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Arelaçãocomoclienteeaqualidade

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Academic year: 2021

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(1)

A relação com o cliente e a

qualidade dos cuidados

(2)

Relacionarmo-nos é comunicarmos

• Comunicar com o cliente

• Comunicar com a família do cliente

• Comunicar com a equipa de enfermagem

• Comunicar com a restante equipa

• Comunicar numa posição de superioridade hierárquica

• Comunicar numa posição de diferenciação técnica

• Comunicar enquanto formador

• Comunicar com nós próprios

• Comunicar com o supervisado para o ensinar a

comunicar – como o fazer? Que estratégias? Que

conceitos a ter presente?

(3)

Factores a analisar

• Stress e coping

• Tipos de comunicação

• Inteligência emocional

• A comunicação na prestação de cuidados

• A qualidade

• A comunicação enquanto variável da qualidade

• O papel da supervisão e dos eventos críticos para

ensinar o supervisado a lidar com o stress

profissional

(4)

Conceito de Stress

Transacções pessoa - meio ambiente

Transacções pessoa - meio ambiente

Percepção de discrepância (real ou não)

Percepção de discrepância (real ou não)

Jogo entre exigências de uma

situação e recursos pessoais

(biológicos, psicológicos ou do

sistema social)

Jogo entre exigências de uma

situação e recursos pessoais

(biológicos, psicológicos ou do

(5)

Eixo hipotálamo-hipófise-cortico-supra-renal Eixo simpático-medular-supra-renal

SNC

SNS

Hipotálamo

Hipófise

Córtex supra-renal segrega cortisol

Aumenta a libertação de energia; Suprime a resposta inflamatória; Inibe a resposta imunológica.

Medula supra-renal segrega adrenalina e noradrenalina

Aumenta actividade cardiovascular; Aumenta a respiração;

Aumenta a transpiração

Devia irrigação para os músculos; Estimula a actividade mental; Aumenta o metabolismo

Psicofisiologia do stress

(6)

Principais manifestações físicas do stress

Sistema

Manifestações

Cardiovascular Taquicardia, HTA, arritmias, palidez/vermelhidão facial, aumento da sudação, pele e extremidades frias e húmidas, sensação de calor e palpitações

Respiratório Taquipneia, sensação de aperto na garganta, espasmo, asfixia, asma brônquica, outras alterações respiratórias.

Gastrointestinal Secura da boca, anorexia, polifagia, dificuldade em deglutir, náuseas e vómitos, aerofagia e flatulência, dispepsia, dores gástricas e abdominais, úlcera péptica,s. Intestino irritável, colite ulcerosa, diarreia e obstipoação.

Locomotor Astenia, lombalgias, contracturas e caimbras, tremores, tiques e outros movimentos involuntários.

Genitourinário Poliúria e urgência urinária, amenorreia, distúrbios sexuais.

Neurológico Cefaleias, tremores, dilatação das pupilas e perturbações da visão.

Endócrino Síndromes gripais, herpes e tuberculose.

Nervoso Debilidade e dores musculares.

Outros Sensação de fadiga, insónia, gaguez e voz trémula, labilidade emocional.

Sintomatologia dermatológica: psoríase, alopécia, acne, etc.

(7)

Psicofisiologia do stress

• Diferenças genéticas

• Vulnerabilidade psicológica

(Ramos, 2001)

(8)

Definições de stress

Gatchel, Baum & Krantz (1989) - Processo complexo através

do qual um organismo responde aos acontecimentos que

fazem parte da vida do seu dia-a-dia, e que são susceptíveis

de ameaçar ou de pôr em causa o bem estar desse

organismo.

Stressores – agentes que desencadeiam o processo.

Selye (1974) – Resposta não específica do corpo a qualquer

exigência. O stress é um processo inerente à vida, na

ausencia total de stress, um organismo morreria:

Eustress – o bom stress, aquele que suscita uma resposta

adaptativa dos organismos;

Distress – o mau stress, estimulo forte que é capaz de causar

(9)

Modelos de stress na saúde/doença

Os que se focam nas causas

(abordagem ambiental ou industrial):

Modelo de Holmes & Rahe

Stress como uma característica do estimulo, uma carga.

Foca-se nos acontecimentos ou experiências nocivas do meio

(10)
(11)

Modelos de stress na saúde/doença

Os que se focam nas consequências

(abordagem biológica)

Síndrome de Adaptação Geral (SAG) de Selye;

Stress como uma resposta fisiológica não específica ( mas estereotipada).

Síndrome que consiste em todas as alterações fisiológicas que ocorrem

no sistema biológico quando este é afectado por um estimulo nocivo ou

carga excessiva.

reacção de alarme fase de cont ra -choq ue, fase de resistência, fas e d e exa ustão

(12)

O corpo está mobilizado para se defender contra o

stressor.

Os recursos encontram-se muito limitados.

A capacidade de resistir pode colapsar.

Reacção

de Alarme

Fase de

Resistência

Fase de

Exaustão

Factor de

Stress

A estimulação mantêm-se elevada, enquanto o organismo se tenta defender e adaptar ao stressor

(13)

Modelos de stress na saúde/doença

Os que focam o processo

(abordagem psicológica)

Modelo transaccional de stress de

Lazarus

Foca-se na interacção dinâmica entre o individuo e o meio e na

avaliação subjectiva do stress que é feita pelo individuo.

(14)
(15)

Avaliação secundária: apreciação dos recursos pessoais para o

confronto da situação

Avaliação secundária: apreciação dos recursos pessoais para o

confronto da situação

Modelo transaccional: Lazarus

Avaliação primária: avaliação do mundo exterior

Avaliação primária: avaliação do mundo exterior

Irrelevante

Irrelevante

Benigno e

positivo

Benigno e

positivo

Nocivo e

negativo

Nocivo e

negativo

Coping:

•Dano/Perda

•Ameaça

•Desafio

Coping:

•Dano/Perda

•Ameaça

•Desafio

(16)

Fontes de Stress

Tempo

Sobrecarga de trabalho

Falta de controlo

Interacções pessoais

Conflitos de papel

Conflitos substantivos

Incompatibilidades

Situações

Condições de trabalho desfavoráveis

Mudanças subitas

Antecipação

Expectativas desagradáveis

Receio

(17)

Utilização do tempo

Urgência

Elevada

Baixa

Elevad

a

Crises

Reclamações

Oportunidades

Inovação

Planeamento

Baixa

Correio

Telefone

Interrupções

Rotinas

Im

po

rt

ân

ci

a

(18)

Estratégias para lidar com o stress

Auto-distracção

Coping activo

Uso de substâncias

Recurso ao suporte

social por razões

emocionais

Recurso ao suporte

social por razões

instrumentais

Comportamento de

desprendimento

Expandir

Reinterpretação

positiva

Planeamento

Negação

Humor

Aceitação

Religião

culpa

(19)

Coping

“… disposição para gerir o stress, que constitui um

desafio aos recursos que o indivíduo tem para

satisfazer as exigências da vida e padrões de papel

autoprotectores que o defendam contra ameaças

subjacentes que são percebidas como

ameaçadoras de uma auto-estima positiva;

acompanhado por um sentimento de controlo,

diminuição do stress, verbalização de aceitação da

situação, aumento do conforto psicológico.”

(20)

Definições de Coping

“Os esforços cognitivos e comportamentais para lidar

com exigências específicas, internas ou externas, e os

conflitos entre elas, que são avaliadas como

excessivas ou excedendo os seus recursos pessoais”

Lazarus, 1991, p.112

(21)

Definições de Coping

“ …os esforços para lidar com as situações de dano, ameaça ou desafio, quando não está disponível uma rotina ou uma resposta automática para confrontar a situação.”

“ … tendemos a falar de coping quando uma modificação relativamente drástica ou um problema desafia as formas usuais da pessoa se comportar e requer a produção de um comportamento novo. Dá origem, com frequência , a emoções desconfortáveis como a ansiedade, o desespero, a culpa, a vergonha ou o pesar, o alívio das quais faz parte da necessidade de adaptação. As estratégias para lidar com o stress (coping) referem-se a esta adaptação em condições relativamente difíceis”

(22)

Teorias sobre coping

Mecanismos de defesa

Lazarus & Folkman

Carver e colaboradores

...

(23)

Conceito de

Coping

Coping como processo

Multidimensional

Dinâmico

Gestão versus mestria

Mestria/perícia no controlo ambiental

Conjunto de pensamentos/actos realistas

e flexíveis que permitem lidar com as

situações stressantes

(24)

Conceito de

Coping

Julgamento da qualidade do coping

Em termos adaptativos face a contextos

específicos

Efeitos sobre a saúde, bem-estar e QV

Diferença entre processo e resultados

Estratégias adaptativas (coping) versus

comportamento automático

Actividades adaptativas que exigem esforço

Não inclui tudo o que é realizado em relação ao

(25)

Estratégias para lidar com o stress

Estratégias de coping

centradas no Problema

“problem-focused coping”

Estratégias de coping

centradas no Problema

“problem-focused coping”

Estratégias de coping

centradas na Emoção

“emotion-focused coping”

Estratégias de coping

centradas na Emoção

“emotion-focused coping”

Abordagem

cognitiva

Abordagem

comportament

al

(26)

Tipos de estratégias de

coping

Estratégias de coping

focadas no problema

Estratégias de coping

focadas no problema

Coping

Coping

confrontativo

confrontativo

Resolução planeada do problema

Resolução planeada do problema

(27)

Tipos de estratégias de coping

Estratégias de coping

focadas na emoção

Estratégias de coping

focadas na emoção

Distanciamento

Distanciamento

Fuga-evitamento

Fuga-evitamento

Autocontrolo

Autocontrolo

Aceitação da responsabilidade

Aceitação da responsabilidade

Procura de apoio social

Procura de apoio social

Reavaliação Positiva

Reavaliação Positiva

(28)

Circunstâncias indutoras

de stress

Filtro Cognitivo

Resposta de stress

Resposta de stress

Biológica

Comportamental

Comportamental

Cognitiva

Focado no problema

Coping

Focado na emoção

Inadequado

Adequado

Resolução do stress

Mantém

Apoio Social

Modelo descritivo de stress e

coping

(29)

Coping e resultados

“Ambas as funções do coping são usadas em, potencialmente, todas

as situações de stress”, “...podendo ocorrer em simultâneo na mesma situação stressante” (Lazarus, 1991)

“O coping focado no problema tende a predominar quando as pessoas sentem que algo de construtivo pode ser feito, enquanto que o coping centrado nas emoções tende a predominar quando a pessoa percebe o stressor como algo que deve ser meramente suportado” (Carver et al., 1989; Folkman & Lazarus, 1980; Kessler et al., 1985)

(30)

Coping e resultados

Na área avaliativa do coping em situações de doença,

parece haver algum consenso na aceitação do coping

focado no problema como mais adaptativo do que o coping

focado nas emoções”

(Carver et al., 1989, Serra, 1992)

“As estratégias de coping para lidar com o stress devem

ser consideradas superiores desde que sejam utilizadas no

momento exacto, pela pessoa adequada, tendo em conta a

circunstância específica que induz stress”

(31)

Estilos de coping e coping em situações

específicas

coping disposicional

coping situacional

(32)

Variáveis da personalidade

Autoconceito

“...

compreende atitudes relacionadas com consigo próprio, percepção

das suas capacidades pessoais, imagem física e identidade, bem

como o sentido geral do seu valor”. (Carlson &

Blackwell, 1982)

“o conceito que o indivíduo faz de si próprio como um ser físico,

social, espiritual e moral”.

(33)

Variáveis da personalidade

Auto-eficácia

Juízo pessoal que os indivíduos fazem acerca da sua

capacidade de organizar e implementar actividades,

em situações desconhecidas, passíveis de elementos

ambíguos, imprevisíveis e geradores de stress”

.

(Ribeiro, 1993, p. 231)

- Expectativas de eficácia

(34)

Variáveis da personalidade

Locus de controlo

Foi definido por Rotter (1966) como “a percepção que o

indivíduo tem de que o reforço sucede, ou é contingente ao

seu comportamento, versus a percepção que tem, e que o

reforço é controlado por forças exteriores a ele e que pode

ocorrer independentemente da sua acção” .

(Ribeiro, 1993, p. 107)

Pode ser considerada uma relação causal entre o comportamento e as

suas consequências

(locus de controlo interno)

, ou pelo contrário, o

comportamento é determinada por forças que lhe são exteriores, como

a sorte, o destino, a fé ou outras pessoas

(locus de controlo externo).

(35)

Variáveis da personalidade

Robustez (hardiness/resiliência) consiste num estilo de

coping que inclui três dimensões da personalidade:

Autocontrolo

Empenhamento/comprometimento

Desafio

...e da resposta de stresse daí resultante (av. primária).

(36)

Variáveis da personalidade

Suporte Social

a existência ou disponibilidade de Pessoas em quem se pode confiar,

pessoas que nos mostram que se preocupam connosco, nos

valorizam e gostam de nós”.

(Sarason, Levine, Basham & Sarason, 1983).

Esta variável psicossocial que influencia consideravelmente a postura

perante a saúde/doença tem sido largamente estudada, em diferentes

perspectivas:

1.

Componentes objectivos – número de amigos, número de contactos

sociais e sua frequência, etc.

2. Componentes subjectivos – percepção do indivíduo sobre a sua

adequação e satisfação com a dimensão social da vida.

(37)

Tipologias comportamentais

Tipo A

-

Conjunto de disposições e comportamentos específicos caracterizados por um conjunto de acções/emoções complexas, que envolvem uma disposição para actuar (ambição, agressividade, competitividade, impaciência), acompanhadas de respostas biológicas específicas (tensão muscular, ritmo geral acelerado) e por apresentarem respostas emocionais geralmente de irritabilidade, hostilidade e raiva. Susceptíveis à doença cardíaca; A característica fundamental que parece condicionar o desenvolvimento de doença é a resposta ao stresse com expressões emocionais instáveis.

(38)

Tipologias comportamentais

Tipo B -

Padrão de lidar com as situações vivenciais de forma mais calma e ponderada. Tipo de personalidade mais propenso ao estado de saúde.

(Llor et al., 1995)

Tipo C

-

Visão negativista e de descontentamento constante perante as situações da vida; A sua característica fundamental é a repressão contínua perante o stresse, lamentações e sentimentos depressivos relativamente a si e à sua situação. Os acontecimentos do dia a dia são fenomenológicamente transformados e experienciados como stressantes.

(LeShan, 1994)

(39)

Tipologias comportamentais

Tipo D

-

É descrito como um conjunto de traços de personalidade caracterizados

por afectividade negativa e inibição social. A afectividade negativa é definida como a tendência para experimentar emoções negativas perante as situações, ao longo do tempo, e caracteriza-se por sentimentos frequentes de infelicidade, tendência para as preocupações, pessimismo, facilmente irritável, baixa auto-estima e sentimentos de insegurança, com sintomas frequentes de ansiedade e depressão. A inibição social é a tendência para a inibição de emoções e comportamentos na interacção social, caracterizado por sentimentos de insegurança durante essa interacção, tendência para manter os outros à distância, mantendo-se fechado e reservado nos contactos sociais, pelo que reporta baixos níveis de suporte social.

(40)

Tipologias comportamentais

Tipo D (cont.) -

Segundo Denollet et al. (2000), as pessoas com esta

tipologia comportamental tendem a experiênciar simultaneamente

emoções negativas e a inibir a expressão de sentimentos e

comportamentos, ao que se associa uma maior vulnerabilidade para

o distress emocional crónico, com um risco acrescido para

problemas cardíacos.

(41)

Modelo de auto-regulação do comportamento de saúde

Fase 1:

Interpretação

Percepção de sintomas Mensagens sociais

Representação

cognitiva da

ameaça para a

saúde:

Identidade  Causa Consequências  Evolução  Cura/controlo

Resposta

emocional à

ameaça para a

saúde:

 Medo  Ansiedade  Depressão

Fase 2: Coping

Coping de aproximação Coping de evitamento

Fase 3: Ponderação

 A minha estratégia de coping terá sido eficaz?

(42)

Utente/

Utente/

Doente

Doente

Doença Doença Con text o Con text o Org aniz ação Org aniz ação Per sona lidad e Per sona lidad e

Enf.º

Enf.º

Persona lidade Persona lidade Co nte xto Co nte xto Traba lho Traba lho

Família

Família

Persona lidade Persona lidade Org an izaç ão Org an izaç ão Pape is Pape is

(43)

Que percepção temos do

nosso stress?

Nomeiem 5 razões geradoras de stress

no vosso dia-a-dia

Nomeiem 5 abordagens para lidar com

elas

Referências

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