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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS CAMPUS CURITIBANOS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA. Fernanda Conte

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Academic year: 2021

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CAMPUS CURITIBANOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Fernanda Conte

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO EM CLÍNICA MÉDICA, ONCOLÓGICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS

Curitibanos 2021

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Fernanda Conte

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO EM CLÍNICA MÉDICA, ONCOLÓGICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS

Trabalho Conclusão do Curso de Graduação em Medicina Veterinária do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obtenção do título de Médico Veterinário.

Orientador: Prof. Dr. Rogério Luizari Guedes.

Curitibanos 2021

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Ficha de identificação da obra

A ficha de identificação é elaborada pelo próprio autor. Orientações em:

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Fernanda Conte

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO EM CLÍNICA MÉDICA, ONCOLÓGICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS

Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Médica Veterinária.

Curitibanos, 2021

________________________ Prof. Dr. Malcon Andrei Martinez Pereira

Coordenador de Curso

Banca Examinadora:

________________________ Prof. Dr. Rogério Luizari Guedes

Orientador

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

________________________ Prof. Dr. Adriano Tony Ramos

Avaliador (a)

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________ Médica Veterinária Alessandra Nelcir Berri

Avaliador (a)

(5)

Este trabalho é dedicado para meus pais, irmãs e a todos os amigos e professores que contribuíram para minha formação pessoal e profissional.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter guiado e cuidado de meus passos durante toda minha vida. Por não ter soltado minha mão em nenhuma dificuldade e estar comigo em todos os momentos de conquista. A você meu Deus, dedicarei todos os meus dias de profissão, buscando dar sempre o melhor aos meus pacientes.

Agradeço meus amados pais, Édna e Idanir por apoiarem e incentivarem meu sonho de ser Médica Veterinária desde pequena. Vocês foram essenciais em todos os aspectos para que eu chegasse até aqui, exemplos de perseverança e luta para meu dia-a-dia. Sou quem sou graças a vocês e para vocês. Muito obrigada!

Agradeço as minhas irmãs, Amanda e Tainara por todos os conselhos, conversas e apoio em minha formação pessoal e profissional, sem vocês com certeza não teria chegado aonde cheguei. Amo vocês maninhas.

Agradeço a meu orientador, Prof. Dr. Rogério Luizari Guedes por abrir as portas do mundo da Cirurgia Veterinária desde nosso primeiro dia de aula. Agradeço pela oportunidade de ser monitora e acompanhar toda a rotina do setor cirúrgico. Muito obrigada por todos os ensinamentos, conselhos, assistências e disponibilidade. Você é um excelente profissional, exemplo a ser seguido por todos os amantes da Cirurgia. Minha eterna gratidão professor!

Agradeço imensamente os professores da graduação: Prof. Dr. Adriano Tony Ramos, Prof. Dr. Conrado de Oliveira Gamba, Profa. Dra. Francieli Cordeiro Zimermann e a Profa. Dra. Marcy Lancia Pereira por me orientarem durante boa parte de minha formação como Médica Veterinária. Vocês foram os grandes responsáveis pela escolha de uma das áreas que amo e pretendo trabalhar, a Oncologia Veterinária. Meu eterno agradecimento a vocês e as equipes do LACIPA e LABOPAVE, lembrarei de vocês com muito carinho, pois fazem parte da família que construí na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Agradeço as irmãs que a Veterinária me proporcionou, Eduarda Munari e Gislaine Santos. Não tenho palavras para agradecer tudo que fizeram por mim, mulheres lindas, batalhadoras e fortes, as quais terão um futuro brilhante pela frente. Vocês foram fundamentais durante estes 5 anos, sem vocês nada disse teria sido tão desesperador e divertido e ao mesmo tempo. De Santa Catarina para o mundo, onde quer que eu esteja levarei vocês comigo.

Agradeço ao grupo de amigos “O pai conhece o gado”, composto pelos grandes profissionais: Alex, Arthur, Eduarda, Fernanda, Gislaine, Júlia, Jean, Mariana, Nathalia e

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Vinícius. Muito obrigada pelas risadas, brigas, companheirismo e principalmente pela nossa amizade. Vencemos essa batalha juntos, apesar de todas as dificuldades encontradas. Muito obrigada de coração, vocês estarão sempre em meu coração.

Agradecimento especial ao meu grande amigo Guilherme Serena, o qual foi meu amigo de laboratório e professor da disciplina de Patologia Especial. Que honra poder ter trilhado este caminho contigo. Obrigada por compartilhar momentos tão importantes em minha vida.

Agradeço a minha amiga, irmã, maquiadora e eterna vizinha Barbara Marçal por todos os momentos fantásticos vividos. Você é uma mulher admirável e possui um grande potencial nas mãos. Brilhe linda, obrigada por toda ajuda nesta reta final.

Agradeço a todos os amigos que fiz durante o período de graduação na cidade de Curitibanos - SC e em todos os locais que tive oportunidade de estagiar. Mesmo não citando nomes neste tópico sintam-se agradecidos, todos possuem um lugar especial em meu coração. Agradeço a todos os professores e profissionais do Ensino Fundamental, Médio e da Universidade Federal de Santa Catarina. Levarei eternamente vocês em meu coração. Tenho muito orgulho da mulher e profissional com a qual estou me tornando, e vocês são responsáveis por isso. Muito obrigada.

Agradeço ao Hospital Veterinário BMVet pela oportunidade de realizar uma parte do estágio curricular obrigatório. Muito obrigada aos médicos veterinários Bruno Marostica, Isabella Zapolla, Lucas Pimenta e Paulo Jark, por todo conhecimento compartilhado e por me ensinarem o valor da humildade profissional. Não há palavras para descrever o quanto evolui durante este período, tanto pessoal quanto profissionalmente. Vocês foram luz em minha vida, muito obrigada.

Agradeço também a toda equipe de profissionais do Hospital Veterinário Vida Pets pela oportunidade de acompanhá-los durante um período do estágio curricular e a todas as amizades que fiz durante este ciclo. Gratidão a todos vocês.

Por fim, agradeço todos os anjos (pacientes) que pude acompanhar durante a graduação. Onde quer que estejam, espero que São Francisco de Assis esteja os iluminando.

(8)

“Aprendi com os passarinhos a liberdade. Eles dominam o mais leve sem precisar ter motor nas costas. E são livres para pousar em qualquer tempo nos lírios ou nas pedras – sem se machucarem. E aprendi com eles ser disponível para sonhar.” Manoel de Barros

(9)

RESUMO

O estágio curricular obrigatório tem como papel principal, lapidar o aprendizado obtido pelo acadêmico durante toda a graduação. Ele consiste numa atividade obrigatória supervisionada por professores, destinado a habilitar o desempenho profissional do aluno. Através dele, o estudante tem a possibilidade de escolher uma ou mais áreas, as quais serão esmiuçadas com a vivência prática e teórica neste período. O estágio curricular foi dividido em duas etapas: I) estágio no Hospital Veterinário Vida Pets em Cascavel- PR, e, II) Hospital Veterinário BMVet, SP. As clínicas veterinárias eram particulares, estando localizadas em dois estados diferentes, Paraná e São Paulo. O objetivo da descrição do estágio curricular obrigatório é caracterizar ambos os locais da realização do estágio curricular obrigatório na área de Clínica Médica, Oncológica e Cirúrgica de Pequenos Animais, destacando o funcionamento e estrutura dos estabelecimentos, atividades desenvolvidas durante o período e a casuística acompanhada, discutindo sobre as afecções mais relevantes.

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ABSTRACT

The mandatory curricular internship has as its main role, to refine the learning obtained by the academic during the entire undergraduate course. It consists of a mandatory activity supervised by teachers, aimed at enabling the student's professional performance. Through it, the student has the possibility to choose one or more areas, which will be analyzed with practical and theoretical experience in this period. The curricular internship was divided into two stages: I) internship at the Veterinary Hospital Vida Pets in Cascavel- PR, and, II) Veterinary Hospital BMVet, SP. The veterinary clinics were private, located in two different states, Paraná and São Paulo. The objective of the description of the mandatory curricular internship is to characterize both places of the mandatory curricular internship in the area of Medical Clinic, Oncology and Small Animal Surgery, highlighting the functioning and structure of the establishments, activities developed during the period and the case series followed, discussing the most relevant conditions.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Entrada do Hospital Veterinário Vida Pets ... 19

Figura 2 - Recepção do Hospital Veterinário Vida Pets ... 19

Figura 3 - Consultórios para cães do Hospital Veterinários Vida Pets ... 20

Figura 4 - Sala de espera e consultório de felinos do Hospital Veterinário Vida Pets ... 20

Figura 5 - Sala de Ultrassom e Ecocardiograma do Hospital Veterinário Vida Pets …. 21 Figura 6 - Sala de vacinas do Hospital Veterinário Vida Pets ... 21

Figura 7 - Suíte do tutor e sala de hemodiálise ... 22

Figura 8 - Internamento de cães do Hospital Veterinário Vida Pets ... 22

Figura 9 - Internamento de Gatos do Hospital Veterinário Vida Pets ... 23

Figura 10 - Sala dos médicos veterinários do Hospital Veterinário Vida Pets ... 23

Figura 11 - Área Mista do centro cirúrgico do Hospital Veterinário Vida Pets ... 24

Figura 12 - Salas cirúrgicas 1 e 2 do Hospital Veterinário Vida Pets ... 24

Figura 13 - Sala de esterilização do Hospital Veterinário Vida Pets ... 25

Figura 14 - Salas de exames complementares de sangue e raio-X do Hospital Veterinário Vida Pets ... 25

Figura 15 - Fachada do Hospital Veterinário BMVet ... 35

Figura 16 - Recepção do Hospital Veterinário BMVet ... 35

Figura 17 - Consultório para cães do Hospital Veterinário BMVet. Figura A, destinada aos atendimentos gerais e Figura B para casos oftálmicos ... 36

Figura 18 - Consultório para felinos do Hospital Veterinário BMVet ... 36

Figura 19 - Sala de emergência do Hospital Veterinário BMVet ... 37

Figura 20 - Internação de cães e gatos do Hospital Veterinário BMVet ... 37

Figura 21 - Sala anexa à internação, utilizada para manipulação dos pacientes e cuidados intensivos do Hospital Veterinário BMVet ... 38

Figura 22 - Sala de procedimentos cirúrgicos do Hospital Veterinário BMVet ... 38

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Quimioterapias envolvendo o Sistema acometido, Número de pacientes,

Diagnóstico neoplásico, Protocolo instituído, Quimioterápico da sessão, Dose instituída e Número de sessões do fármaco em cães nas instalações do hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021... 51 Quadro 2 - Quimioterapias envolvendo o Sistema acometido, Número de pacientes,

Diagnóstico neoplásico, Protocolo instituído, Quimioterápico da sessão, Dose instituída e Número de sessões do fármaco em felinos nas instalações do hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021... 52 Quadro 3 - Terapias paliativas envolvendo o Sistema acometido, Número de

pacientes, Diagnóstico neoplásico, Fármaco, Posologia e Número de sessões em caninos nas instalações do hospital veterinário BMVet, no período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021 ... 53 Quadro 4 - Terapias paliativas envolvendo o Sistema acometido, Número de

pacientes, Diagnóstico neoplásico, Fármaco, Posologia e Número de sessões em felinos nas instalações do hospital veterinário BMVet, no período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021 ... 53

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Casuística dos animais atendidos nas instalações do hospital veterinário Vida

Pets, divididos por espécie e sexo, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021... 27 Tabela 2 - Atividades acompanhadas nas instalações do hospital veterinário Vida Pets,

divididas em Consultas/Internações, Procedimentos cirúrgicos, Quimioterapias, Eletroquimioterapias, Criocirurgia, Raio X e Outros procedimentos, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021... 27 Tabela 3 - Casuística dos animais atendidos correlacionados as raças da espécie canina

nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021 ... 28 Tabela 4 - Casuística dos felinos atendidos correlacionados as raças nas instalações do

hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021 ... 28 Tabela 5 - Casuística das consultas correlacionadas aos sistemas de acometimento em

cães e gatos nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021 ... 29 Tabela 6 - Casuística das consultas correlacionadas aos sistemas de acometimento e a

respectiva enfermidade em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021 ... 30 Tabela 7 – Casuística dos procedimentos ambulatoriais relacionados a cães e gatos nas

instalações do hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021 ... 31 Tabela 8 - Casuística dos protocolos quimioterápicos correlacionada ao tipo histológico,

espécie, fármaco empregado e sessões acompanhadas em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021 ... 32 Tabela 9 - Casuística da Clínica Cirúrgica correlacionado sistema orgânico, espécie de

acometimento e percentual em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021 ... 32

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Tabela 10 - Casuística da Clínica Cirúrgica correlacionando sistema orgânico,

procedimento cirúrgico realizado, espécie de acometimento e percentual em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021... 33 Tabela 11 - Casuística dos animais atendidos nas instalações do hospital veterinário

BMVet, divididos por espécie e sexo, no período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021 ... 40 Tabela 12 - Atividades acompanhadas nas instalações do hospital veterinário BMVet,

divididas em Consultas da Clínica Geral, Consultas Oncológicas, Quimioterapias, Terapias Paliativas, Reconsultas Oncológicas, Procedimentos Cirúrgicos, Eletroquimioterapias e Outros Procedimentos, no período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021 ... 41 Tabela 13 - Casuística dos caninos atendidos correlacionados as raças, nas instalações

do hospital veterinário BMVet, no período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021 ... 41 Tabela 14- Casuística dos animais atendidos na Clínica Geral, nas instalações do

hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021 ... 42 Tabela 15- Casuística das consultas correlacionadas aos sistemas de acometimento em

cães e gatos nas instalações do hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021 ... 42 Tabela 16 - Casuística das consultas gerais correlacionadas ao sistema de acometimento

e a respectiva enfermidade em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021... 42 Tabela 17 - Casuística dos procedimentos acompanhados na clínica médica, sendo eles

Coleta de liquido articular, Vacinação, Trocas de curativos e Remoção de Pontos no hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021 ... 44 Tabela 18 - Casuística dos animais atendidos na Clínica Oncológica, nas instalações do

hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021 ... 45 Tabela 19 - Casuística das consultas correlacionadas aos sistemas de acometimento em

cães e gatos nas instalações do hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021 ... 45

(15)

Tabela 20 - Casuística da Cínica Oncológica, correlacionada ao sistema de

acometimento e a respectiva neoplasia em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021 ... 46 Tabela 21 - Casuística dos procedimentos da Clínica Cirúrgica correlacionadas a espécie

de acometimento e percentual em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021 ... 54

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CCoV Coronavírus

CEC Carcinoma espinocelular

CPV Parvovírus canino

CRV Rotavírus

DRS Doutores

FELV Vírus da leucemia felina

H Horas HSA Hemangiossarcoma KG Kilograma IM Intramuscular IV Intravenosa M2 Metro quadrado MG Miligrama

MPA Medicação pré-anestésica

ONGs Organizações não governamentais

OSA Osteossarcoma

SC Subcutâneo

SID Uma vez ao dia

SRD Sem raça definida

TVT Tumor venéreo transmissível

US Ultrassom

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 17

1.1 OBJETIVO ... 17

2 ESTÁGIO I - HOSPITAL VETERINÁRIO VIDA PETS ... 18

2.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL ... 18

2.1.1 Estrutura ... 18

2.1.2 Atividades Desenvolvidas ... 26

2.1.3 Casuística Geral ... 26

2.1.4 Casuística Clínica Médica ... 28

2.1.5 Casuística Clínica Oncológica ... 31

3.1.6 Casuística Clínica Cirúrgica ... 32

3 ESTÁGIO II - HOSPITAL VETERINÁRIO BMVET ... 34

3.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL ... 34

3.1.1 Estrutura ... 34

3.1.2 Atividades Desenvolvidas ... 39

3.1.3 Casuística Geral ... 40

3.1.4 Casuística Clínica Geral ... 42

3.1.5 Casuística Clínica Oncológica ... 44

3.1.6 Casuística Clínica Cirúrgica ... 54

4 CONCLUSÃO ... 57

(18)

1 INTRODUÇÃO

O estágio curricular obrigatório tem como papel lapidar o aprendizado obtido pelo acadêmico durante toda a graduação. Ele consiste numa atividade obrigatória supervisionada por Médicos Veterinários destinado a habilitar para o desempenho profissional. Através dele, o estudante tem a possibilidade de escolher uma ou mais áreas, as quais serão esmiuçadas com a vivência prática e teórica neste período. Além disso, o estágio pode ser realizado em diferentes locais, o que propicia trocas de conhecimento e experiências profissionais ao estudante.

A disciplina de Estágio Curricular Obrigatório da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) possui carga horária total de 540 horas/aula, podendo ser desenvolvidas em Unidades de Ensino, Empresas, Institutos de Pesquisa e outras entidades Públicas ou privadas ligadas ao campo profissional da Medicina Veterinária, de acordo com normas estabelecidas pelo Regulamento de Estágio.

Dessa forma, optou-se pelo estágio curricular obrigatório na área de Clínica Médica, Oncológica e Cirúrgica de Pequenos Animais, sendo dividido em duas concedentes. O primeiro foi realizado no Hospital Veterinário Vida Pets, localizado na Rua Cuiabá, 2073 no bairro Ciro Nardi na cidade Cascavel, Paraná. O estágio iniciou no dia 04 de janeiro de 2021 estendendo-se até o dia 19 de fevereiro de 2021, totalizando 280 horas tendo como supervisor o Dr. Marcelo Morato. O segundo estágio foi realizado no Hospital Veterinário BMvet localizado na avenida Dom Pedro I, Ribeirão Preto no Estado de São Paulo. Esse estágio teve início no dia 26 de fevereiro de 2021 e término no dia 21 de Abril de 2021, totalizando 360 horas, tendo como supervisor o Dr. Bruno Marostica.

1.1 OBJETIVO

Este relatório tem por objetivo descrever ambos os locais do estágio curricular obrigatório na área de Clínica Médica, Oncológica e Cirúrgica de Pequenos Animais, destacando o funcionamento e estrutura dos estabelecimentos, atividades desenvolvidas durante o período e a casuística acompanhada, discutindo sobre as afecções mais relevantes.

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2 ESTÁGIO I - HOSPITAL VETERINÁRIO VIDA PETS

2.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL

O Hospital Veterinário Vida Pets possui duas unidades na cidade de Cascavel - Paraná. A primeira unidade localizada no Bairro Ciro Nardi apresenta um corpo profissional formado por 12 médicos veterinários especializados nos serviços de Anestesiologia, Cardiologia, Dermatologia, Medicina Felina, Odontologia, Cirurgias Gerais, Ortopedia e Oncologia Veterinária. A outra Unidade localizada no Bairro São Cristovão, disponibiliza banho e tosa para cães e gatos, além de contar com os serviços de clínica veterinária, porém não há a realização de procedimentos cirúrgicos nesta unidade.

Dando ênfase à parte cirúrgica e oncológica, os médicos veterinários responsáveis são a Dra. Letícia Lima e o Dr. Marcelo Morato, o qual foi meu supervisor no Hospital Veterinário Vida Pets.

O hospital veterinário apresenta funcionamento de segunda à sexta-feira das 8h00 às 19h00 e aos sábados das 8h00 às 13h00. Entretanto, após esse período há o atendimento normal dos pacientes contando com o suporte de um médico veterinário plantonista, auxiliar de veterinário e um estagiário.

2.1.1 Estrutura

O hospital veterinário conta com dois andares de estrutura física. A fachada da clínica apresenta um amplo letreiro com o nome do estabelecimento. Nela ainda há a presença de um estacionamento com quatro vagas para que os clientes possam deixar seus carros no momento do atendimento clínico. Ambas as informações podem ser vistas na Figura 1.

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Figura 1 - Entrada do Hospital Veterinário Vida Pets.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

O primeiro andar/térreo apresenta uma recepção onde ficam disponíveis alguns itens para venda como rações, petiscos, xampus, picolés para pets e certos medicamentos. Além disso, há cadeiras para acomodação dos clientes e uma cafeteira e bebedouro com livre acesso. Duas recepcionistas ficam incumbidas pelo agendamento de consultas e cirurgias, além de exercerem a parte de cobranças e vendas em geral, as quais também destinam as amostras biológicas para outros laboratórios quando necessário (Figura 2).

Figura 2- Recepção do Hospital Veterinário Vida Pet.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

Neste mesmo andar encontram-se três consultórios, sendo dois destinados a cães (Figura 3) e um destinado a gatos, o qual possui também sala de espera para evitar o estresse aos felinos (Figura 4). Os consultórios possuem os equipamentos necessários para triagem dos animais, mesa com gavetas para guardar utensílios em geral e pias para higienização das mãos. Ao lado dos consultórios encontra-se a sala de ultrassonografia e

(21)

ecocardiograma utilizados para avaliação dos pacientes em geral (Figura 5), sala de vacinação (Figura 6), sala Mundo à Parte atribuída à reabilitação e fisioterapia e farmácia.

Figura 3 - Consultórios para cães do Hospital Veterinários Vida Pets.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

Figura 4 - Sala de espera e consultório de felinos do Hospital Veterinário Vida Pets.

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Figura 5 - Sala de Ultrassom e Ecocardiograma do Hospital Veterinário Vida Pets.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

Figura 6 - Sala de vacinas do Hospital Veterinário Vida Pets.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

No outro lado do hospital encontra-se a cozinha onde os funcionários podem cozinhar ou aquecer suas refeições, lavanderia, auditório para reuniões ainda inativado, quarto do plantonista, quarto dos estagiários, banheiros masculinos e femininos e também a suíte do tutor (Figura 7), local onde o proprietário pode permanecer 24h por dia com seu animal durante o internamento. Nesta sala também é realizada hemodiálise em pacientes com Insuficiência Renal.

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Figura 7 - Suíte do tutor e sala de hemodiálise.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

No segundo andar localiza-se o internamento dividido em canil, contendo dezoito baias pequenas e médias (Figura 8) e três baias para os animais de grande porte. O gatil contém sete baias (Figura 9), além destes ainda há o internamento de doenças infecciosas com oito baias. Ambos apresentam mesa para manipulação dos pacientes, armários para utensílios gerais e pias/tanques para higiene pessoal e dos objetos. Os animais não possuem contanto entre as baias e cada uma é identificada contendo uma prancheta para anotações gerais. Entre os internamentos situa-se a sala dos Médicos Veterinários, atribuída para a discussão de casos clínicos, a qual ainda apresenta paredes de vidro para monitoração dos pacientes e um quadro de parede com informações dos pacientes (Figura 10).

Figura 8 - Internamento de cães do Hospital Veterinário Vida Pets.

(24)

Figura 9 - Internamento de Gatos do Hospital Veterinário Vida Pets.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

Figura 10 - Sala dos médicos veterinários do Hospital Veterinário Vida Pets.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

O centro cirúrgico fica fora da área de consultórios e internamentos, onde somente médicos veterinários e estagiários podem adentrar. É dividido em área mista e área limpa, sendo a primeira um corredor com o lavabo para antissepsia das mãos contendo um armário com propés, aventais descartáveis, máscaras (Figura 11) e o segundo composto pelas duas salas cirúrgicas propriamente ditas. A avaliação pré-anestésica, medicação pré-anestésica (MPA), tricotomia e recuperação anestésica do paciente são feitas no internamento da respectiva espécie. A área limpa possui duas salas cirúrgicas, a primeira reservada aos procedimentos contaminados e/ou odontológicos (Figura 12A). A segunda sala cirúrgica é usada para procedimentos cirúrgicos não

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contaminados como os oncológicos e eletivos (Figura 12B). Todas as salas possuem carrinho de anestesia inalatória, mesa cirúrgica, armários, medicamentos e utensílios de uso interno e exclusivo do centro cirúrgico.

Figura 11 - Área Mista do centro cirúrgico do Hospital Veterinário Vida Pets.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

Figura 12 - Salas cirúrgicas 1 e 2 do Hospital Veterinário Vida Pets.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

Ao lado do centro cirúrgico encontra-se a sala de esterilização onde é realizada a lavagem dos instrumentais cirúrgicos e esterilização na autoclave (Figura 13). Ambas apresentam comunicação por meio de uma janela de vidro. Adjunta a sala de esterilização encontra-se a sala de exames complementares, dentre eles: exames de sangue

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(hemograma e bioquímico), raio X digital e ainda sala de necropsia, separadas por uma parede.

Figura 13 - Sala de esterilização do Hospital Veterinário Vida Pets.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

Figura 14 - Salas de exames complementares de sangue e raio-X do Hospital Veterinário Vida Pets.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

O quadro de funcionários conta com doze veterinários os quais fazem revezamento diário dos turnos diurno e noturno. No período da noite há um auxiliar de veterinário e estagiário para auxílio do médico veterinário responsável. Duas recepcionistas, um auxiliar administrativo, um auxiliar de serviços gerais e limpeza, um motorista e sete estagiários (quatro remunerados e três voluntários).

(27)

2.1.2 Atividades Desenvolvidas

Na primeira semana de estágio foram repassadas as informações referentes ao funcionamento do hospital, com relação a consultas, internamento, procedimentos cirúrgicos, protocolos de emergência, plantões, limpeza e organização dos ambientes assim como os afazeres destinados aos estagiários. As consultas e procedimentos cirúrgicos eram previamente agendadas ou seguiam uma fila de acordo com a ordem de chegada dos tutores.

Os estagiários do Hospital Veterinário Vida Pets tinham como principal missão a monitoração dos pacientes internados. Conjunto a isso, durante o período da manhã e à tarde eram realizadas a higienização das baias, alimentação dos pacientes com ração gastrointestinal ou saches e suas respectivas medicações. Estas eram conferidas no prontuário do paciente, que ficava localizado no quadro de medicações na sala dos médicos veterinários. Caso houvesse necessidade era realizada a troca do acesso venoso e da solução de fluidoterapia, troca de bandagens e ataduras. Após isso, o estudante ficava disponível para acompanhar e auxiliar em consultas e procedimentos cirúrgicos.

Com relação ao setor cirúrgico, o estagiário contribuía na organização do bloco, limpeza e esterilização dos instrumentais, realização da tricotomia e antissepsia dos pacientes e aplicação das medicações do pós-operatório. Além disso, ficava incumbido a eles a função da monitoração e recuperação pós-operatória (aferição dos parâmetros fisiológicos).

Outras atividades como contenção dos pacientes para promoção de acessos venosos ou coletas sanguíneas também eram tarefas do estagiário presente. Estes por vezes, tinham autonomia para realizar quando autorizado, as medicações dos pacientes internados, coletas de materiais biológicos e acesso venoso. Permitia-se ainda, a realização de exames hematológicos e bioquímicos e confecção dos cálculos de medicações e fluidoterapia dos pacientes, sempre havendo a confirmação posterior do médico veterinários responsável.

2.1.3 Casuística Geral

Durante o período de estágio, 206 animais puderam ser acompanhados, sendo divididos de acordo com sua espécie (caninos e felinos) e sexo (machos e fêmeas). Destes,

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76% eram da espécie canina e 24% da espécie felina, como mostra a Tabela 1. Dentro da espécie canina 34% eram machos e 66% eram fêmeas. Na espécie felina, o maior percentual também foi de fêmeas, com 74% e machos 26%.

Tabela 1- Casuística dos animais atendidos nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, divididos por espécie e sexo, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021.

Espécie Machos Fêmeas Total Percentual Canino 53 103 156 76,00%

Felino 13 37 50 24,00%

Total de animais 66 140 206 100% Fonte: Arquivo pessoal (2021).

Associado a isso, 213 atendimentos em cães e gatos foram contabilizados, referindo-se a consultas, procedimentos cirúrgicos, quimioterapias, eletroquimioterapias, imaginologia e procedimentos ambulatoriais. Essa subdivisão pode ser verificada na Tabela 2, a qual evidência o total de acompanhamentos em cada atividade e seu respectivo percentual.

Tabela 2 - Atividades acompanhadas nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, divididas em Consultas/Internações, Procedimentos cirúrgicos, Quimioterapias, Eletroquimioterapias, Imaginologia e

Procedimentos ambulatoriais, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021. Atividades Total Percentual

Consultas/ Internações 48 22,53% Eletroquimiterapias 02 0,93% Imaginologia 14 6,57% Procedimentos ambulatoriais 32 15% Procedimentos cirúrgicos 102 48% Quimioterapias 15 7,04% Total de acompanhamentos 213 100%

Fonte: Arquivo pessoal (2021).

Com relação à raça dos animais atendidos, 64,10% não possuíam raça definida (SRD), sendo os outros 35,9% distribuídos em 16 padrões raciais distintos, evidenciados na Tabela 3. Situação contrária pode ser verificada na espécie felina, do qual 58% eram da raça Pelo Curto Brasileiro, 4% Persas e 38% Sem Raça Definida (SRD) (Tabela 4).

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Tabela 3 - Casuística dos animais atendidos correlacionados as raças da espécie canina nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021.

Raças Caninos Total Porcentagem American Bully 03 1,92% Beagle 02 1,28% Border Collie 03 1,92% Boxer 03 1,92% Chow-Chow 02 1,28% Lhasa apso 03 1,92% Maltês 01 0,64% Pastor Belga 01 0,64% Pinscher 04 2,56% Poodle 01 0,64% Pug 01 0,64% Rottweiller 01 0,64% Samoieda 01 0,64% Sem Raça Definida 100 64,10%

Shih Tzu 09 5,76%

Spitz 12 7,69%

Yorkshire Terrier 09 5,76% Total de animais 156 100%

Fonte: Arquivo pessoal (2021).

Tabela 4 - Casuística dos felinos atendidos correlacionados as raças nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021.

Raças Felinos Total Porcentagem Pelo Curto Brasileiro 29 58%

Persa 02 4%

Sem Raça Definida 19 38% Total de animais 50 100%

Fonte: Arquivo pessoal (2021).

2.1.4 Casuística Clínica Médica

Com relação aos acompanhamentos das consultas no hospital veterinário Vida Pets, 87,5% foram relacionados a cães, sendo que as fêmeas foram predominantes. A espécie felina foi responsável por 12,5% dos atendimentos, sobressaindo-se também as fêmeas.

O principal sistema acometido na rotina clínica foi o digestório 47%, seguido do sistema reprodutor com 14%, músculo esquelético e urinário, ambos com 10% cada, tegumentar com 8,40%, respiratório 6,25% e os sistemas oftálmico e nervoso com 2,08% cada. A casuística envolvendo cada sistema e sua respectiva espécie está descrita na Tabela 5.

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Tabela 5 - Casuística das consultas correlacionadas aos sistemas de acometimento em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021.

Sistema Canino Felino Total Percentual Digestório 21 01 23 47% Musculoesquelético 04 01 05 10% Nervoso 01 0 01 2,08% Oftálmico 01 0 01 2,08% Reprodutor 05 02 07 14% Respiratório 03 0 03 6,25% Tegumentar 04 0 04 8,40% Urinário 03 02 05 10% Total de casos 42 6 48 100%

Fonte: Arquivo pessoal (2021).

O sistema digestório obteve o maior percentual na casuística da clínica geral (Tabela 6). A parvovirose foi diagnosticada em nove pacientes, seguida da gastroenterite não infecciosa com sete casos.

Os agentes etiológicos responsáveis pelo desenvolvimento das gastroenterites hemorrágicas em cães são: Parvovírus canino (CPV), Coronavírus (CCoV) e o Rotavírus (CRV) (DUNN et al., 2001). A parvovirose canina é uma doença viral contagiosa, responsável por causar quadros agudos de gastroenterite hemorrágica.

Essa enfermidade possuí altas taxas de morbidade e mortalidade, principalmente, em cães com idade inferior a seis meses e não imunizados. Para o estabelecimento do diagnóstico é importante que seja avaliado o histórico clínico do paciente e de vacinação, além da detecção viral através de amostras fecais ou da prova sorológica (DUNN et al., 2001).

O tratamento de suporte para essa enfermidade consiste no uso de fluidoterapia, antibioticoterapia com metronidazol e ceftriaxona na maioria dos casos, anti-inflamatório, antiemético, protetores gástricos, suplementação com glicose e vitaminas, dentre elas a B12 (DUNN et al., 2001). Sendo está a doença de maior importância na casuística da clínica geral, torna-se importante a conscientização dos tutores sobre a vacinação de seus animais, principalmente por elevada morbidade e mortalidade ocasionadas.

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Tabela 6 - Casuística das consultas correlacionadas aos sistemas de acometimento e a respectiva enfermidade em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de

janeiro à 19 de fevereiro de 2021.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Vários acompanhamentos relacionados aos atendimentos clínicos e cirúrgicos necessitavam do exame radiográfico, sendo acompanhados 14 pacientes durante a realização deste. A espécie canina teve maior expressão na contagem final, totalizando 79%, sendo que 73% eram fêmeas. A porcentagem da espécie felina correspondeu a 21%, do qual 75% referiam-se a fêmeas. O principal sistema relacionado ao exame radiográfico foi o músculo esquelético totalizando 42,3% dos atendimentos, em seguida o sistema respiratório 28,4%, sistema genital 14,2% e os sistemas cardíaco e digestório, ambos com 7,1% cada.

Durante o período de estágio puderam ser acompanhados procedimentos ambulatoriais como transfusões sanguíneas, aplicações de fluidoterapia subcutânea, limpeza de feridas e remoções de pontos (Tabela 7). Ao todo, 32 animais foram

Enfermidade Cães Gatos Total Porcentagem Sistema Urinário Cálculo uretral 01 0 01 2,08% Cálculo vesical 01 02 03 6,25% Cistite idiopática 01 0 01 2,08% Sistema Tegumentar Abcesso 01 0 01 2,08% Dermatite úmida 01 0 01 2,08% Otite externa 01 0 01 2,08% Otohematoma 01 0 01 2,08% Sistema Oftálmico Úlcera de córnea 01 0 01 2,08% Sistema Digestório Corpo estranho 01 0 01 2,08% Fecaloma 01 0 01 2,08% Gastroenterite 07 0 07 15% Intoxicação 02 01 03 6,25% Neoplasia hepática 01 0 01 2,08% Parvovirose 09 0 09 19% Sistema Respiratório Bronquite 02 0 02 4,16% Estenose de Traquéia 01 0 01 2,08% Sistema Reprodutor Distocia 01 02 03 4,16% Leiomioma 01 0 01 2,08% Piometra 02 0 02 4,16% TVT 01 0 01 2,08% Sistema Nervoso Ansiedade 01 0 01 2,08% Sistema Musculoesquelético Fratura de pelve 01 0 01 2,08% Fratura de ulna 01 0 01 2,08% Luxação coxofemoral 02 01 03 6,25% Total 42 06 48 100%

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observados, destes 75% eram da espécie canina e 25% da espécie felina, do qual o maior percentual em ambos foi de fêmeas.

Tabela 7 - Casuística dos procedimentos ambulatoriais relacionados a cães e gatos nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021.

Outros procedimentos Caninos Felinos Total Percentual Aplicação de fluidoterapia subcutânea 09 01 10 31,25%

Limpeza de ferida 01 0 01 3,1

Remoção de pontos 13 05 18 56,25% Transfusão sanguínea 03 02 05 15,62%

Total 24 08 32 100%

Fonte: Arquivo pessoal (2021).

2.1.5 Casuística Clínica Oncológica

A respeito da especialidade de oncologia, oitocães passaram por tratamento quimioterápico. Estes animais apresentavam tipos de neoformações distintas, sendo elas Tumor Venéreo Transmissível (TVT), Adenocarcinoma mamário Grau III, Carcinoma inflamatório, Mastocitoma baixo grau/ grau I, Sarcoma indiferenciado e Melanoma cutâneo. Apenas o TVT foi diagnosticado em mais de um paciente, totalizando 3 casos.

Os quimioterápicos utilizados para o tratamento dos pacientes alterou de acordo com a classificação citológica e histopatológica das amostras enviadas para avaliação. Ao todo, durante o período de estágio 15 sessões de quimioterapia puderam ser acompanhadas. Foram empregados 4 fármacos diferentes: vincristina (8 sessões), vimblastina (1 sessão), carboplatina (3 sessões) e bleomicina (2 sessões). A vincristina foi utilizada para o tratamento de três cadelas (castradas) que apresentavam Tumor Venéreo Transmissível (TVT) em região de vulva/vagina (2 animais) e para a remissão de um nódulo de TVT localizado no assoalho da pelve na cavidade abdominal (1 animal). A carboplatina foi aplicada em 2 fêmeas diagnosticadas com tumor de mama, classificadas pelo exame histopatológico como Adenocarcinoma Grau III e Carcinoma inflamatório. A vimblastina teve a finalidade neoadjuvante no paciente com Mastocitoma baixo grau / grau I, tendo o intuito da regressão parcial da neoplasia e por consequência ampliação das margens cirúrgicas, pois nessa situação a nodulação ocupava grande parte da parede torácica do animal. A bleomicina foi utilizada em um paciente com sarcoma indiferenciado e outro com melanoma cutâneo, em ambos os casos o fármaco foi administrado no trans-cirúrgico associado à eletroquimioterapia. A Tabela 08 evidência a situação descrita acima.

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Tabela 08 - Casuística dos protocolos quimioterápicos correlacionada ao tipo histológico, espécie, fármaco empregado e sessões acompanhadas em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário

Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021. Tipo histológico Canino Fármaco Sessões Acompanhadas Adenocarcinoma Grau III 01 Carboplatina 02

Carcinoma inflamatório 01 Carboplatina 01 Mastocitoma baixo grau/ grau I 01 Vimblastina 02 Melanoma cutâneo 01 Bleomicina 01 Sarcoma indiferenciado 01 Bleomicina 01

TVT 03 Vincristina 08

Total 08 - 15

Fonte: Arquivo pessoal (2021).

2.1.6 Casuística Clínica Cirúrgica

A casuística da Clínica Cirúrgica do hospital veterinário Vida Pets correspondeu a 47,41% do total de animais atendidos durante o estágio. Os cães foram predominantes nos atendimentos, responsáveis por 67%, com maior percentual de fêmeas. A espécie felina foi responsável por 33% dos casos, sobressaindo-se também fêmeas.

O principal sistema acometido na rotina clínica cirúrgica foi o reprodutor com 87,12%, seguido dos sistemas digestório 9,9%, tegumentar com 1,98% e urinário com apenas 0,99%. A casuística envolvendo cada sistema, espécie e percentual estão na Tabela 09.

Tabela 09 - Casuística da Clínica Cirúrgica correlacionado sistema orgânico, espécie de acometimento e percentual em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário Vida Pets, no período de 04 de janeiro

à 19 de fevereiro de 2021.

Sistema Canino Felino Total Percentual Digestório 09 01 10 9,90% Reprodutor 56 32 88 87,12% Tegumentar 02 0 02 1,98%

Urinário 01 0 01 0,99%

Total de casos 68 33 101 100% Fonte: Arquivo próprio (2021).

Na Tabela 10, foram listados os principais procedimentos cirúrgicos acompanhados durante o período de estágio, sendo estes subdivididos por sistemas orgânicos e espécies.

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Tabela 10 - Casuística da Clínica Cirúrgica correlacionando sistema orgânico, procedimento cirúrgico realizado, espécie de acometimento e percentual em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário

Vida Pets, no período de 04 de janeiro à 19 de fevereiro de 2021.

Sistema Procedimento cirúrgico Canino Felino Total Percentual Reprodutor

Biópsia incisional vaginal 1 0 1 1%

Cesariana 1 0 1 1%

Mastectomia unilateral total 1 0 1 1%

Orquiectomia 14 8 22 22%

Ovariossalpingohisterectomia eletiva 35 23 58 57,42% Ovariossalpingohisterectomia Terapêutica 4 1 5 4,95% Sistema digestório

Nodulectomia 1 0 1 1%

Remoção de cálculo dentário/ Exodontia 8 1 9 9% Sistema tegumentar Herniorrafia 1 0 1 1% Nodulectomia 1 0 1 1% Sistema urinário Uretrotomia 1 0 1 1% Total de animais - 68 33 101 100%

Fonte: Arquivo próprio (2021).

O sistema reprodutor destacou-se em relação aos demais. Isso por que a casuística de procedimentos cirúrgicos eletivos para esterilização dos pacientes obtinha alta demanda, sendo eles: ovariossalpingohisterectomia e orquiectomia. A castração de cães e gatos traz uma série de benefícios, fazendo com que os animais fiquem mais tranquilos e menos ansiosos. Para fêmeas, há uma diminuição das chances do desenvolvimento de tumores na mama, útero, ovários e também infecções uterinas (piometra). Em machos, há também uma redução do risco do desenvolvimento de neoplasias reprodutivas (SCHMITT et al., 2020).

Além da prestação de serviços particulares, o hospital veterinário atendia pacientes encaminhados das ONGs e da prefeitura municipal, as quais realizavam campanhas de castração para diminuição da população de animais de rua, na cidade de Cascavel-PR. Como o valor pago por essas instituições era inferior ao valor tabelado da clínica, os animais eram submetidos à anestesia dissociativa: xilazina, cetamina e acepran, onde a dose variava de acordo com o porte do animal e peso. Além disso, após a cirurgia todos os pacientes submetidos a esse protocolo anestésico recebiam a aplicação de um pentabiótico (0,05ml/kg) e meloxicam (0,02ml/kg). Os tutores que levavam seus animais de forma particular tinham a opção de escolher a anestesia dissociativa ou anestesia inalatória. A ovariossalpingohisterectomia terapêutica foi realizada em 5 fêmeas, as quais tiveram diagnóstico sugestivo no US (ultrassom) de piometra.

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A remoção de cálculo dentário/exodontia foi o segundo procedimento cirúrgico mais realizado no hospital veterinário. Para essa abordagem, havia uma médica veterinária especialista na área e um anestesista, já que todos os pacientes eram submetidos à anestesia inalatória. Segundo Telhado et al. (2004), abordagens de profilaxia dentária tem sido aplicadas em cães e gatos com a finalidade de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzir incômodos provocados por determinadas patologias e aumentar a expectativa de vida dos pacientes. Isso se deve ao fato que doenças odontológicas podem propiciar diversas alterações sistêmicas relevantes. Dessa forma, muitos proprietários buscam este serviço no hospital veterinário (Telhado et al., 2004).

3 ESTÁGIO II - HOSPITAL VETERINÁRIO BMVET

3.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL

O Hospital Veterinário está localizado na Avenida Dom Pedro I, 2261 - Ipiranga, Ribeirão Preto. Apresenta um corpo profissional formado por 8 médicos veterinários especializados nos serviços de Anestesiologia, Cardiologia, Oftalmologia, Dermatologia, Medicina Felina, Odontologia, Cirurgias Gerais, Ortopedia, neurologia, Patologia clínica e Oncologia Veterinária. Além disso, outros profissionais volantes de outras especialidades também frequentam a clínica quando seus serviços são necessários.

Dando ênfase à parte oncológica e cirúrgica, os médicos veterinários responsáveis são os Drs. Paulo César Jark, Isabela Zapolla, David Farias e Bruno Marostica, sendo o último supervisor do estágio curricular.

O hospital veterinário apresenta pronto atendimento 24 horas todos os dias, incluindo domingos e feriados, com todos os suportes necessários para qualquer tipo de emergência.

3.1.1 Estrutura

O hospital veterinário conta com extensa estrutura física. A fachada da clínica exibe um letreiro com o nome do estabelecimento e telefone para contato. Nela ainda há a presença de um estacionamento com cinco vagas (Figura 15).

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Figura 15 - Fachada do Hospital Veterinário BMVet.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

A recepção da clínica apresenta um ambiente de acomodação para os clientes com cadeiras, sanitário, água e café. Duas recepcionistas são responsáveis pelo primeiro diálogo com o tutor, referente principalmente ao funcionamento do hospital veterinário e serviços médicos disponíveis. Além disso, ficam encarregadas para agendamento de consultas, cirurgias e realização de cobranças e vendas em geral (Figura 16). Alguns medicamentos, roupas cirúrgicas e petiscos são comercializados.

Figura 16 - Recepção do Hospital Veterinário BMVet.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

O hospital possui três consultórios, sendo dois destinados a cães (Figura 17 A) e a especialidade de oftalmologia com aparelhos específicos (Figura 17 B) e o outro exclusivo para o atendimento felino (Figura 18). Os consultórios dispõem de

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equipamentos necessários para triagem dos animais, mesa com gavetas para guardar utensílios em geral e pias para higienização das mãos. Ao lado dos consultórios encontra-se a sala de emergência, a qual tem aparelhos para monitoração contínua do paciente através de oximetria de pulso, capnografia, pressão arterial invasiva e não invasiva, eletrocardiograma, glicemia, dosagem de lactato, termômetro esofágico, concentradora de oxigênio além de itens básicos para coleta de sangue e demais materiais biológicos, acesso venoso, fármacos de emergência e outros (Figura 19).

Figura 17 - Consultório para cães do Hospital Veterinário BMVet. Figura da esquerda, destinada aos atendimentos gerais e Figura da direita, para casos oftálmicos.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

Figura 18 - Consultório para felinos do Hospital Veterinário BMVet.

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Figura 19 - Sala de emergência do Hospital Veterinário BMVet.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

O internamento do hospital apresenta uma divisão entre pacientes infecciosos e não infecciosos, porém não há subdivisões entre as espécies. A parte não infecciosa contém sete baias médias e quatro baias maiores para animais de grande porte (Figura 20). Em anexo ao internamento, há uma sala com mesa, monitor multiparamétrico, bomba de infusão, pia e armário, além de um berço para manipulação de pacientes graves ou com descompensados (Figura 21). O setor infeccioso contém duas baias médias e uma grande, ainda há uma banheira para higienização dos pacientes, tendo em vista que a maior parte dos animais internados no ambiente está com parvovirose (diarreia hemorrágica).

Figura 20 - Internação de cães e gatos do Hospital Veterinário BMVet.

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Figura 21 - Sala anexa à internação, utilizada para manipulação dos pacientes em cuidados intensivos do Hospital Veterinário BMVet.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

O centro cirúrgico é composto por 4 salas, divididas em área suja, mista e limpa. A primeira corresponde ao local onde os materiais cirúrgicos são limpos, preparados e esterilizados, a qual dispõe de uma pia, armários e a autoclave. O vestiário refere-se à segunda sala, neste ambiente é feita a colocação do pijama cirúrgico, máscaras, tocas, sapatos plásticos e/ou propés. A terceira sala equivale ao local onde são feitos os procedimentos cirúrgicos contaminados e não contaminados, ela conta com bomba de infusão, microscópio cirúrgico para cirurgias oftálmicas de alta precisão, monitor multiparâmétrico, aparelho de anestesia inalatória, bisturi elétrico, foco cirúrgico, medicamentos de uso emergencial e diversos instrumentais cirúrgicos especiais e equipamentos/utensílios de uso geral (Figura 22). A quarta e última sala representa o local de recuperação dos pacientes, nela encontram-se baias pequenas, médias, grandes e uma pia. Há um corredor entre as salas 2 e 4. Nesta comunicação existe uma mesa onde é feita a tricotomia dos pacientes antes de levá-los até a área limpa. Entre as salas 2 e 3 há um lavabo para a lavagem das mãos antes da realização da cirurgia.

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Fonte: Arquivo próprio (2021).

A avaliação pré-anestésica e medicação pré-anestésica (MPA) são realizadas na internação. Após o procedimento cirúrgico, o animal permanece internado para observação em atenção plena, manejo da dor, realização de exames controles quando necessário, até receber alta hospitalar para continuação do tratamento em casa.

Nos fundos do hospital encontra-se o laboratório clínico, onde são analisadas as amostras de sangue, urina, fezes e outros fluidos orgânicos (Figura 23). Há ainda, uma área de lazer com sala e cozinha para os funcionários. O quarto do plantonista, lavanderia e um sanitário também são anexos desse ambiente.

Figura 23 - Laboratório clínico do Hospital Veterinário BMVet.

Fonte: Arquivo próprio (2021).

3.1.2 Atividades Desenvolvidas

No Hospital Veterinário BMVet, as atividades desenvolvidas pelo estagiário consistiram em acompanhar o atendimento dos animais nas consultas médicas gerais ou especializadas com o médico veterinário responsável pelo caso. Participar de procedimentos cirúrgicos e por vezes ser o volante ou o auxiliar do procedimento, assessorar a realização de exames complementares, realizar procedimentos ambulatoriais sob supervisão e manejos sanitário e alimentar dos animais que estavam na internação do hospital. O estagiário realizava 8 horas diárias, ou seja 40 horas semanais.

Durante a consulta clínica ou avaliação cirúrgica, o estagiário conseguia observar a realização da anamnese e exame físico dos pacientes. Neste último, quando

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necessário era atribuída à responsabilidade de contenção física para uma avaliação mais precisa, coleta de materiais biológicos ou a fim da realização de exames complementares.

Diariamente o estagiário realizava o monitoramento dos animais internados e quando possível, procedimentos ambulatoriais eram feitos sob supervisão. Dentre estes, ficavam atribuídas às aplicações de fármacos via subcutânea (SC), via intramuscular (IM), via intravenosa (IV) ou via oral (VO), pesagem, coleta sanguínea, acesso venoso, manejo de feridas, troca de curativos, pesagem, higienização das baias e do ambiente da internação e alimentação dos pacientes.

Além disso, o estagiário tinha a oportunidade de acompanhar e assessorar as quimioterapias e aplicações de fármacos com o médico veterinário especialista na área de oncologia.

3.1.3 Casuística Geral

Durante o período de estágio, 113 animais puderam ser acompanhados, sendo divididos de acordo com sua espécie (caninos e felinos) e sexo (machos e fêmeas). Destes, 82% eram da espécie canina e 18% da espécie felina, como mostra a Tabela 11. Dentro da espécie canina 50,53% eram machos e 49,46% eram fêmeas. Na espécie felina, o percentual entre ambos os sexos foi igual, 50% machos e 50% fêmeas.

Tabela 11 - Casuística dos animais atendidos nas instalações do hospital veterinário BMVet, divididos por espécie e sexo, no período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021.

Espécie Machos Fêmeas Total Percentual

Canino 47 46 93 82%

Felino 10 10 20 18%

Total de animais 57 56 113 100% Fonte: Arquivo próprio (2021).

Ao total, 187 atendimentos foram contabilizados em cães e gatos. Estes referem-se a consultas da clínica geral, consultas oncológicas, quimioterapias, terapias paliativas, reconsultas oncológicas, procedimentos cirúrgicos, eletroquimioterapias e procedimentos ambulatoriais. Essa subdivisão pode ser verificada na Tabela 12, a qual evidência o total de acompanhamentos em cada atividade e seu respectivo percentual.

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Tabela 12 - Atividades acompanhadas nas instalações do hospital veterinário BMVet, divididas em Consultas da Clínica Geral, Consultas Oncológicas, Quimioterapias, Terapias Paliativas, Reconsultas

Oncológicas, Procedimentos Cirúrgicos, Eletroquimioterapias e Procedimentos ambulatoriais, no período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021.

Atividades Total Percentual Consultas clínica geral 23 12% Consultas oncológicas 70 38% Eletroquimioterapias 02 01% Procedimentos Ambulatoriais 11 06% Procedimentos cirúrgicos 06 03% Quimioterapia (sessões) 44 24% Reconsultas oncológicas 14 07% Terapias paliativas 17 09% Total de acompanhamentos 187 100%

Fonte: Arquivo próprio (2021).

Com relação à raça dos animais atendidos, 29,03% não possuíam raça definida (SRD), sendo os outros 70,97% distribuídos em 22 padrões raciais distintos, como evidenciados na Tabela 13. Tratando-se da espécie felina, os 100% dos animais atendidos, eram SRD.

Tabela 13 - Casuística dos caninos atendidos correlacionados as raças, nas instalações do hospital veterinário BMVet, no período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021.

Raças Caninos Total Percentual

Beagle 02 2,15% Blue Heeler 01 1,00% Boxer 02 2,15% Bulldog Francês 03 3,22% Bulldog Inglês 01 1,00% Chow-Chow 01 1,00% Cocker 02 2,15% Dachshund 02 2,15% Fox Paulistinha 02 2,15% Golden Retriver 06 6,45% Labrador 05 5,37% Lhasa Apso 03 3,22% Maltês 05 5,37% Pastor Alemão 02 2,15% Pastor Belga 01 1,00% Pinscher 02 2,15% Pitbull 02 2,15% Poodle 07 7,52% Pug 01 1,00% Schnauzer 03 3,22% Sem Raça Definida 27 29,03%

Shih Tzu 08 9,00% Yorkshire Terrier 04 4,30%

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Total de animais 93 100% Fonte: Arquivo pessoal (2021).

3.1.4 Casuística Clínica Geral

Sobre os acompanhamentos das consultas gerais no hospital veterinário BMVet, 83% foram relacionados a cães, onde os machos foram predominantes. A espécie felina foi responsável por 17% dos atendimentos, sendo que machos e fêmeas obtiveram valores iguais como mostra a Tabela 14.

Tabela 14 - Casuística dos animais atendidos na Clínica Geral, nas instalações do hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021.

Espécie Macho Fêmea Total Porcentagem

Caninos 10 09 19 83%

Felinos 02 02 04 17%

Total de animais 12 11 23 100% Fonte: Arquivo pessoal (2021).

O principal sistema acometido na rotina da clínica geral foi o tegumentar com 39,13%, seguido do digestório com 34,78%, urinário e nervoso, ambos com 8,69% cada, reprodutor e hematopoiético com 4,34% cada. A casuística envolvendo os sistema e sua respectiva espécie e percentual estão descritas na Tabela 15. Na Tabela 16, foram listadas as enfermidades vistas em cada sistema orgânico, separando-as por espécie.

Tabela 15 - Casuística das consultas correlacionadas aos sistemas de acometimento em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021.

Sistema Canino Felino Total Percentual Digestório 07 01 08 34,78% Hematopoiético 01 0 01 4,34% Nervoso 01 01 02 8,69% Reprodutor 01 0 01 4,34% Tegumentar 08 01 09 39,13% Urinário 01 01 02 8,69% Total de casos 19 04 23 100%

Fonte: Arquivo pessoal (2021).

Tabela 16 - Casuística das consultas gerais correlacionadas ao sistema de acometimento e a respectiva enfermidade em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro

à 21 de Abril de 2021.

Enfermidade Canino Felino Percentual Sistema urinário

Cistite 01 0 4,34%

Obstrução Uretral 0 02 8,69% Sistema tegumentar

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Dermatofitose 01 0 4,34% Fístula em prega facial 01 0 4,34%

Granuloma 01 0 4,34%

Granuloma eosinofílico 01 0 4,34% Inflamação da glândula adanal 01 0 4,34%

Micobacteriose 01 0 4,34% Nódulo em dígito 01 0 4,34% Paniculite 01 0 4,34% Unha encravada 01 0 4,34% Sistema digestório Gastroenterite hemorrágica 02 0 8,69% Giardíase 01 01 8,69% Obstrução Intestinal 01 0 4,34% Parvovirose 02 0 8,69% Sistema reprodutor Piometra 01 0 4,34% Sistema nervoso

Distúrbio cognitivo senil 01 0 4,34%

TCE 0 01 4,34%

Hematopoiético

Trombocitopenia imunomediada 01 0 4,34%

Total 19 04 100%

Fonte: Arquivo próprio (2021).

Com relação ao sistema tegumentar não houve nenhuma enfermidade que se sobressaiu com relação às demais. Devido a isso, optou-se por discutir a inflamação da glândula adanal em cães.

As principais alterações encontradas na glândula são: compactações, infecções, abscedações e processos neoplásicos. A inflamação dos sacos anais é uma enfermidade comum desta estrutura na clínica médica, podendo ser uni ou bilaterais. Ocorre principalmente em cães, sendo incomum nos gatos. A infecção geralmente acontece devido à obstrução do ducto, o que provoca um crescimento bacteriano acentuado, agravando ainda mais o processo infeccioso. Em alguns casos pode haver a fistulação da glândula (SILVA; GONÇALVES, 2007).

Esse processo pode ocorrer em qualquer idade, raça ou sexo, contudo animais de pequeno porte ou Toy são mais afetados. Os principais sinais clínicos são: irritação anal, perseguição da cauda, descarga perineal fétida e em alguns pacientes quadros de tenesmo, disquezia e constipação são relatados. No exame físico pode ser observado eritema, tumefação, aumento de volume lateral ao ânus e fístulas, as quais podem drenar secreção amarelada, sanguinolenta ou purulenta quando pressionadas (SILVA; GONÇALVES, 2007).

(45)

A história clínica e exame físico do paciente são suficientes para confirmar a enfermidade. O tratamento depende do estágio da comorbidade, todavia baseia-se no uso de compressas locais, drenagem das secreções, higienização da região, e antibióticos tópicos. Caso a situação não se resolva, a terapia sistêmica com antibióticos e antinflamatórios podem ser instituídas (SILVA; GONÇALVES, 2007). No caso acompanhado o animal era de pequeno porte, tendo a apresentação clínica foi muito semelhante à descrição da literatura. A médica veterinária realizou a drenagem da glândula, limpeza e higienização sendo receitado apenas tratamento tópico com para casa, o qual solucionou a situação.

O sistema digestório foi responsável por 34,78% da casuística na clínica geral, onde a parvovirose e a gastroenterite não infecciosa obtiveram o mesmo percentual de animais acometidos. Todos os pacientes que chegavam para avaliação tendo como queixa principal diarreia (sanguinolenta ou não), vômito, apatia, associados ao perfil clínico: animais jovens ou adultos sem histórico de vacinação era priorizada a realização da prova sorológica para o Parvovírus canino (CPV) com o SNAP Test.

Os procedimentos ambulatoriais acompanhados e/ou realizados na parte clínica foram: coleta de líquido sinovial, aplicação de vacinas, trocas de curativos e remoção de pontos (Tabela 17). Ao todo foram onze acompanhamentos, dez em cães (5 fêmeas e 5 machos) e apenas um, em uma fêmea felina. A maior parcela foi atribuída a aplicação de vacinas, correspondendo 54,54% do total, em seguida trocas de curativos com 27,27% e com percentuais iguais, coleta de líquido articular e remoção de pontos, ambos com apenas um caso (9%).

Tabela 17 - Casuística dos procedimentos ambulatoriais acompanhados na clínica médica, sendo eles Coleta de liquido articular, Vacinação, Trocas de curativos e Remoção de Pontos no hospital veterinário

BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021. Outros procedimentos Total Percentual Coleta de líquido articular 1 9%

Remoção de pontos 1 9% Troca de curativo 3 27,27%

Vacinação 6 54,54%

Total 11 100%

Fonte: Arquivo próprio (2021).

3.1.5 Casuística Clínica Oncológica

Durante o período de estágio puderam ser acompanhados 70 animais nas consultas e reconsultas no serviço especializado em oncologia veterinária, quimioterapias

(46)

e terapias paliativas. Ao todo nesse setor foram assistidos e/ou auxiliados 145 procedimentos. Deste total, 55 animais eram cães, correspondendo a 79%, do qual a maior parcela esteve atrelada a fêmeas. Com relação à espécie felina, 15 animais foram acompanhados, porém neste caso, machos foram mais acometidos que as fêmeas. A descrição dos dados está presente na Tabela 18.

Tabela 18 - Casuística dos animais atendidos na Clínica Oncológica, nas instalações do hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021.

Espécie Macho Fêmea Total Porcentagem

Caninos 25 30 55 79%

Felinos 8 7 15 21,00%

Total de animais 33 37 70 100%

Fonte: Arquivo próprio (2021).

O principal sistema acometido na rotina da clínica oncológica foi o tegumentar com 29%, seguido dos sistemas: linfático 14,28%, digestório e reprodutor, ambos com 10% cada, respiratório com 9%, urinário com 8,57%, hematopoiético com 7,14%, musculoesquelético com 5,71%, endócrino com 2,85%, oftálmico, nervoso e casos inconclusivos com 2% cada. A casuística envolvendo o sistema acometido e sua respectiva espécie e percentual estão descritas na Tabela 19. Além disso, na Tabela 20, estão expostos os tipos neoplásicos associados à espécie dos pacientes e a quantidade final de cada um deles.

Tabela 19 - Casuística das consultas correlacionadas aos sistemas de acometimento em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à 21 de Abril de 2021.

Sistema Canino Felino Total Percentual Digestório 04 03 07 10% Endócrino 02 0 02 2,85% Hematopoiético 04 01 05 7,14% Linfático 06 05 11 14,28% Musculoesquelético 04 0 04 5,71% Nervoso 01 0 01 1,42% Oftálmico 01 0 01 1,42% Reprodutor 07 0 07 10% Respiratório 04 02 06 9% Tegumentar 17 03 20 29% Urinário 05 01 06 8,57% Total de casos 55 15 70 100%

(47)

Tabela 20 - Casuística da Cínica Oncológica, correlacionada ao sistema de acometimento e a respectiva neoplasia em cães e gatos nas instalações do hospital veterinário BMVet, período de 26 de Fevereiro à

21 de Abril de 2021.

Tipo neoplásico Cães Gatos Total Sistema urinário

Carcinoma papilífero renal 01 0 01

Carcinoma renal 01 0 01

Carcinoma urotelial 01 0 01 Carcinoma urotelial + osteopatia hipertrófica 01 0 01

Linfoma renal 0 01 01

Sarcoma renal 01 0 01

Sistema tegumentar

Alteração cutânea inconclusiva 01 0 01

CEC cutâneo 0 01 01

Fibrossarcoma de aplicação 0 02 02 Hemangiossarcoma cutâneo 01 0 01

Mastocitoma 04 0 04

Mastocitoma alto grau, Grau II 01 0 01 Mastocitoma baixo grau, Grau II 02 0 02 Mastocitoma felino 01 0 01 Mastocitoma subcutâneo circunscrito 01 0 01

Melanoma cutâneo 01 0 01

Neoplasia de anexo cutâneo 02 0 02

Papiloma 01 0 01

Sarcoma de tecidos moles 02 0 02 Sistema oftálmico TVT extragenital 01 0 01 Sistema digestório Ameloblastoma 01 0 01 CEC tonsilar 01 0 01 Linfoma gastrointestinal 0 03 03 Mastocitoma oral 01 0 01

Melanoma oral amelânico 01 0 01 Sistema hematopoiético

Eritrocitose verdadeira 01 0 01 Hemangiossarcoma esplênico 02 0 02 Leucemia linfocítica crônica 01 0 01 Mastocitoma esplênico 0 01 01

Sistema respiratório

Carcinoma nasal 02 0 02

Metástase de carcinoma cribiforme grau III 01 01 02 Neoplasia pulmonar 01 01 02 Sistema reprodutor

Adenomioepitelioma mamário 01 0 01 Carcinoma em tumor misto grau II 01 0 01 Disgerminoma ovariano 01 0 01

Leydigoma 01 0 01

Neoplasia mamária 01 0 01

Neoplasia mamária em canino macho 01 0 01 TVT genital + cutâneo 01 0 01

Sistema nervoso

Schwannoma 01 0 01

Sistema musculoesquelético

CEC seio frontal 01 0 01

Osteossarcoma apendicular – parosteal 01 0 01 Osteossarcoma axial – fibroblástico 02 0 02

Sistema linfático

Linfoma extranodal em laringe 0 01 01 Linfoma mediastinal 02 02 04

Referências

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