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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Câmara Municipal (Guarda)

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Gesp.010.01

Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

R E L AT Ó R I O D E E S T Á G I O

JOÃO MANUEL VIDEIRA REDUTO TOMÉ RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO

EM DESIGN DE EQUIPAMENTO

(3)

i

“ O design gera inovação; a inovação reforça a marca; a marca constrói

fidelidade e a fidelidade sustenta os lucros.”

(4)

ii

Ficha De Identificação

Discente: João Manuel Videira Reduto Tomé Número: 1009512

Curso de Licenciatura: Design de Equipamento

Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda – Escola Superior

Tecnologia e Gestão

Entidade promotora do estágio: Câmara Municipal da Guarda Morada: Praça do Município

Código Postal: 6301-854 Guarda Telefone: 271 220 200

Fax: 271 220 280

Correio eletrónico: geral@mun-guarda.pt Site: www.mun-guarda.pt

Supervisor na Instituição: Vítor Manuel dos Santos Gama Grau Académico: Licenciado em Arquitetura

Duração do Estágio: 280 horas

Início do Estágio: 10 de Setembro de 2012 Conclusão do Estágio: 6 de Novembro de 2012 Professor Orientador: Arlindo Ferreira

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iii

Plano de Estágio

O plano de estágio consistirá na realização de uma Estrutura Modular Multifuncional. Assim, projetar-se-á um módulo que possa vir a desempenhar diversas funções dentro do futuro edifício Centro Tecnológico e Logístico da Guarda (CTLG).

O referido módulo poderá ser utilizado isoladamente ou acoplado a outros. Este projeto deverá estar preparado para que possa permitir diversas utilizações/funções apenas com ligeiras adaptações, ex.: posto de informações, sala de reuniões e bar.

O estudo a realizar deverá incluir as seguintes componentes: desenho da forma, estudo volumétrico e espacial, pormenores de construção, materiais, cores e luz.

(6)

iv

Resumo do Estágio

O presente trabalho tem como objetivo relatar toda a atividade desenvolvida pelo estagiário, durante um período com duração de 280 horas, cerca de dois meses, na Câmara Municipal da Guarda (CMG).

Da frequência deste estágio, resultou o desenvolvimento de um trabalho que consistiu na criação de um módulo destinado a múltiplas funções, sendo um projeto totalmente modular e sob a condição de ser desenvolvido com materiais já comercializados no mercado. Assim, optou-se pela escolha de materiais mais económicos dado o orçamento, atribuído pela Comunidade Económica Europeia (CEE) para equipamentos e construção do CTLG, ser de um milhão e seiscentos euros, valor considerado bastante reduzido para um edifício com grandes dimensões.

(7)

v

Agradecimentos

Gostaria de aproveitar este excerto de relatório para agradecer à Câmara Municipal da Guarda (CMG), pela oportunidade da realização do meu estágio e confiança no meu trabalho.

Dirijo o meu agradecimento pela amabilidade e disponibilidade, ao arquiteto Vítor Manuel dos Santos Gama, supervisor de estágio na instituição acolhedora e ao arquiteto Nuno Rolo Morais, pelo companheirismo e apoio prestado, em toda a fase de desenvolvimento do projeto.

Sou grato ao meu orientador Professor Arlindo Ferreira, por ter aceitado o meu pedido de orientação de estágio curricular, oferendo-me o seu contributo, o seu conhecimento e a sua amizade não só durante o estágio, como ao longo de toda a minha formação superior.

Quero também agradecer a todos os professores que me acompanharam durante o Curso de Design de Equipamento, por terem contribuído para a minha valorização pessoal e profissional.

Agradeço ainda ao Instituto Politécnico da Guarda (IPG), pela oportunidade de formação curricular.

Os meus agradecimentos finais vão para os meus pais, pela orientação, dedicação, incentivo e apoio constante, nesta fase do meu curso e durante toda a minha vida.

Por fim, agradeço a todos os que, de forma direta e indireta, contribuíram para a realização deste trabalho.

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vi

Índice Geral

Ficha De Identificação ... ii

Plano de Estágio ... iii

Resumo do Estágio ... iv

Agradecimentos ... v

Índice Geral ... vi

Índice de Figuras ... vii

Índice de Organigramas ... ix Índice de Anexos ... ix Abreviaturas e siglas ... x Introdução ... 1 Capítulo I ... 2 1.1. Enquadramento Territorial ... 3

1.2. Caracterização da instituição acolhedora ... 10

1.2.1. Estrutura orgânica da Câmara Municipal da Guarda ... 11

1.3. Objetivos do trabalho desenvolvido no Estágio ... 13

Capítulo II ... 14

2.1. Enquadramento Teórico ... 15

2.2. Trabalho desenvolvido ... 17

2.2.1. Introdução ao projeto ... 17

2.2.2. Projeto do Módulo Multifuncional ... 19

Conclusão ... 47

Bibliografia ... 48

Web grafia ... 49 ANEXOS ... A

(9)

vii

Índice de Figuras

Figura 1: Mapa do Concelho da Guarda ... 4

Figura 2: Mapa do Distrito da Guarda ... 4

Figura 3: Localização da Guarda no Mapa ... 9

Figura 4: Bandeira ... 9

Figura 5: Brasão ... 9

Figura 6: Atual Edifício dos Paços do Concelho ... 10

Figura 7: Logotipo da C.M.G. ... 10

Figura 8: Esboço do estudo da forma ... 20

Figura 9: Esboço procurando novas formas ... 20

Figura 10: Módulo fechado ... 20

Figura 11: Cantos ... 20

Figura 12: União de módulos ... 20

Figura 13: Sistema variável de encaixe ... 22

Figura 14: Sistema universal de união ... 22

Figura 15: Encaixe reto de macho/fêmea ... 22

Figura 16: Encaixe arredondado macho/fêmea ... 22

Figura 17: Esboço da Forma ... 23

Figura 18: Esboço com dois módulos Unidos ... 23

Figura 19: Esboço do módulo com duas paredes ... 23

Figura 20: Esboço dos módulos em volta do pilar estrutural ... 23

Figura 21: Modelação em 3D com paredes duplas ... 23

Figura 22: Perfis de diferentes Policarbonatos Alveolares ... 24

Figura 23: Encaixe ... 24

Figura 24: Corte experimental ... 25

Figura 25: Ângulo de 90º ... 25

Figura 26: Curva experimental ... 25

Figura 27: Curva em placa Seplux ... 25

Figura 28: Policarbonato e acessórios ... 26

Figura 29: Policarbonato e fixador ... 26

Figura 30: Amostra de cores ... 26

Figura 31: Esboços de estruturas com encaixe rápido e pilar ajustável ... 27

(10)

viii

Figura 33: Esboço de estrutura retangular ... 28

Figura 34: Estrutura ... 29

Figura 35: Sistema de elevação (em posição de repouso) ... 30

Figura 36: Sistema de elevação (em posição de trabalho)... 30

Figura 37: Ajustamento à inclinação ... 30

Figura 38: Encaixe rápido da trotinete ... 31

Figura 39: Encaixe rápido na estrutura ... 31

Figura 40: Acompanhamento de curvaturas (estrutura, policarbonato e calha) ... 32

Figura 41: Aplicação da “Grapa Seplux” ... 33

Figura 42: Cantoneira para a fixação das calhas ... 34

Figura 43: Encaixes dos cantos em policarbonato ... 34

Figura 44: Sistema de sustentação central ... 35

Figura 45: Conjunto de mosquetão, esticador, cerra juntas, cabo de aço ... 35

Figura 46: Sistema de sustentação aplicado em 4 pontos do módulo ... 35

Figura 47: Sistema de sustentação aplicado em 4 pontos do módulo (pormenor) ... 35

Figura 48: Vedante de pelúcia aplicado na porta ... 36

Figura 49: Vedante de pelúcia ... 36

Figura 50: Cortiça ... 37

Figura 51: “Bulletin Board” da Forbo ... 37

Figura 52: “Filme Policarbonato 3D” utilizado em abajures de candeeiros... 37

Figura 53: OSB pintado de vermelho; ... 37

Figura 54: Fechadura ... 38

Figura 55: Fechadura JNF IN.20.922 ... 38

Figura 56: Cilindro para fechadura ... 39

Figura 57: Cilindro “JNF IN.19.520.1B” ... 39

Figura 58: Espelho ... 39

Figura 59: Espelho “JNF IN.04.36O Y10M” ... 39

Figura 60: Sistema de calha ... 40

Figura 61: Sistema “Geze Rollan 80”... 40

Figura 62: Cantoneira, estrutura, parafuso e policarbonato... 41

Figura 63: Par de asas ... 42

Figura 64: Par de asas “Bestloque C2209” ... 42

Figura 65: Rede aplicada no módulo ... 43

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ix

Figura 67: Policarbonato Alveolar de ligação ... 44

Figura 68: União entre três módulos ... 44

Figura 69: Módulo (vista interior) ... 45

Figura 70: Três módulos acoplados (vista interior) ... 45

Figura 71: Módulo (vista exterior) ... 46

Figura 72: Acoplação entre módulos ... 46

Índice de Organigramas

Organigrama 1: Câmara Municipal da Guarda... 11

Organigrama 2: Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obras ... 12

Índice de Anexos

Anexo 1 – Enquadramento Histórico e Arquitetónico da Guarda ... B Anexo 2 – Centro Tecnológico e Logístico da Guarda ... C Anexo 3 – Informações Adicionais do Policarbonato ... E Anexo 4 – Especificações do Sistema Utilizado para a Porta de Correr ... F Anexo 5 – Tabela de Cantoneiras ... G Anexo 6 – Acessibilidades ... H Anexo 7 – Orçamento dos Materiais para o Módulo... L Anexo 8 - Perspetivas ... N Anexo 9 - Desenho Técnico ... Q

(12)

x

Abreviaturas e siglas

2D – Bidimensional 3D – Tridimensional

A23 – Autoestrada número 23 A25 – Autoestrada número 25

CAD – Desenho assistido por computador CEE – Comunidade Económica Europeia cm – Centímetros

CMG – Câmara Municipal da Guarda

CTLG – Centro Tecnológico e Logístico da Guarda

DMOE – Departamento de Manutenção e Otimização de Equipamentos DPUO – Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obra

ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão hab./km2 – Habitantes por quilómetro quadrado Inox – Inoxidável

IPG – Instituto Politécnico da Guarda m2 – Metro quadrado

ml – Metro linear mm – Milímetros

OSB–Oriented Strand Board (aglomerado de partículas de madeira longas e orientadas) PLIE – Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial

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1

Introdução

O relatório aqui exposto, descreve as atividades desenvolvidas no estágio, que decorreu entre o dia 6 de setembro e 10 de novembro de 2012, na Câmara Municipal da Guarda, no âmbito da unidade curricular “Estágio”, constante do plano curricular do Curso de Design de Equipamento da Escola Superior de Tecnologia e Gestão no Instituto Politécnico da Guarda.

Este documento apresenta, segundo a ordem cronológica da sua execução, o projeto desenvolvido no Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obras (DPUO), na Divisão de Obra e no Setor de Desenvolvimento de Projetos, na instituição acima referida. A mesma não dispõe da área de Design, na medida em que a equipa de arquitetos e técnicos de desenho, sempre que necessário, executam também o trabalho referente ao designer. Daí que, a escolha deste local para realizar o estágio, tenha sido bastante enriquecedora, na medida em que tive a oportunidade de estabelecer contacto com uma nova realidade, ao executar um projeto, envolvendo as áreas, design, arquitetura e engenharia.

Com o tema de estágio proposto pela CMG pretende-se a construção de um módulo destinado ao edifício CTLG, tendo este como autor do projeto, em desenvolvimento, o arquiteto Nuno Rolo Morais. O futuro edifício a instalar no lote 2, do Novo Pólo Industrial da Guarda (Plataforma Logística) possuirá vários módulos, assumindo os mesmos uma vocação multifuncional, entre elas, servir de edifício sede aos serviços centrais do Pólo Industrial, podendo acolher iniciativas diversificadas na área de apoio empresarial, promoção, exposição e divulgação de atividades e outras.

A elaboração deste documento assenta numa estrutura onde, na primeira parte, surge a apresentação do local de estágio, fazendo alusão ao enquadramento geográfico e demográfico da cidade.

A segunda parte descreve, detalhadamente, a atividade prática desenvolvida durante o estágio, onde apresentei a sequência correta da realização das experiências que, com precisão, foram realizadas, para além de abordar as dificuldades sentidas e as soluções encontradas.

Cabe à última parte, apresentar a conclusão sobre todo o trabalho desenvolvido, bem com os anexos constituídos pelos desenhos técnicos e outras informações complementares, respeitantes ao projeto elaborado.

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2

Capítulo I

Enquadramento Territorial e

Caracterização da Instituição

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1.1. Enquadramento Territorial

A Cidade da Guarda é sede de concelho e capital de distrito. Localiza-se na antiga província da Beira Alta, na Região Centro (NUT II) e na Sub-região (NUT III) Beira Interior Norte. É a cidade portuguesa de maior altitude (1056 m) e uma das mais altas da Europa. Fica situada no último contraforte Nordeste da Serra da Estrela mais ou menos localizada no local onde os Romanos tiveram a antiga Lancia Oppidiana vindo esta mais tarde a ser destruída pelos bárbaros.

O concelho abrange uma área de 712,1 km2,tendo uma densidade populacional de 59,74 hab./km2 e 42 541 habitantes (2011), sendo estes conhecidos por guardenses ou ainda por egitanienses. Esta cidade encontra-se inserida num concelho subdividido em 55 freguesias: Adão, Albardo, Aldeia do Bispo, Aldeia Viçosa, Alvendre, Arrifana, Avelãs de Ambom, Avelãs da Ribeira, Benespera, Carvalhal Meão, Casal de Cinza, Castanheira, Cavadoude, Codesseiro, Corujeira, Faia, Famalicão, Fernão Joanes, Gagos, Gonçalo, Gonçalo Bocas, João Antão, Maçainhas, Marmeleiro, Meios, Mizarela, Monte Margarida, Panóias de Cima, Pega, Pera do Moço, Pero Soares, Porto da Carne, Pousade, Ramela, Ribeira dos Carinhos, Rocamondo, Rochoso, Santana de Azinha, Jarmelo (São Miguel), Jarmelo (São Pedro), Guarda (São Vicente), Guarda (Sé), Seixo Amarelo, Sobral da Serra, Trinta, Vale de Estrela, Valhelhas, Vela, Videmonte, Vila Cortês de Mondego, Vila Fernando, Vila Franca do Deão, Vila Garcia, Vila Soeiro, São Miguel da Guarda.

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4

Compreende 14 concelhos: Almeida, Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel, Seia, Sabugal, Trancoso e Vila Nova de Foz Coa. O município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sudeste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a noroeste por Celorico da Beira.

Figura 2: Mapa do Distrito da Guarda

Fonte: www.adguarda.pt

Figura 1: Mapa do Concelho da Guarda

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5

Acessibilidades

No que concerne a acessos rodoviários importantes tem a A25 que liga Aveiro à fronteira de Vilar Formoso, com cerca de 190 Km, inaugurado o último troço em 30 de setembro de 2006. Em Fuentes de Oñoro, contínua a A-62 espanhola, dando ligação a Madrid e ao resto da Europa. A A23 que liga a Guarda ao nó da A1 em Torres Novas, com uma extensão de cerca de 216 Km, tendo sido inaugurado o último troço em finais de 2003 e ainda o IP2 que liga Guarda a Bragança.

Em relação ao nível ferroviário, a Cidade da Guarda tem a linha da Beira Alta inaugurada a 3 de Agosto de 1882, atualmente eletrificada. Permitindo esta a circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais, constituindo o principal eixo ferroviário para o transporte internacional de passageiros e de mercadorias, com destino à Europa. Nela circulam os comboios internacionais Sud Express entre Lisboa e Hendaye e o Lusitânia – Comboio Hotel entre Lisboa e Madrid.

Tem também a Linha da Beira Baixa, inaugurada no dia 11 de Maio de 1893, atualmente encerrada para obras, o troço Guarda Covilhã sem reabertura prevista.

Os efes da Guarda - sua explicação

Dada a sua estratégica localização, a cidade da Guarda avista-se ao longe no horizonte. Ela é conhecida pela cidade dos 5 “efes” tendo a sua origem várias explicações, mas a mais conhecida e consensual é a seguinte:

1- Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a sua força;

2- Farta: devido à riqueza do vale do Mondego;

3- Fria: a proximidade à Serra da Estrela explica as suas neves;

4- Fiel: porque Álvaro Gil Cabral – que foi Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral – recusou entregar as chaves da cidade ao Rei de Castela, durante a crise de 1383-85. Teve ainda Fôlego para combater na batalha de Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de 1385, onde elegeu o Mestre de Avis (D. João I) como Rei;

5- Formosa: pela sua natural beleza.

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6

Embora de forma envergonhada, em relação a outros tempos, a neve ainda visita a cidade, mantendo-lhe a sua beleza e transmitindo uma imagem de pureza.

Esse manto branco que cobre a paisagem, consegue inspirar artistas plásticos, fotógrafos e poetas, tendo neste campo ficado imortalizada a poesia de um homem que nesta cidade viveu e passou parte da sua vida, Augusto Gil com a bela “Balada da Neve”. Daí que, a neve faça parte da marca da Guarda.

A Guarda e o seu meio ambiente

O ar, reconhecido pela salubridade e pureza, foi distinguido pela Federação Europeia de Bioclimatismo em 2002, que atribuiu à Guarda o título de primeira "Cidade Bioclimática Ibérica". Além de ser uma cidade histórica e a mais alta de Portugal, a Guarda foi também pioneira na rádio local, sendo mesmo a Rádio Altitude considerada a primeira rádio local de Portugal. As suas origens prendem-se com a existência de um sanatório dedicado à cura da tuberculose.

Toda a região é marcada pelo granito, pelo clima contrastado de montanha e pelo seu ar puro e frio que permite a cura e manufatura de fumeiro e queijaria de altíssima qualidade. É também a partir desta região que vertem as linhas de água subsidiárias das maiores bacias hidrográficas que abastecem as três maiores cidades de Portugal: para a bacia do Tejo que abastece Lisboa, para a Bacia do Mondego que abastece Coimbra e para a bacia do Douro que abastece o Porto. Existe mesmo na localidade de Vale de Estrela (a 6 km da cidade da Guarda) um padrão que marca o ponto triplo onde as três bacias hidrográficas se encontram.

É também uma zona que tem sido aproveitada para a mineração, havendo até algum folclore popular que afiança existir uma enorme jazida de urânio sob a cidade e que os Americanos, durante a Guerra Fria, sabendo deste facto, teriam proposto a Salazar mudar a cidade pedra por pedra para outro local. Certo é o facto de existir algum nível de radiação, especialmente em espaços fechados devido ao gás Radão.

Os "pergaminhos" da cidade

Existiu um rei, o segundo de Portugal, D. Sancho I, que se vestiu de poeta e sonhou a Guarda a quem concedeu em 1199 o seu foral. Trata-se, pois, de uma cidade

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contemporânea da nacionalidade, onde existia ocupação anterior e que completou oito séculos de existência em 1999.

Esta cidade foi palco de importantes acontecimentos militares da História de Portugal, designadamente nos momentos mais conturbados da luta pela independência. Foi, por outro lado, local escolhido por diversos reis da I e II dinastias para sancionarem tratados, estabelecerem acordos diplomáticos e convocarem as Cortes.

Na Guarda juntam-se as tradições militares (defesa da fronteira) e religiosa. Ambas deixaram abundantes marcas no património edificado: a Torre de Menagem do século XII; a Sé Catedral, construída entre os séculos XIV e XVI em substituição da anterior; o Convento de S. Francisco, do século XIII; as Igrejas barrocas da Misericórdia e de S. Vicente e o antigo Paço Episcopal.

Deve ainda recordar-se a tradição hospitalar, através dos conhecidos sanatórios de finais de oitocentos.

Centro Histórico

Na zona mais elevada de um planalto, desenvolveu-se o núcleo medieval da Guarda, onde se implantou a Torre de Menagem, acima referida, considerada uma peça importante no campo defensivo da cidade, como um padrão famoso das lutas do passado. O morro com a Torre é tudo o que resta da antiga fortaleza mais alta de Portugal, o castelo da Guarda. Recentemente, deram-se por concluídas as obras de valorização desta Torre, considerada um símbolo de identidade e afirmação para todos os guardenses. Lá do alto desfruta-se uma esplêndida vista panorâmica a 360º sobre o Centro Histórico e as redondezas.

A área denominada de Centro Histórico é um dos mais importantes conjuntos urbanos de origem medieval do país, onde ainda existem marcas da arquitetura filipina, sóbria e imponente, como são as belas “janelas de canto”, com vários exemplares na cidade.

A Judiaria pode ainda hoje ser visitada no Centro Histórico. Deve-se aos judeus a introdução da indústria de peles.

De entre as cinco aberturas para o exterior, que faziam parte da zona muralhada, subsistem três, entre elas, a grandiosa e arquitetónica Torre dos Ferreiros. Também se encontram nesta área, diversos edifícios de valor histórico, destacando-se um, atrás

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referenciado, considerado o ex-libris da Guarda que é a sua Sé Catedral. Este majestoso templo, iniciado com D. João I, a pedido do Bispo Frei Vasco de Lamego, deu-se por concluído 150 anos mais tarde, em 1540. Ele apresenta diferentes estilos arquitetónicos, encantando-nos, com o Românico, o Gótico e o Manuelino e com planta de três naves. Numa vista aérea da Sé Catedral, visualizamos a imposição de uma cruz a formar a sua cobertura, conforme a foto no anexo 1. Embora o granito seja uma pedra dura de modelar, nele foram feitas as suas torres octogonais, gárgulas, portais, brasões, agulhas erguidas aos céus, querendo-nos contar todas as histórias, não só as bíblicas como outras. Este notável monumento organiza-se em torno da Praça Luís de Camões, popularmente conhecida por “Praça Velha”. A estátua do fundador da cidade, D. Sancho I, inicialmente, colocada no centro da Praça foi, recentemente, transferida para o recanto da Sé. Situa-se, também, neste espaço, o antigo edifício dos Paços do Concelho com as suas gárgulas e esferas armilares, ornamentado com painéis de azulejo de Cargaleiro, representando as freguesias que compõem o concelho.

Registam-se, no interior do Centro Histórico, alguns exemplares de arquitetura civil notáveis, tais como: a casa medieval da Rua dos Clérigos, a chamada "Casa de D. Sancho", o solar filipino da família Alarcão e certos pormenores manuelinos, renascentistas e barrocos.

No Largo João de Almeida, situa-se a igreja da Misericórdia que remonta ao século XVII, com o portal enquadrado por duas torres sineiras e suportando uma imagem da Senhora da Misericórdia, predominando no seu interior o estilo barroco, nas formas e na decoração.

Outros núcleos históricos e arqueológicos

A Guarda está rodeada de vestígios da ocupação humana que remontam à época pré-histórica. O Museu Regional conserva alguns desses testemunhos, podendo outros encontrar-se à medida que nos afastamos do centro urbano: os castros do Tintinolho e do Jarmelo, a ponte romana da Mizarela ou a anta da Pêra do Moço, assinalando presenças muito anteriores à formação da nacionalidade.

As Igrejas do Mileu, da Aldeia Viçosa, de S. Miguel e de Codeceiro (estas com o seu pelourinho), são testemunho da antiga relevância de povoações vizinhas da Guarda, hoje absorvidas pelo seu desenvolvimento urbanístico, como sendo o caso da

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Igreja do Mileu do período românico, local de antigo culto da Nossa Senhora e recentemente restaurada.

Todos estes vestígios assinalados, nos roteiros turísticos, distribuídos pela Câmara Municipal e pela Região de Turismo da Serra da Estrela, deverão ser valorizados numa perspetiva de turismo ecológico que demanda a Serra da Estrela.

Património cultural da região

A cidade da Guarda é polo de atração de um conjunto de populações rurais que vivem em pequenas aldeias e aglomerados serranos, de que ainda restam importantes presenças no território. A articulação entre as populações rurais e a população da cidade, por vezes, é desenvolvida nas aldeias, mantendo-se ativas explorações agrícolas que importam produtos de marca (sobretudo queijos e enchidos), bem como tradições artesanais que vale a pena manter e divulgar (cestos, ferragens, campainhas de bronze, mobiliário). Existem, ainda, hábitos de ocupação dos tempos livres, como festas e jogos populares, que merecem ser preservados como património cultural vivo da região.

Figura 5: Brasão

Fonte:.http://pt.wikipedia.org/wiki /Guarda

Figura 3: Localização da Guarda no

Mapa Fonte:.http://pt.wikipedia.org/wiki/Gu arda Figura 4: Bandeira Fonte:.http://pt.wikipedia.org/wiki/ Guarda

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1.2. Caracterização da instituição acolhedora

O atual edifício dos Paços do Concelho encontra-se implantado na zona da antiga Praça da Boavista ou Praça do Mercado, atualmente Praça do Município. Este novo edifício foi inaugurado em 1993, apresenta, na fachada principal, uma Torre do Relógiocom o objetivo de fazer alusão às Torres Sineiras da Sé Catedral.

Esta instituição tem como principal objetivo participar nas atividades do desenvolvimento económico e social do Concelho. Nesse sentido, tem envidado esforços, de modo a promover a satisfação das necessidades das comunidades locais, principalmente no que respeita ao desenvolvimento socioeconómico, ao saneamento básico, ordenamento do território, abastecimento público, à saúde, ao ambiente, à educação, desporto e cultura. Neste âmbito, esta instituição tem vindo a desenvolver um conjunto de atividades culturais, tornando a sua agenda muito vasta e apelativa. Esta programação cultural torna-se importante não só para a valorização da população, como também para atrair quadros qualificados e ainda transmitir uma boa imagem da localidade. A autarquia tem feito investimentos ao nível de equipamentos culturais distribuídos pela cidade. Como exemplo disso, sobressai o novo Teatro Municipal da Guarda (TMG), a nova Biblioteca Eduardo Lourenço que, juntamente com o Centro de Estudos Ibéricos (CEI), se situa na Quinta de Alarcão.

Este Município dispõe de capacidade técnica e de aptidões para planeamento e lançamento de concursos públicos, respeitantes a acessibilidades e à construção de infra – estruturas.

Figura 7: Logotipo da C.M.G.

Fonte: CMG

Figura 6: Atual Edifício dos Paços do Concelho

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1.2.1. Estrutura orgânica da Câmara Municipal da Guarda

A administração da CMG é constituída por um presidente, sendo atualmente, Joaquim Carlos Dias Valente e por vereadores, um dos quais designado vice-presidente, intermediário executivo colegial da instituição, eleitos pelos cidadãos eleitores recenseados na sua área.

A Câmara está divida, conforme organograma 1, em quatro departamentos:

 Departamento de Administração Geral;

 Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obras;

 Departamento de Manutenção Otimização de Equipamentos;

 Departamento de Desenvolvimento, Social Económico, Cultural e Humano.

Diretor Municipal: António Júlio Gomes Patrício

Organigrama 1: Câmara Municipal da Guarda

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O estágio desenvolveu-se no DPUO, na Divisão de Obras, no Sector de Desenvolvimento de Projetos, como se pode verificar no organigrama 2, circunscrito a vermelho. Encontrando-se estes serviços instalados no segundo piso do edifício da CMG.

Diretor do Departamento: Joaquim Luís da Costa Gomes Chefes Divisão:

- Planeamento e Ordenamento do Território: Joaquim Luís da Costa Gomes - Gestão Urbanística: Fernando Jorge Duarte Lopes

- Obras: Vítor Manuel dos Santos Gama

Organigrama 2: Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obras

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13

1.3. Objetivos do trabalho desenvolvido no Estágio

O presente estágio, tem como objetivo desenvolver um trabalho prático, no âmbito do Design de Equipamento, seguindo uma Metodologia Projetual, com vista a uma melhor organização de todas as fases necessárias à sua conceção. Devendo esta proporcionar, de forma harmoniosa, o enquadramento arquitetónico com o espaço envolvente.

O projeto orienta-se segundo os objetivos:  Pesquisar/Investigar;

 Esboçar;

 Projetar um módulo multifuncional;

 Utilizar materiais comercializados no mercado;  Cumprir o limite orçamental;

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Capítulo II

Enquadramento Teórico

Desenvolvimento do Estágio

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2.1. Enquadramento Teórico

O design nasceu em 1919 [1], quando Walter Gropius fundou a Bauhaus (escola de design de artes plásticas e arquitetura) em Weimar. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no Design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do mundo.

Segundo Munari [1], um designer é um projetista dotado do sentido estético; dele depende em boa parte o êxito de uma determinada criação. Sempre que a forma de um objeto de utilidade, como por exemplo uma máquina de escrever, um binóculo, uma poltrona, um ventilador, uma panela, um frigorífico, é bem estudada, constitui um fator determinante no aumento de vendas. Assim sendo, o papel de um designer de equipamento é antever problemas de utilização que podem resultar de um mau projeto e fazer com que o objeto seja intuitivo e de fácil utilização, que crie, em simultâneo, no utilizador uma sensação de bem estar e uma ligação emotiva e sensorial.

Quando compramos um produto, inicialmente, ele afeta o nosso quotidiano, logo, projetá-lo será uma responsabilidade não só económica, sustentável, pessoal, mas também social.

Nos primeiros tempos do racionalismo, afirmava-se que um objeto era “belo” por ser funcional e apenas se considerava a função estritamente prática, tendo como exemplo as formas dos instrumentos de trabalho. Hoje, já não se toma em consideração a beleza, mas antes a coerência formal e também a função “decorativa” do objeto como elemento de interação emocional, porque a beleza considerada em si, pode definir aquilo a que se chama estilo e transformar qualquer objeto dessa tendência apenas porque é novo. Nessa sequência, tivemos num passado recente, o estilo aerodinâmico não só nos aviões e automóveis, mas também nos puxadores dos móveis, nos carrinhos de bebé e nas poltronas.

É, sem dúvida, compreensível que em todo o design tem que existir um projeto que respeite uma estrutura desde o início ao fim. Organizar um projeto, por etapas, racionaliza o desenvolvimento do mesmo, conseguindo orientar o controlo criativo. É de primordial importância, na atividade do designer, a aplicação da Metodologia Projetual, de forma a permitir um avanço gradual das fases do processo e constante avaliação das mesmas, com vista ao sucesso do projeto. Não deverá dissociar-se da

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metodologia, duas questões consideradas suas auxiliares, sendo elas, a Antropometria e Ergonomia.

De origem grega, a palavra Antropometria significa “medida do homem”, reportando-se ao estudo e compreensão da variação das medidas físicas humanas, desempenhando um papel importante no design, onde os dados estatísticos sobre as dimensões do corpo na população, são utilizados para otimizar produtos. A Ergonomia é a ciência de projetar produtos, máquinas e sistemas, com o objetivo de aumentar a segurança, o conforto e eficiência dos utilizadores aplicando-se a qualquer tarefa física humana.

É essencial para qualquer designer, ter este tipo de conhecimentos em relação à ergonomia e antropometria. Conhecimento esse que, deverá ser sempre considerado, durante o processo de conceção de qualquer produto, para que no resultado final se obtenham equipamentos de fácil manuseamento, intuitivos e práticos, não causando quaisquer possibilidades de lesão aos utilizadores.

Como ferramenta indispensável, em projeto de design, é a recolha de dados de épocas anteriores para exemplos semelhantes, análise Diacrónica e a investigação sobre soluções já existentes para problemas contemporâneos semelhantes, a análise Sincrónica.

Considerada não menos importante é uma outra ferramenta que, com a ascensão dos softwares de modelação 3D, cada vez mais designers chegam ao mercado de trabalho sem fazerem uso dela, apesar de ser essencial para o seu sucesso: o esboço. Muitos designers não dão importância a esta lacuna por acharem que não têm jeito para desenhar. O poder do esboço não está em reproduzir fielmente o objeto, mas sim em ser uma forma rápida de trabalhar ideias, explorar conceitos e comunicar facilmente frente a frente com o cliente através de desenhos.

O primeiro passo de um projeto deve sempre passar pelo esboço.

Porém, esta ascensão do 3D veio trazer ferramentas de visualização que se tornaram fundamentais na prática do design do produto. Através de renderizações (imagens de modelos 3D geradas por computador), um designer de equipamento pode reproduzir um objeto com um elevado grau de realidade, mostrando as suas dimensões, as suas cores e materiais, bem como texturas e condições de iluminação.

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2.2. Trabalho desenvolvido

2.2.1. Introdução ao projeto

Para dar início ao meu estágio curricular, dei entrada na Câmara Municipal da Guarda, no dia 10 de Setembro, dirigindo-me aos Recursos Humanos e daí fui encaminhado para o DPUO, mais propriamente, na divisão de obra e no sector de desenvolvimento de projetos, local onde o mesmo decorreu. Aí, fui recebido pelo chefe de divisão e meu supervisor nesta instituição, o arquiteto Vítor Gama que muito agradavelmente me acolheu e integrou na sua equipa de projetos, com o objetivo de abordar novas ideias necessárias ao desenvolvimento de projetos urbanísticos e consequentemente melhorar a qualidade de vida dos munícipes.

Assim sendo, a instituição espera que a área de Design de Equipamento dê o seu contributo no sentido de dar nova roupagem a esses projetos.

Neste contexto, o supervisor apresentou uma sugestão de trabalho para eu realizar ao longo das duzentas e oitenta horas de estágio, tratando-se de um projeto (módulo multifuncional) exequível, tornando-se assim, segundo ele, mais interessante e motivador para o estagiário desenvolver. O projeto proposto, além de se destinar a múltiplas funções, deveria ser totalmente modular e sob a condição de ser desenvolvido com materiais já comercializados no mercado. Prendendo-se esta condição, com o limite monetário não devendo este exceder o valor máximo, destinado ao orçamento para a construção, sendo o mesmo comparticipado pela CEE.

De seguida, o supervisor de estágio apresentou-me a um outro arquiteto, Nuno Rolo Morais, por este se encontrar a desenvolver o projeto do edifício CTLG, onde os módulos multifuncionais irão ser instalados e, como tal, poder-me-ia acompanhar melhor neste trabalho, tirando-me eventuais dúvidas, sempre que estas surgissem.

A partir deste momento, foi-me cedido o anteprojeto do referido edifício em 2D, realizado no programa Autocad da Autodesk e ainda me foi entregue o mesmo projeto em 3D executado no programa Google Sketchup, conforme se entra no anexo 2, para melhor percecionar o seu espaço.

Todo o trabalho inerente ao projeto do módulo em questão, foi executado por mim, no meu computador portátil, dado entender que não seria correto, da minha parte, proceder à instalação do programa Inventor Profissional 2012 da Autodesk num

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computador que além de pertencer a uma instituição pública, não dispõe de capacidade suficiente para correr o referido programa.

O Inventor foi utilizado no desenho tridimensional, sendo todo o projeto nele testado e modelado e ainda no desenho técnico bidimensional, no que se refere às plantas, alçados, cortes, pormenores e suas legendas.

Quanto ao programa AutoCad 2D 2012, além de ter sido utilizado no desenho experimental da forma, serviu também para verificar no projeto do CTLG, as medidas e local onde vão ser instalados os módulos, dado o projeto do edifício ter sido realizado no mesmo software.

Após o arquiteto responsável, pelo acompanhamento do meu estágio, me ter enquadrado no projeto que eu iria desenvolver, fez referência ao local de instalação do mesmo. Sendo este instalado no CTLG que, por sua vez, ir-se-á situar na Plataforma Logística, localizada junto à povoação da Gata e com boa acessibilidade à entrada sul da A23. Esta Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) ali implantada foi implementada pela autarquia, em parceria com alguns empresários.

Trata-se de uma área destinada ao desenvolvimento e qualificação da atividade industrial, onde irão existir, em simultâneo, uma área logística regional e ainda um centro de serviços de apoio à atividade empresarial.

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2.2.2 Projeto do Módulo Multifuncional

Metodologia utilizada

No desenvolvimento de todo o trabalho executado, ao longo do estágio, foi dada importância à Metodologia Projetual, tendo esta norteado todo o processo de design que acompanhou a integração dos módulos, no projeto desenvolvido.

O levantamento das necessidades foi feito conjuntamente com o arquiteto responsável pelo projeto do edifício CTLG.

Dado ter sido a instituição a propor-me o projeto, senti a necessidade de partir para a sua redefinição.

No sentido de se esclarecer alguns aspetos alusivos ao projeto e conhecer este, mais pormenorizadamente, houve necessidade do recurso a várias sessões de «Briefing» com o arquiteto. Num destes, foram definidos os requisitos essenciais a levar em consideração no projeto, sendo eles:

 Os módulos poderem ser utilizados individualmente ou unidos entre dois, três, quatro ou mais;

 Ter quatro portas de modo a facilitar a comunicação através deles, dado que, na segunda fase de construção vão existir módulos sem terem acesso ao exterior, obrigando assim a fazer o acesso através de outros módulos;

 Privilegiar a entrada de luz;

 Material leve e resistente;

 Condições térmicas e acústicas;

 Relação qualidade/preço.

Neste “Briefing” foi ainda abordada a questão dos pilares centrais de sustentação do edifício que constituem a principal condicionante na implantação e dimensão dos módulos. Dada a exigência do anteprojeto do CTLG pretender um determinado número de módulos encaixados entre os pilares, limita assim as suas dimensões e acrescendo a condição de deixar um determinado espaço entre os mesmos, para passagem da componente técnica. Esta última exigência foi apresentada pelo arquiteto, de modo a ocultar a passagem de tubos e cabos elétricos, sendo esta parte, posteriormente, projetada pelos técnicos da área.

Limitando também o sucesso do projeto encontra-se, o fator monetário, não devendo este exceder o valor máximo destinado ao orçamento do CTLG.

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A partir do reconhecimento do conceito de trabalho a desenvolver procedi, através da internet, à investigação e recolha de dados contemporâneos e de épocas diferentes para situações análogas. Esta análise sincrónica e diacrónica ajudou-me a conhecer melhor os sistemas modulares existentes, utilizados na arquitetura e no design, bem como alguns materiais. Apesar de ter feito uma vasta pesquisa, não encontrei um projeto similar ao pretendido, seguidamente procedi à fase do esboço, passando por diferentes fases ao encontro das melhores soluções, vendo-se algumas nas figuras 8 e 9. Contribuindo a forma para o processo de comunicação estética e sob o ponto de vista funcional, a forma geométrica que, inicialmente, esbocei foi baseada no 3D e na planta que me foi cedida pela instituição e se encontra nos anexos.

Baseado na mesma forma, comecei por criar um modelo de junção destes módulos. Então, surgiu-me a ideia de utilizar as oito peças que formam os cantos, bastando para isso inverter o sentido das mesmas, como se poderá verificar nas figuras 10, 11 e 12.

Figura 9: Esboço procurando novas formas

Fonte: Elaboração Própria

Figura 12: União de módulos

Fonte: Elaboração Própria

Figura 11: Cantos

Fonte: Elaboração Própria

Figura 10: Módulo fechado

Fonte: Elaboração Própria

Figura 8:Esboço do estudo da forma Fonte: Elaboração Própria

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Posteriormente, procedi à pesquisa, mais aprofundada, sobre materiais, a aplicar nas paredes e no teto do módulo.

Após ter ponderado sobre diferentes materiais, cheguei à conclusão que seria uma boa opção a utilização do policarbonato alveolar, dado este reunir as exigências pré-estabelecidas.

O Policarbonato Alveolar é um polímero pertencente à classe dos Termoplásticos. O material em causa é leve, facilitando assim a sua mobilidade; permite uma boa passagem de luz por ser transparente como o vidro; proporciona boas condições térmicas, permitindo economia energética e um isolamento acústico considerável para um maior conforto; elevada resistência ao impacto; é resistente ao calor, ao frio e à flexão; pode ser curvado a frio (com grande raio) e curvado a quente (com o raio pretendido).

Com a utilização deste material, que se enquadra na reciclagem do plástico, no Grupo 7 “Outros”, promove-se um Ecodesign, dada a sua reutilização e reciclagem, eliminando assim a quantidade de substâncias nocivas, contribuindo para um melhor ambiente. E ainda, devido à sua durabilidade, encontra-se apto para longos ciclos de vida.

Tendo em atenção a mobilidade pretendida para a criação deste módulo, considerei a fácil montagem e desmontagem das placas de policarbonato alveolar. Neste sentido, fui seletivo na escolha dos encaixes.

Comecei por encontrar o modelo representado na figura 13, sendo este inadequado para o efeito, visto criar um corte de passagem de luz e mostrando-se inestético, apesar de ser resistente. Prossegui com a pesquisa e, de seguida, encontrei o modelo da figura 14 que, depois de aplicado no projeto e visualizado exteriormente, me pareceu ser razoável. No entanto, à semelhança do anterior, também este, interiormente, faz o corte da passagem de luz tornando-se desagradável visualmente.

Passando ao modelo da figura 15, à primeira vista, pareceu ser o ideal, não encontrando nele os inconvenientes dos modelos anteriores, excetuando o encaixe que pareceu pouco seguro. Cheguei até ao último modelo, representado na figura 16. Dado este apresentar as características pretendidas e anular os aspetos menos positivos dos outros, foi o escolhido.

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Seguidamente, fiz uma investigação a nível de empresas que fornecem este modelo selecionado, pedindo-lhes orçamentos e mais detalhes sobre as suas características, como sendo, a espessura, largura, comprimento, percentagem da transmissão de luz, cores, desenho técnico do perfil, entre outros.

Estabeleci vários contatos telefónicos e via correio eletrónico, com diversas empresas portuguesas e espanholas, tendo, entre elas, optado pela Bevelop instalada na Ericeira. Dialoguei, telefonicamente, com um vendedor da referida empresa que, de imediato, se disponibilizou, juntamente com um técnico, a deslocar-se à CMG em 3/10/2012, a fim de proceder à apresentação de materiais e suas aplicações, deixando amostras de alguns deles para melhor contacto com os mesmos.

Enquanto aguardei pela vinda dos elementos daquela empresa, fui esboçando, através das ferramentas CAD, novas propostas da forma das paredes do módulo, como consta nas figuras 17 e 19, baseando-me nas placas da marca Seplux, fornecidas pela empresa referida, com largura de 333,3 mm. Apresentei as várias soluções ao arquiteto, tendo ele optado pela da figura 19, que tem paredes duplas, com a função de ocultar a estrutura e melhorar as condições térmicas e acústicas. Ambas as paredes utilizam placas de 333,3 mm, apenas diferindo na espessura, sendo a exterior de 20 mm e a interior de 16 mm, os cantos têm forma arredondada. O arquiteto aprovou esta forma, pela sua simplicidade, facilitando a mobilidade do módulo e melhorando o

Figura 13: Sistema variável de encaixe Fonte:www.cimianto.pt

Figura 14: Sistema universal de união

Fonte: www.la-aluminios.com

Figura 16: Encaixe arredondado macho/fêmea

Fonte:www.cimianto.pt

Figura 15: Encaixe reto de macho/fêmea

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aproveitamento de área. Ao invés da apresentada na figura 17 que, apesar de mostrar maior criatividade, achou que a mesma tinha como inconveniente a redução de área e maior dificuldade em se acoplar a outros módulos. Após a seleção, passei-a do esboço para a modelação em 3D, a fim de se obter uma melhor perceção da realidade, como pode ser visualizada na figura 21.

Figura 21: Modelação em 3D com paredes duplas

Fonte: Elaboração própria

Figura 20: Esboço dos módulos em volta do pilar estrutural

Fonte: Elaboração Própria

Figura 19: Esboço do módulo com duas paredes

Fonte: Elaboração própria

Figura 18: Esboço com dois módulos Unidos

Fonte: Elaboração própria

Figura 17: Esboço da Forma

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Entretanto, chegou o dia da reunião presidida pelos elementos representantes da empresa Bevelop. Nela, estiveram também presentes o supervisor do meu estágio, o arquiteto autor do CTLG, o diretor do Departamento de Manutenção e Otimização de Equipamentos (DMOE), uma estagiária do curso de arquitetura e eu. Iniciou-se esta reunião, com a apresentação de algumas amostras de placas de policarbonato alveolar da marca Seplux, anteriormente referida, com espessuras e tonalidades diferentes, como mostram as figuras 22 e 23. Este modelo de placas corresponde precisamente ao utilizado nos esboços anteriores.

No decorrer da apresentação, surgiu a dúvida ao arquiteto Nuno Morais, ao supervisor e a mim, quanto à possibilidade de criar na placa, um ângulo de 90º com um raio de 193 mm. Passou-se à experimentação, como forma de verificação da hipótese. Tentou fazer-se uma curvatura a frio, mas sem êxito, dado as placas possuírem pouca largura, não atingindo assim o raio de curvatura necessário, para esta operação. Perante este facto, eu propus ao vendedor, a possibilidade de se fazer cortes na placa, por ter já utilizado esta técnica, na cadeira de maquetagem, para fazer curvaturas no cartão pluma. Através de dois cortes, formou-se um ângulo de 90º, neste material.

Esta é uma solução, no entanto, tem alguns inconvenientes: a perda significativa de resistência; mau aspeto visual; possível entrada de resíduos, através dos cortes; excesso de maleabilidade.

Figura 23: Encaixe

Fonte: Própria.

Figura 22: Perfis de diferentes Policarbonatos Alveolares

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Não realizado com esta solução, pensei na execução da curvatura a quente, com o intuito de colmatar as lacunas encontradas.

Mostrei aos elementos da empresa, a figura 27, onde é visualizada uma curvatura feita neste material. Esta fotografia é um exemplo da aplicação deste material, fornecido e aplicado pela conceituada empresa Sepitalia.

Após esta visualização, a curvatura a quente foi considerada viável.

Figura 25: Ângulo de 90º

Fonte: Própria

Figura 24: Corte experimental

Fonte: Própria

Figura 26: Curva experimental

Fonte: Própria

Figura 27: Curva em placa Seplux

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Posteriormente, também nos foram apresentados alguns acessórios para este material, assim como soluções de fixação possíveis de utilização neste projeto. Foi-nos ainda apresentado, um catálogo da marca Danpalon sobre policarbonato e suas aplicações.

De seguida, testámos, manualmente, a resistência dos materiais, mais propriamente a sua reação à força exercida pelo homem, bem como a fixação do encaixe.

Também nos foram apresentadas pequenas amostras de placas de policarbonato alveolar e amostras de cores, encaixe das mesmas, peça para fixação e calha em alumínio, sendo tudo isto da marca Danpalon.

Procedeu-se à negociação de preços, aguardando uma resposta.

Tive a oportunidade de apresentar o projeto, ainda em curso, de modo a que o vendedor e o técnico, se pronunciassem sobre a sua viabilidade, tendo obtido uma resposta favorável.

Figura 30: Amostra de cores

Fonte: Própria

Figura 29: Policarbonato e fixador

Fonte: Própria

Figura 28: Policarbonato e acessórios

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Numa última abordagem e fora do contexto do projeto, mostraram-nos algumas soluções de impermeabilizações, dado também estar presente o diretor do DMOE,

interessado por esta área. É de considerar estas soluções uma mais-valia em matéria de construção e reparação de obras. Ainda neste âmbito de infiltrações foi apresentada uma novidade em Portugal. Trata-se de um produto alemão, aplicado numa superfície de parede limpa e seca, denominado de “penso” que vem dentro de uma cápsula juntamente com um par de luvas, sendo também este produto, no nosso país, uma exclusividade desta empresa, garantindo uma durabilidade por um período de dez anos.

Estrutura e Prumos

Após a apresentação e exemplificação da aplicação dos materiais, por parte dos dois representastes da empresa, cheguei à conclusão que seria necessária a existência de uma estrutura metálica, como suporte do policarbonato. Então, resolvi fazer esboços de algumas possíveis formas de estruturas, preocupando-me com a segurança e a resistência, dentro de uma linha simples e discreta, cortando o menos possível a entrada de luz.

Entretanto, o arquiteto ao observar estes esboços, sugeriu que fizesse a estrutura em cantoneira, com uma forma assumida, de modo a enquadrar-se mais no seu estilo pessoal, estando este muito presente no CTLG. Dentro desse género, ele aconselhou-me a fazer uma pesquisa sobre modelo de estruturas, nomeadamente, a utilizada no Spinpark de Braga, podendo ser visualizada na figura 32.

Figura 31: Esboços de estruturas com encaixe rápido e pilar ajustável.

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A partir daí, envidei todos os meus esforços, no sentido de dar cumprimento ao modelo/estilo sugerido.

No respeitante à cantoneira, decidi excluí-la por tê-la achado pesada e inestética, dando lugar a um tubo quadrado, em aço de uso geral, dado este ter um perfil bastante mais leve e criar outro impacto visual.

Inicialmente, surgiu-me a ideia de colocar em cada parede, três peças retangulares, construídas em tubo metálico, como se pode observar na figura 33. As mesmas serviram de estrutura e funcionaram como apoio do policarbonato, minimizando o corte de luz e não descurando demasiado a minha ideia de estética.

Figura 33: Esboço de estrutura retangular

Fonte: Elaboração Própria

Figura 32: Estrutura do Spinpark.

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Ao nível de estrutura metálica seria o suficiente para sustentar o policarbonato e seus acessórios, portas e sistemas de apoio. No entanto, para ir ao encontro do estilo do arquiteto, este mais uma vez sugeriu que procurasse assemelhar mais à construção que anteriormente deu como referência, ou seja, estrutura do Spinpark de Braga. Para se conseguir essa semelhança, ficando o tubo bem realçado, optei por dar a forma de dois “X” a cada uma das peças metálicas laterais, ficando estas mais evidenciadas. A estrutura central, em função da sua pequena dimensão e simplicidade, foi concebida em forma de “X”, conforme ilustração da figura34.

Devido às limitações monetárias e conciliando com o estilo preferencial do arquiteto, decidi retirar a parede interior em policarbonato alveolar de 16 mm de espessura e colocar apenas a parede exterior, ficando assim em destaque a estrutura.

Segundo a opinião dos técnicos da Bevelop, uma parede de 20 mm de espessura, será o suficiente em termos térmicos, acústicos e de resistência, visto estar instalado num espaço interior.

Foi necessária a criação de quatro prumos estruturais, servindo os mesmos de sustentabilidade a toda a estrutura do módulo. Esses prumos foram projetados, segundo as necessidades, em dois tubos circulares, em aço de uso geral, trabalhando um dentro do outro, levando o que trabalha interiormente furos de 11 mm de diâmetro com espaçamento 75 mm entre eles, de modo a fazer um ajustamento ao teto, segundo a sua

Figura 34: Estrutura

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altura e inclinação. Devido a esta inclinação, criei na parte superior do tubo uma peça ajustável de apoio e fixação.

Relativamente ao tubo exterior, houve necessidade de lhe aplicar na sua extremidade inferior, um perno como adjuvante da sua fixação na base e na parte superior um tubo roscado no qual vai trabalhar uma porca roscada, que por sua vez possui um varão móvel, onde vai ser exercida força, de modo a facilitar um perfeito ajuste ao teto. Essa porca tem também um furo, no sentido oposto ao do varão móvel, servindo, sempre que necessário, à introdução de um varão, para ajudar a dar um aperto mais forte e eficaz, podendo o sistema ser visualizado na figura35. Nesse sistema de aperto, apliquei uma peça em varão de 10 mm que facilmente é introduzida ou retirada do furo, o que lhe adiciona a particularidade de ajustamento rápido e bloqueio, permanecendo no local, devido à sua forma, sempre que esteja em fase de repouso.

Seguidamente, passei à fase de montagem da estrutura, sendo necessária a criação de umas peças.

Ao criar este sistema, inspirei-me no mecanismo de uma trotinete, tendo nele verificado o seu eficaz e rápido funcionamento, apresentado na figura 38.

As peças que projetei são em tubo quadrado, de aço de uso geral com 30 x 30 x 2 mm, as quais vão permitir a junção das várias peças que constituem a estrutura, como mostra a figura 39. Estas peças permitem a estabilização e a fixação que é feita através de molas com ponta esférica, de forma a fazer o acoplamento entre as várias peças, permitindo este sistema uma fácil montagem e desmontagem. De modo a executar esta operação, apenas é necessário pressionar a esfera.

Figura 37: Ajustamento à

inclinação

Fonte: Elaboração Própria

Figura 36: Sistema de elevação

(em posição de trabalho) Fonte: Elaboração Própria

Figura 35: Sistema de elevação

(em posição de repouso) Fonte: Elaboração Própria

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Às peças que vão formar os cantos, foram-lhes soldadas chapas de 5 mm de espessura, para que elas se possam fixar aos prumos, através de um furo, dando assim estabilidade ao módulo. Cada uma destas peças tem ainda a função de fazer a junção entre duas paredes, tendo o seu estudo sido baseado na posterior ligação entre módulos, sempre que necessário. A peça em questão, tem a forma arredondada, de modo a fazer o acompanhamento do ângulo de curvatura que criei nos cantos de policarbonato, conduzindo a uma economia de espaço e privilegiando a estética.

Em relação ao tubo que escolhi para a estrutura é quadrado, em aço de uso geral, não havendo necessidade de um outro material de preço superior, visto a sua aplicação ser num espaço interior não sujeito às intempéries. Contudo, este material vai ser sujeito a um tratamento anti corrosão, levando um revestimento primário e de seguida pintado de preto fosco.

No caso dos prumos, será aplicado tubo redondo também este em aço de uso geral, mas vai ser polido e protegido com verniz para metais, a fim de evitar a oxidação. A tonalidade polida tem como finalidade, criar um alto contraste com o preto fosco da estrutura.

Montagem do Policarbonato

Após a montagem da estrutura metálica, parti para a do policarbonato. Tendo este que ser colocado em duas calhas, uma denominada de perfil inferior e a outra de superior, dado as dimensões e funções serem diferentes. Optei por a calha Seplux para Figura 38: Encaixe rápido da trotinete

Fonte: Própria

Figura 39: Encaixe rápido na estrutura

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policarbonato alveolar de 20 mm, porque tem a particularidade de ter um vedante em borracha que permite melhor vedação térmica e acústica. E ainda possuir uma aba para melhor fixação mecânica e a inferior possuir duas abas interiores, que por sua vez, irão impedir que o policarbonato toque na parte inferior da calha. Torna-se necessário que estas calhas sejam fixadas à estrutura metálica. Para tal, foram utilizados os «rebites pop» para a calha inferior, em virtude de esta ser aplicada na face inferior da estrutura e existir um espaço reduzido entre a estrutura e a base de betão. Em relação à calha superior, utilizei parafusos com rosca de chapa.

Estas calhas fazem curvaturas no sítio dos cantos do módulo, de forma a acompanhar o policarbonato, bem como a peça da estrutura que forma os cantos.

Projetei alguns cortes nestas calhas, de modo a conseguir encaixá-las nas formas pretendidas.

Estando as calhas colocadas, chegou a altura da aplicação do policarbonato. Mas antes desta aplicação deverá ser colocada uma fita de alumínio nas duas extremidades de cada peça do policarbonato, para assim evitar a entrada de resíduos.

Decidi colocar uma “Grapa Seplux” ao centro de cada placa de policarbonato, para uma melhor fixação à estrutura, sendo aparafusada à barra central da mesma. Esta peça é colocada no encaixe “macho” devendo ser aplicada antes de encaixar a segunda peça e assim sucessivamente.

Figura 40: Acompanhamento de curvaturas (estrutura, policarbonato e calha)

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Teto e seus Componentes

Relativamente ao teto, optei pelas placas Danpalon “DP16 Multicell”, de 16 mm de espessura por 60 cm de largura, por ter gostado do seu perfil, parecendo-me oferecerem resistência, com pequeno ângulo de oscilação. O seu encaixe pareceu-me também bastante resistente, devido ao sistema de união através do “U-2 Connector”, encontrando-se estes equipamentos representados nas figuras anteriores 28 e 29.

Para a obtenção de melhores níveis de transmissão de luz, escolhi o tom “clear” (transparente).

Todas as placas devem ser fechadas nas duas extremidades com fita de alumínio, tal como o “U-2 Connector” com a peça “End cap for “U-2” conector”.

Para fixação das placas optei pela calha “Aluminum UDP”, as quais vão ser fixadas, através de parafusos de chapa, a cantoneiras de abas iguais 20 x 3 mm. Esta cantoneira tem a particularidade de permitir retirar, faseadamente, o teto ou as paredes laterais.

Figura 41: Aplicação da “Grapa Seplux”

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No teto surgiu o problema dos cantos, devido à passagem dos prumos. Para solucionar este problema criei uma peça para cada canto, tendo utilizado um perfil “H” também em policarbonato, onde fiz os cortes adequados de modo a encaixar corretamente nesta situação, de maneira a não haver perdas térmicas e acústicas, como mostra a figura 43.

Como forma de evitar possíveis oscilações e suporte de teto, quando retiradas as paredes centrais, para unir os módulos, resolvi suspender o teto, através de cinco cabos de aço, distribuídos em pontos estratégicos fixados à cobertura do CTLG. Utilizei os seguintes acessórios para os cabos de aço: manilha (para fixação ao teto do CTLG); manilha em barra metálica, por mim projetada devido à inexistência no mercado com as

Figura 43: Encaixes dos cantos em policarbonato

Fonte: Elaboração Própria

Figura 42: Cantoneira para a fixação das calhas

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dimensões pretendidas (indo esta fixar ao “U-2 Connector”); esticador (permite este um melhor ajustamento de folgas); argola para cabo de aço; cerra juntas; mosquetão (este faz a ligação entre a manilha projetada e o esticador).

Optei por colocar um cabo de aço no ponto central do módulo, sendo este fixado a uma placa de policarbonato compacto de 10mm de espessura, que irá proporcionar o seu aperto e a entrada do cabo. A placa dará um bom suporte ao teto devido às suas dimensões, a mesma poderá ser utilizada também, como base para fixação de armadura de iluminação, apresentada na figura 44.

Figura 47: Sistema de sustentação aplicado em 4

pontos do módulo (pormenor) Fonte: Elaboração Própria

Figura 45: Conjunto de mosquetão, esticador,

cerra juntas, cabo de aço Fonte: Elaboração Própria

Figura 44: Sistema de sustentação central Fonte: Elaboração Própria

Figura 46: Sistema de sustentação aplicado em 4

pontos do módulo Fonte: Elaboração Própria

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Porta e seus componentes

Relativamente à porta, o arquiteto sugeriu que fosse de abrir, para melhor vedação. De seguida, analisei a situação e verifiquei que esta hipótese iria retirar muito espaço, além de poder tornar-se agressivo, aquando da passagem entre módulos, dado cada um destes, possuir quatro portas.

Como solução mais viável, para este caso, propus-me criar o modelo de porta de correr, ainda que este conduza a pequenas perdas de temperatura e comprometa o espaço a nível de som. No sentido de minimizar esta situação, utilizei vedantes de pelúcia em torno do vão da porta, conforme a figura 48.

Em contrapartida, a porta de correr melhora substancialmente a nível de acessibilidades. Neste âmbito, é de considerar a imposição ergonómica, visando esta garantir a segurança, comodidade e facilidade de utilização a todos os utilizadores com necessidades especiais que acedam ao seu interior e tirem partido deste.

A estrutura da porta levará um aro em madeira maciça com 30 x 30 mm, sendo preenchido o seu interior com cartão favado, ajudando assim a evitar o empeno.

Novamente, procedi a uma pesquisa sobre materiais a aplicar nas duas faces exteriores, numa análise sincrónica, fiquei em dúvida entre a cortiça, o “Bulletin Board” da marca Forbo, o “Filme Policarbonato 3D” e o OSB. A cortiça devido não só ao seu elevado nível acústico, como também pelo contraste de textura e cor na composição com o policarbonato. O “Bulletin Board” da marca Forbo por ter gostado da sua textura e cor, além da sua funcionalidade, é um revestimento em linoleum, sendo ideal para painéis de afixação, podendo ser útil para informação complementar ao módulo. Não

Figura 49: Vedante de pelúcia

Fonte: www.batista-gomes.pt

Figura 48: Vedante de pelúcia aplicado na porta

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optei por estes materiais devido ao seu preço elevado. Em relação ao “Filme Policarbonato 3D”, este é um material cinético 3D, formado por multi-lentes, com espetaculares efeitos de relevo, mas tem como desvantagem, na aplicação da porta, o facto de ser demasiado maleável.

Por fim, decidi-me pelo OSB, um material composto por pequenas lascas de madeira orientadas, segundo uma determinada direção. Essas partículas de madeira depois de revestidas com cola, são dispostas em camadas, permitindo aumentar assim a resistência do painel.

Considerando-se algumas das suas vantagens: resistência à deformação, à rutura; excelente relação entre resistência e peso; fácil utilização, podendo ser facilmente serrado, furado, aplainado, lixado, pregado, cravado ou aparafusado junto ao bordo sem rachar; facilmente colado e pintado; tem baixo custo.

Para além de todas estas particularidades, no seu processo de fabrico, não são utilizadas árvores adultas como matéria-prima. Sendo esta proveniente de florestas

Figura 53: OSB pintado de vermelho;

Fonte:http://typegregory.blogspot.pt

Figura 51: “Bulletin Board” da Forbo

Fonte:www.forbo-flooring.com.pt

Figura 50:Cortiça Fonte:www.zazzle.pt

Figura 52: “Filme Policarbonato 3D” utilizado em

abajures de candeeiros Fonte: www.mitera.pt

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geridas de forma sustentável e o material ser totalmente reciclável indo assim influenciar o tipo de resíduos gerados e conduzindo a um impacto ambiental reduzido. Não menos importante é a sua durabilidade, alongando o seu ciclo de vida.

Com a finalidade de dar outro acabamento e resistência à porta, ir-lhe-á ser aplicado um aro de perfil “U” em aço Inox com 2 mm de espessura.

No respeitante à fechadura escolhi a “JNF IN.20.922”, devido a esta possuir um gancho totalmente recolhível na posição de aberta, não ferindo assim os utilizadores, sendo a mesma, visível, na figura 55. Tive em linha de conta, o espaço que vai da testa ao centro da entrada do cilindro. Optei pelo modelo de fechadura de maior distância que o fabricante apresenta no mercado, devido à acessibilidade, respeitando às distâncias (normas) atuais em vigor.

Em relação ao cilindro preferi o “JNF IN.19.520.1B”, visto tratar-se de um perfil europeu com botão pelo lado interior (sistema de bloqueamento manual) e chave pelo exterior.

Figura 55: Fechadura JNF IN.20.922

Fonte: www.mabalgarve.net

Figura 54: Fechadura

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Dado a porta ter 40 mm de espessura e o cilindro 60 mm de comprimento, iriam ficar 10 mm de cada lado do cilindro, para fora da porta, o que ficaria inestético.

Pretendendo dar um melhor acabamento em torno do cilindro, utilizei o espelho “JNF IN.04.36O Y10M”. Este espelho como tem 10 mm de espessura permitiu fazer um melhor remate ao cilindro ficando este nivelado com o espelho. As suas dimensões são as seguintes: 72 mm comprimento, 32 mm largura e 10 mm de espessura.

Figura 58: Espelho

Fonte: Elaboração Própria

Figura 59: Espelho “JNF IN.04.36O Y10M”

Fonte: www.jnf.pt

Figura 57: Cilindro “JNF IN.19.520.1B”

Fonte: www.gosimat.pt/

Figura 56:Cilindro para fechadura Fonte: Elaboração Própria

Referências

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