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DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA E O ORÇAMENTO DE CAIXA COMO FERRAMENTAS DE APOIO À TOMADA DE DECISÃO

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Academic year: 2021

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DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA E O ORÇAMENTO DE CAIXA COMO FERRAMENTAS DE APOIO À TOMADA DE DECISÃO

Luíza Machado¹ Jaqueline Silveira²

RESUMO

A gestão financeira visa proporcionar a maximização do capital do acionista. Para que isto ocorra, é necessário um instrumento que permita ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros para um determinado período. Nestes termos, o fluxo de caixa e o orçamento de caixa tornam-se ferramentas essenciais para uma eficiente gestão empresarial. O trabalho objetiva-se em identificar quais os principais problemas administrativos e fornecer ferramentas de apoio à tomada de decisão. A metodologia utilizada foi a pesquisa exploratória, para a analise dos demonstrativos contábeis e financeiros, bem como visitas à empresa e entrevistas com os sócios, onde pode-se constatar que o fluxo de caixa e o orçamento de caixa seriam muito úteis para a gestão da empresa Alfa, uma vez que foi observado que os proprietários possuiam um fluxo de caixa inadequado.

Palavras-chave: Planejamento financeiro, Fluxo de caixa, Orçamento de caixa

ABSTRACT

Financial management aims maximization of shareholder wealth. In order to make this happen, it is necessary an instrument that allows the financial manager to plan, organize, coordinate, direct and control the financial resources for a specific period. In these terms, the cash flow and the cash budget became essential tools to an efficient company managing. The paper aims to identify what are the main managing problems and provide tools of support in decision making. The method applied was the explanatory research, for the analyses of accounting and financial statements, as well as visits to companies and interview of partners in which we can find that the cash flow and the cash budget would be much more useful for the company Alfa management, once that it was observed that the owners had an inadequate cash flow.

Key-words: financial planning, cash flow, cash budget 1 Introdução

1 Graduanda do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Dom Alberto. 2 Docente da Faculdade Dom Alberto e orientadora da pesquisa.

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A Administração Financeira visa o desenvolvimento da empresa, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando as melhores formas para maximizar a riqueza dos sócio-acionistas. Conforme Gitman (2004) a função do administrador financeiro diz respeito a todos os tipos de empresas, e desempenha as mais diversas tarefas, tais como orçamentos, captação de recursos, administração do crédito, previsões financeiras, administração do caixa e análise de investimento.

De acordo com Zdanowicz (2002, p. 19) “A sobrevivência da empresa depende do grau de acerto da gestão financeira”. Ainda com relação a gestão financeira, Machado (2004, p.3) afirma que “o administrador financeiro exerce um papel de extrema importância dentro de uma organização. Desempenha funções que podem determinar o sucesso ou o fracasso do empreendimento”.

Neste sentido, Zdanowicz (2002) ressalta que o administrador financeiro deve conferir e avaliar os resultados periodicamente, para que assim possa corrigir falhas ou excessos detectados na empresa. Portanto, o planejamento, o controle e a análise de todos os recursos financeiros nas diferentes atividades da empresa são muito importantes para alcançar seus objetivos.

Considerando que o fluxo de caixa e o orçamento de caixa mostram-se como um instrumento essencial, em termos de planejamento e de controle financeiro; com base neste contexto, este trabalho tem como objetivo principal avaliar o processo de tomada de decisão, adotado pela empresa Alfa.

Dessa forma, objetiva-se também identificar quais são os principais problemas administrativos encontrados, e após fornecer ferramentas para a administração na tomada de decisão e no gerenciamento de sua atividade.

Este trabalho justifica-se pela necessidade da empresa dispor de ferramentas que auxiliem nos processos decisórios, utilizando-se assim o fluxo de caixa e o orçamento de caixa para que possa prever e antecipar ações gerenciais, sendo que o mesmo já utiliza o fluxo de caixa, porém de maneira equivocada.

A metodologia utilizada foi a pesquisa exploratória, para a analise dos demonstrativos contábeis e financeiros, bem como visitas à empresa e entrevistas com os sócios.

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2 Referencial Teórico

2.1 A Função financeira nas empresas

De acordo com Gitman (2004), a maioria das decisões empresariais são medidas em termos financeiros, logo, o administrador financeiro desempenha um papel crucial na operação da empresa. As pessoas de todas as áreas de responsabilidade da empresa necessitam interagir com o pessoal de finanças para realizar o seu trabalho.

Conseqüentemente, o pessoal de finanças, para fazer previsões úteis e tomar decisões, precisa ter a disposição e a capacidade de conversar com todos, dentro da empresa. Logo, para compreender a função da administração financeira, é importante focalizar seu papel na organização, seu relacionamento com a economia e a contabilidade, bem como as atividades chaves do administrador financeiro.

Para Gitman (2004, p.4):

A Administração Financeira preocupa-se com as tarefas do administrador financeiro na empresa. Os administradores financeiros devem gerir ativamente os assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa-financeiras e não-financeiras, privadas e públicas, grandes e pequenas, com ou sem fins lucrativos. Eles desempenham as mais diversas tarefas financeiras, tais como planejamento, concessão de crédito a clientes, avaliação de projetos de investimento e captação de fundos para financiaras operações da empresa.

Segundo Machado (2004), o principal objetivo do administrador financeiro era o lucro e essa era a principal medida de desempenho da empresa. Atualmente, apesar de a lucratividade ser imprescindível para qualquer empreendimento o enfoque é outro, o grande objetivo dos gestores das empresas é maximizar a riqueza da empresa e, por conseguinte dos proprietários ou acionistas.

Para o alcance da situação desejada, o planejamento financeiro para Gitman (2010, p. 105) “é um aspecto importante das operações das empresas porque fornece um mapa para a orientação, a coordenação e o controle dos passos que empresa dará para atingir seus objetivos”.

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2.2 Planejamento financeiro e controle

Segundo Sanvicente e Santos (2006, p. 16), “planejar é estabelecer com antecedência as ações a serem executadas”. Frezzati (2000, p.18) complementa que “Nessa visão, decidir antecipadamente constitui-se em controlar o seu próprio futuro. Essa é uma visão bastante proativa no que se refere ao processo de gestão de certa organização”.

Para Olveira (2007, p.5):

O propósito do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz. Dentro deste raciocínio, pode-se afirmar que o exercício sistemático do planejamento tende a reduzir a incerteza envolvida no processo decisório e, conseqüentemente, provocar o aumento da probabilidade de alcance dos objetivos, desafios e metas estabelecidos para a empresa.

De acordo com Oliveira (2007, p.15), pode-se distinguir três tipos de planejamento: Planejamento estratégico, planejamento tático e planejamento operacional. No Quadro 1, Vasconcellos e Machado apud Oliveira (2002, p.16) apresentam alguns exemplos dos tipos de planejamento.

Quadro 1 – Tipos e níveis de planejamento nas empresas

Fonte: Olivera (2002, p.16)

Através do Quadro 1, podemos observar que o planejamento operacional vai ser o centro do estudo, pois de acordo com Zdanowicz (2002, p.246):

O estágio operacional engloba a elaboração dos orçamentos que compõem o Plano Geral das Operações (vendas, produção, despesas operacionais, caixa, Demonstrativo de Resultado do Exercício e Balanço Patrimonial) e as respectivas variações de capital de giro necessário à empresa.

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De acordo com Weston e Brigham (2000, p.344):

Durante o processo de planejamento, os níveis projetados de cada um dos diferentes orçamentos operacionais serão combinados e, com base nessa série de dados, os fluxos de caixa da empresa são consolidados em seu orçamento de caixa. Se um aumento projetado nas vendas levar uma escassez projetada de caixa, a administração pode antecipar quais as ações requeridas para obter os recursos necessários da forma mais econômica.

Para Zdanowicz (2002, p. 28) “o processo de planejamento é imprescindível à projeção do fluxo de caixa. Por outro lado, destaca-se a função de controle que está intimamente relacionada a de planejamento do fluxo de caixa”.

Assim, a empresa deve fixar um nível de caixa que permita saldar seus compromissos pontualmente, no entanto além de projetar deve-se controlar o saldo de caixa para que isto ocorra. Portanto, é necessário que o administrador financeiro esteja em alerta para rever seus planos, caso ocorra um imprevisto, que será detectado através do controle de caixa.

2.3 Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa consiste em um controle detalhado das entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa. Através do fluxo de caixa, consegue-se ver a situação financeira atual da empresa.

Para Gitman (2010, p. 95) os fluxos de caixa são “o sangue que corre pelas veias da empresa, são o foco principal do gestor financeiro, seja na gestão das finanças rotineiras, seja no planejamento e tomada de decisões a respeito da criação de valor para o acionista.”

O principal objetivo de um fluxo de caixa segundo Zdanowicz (2002, p. 41) “é dar uma visão das atividades desenvolvidas, bem como as operações financeiras que são realizadas diariamente, no grupo do ativo circulante, dentro das disponibilidades, e que representam o grau de liquidez da empresa”.

Zdanowicz (2002, p. 35) salienta que “o fluxo de caixa destaca-se como um instrumento útil ao processo de tomada de decisão [...] por meio do fluxo de caixa a empresa irá planejar e controlar todas as suas atividades operacionais e não-operacionais futuras”.

Assim, através deste controle atualizado, a empresa poderá fazer projeções para futuros investimentos de forma segura, verificando se haverá déficit de caixa,

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para assim projetar possíveis financiamentos para suprir sua escassez futura de caixa; ou até mesmo fazer aplicações financeiras devido a excesso de caixa.

2.4 Orçamento de caixa

Segundo Sanvicente e Santos (2006), a projeção do fluxo de caixa é uma ferramenta imprescindivel para a maioria das empresas. As razões para isto é que os saldos elevados no caixa poderiam estar aplicados rendendo juros, por outro lado, as faltas imprevistas no caixa trazem grandes despesas financeiras ao obter empréstimos, como também as empresas podem desacreditar junto aos seus credores.

Portanto, a elaboração do fluxo de caixa torna-se necessária, onde dentro do processo orçamentário será projetada as entradas de caixa decorrentes de vendas, serviços e outras receitas, bem como as saídas de caixa resultantes das despesas operacionais e entre outro gastos.

Conforme Gitman (2010, p. 108), “O orçamento de caixa ou projeção de caixa é uma demonstração das entradas e saídas de caixa prevista da empresa. Serve para estimar as necessidades de caixa no curto prazo”.

O orçamento de caixa além de ajudar a equilibrar o caixa, identificando a falta ou excesso de caixa com antecedência, serve também como base para a determinação das políticas de pagamento e recebimento. Porém o mesmo, está sujeito a incertezas e falhas, conforme Lunkes (2007, p. 53) menciona que “O orçamento de caixa está sujeito a incertezas e falhas, sendo necessário ter uma margem de segurança que permita, assim, atender a um eventual erro da previsão”.

As principais finalidades do orçamento de caixa para Welsch apud Lunkes (2007, p. 53) e Zdanowicz apud Lunkes (2007, p.53) são:

a) Indicar a posição financeira provável em resultado das operações planejadas;

b) Indicar o excesso ou a insuficiência de disponibilidades;

c) Indicar a necessidade de empréstimos ou a disponibilidade de fundos para investimento temporário;

d) Permitir a coordenação dos recursos financeiros em relação a: (1) capital de giro total; (2) vendas; (3) investimentos; e (4) capital de terceiros; e) Estabelecer bases sólidas para a política de crédito;

f) Estabelecer bases sólidas para o controle corrente da posição financeira.

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3 Metodologia

Inicialmente utilizou-se a pesquisa bibliográfica para a realização deste estudo, uma vez que nos permite desenvolver e sustentar a pesquisa através de diferentes formas de contribuição científica como a consulta de livros, teses, dissertações existente sobre o tema. Segundo Severino (2007, p.122) “Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos costantes nos textos”.

A metodologia utilizada foi a pesquisa exploratória, para a analise dos demonstrativos contábeis e financeiros, pois de acordo com Severino (2007, p.123) “A pesquisa exploratória busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestações desse objeto”.

Também é adotado em relação aos procedimentos de pesquisa, o estudo de caso. Este procedimento permite obter variadas informações, enfatizando a interpretação para o desenvolvimento do tema investigado.

Por fim, a entrevista despadronizada para que possa explorar mais o tema principal com os sócios ou administradores da empresa, onde foi constatado a necessidade de uma ferramenta de apoio para à tomada de decisão.

4 Análise e Interpretação dos Resultados da Pesquisa

4.1 Caracterização da Empresa Pesquisada

A empresa Alfa foi fundada em 24/09/2001, instalada no centro de Vera Cruz/RS, sendo de únicos sócios é uma empresa do tipo familiar, sua tributação é pelo Simples Nacional desde 07/2007 e a partir de 2010 passou a ser uma EPP (Empresa de Pequeno Porte). Os principais clientes da empresa são as empresas privadas e públicas em geral da região, são prestados os serviços de fabricação de painéis, letreiros luminosos, letras e placas, impressão de material para uso publicitário, fabricação de esquadrias de metal e comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios.

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Atualmente, a empresa possui nove colaboradores, sendo que um deles é supervisor de produção, mais os dois gestores que são responsáveis pelo processo de gestão. O quadro de funcionários se torna estável no meio do ano, pois devido o aumento de vendas e serviços no último trimestre do ano, ocorre um aumento no quadro de colaboradores e onde consequentemente no primeiro trimestre aumenta o número de demissões.

4.2 O fluxo de caixa na empresa em estudo

Através das visitas e entrevistas com os gestores pode-se observar que a empresa utiliza o fluxo de caixa para a gestão, e faz um planejamento anual com base em exercícios anteriores.

Porém, foi constatado que a empresa carece de ferramentas de gestão adequadas para a tomada de decisões. Tendo em vista que a empresa utiliza o fluxo de caixa de maneira incorreta, pois faz a junção de dados com uma segunda empresa, esta empresa não é uma filial, mas os gestores possuem uma parte da sociedade.

Zdanowicz (2002, p.50) destaca que:

A experiência tem comprovado que as dificuldades financeiras, especialmente as que embaraçam as micro e pequenas empresas, parecem decorrer das ausências do planejamento e do controle de suas atividades operacionais. Não se quer com isso afirmar que todos fracassos possam ser evitados única e exclusivamente através de planejamento e controles financeiros, porém muitos os seriam com certeza.

O fluxo de caixa utilizado pela empresa torna-se assim, uma ferramenta que gera grandes riscos para ambas as empresas, pois com os dados financeiros mascarados é impossível verificar se a empresa está atingindo o seu objetivo ou até mesmo destruindo o capital, tanto a empresa Alfa como a outra empresa que possuem sociedade.

Podemos observar o fluxo de caixa utilizado pela empresa, apresentado no Quadro 2, após foram coletados dados da contabilidade e informações junto aos gestores onde elaborou-se um fluxo de caixa histórico, conforme pode-se visualisar no Quadro 3 para avaliar a situação financeira atual da empresa.

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QUADRO 2 - Fluxo de caixa utilizado pela empresa

Descrição / Períodos Julho Agosto Setembro

[1] Saldo de caixa inicial 695.988,94 % 699.432,51 % 698.683,02 % [2] Entradas de caixa 51.781,17 100% 60.413,31 100% 58.157,44 100% Vendas a vista 9.988,43 19% 10.231,23 17% 11.630,70 20% Vendas a prazo 35.325,71 68% 40.005,71 66% 30.329,48 52% Serviços a vista 2.515,60 5% 2.607,68 4% 8.405,61 14% Serviços a prazo 3.698,78 7% 7.324,77 12% 7.684,92 13% Juros de Aplicação Financeira 252,66 0% 243,92 0% 106,73 0% [3] Caixa Disponível (1 + 2) 747.770,11 759.845,82 756.840,45 [4] Saídas de caixa 48.337,60 93% 61.162,80 101% 55.966,44 96% Área pessoal 22.208,59 43% 27.718,91 46% 18.197,95 31% Salários 14.660,27 28% 17.420,49 29% 14.740,30 25% Rescisões 3.381,15 7% 4.650,31 8% - 0% Férias 1.153,65 2% 1.958,36 3% - 0% 13 salário - 0% - 0% - 0% FGTS 1.389,48 3% 1.410,52 2% 1.586,65 3% FGTS 50% - 0% 472,79 1% - 0% INSS descontado 1.452,09 3% 1.624,49 3% 1.687,32 3% Mensalidade Sindical descontada 155,94 0% 165,94 0% 167,67 0%

Contribuição anual descontada - 0% - 0% - 0%

IRRF 16,01 0% 16,01 0% 16,01 0% Sócios 3.500,00 7% 3.500,00 6% 3.500,00 6% Retirada de pró-labore 3.115,00 6% 3.115,00 5% 3.115,00 5% INSS descontado 385,00 1% 385,00 1% 385,00 1% Veículos - 0% 45,00 0% - 0% Combustível - 0% - 0% - 0% Manutenção - 0% 45,00 0% - 0% IPVA - 0% - 0% - 0% Seguro - 0% - 0% - 0% Despesas Administrativas 2.874,30 6% 3.889,89 6% 3.087,39 5% Energia elétrica 1.496,27 3% 1.562,85 3% 1.416,10 2% Água 64,05 0% 77,90 0% 64,06 0% Telefone 197,93 0% 231,16 0% 217,23 0%

Locação de máquinas e equipamentos - 0% - 0% - 0%

Seguro - 0% - 0% - 0%

Material de Escritório 230,00 0% 138,00 0% - 0%

Mensalidades licença nfe safeweb 90,00 0% 90,00 0% 90,00 0% Anuidade Prefeitura para tirar NFE - 0% - 0% - 0%

Manutenção máquinas e equip. - 0% - 0% - 0%

Manutenção de equip. de informática - 0% - 0% - 0% Serviços Terceirizados 146,05 0% 1.139,98 2% - 0%

Material de higiene e limpeza - 0% - 0% - 0%

Material de consumo - 0% - 0% 650,00 1%

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Taxas Livro e autenticações - 0% - 0% - 0%

Uniformes - 0% - 0% - 0%

Despesas com prédio 3.043,55 6% 3.043,55 5% 3.132,20 5%

Aluguéis 2.869,15 6% 2.869,15 5% 2.957,50 5%

Material de segurança - 0% - 0% - 0%

IPTU 8 parcelas a partir de junho 174,40 0% 174,40 0% 174,70 0%

Fornecedores 8.292,27 16% 16.233,36 27% 21.005,39 36%

Fornecedores 8.292,27 16% 16.233,36 27% 21.005,39 36% Impostos s/venda e serviço 5.314,21 10% 3.608,69 6% 3.827,91 7% Simples Nacional s/venda 4.789,94 9% 2.567,86 4% 2.742,91 5% Simples Nacional s/serviço 524,27 1% 1.040,83 2% 1.085,00 2% Máquinas e equipamentos financiados 2.936,98 6% 2.952,17 5% 2.986,32 5% Financiamento 2.936,98 6% 2.952,17 5% 2.986,32 5% Despesas financeiras 167,70 0% 171,23 0% 229,28 0% Tarifas bancárias 126,00 0% 96,00 0% 108,00 0% IOF 1,59 0% - 0% 2,35 0% Taxas - 0% - 0% - 0% Serviços de débito 34,00 0% 66,50 0% 68,00 0%

Juros e comissões bancárias - 0% - 0% - 0%

IR Aplicação financeira 6,11 0% 8,73 0% 50,93 0%

[5] Saldo Final (3-4) 699.432,51 698.683,02 700.874,01

Fonte: Adaptado de Zdanowicz (2002).

QUADRO 3 - Fluxo de caixa histórico da empresa

Descrição / Períodos Julho Agosto Setembro

[1] Saldo de caixa inicial 63.645,75 % 76.448,16 % 89.069,52 %

[2] Entradas de caixa 42.926,27 100% 47.589,22 100% 40.714,54 100% Vendas a vista 8.831,98 21% 9.306,23 20% 11.605,70 29% Vendas a prazo 33.492,81 78% 37.331,38 78% 27.207,31 67%

Serviços a vista 200,63 0% 352,60 1% 1.020,76 3%

Serviços a prazo 253,13 1% 469,69 1% 829,84 2%

Juros de Aplicação Financeira 147,74 0% 129,32 0% 50,93 0% [3] Caixa Disponível (1 + 2) 106.572,02 124.037,38 129.784,06 [4] Saídas de caixa 30.123,86 70% 34.967,86 74% 38.359,69 94% Área pessoal 12.204,20 28% 13.427,76 28% 7.238,86 18% Salários 6.297,70 15% 7.895,92 17% 5.792,32 14% Rescisões 3.381,15 8% 2.227,50 5% - 0% Férias 1.153,65 3% 1.416,76 3% - 0% 13 salário - 0% - 0% - 0% FGTS 630,87 1% 571,53 1% 655,74 2% FGTS 50% - 0% 472,79 1% - 0% INSS descontado 657,48 2% 759,91 2% 705,72 2%

Mensalidade Sindical descontada 67,34 0% 67,34 0% 69,07 0%

Contribuição anual descontada - 0% - 0% - 0%

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Sócios 2.500,00 6% 2.500,00 5% 2.500,00 6% Retirada de pró-labore 2.225,00 5% 2.225,00 5% 2.225,00 5% INSS descontado 275,00 1% 275,00 1% 275,00 1% Veículos - 0% 45,00 0% - 0% Combustível - 0% - 0% - 0% Manutenção - 0% 45,00 0% - 0% IPVA - 0% - 0% - 0% Seguro - 0% - 0% - 0% Despesas Administrativas 2.141,42 5% 2.809,28 6% 2.528,59 6% Energia elétrica 1.241,46 3% 1.246,12 3% 1.189,33 3% Água 32,03 0% 38,95 0% 32,03 0% Telefone 197,93 0% 231,16 0% 217,23 1%

Locação de máquinas e equipamentos - 0% - 0% - 0%

Seguro - 0% - 0% - 0%

Material de Escritório 230,00 1% - 0% - 0%

Mensalidades licença nfe safeweb 90,00 0% 90,00 0% 90,00 0% Anuidade Prefeitura para tirar NFE - 0% - 0% - 0%

Manutenção máquinas e equip. - 0% - 0% - 0%

Manutenção de equip. de informática - 0% - 0% - 0%

Serviços Terceirizados - 0% 853,05 2% - 0%

Material de higiene e limpeza - 0% - 0% - 0%

Material de consumo - 0% - 0% 650,00 2%

Honorários contabilidade 350,00 1% 350,00 1% 350,00 1%

Taxas Livro e autenticações - 0% - 0% - 0%

Uniformes - 0% - 0% - 0%

Despesas com prédio 1.921,25 4% 1.921,25 4% 1.921,25 5%

Aluguéis 1.811,25 4% 1.811,25 4% 1.811,25 4%

Material de segurança - 0% - 0% - 0%

IPTU 8 parcelas a partir de junho 110,00 0% 110,00 0% 110,00 0%

Fornecedores 3.615,00 8% 8.812,51 19% 18.515,32 45%

Fornecedores 3.615,00 8% 8.812,51 19% 18.515,32 45% Impostos s/venda e serviço 4.674,96 11% 2.389,87 5% 2.527,94 6% Simples Nacional s/venda 4.624,06 11% 2.299,11 5% 2.527,94 6% Simples Nacional s/serviço 50,90 0% 90,76 0% 159,52 0% Máquinas e equipamentos financiados 2.936,98 7% 2.952,17 6% 2.986,32 7% Financiamento 2.936,98 7% 2.952,17 6% 2.986,32 7% Despesas financeiras 130,05 0% 110,02 0% 141,41 0% Tarifas bancárias 92,00 0% 62,00 0% 62,00 0% IOF 1,59 0% - 0% 2,35 0% Taxas - 0% - 0% - 0% Serviços de débito 34,00 0% 43,50 0% 45,00 0%

Juros e comissões bancárias - 0% - 0% - 0%

IR Aplicação financeira 2,46 0% 4,52 0% 32,06 0%

[5] Saldo Final (3-4) 76.448,16 89.069,52 91.424,36

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Cabe ressaltar que, na composição do fluxo de caixa, tanto o saldo inicial de caixa como o final, são apresentados sob o conceito amplo de caixa, pois englobam os valores de caixa, contas correntes e aplicações financeiras.

Pode-se assim observar que as despesas mais representativas são referentes a área pessoal com 28% do total das entradas, no que diz respeito a salários onde variam de 14% a 17%, isto se dá devido a valorização e qualificação dos colaboradores. Após as despesas da área pessoal, a conta dos fornecedores é a segunda mais representativa, principalmente no mês de Setembro com 45% em relação as entradas, este aumento ocorre todos os finais de ano, devido a demanda pelas vendas e serviços.

A partir da elaboração do fluxo de caixa histórico verifica que a empresa vem apresentando razoavelmente bons resultados financeiros, contudo percebe-se assim a falta de instrumento de gestão financeira que porporcione uma visão antecipada dos fatos. Pois o planejamento anual em que a empresa vinha se baseando para a gestão financeira não é o mais indicado devido as oscilações, De acordo Zdanowicz (2002, p.247):

Para uma empresa sujeita às oscilações expressivas e irregulares das vendas, os períodos orçamentários de caixa serão necessariamento bastante curtos, tendo em vista que, para horizontes de planejame maisnto longos, as estimativas estariam sujeitas ao elevado grau de incerteza, apresentando, portanto, pouca utilidade prática.

Assim visando o orçamento de caixa, mostra-se essencial à pesquisa as seguintes premissas orientadoras, que refletem os objetos e metas a serem cumpridos no período de Outubro, Novembro e Dezembro 2011. Essas premissas foram elaboradas por meio das entrevistas com os gestores conforme o quadro 4:

Quadro 4 – Premissas orientadas do orçamento de caixa 10 – 12/2011

Descrição / Meses Outubro Novembro Dezembro

Aumento nas receitas com vendas 15% 30% 30%

Aumento nas receitas com serviços 80% -- 2%

Redução nas receitas com serviços -- 40%

--Aumento no quadro de funcionários 3 1 0

Aumento nos salários 20% 10% 25%

Redução das rescisões 50% --

--Férias Sem projeções de férias

13 salário R$ - R$ 3.845,30 R$ 4.145,30

Aumento no INSS decontado 20% 10% 125%

Aumento no FGTS descontado 20% 60% 75%

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Aumento na mensalidade sindical 20% 25% 25% Aumento de combustível R$ 340,00 R$ 380,00 R$ 430,00

Aumento de energia elétrica 8% 12% 12%

Aumento de água 2% 4% 4%

Aumento de telefone 5% 8% 8%

Aumento material de escritório 15% --

--Aumento manutenção máquinas e equipamentos R$ 350,00 R$ - R$ 500,00 Aumento material de higiene e limpeza R$ 115,00 R$ 150,00 R$ 150,00

Aumento material de consumo -- -- 5%

Aumento de uniformes -- -- R$ 380,00

Aumento Fornecedores 10% 12% 12%

Depois de projetado o período, como mostra o Quadro 5, deverá ser feito um controle entre o realizado e o orçado, podendo assim visualizar melhor o porque não foi alçando os objetivos.

Quadro 5 – Período orçado Outubro de 2011 a Dezembro 2011

Descrição / Períodos Outubro Novembro Dezembro

P R D P R D P R D

[1] Saldo de caixa inicial 91.424,36 107.149,36 115.634,65

[2] Entradas de caixa 44.093,56 47.155,50 49.557,15

Vendas a vista 10.156,77 12.098,10 15.087,40

Vendas a prazo 31.367,89 32.643,70 33.382,31

Serviços a vista 361,13 211,56 177,48

Serviços a prazo 2.060,03 2.072,82 859,03

Juros Aplicação Financeira 147,74 129,32 50,93

[3] Caixa Disponível (1 + 2) 135.517,92 154.304,86 165.191,80 [4] Saídas de caixa 28.368,56 38.670,21 50.870,09 Área pessoal 10.890,65 14.381,35 14.223,46 Salários 7.557,24 8.685,51 7.240,40 Rescisões 1.690,58 - - Férias - - - 13 salário - 3.845,30 4.145,30 FGTS 757,04 914,45 1.147,55 FGTS 50% - - - INSS descontado 788,98 835,90 1.587,87 Mensalidade Sindical descontada 80,81 84,18 86,34 Contribuição anual descontada - - -

IRRF 16,01 16,01 16,01 Sócios 2.500,00 2.500,00 2.500,00 Retirada de pró-labore 2.225,00 2.225,00 2.225,00 INSS descontado 275,00 275,00 275,00 Veículos 340,00 425,00 430,00 Combustível 340,00 380,00 430,00 Manutenção - 45,00 - IPVA - - - Seguro - - - Despesas Administrativas 2.750,77 3.128,86 3.752,47

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Energia elétrica 1.340,78 1.395,65 1.332,05

Água 32,67 40,51 33,31

Telefone 207,83 249,65 234,61 Locação de máquinas e equipamentos - - - Seguro - - - Material de Escritório 264,50 - - Mensalidades licença nfe safeweb 90,00 90,00 90,00 Anuidade Prefeitura para tirar NFE - - - Manutenção máquinas e equip. 350,00 - 500,00 Manutenção de equip. de informática - - - Serviços Terceirizados - 853,05 - Material de higiene e limpeza 115,00 150,00 150,00 Material de consumo - - 682,50 Honorários contabilidade 350,00 350,00 350,00 Taxas Livro e autenticações - - - Uniformes - - 380,00

Despesas com prédio 1.921,25 1.921,25 1.921,25

Aluguéis 1.811,25 1.811,25 1.811,25 Material de segurança - - - IPTU 8 parcelas a partir de junho 110,00 110,00 110,00

Fornecedores 3.976,50 9.870,01 20.737,16

Fornecedores 3.976,50 9.870,01 20.737,16 Impostos s/venda e serviço 2.922,35 3.381,55 4.178,02 Simples Nacional s/venda 2.758,98 3.285,84 4.097,73 Simples Nacional s/serviço 163,37 95,71 80,29 Máquinas e equipamentos financiados 2.936,98 2.952,17 2.986,32 Financiamento 2.936,98 2.952,17 2.986,32 Despesas financeiras 130,05 110,02 141,41 Tarifas bancárias 92,00 62,00 62,00 IOF 1,59 - 2,35 Taxas - - - Serviços de débito 34,00 43,50 45,00 Juros e comissões bancárias - - - IR Aplicação financeira 2,46 4,52 32,06

[5] Saldo Final (3-4) 107.149,36 115.634,65 114.321,71

Fonte: Adaptado de Zdanowicz (2002). P = projetado; R = realizado; D = defasagem

5 Considerações finais

Através da pesquisa realizada pôde-se verificar que a empresa Alfa carece de melhorias em se tratando de instrumentos de apoio à gestão financeira. O fato se dá devido à utilização incorreta do fluxo de caixa. Os sócios têm conhecimento de todas as movimentações financeiras diárias, porém como administram um fluxo de caixa

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onde os dados são unidos com os de outra empresa, não conseguem ter domínio da situação financeira atual, bem como tomar decisões com base em dados confiáveis. Sugere-se que inicie a separação dos dados financeiros para a elaboração de um fluxo de caixa diário, descriminando todas as entradas e saídas. O modelo diário conforme Zdanowicz (2002. p.128) “fornecerá a posição dos recursos em função dos ingressos e desembolsos de caixa, constituindo-se em poderoso instrumento de planejamento e controle financeiros para a empresa”. Zdanowicz (2002. p.127) também destaca que “outro papel importante, que desempenha o fluxo de caixa, é a possibilidade de evitar a programação de desembolsos vultosos para períodos em que os ingressos orçados sejam baixos por questão de mercado”.

Para melhor gerenciamento, sugere-se ainda que a empresa ao invés de fazer um planejamento anual, utilize o orçamento diário, semanal ou mensal, pois segundo Zdanowicz (2002. p.128) “quando as atividades estão sujeitas a grandes oscilações, a tendência é para estimativas com prazos curtos (diário, semanal ou mensal)”. Assim, será possível antecipar se haverá excedentes de caixa ou déficits de caixa, podendo analisar melhores formas de aplicações e empréstimos caso seja necessário; esta ferramenta também auxiliará para a empresa atingir seus objetivos e metas, em termos de liquidez e rentabilidade.

A proposta pretendida pelo estudo foi aceita pelos gestores, uma vez que se pode ter uma visão mais clara da situação financeira da empresa, possibilitará aos sócios terem uma eficiente gestão, através de grandes ferramentas com dados confiáveis, auxiliando como base para processo de tomada de decisão.

6 Referências

FREZATTI, Fábio. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de Administração Financeira. 10. ed. SãoPaulo: Atlas, 2004.

______. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010.

(16)

MACHADO, José Roberto. Administração de Finanças Empresariais. 2. ed. Riode Janeiro: Qualitymark, 2004.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

SANVICENTE, Antonio Zoratto; SANTOS, Celso da Costa. Orçamento na

administração de empresas: planejamento e controle. 2. ed., 17. Reimpressão.

São Paulo: Atlas, 2006.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.

WESTON, J. Fred; BRIGHAM, Eugene F. Fundamentos da Administração

Financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 2000.

ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiro. 9. ed. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2002

Referências

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