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A CIDENTES E COMPLICAÇÕES TRANS E

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Rev is ta de Od o n to lo gi a C o n temp o n ea ROC

Volume 1 número 2 Dezembro 2017

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A

CIDENTES E COMPLICAÇÕES TRANS E

PÓS EXODONTIAS DE TERCEIROS MOLARES:

Revisão de Literatura

ACCIDENTS AND COMPLICATIONS TRANS AND POST EXODONTITS OF

MOLAR THIRD: Literature Review

Matheus Santiago DE OLIVEIRA1

Daiana Moreira GONTIJO2

Vinícius Augusto GONÇALVES3

William Morais de MELO4

Lilian DE BARROS5

RESUMO

A exodontia de terceiros molares é um dos procedimentos mais comuns em cirurgia bucal. Este estudo tem por objetivo abordar os principais acidentes e complicações relacionadas com exodontia de terceiros molares, assim como cuidados a serem tomados perante esses acontecimentos. Justifica-se o presente estudo em evidenciar a conduta na redução de riscos que possam ocorrer trans e pós exodontia de terceiros molares. A metodologia utilizada para a execução deste estudo foi a revisão de literatura. Foram utilizadas as bases de dados eletrônicos Google Acadêmico, Scielo, PubMed e Lilacs. Salienta-se que, a exodontia de terceiros molares é realizada com grande frequência na clínica cirúrgica, as peculiaridades anatômicas da região e o alto risco de acidentes e complicações inerentes ao procedimento, exigem do Cirurgião Dentista o conhecimento teórico-prático da técnica cirúrgica e suas variações. Pode-se concluir que os cuidados pré, trans e pós cirúrgicos são imprescindíveis para evitar acidentes e complicações que ocorrem durante e após as exodontias de terceiros molares. A prevenção deve ser o principal objetivo dos Cirurgiões Dentistas, sendo associada ao conhecimento do profissional.

Palavras-chave: Acidentes. Complicações. Exodontias. Terceiros Molares.

ABSTRACT

Extraction of third molars is one of the most common procedures in oral surgery. This study aims to address the main accidents and complications related to third molar extraction, as well as care to be taken in the face of these events. The present study is justified in evidencing the conduct in the reduction of risks that may occur during and after extraction of third molars. The methodology used for the execution of this study was the literature review. The electronic databases Google Scholar, Scielo, PubMed and Lilacs were used. It should be pointed out that the extraction of third molars is performed with great frequency in the surgical clinic, the anatomical peculiarities of the region and the high risk of accidents and complications inherent in the procedure require of the Dentist to have a theoretical and practical knowledge of the surgical technique and variations. It can be concluded that the care before, during and after surgical are essential to avoid accidents and complications that occur during and after extraction of third molars. Prevention should be the main objective of the Dentist, being associated with the knowledge of the professional.

Keywords: Accidents. Complications. Extraction. Third Molars

.

1,2- Acadêmicos do curso de Odontologia na Faculdade Patos de Minas - FPM – Formandos no ano de 2017. matheussantiago0005@gmail.com; daianagontijo07@hotmail.com 3,4,5 - Professor adjunto do curso de Odontologia da Faculdade Patos de Minas - FPM.. viniciusag@bol.com.br; wmoraismelo@yahoo.com.br; liliandebarros@hotmail.com

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A exodontia de terceiros molares é um procedimento comum na rotina do Cirurgião Dentista Buco Maxilo Facial. No entanto, a escolha de extrair ou não, deve ser tomada com cautela, uma vez que tal procedimento está relacionado com acidentes e complicações (1).

A cirurgia de terceiros molares inclusos é um procedimento realizado com frequência, mas possui certo grau de dificuldade que pode levar à graves complicações. Acidentes e complicações pós-cirúrgicas como trismo, infecções, edema, alveolites, comunicações buco sinusais, fratura de mandíbula ou da tuberosidade da maxila e parestesia podem acontecer devido a um mau planejamento, falta de conhecimento do cirurgião, técnicas e instrumentos inadequados, falta de atenção em exames clínicos e radiográficos (2).

Os terceiros molares, também chamados dentes do siso ou do juízo, apresentam variações de forma e volume. Essas variações dão a relevância e/ou importância no ato da extração exigindo, do Cirurgião Dentista, conhecimento experiência para o diagnóstico, planejamento e execução da técnica (3).

Os cuidados desde o planejamento, biossegurança até a remoção de terceiros molares inclusos é imprescindível, podendo se evitar complicações e intercorrências cirúrgicas (2).

Quando indicada a extração de dentes inclusos, é essencial a realização de um planejamento cirúrgico com base em exames clínico e radiográfico, para evitar possíveis complicações no trans e pós-operatório (4).

Justifica-se o presente estudo em evidenciar a conduta na redução de riscos que possam ocorrer pré, trans e pós exodontia de terceiros molares.

Este estudo tem por objetivo abordar os principais acidentes e complicações relacionadas com exodontia de terceiros molares, assim como cuidados a serem tomados perante esses acontecimentos.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a execução deste estudo foi a revisão de literatura com intuito de abranger sobre o tema abordado.

Os artigos selecionados para a presente revisão de literatura foram pesquisados nas bases de dados eletrônicos Google Acadêmico, Scielo, PubMed e Lilacs, utilizando as palavras chaves: “Acidentes”, “Complicações”, “Exodontias”, “Terceiros Molares”, nos idiomas português e “Accidents”, “Complications”, “Extraction”, “Third Molars” em inglês.

A pesquisa resultou em um total de 23 artigos. Para complemento da pesquisa foram utilizados 5 livros e 1 Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), as quais se referenciavam adequadamente ao tema abordado. Posteriormente, foi elaborado uma tabela para melhor compreensão a respeito de acidentes e complicações pós exodontia de terceiros molares.

Foram selecionados para análise os artigos mais relevantes, considerando o período de 2000 a 2017, incluindo revisões de literatura, casos clínicos e revistas científicas.

Os critérios de exclusão foram artigos que não se referenciavam a temática em escolha e fora da cronologia pré-determinada.

REVISÃO DE LITERATURA

TERCEIROS MOLARES

Os terceiros molares são os últimos dentes no processo de erupção e, de modo frequente, podem ser classificados como inclusos ou semi-inclusos, seja pela tomografia óssea, falta de espaço nas arcadas ou posição do segundo molar (1).

Os terceiros molares são dentes que apresentam formatos anômalos e variações quanto a formas, tamanhos e raízes (5).Sua permanência ou não na cavidade bucal depende, sobretudo da presença de espaço suficiente para sua completa erupção (6).

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entanto, se dá pouca importância no que se refere a anormalidade ou variação de comprimento em relação ao tamanho do dente (3).

Os terceiros molares são os últimos dentes a erupcionar na cavidade bucal, podem apresentar-se retidos ou parcialmente irrompidos (7). Por isso, em alguns casos é indicada a sua remoção (8). A extração de terceiros molares é o procedimento comum muito praticado por Cirurgiões Dentistas em todo o mundo (9).

DENTES IMPACTADOS E INCLUSOS

O dente impactado consiste naquele que não consegue irromper dentro do tempo esperado até a sua posição normal na arcada dental. A impacção pode ocorrer quando a irrupção é impedida pelos dentes adjacentes, por um denso revestimento ósseo ou excesso de tecido mole sobreposto. O dente incluso, envolve tanto os dentes impactados quanto os dentes em processo de irrupção (10).

CONHECIMENTOS ANATÔMICOS

O conhecimento anatômico é um dos aspectos relevantes para o sucesso em qualquer cirurgia, não sendo diferente para a cirurgia de terceiros molares, uma vez que o conhecimento anatômico permite um transoperatório seguro e benéfico para o paciente e o cirurgião (6).

A relação com estruturas anatômicas relevantes faz com que a cirurgia dos terceiros molares seja bem planejada e realizada. O cirurgião dentista deve ter um vasto conhecimento anatômico da região operada e dos princípios cirúrgicos, evitando acidentes e complicações no trans e pós-operatório (5, 11, 12).

Em uma época em que os terceiros molares estão ausentes na arcada dental de muitas pessoas, se faz importante o registro do comprimento total desses dentes, que superam os descritos em livros de anatomia dental. Para os autores, uma avaliação radiográfica periapical e panorâmica, as vezes auxiliada por tomografias, pode ser necessária para o bom planejamento na exodontia de terceiros molares e para evitar transtornos tanto no trans quanto no pós-operatório (3).

INDICAÇÃO DA REMOÇÃO DE TERCEIROS MOLARES

A indicação da remoção de terceiros molares é comum da rotina diária na clínica odontológica, por razões patológicas, ortodônticas ou preventiva. Nesse contexto, vários autores descrevem os cuidados transcirúrgico que devem ser levados em consideração na realização desse procedimento, bem como as complicações pós-operatória associadas a cirurgia, que frequentemente incluem as estruturas anatômicas da região (6).

Alguns aspectos devem ser observados como a idade do paciente, assim como a condição sistêmica, a proximidade de estruturas e o grau de dificuldade na exodontia, analisando o custo e benefício do procedimento (11, 12).

PLANEJAMENTO CIRÚRGICO

Quando indicada a extração de dentes inclusos, é indispensável a realização de um planejamento cirúrgico com base em exames clínico e radiográfico. Através do exame clínico, obtêm-se dados específicos da saúde geral do paciente, história médica e odontológica pregressa e atual. O nível de complexidade e de dificuldade operatória é analisado no exame radiográfico. Dessa maneira, realiza-se um cuidadoso planejamento do ato cirúrgico, evitando possíveis acidentes no transoperatório e complicações no pós-operatório, muitas vezes associados à posição e à localização do dente incluso (2,4). Um detalhado planejamento associado ao conhecimento do profissional são fatores essenciais para se reduzir complicações relacionadas à exodontia dos terceiros molares (4).

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CIRURGIA DE TERCEIROS MOLARES INCLUSOS

A exodontia de terceiros molares é uma das cirurgias mais realizadas pelo Cirurgião Bucomaxilofacial (2,4,13,14). Como todo procedimento cirúrgico, pode envolver complicações (14).

A ficha de orientações pós-operatórias deve conter as informações relevantes; entretanto, não deve ser extensa. São orientações direcionadas à prevenção de hemorragias, como a ingestão de alimentos quentes e a exposição ao sol podem ocasionar problemas hemorrágicos por vasodilatação. Desse modo, esforços físicos devem ser evitados, visto que podem acarretar uma circulação acelerada e consequentemente aumento da pressão arterial (15).

ACIDENTES E COMPLICAÇÕES PÓS-EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES

Acidentes e complicações cirúrgicas são inerentes a qualquer procedimento cirúrgico bucal (16). As exodontias de terceiros molares estão cada vez mais frequentes, podendo ocasionar acidentes e complicações. Os fatores etiológicos podem influenciar na idade, saúde médica comprometida e posição do dente (17).

As taxas de acidentes e complicações nas cirurgias dos terceiros molares foram avaliadas por alunos de odontologia, os mesmos concluíram que a inexperiência do cirurgião não é um fator determinante para o aumento das taxas de acidentes e complicações nas cirurgias dos terceiros molares, tendo em vista a semelhança dos resultados deste trabalho com estudos desenvolvidos por cirurgiões experientes. Os autores ainda ressaltaram a necessidade do conhecimento por parte dos alunos dos tratamentos mais adequados para os diferentes acidentes e complicações encontradas (18).

As taxas de acidentes ou complicações relacionadas à extração dos terceiros molares varia de 2.6% a 30.9% com diferentes fatores, que podem influenciar nos resultados como: a idade do paciente e seu estado de saúde, o gênero, o grau de impacção do dente, a experiência do cirurgião, o tabagismo, o uso de medicação anticoncepcional, a qualidade da higiene oral, a técnica cirúrgica, entre outros (19).

Devido a gravidade e o desconforto das complicações locais e sistêmicas relacionadas à retenção do terceiro molar, a literatura científica odontológica tem recomendado a extração profilática do dente retido. A maioria dos casos de acidentes e complicações na cirurgia de dentes inclusos provém de erros de avaliação, má utilização de instrumentos, força inadequada e visualização dificultada. Essas intercorrências podem ocorrer no trans ou pós-operatório (11).

O cirurgião deve ter atenção e conhecimento para realizar a exodontia, visto que, quanto maior o grau de complexidade do caso, maior as chances de ocorrer complicações pós-cirúrgica, especialmente em casos que é necessário a realização de ostectomia ou odontossecção (2).

Na sequência, estão os principais acidentes e complicações pós exodontia expressos na Tab. 1. Tab. 1. Principais acidentes e complicações relacionadas a exodontia

Principais Acidentes e Complicações relacionadas a Exodontia

Autor/Data

Deslocamento de dente ou raízes dentárias Mariano et al. (2006) Alveolite seca; Infeção; Hemorragia; Lesões nervosas; Radix

in antro Highmori (comunicação oroantral, ápice para cavidade antral); Fratura da Mandíbula; Fratura da Tuberosidade Maxilar; Outras

Pitekova, Satko e Novotnakova (2010)

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Fonte: (1, 2, 4, 18, 20-25)

PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES

A prevenção das complicações deve ser o principal objetivo dos cirurgiões, sendo que um detalhado planejamento associado ao conhecimento do profissional são fatores essenciais. Quanto mais complexa a técnica cirúrgica em que possua necessidade de se realizar ostectomia e odontossecção, maior o índice de complicações pós-operatórias, sendo necessária maior cautela por parte do profissional (4).

A prevenção da perda excessiva de sangue durante a cirurgia é fundamental para preservar a capacidade do paciente de carregar oxigênio. Uma vez que o sangramento não-controlado causa diminuição na visibilidade do campo operatório, bem como a formação de hematomas, estes ainda pressionam as feridas diminuindo a vascularização, aumentam a tensão nas bordas da ferida e atuam como um meio de cultura; potencializando o desenvolvimento de uma infecção (10).

Os cuidados pré, trans e pós-operatórios são imprescindíveis para prevenir a ocorrência de acidentes e complicações. A exodontia de terceiros molares deve ter como objetivo a prevenção de danos (25).

A elaboração de um planejamento adequado de tratamento, com a técnica apropriada, pode diminuir o trauma do procedimento cirúrgico que é um fator importante na incidência de acidentes e complicações (22). A evolução da cirurgia odontológica, graças aos conhecimentos atuais de técnicas cirúrgicas requintadas, capacita o Cirurgião-Dentista a intervir com segurança, e assim, diminuir o número de acidentes e complicações trans e pós-operatórias (16).

maxilar; Deiscência de sutura; Comunicação buco-sinusal; Parestesia; Alveolite; Infecção

Fratura radicular; Fratura dentoalveolar; Trismo; Lesão de comissura labial

Araújo et al. (2011)

Alveolite Meyer et al. (2011)

Fratura tardia de mandíbula Ishii et al. (2012)

Trismo; Infecções; Edema; Alveolites; Comunicações buco sinusais; Fratura de mandíbula e/ou da Tuberosidade da maxila; Parestesia

Seguro e Oliveira (2014)

Trismo; Edema; Dor; Sangramento; Alveolite; Fraturas dentoalveolares; Fratura óssea da tuberosidade maxilar ou da mandíbula; Injúrias periodontais a dentes adjacentes ou à ATM; Comunicações bucossinusais; Parestesia temporária ou permanente; Deslocamento de dentes para regiões anatômicas; Infecções abrangendo espaços faciais e outras

Cordeiro e Silva (2016) Andrade et al. (2012) Marzola e Pagliosa (2009)

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TRATAMENTO

Diversos métodos tem sido utilizados para inibir e/ou reduzir essas sequelas pós-operatórias, incluindo a utilização de corticosteróides localmente ou sistematicamente, a utilização de diferentes tipos de incisões, o uso de anti-inflamatórios não esteroidais, a inserção de diques de drenagem e o uso do laser de baixa intensidade (26, 27). O laser de baixa intensidade promove analgesia no pós-operatório (28).

Alguns procedimentos pré-operatórios podem reduzir possíveis complicações, como assepsia extra e intra oral, manejo cuidadoso dos tecidos, orientar o paciente no pós-operatório e uso de medicações (17).

Apesar do risco de infecção pós-operatória ser considerado relativamente baixo, as cirurgias em terceiros molares retidos estão relacionadas com inúmeras complicações trans e pós-operatórias e, como consequência, a administração: profilática de antibióticos é frequentemente relatada (29).

Com o intuito de minimizar o edema, o paciente deve ser orientado, ao final do procedimento cirúrgico, a aplicar bolsas de gelo sobre a área para ajudar a minimizar o aumento de volume e fazer com que o paciente se sinta mais confortável. O gelo deve ser interposto por uma toalha seca para prevenir lesões cutâneas superficiais. A bolsa de gelo deve ser mantida sobre o local por 20 minutos, e retirada por 20 minutos, sendo que as aplicações não devem ser feitas por mais de 24 horas. No segundo dia pós-operatório, nem gelo e nem calor devem ser aplicados sobre a face. Do terceiro dia em diante, a aplicação de calor pode ajudar a reduzir o aumento de volume mais rapidamente (10).

É preciso que tal orientação fique clara para o paciente, uma vez que, na tentativa de não ter edema, ele pode se mal orientado, usar o gelo por um período mais longo de tempo, prejudicando o processo de cicatrização (15).

Em áreas de caninos superiores e pré-molares inferiores, o uso do gelo pode auxiliar a prevenir a formação de hematomas comuns nessas regiões (15).

O sucesso das cirurgias bucais, entre outros fatores, está na dependência direta do planejamento, técnica cirúrgica, terapêutica medicamentosa e orientações pós-operatórias (15).

A prevenção de complicações é o método mais fácil e eficaz de lidar com a situação. Ao se extrair um terceiro molar superior, as radiografias pré-operatórias devem ser analisadas cuidadosamente quanto a relação do dente com o seio maxilar. Durante o ato cirúrgico, pode-se utilizar a odontossecção, caso as raízes estejam divergentes ou muito próximas do seio (10).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, pode-se concluir que os cuidados pré, trans e pós cirúrgicos são imprescindíveis para evitar acidentes e complicações que ocorrem durante e após as exodontias de terceiros molares. A prevenção deve ser o principal objetivo dos Cirurgiões Dentistas, sendo associada ao conhecimento do profissional.

Salienta-se que, o conhecimento do Cirurgião Dentista, associado a um bom planejamento para a realização da exodontia de terceiros molares, são fatores que auxiliam na redução de possíveis complicações. É imprescindível que o Cirurgião Dentista qualificado esteja apto o suficiente para realizar a cirurgia, amenizando possíveis acidentes e complicações que podem ocorrer trans e pós exodontia.

Através do levantamento bibliográfico, observou-se que há necessidade de conhecimento de cuidados, técnicas e planejamento cirúrgico pelos profissionais que realizam tais cirurgias, com o intuito de prevenir acidentes e complicações cirúrgicas pós exodontia dos terceiros molares. É de extrema relevância uma boa anamnese, bem como a análise radiográfica, o planejamento e o conhecimento da técnica cirúrgica adequada para reduzir os danos e riscos, acidentes e complicações ao paciente.

Vale ressaltar que, como em toda técnica empregada nos Consultórios Odontológicos, os profissionais da área de saúde devem estar atentos a novas pesquisas, que respaldem a eficácia e eficiência das técnicas utilizadas, diminuindo possíveis acidentes e complicações no tratamento trans e pós exodontia de terceiros molares.

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REFERÊNCIAS

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Autor para correspondência: Lílian de Barros

liliandebarros@hotmail.com

Rua Major Gote, 1408. Centro Patos de Minas - MG 38700-001. (34) 99113-7672

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