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Design de ambiente sustentável: o estudo de caso do refeitório da Escola E.I. Mundo Encantado, em Lajeado do Bugre-RS.

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUI

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS - DCEEng CURSO DE DESIGN

LARISSA ANTUNES BRIZOLA

DESIGN DE AMBIENTE SUSTENTÁVEL: O ESTUDO DE CASO DO REFEITÓRIO DA ESCOLA E.I. MUNDO ENCANTADO, EM LAJEADO DO BUGRE-RS.

Ijuí/RS 2017

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LARISSA ANTUNES BRIZOLA

DESIGN DE AMBIENTE SUSTENTÁVEL: O ESTUDO DE CASO DO REFEITÓRIO DA ESCOLA E.I. MUNDO ENCANTADO, EM LAJEADO DO BUGRE-RS.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Design da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial à obtenção ao título de Bacharel em Design.

Orientador: Carlos Alexandre Alves Colomé

Ijuí/RS 2017

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LARISSA ANTUNES BRIZOLA

DESIGN DE AMBIENTE SUSTENTÁVEL: O ESTUDO DE CASO DO REFEITÓRIO DA ESCOLA E.I. MUNDO ENCANTADO, EM LAJEADO DO BUGRE-RS.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Design da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial à obtenção ao

título de Bacharel em Design.

A Banca Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão:

_____________________________________________ Professor orientador: Carlos Alexandre Alves Colomé

_____________________________________________ Professor examinador:

_____________________________________________ Professor examinador:

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Agradeço

Primeiramente à Deus por me permitir chegar até aqui, a minha família que sempre esteve presente em todos os momentos difíceis e também de alegria sempre compartilhando e apoiando, em especial aos meus pais que me ensinaram todos os valores essenciais para me tornar uma pessoa melhor. Meu muito obrigado ao meu namorado Francis pelo incentivo, ajuda e dedicação a mim e ao meu sonho.

Aos professores que durante toda a graduação estiveram dispostos e solidários a ensinar, em especial ao meu orientador professor Carlos Alexandre Alves Colomé, que sempre esteve presente e auxiliando em todas as etapas do trabalho de conclusão de curso. E por fim aos colegas e agora amigos para vida, que participaram juntos de cada etapa da graduação e com muito esforço hoje, juntos podermos desfrutar dessa vitória.

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de uma proposta de refeitório para Escola de Educação Infantil Mundo Encantado, seguindo conceitos de design, ecodesign e sustentabilidade, também atendendo as necessidades dos usuários e a ergonomia aplicada ao ambiente e mobiliário. Desenvolver um ambiente dentro de uma escola requer muitos cuidados básicos, tais como: segurança e conforto. Com o apoio das metodologias de pesquisa científica e o método de projeto de Elizabeth Regina Platcheck obter resultados satisfatórios para a proposta elaborada com maior possibilidade de sucesso. A pesquisa no campo de design, sustentabilidade, ambiente escolar e alimentação infantil são realizadas na primeira parte do trabalho levando a clareza da necessidade do desenvolvimento da proposta, por fim nos resultados é possível concluir a proposta através da metodologia científica. O projeto resultou em uma proposta viável para o refeitório escolar, com mobiliário versátil e de baixo custo, que proporciona o máximo de conforto e segurança aos usurários.

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ABSTRACT

The present paper’s objective is the development of a proposal for a cafeteria for Mundo Encantado Elementary School, oriented by design, eco-design and environmental sustainability concepts, meeting the users’ needs and the ergonomics applied to the room dimensions and furniture. Developing an environment inside a school requires a lot of basic cares, such as safety and comfort; supported by scientific research methods and Elizabeth Regina Platcheck’s project method, we aim to obtain satisfactory results for the given proposal with the highest success rate. The research in the design, environmental sustainability, scholar environment and child eating fields is executed in the first part of this paper, clarifying the need for development of the proposal. Ultimately, it is possible to accomplish the proposal through scientific methodology. The project resulted in a viable proposal for the school cafeteria, with versatile, low-cost furniture that provide the users with the maximum comfort.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

3D – Desenho tridimensional

CDC – Center for Diasease Control na Prevention

CMMAD – Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento IMC – Índice de massa corporal

LED – Light Emitting Diode

MDF – Medium Density Fiberboard MEC – Ministério da Educação

MOVERGS – Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul ONU – Organização das Nações Unidas

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: As quatro dimensões do desenvolvimento sustentável...17

Figura 2: As cinco dimensões da sustentabilidade...18

Figura 3: Principais variáveis usadas em medidas de antropometria estática do corpo...26

Figura 4: Estrutura infantil...27

Figura 5: Acentos...28

Figura 6: Área externa da escola...29

Figura 7: Refeitório...30

Figura 8: Refeitório (2)...30

Figura 9: Refeitório escolar...32

Figura 10: Necessidades diárias de energia para cada criança em idade escolar...33

Figura 11: Painel de madeira de demolição...37

Figura 12: Acúmulo de plástico...37

Figura 13: Exemplo de reutilização de metal...39

Figura 14: Ambiente rústico...39

Figura 15: Iluminação Natural...45

Figura 16: Iluminação residencial e artificial...46

Figura 17: Sistema de circulação...53

Figura 18: Mobiliário para refeitório...53

Figura 19: Painel semântico (1)...56

Figura 20: Painel semântico (2) ...56

Figura 21: Painel semântico (3) ...57

Figura 22: Mesa de pallet retangular...58

Figura 23: Banco (1) e (2) ...58

Figura 24: Banco coletivo de pallet...59

Figura 25: Mesa em “L” desmontável...59

Figura 26: Banco coletivo de pallet...60

Figura 27: Mesa em ‘L’...61

Figura 28: Vista superior da proposta em 3D...61

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Figura 30: Render (2)...62

Figura 31: Render (3)...63

Figura 32: Render (4) ...63

Figura 33: Vista superior do projeto 3D...64

Figura 34: Tinta acrílica Suvinil Amarelo Bandeira...65

Figura 35: Parede Lousa...65

Figura 36: Ilustração para parede...66

Figura 37: Mesa ‘L’, montada e desmontada...66

Figura 38: Puff individual...67

Figura 39: Banco de pallet...67

Figura 40: Calculo luminotécnico...68

Figura 41: Plafon LED embutir quadrado 18w branco frio...69

Figura 42: Material para estrutura...70

Figura 43: Maquete refeitório...70

Figura 44: Bancos de pallet (1)...71

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Decomposição dos materiais...36

Tabela 2: Iluminância por classe de tarefas visuais...47

Tabela 3: Fatores determinantes de iluminância adequada...48

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 15 2.1 DESIGN ... 15 2.2 DESIGN DE MÓVEIS ... 16 2.3 SUSTENTABILIDADE ... 17 2.4 ECODESIGN ... 20 2.5 AMBIENTE ... 21 2.5.1 Ambiente Educacional ... 22 2.6 ERGONOMIA ... 23

2.6.1 Ergonomia e o Ambiente Escolar ... 24

2.7 EDUCAÇÃO INFANTIL ... 30

2.8 ESCOLA MUNDO ENCANTADO ... 49

2.8.1 Refeitório ... 30 2.8.2 Alimentação Infantil ... 32 2.9 MATERIAIS ... 34 2.9.1 Madeira ... 35 2.9.2 Polímero ... 36 2.9.3 Metais ... 37 2.9.4 Mobiliário e Revestimento ... 38 2.9.5 Cor ... 40 2.10 ILUMINAÇÃO DE AMBIENTES ... 42 3 METODOLOGIA ... 47 4 RESULTADOS ... 49 4.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ... 51 4.2 OBJETIVOS DO PROJETO ... 51 4.3 ANÁLISE FUNCIONAL ... 51 4.3.1 Análise estrutural ... 52 4.3.2 Análise de mercado ... 53 4.3.3 Análise ergonômica ... 54

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4.4 PAINEL SEMÂNTICO ... 54 4.5 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ... 56 4.6 ALTERNATIVA ESCOLHIDA ... 59 4.7 REPRESENTAÇÃO 3D ... 60 4.8 MEMORIAL DESCRITIVO ... 63 4.9 ILUMINAÇÃO ... 67 4.10 DETALHAMENTO TÉCNICO ... 68 4.11 PLANTA BAIXA ... 68 4.12 MAQUETE ... 69 5 CONCLUSÃO ... 73 REFERÊNCIAS ... 75 APÊNDICE ... Erro! Indicador não definido.

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1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos o poder público tem demostrado interesse e necessidade de manter as crianças mais tempo no convívio escolar, programas com o Mais Educação lançado pelo governo federal tem possibilitado que crianças e adolescentes permaneçam na escola em turno integral.

O desenvolvimento de políticas de educação em tempo integral tem como objetivo ofertar aos alunos um projeto educativo integrado, conectando à vida, às necessidades, às possibilidades e aos interesses dos estudantes. A ênfase destas políticas não se restringe apenas ao desenvolvimento intelectual dos alunos, mas também seu desempenho físico, o cuidado com a saúde, o contato com a arte, o reconhecimento do valor dos patrimônios culturais, a relação com a natureza e o respeito aos direitos humanos, entre outros (INEP, 2017).

Os primeiros três anos de vida e os anos que antecipam a adolescência são marcados pelo crescimento e desenvolvimento da criança, é um período de desenvolvimento psicológico comportamental e mudanças na personalidade. Nessa fase são necessários todos os cuidados possíveis, pois uma boa alimentação contribui para que esse desenvolvimento seja saudável, sendo que a má alimentação pode ocasionar consequências no desenvolvimento físico, mental e na aprendizagem.

O acesso a escola é importantíssimo para realidade das famílias, que passam por inúmeras dificuldades, a escola aberta em tempo integral permite que os alunos realizem as principais refeições do dia na escola.

Segundo o censo demográfico de 2010 de Lajeado do Bugre-RS, o município onde se situa a escola Mundo Encantado, está entre os dez municípios do Rio Grande do Sul, com maior porção de extremamente podres, essa realidade reflete diretamente nas crianças e adolescentes, que passam por dificuldades diárias, como moradias precárias, vestuários inadequados e até em alguns casos a falta dos alimentos necessários para uma boa alimentação.

O ambiente escolar tem com maior objetivo promover o bem-estar e convívio social entre os alunos, o espaço físico de uma escola deve seguir os parâmetros propostos, presando sempre pela segurança e conforto, também ponderando os de conceitos de sustentabilidade, acessibilidade universal e a proposta pedagogia da escola.

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Um dos aspectos principais da proposta é inserir no dia-a-dia dos alunos práticas voltada a sustentabilidade, através da proposta do ambiente e dos materiais utilizados para o desenvolvimento dos móveis.

De acordo com VOLTOLINI (2011), o consumo sustentável implica que todos têm direito ao acesso mínimo a condições que garantam um padrão básico de qualidade de vida digna. Não se pode admitir um padrão superior que comprometa a vida de outros nem é eticamente aceitável e socialmente justo que se pense em um consumo em que as pessoas não tenham suas necessidades básicas de vida de educação, saúde, moradia e lazer satisfeitos.

As tendências mundiais direcionadas à redução dos impactos ambientais têm provocado novos posicionamentos do setor produtivo no que tange à preservação ambiental, conforme relatam Manzini e Vezolli (2002). O uso consciente de matéria-prima e a reutilização de matérias aumentam o ciclo de vida dos produtos evitando assim a extração sem controle de recursos naturais, dando mais tempo para que o meio ambiente possa se recuperar diminuindo o impacto ambiental.

Papanek (1984) já identificava a responsabilidade social do designer e os problemas causados ao meio ambiente, decorrentes da produção em massa. Mas desde então o design tem tido papel contrário, introduzindo ao mercado produtos e projetos com responsabilidade sustentável, passando a ser parte integrante do que diz respeito ao desafio da sustentabilidade. O ecodesign é uma das ferramentas a serem utilizadas no desenvolvimento desta proposta, o projeto de objetos e móveis a partir de matérias biodegradáveis, reciclados e ou reutilizados, com menor impacto ambiental e com design direcionado para os usuários, serem usados no desenvolvimento da proposta.

Esse trabalho tem como objetivo desenvolver um espaço para as refeições dos alunos da pré-escola Mundo Encantado, utilizando conhecimentos específicos na área de design de ambientes e sustentabilidade. E como objetivo específico: a análise de mobiliários para refeitórios existentes no mercado; o levantamento as necessidades dos usuários; conceitos sustentáveis; como resultado e o desenvolvimento da proposta para o refeitório da pré-escola Mundo Encantado.

A estrutura deste trabalho está organizada em cinco capítulos, sendo que o primeiro capítulo possui a introdução do trabalho, o segundo o referencial teórico que aborda conceitos de design, design de móveis, design de ambiente, sustentabilidade, ecodesign, ambiente escolar e ergonomia entre outros assuntos específicos. Já o capítulo três apresenta a metodologia e tipos de pesquisa utilizada para o desenvolvimento da proposta. O capítulo

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quatro apresenta os resultados dessas pesquisas. O capítulo cinco apresenta a conclusão do trabalho e as sugestões de trabalhos futuros, seguido de referências e apêndices.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 DESIGN

Para Danis (2000), a origem mais remota de design está na palavra latim “designare”, que tem por significado tanto desenho, quanto designar.

O termo Design podem sofre inúmeras variações, pelo fato de que abrange muitas áreas e faz parte de uma ciência muito ampla. O design, em sua essência, pode ser definido como a capacidade humana de dar forma o ambiente em que vivemos de maneira nunca antes vista na natureza, para atender às nossas necessidades e dar sentido à vida, HESKETT (2012). Em todas as suas formas de manifestação, o design influência profundamente a nossa vida, de diversas maneiras e em diferentes graus. Cardoso (2005) nos diz que o termo design é “um sítio discursivo cuja posse é disputada por diversos agrupamentos sociais e agentes culturais”. Segundo Manzini (2008), design diz a respeito a o conjunto de atividades projetuais que compreende desde o projeto territorial, também projeto gráfico, passando ainda pelo projeto de arquitetura até os bens de consumo. Design como um todo buscar desenvolver projetos para pessoas, suprindo as necessidades e demanda de mercado, procurando solucionar problemas simples e complexos, mas que sempre possam causar impacto na vida dos usuários.

Para Gurgel (2014) design, é a arte de combinar forma, linhas, textura, luzes e cores para criar um objeto ou espaço que satisfaça três pontos fundamentais: a função, as necessidades objetivas e subjetivas dos usuários e a utilização coerente e harmônica dos materiais.

De acordo com essa abordagem, Manzini (2008), considera que o design está atuando em uma sociedade na qual, segundo a sociologia contemporânea, “todos participam do projeto”, portanto torna-se necessário considerar o design como parte de um complexo sistema de concepção. Pode se apontar que os profissionais de design estão preparados para realizar desejos levando em consideração as necessidades do usuário e botando em prática conhecimentos específicos da área com a ergonomia física e métodos de projetar diferenciados. Para Fiorin (2013), o design é o elemento fundamental, responsável pelo desenvolvimento das indústrias do setor, agregando identidade e personalidade aos produtos e às empresas. O profissional de design tem a flexibilidade de trabalhar em áreas totalmente

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distintas tais como, design de móveis, design de moda, design de ambientes, design gráfico, design de serviços e design de produtos, entre outras.

Como um todo o design está relacionado à configuração de produtos, processos, serviços e seus sistemas. Buscando sempre o alinhamento entre conceitos, tecnologia, sustentabilidade, viabilidade econômica e a diversidade cultural e social.

2.2 DESIGN DE MÓVEIS

A área em destaque na proposta é o design de móveis e ambientes, que segundo (BARROSO, 2007), o design de móveis é responsável pela criação de produtos para a indústria moveleira, desempenhando papel cada vez mais importante neste setor, estabelecendo diferenciais nos produtos fabricados, não apenas em relação aos aspectos estéticos, mas também no que diz respeito à funcionalidade.

O design de móveis tem alavancado a cada ano o setor gerando empregos. O Rio Grande do Sul possui 2.750 empresas moveleiras, o que equivale a 13,3% das empresas do Brasil. Elas respondem por 18,4% do total de móveis fabricados no país e por 31,1% das exportações. Essa participação confere ao estado posição de liderança como maior produtor do país (MOVERGS, 2017). A cada ano mais e mais famílias optam por móveis desenhados exclusivamente para seus imóveis, que agregam valor as residências, tem maior durabilidade do que os similares produzidos em série e atendem as necessidades específicas de cada usuário.

O design usa a ergonomia com uma das ferramentas na hora da projetação de produtos e ambientes buscando sempre racionalização do trabalho para o aumento da produtividade, a prevenção de acidente durante o uso de produtos ou execução de tarefas, a ergonomia evitar ou minimiza a doenças que podem ser causadas, por mal-uso de objetos ou postos de trabalhos mal projetados.

A partir destes conceitos é visível a percepção da importância do design em ambientes e mobiliários projetados exclusivamente para cada tipo de usuário, voltado diretamente para suas necessidades, também o crescimento dessa área e a sua respeitável contribuição para o desenvolvimento do estado e país.

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2.3 SUSTENTABILIDADE

Nos últimos anos a palavra sustentabilidade tem-se tornado muito comum entre os discursos dos politicamente corretos, porém tem sido utilizada nos mais diferentes contextos e propósito.

A sustentabilidade tem como principal característica a habilidade de sustentar ou suportar uma ou mais condições, por algo ou por alguém. Esse conceito tem ser tornar um princípio, segundo o qual, usufruir dos recursos naturais para suprir as necessidades diárias, não pode ameaçar as necessidades das gerações futuras, que consequentemente vinculou a sustentabilidade em longo prazo.

A sustentabilidade é também a capacidade que o ser humano tem de interagir com o meio ambiente, preservando e cuidando para que as gerações futuras tenham acesso aos recursos naturais.

O desenvolvimento econômico de muitos países tem como base a industrialização, mas esse modelo de desenvolvimento, baseado no aumento dos processos indústrias, que basicamente é utilizado em tudo oque é consumido hoje, desde alimentos, automóveis, eletrônicos, vestuário entre outros produtos, esse processos tem causado grande impactos no meio ambiente, e precisa ser revisto em uma perspectiva da sustentabilidade que garanta a sobrevivência das futuras gerações.

O conceito de sustentabilidade, qual deriva daquele de desenvolvimento sustentável definido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) da Organização das Nações Unidas (ONU) e publicadas no relatório Nosso Futuro Comum, em 1987. Desenvolvimento sustentável é “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades” (CMMAD, 1991, p.46).

Para o WORLD RESOUCES (1992-1993), o processo de desenvolvimento sustentável requer a evolução simultânea de quatro dimensões consideradas críticas e inter-relacionadas como mostra a figura 1, sendo inovador no aparecimento do aspecto tecnológico. (COLAÇO, 2008).

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Figura 1: As quatro dimensões do desenvolvimento sustentável Fonte: Colaço (2008)

SACHS (2001), apud Colaço (2008), no entanto, apresenta cinco dimensões do que se pode chamar de desenvolvimento sustentável na figura 2.

Figura 2: As cinco dimensões da sustentabilidade Fonte: SACHS (2001) apud Colaço (2008).

• A sustentabilidade social – criação de um processo de desenvolvimento sustentado por uma civilização com maior equidade na distribuição de renda e de bens, de modo a reduzir a diferença entre os padrões de vida de grupos sociais.

• A sustentabilidade econômica – alcançada através da gestão e utilização mais eficientes dos recursos e de um fluxo constante de investimentos públicos e privados.

• A sustentabilidade ecológica – alcançada através do aumento da capacidade de utilização dos recursos, limitação do consumo dos combustíveis fósseis e dos produtos

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facilmente esgotáveis e não renováveis, redução da geração de resíduos e da poluição, bem como reutilização e reciclagem dos recursos limitados.

• A sustentabilidade espacial – dirigida para obtenção de uma configuração e distribuição tipo rural e urbana mais equilibrada, uma melhor e mais planejada distribuição geográfica dos grupos sociais, do patrimônio a edificar e da localização das novas atividades econômicas. Sustentabilidade

• A sustentabilidade cultural – procura por raízes endógenas de processos de modernização e de sistemas agrícolas integrados, que facilitem a geração de soluções específicas para o local, o ecossistema, a cultura e área.

A preocupação sobre o futuro da humanidade e do planeta cresce a cada ano, à probabilidade de que os recursos naturais se esgotem e que as futuras gerações passem por dificuldades, é real e se concretiza mais com o passar do tempo.

Para VEIGA (2008) “O crescimento da população e da produção não deve levar a humanidade a ultrapassar a capacidade de regeneração dos recursos e de absorção dos desejos”. Nos países do centro, tanto a produção quanto a reprodução já deveriam estar voltadas apenas à reposição. O crescimento físico deveria cessar, com continuidade exclusiva de alterações qualitativas.

O ecodesign e a sustentabilidade não estão relacionados só com o meio ambiente mais também com a sociedade, que está se adaptando a uma nova realidade, aonde preservação de recursos naturais e a consciência de cada um é essencial, afirma (MANZINI e VEZZOLI), 2002. É preciso pensar uma sociedade cujo metabolismo, isto é, capacidade de transformar recursos ambientais para satisfazer nossas necessidades materiais, seja muito diferente do que é praticado na realidade. As preocupações e ações praticadas nos dias de hoje ainda não são suficientes para a garantia de um futuro onde seja possível desfrutar de um meio ambiente saudável e rico e recursos, é preciso que mais pessoas se conscientizem com essa causa. “A sustentabilidade ambiental é um objetivo a ser seguido e não, como hoje muitas vezes é entendido, uma direção a ser seguida”. MANZINI E VEZZOLI, (2002, p. 28)

Como podemos avaliar se um produto ou solução é realmente sustentável?

O resultado que deve ser atingido para podermos, na verdade, falar de soluções sustentáveis, deve implicar em um consumo de recursos ambientais no mínimo menores que 90% inferior ao requerido pelas soluções tidas como não sustentáveis (MANZINI e VEZZOLI, 2002, p. 28).

Marisa Murta arquiteta e designer de interiores pós-graduada em Educação Ambiental, diz que base do desenvolvimento sustentável de um projeto de design de interiores

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traduz-se como detraduz-senvolvimento durável. “O adjetivo traduz-se refere à quantidade de anos que os materiais sustentáveis serão utilizados pelo usuário inicial e muitos outros, antes de serem descartados na natureza” (WEB SITE TEM SUSTENTÁVEL).

2.4 ECODESIGN

Ecodesign significa desenvolvimento sustentável de produtos com consciência ambiental (TUSCHER ET AL 2000 apud PLATCHECK,2012).

Atualmente quando falamos de sustentabilidade e design, podemos dividir o design em duas categorias o redesign e o ecodesign, esses dois conceitos podem ter interferência distintas no projeto, sobre os níveis de atuação sobre requisito de sustentabilidade ambiental, desde a redução de materiais, reutilização e biocompatibilidade até a minimização dos impactos ambientais decorrentes da avaliação de todas as fases do ciclo de vida do produto.

O desenvolvimento da consciência sustentáveis no consumidor já tem refletido na hora da compra, produtos e marcas que demostrar preocupação e tem atitudes sustentável, podem ser favorecidos no direcionamento e influência que o ecodesign traz para os produtos.

O ecodesign é recente e a prática torna-se essencial para aquelas instituições que já reconhecem que a responsabilidade ambiental é de vital importância para o sucesso a logo prazo (PLATCHECK, 2012).

Nesse ponto de vista o design deixa de ser o causado da produção em massa que preocupa tanto nos dias atuais, para ser a solução do problema, produzindo alternativas para utilização de materiais e aumentando o ciclo de vida dos produtos.

De acordo com essas afirmações, SANTOS (2008) defende que o design pode desempenhar um papel fundamental, tornando exequível a proposição de novos cenários e sistemas baseados nos requisitos da sustentabilidade e assumindo novas funções diante dos problemas socioeconômicos e ambientais.

Segundo MANZINI e VEZZOLI (2002, p. 18), “ecodesign é um modelo “projetual” ou de projeto design, orientado por modelos ecológicos, o termo muito usado hoje para definir projetos voltados a sustentabilidade”. O projeto de produtos sustentáveis tem valor agregado e cada vez mais esses produtos são introduzidos no mercado. O ecodesign tem como objetivo, produzir objetos, mobiliário, ambientes entre outros, com base em conceitos sustentáveis, sendo que alguns deles são, reduzir o uso de recursos naturais, minimizar o impacto

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ambiental, dar preferência a materiais naturais, reutilizáveis, reciclados, biodegradáveis e que redução a necessidade de manutenção, também é importante dar o destino correto para os resíduos, esses são apontamento feitos no Caderno de Sustentabilidade da RIO+20.

2.5 AMBIENTE

Gurgel (2007) acredita que o espaço que nos rodeia tem grande influência em nossas emoções e comportamentos e que essas emoções e comportamentos são coordenados através de dois comandos visuais, o inconsciente que da dica de como o nosso comportamento seria adequado ao espaço e consciente nosso background, nossa história, o modo como fomos educados, varia conforme a cultura. E é aí que é possível perceber o tamanho da responsabilidade do designer de interiores em pesquisar e em estudar os problemas que envolvem o projeto em busca de uma solução estética e funcional.

Design de interiores é o estudo que se aplica a todos os tipos de interiores sendo eles internos ou externos, comerciais ou residenciais, os profissionais da área são visto como especialista em planejar e tem toda a responsabilidade de criar ou adequar ambientes seguindo exigências básicas ergonômicas e funcionais. Um ambiente acolhedor e que respeite todos os requisitos e que todos os usuários possam desfrutar e se beneficiar dele.

O ambiente de uma escola, por exemplo, deve ser projeto especificamente baseado nas necessidades dos usuários, levando em consideração dados como à faixa etária, atividades a serem desenvolvidas no ambiente, quais os parâmetros e conceitos sobre a prática pedagógica da escola deveram ser levada em consideração na hora do desenvolvimento do projeto. A criança participa ativamente de seu desenvolvimento, por meio de suas relações com o ambiente físico e social e, principalmente, por meio de suas interações com adultos e demais crianças. A criança explora, descobre e inicia ações em seu ambiente; selecionam parceiros, objetos e áreas para suas atividades, mudando o ambiente através de seus comportamentos (CAMPOS DE CARVALHO, 1998, p. 126).

Desenvolver um ambiente moderno, aconchegantes e com usabilidade é o desafio do projeto. Seguir os conceitos de sustentabilidade e aplicar o ecodesign é o objetivo principal da proposta.

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2.5.1 Ambiente Educacional

O ambiente educacional está diretamente influenciando na qualidade do ensino, o espaço físico de uma escola deve contribuir para ensaio e facilitar o trabalho dos educadores. Um espaço organizado, limpo e atraente é uma ferramenta educativa que pode estimular a sensibilidade e a criatividade do aluno. O desafio diário para a escola e educadores é que esses ambientes possam sempre ser inovadores e atraentes.

Todo o ambiente da escola deve servir para educar e é de suma importância para o desenvolvimento da aprendizagem infantil. (LUANA NORONHA, 2015 apud PORTELA 2001):

[...] tudo na escola deve ser feito para educar. Assim, a sujeira deseduca, o abandono deseduca, a desorganização deseduca. Por outro lado, a limpeza peduca, a organização educa, as paredes educam, os quadros educam, as plantas educam. Por isso a estrutura física é importante para a visualização da seriedade do processo e da concepção que se tem da escola (PORTELLA, 2001, p. 175).

O projeto de um ambiente para crianças tem como propósito instigar, desenvolver, ensinar, segundo as normas do Ministério da Educação, os padrões de Infraestrutura, para instituições de educação infantil. A importância de projetar um ambiente voltado para crianças, baseado em estudos de vários autores mostra que, desenvolver ambientes a grupos de crianças, “expressam a filosofia educacional e qualidade dos cuidados”. Para Alegre (2012), o modelo arquitetônico configura uma pedagogia, assim como, do mesmo modo, os conteúdos pedagógicos são os que dão qualidade ao espaço.

O ambiente voltado para educação infantil deve ter como requisito e objetivo de projeto, um espaço que contribua para socialização, desenvolvimento e aprendizagem, que promova a criatividade, a aventura, o desafio e a interação criança-criança e criança-adulto.

Na abordagem sócia histórica, desenvolvimento [...] é compreendido como movimento, isto é, processo dinâmico onde a criança e todos os que convivem com ela, seus outros sociais, estão em constante processo de mútua transformação, num mundo (momento presente) em mudança [...] (VASCONCELLOS, 2002).

As orientações técnicas da Unesco (1998; 2001), dizem que o prédio escolar deve ser seguro e atraente em termos de seu projeto global, funcionalidade no layout; deve dar condições para que seja efetivamente possível um ensino efetivo, atividades extracurriculares em especial em áreas carentes e rurais atuando como um centro comunitário.

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A estruturação do espaço, a forma como os materiais estão organizados, a qualidade e adequação dos mesmos são elementos essenciais de um projeto educativo. Espaço físico, materiais, brinquedos, instrumentos sonoros e mobiliários não devem ser vistos como elementos passivos, mas como componentes ativos do processo educacional que refletem a concepção de educação assumida pela instituição. Constituem-se em poderosos auxiliares da aprendizagem (MEC/SEF, 1998, p. 69).

O Ambiente soma na educação e também pode contribuir com que os alunos possam ter uma boa alimentação dentro de um espaço adequado, à proposta é baseada nesses conceitos de que tudo na escola é feito para ensinar. O ambiente a ser desenvolvido para refeitório escolar deve estigmar a imaginação e curiosidade dos alunos, exigindo ao máximo desenvolver a partir desse ambiente de convivência apreciação dos alimentos e introduzir a partir do ecodesign a educação sustentável no dia-a-dia dos alunos.

2.6 ERGONOMIA

Pode-se inferir que a ergonomia nasceu informalmente a partir do momento em que o homem primitivo construiu seus primeiros objetos para garantir sua sobrevivência (design de objetos rudimentares, como aramas, utensílios, moradia, ferramentas, vestimentas, veículos, etc.) fazendo uso apenas de sua intuição criativa e bom senso. Assim, ao longo do tempo, foram criados e desenvolvidos incontáveis de objetos, cada vez mais bem elaborados. (GOMES, 2003).

A necessidade de projetar objetos adequados, para suprir determinadas tarefas, fez com que a ergonomia surgisse, logo após a II Guerra Mundial, fazendo a ligação homem máquina, onde já se via a importância da adequação do produto ao usuário, melhorando a usabilidade dos produtos.

Segundo MORAES; MONT’ALVÃO (2000), o desempenho do homem no trabalho é cada vez mais complexo e a ergonomia ampliou progressivamente o campo a semiótica, a antropologia e a sociologia passaram a fazer parte do acervo de conhecimento do ergonomista.

A IEA (2000) define a ergonomia (ou fatores humanos) como uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos de um sistema que aplica teorias, princípios, dados e métodos a projetos de modo a aperfeiçoar o bem estar humano e a desempenho do sistema por completo.

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– Ergonomia física - trata das características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica, relacionados com a atividade física. Esta área abrange o estudo da postura no trabalho no manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo esqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de postos de trabalho, segurança e saúde do trabalhador. – Ergonomia cognitiva - destina-se a estudar os processos mentais, como a percepção, memória, raciocínio e resposta motora, relacionados com as interações entre as pessoas e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem a carga mental, tomada de decisões, interação homem-computador, estresse e treinamento.

– Ergonomia organizacional – destina-se ao estudo e melhoramento dos sistemas sócio técnicos, abrangendo as estruturas organizacionais, políticas e processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, projeto de trabalho, programação do trabalho em grupo, projeto participativo, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele trabalho e gestão da qualidade (IIDA (2005, p. 3).

A aplicação da ergonomia física no setor moveleiro e de interiores traz um diferencial competitivo aos projetos, projetando móveis e ambientes em conformidade das necessidades do usuário, dando maior importância a suas limitações e habilidades, sobretudo apresentando produtos que supram as suas necessidades e que sejam seguros.

Sendo assim é responsabilidade do designer, ter conhecimento do ambiente, da tarefa e das limitações dos usuários que iram executar. A análise da tarefa, trabalho prescrito, consiste em observar as formas como o usuário utiliza o objeto, podendo prever possíveis problemas de uso ao realizar esta verificação (GOMES, 2003).

Priorizar em um projeto segurança, conforto, psicológica e outros benéficos práticos, é possível através do uso da ciência da ergonomia. Logo quando falamos em ergonomia, nos vem a cabeça ambiente trabalho, escritório, empresas, faculdade, cozinhas entre outros, enfim locais aonde utilização seja por adultos, como se a ergonomia fosse aplicada e utilizada somente na vida adulta. Pelo contrário a aplicação da ergonomia na infância é tão importante quanto na vida adulta.

2.6.1 Ergonomia e o Ambiente Escolar

A infância é a principal fase do desenvolvimento psicomotor de um indivíduo, a má postura pode, inclusive, comprometer a mobilidade e demais capacidades motoras da criança. A postura submete-se as características anatômicas e fisiológicas do corpo humano, ligando-se às limitações do equilíbrio e obedecendo as leis da física e da biomecânica (GOMES, 2003).

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O ensino é fundamental na vida de uma criança, tendo iniciação desde a pré-escola, além dos conhecimentos teóricos, na pré-escola aonde a criança se prepara para as séries iniciais do ensino fundamental, é estimulado também o desenvolvimento físico, desenvolvendo capacidades importantes, crescimento saudável para o futuro das crianças.

A ergonomia estuda a adequação do trabalho ao ser humano, sendo assim contribuir para a melhoria de processos, produtividade, ambiente de trabalho, dentre outros. A ergonomia no meio escolar é um campo de estudo que tem muito a contribuir no que se refere à prática pedagógica. Ajudando no desenvolvimento de atividades, melhorando o rendimento escolar e qualidade de trabalho do professor.

Os problemas ergonômicos relacionados a esses fatos dizem respeito ao conforto, à segurança e à facilidade de acomodações e/ou operacionalidade de determinados objetos (GOMES, 2003). Surgindo à necessidade de adaptar os produtos e ambientes aos usuários desde a infância.

Adaptar um ambiente exclusivo para crianças é extremamente importante, as crianças e adolescentes dos países mais desenvolvidos passam cerca de 20% de suas vidas em salas de aula. Nos países menos desenvolvidos, essa percentagem é menor, mas nem por isso a pesquisa em ergonomia do ensino deixa de ser menos importante (IIDA, 2005).

Ter conhecimento das medidas do corpo humano é determinante, na hora de projetar um objeto ou ambiente, seja escolar, posto de trabalho, casas e todos os tipos de ambientes desenvolvidos para pessoas. Segundo NEUFERT, (1998), é importante que os projetistas saibam por que se adotam certas medidas que parecem ser escolhidas ao acaso, quando, na verdade, elas estão relacionadas com as medidas antropométricas do homem e o espaço que ele utiliza para se deslocar e descansar, a figura 3 a seguir mostra as variações de medidas do corpo humano em postura estática.

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Figura 3: Principais variáveis usadas em medidas de antropometria estática do corpo Fonte: IIDA (2005)

De acordo com KRAUSE (2012), uma avaliação corporal completa engloba a coleta de dados antropométricos. Isso incluindo comprimento corporal ou estrutura, massa corporal e peso por estrutura ou IMC, todos os quais estão no gráfico de crescimento do Center for Diasease Control na Prevention (CDC).

Segundo IIDA (2005), a antropometria trata das medidas do corpo humano. Também estuda as dimensões físicas do ser humano com sua habilidade e desempenho ao ocupar um espaço em que ele realiza várias atividades, utilizando-se de equipamento e mobiliários adequados para o desenvolvimento das mesmas (APUD, JULIANA MENDES DE OLIVEIRA, 2010).

Para desenvolver um ambiente para crianças há a necessidade de um estudo sobre suas medidas corporais para melhor adequar o ambiente e os móveis a elas. Além das medidas do corpo também será necessários dados com a proporção dos acentos e mesas, para que os alunos possam se sentir confortável na hora de realizar as refeições já que a proposta se trata de um refeitório.

Até a data, não houve muitos dados antropométricos da população de crianças disponível para arquitetos e designers, portanto não se pode ignorar a sua importância no design de móveis e ambientes internos em geral mais com atenção maior para os ambientes pré-escolares e escolares. A necessidade urgente de ter informações é que a segurança e

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conforto são primordiais para o projeto, devido ao nexo entre móveis inapropriados e os acidentes que acontecem (PANERO, 1984).

A importância de dados e fontes seguras sobre a antropometria infantil é importantíssima, móveis e ambientes para crianças, a segurança e conforto depende as informações obtidas no levantamento de dados que partir deles pode-se aumentar a segurança e conforto dos móveis e ambientes projetados, a partir dos dados corretamente coletados. Na figura 4, medidas antropométricas de crianças de 6 a 11 anos.

Figura 4: Estrutura infantil. Fonte: PANERO, 1984.

A figura 4 compila dados antropométricos em função das medidas do corpo de meninos e meninas americanos de 6 a 11 anos no período de 1963 a 1965. Esta informação, apesar de ser mais estrutural do que funcional, não perde a sua utilidade para o designer (PANERO, 1984).

Os dados antropométricos variam de país para país, mas a partir dessas medidas pode-se ter noção das medidas do público alvo a pode-ser pesquisadas, crianças de 2 a 5 anos de idade, estudantes da escola de E. Infantil Mundo Encantado.

Segundo (PANERO, 1984), ao usar como modelo esses desenhos, tabelas, matrizes, tabelas e textos, o designer de espaços interiores deve ser capaz de definir os requisitos

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dimensionais necessários para responder às necessidades antropométricas inerentes a qualquer classe de situação em que entre o corpo humano e o espaço. Como mostra a figura 5, baseada nos dados antropométricos.

Figura 5: Acentos. Fonte: PANERO, 1984.

A NBR 14006/2003 – “Móveis escolares: assentos e mesas para conjunto aluno de instituições educacionais”, que regulamenta esse tipo de mobiliário no Brasil.

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Figura 5: Referências gráficas e tabela dimensional da NBR 14006 da ABNT. 1997 As classes realçadas em laranja referem-se às dimensões características dos alunos em idade correspondente ao ensino fundamental.

Fonte: NBR 14006/2003.

Na posição sentada, o corpo entra em contato com o assento, praticamente só através da sua estrutura óssea. Esse contato é feito praticamente por dois ossos de forma arredondada, situados na bacia chamados de tuberosidades isquiáticas, que se assemelham a uma pirâmide invertida, quando visto de perfil. As tuberosidades são cobertas apenas por uma fina cama de tecido muscular e uma pele grossa, adequada para suportar grandes pressões. Em apenas 25 cm² de superfície da pele sob essas tuberosidades concentram-se 75% do peso total do corpo (IIDA, 1990, p. 139).

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2.7 EDUCAÇÃO INFANTIL

Educação Infantil é a fase que envolve crianças de 0 a 6 anos de idade, considerada a primeira etapa da Educação Básica. Seu objetivo é o desenvolvimento integral das crianças, ou seja, não apenas o cognitivo, mas também o físico e o sócio emocional.

O Objetivo da educação, atualmente a escola está diretamente ligada no desenvolvimento não só da educação, mas do caráter dos alunos, seu propósito maior é preparar cidadãos para mundo, com consciência e atuantes na sociedade. A escola tem trabalhado como elemento de transformação social, presando pelos valores socioculturais e desenvolvendo ações juntamente com a comunidade.

Segundo MORIM (2001), a educação deve contribuir para a formação da pessoa e ensinar como se tornar cidadãos.

2.8.1 Refeitório

No Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (BRASIL, 1999), o espaço físico na educação Infantil deve ser arranjado de acordo com as necessidades e características de cada faixa etária, levando-se em conta os diversos projetos e atividades que estão sendo desenvolvidos. A qualidade e a quantidade de objetos, brinquedos e móveis presentes no ambiente são poderosos instrumentos de aprendizagem e um dos indicadores importantes para a definição de práticas educativas de qualidade em instituição de educação infantil (p. 146).

Segundo BOOG (1998), o conceito de educação nutricional é “uma busca compartilhada entre educador e educando, de novas formas e novos sentidos para o ato de comer, que se processa em determinado tempo e local, através da interação e do diálogo, por meio da qual se almeja a qualidade e a plenitude do viver” APUD, ROBERTO PASTANA TEIXEIRA LIMA (2004).

A área destina a destruição das refeições de uma escola, além de constituir um espaço para alimentação, deve ainda possibilitar a socialização e a autonomia das crianças.

O espaço físico não apenas contribui para a realização da educação, mas é em si uma forma silenciosa de educar. Como afirma Antônio Viñao Frago, referindo-se ao espaço escolar, este não é apenas um “cenário” onde se desenvolve a educação, mas sim “uma forma

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silenciosa de ensino” (Frago, 1995, p. 69), APUD, Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil (2006).

Na figura 9 é possível analisar um padrão utilizado por escolas, mesas coletivas com cadeiras individuais.

Figura 9: Refeitório escolar.

Fonte: Prefeitura Municipal de Nazaré.

Recomenda-se que seja o refeitório seja articulado com a cozinha, contando com mobiliário móvel, que viabilize diferentes organizações do ambiente. Deve seguir o dimensionamento de 1 m² por usuário e capacidade mínima de 1/3 do maior turno, 3 uma vez que não é necessário nem recomendável que todas as crianças façam as refeições ao mesmo tempo (BRASIL, 2006).

O MEC faz recomendações quanto ao espaço físico dos refeitos escolares.  Localização: andar térreo;

 Paredes: revestimentos de fácil limpeza e resistentes;

 Pisos: os pisos utilizados devem suportar tráfego intenso, serem de fácil limpeza e higienização;

 Janelas com abertura mínima de 1/5 da área do piso, permitindo a ventilação e a iluminação natural, possibilitando visibilidade para o ambiente externo, com peitoril de acordo com a altura das crianças, garantindo a segurança;

 Portas que possibilitem, sempre que possível, sua integração com a área externa e o pátio coberto, de maneira que possibilitem maior flexibilidade de uso dos espaços;

 Higiene: contar com pelo menos um lavatório de mãos para as crianças, que deve ser acessível, mantendo-se uma altura em torno de 60 cm;

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 Prever bebedouros com altura apropriada às crianças.

2.8.2 Alimentação Infantil

Segundo Cecon (1988), durante os primeiros anos de vida, é importante que a criança seja seguida de perto e estimulada a desenvolver suas potencialidades. É também neste período que uma alimentação equilibrada e sadia faz-se necessária para construir uma base sólida sobre a qual a criança vai se desenvolver futuramente. Está provado que uma carência de vitaminas pode resultar em handicaps ao nível da inteligência. Com isso ao chegar a escola, algumas crianças terão sérias dificuldades em seguir as demais (apud DESNUTRIÇÃO INFANTIL: FATOR QUE INFLUÊNCIA NA APRENDIZAGEM, 2013)

A infância é um período de grande desenvolvimento e é expressiva principalmente nos três primeiros anos de vida, além do desenvolvimento físico é um período onde a criança se desenvolve mentalmente, psicologicamente e tem mudanças em seu comportamento. Essa fase requer cuidados especiais, principalmente no que diz a alimentação, uma alimentação adequada trás benefícios ao desenvolvimento por um todo.

Segundo KRAUSE (2012), como as crianças estão crescendo e desenvolvendo ossos, dentes, músculos e sangue, elas precisam de alimentos em porções ao seu tamanho, mais nutritivos que os adultos.

Segundo BENETTI (2014), as necessidades diárias de energia variam de acordo com o sexo e idade e podem ser calculadas por diferentes métodos, a figura 10 apresenta recomendações propostas pela OMS em 2004.

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Figura 10: Necessidades diárias de energia para cada criança em idade escolar. FONTE: Curso Didático de nutrição (2014).

Devido à realidade de muitas famílias do município, em alguns casos essa alimentação saudável e adequada, a família não tem condições de disponibilizar, por isso a importância da escola no apoio e assistência para os alunos. Quando uma criança chega à escola em jejum, normal que fique sonolenta e que não consiga se concentrar, segundo a coordenadora-geral de, Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime, a alimentação saudável é fundamental para o grau de concentração da criança, o que impacta na capacidade de assimilar o conhecimento e de participar das atividades em sala de aula, MINISTÉRIO DA SAÚDE, (2013).

A educação não começa na escola. Ela começa muito antes e é influenciada por muitos fatores. Ao longo do seu desenvolvimento físico e intelectual a criança passa por várias fases nas quais a escola da vida, isto é, o ambiente familiar, as condições socioeconômicas da família, o lugar onde se mora o acesso aos meios de informação, têm importância muito grande (CECON, p. 86, 1988).

As escolas do Brasil contam com um programa desenvolvido diretamente para repasse de verba para escolar destinas à alimentação, o Programa Nacional de Alimentação na Escola (PDDE), o objetivo desse programa é prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da Educação Básica das redes municipais, estaduais e do Distrito Federal, além das escolas privadas de Educação Especial mantida por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público BRASIL, (2017).

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O Repasse é feito diretamente do estado para as escolas a partir Censo Escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), e é definido por modalidade, etapa do ensino e por dia letivo de cada aluno, em especial o nosso caso da Escola Mundo encantado, recebe por aluno o dia, R$ 0,53 para turno parcial e por aluno em tempo integral R$ 2,00 por dia.

É importante observar que o cardápio escolar deve ser elaborado por nutricionista, respeitando os hábitos alimentares locais e culturais, atendendo as necessidades nutricionais específicas, conforme percentuais mínimos estabelecidos no artigo 14 da Resolução nº 26/2013.

Muitos alunos da escola fazem as principais refeições do dia ali, alguns por estarem em tempo integral e outros pelo fato que as famílias não têm condições de disponibilizar todas as refeições necessárias para uma criança. Os programa e subsídios são essenciais para que as escolas possam dispor de um cardápio saudável e assim contribuir ainda mais para o desenvolvimento dos alunos.

2.9 MATERIAIS

Do ponto de vista dos recursos materiais, existe sempre uma grande vantagem em utilizar os materiais mais duráveis e permitir aos edifícios um maior tempo de vida útil possível. De uma forma simplificada pode dizer-se que, será tolerável o dobro dos impactos ambientais num produto que dure 50 anos, comparado com um produto que dure 25 (COLAÇO, 2008).

Segundo Colaço (2008), a utilização de materiais duráveis permite a redução das matérias primas utilizada, desde que se assegurem durabilidades iguais a todos componentes de um mesmo sistema construtivo, de maneira a não comprometer os materiais de maior durabilidade pela existência dos de menor durabilidade. Se for inviável a utilização de materiais de durabilidade igual, pelo tipo de material, então, a substituição dos materiais menos duráveis será fácil. O tempo de vida útil depende de três fatores (COLAÇO, 2008):

• O material em si, pela sua estrutura física e composição química.

• A construção e a sua execução, onde e como o material é colocado no edifício; • O ambiente local, o clima e outras condições físicas e químicas.

BROWN e FARRELLY (2014), sintam a importância de conhecer os materiais, de não seguir somente pelo intuito, e poder compreender adequações e variações e cada. Saber a

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fundo quando, por exemplo, o material escolhido é do tipo frágil ou durável, se acusticamente absorve ou ressonante.

Ter propriedade sobre os processos de fabricação de móveis e revestimento também é uma variante para que o designer possa realizar a melhor escolha, levando em consideração aspectos econômicos, ciclo de vida e descarte posteriormente.

O designer industrial, seja numa equipe ou individualmente, é responsável pela aparência e forma de um produto. Se a forma de um produto é de algum modo resultante de como é fabricado, resulta que o design deve ter um bom entendimento de todos os processos de fabricação disponíveis, de maneira que o método de fabricação proposto é mais econômico e apropriado. (LESKO, 2012).

A reutilização de matérias pode evitar a poluição do meio ambiente e traz muito benefícios, aumentando a vida útil dos materiais, hoje, um terço do lixo doméstico é composto por embalagens. Cerca de 80% das embalagens são descartadas após usadas apenas uma vez. Como nem todas seguem para reciclagem, este volume ajuda a superlotar os aterros e lixões, exigindo novas áreas para depositarmos o lixo que geramos. Isso quando os resíduos seguem mesmo para o depósito de lixo, Manual de Educação - Consumo Sustentável (2015), na tabela 1 abaixo o tem em média da decomposição de alguns materiais.

Material Tempo de decomposição na natureza

Papel De 3 a 6 meses

Tecidos De 6 meses a 1 ano

Metal Mais de 100 anos

Alumínio Mais de 200 anos Plástico Mais de 400 anos

Vidro Mais de 1000 anos

Tabela 1: Decomposição dos materiais Fonte: Mistério do meio ambiente. 2.9.1 Madeira

Material natural é todo aquele extraído pelo homem da natureza, de forma planejada ou não sendo que para a sua utilização artesanal ou industrial não tenha havido modificações profundas em sua constituição básica, LIMA (2006).

Pensado do ponto de vista sustentável, a reutilização da madeira pode evitar o desmatamento e dar um tempo de vida útil maior para o material. A madeira de demolição é

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considerada pelos profissionais do setor como o queridinho do momento pela versatilidade e charme. É uma matéria prima que pode ser utilizada tanto nas estruturas, como na decoração de projetos residenciais e corporativos, conferindo um ar rústico e marcante aos ambientes. O produto é adaptável a áreas internas e externas, estando presente em móveis, acessórios e revestimentos variados. “Ela combina com qualquer outro material, como o aço inox, o alumínio, o ferro, o vidro, pedra, tecido e outros, ressaltando suas qualidades. O efeito das aplicações é maravilhoso”, segundo PEROBA ROSA (2016). A figura 11 mostra aplicação da madeira de demolição em ambiente interno.

Figura 11: Painel de madeira de demolição Fonte: Website decoração e paisagismo (2016).

2.9.2 Polímero

Segundo LIMA (2006), os polímeros são dotados de baixa densidade, resistência química e capacidade de isolamento elétrico e térmico e, o que neles mais fascina os profissionais de projeto é a facilidade de transformar, em especial capacidade de adquirir diferentes formas.

Em 2012, 6,5 milhões de toneladas de resinas termoplásticas foram consumidas. No Brasil, o maior mercado é o da reciclagem primária, que consiste na regeneração de um único tipo de resina separadamente. Um mercado crescente é o da chamada reciclagem secundária: o processamento de polímeros, misturados ou não, entre os mais de 40 existentes no mercado CEMPRE (2016), na figura 12, a abaixo o acúmulo de polímero nos aterros.

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Figura 12: Acúmulo de plástico. Fonte: StyloUrbano (2016)

Na proposta a ser desenvolvida o desejo é reutilizar o politereftalato de etileno – PET, que são encontrados nas embalagens de produtos alimentícios, farmacêuticos, cosméticos, fibras, filmes para radiografia, bandejas etc. As propriedades genéricas desse material são resistência elevada, térmica e química (insolúvel em todos os solventes comuns) possibilidade de ser praticamente amorfo, LIMA (2006).

2.9.3 Metais

A utilização de metais pelo homem teve início no período compreendido entre 5000 e 4000 a.C. com destaque para o ouro e o cobre que podiam ser encontrados em quantidade relativamente abundante e, além da facilidade de extração eram fáceis de transformar, LIMA (2006).

Os metais são de grande resistência e de fácil moldagem, são utilizados em estruturas embalagens e equipamentos em geral. Os metais são classificados em dois grandes grupos, os ferrosos que são com postos basicamente por ferro e aço e os não-ferrosos.

Os metais possuem características muito interessantes: • não deixam passar luz (opacos);

• conduzem bem a eletricidade e o calor;

• possuem um brilho especial, chamado de metálico;

• quando aquecidos são maleáveis, permitindo moldagem em várias formas, desde fios até chapas e barras.

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Atualmente, são ou estão disponíveis, e vários tipos disponíveis de metais utilizados para muitos fins, mas em especial o aço e o alumínio são utilizados e descartados mais facilmente pelo fato de a população ter acesso mais fácil,

O uso dos metais no dia-a-dia é muito comum, pois estão presentes em utensílios domésticos, embalagens, equipamento em geral o descarte desses produtos também consequentemente muito comum. Os metais são 100% reciclados, e podem ser utilizados infinitamente, pois os materiais reciclados têm praticamente todas as características que o metal comum, por exemplo, o aço que está presente constantemente na vida das pessoas, pode ser reciclado quantas vezes forem necessárias e não perde suas características.

A reciclagem e reutilização dos metais reduzem a extração de mais matéria prima da natureza e também evita que os menos poluam e parem em aterros e rios por exemplo. Na figura 13, ó exemplo de uma luminária feita de lacre de lata de refrigerante.

Figura 13: Exemplo de reutilização de metal Fonte: Somando Conhecimento (2014)

2.9.4 Mobiliário e Revestimento

Projetar um ambiente acolhedor e funcional tem tudo haver com a escolha do mobiliário, o conhecimento sobre o uso de matérias facilita para o profissional de design, na hora da tomada de decisão.

Quando, por exemplo, é falado de madeira, logo se lembra de rusticidade, um ambiente aconchegante e acolhedor pode ser representado a partir da escolha de materiais

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com estilo rústico, como mostra a figura 14, móveis em madeira, acabamentos em pedra e tijolos de barro trazem rusticidade ao ambiente, esse é um exemplo claro da utilização de materiais e mobiliário como propósito.

Figura 14: Ambiente rústico Fonte: Casa Cor

O revestimento com tal tem grande importância na concepção de um projeto, ter conhecimento avançado sob as matérias é indispensável. Os revestimentos não passam mais como um mero detalhe no projeto, mas sim como uma importante variável, sendo que deve ser pensado e planejado desde a concepção do projeto.

Devido a procura o mercado hoje dispõem de uma grande variedade de produtos, o segredo é saber escolher qual o com maior funcionalidade para determinado ambiente. Não pensado na estética e acabamento do ambiente para oque os revestimento podem trazer de benefícios, como temperatura, iluminação e acústica.

A responsabilidade do projeto é toda do designer, responsabilidade está que não recai somente nos aspectos estéticos, mas principalmente em reponsabilidades como sociais, ambientais entre outras tão importantes quanto. Projetar com consciência e conhecimentos são primordiais na área de design de ambientes.

O ambiente escolar como um todo deve oferecer, segurança e conforto, a escolha dos materiais e revestimento é crucial para o projeto ser bem sucedido, a partir dessas preocupações o Mistério da Educação traz alguma recomendações de materiais e revestimentos adequados para o ambiente escolar, MEC (2004).

Paredes: com a altura de 2,00 metros do piso, devem ser usados revestimentos antiácidos, de fácil limpeza e de material resistente (azulejos). Acima de 2,00 metros, podem ser apenas impermeabilizadas com tinta higroscópica de cores claras.

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Portas e janelas: As portas de acesso devem ser amplas (largura mínima de 1,00 metros e altura mínima de 2,00 metros). As janelas devem estar situadas de maneira que proporcionem uma boa iluminação natural, ser uniformemente distribuído, sem deixar sombras sobre as áreas de trabalho, e nunca ter incidência direta de luz natural, devendo ainda ser teladas.

Pisos: Os pisos utilizados devem suportar tráfego intenso e pesado, ser antiácido e antiderrapante e de fácil limpeza e higienização.

Teto: Deve ser de fácil limpeza, resistente a temperatura e impermeável ao vapor.

2.9.5 Cor

A cor é uma propriedade incrivelmente importante de nosso mundo visual, ainda que seja muito difícil descrevê-la. Ela não somente é difícil definir, como tampouco existe da maneira como costumamos acreditar que ela seja (INNES 2014). Por meio dos comprimentos de onda é possível observar a sensação da cor, a famosa experiência de Isaac Newton com a luz do sol e os prismas, produzindo todas as cores do arco-íris e mostrando que a luz branca é misturas de todas as cores.

Luz e cor e cor não devem ser pensadas independentemente. A quantidade, o tipo e qualidade de luz podem alterar completamente uma cor. Determinada cor pode alterar completamente a quantidade, o tipo e qualidade de luz, incidente e refletida sobre ela. Por tanto devem ser pensada em conjunto, GURGEL (2014).

Segundo SILVEIRA (2011), os aspectos físicos definem a cor como uma sensação percebida em certas organizações nervosas a partir do estímulo da luz, isto é a cor seria o resultado da ação da luz sobre os olhos primeiramente. A partir desse estudo não pode se afirmar que os objetos tenham cor própria, que a cor que percebermos de cada um não passa de raios de luz, parte que absorvidos e parte refletidos.

A cor não tem existência material: é apenas sensação produzida por certas organizações nervosas sob a ação da luz, mais precisamente, é a sensação provocada pela ação da luz sobre o órgão da visão: a luz (objeto físico, agindo como estímulo) e o olho (aparelho receptor, funcionando como decifrador do fluxo luminoso, decompondo-o ou alterando o através da função seletora da retina) (PEDROSA, 2003).

As cores têm papel intenso em nosso dia-a-dia, podem representar a definição do humor, estilo, estado espiritual etc. Também é a partir das cores que as crianças aprendem

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antes mesmo de serem alfabetizadas. O reconhecimento de que a cor é tão-somente uma sensação coloca-a no campo das especulações psicológicas, possibilitando a aprofundamento do estudo das relações entre estímulos e componentes fisiológicos, para maior conhecimento dos dados sensitivos e perceptivos e sua influência nos reflexos conscientes e inconscientes de carácter emocional moral, PEDROSA (2009).

Segundo Farina (2006), as cores podem agir diretamente na forma como nos sentimos em determinado ambiente, podendo nos trazer sensações positivas ou negativas:

As cores influenciam o ser humano, e seus efeitos, tanto de caráter fisiológico como psicológico, intervêm em nossa vida, criando alegria ou tristeza, exaltação ou depressão, atividade ou passividade, calor ou frio, equilíbrio ou desequilíbrio, ordem ou desordem etc. As cores podem produzir impressões, sensações e reflexos sensoriais de grande importância, porque cada uma delas tem uma vibração determinada em nossos sentidos e pode atuar como estimulante ou perturbador na emoção, na consciência e em nossos impulsos e desejos (FARINA, 1990, p. 2).

Figura 15: Segue abaixo alguns significados psicológicos das cores. Fonte: FARINA 2006.

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Segue abaixo alguns significados psicológicos das cores segundo Farina (2006): 2.10 ILUMINAÇÃO DE AMBIENTES

Um projeto bem pensado de ambientes está ligado diretamente com ama iluminação, a iluminação é uma das principais ferramentas utilizadas para iludir nosso olhar, simular alterações nos espaços ou ainda tapear nossos sentidos (GURGEL, 2014).

Hoje são usados basicamente dois tipos de iluminação, a natural que deriva da luz solar e a artificial que é gerada por energia elétrica. A luz solar é essencial para saúde e bem-estar do ser humano, e tem a capacidade de variar durante o dia, pela manhã e ao entardecer ela tem tonalidade avermelhada, e emitindo uma luz mais quente, durante o meio dia emite cores mais frias. A seguir como mostra a figura 15, um exemplo de ambiente utilizando luz natural.

Figura 15: Iluminação Natural Fonte: Casa Vogue.

As luzes artificiais (lâmpadas) são disponibilizadas em uma vasta gama de tipo, formato, wattgens, voltagens. Por isso a facilidade de escolher as que melhor se adaptam ao projeto. Como mostra a figura 16, um esquema de iluminação artificial.

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Figura 16: Iluminação residencial e artificial. Fonte: Casa Vogue

O principal requisito para definir adequadamente um sistema de iluminação exige muito estudo e pesquisa, pensando desde as características de execução do teto, piso e cores do ambiente, a melhor posição para as instalações e quais as limitações que possam reduzir a eficiência do sistema.

De acordo com Pearson (1963), sobre a iluminação que classifica como uma exigência básica diz “cuidar da iluminação natural em todas as direções e da artificial com uma instalação elétrica suficiente, fácil de manusear e fora do alcance das crianças”.

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) possui varias normal e regras, para o sistema de iluminação e luminotécnica, uma delas é a, NBR 5413(1992), Iluminação de interiores, fixa parâmetros e conceitos que devem ser levadas em consideração com o intuito de tornar os ambientes confortáveis no que se refere a utilização de iluminação artificial de forma eficiente, além de auxiliar na escolha do melhor tipo de lâmpada das várias existentes no mercado e aferir e fixar parâmetros para seus devidos desempenhos. Uma boa iluminação é analisada a partir de vários fatores como, o tipo de atividade a ser executada e do observador. Os fatores influenciadores são: a velocidade e precisão do trabalho a ser realizada, a idade dos usuários e a refletância do fundo da tarefa.

O ambiente escolar em especial o refeitório escola deve dispo de um esquema de luz aconchegante e de temperatura baixa pode haver uma variação na quantidade muita ou pouca luz, mas sempre na faixa de 3000k (SILVA, 2009).

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