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A Escolaridade Recente no Município de Belo Horizonte: Uma Abordagem Intra-Municipal

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A Escolaridade Recente no Município de Belo Horizonte:

Uma Abordagem Intra-Municipal

Autores: Járvis Campos José Irineu Rangel Rigotti** Arthur Felipe Feuchard Linhares Ceraso***

Palavras-Chave: População; Migração; Distribuição Espacial; Educação.

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar a distribuição espacial e os níveis de escolaridade dos imigrantes no município de Belo Horizonte.

A RMBH é a principal área de destino dos emigrantes do interior de Minas Gerais, sendo constituída, portanto, de municípios cujo impacto da migração é proporcionalmente elevado, o que altera o crescimento demográfico, aumentando a demanda de moradia e serviços públicos. Da mesma forma, os níveis de escolaridade dos municípios da Região Metropolitana, sofrem influência da imigração, cuja origem é, em grande parte, de regiões estagnadas do Estado.

Em uma primeira etapa será realizada uma contextualização do papel das migrações sobre o crescimento demográfico dos municípios de Minas Gerais nas últimas décadas, através do Saldo Migratório.

Ao contrário dos demais municípios da RMBH, Belo Horizonte tem apresentado, nas últimas décadas, baixas taxas liquidas de migração, embora o saldo líquido se apresente como o maior da Região Metropolitana. Assim, BH é a principal responsável pela redistribuição espacial da população na RMBH. Neste contexto, diante da representatividade dos imigrantes na capital, o nível intra-urbano será avaliado segundo as Áreas de Ponderação disponibilizadas pelo IBGE para o município de Belo Horizonte.

Espera-se que os resultados permitam observar a distribuição espacial e o padrão de escolaridade para os migrantes e não-migrantes do município de Belo Horizonte, a partir de uma análise intra-municipal. Por fim, vale destacar que, com o recente quadro de envelhecimento e queda da natalidade da população brasileira, a migração tende a causar um maior impacto no crescimento demográfico, assim como nos níveis de educação para municípios com elevadas taxas de migração.

Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú- MG – Brasil, de 18- 22 de Setembro de 2006.

Mestrando em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia – Tratamento da Informação Espacial (PUC-MINAS)

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Doutor em Demografia (CEDEPLAR/UFMG) e professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia – Tratamento da Informação Espacial (PUC-MINAS)

***

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A Escolaridade Recente no Município de Belo Horizonte:

Uma Abordagem Intra-Municipal

Autores: Járvis Campos José Irineu Rangel Rigotti** Arthur Felipe Feuchard Linhares Ceraso***

1 – Contextualização das Migrações no Estado de Minas Gerais 1.1 – As Migrações Interestaduais

A partir da metade do século XX, Minas Gerais atuou como fornecedora de mão-de-obra para Estados mais industrializados, cujo dinamismo e expansão do setor industrial favoreceram a saída de migrantes mineiros, em busca de novas oportunidades de trabalho. Nas décadas de 60 e 70, os emigrantes mineiros tiveram como destino preferencial os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, constituindo um montante de 60% e 62% de emigrantes, respectivamente aos dois períodos (RIGOTTI, 2003).

Na década de 70, a expansão da fronteira agrícola do Centro-Oeste, caracterizada pela incorporação e expansão de novas terras, resultou numa nova opção de destino para os migrantes que procuravam uma autonomia a partir do acesso à propriedade. A década de 80, no entanto, foi marcada pela redução das migrações para a fronteira agrícola, reflexo da diminuição significativa de terras disponíveis. Assim, ocorreu uma redução nas migrações para a Região Centro-Oeste (pouco mais de 15% dos emigrantes mineiros), porém acompanhada do aumento das migrações com destino na Região Norte (9%) [RIGOTTI, 2003].

Portanto, até a década de 80, a participação relativa das regiões Centro-Oeste, Norte e São Paulo, quanto aos emigrantes com origem em Minas Gerais, merece ser destacada. Por outro lado, desde a década de 60, já era significativa a diminuição dos emigrantes que deixavam o Estado. Ao mesmo tempo, os imigrantes com origem em São Paulo, Centro-Oeste e Paraná, foram responsáveis por um aumento gradativo da imigração na década de 70, tendo influência na diminuição do saldo migratório negativo observado em Minas Gerais (RIGOTTI, 2003).

A década de 80 apresentou um aumento significativo da imigração interestadual, em grande parte constituída pela imigração de retorno. No período 1981/1991, cerca de 47,7% dos imigrantes eram naturais retornados ao Estado (CARVALHO, 1998). Vale ressaltar que a migração de retorno exerce também o efeito indireto, já que parte dos imigrantes que não nasceram em Minas Gerais é conseqüência do retorno de naturais do Estado, geralmente

Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú- MG – Brasil, de 18- 22 de Setembro de 2006.

Mestrando em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia – Tratamento da Informação Espacial (PUC-MINAS)

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Doutor em Demografia (CEDEPLAR/UFMG) e professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia – Tratamento da Informação Espacial (PUC-MINAS)

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ligados às questões familiares. Neste contexto, segundo Rigotti (2003), na década de 80, mais de 155 mil imigrantes estavam relacionados ao efeito indireto dos fluxos de retorno, o que correspondia a 66% do total de imigrantes interestaduais com destino para Minas Gerais.

Portanto, os efeitos diretos e indiretos causados pela migração de retorno, aliado ao poder de atração de alguns pólos regionais, resultaram na diminuição das perdas líquidas de população nas últimas décadas. Neste sentido, vale observar que o saldo migratório negativo na década de 70 foi de 1, 4 milhão de pessoas, enquanto que, na década de 80, o saldo negativo não ultrapassou 800 mil pessoas, segundo Carvalho (1998). Ainda vale ressaltar que os dados do Censo 2000 revelam a inversão das migrações no Estado, passando para um pequeno saldo migratório positivo. Portanto, pode-se observar uma redução brusca das perdas líquidas de população em Minas Gerais, durante a segunda metade do século XX.

1.2 – As Migrações Intraestaduais

O processo migratório ocorrido nas últimas décadas, no interior do Estado, caracteriza-se pelas desigualdades regionais, o que pode ser observado nas diferenças de saldo migratório entre as diversas regiões de Minas Gerais; e ao mesmo tempo acompanha a evolução das migrações interestaduais, segundo o processo de diminuição das perdas líquidas de população, verificadas a partir da década de 70.

Na década de 60, apenas a Região Metalúrgica e Campos das Vertentes (onde se localiza os municípios da RMBH) apresentaram ganhos líquidos de população. Segundo dados da Fundação João Pinheiro (1982), as demais regiões do Estado apresentaram saldo urbano positivo, porém tais ganhos foram suplantados pelas perdas nas áreas rurais, o que resultou em grandes perdas líquidas de população. A década seguinte apresentou a Região Central (302 mil pessoas) e o Triângulo Mineiro (40 mil pessoas) como áreas de ganho populacional, tendo como contrapartida regiões como Jequitinhonha/Mucuri, Rio Doce e Mata, com perdas expressivas de população (COELHO, 1982).

A Região Central, na década de 80, manteve-se como a única região do Estado que experimentou o saldo migratório positivo (104 mil pessoas). Por outro lado, as demais regiões apresentaram uma brusca redução das perdas líquidas de população em quase todas as regiões de planejamento, o que confirma a evolução dos saldos migratórios em Minas Gerais, a partir da década de 70. Neste contexto, vale ressaltar que a Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte recebeu fluxos expressivos de imigrantes de todas as demais Mesorregiões do Estado, reforçando o princípio de que a RMBH tem sido, nos últimos anos, a principal área de destino dos emigrantes do interior de Minas, embora não seja a região mais importante quanto à atração de imigrantes com origem em outros Estados, como é o caso do Triângulo/Alto Paranaíba. Assim, pólos regionais como Uberlândia, Juiz de Fora, Poços de Caldas e Pouso Alegre se destacam como novas opções para os imigrantes interestaduais (RIGOTTI, 2003).

O saldo migratório1, correspondente ao período 1995/2000, confirma o processo de ganhos líquidos de população na região do Triângulo/Alto Paranaíba, RMBH e Região Sul do Estado, em detrimento de regiões como o Jequitinhonha/Mucuri, Rio Doce e Mata, que apresentam perdas expressivas de população, como se pode observar no Mapa 1.

1

O quesito de data fixa (Município de residência em 01/09/1995), fornece a informação de saldo migratório. Este é definido como o resultado dos fluxos migratórios (emigrantes menos imigrantes) de determinada área, num período determinado.

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MAPA 1

Pode-se observar claramente o processo de desigualdade regional existente no Estado, no qual os municípios com saldo migratório maior e negativo encontram-se no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha. Belo Horizonte, por outro lado, destaca-se pelo saldo migratório alto e negativo, enquanto os municípios de seu entorno apresentam saldo alto e positivo, o que demonstra a importância da Capital na redistribuição espacial dos imigrantes na RMBH. Já as áreas que fazem fronteira com regiões dinâmicas, como Uberlândia, Juiz de Fora e Pouso Alegre, apresentam saldos migratórios altos e positivos.

Por fim, vale ressaltar a influência que a RMBH exerce sobre a diminuição das perdas líquidas de população verificadas no Estado, pois tal processo encontra-se muito mais ligado à queda no número de emigrantes do que ao aumento dos imigrantes interestaduais. Assim, a RMBH atua de forma decisiva na distribuição espacial da população em Minas Gerais.

2 – A RMBH no contexto das migrações

Entre as décadas de 50 e 60, o aumento populacional verificado na Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH (segundo os 14 municípios que a constituíam em 1980) foi de 83%, passando de 486.053 para 888.322 habitantes. Na década seguinte, o aumento populacional foi de 81%, passando para 1.605.306 habitantes, sendo que a taxa geométrica de crescimento entre 1950 e 1970 foi de 6,2% (RODRIGUES, 1980). A migração foi fundamental para o crescimento da população da RMBH, pois ela foi responsável por 57% do crescimento populacional no período 1960/70.

Em 1970, da população que residia na RMBH, 26,2% (348.314 pessoas) eram resultantes da migração do último decênio. Na década seguinte, essa proporção caiu para 21,4% (562.139 pessoas), mostrando o aumento no saldo migratório, embora paralela à queda

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nas taxas líquidas de migração (RIGOTTI, 1994). Tais fluxos encontram-se vinculados a um período marcado pela grande perda de população no Estado, principalmente das áreas estagnadas, no qual Minas Gerais era o que mais perdia população no Brasil para regiões mais desenvolvidas e urbanizadas, como as regiões metropolitanas.

Na década de 60, a taxa de crescimento da Capital foi de 6,1%, enquanto os demais municípios da RM apresentaram uma taxa de 6,2%. No entanto, a década de 70 apresentou algumas alterações, pois a Capital obteve taxa de 3,7%, enquanto que a periferia apresentou crescimento de 7,5% (RIGOTTI, 1994). Os dados mostram que a Capital passa a não ter mais aquela grande capacidade de absorção dos migrantes, que se dirigiam, por sua vez, para a periferia metropolitana. Este quadro encontra-se vinculado aos problemas sociais, presentes nos grandes centros, como a falta de espaço físico para a expansão da malha urbana, o que resulta na falta de moradias populares.

Neste contexto, o município de Ribeirão das Neves, que se formou enquanto prolongamento da Região de Venda Nova, apresentou na década de 70 um crescimento de 21,4% ao ano. Assim, segundo Rigotti (1994), 80,8% da população em 1980 era referente aos migrantes da década. Outros municípios como Betim, Contagem, Ibirité, Santa Luzia e Vespasiano, apresentaram taxas elevadas, vinculadas, em parte, à industrialização desses municípios e ao próprio processo de conurbação.

Belo Horizonte, por outro lado, embora não tenha apresentado, na década de 70, uma taxa líquida de migração alta (15,68%), o saldo correspondia a 280.000 pessoas, o que representava a metade de todo saldo migratório da RMBH, o que demonstra a importância da Capital na redistribuição da população na Região Metropolitana. Por outro lado, quando se analisam os imigrantes, cuja última etapa migratória se deu entre dois municípios da RMBH, Belo Horizonte foi responsável por 81,9% dos casos, no qual 154.300 pessoas saíram da Capital, rumo a outros municípios da Região Metropolitana (RIGOTTI, 1994). No entanto, o número de imigrantes com origem na RMBH, e que se deslocaram para a Capital, foi de apenas 14.934 pessoas, o que confirma o esgotamento da capacidade de absorção de imigrantes em Belo Horizonte.

Assim, pode-se observar que a Capital apresentou, até a década de 80, uma queda significativa das taxas líquidas de migração, embora permanecendo como o município que mais atrai população em termos absolutos. Por outro lado, é também o que mais expulsa, em grande parte para municípios do entorno da própria RMBH.

Atualmente, a Região Metropolitana e, particularmente a Capital, possuem um poder de atração populacional relativamente limitado, quando se analisam os saldos migratórios interestaduais. Neste aspecto, regiões como o Triângulo/Alto Paranaíba, localizado próximas às áreas economicamente desenvolvidas, se destacam como opções de destino dos migrantes interestaduais. No entanto, vale ressaltar que dados recentes do Censo Demográfico 2000, revelam um saldo migratório positivo no Estado, devido à diminuição da saída de migrantes, o que parece indicar que a Região Metropolitana continua exercendo um papel de extrema relevância para a configuração dos processos migratórios em Minas Gerais.

Nos últimos anos, a RMBH passou a sofrer concorrência direta com outras áreas de atração populacional no Estado, o que pode ser notado com o crescimento mais acelerado das cidades médias. No entanto, essa região possui uma área de influência significativa, sendo a principal área de destino dos migrantes do interior de Minas Gerais (RIGOTTI, 2003), mantendo-se como um importante pólo de atração e exercendo um papel fundamental na distribuição espacial da população. Neste contexto, vale destacar que Belo Horizonte, em termos absolutos, é responsável pelo recebimento de boa parte dos migrantes que se deslocam para a RMBH. Segundo Rigotti (2003), no período 1995/2000, a Capital foi responsável pelo recebimento de aproximadamente metade do total de imigrantes da RMBH, sendo que a

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grande maioria desses imigrantes (73 mil pessoas com destino em Belo Horizonte), veio de Minas Gerais.

É importante ressaltar que a Capital, ao mesmo tempo, determinou o perfil das perdas de população, o que pode ser notado no período entre 1995 e 2000, no qual 109 mil pessoas migraram para fora da RMBH, tendo como origem Belo Horizonte. No que diz respeito aos fluxos migratórios dentro da Região Metropolitana, quando são enfocados os municípios que mais cederam população, Belo Horizonte se destaca novamente, pois, segundo Rigotti (2003), cerca de 62% dos migrantes que mudaram de município entre 1995 e 2000 (mais de 140 mil), saíram da Capital. Isso ocorre em função do adensamento populacional, da dificuldade de expansão horizontal e pela rigidez da lei urbanística em Belo Horizonte. Tais fatores resultam em problemas urbanos ligados à especulação imobiliária, como aluguéis mais caros e falta de moradias, o que resulta no deslocamento da classe média e de famílias de baixa renda, que se dispersam nas periferias da RMBH (MATOS, 2001).

Assim, Belo Horizonte funciona como fator determinante para a redistribuição espacial da população na Região Metropolitana, na medida em que envia a maior parte dos migrantes para municípios de menor contingente populacional, como Esmeraldas, Ibirité, Vespasiano, Igarapé, Mateus Leme, entre outros, o que causa fortes impactos no mercado imobiliário, nos serviços (especialmente públicos) e no meio ambiente dessas localidades. O Mapa 2 permite observar o saldo migratório alto e negativo em Belo Horizonte, contrastando com os municípios do entorno, que apresentam saldo alto e positivo, refletindo o processo de remigração:

MAPA 2

Assim, os municípios com maior oferta de moradia para a população de menor renda (via acesso a loteamentos mais baratos ou clandestinos) e municípios com grande

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participação industrial são responsáveis pela maior absorção dos migrantes com origem na Capital, e demais municípios da RMBH. Ribeirão das Neves, por exemplo, continua sendo o município com a maior taxa líquida de migração (18,7%), sendo caracterizado pela clandestinidade de loteamentos populares e habitações precárias. Da mesma forma, municípios como Igarapé, Mateus Leme, Baldim e Rio Manso, localizam-se na área de expansão urbana, e apresentam uma grande oferta de terrenos relativamente menores e mais baratos, como condomínios semi-fechados e chacreamentos (MATOS, 2001). Por outro lado, a forte participação industrial de Contagem, Betim e Santa Luzia funciona como atrativo para os trabalhadores da Capital e os demais municípios. Embora com um outro padrão, vale destacar o município de Lagoa Santa, que recebe população de alto poder aquisitivo, que sai da Capital para construir moradias em locais privilegiados.

Assim, esses municípios sofrem um grande impacto no seu crescimento demográfico, exigindo uma maior demanda por uma série de serviços de infra-estrutura e de equipamentos urbanos em geral, o que acaba por interferir na queda da qualidade de vida dos municípios do entorno de Belo Horizonte.

Nesse contexto, conhecer a localização e o nível de escolaridade dos imigrantes em Belo Horizonte é de fundamental importância, não apenas para o poder público no contexto da RMBH, mas principalmente para a Capital, pois, como relatado, os imigrantes de Belo Horizonte, em termos absolutos, têm representado nos últimos anos mais da metade dos fluxos migratórios da Região Metropolitana. Assim, o estudo é de extremo interesse para o poder público municipal, no intuito de se realizar efetivas políticas públicas a partir de informações referentes à distribuição espacial e à escolaridade dessa parcela da população.

3 – Minas Gerais e RMBH: Contextualização da Educação

Minas Gerais possui, historicamente, diferenciais significativos em termos sociais e econômicos. Isso confere aos municípios distintas capacidades de atração ou repulsão populacional, resultando em fenômenos migratórios bastante diferenciados no Estado. Do mesmo modo, a população se diferencia segundo suas características socioeconômicas. Neste contexto, observa-se atualmente uma clara divisão em Minas Gerais, no qual a Região Norte, o Vale do Jequitinhonha e Mucuri apresentam padrões semelhantes à Região Nordeste do Brasil, enquanto que o restante do Estado, principalmente as regiões Central, Triângulo Mineiro e Sul, apresentam padrões similares a São Paulo e Rio de Janeiro.

Em 1991, as maiores médias de anos de estudo2 se situavam em municípios da Região Central, Triângulo e Sul de Minas. Belo Horizonte (5.8), Juiz de Fora (5.6), Itajubá e Varginha (5.3), Uberaba e Uberlândia (5.2), Lavras e Pouso Alegre (5.1), são alguns dos exemplos de municípios com médias mais elevadas de anos de estudo (MIRANDA-RIBEIRO, 2001). No norte de Minas, Montes Claros (4.6) se diferencia dos municípios de seu entorno, assim como Governador Valadares (4.5) e Teófilo Otoni (3.7) em suas respectivas regiões. Segundo Miranda-Ribeiro (2001), o município com a menor média de anos de estudo é São João do Paraíso, localizada ao Norte de Minas, divisa com a Bahia.

Em 2000, a tendência de desigualdade regional se manteve, já que as maiores médias de anos de estudo se situavam em municípios da Região Central, Triângulo e Sul de Minas. Novamente Belo Horizonte apresenta a maior média (6.7), seguido por Juiz de Fora (6.2),

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Os dados utilizados neste estudo, tanto para a distribuição espacial quanto para os níveis de escolaridade (para a população natural e migrante) foram restritos à idade acima de 25 anos, pois, a partir dessa idade considerou-se como encerrado o período escolar, o que permite uma análiconsiderou-se comparativa, com pouca influência da estrutura etária da população.

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Uberlândia (6.1), Itajubá e Uberaba (6.0), Viçosa, Varginha e Poços de Caldas (5.9). Montes Claros manteve-se como destaque na Região Norte (5.4), assim como Governador Valadares (5.3) e Teófilo Otoni (4.6) em suas regiões. Observa-se o gradual aumento na média de anos de estudos no período intercensitário, embora tenham se mantido as desigualdades regionais historicamente identificadas em Minas Gerais.

Um interessante indicador que permite a visualização das desigualdades regionais presentes no Estado é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), freqüentemente utilizado como instrumento para os objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Educação (IDHM-E), é um indicador mais completo que a média de anos de estudo, pois utiliza informações como analfabetismo e taxa de matrícula em todos os níveis de ensino. O mapa 3 apresenta o IDHM-E3 para os municípios de Minas Gerais, no ano 2000:

MAPA 3

O mapa permite observar as desigualdades regionais existentes entre as Regiões Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e Mucuri, em relação à Região Central, Triângulo Mineiro e Sul de Minas. Municípios anteriormente destacados, como Montes Claros, Governador Valadares e Teófilo Otoni se apresentam como pólos de desenvolvimento regional, no que diz respeito à educação. Vale ressaltar que o corte de desigualdade regional apresentado no mapa do IDHM-E se assemelha ao mapa de saldo migratório dos municípios de Minas Gerais, o que reforça o princípio de que as áreas que expulsam população possuem pior infra-estrutura urbana e educacional, assim como boa parte das áreas com saldo migratório alto e

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O IDHM-E considera dois indicadores com pesos diferentes: a taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos de idade, com peso 2, e a taxa bruta de freqüência à escola, com peso 1.

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positivo (Triângulo Mineiro, Região Central e Sul de Minas) apresentam elevados índices educacionais.

Portanto, o Município de Belo Horizonte obteve a maior média de anos de estudo em 1991 e 2000, o que reflete a boa infra-estrutura urbana da Capital na área da educação, se comparada aos demais municípios mineiros. Vale destacar ainda que, com relação às migrações, em 1991, os imigrantes antigos de Belo Horizonte apresentaram a maior média de anos de estudo (7,95), seguida pelos imigrantes recentes (7,79) e os naturais (7,20), o que demonstra a superioridade dos imigrantes, no que diz respeito à escolaridade, com destaque

para os imigrantes antigos.

4 – Distribuição Espacial dos Imigrantes em Belo Horizonte

Diante do quadro migratório observado nas últimas décadas, pode-se constatar a importância dos imigrantes de Belo Horizonte na redistribuição espacial da população na RMBH, pois, como foi dito, em termos absolutos, a Capital foi responsável por mais da metade dos imigrantes que se deslocaram para a Região Metropolitana, no período 1995/2000 (RIGOTTI, 2003). Outro aspecto que confirma a sua importância na redistribuição da população é a migração intrametropolitana, pois boa parte desses fluxos populacionais é de imigrantes da Capital que, posteriormente, se deslocam para municípios do entorno, em função das conseqüências adensamento populacional e da rigidez da lei urbanística de Belo Horizonte, entre outros. Neste contexto, torna-se fundamental conhecer a localização e o perfil educacional dos imigrantes da Capital, não apenas pelo seu contingente populacional, em termos absolutos, mas pelas conseqüências do processo de remigração, no qual municípios do entorno, com maior oferta de moradia para a população de menor renda, absorvem grande parte dos imigrantes da Capital, o que resulta em fortes impactos nesses municípios, como na especulação imobiliária, nos serviços de infra-estrutura urbana e no crescimento desordenado dos mesmos.

Segundo dados do Censo Demográfico de 2000, atualmente, a população de Belo Horizonte encontra-se concentrada em alguns pontos específicos do município, em áreas cuja forma de uso e ocupação permite um maior adensamento populacional. O mapa 4 apresenta a distribuição espacial da população de Belo Horizonte, segundo as Áreas de Ponderação4:

4

Criada pelo IBGE, a Área de Ponderação é a menor unidade geográfica utilizada para divulgação dos resultados da amostra do Censo Demográfico 2000. Esta é formada por um agrupamento de setores censitários, o que permite a realização de estudos intra-urbanos.

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MAPA 4

Pode-se observar que regiões como o Barreiro (ao sul) e Venda Nova (ao Norte), caracterizadas em suas origens pela expansão acelerada e por loteamentos populares, apresentam um adensamento populacional significativo. Outras áreas como a Região Centro-Sul e Oeste, possuem também uma concentração relevante de pessoas, embora o uso do solo seja marcado pela presença de maior infra-estrutura urbana. Por outro lado, regiões como o entorno da Lagoa da Pampulha e Mangabeiras apresentam um fraco adensamento de pessoas, em função da presença de loteamentos destinados às classes mais elevadas e devido à restrição quanto às construções de grande densidade (como prédios e conjuntos habitacionais). Outras Regiões, como o Leste e demais áreas da Região da Pampulha apresentam uma ocupação intermediária, caracterizadas pela presença de bairros residenciais destinados à classe média.

A distribuição espacial dos imigrantes em Belo Horizonte segue um padrão diferenciado da população total, processo este que se torna mais marcante quando se separam os imigrantes entre recentes e antigos5. Tal divisão permite, inclusive, uma análise da dispersão dos migrantes dentro da malha urbana da Capital. Os mapas 5 e 6 apresentam, respectivamente, a localização dos imigrantes recentes e antigos em Belo Horizonte.

5

Para a definição dos migrantes recentes e antigos, foi utilizada a variável do Censo Demográfico 2000 (Tempo de Moradia neste Município). A população que possui entre 0 e 4 anos de residência em Belo Horizonte foi definida como “migrantes recentes”, enquanto que a população que possui entre 5 e 9 anos de residência foi definida como “migrantes antigos”.

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MAPA 5

MAPA 6

Pode-se observar que os imigrantes recentes concentram-se no entorno da Região do Hipercentro (onde se localiza a rodoviária) e na Região do Barreiro. Outras áreas também merecem destaque, como a Região Oeste, a Pampulha (por onde se estende um vasto

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corredor), além da Região de Venda Nova, onde se observa também um prolongamento no sentido nordeste do município. Outras áreas como a Região Centro-Sul e Leste, apresentam uma ocupação intermediária.

No caso dos imigrantes antigos, observa-se um processo de maior dispersão espacial relativa, mantendo-se apenas um corredor no sentido da Região Centro-Sul e Oeste, porém com uma ocupação expressiva no Barreiro, em Venda Nova e no extremo norte do município. No entanto, quando se analisam conjuntamente os mapas, é possível notar que os imigrantes antigos já não mais se concentram na região Central, o que reforça o processo de dispersão dos imigrantes com mais de 5 anos de residência. Algumas regiões que se destacam quanto à infra-estrutura urbana e o preço elevado das moradias possuem uma proporção menor de imigrantes antigos, como é o caso da Região Centro-Sul e principalmente a Região da Pampulha, que apresenta, por sua vez, entre os imigrantes recentes um corredor de ocupação, e na qual pode-se notar uma brusca diminuição no mapa da distribuição espacial dos imigrantes antigos (mapa 6).

Neste contexto de localização dos imigrantes, torna-se interessante analisar, além da distribuição, o peso dos imigrantes em cada Área de Ponderação, no intuito de diminuir a influência dos adensamentos populacionais verificados no mapa de distribuição da população de Belo Horizonte. Os mapas 7 e 8 apresentam, respectivamente, a distribuição espacial dos imigrantes recentes e antigos, com relação à população de cada Área de Ponderação.

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MAPA 8

A análise da proporção dos imigrantes recentes, segundo as Áreas de Ponderação, permite constatar que de fato os migrantes de 0 a 4 anos de residência possuem grande representatividade na Região Central e no Barreiro. A Região da Pampulha também merece destaque, pois as Áreas de Ponderação que compreendem essa região apresentam uma proporção significativa de imigrantes recentes. Por outro lado, as regiões Leste e Oeste não são representativas quando se analisa a proporção dos migrantes para cada área. No caso de Venda Nova, os imigrantes recentes possuem um peso intermediário, assim como foi observado no mapa de localização dos imigrantes recentes, quanto à população total.

No caso dos imigrantes antigos, o fato curioso é que em áreas cuja representatividade era baixa (no mapa de proporção com a população total), os imigrantes antigos passaram a ter um grande peso. Pode-se observar este fenômeno na Região da Pampulha, na Região Leste e no extremo norte de Belo Horizonte, regiões essas que apresentam um baixo contingente populacional, o que justifica tal ocorrência. Portanto, o extremo norte (em Venda Nova), a Região da Pampulha, a Região Leste, além da Região Centro-Sul e o Barreiro apresentam uma proporção significativa de imigrantes antigos.

Portanto, pode-se notar que os imigrantes antigos possuem uma representatividade significativa num conjunto mais expressivo de Áreas de Ponderação, e de forma mais dispersa, reforçando o princípio de dispersão espacial relativa dos imigrantes antigos, dentro da malha municipal.

5 – Escolaridade dos Imigrantes em Belo Horizonte

A escolaridade em Belo Horizonte foi representada segundo os naturais (não migrantes), os imigrantes recentes e os antigos. A visualização do nível de educação dos naturais é condizente com o processo de segregação espacial verificado nos grandes centros

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urbanos, no qual as periferias, que agregam, em grande parte, a população com menor renda e infra-estrutura de moradia, apresentam piores taxas de escolaridade, ao passo que as regiões mais valorizadas em termos de uso e ocupação do solo, são aquelas onde se encontra boa parte das classes mais altas, com um nível de renda e escolaridade maiores. O mapa 9 apresenta a média de anos de estudo dos não migrantes.

MAPA 9

Pode-se observar que a Região Central, Centro-Sul (que se estende ao Mangabeiras) e a Região da Pampulha apresentam as maiores médias de anos de estudo, que, por sua vez, são caracterizadas por constituírem as regiões nobres de Belo Horizonte, no qual o poder aquisitivo é mais elevado. Demais áreas como o Barreiro, Venda Nova e o extremo norte de Belo Horizonte apresentam médias de anos de estudo bastante inferiores. Neste caso, os mapas de média de anos de estudo para os imigrantes recentes e antigos possuem um padrão similar com o apresentado anteriormente. De fato, os níveis de escolaridade dos imigrantes variam no espaço segundo as áreas já conhecidas por apresentarem diferenciais de acesso à infra-estrutura urbana e de moradia. No entanto, numa análise mais aprofundada, é possível destacar os diferenciais nos níveis de estudo entre os imigrantes recentes e antigos, além de uma análise comparativa quanto à distribuição espacial, ou seja, a concentração dos imigrantes e o nível de escolaridade apresentados nessas áreas. Os mapas 10 e 11 correspondem, respectivamente, à média de anos de estudo dos imigrantes recentes e antigos, em Belo Horizonte.

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MAPA 10

MAPA 11

O mapa 10 confirma a tendência de elevadas médias de anos de estudo para os imigrantes recentes e antigos na Região Centro-Sul (incluindo Mangabeiras), Região Oeste e Região da Pampulha, em detrimento das regiões do Barreiro e Venda Nova.

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Os imigrantes recentes possuem uma média municipal de 8,89 (anos de estudo), para o ano 2000, enquanto que os imigrantes antigos (8,52) e os naturais (8,14), apresentaram médias um pouco inferiores. Este fenômeno apresenta uma mudança no padrão de escolaridade entre os imigrantes na Capital, já que os dados observados em 1991, apresentam os imigrantes antigos com a maior média de anos de estudo (7,95), tendo os imigrantes recentes em segundo lugar (7,79) e os naturais em terceiro (7,20). Este processo reforça a crescente influência dos imigrantes recentes no quadro educacional de Belo Horizonte e, ao mesmo tempo, uma mudança no perfil dos imigrantes que se dirigem à Capital.

Com relação à distribuição espacial dos imigrantes, o grande destaque é a Região do Barreiro, pois tanto para os recentes quanto antigos, a concentração de imigrantes é bastante significativa, ao mesmo tempo em que apresenta baixos níveis de educação.

No caso dos imigrantes recentes, a Região Leste, o extremo norte e a Região de Venda Nova, possuem uma densidade regular de imigrantes, no qual apresentam um nível de escolaridade baixa (em algumas áreas, os níveis variam entre 3,1 e 5,4 anos de estudo). Já os imigrantes antigos apresentam uma forte proporção de imigrantes em áreas periféricas (mapa 8), cuja escolaridade é baixa, em regiões como o Barreiro, a Região Leste e Venda Nova.

Por outro lado, a Região Central, se estendendo ao Centro-Sul, apresenta uma densidade e uma proporção elevada de imigrantes (recentes e antigos), no qual apresentam os níveis mais elevados de escolaridade verificados.

Quanto aos imigrantes recentes, outras áreas de menor expressão, em termos da proporção de imigrantes para a Capital, apresentam bons níveis de escolaridade, como é o caso da Região Oeste. Neste contexto, os imigrantes antigos apresentam bons níveis de escolaridade na Região da Pampulha e entorno.

6 – Considerações Finais

Portanto, foi possível verificar a heterogeneidade dos imigrantes no município de Belo Horizonte, tanto no que diz respeito à sua localização quanto aos níveis de escolaridade. Neste sentido, este estudo contribuirá para um maior conhecimento e detalhamento dos diferenciais intra-municipais de escolaridade (dos migrantes e não migrantes), auxiliando a realização de políticas públicas, no que diz respeito à essa parcela significativa da população.

Além disso, o fato dos migrantes recentes terem superado os níveis de escolaridade dos migrantes antigos em menos de uma década, aponta para a necessidade de um aprofundamento deste estudo, lançando hipóteses e buscando os fatores causais que expliquem este fenômeno.

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7 – Referências Bibliográficas

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