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GESTÃO E PROCESSAMENTO DE ÓLEOS USADOS GESTÃO E PROCESSAMENTO DE ÓLEOS USADOS. Newsletter da Entidade Gestora. Ano 11. Trimestral.

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Newsletter da Entidade Gestora. Ano 11. Trimestral. nº 42 Out/2016

GESTÃO E PROCESSAMENTO DE ÓLEOS USADOS

2

A SOGILUB encontra-se actualmente a desenvolver um conjunto de indicadores de pressão ambiental para avaliar os impactes resultantes da sua actividade com o objectivo de melhorar a eficiência do sistema e cumprir os requisitos da sua licença.

Numa perspectiva internacional, destaque para o novo sistema de financiamento da recolha desenvolvido pelo SIGAUS, em Espanha.

No mercado internacional, observa-se valores de mercado dos óleos base e do petróleo consideravelmente abaixo dos anos anteriores, com efeitos negativos na cadeia económica da gestão de óleos lubrificantes usados. Destacam-se ainda recentes comunicações científicas relacionadas com a utilização de óleos lubrificantes usados na produção de combustíveis alternativos.

Nota final para os principais eventos nacionais e internacionais de gestão de resíduos, a decorrer num período próximo.

Textos escritos de acordo com a ortografia antiga.

GESTÃO E PROCESSAMENTO DE

ÓLEOS USADOS

Newsletter da Entidade Gestora. Ano 11. Trimestral. nº42 Out/2016

CONTEÚDOS

1

Edição

PAG 2

SOGILUB

PAG 4

Gestão de Óleos Usados a nível internacional

PAG 5

Mercado de Óleos Base

PAG 7

Eventos e Conferências

PAG 6

Comunicações Científicas

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Newsletter da Entidade Gestora. Ano 11. Trimestral. nº 42 Out/2016

GESTÃO E PROCESSAMENTO DE ÓLEOS USADOS

2

Introdução

A SOGILUB sempre teve presente nas suas acções a vocação para a protecção do meio ambiente e, por isso, sempre se preocupou com a eficiência da gestão dos óleos usados no quadro do SIGOU. Com o objectivo de compreender os impactes ambientais que advêm da sua actividade, a SOGILUB encontra-se actualmente a desenvolver um conjunto de indicadores de pressão ambiental, dando assim resposta aos requisitos da sua licença.

Indicadores de pressão ambiental

Os indicadores de pressão ambiental descrevem as pressões antrópicas exercidas sobre o meio-ambiente que causam mudanças qualitativas e quantitativas nos recursos naturais. Estes indicadores podem ser de pressão directa (referindo-se à pressão imediatamente exercida sobre o meio ambiente, normalmente expressa em termos de emissões ou consumo de recursos naturais) ou de pressão indirecta (reflectem actividades que levam a futuras pressões ambientais).

Várias entidades gestoras de OU, como o SIGAUS em Espanha e o COOU em Itália, recorrem a indicadores de pressão ambiental para avaliarem os impactes ambientais das suas actividades.

A SOGILUB

Indicadores de Pressão Ambiental

Espanha (SIGAUS)

O SIGAUS considera a regeneração de OU como actividade de valorização prioritária pois permite obter óleos base para formular novos óleos lubrificantes evitando a utilização de matérias-primas, o consumo de energia e emissões de CO2.

Como tal, o SIGAUS tem calculado nos seus relatórios anuais indicadores de poupança destes três aspectos.

No último relatório, de 2015, o SIGAUS calculou não só os indicadores anuais, mas também os mesmos indicadores para os 9 anos de gestão da entidade, obtendo uma avaliação dos benefícios ambientais de toda a sua actividade.

Assim sendo, as quantidades de OU regeneradas pelo SIGAUS em 9 anos de actividade permitiram uma poupança de:

270 milhões de barris de petróleo

415 000 toneladas de CO2 eq

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Newsletter da Entidade Gestora. Ano 11. Trimestral. nº 42 Out/2016

GESTÃO E PROCESSAMENTO DE ÓLEOS USADOS

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Publicação do Decreto-Lei n.º 71/2016

No dia 4 de Novembro foi publicado em Diário da República o Decreto-Lei nº 71/2016 que procede a várias alterações no regime geral de gestão de resíduos bem como nos regimes de gestão de embalagens e resíduos de embalagens e resíduos de equipamentos eléctricos e

electrónicos. Destacam-se as alterações

aplicadas ao regime geral de resíduos, que incluem a revisão das competências da Comissão de Acompanhamento da Gestão de Resíduos (CAGER) para que esta deixe de estar na dependência da Agência Portuguesa do Ambiente, a definição de normas que visam a implementação de mecanismos de alocação e compensação entre entidades gestoras de fluxos específicos de resíduos e a revogação da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março, aplicando-se a Decisão 2014/955/EU (Lista Europeia de Resíduos).

Fonte: Diário da República

Entrada em vigor do Acordo de Paris

No dia 4 de Novembro, 30 dias depois da sua ratificação, entrou em vigor o Acordo de Paris sobre Alterações Climáticas. No dia 4 de Outubro foram assim cumpridas as exigências mínimas do Acordo que estabeleciam a sua ratificação por um total de 55% das emissões globais de gases com efeito de estufa. O facto de o Acordo de Paris ter entrado em vigor apenas 10 meses após a sua aprovação, prova que a temática das alterações climáticas está na agenda política e social. A implementação deste Acordo aconteceu dias antes da realização da Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (COP22) em Marraquexe, que decorre entre 7 e 18 de Novembro.

Fonte: Comissão Europeia

545 000 m3 de água 679 hectares de território

248 000 de toneladas de recursos

58 000 toneladas de CO2 eq 1 728 GWh de energia

BREVES

Itália (COOU)

O COOU tem calculado diversos indicadores de desempenho ambiental ao longo da sua actividade. São de destacar as pegadas ecológicas, que começaram a ser calculadas a partir de 2013 no âmbito da Economia Verde. No ano de 2014, o sistema de gestão de OU COOU teve uma poupança de:

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GESTÃO E PROCESSAMENTO DE ÓLEOS USADOS

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Novo sistema de financiamento do SIGAUS

Em 2016, o SIGAUS desenvolveu um novo

sistema de financiamento aos operadores de

recolha de óleos usados, de forma a permitir

uma adaptação às variações dos preços dos

produtos petrolíferos e, assim, garantir a

recolha e tratamento de todo o OU, evitando as

perdas e respectivos impactes negativos no

ambiente. Este sistema consiste em dois

mecanismos: indexação aos preços do petróleo

e diferenciação geográfica.

Mercado internacional de petróleo

Desde Junho de 2014 tem havido uma

diminuição drástica dos preços do petróleo que

levou a uma desvalorização

dos produtos

obtidos dos seus resíduos, nomeadamente OU,

e a uma diminuição do interesse dos

operadores pela sua recolha, que por si só já

apresenta desafios devido à fragmentação e

dispersão geográfica em Espanha.

Evolução dos custos da gestão de resíduos (Fonte: NASDAQ)

A conjectura dos mercados, especialmente do

petróleo e dos seus derivados, tem assim um

impacte directo no custo do sistema de gestão

de OU, podendo-se observar uma relação

inversamente proporcional entre o preço do

barril do petróleo e o custo unitário de gestão

de resíduos.

20 30 40 50 60 70 80 € /B ar ri l B ren t

Evolução dos custos da gestão de resíduos

De forma a proteger a recolha e o tratamento

do OU da instabilidade dos preços do petróleo e

a assegurar o serviço de recolha, o SIGAUS

definiu um mecanismo de adaptação de

financiamento indexado ao principal indicador

internacional de preços das bases lubrificantes,

ICIS (

Independent Commodity Information

Services

), que tem uma correlação directa

sobre o valor do OU e a sua procura como

matéria-prima. Assim sendo, em 2016, este

novo financiamento é realizado a operadores de

recolha de OU mensalmente, de forma

transitória, e em função desses preços, com o

objectivo de cobrir o défice das operações de

recolha e armazenamento.

Além deste mecanismo, o SIGAUS definiu um

novo modelo de funcionamento que considera o

agrupamento em zonas dos municípios

espanhóis, com base nas variáveis de distância

e volume produzido, dando prioridade à recolha

nos locais em que esta tem maiores custos

(maiores distâncias, menores volumes). De

acordo com o SIGAUS, este financiamento é

suportado na totalidade pelos produtores

aderentes ao sistema, não resultando em

custos adicionais para os consumidores.

Fonte: SIGAUS

80,27 € 86,37 € 81,54 € 73,45 € 49,26 € 112,35 € 104,93 € 110,14 € 114,39 € 131,74 € 100 € 105 € 110 € 115 € 120 € 125 € 130 € 135 € 140 € 145 € 150 € 0 € 10 € 20 € 30 € 40 € 50 € 60 € 70 € 80 € 90 € 100 € 2011 2012 2013 2014 2015

Preço médio barril Brent Custo unitário de gestão (€/ton recolhida)

INTERNACIONAL

Espanha

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GESTÃO E PROCESSAMENTO DE ÓLEOS USADOS

5

0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 o ut -11 jan -12 ab r-12 jul -12 o ut -12 jan -13 ab r-13 jul -13 o ut -13 jan -14 ab r-14 jul -14 o ut -14 jan -15 ab r-15 jul -15 o ut -15 jan -16 ab r-16 jul -16 o ut -16

MERCADO DOS ÓLEOS BASE - €/tonelada

Período em análise

Óleos base grupo III+

Óleos base grupo III

Óleos base grupo II+

Óleos base grupo I

Óleos base grupo II

O ano de 2016 fica marcado por uma

estabilização dos valores de mercado dos

óleos base, em valores que se encontram

muito abaixo daqueles verificados em anos

anteriores.

Também o preço do petróleo, regista valores

muito abaixo do verificado em anos

anteriores, com impacte negativos na

economia da gestão dos óleos usados.

Fonte: Lubes’n’Greases e EIA

MERCADO DE ÓLEOS BASE

Evolução dos preços dos óleos base no mercado internacional

0 50 100 150 ou t-1 1 ja n -1 2 ab r-1 2 ju l-1 2 ou t-1 2 ja n -1 3 ab r-1 3 ju l-1 3 ou t-1 3 ja n -1 4 ab r-1 4 ju l-1 4 ou t-1 4 ja n -1 5 ab r-1 5 ju l-1 5 ou t-1 5 ja n -1 6 ab r-1 6 ju l-1 6 ou t-1 6

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Newsletter da Entidade Gestora. Ano 11. Trimestral. nº 42 Out/2016

GESTÃO E PROCESSAMENTO DE ÓLEOS USADOS

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COMUNICAÇÕES CIENTÍFICAS

Waste oil-based alternative fuels for

marine diesel engines

Fuel Processing Technology (2016)

153:28-36

G. Gabiña

L. Mrtin

O. C. Basurko

M. Clemente

S. Aldekoa

Z. Uriondo

Este artigo apresenta a capacidade técnica de um combustível alternativo a ser utilizado em motores marítimos a diesel, avaliada em laboratório e com testes de desempenho do motor. O combustível alternativo avaliado tem como base óleo lubrificante usado automóvel. Foram conduzidos testes para o combustível alternativo e para um combustível destilado, usado normalmente nas frotas de pesca, de forma a comparar os seus desempenhos. Foram estudados os efeitos dos tempos de injecção na sua eficiência energética, análise de combustão e características de emissões. Concluiu-se que o combustível alternativo cumpriu os requisitos da ISO 8217 para combustíveis destilados, com excepção da viscosidade (1.9 vezes superior, sendo necessário o aquecimento do combustível alternativo antes do seu uso). O bom desempenho do combustível alternativo indica a sua viabilidade para utilização em motores diesel de velocidade média usados de forma comum em embarcações pesqueiras.

Recycling of waste engine oil for

diesel production

Waste Management (2016) (Artigo a

aguardar publicação - Disponível online)

R. Maceiras

V. Alfonsín

F.J. Morales

O objectivo deste artigo foi promover a reciclagem de óleo lubrificante usado até se atingir a sua conversão num produto reutilizável, combustível diesel. O óleo usado (OU) foi tratado recorrendo ao processo de destilação pirolítica. O efeito de dois aditivos (hidróxido de sódio e carbonato de sódio) na purificação do combustível obtido e a influência do número de destilações foram analisados. Algumas propriedades térmicas e físico-químicas (densidade, viscosidade, cor, turbulência, acidez, curvas de destilação, índice de cetano, corrosão a cobre, teor de água, ponto de inflamação e hidrocarbonetos) foram determinados de forma a analisar a qualidade do combustível obtido. Os melhores resultados foram obtidos com 2% de carbonato de sódio e duas destilações sucessivas. Os resultados obtidos demonstram que a destilação pirolítica de óleo lubrificante usado é uma excelente forma de produzir combustível diesel a ser usado em motores.

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GESTÃO E PROCESSAMENTO DE ÓLEOS USADOS

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EVENTOS E CONFERÊNCIAS

Pollutec 2016

Data: 29 de Novembro a 2 de Dezembro de 2016 Local: Lyon, França

Info: http://www.pollutec.com/

27ª Convenção Anual da ANECRA Data: 25 e 26 de Novembro de 2016 Local: Lisboa, Portugal

Info: http://www.anecra.pt/eventos/

17th International Automobile Recycling Congress

IARC 2017

Data: 22 a 24 de Março de 2017 Local: Berlim, Alemanha

Info: http://www.icm.ch/iarc-2017

The 12th ICIS Pan American Base Oils & Lubricants

Conference

Data: 30 de Novembro a 2 de Dezembro de 2016 Local: Hyatt Regency Jersey City, EUA

Info: https://www.icisbaseoils.com/panambaseoils2016

Energy From Waste

Data: 21 a 22 de Fevereiro de 2017 Local: Londres, Inglaterra

Info: http://www.efwconference.com/

21st World Base Oils & Lubricants Conference

Data: 15 a 17 de Fevereiro de 2017 Local: Londres, Inglaterra

Referências

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