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Revisão Metodológica da Contabilização dos Fluxos de Exportação e Importação Brasileira de Bens

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Academic year: 2021

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Revisão Metodológica da

Contabilização dos Fluxos de

Exportação e Importação

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Fundamentação e recomendação internacional

• Toda a compilação das estatísticas de comércio exterior brasileiro, incluindo revisões, são orientadas pelas recomendações do manual de referência, International

Merchandise Trade Statistics (IMTS-2010), das Nações Unidas, conforme consta na

Portaria SECINT nº 7.017, de 11 de março de 2020. A observância do IMTS-2010 também é recomendada pela OMC e OCDE.

• Segundo o IMTS-2010, (item C “Revisão de Dados”, tópico 10.11), existem diferentes motivos para revisões, que podem ser classificadas em dois tipos:

(a) revisões rotineiras ou normais – realizadas pela SECEX semanalmente, mensalmente e

anualmente, conforme descrito no Manual de Uso dos Dados Estatísticos do Comércio Exterior Brasileiro, item 5, “Temporalidade e Revisão dos dados”; e

(b) revisões principais ou especiais - mais raras, realizadas em intervalos de tempos mais longos, sem um cronograma específico. Conforme descrito no IMTS-2010, os serviços responsáveis pela produção e divulgação estatística podem decidir proceder a uma revisão especial, para além das revisões rotineiras, com o propósito de reavaliar os dados ou aprofundar a compilação para

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Objetivos da presente revisão metodológica

• Reavaliar o critério de cobertura estatística do REPETRO e demais regimes

aduaneiros, como o RECOF;

• Revisar o critério de cobertura de importações de energia elétrica;

• Implantar análise de outliers estatísticos nas importações;

• Obter as últimas versões de registros aduaneiros de importação;

• Divulgar dados de frete e seguro nas importações para compor estatísticas a

valores CIF (Cost Insurance and Freight);

• Reduzir distorções nas informações de “via de transporte” nas estatísticas de

exportação;

• Equalizar metodologia de contabilização de UF nas estatísticas de importação;

e

• Compatibilizar a série histórica de importação com os novos dados que

serão produzidos pelo Portal Único de Importação.

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Fatores que possibilitaram a revisão

• Maior cooperação técnica entre SECEX e SRFB após aproximação

das pastas com a criação do Ministério da Economia;

• Publicação da Portaria SECINT nº 7.017, de 11 de março de 2020;

• O fim do Regime REPETRO;

• A iminência de funcionamento massivo do Portal Único

Importação; e

• Necessidade de revisão do critério de cobertura de importações

de energia elétrica para harmonização dos dados com Banco

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Marco normativo

• Portaria SECINT 7.017, de 11 de março de 2020

• "Parágrafo único. Outras fontes de informação poderão ser utilizadas para complementar as estatísticas de comércio exterior, tais como:​

• I - levantamentos, estimativas e pesquisas estatísticas;​

• II - registros de outros entes relacionados ao comércio exterior;"​

• "§ 3º Após o decurso do período a que se refere o § 2º, alterações de informações de períodos já decorridos poderão se dar em razão de reprocessamentos eventuais, conforme estabelecido no art. 4º, IV."​ • "Art. 4º As seguintes regras serão observadas na produção estatística:​

• (...) IV - atualização periódica e eventual reprocessamento dos dados, de forma a refletir retificações das informações ao longo do tempo."​

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Reprocessamento das séries para manter a

coerência dos dados

Toda a série de dados, desde 1997, foi reprocessada para contemplar a

nova metodologia de forma a manter a consistência das informações.

IMTS – 2010, página 71:

Statistical offices may decide to carry out a special revision, in addition to the normal statistical data revisions, for the purpose of reassessing data or investigating in depth some new economic structures. Such revisions are carried out at longer, irregular intervals of time. Often, they may require changes in the time series going as far back as the beginning of the series to retain methodological consistency

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Melhorias que não alteram os números históricos

• Novas informações públicas: Frete, Seguro e CIF em Importação

• SECEX passou a ter alcance a dados mais detalhados, permitindo divulgar mais informação ao público.

• Mais transparência e mais dados econômicos disponíveis.

• Aderência a recomendação do manual em divulgar importação também em US$CIF.

• Ajuste da via de transporte

• Equalização da UF na importação

• Relatório de transparência das compilações de Exportação

• Lista de DUEs compiladas para transparência e validação de associações e exportadores

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Melhorias que alteram os números históricos

• Exclusão do REPETRO “ficta” na exportação

• Impacto de 2000 a 2020 (fim do regime) - maior impacto em 2013 - diminui exportação

• Exclusão do REPETRO origem “Brasil” na importação

• Impacto de 2018 a 2020 (fim do regime) - diminui importação

• Inclusão de RECOF na importação

• Impacto desde 2017 - aumenta importação

• Inclusão de Energia de Itaipu

• Impacto desde 1997 - aumenta importação

• Atualização com retificação dos registros antigos

• Pequenos ajustes em valores para mais e para menos - apenas importação - impacto residual

• Exclusão de outliers

• Pequenos ajustes, principalmente em KG e Qtd. - apenas importação - impacto residual

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• Exportação:

• Redução de 1,4% do valor acumulado de toda a série histórica, entre 1997 e 2020.

• A maior alteração ocorreu em 2013, com diminuição de US$ 9,4 bi, representando 3,9% de redução no total exportado.

• Importação

• O valor importado acumulado de toda a série histórica apresentou aumento de 1,6%. • O maior aumento absoluto ocorreu em 2019, com US$ 8,6 bilhões a mais,

representando 4,8% do total. O maior crescimento de importação em termos relativos foi em 2017, com 5,4% de crescimento das compras externas.

• As taxas de variação dos fluxos comerciais de um ano para outro pouco se alteraram. As tendências de queda ou crescimento se mantiveram, de forma a não alterar análises da dinâmica das exportações e importações.

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• Saldo

• O saldo comercial acumulado entre 1997 e 2020 apresentou redução de 16,5%. • O ano de 2013 sofreu o maior impacto relativo ao apresentar mudança de um

superávit de US$ 2,3 bilhões para um déficit de US$ 9 bilhões.

• Corrente de Comércio

• O valor da corrente de comércio acumulado de toda a série histórica, entre 1997 e 2020, apresentou queda de 0,02%.

• A diferença do saldo e corrente não impacta de forma relevante os dados contabilizados pelo Banco Central e pelo IBGE, principalmente por conta de ajustes que esses órgãos já realizavam ao usar os dados SECEX

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2021 Exportação Antes (a) Exportação Depois (b) (b)-(a) % 2021 Corrente Antes (a) Corrente Depois (b) (b)-(a) % JAN 14.948 14.937 -11 -0,07 JAN 30.881 30.288 -593 -1,92 FEV 16.183 16.326 143 0,88 FEV 31.213 30.858 -355 -1,14 MAR 24.505 24.386 -118 -0,48 MAR 47.528 42.244 -5.283 -11,12 TOTAL 55.635 55.649 14 0,03 TOTAL 109.622 103.391 -6.231 -5,68 2021 Importação Antes (a) Importação

Depois (b) (b)-(a) % 2021 Saldo Antes (a) Saldoo Depois (b) (b)-(a)

JAN 15.934 15.351 -582 -3,66 JAN -986 -414 572

FEV 15.030 14.532 -498 -3,31 FEV 1.152 1.794 641

MAR 23.023 17.858 -5.165 -22,43 MAR 1.482 6.528 5.047

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REPETRO

• O que aconteceu:

• Desde 2000 foram feitas exportações fictas DEFINITIVAS, com troca de titularidade, conjugada com imediata importação TEMPORÁRIA (leasing) –Com o fim do regime, foram finalizadas as importações TEMPORÁRIAS, transformadas em importações DEFINITIVAS, entre 2018 e 2020 (novo REPETRO-Sped).

• REPETRO alcança apenas produtos muito específicos - plataformas e equipamentos para exploração de petróleo e gás.

• Motivação:

• Fim do regime viabiliza um cenário claro para seleção dos dados.

• Reduzir distorções concentradas na importação (principalmente 2020).

• Alinhar exportação e importação sem operações meramente contábeis/tributárias. • SECEX passou a ter alcance a dados de regimes na importação (aproximação

institucional RFB), permitindo melhorar as regras de contabilização.

• Serão divulgados em separado, não fazendo parte das estatísticas principais (balança).

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RECOF

• O que aconteceu:

• Em 2017 os regimes especiais de importação RECOF foram todos unificados, mas o regime resultante passou a ser enquadrado como operação ADMINISTRATIVA

• As estatísticas e balança compilam apenas operações EFETIVAS, a SECEX não possuía acesso a operações ADMINISTRATIVAS e ESPECIAIS

• Impacto concentrado: maior em turbinas, turbo-reatores, turbo-propulsores e aparelhos para aeronaves; médio em outros produtos do capítulo 84, 85 e 87 (produtos par montagem e beneficiamento)

• Motivação:

• SECEX passou a ter alcance a dados de regimes na importação (aproximação institucional RFB), permitindo melhorar as regras de contabilização

• Com isso foi possível abandonar antigas regras de EFETIVO, ADMINISTRATIVO e ESPECIAL, para adotar regras mais apuradas exclusivas para estatística e alinhadas com o manual referência (ONU-IMTS-2010)

• Verificou-se que os regimes unificados de RECOF (2017) devem fazer parte das estatísticas e balança, e passarão a ser compilados com as estatísticas principais (balança)

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Energia elétrica de Itaipu

• O que aconteceu:

• Tanto IBGE quanto BACEN já contabilizam importação de energia elétrica de Itaipu em adição as dados da SECEX

• Paraguai contabiliza como exportação para o Brasil, que não contabiliza importação

• Não é uma operação formal para fins aduaneiros, portanto não passa pelos sistemas de comércio exterior (Siscomex) - Até então Brasil só contabiliza registro aduaneiro nas estatísticas de comércio exterior

• Há compensação financeira (abatimento de dívida da construção) e há consumo brasileiro da energia excedente não consumido pelo Paraguai

• Alcança apenas uma NCM – 2716.00.00 Energia Elétrica, desde 1997

• Motivação:

• Portaria SECINT nº 7.017, de março de 2020 – complementar as estatísticas • Alinhar os dados a outras referências nacionais – IBGE e BACEN

• Recomendação internacional para contabilizar totalidade de energia exportada/importada, ainda que fora do processo aduaneiro

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Atualização de registros

• O que aconteceu:

• Todo ano a SECEX congela os dados do ano anterior – sem mais revisões ordinárias

• As importações podem sofrer retificações mesmo após o desembaraço.

• Ou seja, mesmo após o ano de congelamento estatístico, registros podem ser retificados em até 5 anos (regulamento aduaneiro) - retificações são residuais e raras com o passar do tempo

• Pode alcançar qualquer tipo de produto, desde que o registro tenha sido retificado pelo importador

• Motivação:

• Baixo impacto no agregado, porém, melhora a precisão em acompanhamento por NCM x País

• Mesmo movimento foi feito em 2017 para exportações, preparando as séries para compatibilização com o Portal Único

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Limpeza de outliers

• O que acontece:

• Eventualmente registros são desembaraçados contendo erros de digitação por parte do próprio importador

• Raramente acontecem em Valor (US$FOB) pois esse é foco de tributação e fiscalização • Pode acontecer com mais frequência em Quilograma e Quantidade

• Alcança raros registros pra qualquer produto, desde que tenha sido desembaraçado com erro de digitação grave nos valores

• Motivação:

• Esse controle já é feito na exportação, mas a SECEX não possuía alcance a detalhe dos dados na importação (aproximação institucional RFB)

• Baixo impacto em valor, porém, melhoria de qualidade em

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Conclusão

• Séries de dados mais precisa.

• Dados brasileiros mais aderentes às recomendações internacionais.

• Mais dados à disposição do público com publicação

de informações de frete, seguro e CIF.

• Valores históricos menores para exportações, mas sem distorções contábeis.

• Valores históricos maiores para importações, ampliando a cobertura da

metodologia.

• Consequentemente, o saldo comercial será menor do que o reportado

anteriormente, porém, sem mudança na trajetória das variações.

• Corrente de comércio praticamente inalterada.

• Alteração dos dados não tem nenhum impacto em mercado de câmbio.

• Também não afeta os dados de crescimento do PIB.

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