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MBA EM GESTÃO CONTÁBIL DE EMPRESAS INTEGRADA À CONTABILIDADE INTERNACIONAL 4ª TURMA. Contabilidade de Concessões. PROFESSOR Fabio Madeira

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Academic year: 2021

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(1)

Contabilidade de Concessões

PROFESSOR Fabio Madeira

MBA EM GESTÃO CONTÁBIL DE EMPRESAS INTEGRADA À CONTABILIDADE

INTERNACIONAL – 4ª TURMA

Agenda

1. Definição de Contratos de Concessão;

2. Contabilização;

3. Incidência de IRPJ e CSLL;

4. Incidência de PIS e COFINS.

5. Exemplos.

(2)

Definição

• Os contratos abrangidos pelo ICPC 01 geralmente envolvem uma empresa (concessionário) que constrói a infraestrutura usada para prestar os serviços públicos ou melhorá-la, além de operá-la e mantê-la durante prazo específico. O concessionário recebe pelos serviços durante a vigência do contrato.

• Esses contratos classificam-se em:  “construir-operar-transferir”;  “recuperar-operar-transferir”; ou

 contrato de concessão de serviço público a entidades do setor privado.

Alcance

• Esta norma é aplicável a concessões de serviços públicos a entidades privadas que atendam, cumulativamente, as seguintes condições:

 o concedente controle ou regulamente quais serviços o concessionário deve prestar com a infraestrutura, a quem os serviços devem ser prestados e o seu preço; e

 o concedente controle – por meio de titularidade, usufruto ou de outra forma – qualquer participação residual significativa na infraestrutura no final do prazo da concessão. “

(3)

Tratamento Contábil

• A infraestrutura abrangida por esta norma não

será registrada como ativo imobilizado do concessionário, pois o contrato de concessão não transfere ao concessionário o direito de controlar o uso da infraestrutura de serviços

públicos.

• O concessionário tem acesso para operar a infraestrutura para a prestação dos serviços

públicos em nome do concedente, nas condições

previstas no contrato.

Tratamento Contábil

• A remuneração recebida ou a receber pelo concessionário pela prestação de serviços de construção ou de melhoria deve ser registrada pelo seu valor justo.

• Essa remuneração pode ser classificada como um:

 Ativo financeiro;  Ativo intangível; ou

(4)

Tratamento Contábil

• O concessionário deve reconhecer um ativo

financeiro à medida em que:

 tem o direito contratual incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro do concedente pelos serviços de construção;

 o concedente tem pouca ou nenhuma opção para evitar o pagamento, normalmente porque o contrato é executável por lei.

• O concessionário não sofre o risco de

demanda.

Tratamento Contábil

• O concessionário deve reconhecer um ativo

intangível à medida em que recebe o direito

(autorização) de cobrar os usuários dos serviços públicos.

• Esse direito não constitui direito incondicional

de receber caixa porque os valores são

condicionados à utilização do serviço pelo

público.

(5)

Tratamento Contábil - Bifurcado

• Caso o concessionário tenha parte dos seus recebimentos garantidos pelo poder concedente e a outra parte não (risco de demanda) deverá ser contabilizado separadamente cada componente da remuneração (Ativo Financeiro / Ativo Intangível).

• A remuneração recebida ou a receber de ambos os componentes deve ser inicialmente registrada pelo seu valor justo recebido ou a receber.

Tratamento Contábil – Ativo Financeiro

Durante a Construção D Custo de Construção R C Caixa P D Ativo Financeiro P C Receita de Construção R D Ativo Financeiro P C Receita Financeira* R Durante a Operação D Caixa P C Ativo Financeiro P D Ativo Financeiro P C Receita de Operação R D Ativo Financeiro P C Receita Financeira* R D Despesas de Operação R C Caixa P * Referem-se a atualização do Ativo Financeiro.

(6)

Tratamento Contábil – Ativo Intangível Durante a Construção D Custo de Construção R C Caixa P D Ativo Intangível P C Receita de Construção R Durante a Operação D Caixa P C Receita de Operação R D Amortização* R C Amortização Acumulada P * Refere-se a amortização do Ativo Intangível. D Despesa de Operação R C Caixa P

Tratamento IR/CSLL (IN RFB 1.700/17)

• Para fins tributários entende-se como:

 Fase de construção: a fase de execução de um contrato de concessão de serviços públicos em que a concessionária realiza serviços de construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento da infraestrutura de prestação dos serviços;

 Fase de operação: aquela em que a concessionária efetivamente presta ou disponibiliza os serviços públicos para os quais foi contratada, mediante a operação e manutenção da infraestrutura.

(7)

• No caso de Ativo Financeiro:

 O lucro decorrente da receita reconhecida na fase de construção cuja contrapartida seja ativo financeiro representativo de direito contratual incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro, poderá ser tributado à medida do

efetivo recebimento; (Exclusão Temporária)  Adição do lucro diferido, na proporção dos

recebimentos; (Baixa na Parte B)

Tratamento IR/CSLL (IN RFB 1.700/17)

• Em cada período de apuração, o valor a ser adicionado será calculado pela seguinte fórmula:

• Onde:

 LD: total do lucro diferido na fase de construção;  R: valor do(s) pagamento(s) contratado(s) e/ou

recebido(s) no período de apuração;  V: valor total contratado.

LD X (R/V)

(8)

• No caso da receita de atualização do Ativo Financeiro:

 exclusão da receita financeira relativa aos valores decorrentes do ajuste a valor presente

apropriada no período; (Exclusão

Temporária)

 adição de parte do total dos valores decorrentes do ajuste a valor presente, previsto para todo o contrato, na mesma proporção em que o lucro

diferido da fase de construção for adicionado.

(Baixa na Parte B)

Tratamento IR/CSLL (IN RFB 1.700/17)

• No caso de Ativo Intangível:

 O resultado decorrente da receita reconhecida na fase de construção cuja contrapartida seja ativo intangível, deverá ser computado no lucro real

à medida que ocorrer a realização do respectivo ativo intangível, inclusive mediante amortização, alienação ou baixa; (Exclusão Temporária)

 Adição do lucro diferido, na proporção em

que o ativo intangível for realizado, inclusive por amortização, alienação ou baixa. (Baixa na Parte B)

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• No caso de Ativo Financeiro:

 A receita decorrente da construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo financeiro, integrará a base de cálculo das contribuições, à medida do efetivo recebimento;  Considera-se efetivamente recebida a parcela do

total da receita bruta da fase de construção calculada pela proporção (R/V).

 Não integram a base de cálculo das contribuições as receitas financeiras (atualização do ativo financeiro), nos períodos em que forem apropriadas. Tratamento PIS/COFINS (IN RFB 1.700/17)

• No caso de Ativo Intangível:

 Na determinação da base de cálculo das Contribuições, exclui-se a receita reconhecida

pela construção, recuperação, reforma,

ampliação ou melhoramento da

infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo

intangível representativo de direito de

exploração.

(10)

• Os créditos de PIS/COFINS do método não

cumulativo, gerados pelos serviços de construção,

recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura somente poderão ser aproveitados:

 à medida que o ativo intangível for realizado, quando a receita decorrente desses serviços tiver contrapartida em ativo que represente o direito de exploração;

 na proporção dos recebimentos (R/V), quando a receita decorrente desses serviços tiver contrapartida em ativo financeiro.

Tratamento PIS/COFINS (IN RFB 1.700/17)

Exemplo com Ativo Financeiro

Custos:

 Construção: $ 600;  Operação (anual): $ 40. Prazo da concessão: 5 anos;

 Construção: 1 ano;

 Operação: 4 anos (Anos 2-5).

Remuneração do concessionário;  $ 300 (ano);

 O concedente garante a totalidade da remuneração do contrato.

Margens dos serviços prestados;  Construção: custo + 20%.  Operação: custo + 20%.

(11)

Saldo Inicial

Receita

Financeira Contraprestações Recebimentos Saldo Final Ano 1 - - 720 - 720 Ano 2 720 107,73 48 (300) 575,73 Ano 3 575,73 86,14 48 (300) 409,87 Ano 4 409,87 61,33 48 (300) 219,20 Ano 5 219,20 32,80 48 (300) -

Exemplo com Ativo Financeiro

Contraprestação da construção: Custo + 20% $ 600 x 1,2 = $ 720

Contraprestação da operação: Custo + 20% $ 40 x 1,2 = $ 48 DRE 1 2 3 4 5 Rec. Construção 720 - - - - Rec. Operação - 48 48 48 48 (-) PIS/COFINS - (7,22) (7,22) (7,22) (7,22) Receita Líquida 720 40,78 40,78 40,78 40,78 Custo Construção (600) - - - - Custo Operação - (40) (40) (40) (40) Lucro Bruto 120 0,78 0,78 0,78 0,78 Receita Financeira - 107,73 86,14 61,33 32,8 LAIR 120 108,51 86,92 62,11 33,58 IR Corrente - (34,95) (34,95) (34,95) (34,95) IR Diferido (40,80) (1,95) 5,39 13,83 23,53 Lucro Líquido 79,20 71,61 57,36 40,99 22,16

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PIS/COFINS 1 2 3 4 5 Total Receitas 720 155,73 134,14 109,33 80,80 Exclusões (720) (107,73) (86,14) (61,33) (32,80) Adição Rec. Construção - 180 180 180 180 Crédito - (150) (150) (150) (150) Base de Cálculo - 78 78 78 78 PIS/COFINS - 7,22 7,22 7,22 7,22

LD X (R/V) = 720 X (300/1200) = 180

Crédito = 600 X (300/1200) = 150

Exemplo com Ativo Financeiro

LALUR 1 2 3 4 5

LAIR 120 108,51 86,92 62,11 33,58 Adições - 102 102 102 102 Realiz. Lucro Dif. - 30 30 30 30 Realiz. Rec. Finan. - 72 72 72 72 Exclusões (120) (107,73) (86,14) (61,33) (32,80) Lucro Diferido (120) - - - - Receita Financeira - (107,73) (86,14) (61,33) (32,80) Lucro Real - 102,78 102,78 102,78 102,78 IR Devido - 34,95 34,95 34,95 34,95 Parte B (120) (125,73) (109,87) (69,20) -

Fator (R/V) = 25% Lucro Diferido = 120 x 25% = 30 Rec. Financeira = 288 x 25% = 72

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Custos:

 Construção: $ 600;  Operação (anual): $ 40. Prazo da concessão: 5 anos;

 Construção: 1 ano;

 Operação: 4 anos (Anos 2-5).

Remuneração do concessionário;  $ 300 (ano);

 O concessionário corre o risco de demanda.

Margens dos serviços prestados;  Construção: custo + 20%.

Exemplo com Ativo Intangível

DRE 1 2 3 4 5 Rec. Construção 720 - - - - Rec. Operação - 300 300 300 300 (-) PIS/COFINS - 13,88 13,88 13,88 13,88 Receita Líquida 720 286,13 286,13 286,13 286,13 Custo Construção (600) - - - - Custo Operação - (40) (40) (40) (40) Lucro Bruto 120 246,13 246,13 246,13 246,13 (-) Amortização - (180) (180) (180) (180) LAIR 120 66,13 66,13 66,13 66,13 IR Corrente - (32,68) (32,68) (32,68) (32,68) IR Diferido (40,80) 10,20 10,20 10,20 10,20 Lucro Líquido 79,20 43,64 43,64 43,64 43,64

(14)

PIS/COFINS 1 2 3 4 5 Total Receitas 720 300 300 300 300 Exclusões (720) - - - - Crédito - (150) (150) (150) (150) Base de Cálculo - 150 150 150 150 PIS/COFINS - 13,88 13,88 13,88 13,88

Somente a receita de operação é tributada !!!!!!

Exemplo com Ativo Intangível

LALUR 1 2 3 4 5

LAIR 120 66,13 66,13 66,13 66,13

Adições - 30 30 30 30

Realiz. Lucro Dif. - 30 30 30 30

Exclusões (120) - - - - Lucro Diferido (120) - - - - Lucro Real - 96,13 96,13 96,13 96,13 IR Devido - 32,68 32,68 32,68 32,68 Parte B (120) (90) (60) (30) - Realização = 25% Lucro Diferido = 120 x 25% = 30

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Referências

• ICPC 01;

• Lei n.º 12.973/14. • IN RFB n.º 1.700/17.

Referências

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