: Tom avermelhado devido à magnetita.
O
LATOSSOLO BRUNO
: a palavra “bruno” ou
no plural “bruni” vem do idioma italiano e
significa moreno(s) ou bronzeado(s). São
solos que possuem as mesmas características
do latossolo vermelho, exceto a cor que o
nomeia. Também é resultado da
decomposição da rocha extrusiva conhecida
como basalto.
Ocorre principalmente nas áreas elevadas dos
planaltos do Sul do Brasil, onde a altitude
supera 800 m (clima frio e úmido).
A textura é argilosa ou muito argilosa ao
longo do perfil, sendo que o horizonte A é
relativamente escuro,
ocorrendo sobrejacente ao horizonte de cor
brunada.
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Obs:
Latossolo Vermelho
é conhecido como terra roxa,
que tem esse nome porque os imigrantes italianos o
viram e chamaram de “rossa” ou no plural “rosse” que
traduzindo para o português significa vermelha(s).
Como os brasileiros, ao ouvirem “rossa” entendiam
“roxa”, ela é assim chamada. É resultado da
decomposição da rocha extrusiva conhecida como
basalto.
Latossolo Bruno:
a palavra “bruno” ou no plural
“bruni” também vem do idioma italiano e significa
moreno(s) ou bronzeado(s). São solos que possuem as
mesmas características do latossolo vermelho, exceto
a cor que o nomeia. Também é resultado da
decomposição da rocha extrusiva conhecida como
basalto.
ARGISSOLOS (Podzólicos)
: o mais comum no Brasil é o Argilossolo
Vermelho-Amarelo (
Salmourão
), que frequentemente ocorre associado ao Latossolo,
com o qual pode apresentar características comuns.
Esse solo ocorre em situações de relevo mais acidentados que o Latossolo e é
também de melhor fertilidade natural. Aos solos do grande grupo Podzólico
Vermelho-Amarelo, os que apresentam maior fertilidade natural, são os
derivados de gnaisses e granitos (rochas porfiroidais) que dão origem a solos
conhecidos popularmente no Sudeste do Brasil por “salmourões” que é um
solo areno-argiloso. Tem como característica a presença de uma quantidade
apreciável de pequenas pedrinhas (cascalhos) espalhadas em todo o perfil.
SOLOS DO BRASIL
Os Argissolos são solos menos profundos que os latossolos com marcante
diferenciação de horizontes e mais profundos que os cambissolos. Tendem a
ser mais fertéis que os outros solos do Cerrado. Ocupam cerca de 33 % da
área Amazônica e de 15% da área do Cerrado, sendo encontrados em todas as
regiões do território brasileiro.
Vertissolos
: o mais comum no Brasil é o
massapê
, que é mais encontrado
no litoral da Região Nordeste do Brasil, sendo constituído da
decomposição de rochas com algumas características de filitos, calcários e
gnaisses escuros. O massapê é um solo muito fértil e, portanto, excelente
para a prática da agricultura. No período colonial, foi muito explorado na
agricultura de cana-de-açúcar. O massapê tem em sua composição uma
elevada presença de argila.
Ele se forma através da
decomposição do granito, em regiões
tropicais que possuem estações seca
e úmida bem definidas. Na época
úmida, o massapê apresenta uma
consistência pegajosa e no período
de seca ele fica rígido.
Imagem: Canaviais Sao Paulo 01 2008 06/ Mariordo/ Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported
SOLOS DO BRASIL
NEOSSOLOS LITÓLICOS: São solos jovens, rasos, com pouca
intemperização da rocha e, por isso, não apresentam o horizonte B – o
horizonte A está assentado diretamente sobre a rocha matriz. São
encontrados em áreas semiáridas do Brasil, como nos sertões
nordestino, mineiro e tocantinense, ou em áreas muito íngremes de
encostas de morros com alto índice pluviométrico. Com altas
concentrações de pedras e cascalhos, podem apresentar afloramentos
da rocha matriz, conhecidos como inselbergs.
Esses solos ocorrem associados a solos denominados cambissolos, que
também são solos imaturos, mas já apresentam desenvolvimento do
horizonte B. normalmente, apresentam baixa produtividade vegetal,
seja em razão da carência de água, seja por causa da erosão das áreas
de encosta.
As características
climáticas do
semiárido nordestino
favorecem a formação
dos NEOSSOLOS
LITÓLICOS, e a
concentração de
fragmentos grosseiros
(pedras e cascalhos)
sobre o horizonte A.
No período das
chuvas, irregulares e
concentradas ocorre o processo de carregamento da argila para as áreas mais
baixas, próximas dos leitos de rios e açudes. Nessas áreas existem solos mais
profundos e férteis que favorecem o cultivo das lavouras do sertanejo.
NEOSSOLOS LITÓLICOS
CHERNOSSOLOS (
Tchernozion
ou solos de pradaria):
São geralmente
rasos e apresentam o horizonte superficial escuro, muito rico em húmus e
nutrientes. No Brasil, são encontrados nas áreas de transição para clima
temperado da região Sul (campanha gaúcha ou pampas sulinos), em que
predominam relevo plano e vegetação natural de gramíneas.
O manejo
inadequado pode
intensificar a
concentração de
areia no horizonte
A, gerando uma
tendência à
arenização e
empobrecendo o
solo.
Foto: Editora FTD
SOLOS DO BRASIL
SALINOS OU
HALOMÓRFICOS:
São
solos com altas
concentrações de sais.
Podem ser encontrados
tanto no semiárido
nordestino como nas
áreas costeiras
(manguezais). No
semiárido, normalmente
estão associados às altas
temperaturas, ao baixo índice pluviométrico e à sazonalidade das
chuvas. No litoral, a ocorrência desses solos está ligada à influência
da água do mar, com altos teores de cloreto de sódio.
Foto: Editora FTD
SOLOS DO BRASIL
HIDROMÓRFICOS: Os solos
encontrados às margens dos rios,
que sofrem inundações sazonais ou
permanecem alagados durante todo
o ano, são chamados de
hidromórficos, como é o caso do
Pantanal, das matas de várzea da
Amazônia e das veredas do cerrado.
Estes solos se dividem em orgânicos
(coloração escura – várzeas da
Amazônia) e minerais (coloração
acinzentada com menos fertilidade
devido à alta concentração de ferro,
sendo comum nas matas ciliares do
cerrado).
SOLOS DO BRASIL
Foto: Editora FTD
O cultivo dessas áreas tem mais
pontos negativos que positivos,
pois pode intensificar o
assoreamento, afetar o lençol
freático e destruir as nascentes
dos rios. Apesar disso, muitos
agricultores cultivam esses solos.
Solo Propriedades Ambiente Problemas Principal Ocorrência
Latossolos
Ricos em óxido de ferro e de alumínio (micronutrientes) – substâncias utilizadas pelas plantas – e pobres em magnésio, potássio, cálcio e
fósforo (macronutrientes) – muito requisitados pelas plantas. Apresentam colorações variadas, como vermelho, alaranjado, amarelo ou bruno,
dependendo da região.
Muito quente com chuvas constantes e
sazonais.
Baixa fertilidade (amarelo e alaranjado), mais fértil (bruno e
vermelho/terra roxa).É suscetível à erosão, lixiviação e
laterização, podendo causar o assoreamento de rios a partir de
áreas sem cobertura vegetal.
Amarelo: Amazônia. Alaranjado: Cerrado. Vermelho: SP, SC, PR, sul do MS e Sul e SO de MG. Bruno: áreas elevadas (acima de 800m) do Sul.
Argilossolo (Podzólico)
Frequentemente ocorre associado ao Latossolo, com o qual pode apresentar características comuns. Menos profundos que os latossolos com marcante diferenciação de horizontes e mais profundos que os cambissolos. Tendem a ser mais fertéis que os outros solos do Cerrado. A variedade salmourão apresenta uma quantidade apreciável de pequenas pedrinhas (cascalhos) espalhadas em todo o perfil.
Ocorre em situações de relevo mais acidentados que o
Latossolo.
Baixa fertilidade, sendo suscetível à erosão, lixiviação e
laterização, podendo causar o assoreamento de rios a partir de
áreas sem cobertura vegetal.
Todo o território brasileiro. Cerca de 33%
da Amazônia , 15% do Cerrado. Salmourão: Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Vertissolos (massapê)
Solo muito fértil. Tem em sua composição uma elevada presença de argila.
Regiões tropicais que possuem estações seca e úmida bem definidas.
Na época úmida, o massapê apresenta uma consistência pegajosa e no período de seca
ele fica rígido.
Litoral da região Nordeste, Zona da Mata, Recôncavo Baiano e sul da
Bahia.
Neossolos litólicos
Solos poucos profundos, não apresentam horizonte B. Alta concentração de pedras e cascalhos. Associado a cambissolos (estes são pouco mais
profundos, mas também são solos jovens).
Áreas semiáridas.
Baixa produtividade devido à falta de água ou erosão das
áreas de encosta. Sertão nordestino, mineiro e tocantinense. Chernossolos (Tchernozion ou solos de pradaria)
Muito ricos em húmus e nutrientes.
Áreas de transição para clima temperado
(no Brasil clima subtropical)
O manejo inadequado pode causar arenização e empobrecer
o solo.
Campanha gaúcha ou pampas sulinos.
Salinos ou Halomórficos
(Gleissolo Sálico) Alta concentração de sais.
Áreas de mangue e semiáridas. Baixa ou nenhuma produtividade. Semiárido nordestino e manguezais. Hidromórficos: Neossolos Flúvicos, Gleissolos e Organossolos
Estes solos se dividem em orgânicos (coloração escura – várzeas da Amazônia - Organossolos) e minerais (coloração acinzentada com menos fertilidade devido à alta concentração de ferro,
sendo comum nas matas ciliares do cerrado – Gleissolos e Neossolos Flúvicos).
Encontrados às margens dos rios, que
sofrem inundações sazonais ou permanecem alagados
durante todo o ano.
Baixa produtividade. pode intensificar o assoreamento, afetar o lençol freático e destruir
as nascentes dos rios.
Áreas alagáveis: Pantanal, várzeas amazônicas e
veredas do cerrado.
