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Carência de macronutrientes e de boro em plantas de juta (Corchorus capsularis L.), variedade roxa.

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(1)

ISSN 0100-8102

Boletim de Pesauisa

I

Dezembro, 1992

i

I

Número 138

I

CARÊNCIA DE MACRONUTRIENTES E DE

BORO

EM PLANTAS DE JUTA

(Coschorus

(2)

RBPflBLICA FEDERATIVA DO BRASIL R e s i d e n t e :

Itamar Franco

M i n i s t r o d a A g r i c u l t u r a , do Abastecimento e d a Reforma A g r á r i a Lázaro Barbosa

i k p r e s a B r a s i l e i r a de Pesquisa Agropecuária

-

EüBüAPA R e s i d e n t e :

Murilo Xavier F l o r e s

D i r e t o r e s :

Eduardo Paulo de Moraes Sarmento Ivan Sérgio E r e i r e de Souza Manuel Malheiros Tourinho

C h e f i a do CP-

Dilson Augusto Capucho Frazáo

-

Chefe

Emanuel Adilson Souza S e r r ã o

-

Chefe Adjunto Técnico

(3)

CARBEIA

DE ~ ~ U N J I R I E N I E S E DE

B C B ) E M ~ D E J U r A ( C o r e h o r i n r

capsularis L.), VARIEIWIE IIOIKA

Ismael de Jesus Matos ~ i é g a s

Henrique Paulo Haag

Jefferson Felipe da Silva

Francisco Antõnio Monteiro

Uinisté o da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária

-sa%rasileira de Pesquisa Agm~&@a

-

R4BRWA Centro de Pesquisa Agroflorestal da bazonia Oriental

-

CF%!ili

(4)

Exemolares d e s t a rmblicacão oodem s e r s o l i c i t a d o s à

~~~~~ - ~~~

Trav. D r . Enéas Pinheiro s l n Telefones: (091) 226-6612, 226-6622 Telex: (091) 1210 Fax: (091) 226-9845 Caixa P o s t a l , 48 66095-100

-

Belém, PA T i r a g w : 500 exemplares

Antonio Agostinho Müller Céiia Maria Lopes P e r e i r a Emanuel Adilson Souza S e r r i o Emanuel de Souza Cruz

Francisco José Cãmara Figueirêdo

-

Presidente Hércules Martins e S i l v a

-

Vice-Presidente José Eurlan Junior

Maria de Nazaré Magalhães dos Santos

-

S e c r e t i r i a Executiva Mime1 Sinão Neto

NO& Vianna Martins Leão

Ruth de Fátima Rendeiro Palheta Revisores Técnicos

Antonio Agostinho Miiller

-

EMBRAPA-CPATU João E l i a s Lopes F. Rodrigues

-

EMBRAPA-CPARI SÔnia Maria Botelho Araújo

-

EMBRAPA-CPATU

Coordenação E d i t o r i a l : Francisco José &ara Figueirêdo

'

~ o r m a l i z a ç á o : & l i a Maria Lopes P e r e i r a

Revisão Gramatical: Maria de Nazaré Magalhães dos Sactos Miguel Simão Neto ( t e x t o em i n g l e s ) Capposiçáo: B a r t i r a Franco Aires

VIEGAS, I. de J.M.; HAAG, H.P.; SILVA, J.F. da; HONTEIRO, F. A. Caréocta de u e r o n u t r i e n t e s e d e bmo a plantas d e j u t a (Corchoms c a p s u l a r i s L.), variedade nua. Belém: EMBRAPA-CPARI, 1992. 24p. (EMBRAPA-CPAN. Boletim de Pes- quisa, 138).

1. J u t a - Macronutriente

-

Deficiência. 2. J u t a

-

Boro

-

Deficiência. 3. J u t a

-

Nutrisão mineral

-

Deficiência. I. Haag, H.P. colab. 11. S i l v a , J.F. da colab. 111. Monteiro, F.A. colab. I V . EMBRAPA. Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia O r i e n t a l (Belém, PA). V. Titulo. V I . Série.

CDD: 633.548913

(5)

S U M Á R I O 1 -

...

~ W ~ U A L E N S I I I X ~

...

.

E D I

...

~ m S C 1 m

...

SI-IIOGIA

ws

DEFICIENCIAS

...

Ni t-io

...

Boro ...e.. *si0

...

Potássio

...

Fósforo

...

...

Cálcio Bnmfre

...

N ~ V E I S ~ Í T

...

I ~

axxmm

...

mmúkafs

BIBZI-IW

...

(6)

Ismael de Jesus Matos Viégas 1 tlienrique Paulo Haag 2

J e f f e r s o n Felipe da S i l v a 3 Francisco Antônio Monteiro 4

RESUMO: A j u t a (Corcãonu, capsularis L.) é una p l a n t a tgx-

til de c u j a s h a s t e s s e obtém a f i b r a , matéria-prima para a i n d ú s t r i a de aniagem. Plantas de j u t a , variedade Roxa, fo- ram c u l t i v a d a s em vasos contendo como s u b s t r a t o s l l i c a mof- da, e i r r i g a d a s periodicamente com soluçao completa e com omissão de N, P, K, Ca, Mg, S e B. Manifestados os sintomas de cargncia dos n u t r i e n t e s a s p l a n t a s foram c o l e t a d a s e se- paradas em folhas superiores e i n f e r i o r e s , caule e r a i z . O

material coletado f o i secado e analisado para os elementos estudados. Os tratamentos que mais-afetaram o c o s c i m e n t o da j u t a foram omissao de N > omissao de B > omissaodeMg > omissáo de K > omissáo de P. Foi d e s c r i t o o quadro sintomato- lógico das caréncias e foram obtidos o s s e g u i n t e s n l v e i s a n a l i t i c o s para a s folhas superiores do tratamento completo e dos com omissão, respectivamente: N% = 2,46-1,32; W

-

0,26-0,12; K% = 2,14-0,46; Ca% = 1,21-0,32;Mg%= 0,37-0,08; S% = 0,13-0,09; B ppm = 41-13. Nas folhas i n f e r i o r e s foram encontrados os r e s p e c t i v o s t e o r e s de N% = 2,20-1,21; W =

0,18-0,12; K% = 2,03-0,61; Ca% = 1,43-0,35; Mg%=0,37-0,05; S% = 0,15-0,05; B ppm = 47-15.

~e$os para indexaçáo: j u t a , nutrição de plantas, c a r ê n c i a de macronutrientes e boro.

' ~ n g . - ~ g r . M.Sc. PIBRAPA-CPATU. Cx. P o s t a l 48. CEP 66017-970. Belém, PA. i 2 ~ x - ~ r o f . ESALQ. Departamento de ~ u z m i c a .

3 ~ n g . -Agr. EMBRAPA-CPATU.

(7)

i t l a m u R I r n AND

rrarr

DEFICIENCY IN F;ASI' INDIAN PLANIS (Cohchohub

CUp6UhJfh L.) = V A R I m

ABSTRACT: E a s t I n d i a n p l a n t s (Cmchorus capsularis L.)

s u p p l y j u t e , a f i b r o u s s u b s t a n c e used i n t h e t e x t i l e i n d u s t r i e s . P l a n t s of t h i s s p e c i e s , var. Roxa, were grown i n p o t s f i l l e d w i t h ground s i l i c a . Treatments were a complete s o l u t i o n and t h e omissions one a t a time of N , P, K, Ca, Mg, S and B. N u t r i t i v e s o l u t i o n s were passed through t h e s u b s t r a t e p e r i o d i c a l l y . When t h e v i s u a l symptoms of d e f i c i e n c i e s were i d e n t i f i e d , p l a n t s were harvestetl and s e p a r a t e d i n t o upper l e a v e s , lower l e a v e s , stems and r o o t s .

A 1 1 p l a n t m a t e r i a l was d r i e d and analysed f o r t h e s t u d i e d n u t r i e n t s . The l i m i t i n g t r e a t m e n t s f o r p l a n t growth were: N omission > B omission > Mg omission > K omission > P omission. N u t r i e n t d e f i c i e n c y syrptoms were r e p o r t e d . N u t r i e n t c o n c e n t r a t i o n s i n t h e upper l e a v e s o b t a i n e d i n t h e complete t r e a t m e n t and i n t h e omission of t h e n u t r i e n t were, r e s p e c t i v e l y : N = 2,415-1,32%; P = 0,26-0,12%; K = 2,14-0,46%; Ca = 1,21-0,32%; Mg = 0,37-0,08%;S=0,13-0,09% and B = 41-13 ppm. In t h e lower l e a v e s t h e r e s p e c t i v e t i s s u e n u t r i e n t c o n c e n t r a t i o n s were N% = 2,20-1,21; P % = 0,18-0,12; K% = 2,03-0,61; Ca% = 1,43-0,35; Mg%=0,37-0,05; S% = 0,15-0,05; B ppm = 47-15. Index terms: j u t e , e a s t I n d i a n p l a n t s , p l a n t n u t r i t i o n , m a c r o n u t r i e n t and boron d e f i c i e n c i e s .

A juta (Cokchoh~b c a p n u h h L.) é una planta têxtil, dicotiledonea, pertencente & família Tiliaceae, de cujas hastes se extrai a fibra. matéria-prima para a indÚstria de aniagan (Silva 1989).

A juta é cultivada an várias partes domundo tm-, pical, sendo a fndia a maior produtora, com 1.500 mil toneladaslano, enquanto o Brasil ocupa o sexto lugar,. com 49.000 tlfibra seca (Production

...

1989).

A introdução da juta no Brasil ocorreu por volta de 1920 en São Paulo, sen sucesso. por&, en 1930, essa ti liácea foi trazida da fndia por imigrantes japoneses, adaptando-se no rrunicipio de Parintins, Estado do Ama- zonas (Libonati 1958).

(8)

Valois & Hanna (19731, a partir de 1953 o Brasil deixou de ser grande inportador de fibra e se tornou auto-su- ficiente, em decorrência da produção amazônica.

As pesquisas desenvolvidas na hzÔnia sobre a juta t&n sido intensificadas, particularmente para o melhoramento genético das variedades regionais e para algurris práticas de cultivo. No tocante aos aspectos ytricionais da planta, nenhun trabalho na h z ô n i a foi publicado até o manento.

Can o propósito de se obter as primeiras infor- rnaçÔes sobre os aspectos nutricionais da juta no Bra- sil, instalou-se o presente experimento com os seguin- tes objetivos: analisar o crescimento das plantas atra- vés da produção de nmtéria seca; e obter un quadro sin- tomatologico das deficiências dos macronutrientes e bo- m, assim c o m os níveis analíticos na variedade Roxa.

O experimento foi conduzido en casa de vegetação do Departamento de &uímica da Escola Superior de Agri- cultura "Luiz de Qeiroz" ( E W ) / U S P , a n P i r a c i c a b a , S P .

As s-tes de juta. variedade Roxa, foram se- meadas en areia e unedecidas periodicamente can á g y destilada, tendo a germinação iniciada a partir do de- c i m dia. Aos quinze dias após a germinaçao, as pl&tu-

las foran selecionadas e transplantadas, an nÚnero de duas, para vasos de plástico com capacidade para 4,7 kg

de si1 ica, recebendo durante dez dias solução nutritiva conpleta de Sarruge (19151, diluída anágua destilada na proporção de 1:2. ApÓs 25 dias, deixou-se escorrer água

2

abundância pelo interior dos vasos. can a fina- lidade de remover os nutrientes retidos na sílica.

Bn

seguida iniciou-se a aplicação das soluçÔes nos oito tratamentos estudados, sendo a conposição dessas solu- çÔes apresentadas na Tabela 1.

Os tratamentos utilizados fora os seguintes: Carpleto; Qnissão de nitrogênio; Qnissão de fósforo; Onissão de potássio; Qnissao de cálcio; Qnissão de mag-

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-se o delineamento experimental inteiramente casualiza- do. com três repetições.

TABEM 1. Caiposição quimica das soluçóes nutritivas

(mlll) utilizadas no experimento com base nas sugestões de Sarruge (1975). Solução lbatamento estoque

-

-N -P -K - ~ a -S -B pleto T P 0 4 M 1 1 - - 1 1 1 1 -3 M 5 - 5 - 5 3 3 5 C"'N03'2 M 5 - 5 5 - 4 4 5 w 4 M 2 2 2 2 2

-

-

2 KCl M

-

5 1 - - 2 2 -2 M

-

5 - - - 1 1 -N14H2m4 M

-

-

- 1 -

-

-

-NH4m3 M

-

-

- 2 5

-

-

-(N14)2S04 M

-

-

-

-

- 2 - -h% (M3)2 M

-

-

-

-

- - 2 -Mi cronu- trientes*

*

A solução de micronutrientes tw a seguinte c--

sição (gll): H 3 q . 2.86; W l 2 ã 0 , 1,El; ZnC12, 0,lO; M 1 2 , 0.04; H$kO .H O, 0, 2.

**

Dissolveu-se 26,lg de F d A 8iss~dico em 286 ml de N a M N e misturou-se can 24.9g de FeS04.7H20. Dei- xou-se arejar por u m noite e caipletou-se o volune a un litro.

***

Todos os micronutrientes exceto o bom.

Foi realizada a análise de wriãncia dos dados concernentes às variáveis peso de mtéria seca das fo- 'lhas superiores (mais m a s ) e inferiores (maisvelhas).

(10)

caule, raizes e da planta inteira. As cqaraçÕes entre as médias dos tratamentos foran efetuadas pelo teste de Tukey ao nível de 5 % de probabi 1 idade.

As solu&s nutritivas foram fornecidas por per- colacão nos vasos e renovadas a intervalos de quinze aias, tendo-se o cuidado de verificar diariamente o ní- vel da solução nos frascos coletores, cqletando-se o volune para un litro, pela adição de água desminerali- zada. Após mifestados os sintanas das deficiências, mediu-se a altura das plantas que, após coletadas, fo- rmn divididas en folhas superiores e inferiores, caule e raizes.

Omaterial colhido foi gcondicionado en saco de papel e mantido en estufa a 70 C, até obtenção de peso constante. quando então foi determinado o peso do mte- rial seco. Após a pesagen, as amostras foran moídas en

moinho tipo Willey e en seguida foram realizadas as análises no Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas, do Departamento de ~ í m i c a da ENLQ. O nitrogênio foi determinado segundo o método Kjeldahl; o fósforo por colorimetria; o potássio por fotometria de chami; o cálcio e mgnésio por espectrofotometria de absorção atânica. O enxofre por espectrofotometria de absorção atânica, método indireto, via bário. O bom foi deter- minado pelo método da azometina H, segundo Mazahri

(1976).

Os resultados referentes à produção de matéria seca indicaara de crescimento, encontranrse na Tabela 2.

Verificou-se que os tratamentos que m i s afeta- r w a de mtéria seca da planta foran as mis- sÓes individuais de nitrogênio, boro, mgnésio, potk- sio e fósforo, quando canparados com o tratamento can- pleto. ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. Por outro lado, a produção demtéria seca não

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foi afetada pela anissão de cálcio e enxofre. abservou-

-se que no tratamento cmpleto, a ordm decrescente de produção de matéria seca nos vários Órgãos da planta foi caule > raízes > folhas superiores > folhas infe- riores.

TABEIA 2. Produção da matéria seca (glplanta) das diver- sas partes da planta de juta m função dos tratamentos.

Trata- Partes da planta Planta

mento Folhas Folhas

caule

~~í~~~

inteira superiores inferiores

Capleto 7,51a 3,91ab 25,58a 11.85a 48,86a

-N 2,23c 2,05b 6,88b 4.15de 15,31e

-P 3,20c 2,95b 21,16a 8,71bc 36,03hc

-R 2,73c 6,15a 11,46b 6,45ad 26,80cd

4% 5,93ab 6.03a 24.11a 8,Olbc 44.09ah

% 5.36b 2.35b 11.30b 4,88de 23.89de

-S 6.91ab 4,51ab 23,OOa 9,48ab 43,91ah

-B 5,73b 4,40ab 8,88b 2,43e 21,44de

D.M.S. 1.67 2,59 9,47 2,70 10,37

Valores can letras iguais, na m e m coluna, não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de

WY.

O nitrog6nio foi o elemento que mais limitou a produção de mtéria seca da planta. resultados tambÉn constatados m outras culturas, c a m cubiil, fruteira wnizõnica (Weber et al. 19811,

m

frei (Frazáo 1985) e no urucu (Haag et al. 1988). Tal efeito é justificado

urri vez que o nitrogênio é de elevada inportancia para

o desenvolvimento da mioria das plantas, pois é o cons- ti tuinte dos minoácidos e. conseqüentemente. das pro- teínas. Quando omitido, provoca alteraçáo no metabolis- mo dos vegetais can reflexos no crescimento e desenvol- vimento.

(12)

Aos sete dias após a missão do nitrogênio, fo- r m observados os primeiros sintomas de deficiência. deste nutriente sendo, portanto, o primeiro a se mani-

festar. Inicialmente as plantas de juta exibiram a co-

loração verde-pálida nas folhas velhas. Can a intensi- ficação da deficiência. essas folhas assuniram una to- nalidade verde-amarela, para, no final, tornaren-se to- talmente armreladas (Fig. 1). Observou-se tanibkn que na ausência do nitrogênio as plantas de juta exibiran por- te reduzido (can a1 tura &dia de 99an), presença de fo- Ihagan restrita e caule fino. O crescimento do sistana radicular foi menor en relação ao tratamento canpleto.

ApÓs as manifestaçks dos sintomas de carência de nitrogênio, ocorreu o aparecimento da deficiência de boro, aos 19 dias após o início dos tratamentos, sendo esta bastante severa. A caracteristica principal da de- ficiência deste nutriente foi a morte da brotação api- cal, secamente e perecimento das folhas recÉn-formadas, próxims do ponto de crescimento. Ocorreram deformaçÕes, redução e engrossamento do li& foliar. As nervuras da face dorsal das folhas ficaran mais proeminentes e mais grossas, situando-se an un plano ben acima da superfi- cie foliar. Can a severidade da deficiência, as folhas mais próximas do ponto de crescimento apresentaram-se

cloróticas.

Cbservou-se ainda, a redução acentuada da altura das plagtas (&dia de 78an), m relação ao tratamento caipleto (&dia de 165010, encurtamento do caule e, com isso, howe sobreposição das folhas È semelhança de un tipo de crescimento "escova de garrafa" (bottle brush), conforme pode ser observado na Fig. 2.

(13)

Por ser a haste da juta a parte utilizada para a extração de fibra, a redução acentuada da altura. com o encurtamento do caule, como conseqltência da deficiência de boro, se reveste de capital inportkcia à produtivi- dade. Portanto, o micronutriente boro deve receheraten- cão especial no cultivo da juta, especialmente nos La- tossolos da Amazõnia utilizados can freqlfência vara pro- dução de sentes desta tiliácea, onde a disponibilida- de deste elemento é ben menor do que nos solos de vár- zea, aliado ao fato do seu papel na fomção das semen- tes.

Os sintomas visuais de deficiência de boro en plantas de juta sgo sanelhantes aos descritos por Khan (1973), para plantas com cinco serianas de idade. Esta deficiência leva a supor que esta tiliácea é nniito exi- gente neste micronutriente. Ratificando, as análises realizadas no horizonte superficial de un solo de vár- zea a1 ta do rio Guamá, na AmzÔnia paraense (em região onde a juta é cultivada), revelaram 1.44ppn deborodis- ponível (extração an água quente).

Esse solo foi considerado ban suprido desse ele- mento, e, provavelmente, devido ao seu elevado teor de matéria orgânica, principal fonte de boro nas condições naturais. O teor de 1,44pp de boro foi superioraosoh- tidos por Brasil Sobrinho (1965) en alguns solos de São Paulo, Casagrande (1978) en solos de Piracicaba e por Qutterres 8r V o l ~ i s s (1987) en solos do Rio Grande do Sul. O crescimento das raizes na anissão de boro foi reduzido an 4888, quando ccnparado ao tratamentoconple- to, sendo portanto o nutriente, cuja anissão mais afe- tou o desenvolvimento radicular.

Os sintomas de deficiência de mgnésio surgirem três s m a s após a aplicação dos tratamentos. A média das alturas das plantas foi de 140m. O sintonm carac- terístico da deficiência não fugiu ao padrão da maio- ria das culturas, como clorose acentuada entre as ner- vuras secundárias, permanecendo faixas verdes entre nervuras, à semelhança de una "espinha de peixe". (Fig.

(14)
(15)

rZG. 2. Plantas de juta, ã esquerda, ccm deficiência de boro e, à di reita, COP t r a m n t o cwpleto (N, P, K, Ca, Plg, S, B).

(16)

3). C m a intensificação da carência, a faixa verde in- ternerval desapareceu ficando a folha totalmente cloró- tica.

Os sintonias de carência de potássio iniciaram-se aos 23 dias após a aplicação dos tratamento. Adefi- ciência se caracterizou inicialmente pela clorose nas,

folhas inferiores. tanto na base quanto próximo ao ápi- ce. Posteriormente surgirm necroses marmescura en- tre as nervuras de algunas folhas, can tecido ondulado e distorcido na região das nervuras. Nessas áreas ne- cróticas o tecido ficou muito delgado, rarpendo-se em alguns casos.

O desenvolvimento do sistema radicular foi redu- zido w 184% w relação ao carpleto, assim cano o porte da planta foi diminuído e resultou fm &dia a 1 2 5 m de altura. Os sintomas de deficiência foram mais severos nas folhas velhas, ocorrendo queda acentuadadasmesmas. Observarwrse t,& pequenos pontos cloróticos entre as nervuras das folhas mais velhas, que ao progredira uniam-se. f o m d o pequenas manchas cloróticas. Os sin- tanas de carência de potássio en juta foram semelhantes aos descritos por Khan (1973). A Fig. 4 mostra folhas de juta can sintanas de deficiência en potássio.

A deficiência de fósforo não se manifestou ccmi nniita clareza. Aos 25 dias após os tratamentos terem sido aplicados observou-se nas folhas mais velhas a coloração verde-escura e muichas cloróticas que se es- tendia para os bordos, ocorrendo posterior secamento.

A redução no crescimento das plantas (altura &- dia de 1220111, caule fino e ausência de brotações late- rais, foran

twbw

observados nas plantas do tratamento can anissão de fósforo.

(17)

Cálcio

Aos 2 7 dias após a aplicação dos tratamentos, as.

plantas can missão de cálcio apresentarw nurcha-to das folhas, menor crescimento da parte aérea (a1 tura &- dia de 1 3 0 m ) e das raizes, as quais apresentaram-se com a tonalidade castanha (Fig. 5) e mifestarm ligeira apodrecimento. A redução na produção de mtéria seca das raizes an relação ao tratamento ccnpleto foi de 148%.

A caracterização desses sintanas concordam can os descritos por Mengel (L Kirkby (1987). quandú.' interraw

peran o fornecimento de cálcio às raizes, ou seja, re- duçáo no crescimento da planta e raizes can tonalidade parda, com mrte gradual.

%no fie

A carência de enxofre se manifestou 30 dias após; a aplicação dos tratmntos e caracterizou-se. inicial- mente, por apresentar coloração verde-clara nas folhas mais novas paraposterionnente,can a intensidade da de- ficiência. transformar-se an um clomse generalizada en toda a planta (Fig. 6). A média da a1 tura das plantas foi, de 1 4 8 m e o crescimento & sistenn radicular foi menor

en 125% em relação ao t r a t m t o caipleto, sendoportan-

to, menos afetado que os denais tratamentos.

As concentrações médias dos macronutrientes e de

boro. na matéria seca dos Órgãos da juta, obtidas en con- diçóes de casa de vegetação. can e sen anissãode solu- ção nutritiva caipleta, são apresentadas na Tabela 3.

Destacaram-se os teores elevados de potássio e cálcio nas plantas do tratamento carpieto. O b s e ~ ~ u - S e que os teores de mcmmtrientes e de b o m no tratwien-

to carpleto form mais elevados do que naqueles can anissáo destes nutrientes. 0 s teores nutricionais nas

folhas superiores e inferiores de juta do tratamento ccnpleto. que poderão "a priori" servir can, padrão, e can anissão dos elementos são apresentados, nas Figs.

(18)

. .

(19)
(20)
(21)

I

(22)

QiBiWi 3. Concentração de macronutrientes e de boro nas diversas partes da planta de juta, en função dos tratamentos.

Folhas Folhas

Tratamento Nutriente supe- infe- Caule Raiz riores riores Caipleto N ( % ) 2.46 2,20 0.55 1.26 p ( 8 ) 0,26 0.18 0.13 0,12 K ( % ) 2.14 2,03 1,45 1,53 Ca ( % ) 1,21 1,43 0.49 0,33 i\% (%) 0,37 0,37 0.15 0,33

s

( 8 ) 0,13 0.15 0.14 0,23 B (PP) 4 1 47 24 19 Qnissão de N N ( % ) 1.32 1.21 0.28 1,06 Qnissão de P P

(%I

0.12 0.12 0,05 0,07 Qnissão de K K (%I 0,46 0,61 0,64 0,61 Qnissão de Ca Ca (%I 0,32 0,35 0,11 0.14 Qnissão de Mg i\% ( % ) 0.08 0,05 0,03 0,06 Qnissáo de S

s

( 8 ) 0,09 0,05 0,04 0,05 Qnissão de B B (ppn) 13 15 13 11

As concentraçÓes dos rnacronutrientes para as plantas do tratamento canpleto sen deficiências, obede- ceram a seguinte ordm: folhas superiores e inferiores:

N > K > C a > i \ % > P > S ; c a u l e : K > N > C a > N l g > S > P ;

e r a i z : K > N > C a = M g > S > P .

Os resultados contidos na Tabela 3mostrarmtan-

bÉn cpe as folhas inferiores apresentaram menor concen- traçao de nitmg&io, fósforo e potássio do que as fo- lhas superiores. Esses dados significan que, caso ve- nham a ocorrer deficiências de nitrogênio, f6sforo e potássig, os sintomas apareceriam inicialmente nas fo- lhas m8is velhas, devido

i

alta mobilidade desses ele- mentos.

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(24)

Os nutrientes cálcio, enxofre e boro. por serem elanentos pouco m h i s , apresentaram menor concentração nas folhas superiores. Os teores de magnésio se mostra- ram indiferentes nos dois tipos de folhas.

Esses resultados, "a priori", parecem danonstrar que as folhas inferiores serim as mais indicadas para. a diagnose nutricional dos elementos nitrogênio, fósfo- ro, potássio e magnésio, enquanto as superiores para o enxofre, cálcio e boro.

-

Os tratamentos afetaram o crescimento da plan- ta de juta na seguinte ordem decrescente: omissão de N >

missão de B > anissão de b g > anissão de K > omissão de P.

-

Os niveis analiticos nas folhas superiores do tratamento "canpleto" e com omissão foram: N%=2,46-1,32;

P%= 0,26-0,12; K%= 2,14-0,46; a % = 1,21-0,32; = I@% 0,37-0,08; S%= 0,13-0,09 e B ppn = 41-13, respectiva- mente.

- Os níveis analiticos encontrados nas folhas inferiores, na presença e omissão dos elementos foram:

N%= 2,20-1,21; P%= 0.18-0,12; R%= 2,03-0,61; a % = 1,43-0,35; i@$= 0,37-0,05; S%= 0,15-0,05 e B p p 47-15, respectivamente.

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Referências

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