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A importância de uma identidade para construção de conceitos e narrativas audiovisuais: um olhar agregador para a plataforma audiovisual.ufop.

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A importância de uma identidade para construção de conceitos e narrativas audiovisuais: um olhar agregador para a plataforma audiovisual.ufop.br1

Gustavo André Pereira de AZEVEDO2 Adriano Medeiros da ROCHA 3

Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, MG

RESUMO

O artigo propõe reflexões sobre a importância de uma identidade nas produções audiovisuais contemporâneas. Dentro dessa perspectiva, são estudadas as possibilidades de usos de informações visuais e sonoras dentro da construção de um sistema identitário, sempre considerando a intenção de consolidar a marca e transmitir ideias, emoções e sensações. Neste caminho, vamos promover um estudo de caso da plataforma audiovisual.ufop.br. A partir de um olhar sensível sobre a mesma e seu acervo, pretendemos traçar um diagnóstico transformador dos seus mecanismos identitários, buscando os pontos em que seja possível o aprimoramento da identidade audiovisual da própria plataforma e de seus principais programas.

PALAVRAS-CHAVE: Audiovisual; Design Gráfico; Identidade visual; Motion

Graphics; audiovisual.ufop.

INTRODUÇÃO

O design gráfico, enquanto exercício profissional, foi ramificado em diversas áreas de atuação. Ao longo dos últimos anos ganhou muita força e se tornou imprescindível para a os serviços de comunicação nesse milênio. O processo de desenvolvimento de conteúdo através do design gráfico e os diversos estudos acerca de seus fundamentos foram essenciais para consolidar saberes e habilidades criativas necessárias para quem está se profissionalizando no mercado e quer produzir com qualidade. O investimento de grandes empresas em branding e peças audiovisuais explicita o quanto é importante a valorização desse conhecimento para que se possa ter

1 Trabalho apresentado no IJ04 – Comunicação Audiovisual, da Intercom Júnior – XVI Jornada de Iniciação Científica

em Comunicação, evento componente do 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

2 Estudante de Graduação do Curso de História da UFOP e pesquisador, e-mail: gustavo.azevedo@aluno.ufop.edu.br 3 Doutor em Artes/cinema pela escola de Belas Artes da UFMG e Universitat Autònoma de Barcelona, professor do

curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto, orientador deste trabalho desenvolvido na linha de pesquisa Criação e análise da imagem e do som, a partir do Laboratório de Criação e Produção Audiovisual (DEJOR-ICSA-UFOP) e-mail: adrianomedeiros@ufop.edu.br

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uma marca com notoriedade ou um conteúdo de qualidade para os meios de comunicação atuais.

Revisitando a história dos processos comunicacionais, percebemos que, em 1922, ainda em um contexto de produção analógica, Willian Addison Dwiggins criou o termo

graphic design, que tem como tradução Design Gráfico (SENS e PEREIRA, 2014, p.3.).

Nesse período os conhecimentos de design eram aplicados à produção de panfletos, revistas, jornais, anúncios, livros, embalagens e outras mídias impressas. A partir desse evento, é possível conjecturar que o Design ganha novo patamar de importância, ainda mais ao considerarmos o crescente número de novas marcas e empresas que surgem com o ritmo de produção industrial e a globalização. Apesar de em meados de 1970 as peças de design ainda serem produzidas de forma analógica, com o advento da era digital o design passa a ser mais valorizado dentro da linguagem audiovisual como um mecanismo que possibilita criar maior dinamismo de forma criativa, transcendendo o uso básico para títulos e créditos de filmes e simples anúncios televisivos. Nomes como Saul Bass, Maurice Blinder, Terry Giliam e Pablo Ferro se popularizaram por construírem as primeiras obras de motion graphics no cinema. Foram aberturas bem elaboradas para as grandes produções do cinema da década em questão, como Psicose (1960), James Bond 007 (1962) entre outros (GONÇALVES, 2018, p.29).

Com o avanço da tecnologia e com as novas possibilidades de aplicação de técnicas de criação nos softwares, as vinhetas e introduções ganharam diferenciais dentro do cinema e também passaram a ser utilizadas de forma mais aprofundada nos principais canais de TV. Através de produtos identitários como infográficos animados, os diversos tipos de vinhetas, chamadas e demais peças, essa geração construiu o motion graphics e revolucionou o mercado do audiovisual. Por apresentar possibilidades de criar vídeos conceituais, que possuem informações visuais dinâmicas e interativas associadas à capturas de sons, falas/diálogos e trilhas sonoras, as inéditas vinhetas introdutórias, ao antecederem a entrada de filmes da época, apresentam o videografismo como “jogo potencializador entre forma e o conteúdo” (SZAFIR, 2017, p.4), e possibilitam uma experiência mais imersiva para o público. É válido reafirmar que “o motion graphics possui um aspecto espacial ou pictórico que o aproxima do design gráfico, e um aspecto temporal ou progressivo que o aproxima do cinema e da animação.” (SZAFIR apud VELHO, 2008, p.18-37). Ou seja, os produtos são trabalhados a partir de um processo de

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pesquisa, transformação, montagem e aplicação de movimento à símbolos, tipos, imagens e formas, sempre buscando base nos fundamentos do design.

Ao considerarmos esse processo histórico, se torna possível reconhecer qual o caminho o design gráfico percorreu desde seu surgimento até a atual conjuntura, entendendo o complexo mercado que criou e as várias possibilidades de a atuação profissional. Nesse artigo vamos promover uma análise processos identitários em produtos audiovisuais armazenados e difundidos pela plataforma audiovisual.ufop que foram desenvolvidos por alunos e professores do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Nesse sentido, será necessário guiar esse processo através de um aprofundamento sobre a importância da construção de identidade nesses produtos, com o objetivo de explorar suas conexões com os fundamentos do design e qual a aplicabilidade desses estudos. Buscamos a possibilidade de materializar em um branding4 para a plataforma audiovisual.ufop no intuito de agregar valor às futuras produções desenvolvidas.

A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE NO AUDIOVISUAL

É indiscutível que, atualmente, se consome e se produz audiovisual em um ritmo e quantidade exponenciais nunca antes registrados. A acessibilidade e a popularização de meios de comunicação como a internet e a televisão nos aproximam desses produtos de maneira a criarmos vínculos, interações e sistematizarmos o seu consumo em nosso cotidiano. Esses meios de comunicação possuem canais, aplicativos e plataformas na web que concebem, consolidam e atualizam várias linguagens diferentes e, com isso, conseguem atingir públicos mais amplos. Apesar da constante evolução tecnológica dos softwares, câmeras e gadgets, que permitem uma qualidade cada vez maior na produção, uma parte dos produtos audiovisuais ainda apresentam deficiências em noções básicas e aspectos extremamente relevantes e necessários para se competir no mercado. Nesse sentido, temos de estabelecer que, ao se produzir audiovisual, cada escolha na composição de um produto comunica alguma ideia ou apresenta uma significação, ainda que, a princípio, essa escolha possa parecer meramente estética ou intuitiva.

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Diferentemente do que se considera no senso comum, um produto audiovisual com uma identidade está muito além dos vídeos com logomarca. É fundamental afirmarmos isso, pois, quando falamos em identidade, tratamos da construção de um sistema complexo e harmonioso que deve conter informações como símbolos, cores, tipografias, arranjos sonoros e arranjos gráficos que coexistem dentro de um sistema padrão de uso, com a finalidade de serem identificados como pertencentes à uma identidade. É importante compreender também que, para além das informações sonoras e visuais, deve-se compreender o nome verbal não apenas como uma das partes integrantes desse sistema, mas sim como o base fundamental para que o sistema seja construído.

Para elaborar uma identidade, a montagem e aplicação das informações citadas acima têm de ser feitas através de um conceito ou de uma comunicação bem definida. A solidez do que se quer comunicar, acrescida de uma definição precisa do público que se deseja atingir, determinará a interação entre as informações visuais e sonoras, de forma a efetivar uma comunicação mais eficiente e assertiva. Por conseguinte, tanto na TV quanto na internet, a interação do público com a apresentação dessas informações é o que legitima e qualifica a configuração desse sistema e possibilita definir tudo o que foi apresentado enquanto uma identidade, aplicada ao produto audiovisual. E para que esse produto tenha uma identidade sólida, é imprescindível que esse sistema seja configurado de forma adequada para cada intenção de uso, criando assim diversas formas de expressar essa identidade, para atender diversas demandas que cada linguagem proporciona.

SISTEMA IDENTITÁRIO AUDIOVISUAL

Entre as diversas possibilidades de se fazer audiovisual, nosso maior interesse de abordagem para a produção dessa pesquisa são as televisualidades. Compreendemos a televisão como uma mídia extremamente diversificada em sua produção artística e com grande eficiência e consistência em seus conteúdos próprios. Além dessas características, ela consegue absorver o que circula em outras diversas mídias e veículos de informação. Entendemos que a televisão possui características que a tornam mais do que uma “mídia poderosa” (SANTAELLA, 2001, p.25) por possuir a capacidade de:

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(...) mobilização da comunicação massiva protagonizado pela televisão e anteriormente pelo rádio. Suas transmissões fundamentadas na publicidade proporcionaram um campo de discussões que justificou os estudos em comunicação como área de conhecimento e pesquisa científica. As várias teorias comunicacionais, entretanto, não analisaram a televisão de forma completa e com ênfase em seu conteúdo na visão de Machado (2000. P.17-20). Para o autor, o olhar crítico de Adorno gerou uma definição de que a televisão é “congenitamente má”, sendo o ápice da estandartização e formatação de produto dada ao conteúdo pela Indústria Cultural. (LEMOS, TEIXEIRA e SOUZA, 2010, p.1).

Dessa forma, fica evidente que televisão é um meio que tem muito potencial democrático e, por isso, necessita de um conteúdo que atenda a esse chamado, carregando valores como liberdade de expressão e diversidade em suas produções.

Segundo o autor Arlindo Machado, é modelar que na produção televisiva coexistam vários momentos em que a identidade do programa ou do canal esteja presente. Na maior parte da programação a logomarca pode ser visualizada, de formas diferentes a depender do momento. Algumas vezes através de impressos, objetos como microfones, vestimentas, letreiros e outros usos da logomarca como imagem estática, como, por exemplo, a logo transparente da emissora que fica no canto direito superior ou inferior. Quando se trata de demarcar esse espaço no audiovisual, devemos considerar também todos os momentos em que se exibem a logomarca, como na composição de variados tipos de vinhetas, chroma keys5, pequenas animações e entre outros produtos. Essa é

norma porque a visualidade do símbolo comunica a presença da emissora, assegura a autenticidade do conteúdo e permite um padrão visual agradável ao telespectador:

Os logotipos são responsáveis por atribuir distinção, personalidade e outras qualidades formais e subjetivas ao nome, a partir de configurações tipográficas determinadas. [...] Costumam vir acompanhadas ou integradas ao símbolo, formado por uma figura ou sinal gráfico que estabelece significados e associações semânticas ao produto ou a corporação. (SENS e PEREIRA, 2014, p.6 apud ESCOREL, 2000).

Temos que assinalar ainda que, para além do nome e da exibição da logomarca, algumas emissoras conseguiram elencar de maneira tão assertiva as trilhas musicais em

5 Chroma key é o nome comumente usado para a técnica que substitui uma cor específica nas gravações

de filmes e produtos audiovisuais. Geralmente os fundos das capturas são cobertos com um pano verde ou azul para que na edição a cor do pano seja identificada e eliminada, para dar o lugar em que estava a cor para imagens e vídeos que se deseja utilizar. Essa técnica é largamente utilizada em telejornais e no cinema, com intenção de baratear os custos, fazer desaparecer objetos e possibilitar o uso dos mais variados efeitos visuais.

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suas vinhetas e aberturas que o som ganhou muita força na, podendo ser experienciado isoladamente e ainda assim ser associado à marca. Sons como o da abertura de filmes da Netflix, o famoso “plim-plim” da Rede Globo, o da vinheta de filmes da Disney, ou aquele empregado na abertura do Jornal Nacional são exemplos de usos marcantes que tornam esses sons produtos identitários consolidados na memória da maioria dos lares brasileiros de todas as classes sociais do país.

Conjuntamente com a presença da identidade visual impressa e dos videografismos, há na televisão uma espécie de “fluxo televisual planejado” que pode ser percebido em toda a programação (SENS e PEREIRA, 2014, p.3. apud WILLIAMS, 1974). Entre as demais artes digitais citadas, outros produtos como lower thirds6,

comentários, infográficos e cenários, em alguma medida, interagem com esse fluxo, pois, mesmo que haja pequena presença da identidade do canal, há uma presença maior da identidade do programa. Portanto podemos concluir que:

Assim como os canais, os programas apresentam também suas próprias identidades, construídas a partir dos diversos elementos e atributos que os compõem: formato, linguagem, apresentador, personagens, narrativa, emissora, artistas, cenários, videografismos e outros. (SENS e PEREIRA, 2014, p.5) É fato que o universo digital e tecnológico está em constante evolução e avança de forma acelerada. Nesse contexto, a inovação e a criatividade são características muito apreciadas nas obras audiovisuais. Para além disso, a produção tem que ser dinâmica e harmoniosa, sem deixar de ser efetiva na comunicação de seu conteúdo. Assim, é comum que marcas e empresas atualizem sua identidade, passando por projetos de re-branding7.

Percebendo a complexidade das produções audiovisuais, acreditamos ser possível lançar um olhar transformador sobre a identidade a plataforma audiovisual.ufop, que armazena e difunde as obras desenvolvidas dentro do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto. Para isso, se faz necessário entender o histórico da plataforma, com a finalidade de assimilar quais os seus propósitos e estudar qual público que se propõe a comunicar.

6 Terço inferior na regra dos terços em que se adicionam textos, legendas e videografismos acerca do que

está sendo exibido.

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A PLATAFORMA AUDIOVISUAL.UFOP

A plataforma audiovisual.ufop foi criada em 2010, pelo professor Adriano Medeiros da Rocha. A iniciativa aconteceu logo depois que o docente instituiu na UFOP a linha de pesquisa Criação e análise da imagem e do som. A ideia nasceu com o objetivo de constituir um acervo audiovisual representativo das pesquisas e das obras desenvolvidas nesta linguagem a partir do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Atualmente, a plataforma abriga centenas de produções de diferentes tipologias e gêneros, incluindo reportagens, telejornais, programas especiais de TV, documentários e até filmes de ficção. Todas elas foram realizadas por alunos, professores, técnicos e colaboradores da UFOP.

Entre as missões defendidas pela plataforma estão: contribuir para a difusão das obras depositadas, promovendo acesso amplo e gratuito às produções desenvolvidas por pesquisadores da Universidade; garantir a guarda e preservação das produções depositadas; apoiar o desenvolvimento de pesquisas nesta linguagem comunicacional e artística; colaborar para a formação de novos profissionais na área audiovisual; estimular ações de educação patrimonial, especialmente a partir do uso da imagem e do som; constituir memória audiovisual do curso de Jornalismo da UFOP, do ICSA e das próprias populações de Mariana e Ouro Preto. Além disso, o pesquisador que criou a plataforma defende que a iniciativa é importante para a:

preservação de patrimônios audiovisuais, produzidos por agentes criativos como esses que protagonizam as equipes desenvolvedoras do Laboratório de Criação e Produção Audiovisual do curso de Jornalismo da UFOP, seja fundamental para a constituição e preservação da memória e identidade dos cidadãos da região dos Inconfidentes, em Minas Gerais. Sendo assim, cada uma dessas obras audiovisuais possui elementos que registram aspectos sociais, políticos, culturais, éticos e estéticos da história destas comunidades e, neste sentido, representam documentos que ajudam a compreendê-las em sua evolução e complexidades.8

A partir da apresentação presente na plataforma, é possível perceber que audiovisual.ufop se posiciona como um laboratório de experimentação e estudos das

8 ADRIANO MEDEIROS. Audiovisual.ufop, 2020. Página inicial. Disponível em:

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produções audiovisuais. O site armazena conteúdos para acesso gratuito de modo globalizado e suas produções são locais, feitas pelos alunos e profissionais que contribuem na produção do audiovisual da UFOP. Por suas produções serem feitas no meio universitário, mais especificamente dentro do curso de Jornalismo, pode-se considerar que o público advindo dos estudantes universitários seja o mais próximo da plataforma e também crucial para sua existência e manutenção. É importante também considerarmos outros dois públicos chave da plataforma: os que residem e se interessam pela região dos inconfidentes, e os que se interessam pela produção audiovisual realizada nas universidades públicas de Minas Gerais.

Com o público relativamente delimitado, para além das importantes reflexões acerca de um projeto de identidade audiovisual, a proposta é materializar o estudo transformando pontos mapeados nas identidades dos programas e da própria plataforma. Em um primeiro momento, nessa materialização, foi feito o diagnóstico de peças identitárias da plataforma e de seus programas principais que poderão ser transformados ou atualizados.

PESQUISA IDENTITÁRIA ACERCA DA PLATAFORMA E DE SUAS PRODUÇÕES

No levantamento preliminar de materiais feito na plataforma, percebe-se que a sua identidade visual está demarcada somente através de sua logo. Apesar de não possuir outros produtos derivados, carrega consigo um conceito que busca a representação da liberdade de expressão, que pode ser interpretada a partir da figura do pássaro. Além dessa possibilidade interpretativa, a associação aos saberes artísticos como origami e o cinema, representado pela forma estrutural que remete à película cinematográfica, comunicam direta e indiretamente com o nome da plataforma. Neste sentido, a logo será um bom ponto de partida para se aprofundar a criação de uma identidade, com possibilidade de transformar algumas das informações visuais já existentes que estão bem harmonizadas, como o conceito, as cores e tipografias utilizadas:

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Logomarca oficial da plataforma, 2011.

Como foi explicitado no estudo sobre as televisualidades, as vinhetas representam um tipo de produto fundamental para se obter um fluxo televisual e uma identidade bem demarcada. Dentro dessa proposta, as vinhetas têm de ser dinâmicas e alinhadas ao conceito da logomarca, podendo ser utilizadas tanto na abertura quanto no fim de um determinado vídeo, de forma padronizada.

Percebe-se também que a plataforma possui um acervo bem variado, com diversos tipos de produção. Entre os demais programas que compõe esse acervo, nos interessa registrar aqui especialmente o interesse pelo Livre Acesso, um telejornal universitário em que os alunos podem experienciar não só a apresentação das reportagens em estúdio, mas também os processos de entrevista e produção das reportagens nas ruas.

Por ser um importante espaço de produção de conhecimento e práticas experimentais de muitos alunos, sendo o seu primeiro contato prático com o telejornalismo, consideramos que esse programa possui como demanda uma atualização de sua identidade. Dessa forma, toda a sua identidade será reelaborada. Atualmente, o programa possui uma logomarca e uma vinheta de entrada:

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Logo apresentada no frame da vinheta

Frame da vinheta de entrada

Além desses produtos audiovisuais já utilizados no programa, também foi possível identificar a demanda de elaboração de alguns videografismos para padronizar os usos dos lower thirds e preencher o fundo do chroma key das filmagens, além de ser necessário elaborar um padrão da marca para créditos finais e usos da logomarca:

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Usos não padronizados de lower thirds e uso do fundo para chroma key.

Créditos finais do telejornal Livre Acesso

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desafio de pensar como se define e como se constrói uma identidade deu início a um processo de estudo profundo sobre sua importância e as suas possibilidades de uso em produções audiovisuais. Com todos os olhares lançados sobre esses estudos e o diagnóstico sobre a plataforma concluído, será necessário transformar os produtos identitários que foram especificados. Os processos dessa transformação serão feitos remotamente, por meio de vídeo chamadas. Essa segunda etapa do processo também será registrada e projetamos sua conclusão para o fim desse ano.

Pensamos que o melhor será iniciar a transformação pela identidade da plataforma, para depois pensarmos sobre as identidades de seus programas. O primeiro

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passo será definir qual o melhor conceito que podemos associar à plataforma, considerando suas missões e suas produções audiovisuais. Com o conceito estabelecido, ponderaremos a escolha das cores, tipologias e outros elementos audiovisuais que serão importantes para compor a sua identidade. Após essas decisões serem tomadas será possível iniciar a criação dos produtos identitários da plataforma, como a logomarca e as vinhetas, nessa ordem especificamente. A mesma metodologia será utilizada para a transformação da identidade do programa Livre Acesso, considerando que o mesmo também possui outros pontos a serem transformados, como o fundo para chroma key, os créditos finais e os lower thirds.

REFERÊNCIAS

GOMES, L. F. Cinema nacional: caminhos percorridos. São Paulo: Ed. USP, 2007.

GONÇALVES, Tatiana. (2018). Motion Graphics e o design para audiovisual: perspectiva histórica, dimensão plástica e abordagem visual. Disponível em:

<https://www.researchgate.net/publication/326676558>. Acesso em: 11/08/2020.

LEMOS, Luciano; TEIXEIRA, Ana Paula Scorsin; SOUZA, Susyanne Tolentino de. Fala TV: Identidade visual para uma TV universitária moderna e democrática. In: XVII Prêmio

Expocom 2010 – Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação.

MACHADO, Arlindo. A televisão levada a sério. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2000.

PEREIRA, Renato José Lopes; GOMES, Rogério Zanetti. O Design no videografismo como ferramenta na construção de sentido. Projética, Londrina, V.3, N.1, jul. 2012.

SANTAELLA, Lúcia. Comunicação e pesquisa: projetos para mestrado e doutorado. São

Paulo: Hacker Editores, 2001.

SZAFIR, Milena. Design & tele-audiovisualidades (ou, das formas videográficas). In:

Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 40., 2017, Curitiba, p. 1-12.

SENS, André Luiz; PEREIRA, Alice Theresinha Cybis. Design Televisual: Definições, Funções e Elementos Estudos em design, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, p. 1-19, 2014.

TEIXEIRA, Felipe Colvara; SILVA, Roberta Del-Vechio de Oliveira e; BONA, Rafael José. O Processo de desenvolvimento de uma identidade visual. In: VIII Congresso Brasileiro de

Referências

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