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UM JARDIM HISTÓRICO MADURO : Diretrizes para gestão botânica da Praça Faria Neves

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Academic year: 2021

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UM JARDIM HISTÓRICO MADURO : Diretrizes para gestão botânica

da Praça Faria Neves

DÍAZ, ALBERTO. (1); NEVES, CAROLINA. (2); CORTEZ, KARINE (3); RICCELI,

RÚBIA (4)

1.Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano Rua Viriato Correia, nº 126 – Boa Viagem, Recife (PE)

bto_ford@hotmail.com

2. Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano Rua Pajussara, nº 110, Cond. Vila Jardim, bloco C, apartamento 1603 – Tejipió, Recife (PE)

carolinamfn.arq@gmail.com

3. Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano Rua Antônio de Castro, nº 103 – Casa Amarela, Recife (PE)

karine_cortez@hotmail.com

4. Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano Rua Dona Maria Lacerda, 140 – Várzea, Recife (PE)

ru.ricceli@gmail.com

RESUMO

A Praça Faria Neves, projetada por Roberto Burle Marx e situada no Recife, é um importante jardim histórico brasileiro. Todavia, em razão da ausência de uma gestão efetiva desse bem, não se tem observado o desenvolvimento das ações necessárias para a sua conservação. O estado dos elementos vegetais – principal componente do jardim – evidenciam essa situação: indivíduos doentes, tomados por plantas parasitas, ausência de poda, adubação e irrigação inadequadas, dentre outros problemas, alertam para a urgência da articulação dos atores responsáveis por esse patrimônio. Nesse sentido, faz-se necessário a elaboração de um plano de gestão que aborde todos os aspectos do jardim, dentre estes o botânico, enfatizado nesse artigo e particularmente ligado à prática do jardineiro a qual precisa ser mais valorizada.

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1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil

1. INTRODUÇÃO

Este artigo tem como objetivo principal oferecer subsídios para elaboração de um plano de gestão da conservação da Praça Faria Neves, enfatizando os aspectos botânicos que são o cerne de um jardim histórico. Sabe-se que na conservação de um jardim histórico um importante passo é estabelecer as ações de manutenção adequadas para cada tipo de jardim, por isso neste artigo pretende-se também conhecer as particularidades da Praça Faria Neves e quais seriam as ações adequadas para sua manutenção.

Para melhor contribuir para o plano de gestão deste jardim histórico, se fez necessário também identificar como é a atual situação de gestão da Praça Faria Neves, bem como identificar possíveis problemas e delinear qual a maneira mais eficaz de gestão, considerando que do ponto vista botânico, a maioria de suas árvores se encontram em uma etapa madura dentro de seu ciclo de vida.

A Praça Faria Neves está localizada no bairro de Dois Irmãos, entre as ruas Dois Irmãos e Manuel de Medeiros, e é delimitada pelas antigas instalações do engenho - que deu origem ao nome do bairro -, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco e pelo Horto Zoobotânico, ocupando uma área de 8.600m2 (Prefeitura do Recife, decreto nº 29.537/2016).

2. BREVE HISTÓRICO E ATRIBUTOS VEGETAIS

Na década de 50, o prefeito Pelópidas Silveira, preocupado em estabelecer espaços com funções recreativas na cidade, convida o paisagista Roberto Burle Marx para criar a Praça Farias Neves – também conhecida como Praça de Dois Irmãos – de modo atender os visitantes do horto e aos moradores da vila de funcionários da Companhia de Beberibe.

No conjunto da praça, destaca-se a área do playground com brinquedos lúdicos propostos em concreto para as crianças e toda a massa vegetal, que em meio aos passeios curvos, típicos do traço do paisagista Burle Marx, possibilitam recantos de permanência sombreados. Uma perfeita relação entre a composição do traçado e a vegetação. Na periferia da praça, o traçado continua a ser fortalecido pelos canteiros de vegetação gramínea e pelo exuberante colorido paisagístico proposto com o abricó de macaco (Couroupita guianensis) e a cana da índia (Canna indica). Já o passeio lateral, na rua principal de acesso ao Zoo, um bosque de jambeiros confere uma entrada ainda mais agradável para o horto.

Outras espécies ainda compõem o maciço vegetal, entre eles é possível encontrar o pau-rei (Basiloxylon brasiliensis), ipê roxo (Tabebuia avellanedae), árvores frutíferas a exemplo da

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mangueira (Mangifera indica), do jenipapo (Genipa americana), jaqueira (Artocarpus

heterophhylus) e oiti da praia (Licania tomentosa), e algumas espécies de palmeiras como o

coqueiro (Cocus nocifera) e palmeira-leque-de-fiji (Pritchardia pacifica). No eixo central, as palmeiras imperiais (Rooystonea oleracea), emolduram a entrada principal da praça conferindo mais beleza e verticalidade.

Todo o maciço vegetal da praça Faria Neves enaltece as condições ecológicos e estéticas da natureza e proporciona a todos os seus usuários e espectadores uma riqueza de cores vibrantes nas florações, exuberantes formas e texturas, bem como o caráter de ser uma praça que traz aconchego e sombra como característica primordial de um grande vestíbulo que prenuncia a entrada do Parque Estadual de Dois Irmãos (Prefeitura do Recife, decreto nº 29.537/2016).

O conjunto de atributos botânicos descritos acima, juntamente com a reconhecida importância do idealizador deste local, resultou no tombamento da Praça Faria Neves como Jardim histórico, pela Prefeitura do Recife e pelo IPHAN. Porém, até este momento de reconhecimento de seu valor histórico, a praça passou por várias adversidades advindas do abandono.

A partir de 1980, a praça foi alvo de profundas modificações, tornando-se um pátio de estacionamento de veículos, um terminal de ônibus, entre outros usos inadequados. Tais intervenções modificaram a vegetação, o mobiliário, bem como descaracterizaram, como um todo, o projeto original. Só em 2006, ela foi restaurada através de um trabalho conjunto entre a Prefeitura, Universidade Federal de Pernambuco e residentes, o que gerou discussões e reuniões com instituições e entidades ambientalistas.

Logo após a restauração, a praça foi adotada pelo LAFEPE através do programa Adote verde da Prefeitura do Recife, mas devido a falta de definição de responsabilidades de gestão e manutenção, a praça encontra-se atualmente com diversos problemas de conservação, principalmente no que concerne a botânica da mesma.

3. CONHECER PARA RECONHECER: DIAGNÓSTICO

FITOSSANITÁRIO

Da revisão que se faz do projeto de restauração de 2003 com o que é atualmente observado na Praça Faria Neves em termos de vegetação, pouco resta da intenção de conservação que foi implantada no projeto de restauração deste mesmo ano. Para Benavides (2015) o conhecimento do arvores nas áreas verdes é fundamental para especificar as atividades corretivas e preventivas que precisam fazer como os fins de procurá-lo, conservá-lo e melhorá-lo. Nesse sentido, os inventários de árvores urbanas são o procedimento ideal para

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1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil

obter informação precisas e confiáveis sobre as características das árvores (p. 4). Assim, foi realizado na última visita realizada no mês de março de 2017 um inventário das árvores, na qual contabilizou-se 83 indivíduos de pelo menos 21 espécies diferentes, mostrando o quanto a Praça é rica em variedade de espécies, tudo isso reflexo do projeto de Burle Marx que utilizou a mata atlântica como sua inspiração.

Das espécies existentes na praça a espécie dominante é a palmeira real (Roystonea

oleracea) com 17 indivíduos, seguida pela palmeira leque (Pritchardia pacifica), e 10

Jambeiros (Syzuquium malaccense), em menor quantidade espécies como baobá (Adansonia digitata), pao-do-brasil (Caesalpina echinata), jaqueira (Artocarpus

heterophylus), castanhola (Terminalia cattapa), oiti-da-praia (Licania tomentosa), sombreiro

(Clitoria earchildiana) todos eles presentes na praça mas só com um representante de cada, sendo por isso, necessário um maior o cuidado com para evitar a perda destas estas espécies na praça.

Imagem 1 – Mapa de inventário de espécies (março de 2017), atualizado a partir do mapa do Decreto Municipal nº 29.537/2016.

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Imagem 2 – Legenda de inventário de espécies (março de 2017). Fonte: autores

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Na última visita, ficou evidente que uma boa parte da paleta vegetal foi perdida ou substituída por novas espécies, além da falta de manutenção com as espécies mais antigas. Nota-se também, a necessidade de um plano de manejo da vegetação existente para aumentar o êxito e a permanência da flora, além disso na última visita foram registradas diversas doenças e danos na vegetação, produto da falta de manutenção das árvores desse lugar.

Um dos danos encontrados é resultado da falta de poda. Para Matos 2009 a poda é:

(…) uma intervenção necessária, especialmente no ambiente urbano, onde sua finalidade principal é a adequação da arquitetura da árvore. Deve ser, utilizada com cuidado, pois se realizada de forma indevida pode causar danos irreversíveis (55 p.) (…)

O Manual de Podas de Árvores da Prefeitura do Recife (2013) considera-se três tipos básicos de poda:

(…) Formação e condução - Inicia-se no viveiro, observando-se o cuidado quanto à definição das três galhas (pernadas) a uma altura mínima de 1,80m, observando-se as características do tipo de crescimento simpodial ou monopodial.

Limpeza - Consiste em cortes, eliminando galhos secos, epicórmicos e/ou com problemas fitossanitários.

Correção - Consiste em corte de galhos com a finalidade de reequilibrar a árvore (...)

Enquanto que o Manual Técnico de Poda de Árvores da cidade de São Paulo considera um tipo a mais: a poda de Adequação que consiste em remover partes da árvore que interferem ou causam danos incontornáveis às edificações ou aos equipamentos urbanos. Na Praça Farai Neves, também foi identificada a necessidade da implantação deste tipo de poda.

A partir do dados obtidos no inventário de árvores da Praça Faria Neves (ver anexo) serão necessárias as seguintes ações de manutenção para melhorar as condições da vegetação: 1) poda de limpeza de 24 espécies de arvores; 2) 8 podas de formação; 3) poda de adequação no locais onde se encontrem problemáticas com o mobiliário urbano: 4) retirada ou transplante de 3 indivíduos principalmente por se tratar espécies com crescimento reprimido; 5) destoconamento de uma espécie e 6) retirada imediata de uma árvore morta que se localiza em frente a salão de festas na rua dos irmãos.

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Com base nessas categorias destacadas, a Praça Faria Neves precisa de vários tipos de poda, como: poda de formação nas árvores para melhorar a arquitetura delas, especialmente nos indivíduos jovens para ajudar em sua estrutura como é o caso dos Jenipapos (Tabebuia avellandae) que ainda estão pequenos, também são necessárias as podas de limpeza em especial nas palmeiras para retirar suas folhas e em algumas outras árvores (a) na qual se destaca o caso da Jaqueira (Artocarpus heterophylus) que apresenta várias ramas secas em sua copa (b) , e a retirada do muérdago de algumas árvores como da Castanhola (Terminalia cattapa) (c) . Outro caso foi o pau-rei (Basiloxylon brasiliensis) que está tomado pelo fícus-mata-pau (Ficus dendrocida), considerada um parasita, que está matando-a, recomenda-se, portanto, uma poda radical do parasita para a conservação do pau-rei.

Imagem 3 - Alguns exemplos das problemáticas por falta de podas com regularidade. Fonte: autores

É necessário também podas de adequação principalmente nas árvores que por seu grande porte encontram-se cobrindo as luminárias, ocasionando um maior grau de insegurança durante a noite.

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Imagem 4 - A problemática da vegetação envolvendo a luminária. Fonte: autores

Outro problema identificado é a superpopulação de espécies arbóreas em algumas zonas da praça, como é o caso da zona norte da praça no qual foi notório o crescimento reprimido que se exerce nas espécies de menor porte, no qual encontra-se palmeiras totalmente suprimidas por uma vegetação dominante. Isto foi claramente gerado por uma falta de planejamento ao inserir a nova vegetação, requerendo assim que se transplantem espécies (principalmente palmeiras) para locais onde se tenham condições ótimas para o crescimento destas espécies.

Imagem 5 - Exemplos de superpopulação de espécies encontrados na praça Fonte: autores

Outra situação vista foi a compactação do substrato de areia que deixou da mostra várias raízes das árvores, e para agravar algumas destas raízes foram podadas, o que diminui a estabilidade das mesmas, aumentando o risco de queda. Esta situação foi encontrada em várias árvores localizadas no play ground inclusive em árvores de mais de 10 metros de

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altura, como é o caso da Jaqueira (Artocarpus heterophylus) o que aumenta o risco de queda a longo prazo, como solução se requere uma descompactação do solo e/ou o cobrimento das raízes, na medida que seja possível, no intuito de aumentar a estabilidade das árvores.

Outra situação que chamou atenção foi um tipo de “dendrocirugia”1 encontrando em duas

árvores em que foi aplicado cimento na casca dos indivíduos de maneira a ajudar a deter o apodrecimento, como foi o caso do Pau rei e da Palmeira filia, mas esta situação deve ser observada a curto e médio prazo para ver como a árvore responde.

Imagem 6 - Colocação do cimento na casca das árvores para ajudar a deter o ataque destas espécies. Fonte: autores

Talvez de todas as situações, a que deve ser uma prioridade imediata é a retirada da árvore que se localiza na Rua Dois Irmãos que se encontra totalmente seca com risco de cair, e que por isso, torna-se um grande perigo para as pessoas que transitam no local.

Outra situação encontrada é a falta de sensibilidade das pessoas que frequentam e trabalham na praça. Com poucas horas de observação no local foram identificadas situações que alarmam como utilização das árvores como sanitário público, ou os jardineiros que desconhecem os tipos de árvores e suas potencialidades, como é o caso do Abricó de macaco (Couroupita guayanensis) que sua floração deixa um tapete muito bonito no solo, porém esta capa é retirada do solo todos os dias e com isso se perde a oportunidade de admirar as flores no local.

1 Consiste no tratamento de injúrias e cavidades no lenho das árvores, os processos de recuperação ou o reforço da estrutura de árvores. As etapas básicas do procedimento são: limpeza da lesão, a esterilização, a impermeabilização e em casos específicos o preenchimento da cavidade.

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Finalmente, através da revisão de toda a vegetação deste monumento histórico brasileiro pode-se chegar a algumas considerações:

É necessário a intervenção de técnicos em arborização e pessoal capacitado para intervir nas árvores, já que as boas práticas devem ser o eixo que liga a manutenção das árvores desta praça.

Nos encontramos diante de uma obra de Burle Marx, entretanto por ser uma obra de quase 60 anos de idade, deve-se considerar na intervenção que a praça está em uma fase madura, na qual as condições da vegetação dificilmente são as que Burle Marx encontrou no início da concepção desta obra, exemplo disso é a copa de várias árvores que dominam e suprimem o crescimento das novas espécies, por isso se deve considerar esta situação tanto nas plantas arbustivas como na inserção novas árvores.

Deve-se considerar um plano de substituição de espécies já que algumas estão chegando ao final de seu ciclo de vida, e ainda se deve observar que estas mesmo estando em um clima semelhantem, não estão dentro de suas condições naturais, pois se encontram em condições distintas de sua origem, por isto, seu ciclo de vida se reduz e se intensificam suas doenças.

Deve-se buscar, ainda, a especialização dos jardineiros que trabalham na praça, buscando também sua capacitação permanente para contar com uma equipe capacitada no manejo destra obra.

4. GESTÃO DA BOTÂNICA

A praça Faria Neves é tombada como jardim histórico, a nível municipal e federal, pela prefeitura do Recife desde 2016 e pelo IPHAN desde 2015, respectivamente. Além disso, a praça faz parte do programa Adote verde, da Prefeitura do Recife, em consequência deste programa foi adotada pelo LAFEPE em 2006.

A cartilha do programa Adote verde define como objetivo geral do programa: compartilhar com a população a responsabilidade de conservar e manter praças, parques, canteiros centrais e outras áreas verdes para uso adequado pela comunidade. Estabelece como atribuições do adotante: 1) respeitar as diretrizes de intervenções nos espaços públicos definidas pela Prefeitura do Recife; 2) executar serviços de recuperação do patrimônio adotado, com presteza e boa técnica, procurando minimizar transtornos aos usuários, segundo projeto elaborado pela Prefeitura do Recife; 3) conservar e manter as árvores, gramados, arbustos e plantas ornamentais; 4) para execução dos serviços de manutenção,

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pessoas habilitadas, adequadamente treinadas e munidas de equipamentos e instrumentos de proteção e segurança contra acidentes; 5) prover de abastecimento de água permanente, dependendo do porte da área adotada. Estabelece, ainda, como atribuições da Prefeitura do Recife: 1) definir as diretrizes a serem contempladas pelo projeto de intervenção nas áreas livres públicas; 2) supervisionar tecnicamente o adotante; 3) desenvolver projetos de implantação ou reforma das áreas a serem adotadas; 4) fornecer e plantar vegetação ornamental, existente nas suas sementeiras, sempre que necessário e possível.

Algumas falhas foram encontradas na aplicação do programa Adote verde na Praça Faria Neves:

Não existe diretrizes de manutenção e nem de intervenção que possa ser seguido pelo LAFEPE, órgão adotante da Praça;

Não existe uma clara definição de responsabilidades em relação a manutenção da praça. Responsabilidades que deveriam ser divididas entre o LAFEPE e a EMLURB.

A manutenção feita na praça é apenas superficial de rega e capinação, desconsiderando outros serviços de suma importância para a conservação de um jardim histórico.

Assim, para uma boa conservação da Praça Faria Neves seria necessária uma gestão compartilhada entre o IPHAN e a Prefeitura do Recife no intuito de elaborar diretrizes e ações, assim como, determinar quais os agentes deveriam executá-las. O mapa abaixo delineia a forma ideal de gestão da Praça faria Neves.

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1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil Imagem 7 – Modelo de gestão ideal

Fonte: Elaborado pelos autores

A EMLURB possui a diretoria de praças, parques e áreas verdes que possui uma gerência especial de manutenção de parques e praças, isto demonstra que a prefeitura possui estrutura de gestão para manutenção de praças. Já o IPHAN, não possui pessoal específico para praças ou jardins históricos.

Através do exposto, fica clara a urgência da elaboração de um plano de gestão que contenha as responsabilidades de fiscalização e manutenção, bem como um cronograma de ações de manutenções. Neste plano deveria ser especificado, também, a necessidade de reuniões conjuntas entre IPHAN e EMLURB para revisão das ações de manutenção com uma certa periodicidade ou sempre que aparecerem problemas a serem resolvidos, já que o jardim histórico é um monumento vivo e em constante mudança.

5. DIRETRIZES PARA A CONSERVAÇÃO DOS ELEMENTOS

VEGETAIS NA PRAÇA FARIA NEVES

As diretrizes são instruções que orientam a ação necessária para se atingir um objetivo, no caso, a conservação dos elementos vegetais da Praça Faria Neves. A Carta de Juiz de Fora (2010), recomenda que:

“Enquanto não se dispuser de um documento específico para orientar o trato do moderno jardim tropical brasileiro, sua gestão deverá adotar as diretrizes estabelecidas por esta Carta dos Jardins Históricos Brasileiros, dita Carta de Juiz de Fora” (Juiz de Fora, 2010)

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Assim, a partir do que dispõe a Carta de Juiz de Fora (2010) e consultando também o Manual de Intervenção de Jardins Históricos do IPHAN (1999) identificamos as diretrizes pertinentes ao caso da vegetação na Praça Faria Neves, considerando os principais problemas observados na mesma durante o seu diagnóstico.

Pode-se dizer, que as diretrizes para a conservação do elemento vegetal se definem em torno de dois eixos principais: o conhecimento e a manutenção. Saber que espécies existem no jardim, entender como cada planta se desenvolve e em que condições, assim como seu valor compositivo no desenho do jardim, dentre outros conhecimentos, são essenciais para a manutenção adequada da vegetação. Esta manutenção, não significa apenas procedimentos de poda, irrigação e capinação, mas também do mantenimento de uma ordem específica onde a forma e o volume de uma árvore, por exemplo, são extremamente importantes e isso exige jardineiros adequadamente capacitados.

A manutenção visa três objetivos básicos: manter as qualidades físicas e químicas do solo, garantindo aos vegetais o fornecimento de água e dos nutrientes necessários; manter constantes, dentro de uma margem ditada pelos ritmos naturais, os volumes, cores e texturas dos vegetais; defender a flora e a fauna do jardim contra organismos nocivos ou desastres naturais. (Juiz de Fora, 2010, grifo nosso)

Como o diagnóstico demonstra, a Praça Faria Neves sofre com a carência dessa manutenção completa, diversas são as árvores atacadas por parasitas, para lembrar apenas um dos problemas encontrados. O trabalho de capina, poda, irrigação e limpeza realizados são importantes, mas não são suficientes. O conjunto mais amplo de diretrizes necessárias para a conservação da Praça como um todo, desde a educação patrimonial até o compartilhamento de sua gestão entre múltiplos atores, precisa ser melhor articulado a fim de garantir a execução adequada da manutenção deste jardim histórico, especialmente seu principal componente: as plantas. Dentre as múltiplas ações necessárias para que isso aconteça, destacamos a seguir as que estão ligadas de forma mais direta ao elemento vegetal.

 Capacitação da mão de obra, em todos os níveis;

 Reconhecimento da importância do levantamento topográfico e botânico como documento do jardim;

 Trabalho conjunto com outros jardins históricos para intercâmbio de saberes, mudas e sementes;

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 Manutenção da qualidade da água e de outros elementos físicos e naturais;

 Reconhecimento, de forma clara e efetiva, da importância e singularidade do

ofício de jardineiro; (Juiz de Fora, 2010, grifo nosso)

 Os trabalhos de maior importância são a rega, a poda, a adubação, a monda e o controle fitossanitário.

 Outras atividades necessárias: capinação, irrigação, trato dos gramados, produção de mudas.(IPHAN, 1999)

Em síntese, a conservação da vegetação demanda uma equipe multidisciplinar para garantir a compreensão do elemento vegetal (em seus aspectos botânicos, estéticos etc.) e a identificação das ações necessárias para conservá-lo (atualização de inventário, criação de banco de mudas, correção do solo etc.). Esse conhecimento orienta a manutenção que também se realiza por uma equipe de técnicos, na qual deve existir jardineiros dotados de sensibilidade estética, ou seja, que tenham recebido formação para compreender a proposta projetual do espaço que vão manter. O próprio Burle Marx (1987), mencionou a dificuldade de se encontrar bons jardineiros em razão da ausência de escolas de jardinagem, de forma que ele próprio treinava aqueles que trabalhavam com ele.

“Muitas vezes, no princípio, [os jardineiros] não entendem bem porque quero aplicar certos princípios estéticos. Pouco a pouco, começam a compreender, por exemplo, porque não se deve agrupar as plantas de maneira monótona etc. (...). Encontrar jardineiros como os que existem na Alemanha ou na Inglaterra é muito difícil. É um problema geral da América Latina. ” (Burle Marx, 1987)

Não identificamos na Praça Faria Neves, jardineiros formados especificamente para exercer este ofício, na verdade, esse profissional não faz parte do quadro de funcionários da prefeitura. Assim, os cuidados rotineiros com o jardim se restringem a limpeza e irrigação, basicamente. Dentre as diretrizes para a conservação do elemento vegetal no jardim, entendemos como essencial, a formação e contratação de jardineiros habilitados. Segundo Ana Rita Sá Carneiro2, coordenadora do Laboratório da Paisagem da UFPE, já houve um tempo em alguns jardins tinham o jardineiro responsável por eles. A filósofa Anne Cauquelin (2005) fala do jardineiro como aquele observa, conhece e cuida do jardim. Perceber as

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necessidades das plantas exige um olhar paciente, atento e constante que reside nesse cuidado dedicado cotidianamente ao jardim, na prática do jardineiro que precisa ser resgatada em sua devida relevância.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O atual estado de conservação do elemento vegetal da Praça Faria Neves reflete a realidade de uma série de problemas que, segundo a Carta de Juiz de Fora (2010) são característicos dos jardins históricos no cenário brasileiro, notadamente em razão de:

 Interesses políticos e administrativos alheios à preservação dos jardins históricos;  Ausência de compartilhamento na gestão entre os diferentes responsáveis pelo

jardim histórico;

 Carência de bancos de mudas, já que viveiros e o comércio nem sempre oferecem as espécies necessárias aos plantios em jardins históricos;

 Falta de mão-de-obra especializada para cuidar dos jardins, em todos os níveis; (Juiz de Fora, 2010)

No caso da Praça Faria Neves, o que se observa são interesses administrativos divergentes em razão da ausência de articulação entre os atores envolvidos como a LAFEPE e a EMLURB. Exemplo dessa desarticulação é falta de conhecimento e troca de documentos e informações relevantes para a prática da conservação, como o projeto de restauro. Além disso, como foi mencionado, a cartilha do adotante indica que a prefeitura deve estabelecer diretrizes para a LAFEPE e isso não foi observado, mais uma vez sugerindo a falta de comunicação.

Assim, entende-se que a efetiva conservação da praça como um todo e especialmente do elemento vegetal, depende da estruturação de uma gestão consciente da complexidade deste espaço e capaz de promover a troca de conhecimento e a partilha de responsabilidades entre os múltiplos atores que participam do mantenimento deste bem: os administradores, a comunidade, os pesquisadores, funcionários da prefeitura, especialmente o jardineiro, entre outros.

O inventário realizado para identificar as espécies que compõem a flora característica da praça é uma evidência concreta da falta de uma boa gestão. Isso porque, ao conhecer cada indivíduo vegetal percebemos diversos problemas, dentre os quais se destacam: a substituição de espécies definidas no projeto de restauro por outras diferentes, falta de manutenção, principalmente falta de poda adequada, superpopulação de espécies, espécies

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mortas e/ou na fase final do seu ciclo de vida. Muitos desses problemas poderiam ser minimizados se houvessem jardineiros devidamente capacitados e sensibilizados, ou seja, observadores e cuidadores, para acompanhar cotidianamente o desenvolvimento vegetal e identificar suas necessidades em tempo hábil.

Portanto, o desenvolvimento de um plano de gestão, para o qual esse artigo presta suas contribuições, é um primeiro passo na direção da articulação entre os atores responsáveis pela conservação de um jardim histórico. No que tange a gestão da botânica da Praça Faria Neves, em razão do exposto, entendemos que são prioritárias as diretrizes que tratam da importância de se promover a capacitação e contratação de jardineiros.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BENAVIDES, Hector Mario. Metodología para el diagnóstico de áreas verdes urbanas e

inventários de su arbolado /Instituto Nacional de Investigaciones Forestales, Agricolas y

Forestales-SAGARPA, México, D.F. 2015, 114p.

CAUQUELIN, Anne. Petit traité du jardin ordinaire. Paris:Payot & Rivages, 2005.

COSTA, Francisco Augusto Pereira da. Arredores do Recife. 2. ed. Recife: Massangana, 2001.

IPHAN. Manual de Conservação de Jardins Históricos. 2009

Juiz de Fora. Carta dos Jardins Históricos Brasileiros. 2010

PREFEITURA DO RECIFE. Decreto nº 29.537 DE 23 de março de 2016. Dispõe sobre a classificação como Jardins Históricos de Burle Marx dos espaços públicos vegetados do Recife que especifica, integrando-os ao Sistema Municipal de Unidades Protegidas do Recife - SMUP Recife, instituído pela Lei Municipal nº 18.014, de 09 de maio de 2014.

SÁ CARNEIRO, Ana Rita; MESQUITA, Liana de Barros. Restaurando o Recife de Burle

Marx: a Praça Faria Neves, a Praça do Derby e a Praça Euclides da Cunha. Recife,

2003.

SILVA, Joelmir Marques Da. A conservação do jardim histórico, um olhar sobre o

componente vegetal da Praça de Casa Forte e da Praça Euclides da Cunha. Revista

espaço acadêmico, nº 158, 2014.

Prefeitura do Recife. Manual de arborização: orientações e procedimentos técnicos

básicos para a implantação e manutenção da arborização da cidade do Recife.

Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SMAS. 1. Ed. – Recife: [s.n.],2013. 71 p. Prefeitura de São Paulo. Manual Técnico de Poda de Árvores. Secretaria do Verde e do Meio Ambiente: Prefeitura da Cidade de São Paulo, s/a, 32 p.

MARX, Roberto Burle. Depoimento. In: XAVIER, Alberto (org.). Depoimento de uma geração. São Paulo: Pini, 1987.

Matos, Eloina e Paganucci de Queiroz, L. Árvores para cidades. Salvador: Ministerio Público do Estado da Bahia: Solisluna, 2009, 340 pp

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1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil

8. ANEXO

ID Nome popular Nome cientifico Observações Ações de manutenção 1 Jaqueira Artocarpus hetrophylus Raízes expostas, poda de raízes, ramas secas, presença de partes apodrecidas na casca. Poda de Limpeza

2 Jenipapo Genina americana

Retirada imediata de toco

Destoconamento

3 Abricó de macaco Cauropita

guayanensis Bom estado Poda de Limpeza

4 Abricó de macaco Cauropita

guayanensis Bom estado Poda de Limpeza

5 Castanhola Terminalia cattapa

Ferida exposta de 1.80 m ao longo da casca.

Nenhuma

6 Palmeira catolé Syaqrus oleracea

Presença de partes

apodrecidas na casca.

Nenhuma

7 Sp. 1 Não identificado Bom estado Nenhuma 8 Sp. 1 Não identificado Bom estado Nenhuma 9 Sp. 1 Não identificado Bom estado Nenhuma 10 Sp. 1 Não identificado Bom estado Nenhuma 11 Baobá Adansonia digitata Bom estado Nenhuma

12 Sp. 1 Não identificado Plantação

recente Poda de formação

13 Sp. 1 Não identificado Plantação

recente Poda de formação

14 Sp. 1 Não identificado Plantação

recente Poda de formação

15 Palmeira dendé Elaesis quineensis Presença de

ramas secas Poda de Limpeza

16 Palmeira dendé Elaesis quineensis Presença de

ramas secas Poda de Limpeza 17 Sp. 1 Não identificado Bom estado Nenhuma

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ID Nome popular Nome cientifico Observações Ações de manutenção 19 Sp. 1 Não identificado Bom estado Nenhuma

20 Mangueira Manguifera indica

Bom estado, só um dano mecânico na casca.

Nenhuma

21 Mangueira Manguifera indica Bom estado Nenhuma

22 Abricó de macaco Cauropita

guayanensis Raízes expostas, poda de raízes, ramas secas. Poda de Limpeza

23 Abricó de macaco Cauropita

guayanensis

Raízes expostas, ramas secas.

Poda de Limpeza

24 Sp. 2 Não identificado Bom estado Nenhuma

25 Abricó de macaco Cauropita

guayanensis

Raízes expostas, ramas secas.

Nenhuma

26 Pau de Brasil Caeselpina echinata Presença de

ramas secas. Poda de Limpeza

27 Jenipapo Genina americana Bom estado Poda de formação

28 Jenipapo Genina americana Bom estado Poda de formação

29 Ipe roxo Tabebuia avellanedae Bom estado Nenhuma

30 Jenipapo Genina americana Bom estado Poda de formação

31 Jenipapo Genina americana Bom estado Poda de formação

32 Jenipapo Genina americana Bom estado Poda de formação

33 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma 34 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma 35 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma 36 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma 37 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma 38 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma 39 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma

(20)

1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil

ID Nome popular Nome cientifico Observações Ações de manutenção

40 Pau rei Basiloxylon

brasikiensis Árvore com declinação severa, com presença de plantas parasitas e bromélias, com um grave apodrecimento da casca, arvore com presença de dendrocirugia com cimento que cubre as feridas e cavidades. Substituição a médio prazo

41 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma 42 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma

43 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Poda de Limpeza

44 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma

45 Palmeira Imperial Roystonea oleracea

Presença de dendrocirugia com cimento. Palmeira tombada. Nenhuma

46 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma 47 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma 48 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma 49 Mangueira Manguifera indica Bom estado Nenhuma

50 Oiti da praia Licania tomentosa Bom estado Poda de Limpeza

51 Palmeira Imperial Roystonea oleracea Bom estado Nenhuma

52 Jambeiro Syzygium malaccense

Bom estado, casca com pintura branca

Poda de Limpeza

53 Pau rei Basiloxylon

brasikiensis Bom estado Poda de Limpeza

54 Jenipapo Genina americana

Bom estado, casca com pintura branca

(21)

ID Nome popular Nome cientifico Observações Ações de manutenção

55 Jambeiro Syzygium malaccense

Bom estado, casca com pintura branca

Poda de Limpeza

56 Jambeiro Syzygium malaccense

Bom estado, casca com pintura branca

Poda de Limpeza

57 Jambeiro Syzygium malaccense

Bom estado, casca com pintura branca

Poda de Limpeza

58 Jambeiro Syzygium malaccense

Bom estado, casca com pintura branca

Poda de Limpeza

59 Jambeiro Syzygium malaccense

Bom estado, casca com pintura branca

Poda de Limpeza

60 Jambeiro Syzygium malaccense

Bom estado, casca com pintura branca

Poda de Limpeza

61 Jambeiro Syzygium malaccense

Bom estado, casca com pintura branca

Poda de Limpeza

62 Jambeiro Syzygium malaccense

Bom estado, casca com pintura branca

Poda de Limpeza

63 Palmeira leque de Fiji Pritchardia pacifica Bom estado Nenhuma

64 Palmeira leque de Fiji Roystonea oleracea Bom estado Poda de Limpeza

65 Noni Morinda citrifolia Bom estado Retirada 66 Sombreiro Clitoria pacifica Bom estado Nenhuma 67 Palmeira leque de Fiji Pritchardia pacifica Bom estado Nenhuma 68 Palmeira leque de Fiji Pritchardia pacifica Bom estado Nenhuma

69 Ipê roxo Tabebuia avellanedae Bom estado Poda de Limpeza

70 Palmeira leque de Fiji Pritchardia pacifica Bom estado Nenhuma 71 Ipê roxo Tabebuia avellanedae Bom estado Nenhuma 72 Ipê roxo Tabebuia avellanedae Bom estado Nenhuma 73 Jambeiro Syzyquium

malaccense Bom estado Nenhuma

74 Pau rei Basiloxylon

(22)

1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil

ID Nome popular Nome cientifico Observações Ações de manutenção 75 Palmeira leque de Fiji Pritchardia pacifica Bom estado Nenhuma 76 Palmeira leque de fiji Pritchardia pacifica Bom estado Nenhuma 77 Palmeira leque de fiji Pritchardia pacifica Bom estado Nenhuma 78 Palmeira leque de fiji Pritchardia pacifica Bom estado Nenhuma 79 Palmeira leque de fiji Pritchardia pacifica Bom estado Nenhuma

80 Palmeira leque de fiji Pritchardia pacifica

Bom estado, crescimento reprimido

Transplante para local adequado

81 Palmeira Imperial Roystonea oleracea

Bom estado, crescimento reprimido

Transplante para local adequado

82 Palmeira leque de fiji Pritchardia pacifica Bom estado Nenhuma 83 Palmeira leque de fiji Pritchardia pacifica Bom estado Nenhuma

Referências

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