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artigo 5º da Lei 7.347/85, ingressar com AÇÃO CIVIL PÚBLICA (COM PEDIDO DE LIMINAR)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA ____ FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE GOIÂNIA-GOIÁS

SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DE GOIÁS – SINTEGO/GO, inscrito no CNPJ/MF

sob o nº. 25.107.087.0001-21, com sede na Rua 236, nº 230, Setor Coimbra, Goiânia – GO, CEP: 74.535-030, endereço eletrônico: www.sintego.org.br, VEM, respeitosamente à presença de V. Exª., por intermédio de seus advogados infra-assinados, com escritório estabelecido à Rua 236, n˚ 230 - Setor Coimbra - CEP 74535-030,

endereço eletrônico: juridico@sintego.org.br, com fundamento no

artigo 5º da Lei 7.347/85, ingressar com

AÇÃO CIVIL PÚBLICA (COM PEDIDO DE LIMINAR)

Contra

ESTADO DE GOIÁS - pessoa jurídica de direito público, CNPJ

01.409.580/0001-38, com endereço eletrônico: www.goais.gov.br.

representado na pessoa de seu Procurador Geral do Estado, estabelecido em Goiânia, à Praça Pedro Ludovico Teixeira, n˚ 26 - Centro, endereço eletrônico: www.pge.go.gov.br.

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DOS FATOS

O autor é entidade sindical legalmente constituída, inscrita regularmente no Ministério do Trabalho, conforme documentos anexos e representa os trabalhadores em Educação no Estado de Goiás e nos diversos municípios do Estado, constituídos de professores e agentes administrativos tanto dos municípios quanto aos do Estado de Goiás.

Na presente ação civil pública, o autor atua na condição conferida pelo artigo 8˚, inciso III da Constituição Federal, com os poderes outorgados pela Lei 7.347/85, especificamente no disposto no artigo 5˚, porquanto é associação civil constituída há mais de um ano e tem a prerrogativa de defender e reivindicar direitos coletivos e difusos da categoria.

Versa a ação sobre a defesa e direitos da categoria dos professores da rede pública estadual de ensino, contratados de forma temporária, na forma do artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal, de receberem os seus respectivos salários ou remunerações, cujo o Governo do Estado de Goiás não se comprometera ao respectivo pagamento.

Também, a presente ação visa a garantir para os professores contratados sob essa condição o pagamento do PISO NACIONAL garantido pela Lei 11.738/08, pois os professores

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percebem, muitos deles, menos que o salário mínimo e todos inferiores ao PISO NACIONAL.

DO DIREITO

I - LEGITIMIDADE

O autor é entidade sindical legalmente constituída, inscrita regularmente no Ministério do Trabalho, conforme documentos anexos e representante dos professores e agentes administrativos do Estado de Goiás e dos Municípios do Estado.

Na presente ação civil pública, o autor atua na condição conferida pelo artigo 8˚, inciso III da Constituição Federal, com os poderes outorgados pela Lei 7.347/85, especificamente no disposto no artigo 5˚, porquanto é associação civil constituída há mais de um ano e tem a prerrogativa de defender e reivindicar direitos coletivos e difusos da categoria.

O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA já firmou entendimento que os sindicatos possuem legitimidade para proposição de Ação Civil Pública:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SINDICATO. DEFESA DE INTERESSE COLETIVO. LEGITIMIDADE ATIVA. PRECEDENTES DESTA CORTE.

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1. Na hipótese vertente, afirma a agravante que não se trata de direitos individuais homogêneos, mas de interesse coletivo, razão pela qual não possui o Sindicato dos Servidores Públicos do Ministério Público da União legitimidade para ajuizamento da ação civil pública.

2. A Lei n. 7.437/1985, que regula a ação civil pública, aplica-se à defesa, entre outros, de interesses difusos e coletivos (art. 1º, IV).

3. Por outro lado, a Lei n. 8.078/1990 possibilita o ajuizamento da mencionada ação, também, para a defesa de interesses individuais homogêneos.

4. Nesse diapasão, a jurisprudência consolidada nesta Corte consagrou o entendimento de que a legitimidade conferida aos sindicatos diz respeito tanto a interesses coletivos quanto a individuais homogêneos, mesmo que tais interesses não se enquadrem como relação de consumo.

5. Portanto, sob qualquer ângulo que seja analisada a questão ora posta em juízo, a legitimidade do Sindicato para a propositura da ação civil pública restará configurada.

6. Agravo regimental não provido.

(AgRg no REsp 1021871/DF, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 30/06/2015, REPDJe 08/09/2015, DJe 03/08/2015)

Embora a legitimidade do sindicato seja ampla para propor AÇÃO CIVIL PÚBLICA, a questão aqui é ainda mais considerável por se tratar de direitos individuais homogêneos e também de interesse coletivo, visto que o recebimento do PISO NACIONAL por parte dos professores de contrato temporário da rede estadual, bem como os seus salários, que integram a categoria que o Sindicato autor representa, é um direito individual de cada um e homogêneo, comum a todos.

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Assim, não resta dúvidas acerca da legitimidade do autor para a propositura da presente ação civil pública em desfavor do Município réu, para compelir este ao pagamento do PISO NACIONAL aos professores da rede pública municipal de ensino.

II- DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA

Por exceção, a Constituição Federal, nos casos previstos em lei, admite a contratação temporária de servidores públicos, conforme reza o artigo 37, inciso IX. 1

Também, de igual teor, a Constituição Estadual, em seu artigo 92, inciso X , admite a contratação temporária de 2 servidores públicos, nos casos previstos em lei.

No âmbito estadual, veio a Lei 13.664/2000, disciplinando - atualizada por outras leis - a contratação temporária de servidores públicos, dentre eles, professores substitutos, conforme disciplinado pelo artigo 2˚, inciso III da referida Lei:

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado

1

para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

X – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado

2

para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público;

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Art. 2º - Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse público aquela que comprometa a prestação contínua e eficiente dos serviços próprios da administração pública, nos seguintes casos: (…)

III – admissão de professor substituto e professor visitante;

Inicialmente, a previsão de tempo para a contratação temporária era de até 1(um) ano, sendo que pela redação dada pela Lei 18.190/2013, estendeu-se o prazo para até, no máximo, 03(três anos).

O contrato temporário é realizado mediante processo seletivo simplificado, ao teor do disposto no artigo 3˚ da referida lei estadual, sendo, no caso dos docentes para suprir a falta diante da vacância do cargo público ou pela ausência de preenchimento em concurso público.

O que era regra, virou exceção, passando o Estado a preencher os cargos somente por contratação temporária e não por concurso público, mesmo com o aumento de vagas de cargo de professor.

Ocorre, entretanto, além de tudo, o Estado não vem honrando com o compromisso de pagamento a todos os professores contratados sob o regime temporário estabelecido pela Lei 13.664/2000. Muitos deles - senão todos - estão sem

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receber os salários ou a remuneração durante todo o período contratado (3 anos).

São milhares de professores nesta condição, análoga a escravo, sem receber seus salários e com inúmeras dificuldades financeiras decorrentes disso.

Além de não receberem seus salários, os professores admitidos nesta condição, são ou foram contratados mediante o pagamento de salários menor do que o Salário Mínimo e até mesmo o PISO NACIONAL do Magistério.

DO PISO NACIONAL

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 206, inciso VIII, determinou o piso nacional aos profissionais de educação:

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal.

A Emenda Constitucional n˚ 53, de 19 de dezembro de 2006, também fez introduzir no artigo 60, inciso III, letra “e" dos ADTC, a determinação ao Governo Federal, a regulamentação do PISO NACIONAL aos professores:

III - observadas as garantias estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caput do art. 208 da Constituição Federal e as metas de universalização

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da educação básica estabelecidas no Plano Nacional de Educação, a lei disporá sobre:

(…)

 e) prazo para fixar, em lei específica, piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica;

A Lei específica que veio para fixar e regulamentar o PISO NACIONAL foi a Lei. 11.738/2008, sendo fixado a partir de 2008, conforme o disposto em seu artigo 2˚

Art. 2o  O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica será de R$ 950,00 (novecentos e cinqüenta reais) mensais, para a formação em nível médio, na modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

A vigência dessa Lei gerou muita controvérsia acerca das verbas que comporiam o PISO NACIONAL, até que o STF, por meio da ADI 4167-DF considerou a Lei constitucional ao estabelecer como piso, o vencimento e não a remuneração, contudo, tendo efeito ex nunc:

Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PROPÓSITO MODIFICATIVO. MODULAÇÃO TEMPORAL DOS

EFEITOS DE DECLARAÇÃO DE

CONSTITUCIONALIDADE. ACOLHIMENTO PARCIAL. AGRAVO REGIMENTAL. EFICÁCIA DAS DECISÕES PROFERIDAS EM CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE QUE FOREM OBJETO DE RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PERDA DE OBJETO. PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA. 1. A Lei 11.738/2008

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passou a ser aplicável a partir de 27.04.2011, data do julgamento de mérito desta ação direta de inconstitucionalidade e em que declarada a constitucionalidade do piso dos professores da educação básica. Aplicação do art. 27 da Lei 9.868/2001. 2.

Não cabe estender o prazo de adaptação fixado pela lei, nem fixar regras específicas de reforço do custeio devido pela União. Matéria que deve ser apresentada a tempo e modo próprios aos órgãos competentes. 3. Correções de erros materiais. 4. O amicus curie não tem legitimidade para interpor recurso de embargos de declaração. Embargos de declaração opostos pelo Sindifort não conhecidos. 5. Com o julgamento dos recursos de embargos de declaração, o agravo regimental interposto da parte declaratória do despacho que abriu vista dos autos à União e ao Congresso Nacional perdeu seu objeto. Recursos de embargos de declaração interpostos pelos Estados do Rio Grande do Sul, Ceará, Santa Catarina e Mato Grosso parcialmente acolhidos para (1) correção do erro material constante na ementa, para que a expressão “ensino médio” seja substituída por “educação básica”, e que a ata de julgamento seja modificada, para registrar que a “ação direta de inconstitucionalidade não foi conhecida quanto aos arts. 3º e 8º da Lei 11.738/2008, por perda superveniente de seu objeto, e, na parte conhecida, ela foi julgada improcedente”, (2) bem como para estabelecer que a Lei 11.738/2008 passou a ser aplicável a partir de 27.04.2011. Agravo regimental interposto pelo Estado do Rio Grande do Sul que se julga prejudicado, por perda superveniente de seu objeto.

(ADI 4167 ED, Relator(a):  Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 27/02/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-199 DIVULG 08-10-2013 PUBLIC 09-10-2013)

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Dessa forma, a partir do julgamento da ADI 4167/ DF, em 27 de abril de 2011, o PISO NACIONAL passou a ser correspondente ao vencimento base e não a remuneração, como era antes desta data.

Verifica-se que os professores tem direito de receberem o PISO NACIONAL, nele compreendido o vencimento base e não a remuneração com todas as vantagens decorrentes.

Contudo, o Estado de Goiás, além de não efetuar o pagamento dos salários ou da remuneração devida aos professores da rede pública estadual, remunera os professores (quando o faz) com abaixo do PISO NACIONAL fixado pela Lei 11.738/2008.

Observa-se anexa a esta petição, várias noticias acerca da seleção simplificada de professores em caráter temporário com a percepção de remuneração menor que o valor do Salário Mínimo.

Na seleção de 2015, o jornal O POPULAR anuncia a seleção com o salário de 50% menor, sendo os valores os mesmos de 2011 e sem observar o valor do PISO NACIONAL. O jornal ainda informa que o PISO para uma jornada de 40 horas estabelece o valor de R$ 1.917,78, os professores de contrato temporário receberiam o valor de R$ 1.308,44.

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Valor este que foi repetido também no ano de 2016, conforme o anexo I do Edital 001/2016.

São devidos os pisos nacionais, diferenças, valores da tabela (aqui sem a correção monetária) abaixo, o PISO NACIONAL da LEI 11.738/2008, a todos os professores de educação básica, independente do regime de carreira ou temporário, conforme a seguir.

Para pagar valores inferiores ao PISO NACIONAL e até menor que o salário mínimo, isto porque o PISO é proporcional às jornadas de 20 horas, 30 horas e 40 horas, a remuneração dos contratados temporariamente seguem a mesma lógica.

A lei federal 11.738/08 é constitucional, foi assim declarada pelo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, cabendo aos entes federativos a irrestrita obediência, sob pena de estar agindo contra o princípio da legalidade da administração pública, pois

ANO

REAJUSTE PISO

2012

22,22%

R$1451,00

2013

7,97%

R$1.567,00

2014

8,32%

R$1.697,00

2015

13,01%

R$1.917,68

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cabe ao chefe do Executivo e aos seus auxiliares (Secretários etc) fazer aquilo que a Lei determinar.

Os professores temporários, que deveriam ser exceção, pois a regra é o Concurso Público, estão permanentemente sendo selecionados de forma indevida, visto que a sua contratação deveria ser para suprir o não preenchimento de vagas em concurso público de professores efetivos ou de substituir o professor que saiu da rede pública até a realização de concurso público, tornou-se prática comum e corriqueira do Estado de Goiás.

A contratação de servidores em caráter temporário transformou, a bem da verdade, em um modo de burlar a obrigatoriedade de pagar o PISO NACIONAL aos professores da rede pública estadual de educação básica.

Por seu turno, a Lei 11.738/08 não diferenciou o regime de admissão dos professores para que estes tivessem direito ao PISO NACIONAL, de modo que o Estado não vem cumprindo esta obrigação como exaustivamente comprovado pelos jornais e, em especial, pelo próprio Edital de Seleção 001/2016 da SEGPLAN.

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III- DA LIMINAR

A Lei 9.494/97, mais precisamente o artigo 2˚-B, que permite que a inclusão em folha de pagamento somente pode ser executada mediante sentença transitada em julgada não se aplica ao presente caso.

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás tem esse mesmo entendimento, conforme a decisão proferida em Acórdão, nos autos do Processo n˚ 201291587802, de lavra do Desembargador Zacarias Neves Coelho, cuja EMENTA é a seguinte:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C COBRANÇA. PISO NACIONAL DE SALÁRIO. PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO PÚBLICO DA EDUCAÇÃO BÁSICA. AN-TECIPAÇÃO DE TUTELA. POSSIBILIDADE. MULTA MENSAL (ASTREINTE) DEVIDA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. O piso salarial nacional dos profissionais do magistério público da educação básica foi instituído pela Lei Federal n. 11.738/2008. Segundo precedentes deste Tribunal, desde a entrada em vigor da referida lei até a data do julgamento da ADI n. 4.167/DF, pelo STF, o piso salarial dessa categoria profissional deve corresponder a sua remuneração global, e após o julgamento da referida ADI, o vencimento básico desses profissionais não poderá ser inferior ao piso nacional. No caso, o comando da Lei n. 11.738/2008 foi ignorado pelo Município réu, razão por que a autora faz jus às diferenças

vencimentais correspondentes. 2. A

antecipação de tutela contra a Fazenda Pública pode ser concedida, desde que a situação não esteja inserida nas proibições da Lei n. 9.494/97, segundo a qual não será

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deferido o provimento liminar

quando isso implicar em

reclassificação ou equiparação de servidor público, ou em concessão de aumento de vencimento ou extensão de vantagens. No caso dos autos, a antecipação foi deferida para compelir o Município réu a pagar à autora o piso salarial nacional dos profissionais do magistério público da educação básica, estabelecido pela Lei Federal n. 11.738/2008, que prevê o seu reajuste anual, previsão essa não vedada naquele diploma legal já referido. 3. Em se tratando de obrigação de fazer, é permitida a imposição de multa cominató-ria ao devedor, aí incluídas as fazendas públicas. 4. Não há que se reduzir o valor fixado a título de honorários advocatícios quando o magistrado observa os parâmetros do art. 20, §4º, da Lei Ritos. 5. À vista do entendimento firmado pelo STF no julgamento da ADIn n. 4.357/DF, a 1ª Seção do STJ, ao julgar o REsp n. 1.270.439/PR sob o rito do art. 543-C do CPC, estabeleceu que, nos casos em que a condenação imposta à Fazenda Pública não seja de natureza tributária, os juros moratórios devem ser calculados com base no índice oficial de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei n. 9.494/97, com redação da Lei n. 11.960/09), enquanto que a correção monetária, por força da declaração de inconstitucionalidade parcial do art. 5º da Lei n. 11.960/09, deverá ser calculada com base no IPCA, índice que melhor reflete a inflação acumulada do período. Destar-te, quanto a este aspecto e por se tratar de matéria de ordem pública, impõe-se a adequação da parte dispositiva da sentença. Apelação cível parcialmente provida. Sentença reformada em parte.

(TJGO, APELACAO CIVEL 158780-08.2012.8.09.0126, Rel. DES. ZACARIAS NEVES COELHO, 2A CAMARA CIVEL, julgado em 24/06/2014, DJe 1575 de 02/07/2014)

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Assim, presentes os requisitos da liminar definidos no artigo 12 da Lei 7.347/85, possível é a sua concessão, visto compreender uma obrigação de fazer do Estado de Goiás a pagar PISO NACIONAL aos professores da rede pública estadual de educação básica, desde a partir do presente mês de junho/2016.

Da mesma forma, cabe determinar liminarmente, o pagamento dos salários, compreendido os meses de atraso, com a devida correção monetária,

DO PEDIDO

POSTO ISSO, requer seja a ação civil pública julgada procedente para o réu cumprir a obrigação de fazer o pagamento do PISO NACIONAL aos professores contratados sob regime temporário, a partir a partir de janeiro de 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016, conforme os valores definidos pela tabela nesta petição e de acordo com a Lei 11.738/08, descontando-se os valores salariais percebidos inferiores ao PISO.

Requer, de acordo com a Lei 7.347/85, artigo 12, a concessão da medida liminar para, a partir de junho de 2016, seja efetuado o pagamento do complemento salarial aos professores contratados em regime temporário, sendo o valor de R$ 2.135,64, para jornada de 40 horas e o valor proporcional para as jornadas de 20 horas e 30 horas, sob pena de aplicação de multa diária de R$ 50.000,00.

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Requer, outrossim, liminarmente, seja determinado o pagamento dos salários aos professores sob o regime de contrato temporário, independentemente do valor do PISO NACIONAL, que se encontram em atraso por mais de 30(trinta) dias.

Requer a citação do réu, no endereço indicado, para o fim de apresentar resposta, no prazo legal, sob pena de ser considerado revel.

Protesta provar o alegado com todas as provas admitidas, tais como provas documentais, periciais etc.

Valor da causa — R$ 10.000.000,00 NESTES TERMOS

PEDE DEFERIMENTO.

Goiânia-GO, 19 de junho de 2016

Carlos Eduardo Ramos Jubé OAB-GO 10.989

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