SEMINÁRIO AVANÇADO I - MOVIMENTOS SOCIAIS, POLÍTICA E EDUCAÇÃO POPULAR. Ênfase: Relações Raciais em Educação Indígena

SEMINÁRIO AVANÇADO I - MOVIMENTOS SOCIAIS, POLÍTICA E EDUCAÇÃO POPULAR

Ênfase: Relações Raciais em Educação Indígena

A disciplina Seminário Avançado I pretende oferecer subsídios técnico-metodológicos vinculados ao fenômeno educacional, relativos à Linha de Pesquisa Movimentos Sociais, Política e Educação Popular com vistas a refletir, debater e compreender as seguintes questões: 1). O princípio educativo, na concepção de escola unitária. O compromisso da educação, em seus distintos sentidos e âmbitos, no processo de desenvolvimento de uma reforma moral e intelectual hoje. 2). Tópicos específicos do Campo Trabalho e Educação. 3). A fenomenologia de Edmund Husserl e de Merleau-Ponty. 4). Enriquecer o debate ecológico-educativo no contexto da educação ambiental com vistas a debater os caminhos da pesquisa, inscritos no diálogo entre as três dimensões da epistemologia, praxiologia e axiologia. 5). Desigualdades raciais no Brasil, sua produção. Estratégias de pesquisas das relações raciais e educação. 6). Crise e reorganização do capital e das formas de intervenção do Estado, em nível internacional e brasileiro, pós anos 1970; reflexos (causa/efeito) do contexto macro-estrutural nas políticas educacionais.

Ênfase em Relações Raciais em Educação Indígena: O seminário avançado busca discutir a educação na diversidade e sobre as múltiplas implicações da pesquisa no cenário indigenista atual; o processo de percepção da realidade social e cultural, discutindo os procedimentos teóricos e práticos característicos da investigação antropológica no campo da educação; a diversidade étnica e cultural mato-grossense, tendo-a como matéria prima para os projetos de pesquisa; a Educação Escolar Indígena e a Educação Intercultural a partir da realidade brasileira e latino-americana.

BIBLIOGRAFIA

BANDEIRA, M. de L. Fascículo de Antropologia. Cuiabá: UFMT/NEAD, 1998.

BATALLA, G. México profundo. Editora Grijalbo: México D. F. 1990.

BEATTIE, J. Introdução à Antropologia Social. São Paulo: Nacional, 1985.

BERNARDI, B.. Introdução aos estudos Etno-antropológicos. Lisboa: Edições 70, 1988.

CADERNO CEDES. Antropologia e Educação: interfaces do ensino e da pesquisa. Campinas,

SP: Centro de Estudos Educação e Sociedade/UNICAMP, n. 43, 1997.

CANCLINI, N. G. As Culturas Populares no Capitalismo. Tradução de Cláudio Novaes Pinto

Coelho. São Paulo: Brasiliense, 1983.

CANCLINI, N. G. Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. Tradução

Heloísa Pezza Cintrão e Ana Regina Lessa. 3ª ed.. São Paulo: Ed. da USP, 2000.

CAPACLA, Marta Valéria. O Debate sobre a Educação Indígena no Brasil (1975-1995): resenhas de teses e livros. In: Cadernos de Educação Indígena. Volume I. Brasília/São Paulo: MEC/MARI-USP, 1995.

CARDOSO, R. O trabalho do antropólogo. São Paulo/ Brasília: Editora UNESP / Paralelo

15, 1998.

CARNEIRO DA CUNHA, M. (org.) História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das

Letras: Secretaria Municipal de Cultura: FAPESP, 1992.

CARVALHO, M.R. de C. F. (org.). Instrumentos Legais da Política Cultura Brasileira: temas e

situações. 4.ed. São Paulo: Ática, 1999.

CAZENEUVE, J. Dez Grandes Noções da Sociologia. Lisboa: Moraes Editores, 1978.

CHAUI, M.. Cidadania Cultural. Revista NOVAMERICA/ NUEVAMERICA: (l)a revista Cultura,

Culturas e Educação. Número Especial. Associação Nacional de Pós-Graduação em d(e) (l)a

Pátria Grande, n. 82, jun. 1999. Rio de Janeiro/Brasil. Entrevista.

CHAUI, M. Conformismo e Resistência: aspectos da cultura popular no Brasil. São

CHAUÍ, M. Cultura e Democracia: o discurso competente e outras falas. 3. ed. São

CUCHE, D. A noção de cultura nas Ciências Sociais. Bauru: EDUSC, 2002.

ELIAS, N.; SCOTSON, J. Os estabelecidos e os outsiders. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

GEERTZ, C. O local da cultura. 11ed. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

GELLNER, E. Antropologia política. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1997.

HOELBEL, E. A. Antropologia cultural e social. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Em Aberto: Educação

Escolar Indígena. Órgão de Divulgação do MEC/INEP, Brasília, ano 14, n. 63, jul./set. 1994.

INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Em Aberto: Tema:

Experiências e Desafios na Formação de Professores Indígenas no Brasil. Publicação

337/INEP, Brasília, v. 20, n. 76, fev. 2003.

JUNQUEIRA, C.; CARVALHO, E.. Antropologia e indigenismo na América Latina. São

Paulo: Cortez, 1981.

KUPER, A. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru, SP: EDUSC, 2002.

LAPLATINE, F. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 1989.

LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.

LARAIA, R. de B.. Cultura: um conceito antropológico. 11. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

MALINOWSKI, B. Uma teoria científica da cultura. Lisboa: Edições 70, 1997.

MAUSS, M. Sociologia e Antropologia, com uma introdução à obra de Marcel Mauss, de

Claude Lévi-Strauss; Volume II tradução de Lamberto Puccinelli. São Paulo: EPU, 1974.

MAUSS, M. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

MEC/MARI-USP, 1995.

MELATTI, J.L. Índios do Brasil. São Paulo: Cultrix, 1993.

MELIÀ, B. Educação indígena e alfabetização. São Paulo: Edições Loyola. 1979.

MELIÁ, B.. Educação Indígena e Alfabetização. São Paulo: Edições Loyola, 1979.

MELIÁ, B.. Ação pedagógica e alteridade: por uma pedagogia da diferença. In SECCHI,

D. (Org). Ameríndia. Cuiabá: SEDUC, 1998.

NOVAES. S.. Jogo de espelhos. São Paulo: Edusp, 1993.

OLIVEIRA FILHO, J.P. de (org.). Sociedades Indígenas e indigenismo no Brasil. Rio de

Janeiro: UFRJ/Marco Zero, 1987.

OLIVEIRA, R. C. de. O trabalho do antropólogo. 2ed. Brasília : Paralelo 15; São Paulo: Ed. Unesp, 2006.

OLSON, D.. O mundo no papel. São Paulo: Ática, 1994.

POUTIGNAT, P. Teorias da etnicidade. Seguido de Grupos étnicos e suas fronteiras de

Fredrik Barth / Philippe Poutignat, Jocelyne Streiff-Fenard. Tradução de Elcio Fernandes.

São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1998.

RIBEIRO, B. G.. O Índio na História do Brasil. São Paulo: Global, 1997.

RIBEIRO, D.. Os Índios e a Civilização. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1970.

SECCHI, D. (org.) Ameríndia: tecendo os caminhos da educação escolar. Anais da

Conferência Ameríndia de Educação e mais Anais do Congresso de Professores Indígenas

do Brasil, 17 e 21 de novembro de 1997, Cuiabá/MT. Cuiabá: SEDUC-MT, 1998.

SEEGER, A.. Os índios e nós: estudos sobre sociedades tribais brasileiras. Rio de Janeiro:

Ed. Campus Ltda, 1980.

SILVA, A. L. da; FERREIRA, M. (Orgs.). Antropologia, história e educação: a questão indígena e a escola. São Paulo: Global, 2001.

SILVA, R. H. D. da.. Movimentos indígenas no Brasil e a questão educativa: relações de

autonomia, escola e construção de cidadanias. In: Revista Brasileira de Educação

jan/fev/mar/abr 2000, Nº 13 ANPED. (p.95-112).

SILVA, R.H.. A autonomia como valor e a articulação de possibilidades. Tese de

doutoramento, Faculdade de Educação da USP. São Paulo: Edusp, 1997.

SPERBER, D. O saber dos antropólogos. Lisboa: Edições 70, 1992.

TAUKANE, D. Y.. A História da Educação Escolar entre os Kurâ-Bakairi. Cuiabá, 1999.

VIDAL, L.. O índio e a cidadania. São Paulo: Comissão Pró-Memória, 1982.

WILLIAMS, R.. Cultura. Trad. Lólio Lourenço de Oliveira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

SEMINÁRIO AVANÇADO II - MOVIMENTOS SOCIAIS, POLÍTICA E EDUCAÇÃO POPULAR

Ênfase: Relações Raciais em Educação Indígena

A disciplina Seminário Avançado II pretende oferecer subsídios técnico-metodológicos relativos à da Linha de Pesquisa Movimentos Sociais, Política e Educação Popular vinculados ao fenômeno educacional com vistas a refletir, debater e compreender as seguintes questões: 1). A atualidade de conceitos gramscianos para se compreender a relação entre movimentos sociais, política como ética do coletivo e formação de intelectuais. 2). Tópicos específicos do Campo Trabalho e Educação. 3) A dimensão sociológica da sociedade, a partir da noção de intersubjetividade transcendental, entre alteridade e alienação. 4). Enriquecer o debate ecológico-educativo no contexto da educação ambiental com vistas a debater os caminhos da pesquisa, inscritos no diálogo entre as três dimensões da epistemologia, praxiologia e axiologia. 5). Condições teórico-reflexivas que auxiliem a compreender de forma crítica o processo educacional e as relações raciais na sociedade brasileira. 6) Capitalismo no ciclo da acumulação flexível. Formas de intervenção do Estado e as políticas públicas. Políticas educacionais em relação à estrutura macro-social e ao papel do Estado.

Ênfase em Relações Raciais em Educação Indígena: Estudos orientados a partir da literatura sugerida e complementar para subsidiar os projetos de pesquisa dos mestrandos. Problematização da realidade indígena brasileira e aprofundamento dos conceitos antropológicos sobre cultura; educação indígena; interculturalidade; educação intercultural. BIBLIOGRAFIA

FLEURI, R. M.. Multiculturalismo e Interculturalismo nos processos educativos, In. Vera M. CANDAU, Vera M. (org.). Ensinar e Aprender: sujeitos, saberes e pesquisa. Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino-ENDIPE. Rio de Janeiro: Dp&A, 2000.

FLEURI, Reinaldo Matias. Intercultura e Educação. In: Revista Brasileira de Educação, maio/jun/jul/ago, 2003, N. 23. pp. 16-35.

FONSECA, C. Quando cada caso não é um caso: pesquisa etnográfica e educação. In Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, n. 10, p. 58-78, jan./abr. 1999.

FUNARTE Instituto Nacional de Artes Plásticas. A arte e seus materiais: arte e corpo pintura sobre a pele e adornos de povos indígenas brasileiros. Rio de Janeiro: FUNARTE/INAP, 1985. HALL, E. T. A dança da vida: a outra dimensão do tempo. Tradução de Manuela Alberto. Lisboa: Relógio D Água Editores, 1996.

HALL, E. T. A dimensão oculta. Tradução de Miguel Serras Pereira. Lisboa: Antropos, 1986. HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 3ed. Rio de Janeiro: DP&A Ed., 1999.

KUSCH, R. América profunda. Buenos Aires: Ed. Bonum, 1986.

KUSCH, R. El pensamiento indígena y popular em América. 3. ed. Buenos Aires: Hachette, 1977. MARÍN, J. Interculturalidade e descolonização do saber: relações entre saber local e saber universal, no contexto da globalização. Visão Global, Joaçaba, v. 12, n. 2, p. 127-154, jul./dez. 2009.

MARIN, J. La reflexion intercultural como base para imaginar una educacion democrática para los pueblos autoctonos y para la sociedad multicultural en America Latina. In: Cenários, Perante os Desafios da Globalização, N. 6, Direção de Boaventura de Sousa Santos. Portugal: 3/4, 2001/2002. p.177-205.

MARIN, José. Perú: Estado e indigenismo en mutación El caso de la Amazonía. In: AUROI, Calude e BOSSIO, Sandra (comp.) ¿A Donde Va El Peru? Balance del fujimorismo y preguntas para el futuro. Cuzco: IUED-CDB, 2002.

MAUSS, M.. Manual de Etnografia. Tradução de J. Freitas e Silva. Lisboa: Publicações Ed. Afrontamento, 2001.

NANNI, A. Leducazione interculturale oggi in Itália. Brescia: EMI, 1998.

QUIVY, R. L.V.V. Manual de investigação em ciências sociais. 2. ed. revisada e aumentada. Trad. João Minhoto Marques, Maria Amália Mendes e Maria Carvalho. Trajectos, n. 17. Lisboa: Gradiva, 1998.

SARMENTO, Manuel Jacinto. O estudo de caso etnográfico em educação. In: ZAGO, N.; CARVALHO, M.P. de; VILELA, R.A.T. (orgs). Itinerários de Pesquisa: perspectivas qualitativas em sociologia da educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. (p.137-179).

SILVA, T. T. da. Documentos de identidade; uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autentica,1999.

STOER, S. R.; CORTESÃO, L.; CORREIA, J. A. (orgs.). Transnacionalização da Educação: da crise da Educação à Educação da crise. Coleção A Sociedade Portuguesa Dom Quixote, 1993. TASSINARI, A. M. I. Concepções indígenas de infância no Brasil. In: REVISTA TELLUS. Campo Grande MS: ano 7, v. 13, p. 11-25, out. 2007.

TASSINARI, A. M. I.; GRANDO, B. S.; ALBUQUERQUE, M. A. dos S. (Orgs.). Educação indígena: reflexões sobre noções nativas de infância, aprendizagem e escolarização. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2012.

TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 2008.

VÍCTORA, C. G.; KNAUTH D. R.; HASSEN M. N. A. Pesquisa qualitativa em saúde: uma introdução ao tema. Porto Alegre (RS): Tomo Editorial, 2000.