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Guia prático sobre o Acordo Ortográfico. Setor de Educação de Jovens e Adultos

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Academic year: 2021

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Setor de Educação de Jovens e

Adultos

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ALFABETO COMO ERA NOVA REGRA COMO FICOU O alfabeto era formado por 23 letras,

mais as letras chamadas de “especiais” k, w, y.

O alfabeto é formado por 26 letras.

As letras k, w, y fazem parte do alfabeto. São usadas em siglas, símbolos, nomes próprios estrangeiros e seus derivados.

Exemplo: km, watt, Byron, byroniano.

TREMA COMO ERA NOVA REGRA COMO FICOU

agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, freqüência, freqüente,

eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça

O trema é eliminado em palavras portuguesas e

aportuguesadas.

aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim,

tranquilo, linguiça.  O trema permanece em nomes próprios estrangeiros e seus derivados: Müller, mülleriano, hübneriano.  Mesmo sem o trema, o u continua a ser pronunciado: linguiça, tranquilo.

ACENTUAÇÃO COMO ERA NOVA REGRA COMO FICOU

assembléia, platéias, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia,

paranóia, jibóia, apóio, (forma verbal), heróico, paranóico

Não se acentuam os ditongos abertos tônicos

–ei e –oi de palavras paroxítonas.

assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio (forma verbal), heroico,

paranoico

 O acento nos ditongos –éi e –ói permanece nas palavras oxítonas e nos monossílabos tônicos de som aberto: herói, constrói, dói, anéis, papéis, anzóis.

 O acento no ditongo aberto –éu permanece: chapéu, véu, céu, ilhéu. enjôo, (substantivo e forma verbal), vôo

(substantivo e forma verbal), corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo

Não se acentuam palavras paroxítonas

terminadas em –oo.

enjoo (substantivo e forma verbal), voo (substantivo e forma verbal), coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem,

relêem, revêem

Não se acentuam palavras paroxítonas

terminadas em –ee.

creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem

 As flexões dos verbos ter e vir na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo mantêm o acento: têm e vêm, diferenciando-se das flexões de 3ª pessoa do singular, tem e vem, bem como nos derivados desses verbos, como mantém e mantêm, provém e provêm, retém e retêm, convém e convêm.

pára (verbo) e para (preposição); péla(s) [substantivo], pela [verbo] e pela(s) [contração por + a(s)]; pelo (verbo), pêlo(s) [substantivo] e pelo [contração por + o(s)]; pêra(s) [substantivo, fruta] e

péra(s) [substantivo, termo antigo para

Não se acentuam as palavras paroxítonas com a mesma grafia

(homógrafas).

para, pela(s), pelo(s), pera(s) e polo(s) para os substantivos, verbos e contrações

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pedra], pólo(s) [substantivo] e polo [combinação de por + lo(s)]

 O acento diferencial permanece nos homógrafos: pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo poder) e pôde (3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo).

 O acento diferencial permanece em pôr (verbo) em oposição a por (preposição).

 É facultativo usar o acento circunflexo em fôrma (com o fechado) para diferenciar de forma (com o aberto). apazigúe, averigúe, enxagúe, obliqúe Nos verbos terminados

em –guar, –quar, e – quir (aguar, apaziguar, enxaguar, obliquar, delinquir, etc.), são possíveis duas formas:

a) cai o acento tônico na sílaba do u e coloca-se acento agudo na vogal tônica da sílaba anterior ao u (enxáguo); b) cai o acento tônico na sílaba do u, embora ele seja pronunciado (enxaguo).

a) enxáguo, enxáguas, enxágua, enxágue, águo, águas, águe, delínquo, delínqua, delínque, oblíquo, oblíquas, oblíqua, apazíguo, apazíguas, apazígue

b) enxaguo, enxaguas, enxagua, enxague, aguo, aguas, ague, delinquo, delinqua, delinque, obliquo, obliquas, obliqua, apaziguo, apaziguas, apazigue

argúis, argúem, argúi, redargúis, redargúi, redargúem

Não se acentua o u tônico nas flexões rizotônicas (quando o

acento tônico cai em sílaba do radical) de verbos como arguir e

redarguir.

(4)

baiúca, boiúno, feiúra, feiúme Não se acentuam as vogais tônicas i e u de palavras paroxítonas, quando precedidas de ditongo

baiuca, boiuno, feiura, feiume

 Mantém-se o acento quando a palavra é proparoxítona (feiíssimo) ou oxítona (tuiuiú, teiú, teiús).

USO DO HÍFEN COMO ERA NOVA REGRA COMO FICOU

ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, arqui-rivalidade, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso,

contra-regra, contra-senha, extra-seco, romântico, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, renal,

supra-sensível

Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo essas consoantes se duplicarem. antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, arquirrivalidade, autorregulamentação, autossugestão, contrassenso, contrarregra, contrassenha, extrasseco, ultrarromântico, ultrassonografia, semirreal, semissintético, suprarrenal, suprassensível

• O uso do hífen permanece nos compostos em que os prefixos super, hiper, inter, terminados em –r, aparecem combinados com elementos também iniciados por –r: hiper-rancoroso, hiper-realista, inter-racial, inter-regional, inter-relação, racional, super-realista, etc.

auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado

Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente

autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiárido, semiautomático, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado • Esta nova regra normatiza os casos do uso do hífen entre vogais diferentes, como já acontecia anteriormente na língua em compostos como: antiaéreo, antiamericanismo, coeducação, agroindustrial, socioeconômico, etc.

• O uso do hífen permanece nos compostos com prefixo em que o segundo elemento começa por –h: ante-hipósife, herói, anti-higiênico, anti-hemorrágico, extra-humano, neo-helênico, semi-herbáceo, super-homem, supra-hepático, etc.

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antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperalista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorganismo

Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal igual.

ibérico, inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, ondas, ônibus, micro-organismo

 Estes compostos, anteriormente grafados em uma única palavra, escrevem-se agora com hífen por força da regra anterior.

 Esta regra normatiza todos os casos do uso do hífen entre vogais iguais, como já acontecia anteriormente na língua em compostos como: auto-observação, contra-argumento, contra-almirante, eletro-óptica, extra-atmosférico, infra-assinado, semi-interno, supra-atmosférico, supra-auricular, ultra-apressado, etc. (Nestes casos, o hífen permanece.)

manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista

Não se emprega o hífen em certos compostos em que se

perdeu, em certa medida, a noção de composição.

mandachuva, paraquedas, paraquedista

• O uso do hífen permanece nas palavras compostas que não contêm um elemento de ligação e constituem uma unidade sintagmática e semântica, mantendo acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, bem-te-vi, formiga-branca, etc.

Já vigentes na prática, são agora definidos como regras:

Nos topônimos (nomes de lugares geográficos) usa-se hífen com os prefixos Grão- e Grã, em nomes cujo primeiro elemento é verbal e quando os elementos são ligados por artigos:

Grão-Pará, Grã-Bretanha, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, Todos-os-Santos.

Usa-se hífen nas formas verbais com pronomes átonos (diga-me, vestir-se, vingá-lo, dizer-lhes).

Se a quebra de linha ocorre onde há um hífen gramatical, deve-se repetir o hífen no início da linha seguinte.

Há casos em que o encontro de duas vogais iguais pode propiciar uma fusão natural de ambas. É o que acontece em teleducação, telespectador e radiouvinte.

(6)

EMPREGAMOS HÍFEN – TIRA DÚVIDAS

Em palavras compostas de natureza nominal, adjetiva, numeral ou verbal, que compõem uma unidade de significado, mantendo-se cada elemento sua acentuação própria

afro-asiático bem-te-vi decreto-lei luso-brasileiro para-brisa segundo-tenente afro-brasileiro bota-fora guarda-chuva mato-grossense para-lama tira-teima

ano-luz conta-gotas guarda-noturno marca-passo primeira-dama verde-claro arco-íris couve-flor guarda-roupa médico-cirurgião quarta-feira

 Algumas palavras compostas perderam a noção de composição e são grafadas aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, passatempo.

 Não se usa mais o hífen em composições com não: não violência, não governamental, não verbal, etc.

EMPREGAMOS HÍFEN NÃO EMPREGAMOS HÍFEN

Nas composições em que os prefixos / falsos prefixos1 terminam

em vogal e o 2º elemento começa por h ou pela mesma vogal em que terminam esses prefixos / falsos prefixos

Nas composições em que os prefixos / falsos prefixos terminam em vogal e o 2º elemento

1º elemento 2º elemento

prefixo / falso prefixo iniciado por h ou mesma vogal

inicia-se por r ou s (a consoante r ou s é

duplicada)

inicia-se por vogal diferente ou consoante

aero aerossol, aerossondagem aeroelasticidade,

aeroespacial, aerotransportar

agro agrossocial agroalimentar,

agroexportador, agroindústria, agrovia

ante ante-histórico anterrosto, antessala anteato, antedata,

antediluviano, antegozo

anti horário,

anti-infeccioso antirreformista, antisséptico, antissocial antiácido, antiaderente, antiaéreo, anticaspa, antieconômico, antipoliomielítico

arqui inimigo,

arqui-hipérbole

arquirrival arquiapóstata, arquiepiscopado

(7)

auto hipnose, auto-observação autorrespeito, autorretrato, autosserviço, autossuficiente, autossugestão autoafirmação, autoadesivo, autoajuda, autoanálise, autoelogio, autoestima, autoestrada

co coocupante, coonestar 2 correlato, corréu,

cossecante, cossegurado, cosseno

coeducar, coenzima, coessência

contra ataque,

contra-harmônico contrarreforma, contrarregra, contrassenso contraespionagem, contraindicação, contraoferta, contraordem

eletro eletro-óptica eletrorradiologia,

eletrossiderurgia eletrodoméstico, eletroeletrônico, eletroidráulico (a forma eletro-hidráulico também é correta), eletroímã

extra abdominal,

extra-hepático extrarregulamentar, extrassensorial extraclasse, extraescolar, extrafino, extrajudicial, extraocular, extraoficial

hidro hidrorragia, hidrossolúvel hidroelétrica,

hidromassagem, hidrovia

infra infra-assinado infrarrenal, infrassom infraescrito, infraestrutura

intra auricular,

intra-hepático

intrassegmentar intraocular, intrauterino

micro habitat,

micro-ondas, micro-ônibus, micro-organismo microrradiografia, microssegundo, microssocial, microssaia microeconomia, microtom, microtúbulo mini minirrestropectiva, minissaia minifúndio

multi infecção,

multi-inseticida

multirracial, multissecular multipotente, multiungulado

neo hebraico,

neo-ortodoxo neorrealista, neorromântico neoexpressionismo, neoimpressionismo, neoliberal

(8)

poli infecção, poli-insaturado

polissílabo, polirrizo poliarquia, polietileno

pseudo pseudo-hermafrodita pseudossigla,

pseudossufixo pseudoárbitro, pseudoesfera radio radiorreceptor, radiorrepórter radioamador, radiojornal, radiopatrulha re ressalgar reocupar

semi hipnotizado,

semi-interno, semi-infantil semirreta, semissintético

semianalfabeto, semiárido, semieixo, semivirgem

sobresobre humano,

sobre-exceder sobrerrealista, sobressair

sobrescrito, sobreinteligível

supra axilar,

supra-humano suprarrenal, suprassumo suprarracional

tele telerradiografia telealuno, telecabine,

telecine, teleimpressor, ultra ultra-humano ultrarrápido, ultrarrealismo, ultrarromântico, ultrassofisticado, ultrassom ultraeconômico, ultramar, ultraoceânico, ultravioleta

NAS COMPOSIÇÕES COM OS SEGUINTES PREFIXOS:

2º elemento iniciado por 1º elemento qualquer vogal vogal = vogal ≠ H R S M N qualquer letra Palavra com tonicidade Exemplos

sub- X sub-hepático, sub-horizontal,

sub-humano, sub-hidroclorato hiper-, inter-, super- X X hiper-requintado, inter-resistente, super-realidade circum-, pan- X X X X X X circum-escolar, circum-hospitalar, circum-murado, circum-navegação, pan-americano além, aquém, recém, sem X além-mar, aquém-fronteiras, recém-casado, sem-cerimônia, sem-número, sem-vergonha

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ex-, sota-, soto-, vice-,

vizo-

X ex-diretor, sota-piloto, soto-mestre, vice-presidente, vizo-rei

bem- X

bem-estar, bem-humorado, bem-criado, bem-mandado, bem-nascido, bem-soante, bem-visto

Exceções: bendizer, benquerença, benquerente, benfazejo

mal- X X X

mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado, mal-acabado Exceções: malcriado, malmandado,

malsoante, malvisto pós-, pré- (tônicos acentuados) X pós-graduação, pós-tônico, pré-escolar, pró-africano, pró-europeu  Quando se usam os prefixos des- e in- caem o h e o hífen: desumano, inabitável, desonra, inábil.

 Quando se usam os prefixos co- e re- caem o h e o hífen: coerdar, coabitar, reabilitar, reabitar.  O prefixo co- se aglutina com o segundo elemento começado por o: cooptar, coobrigação.  O prefixo re- se aglutina com palavras começadas por e: reeleição, reestudar, reerguer. Referências

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. 5 ed. São Paulo: Global, 2009.

ePORTUGUESe. WIKIMEDIA COMMONS. Portuguese Speaking Countries. Países Falantes de Português. 13 jul. 2012. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3f/Portuguese_Speaking_Countries-_Program_ePORTUGUESe_WHO.jpg/1024px-Portuguese_Speaking_Countries-_Program_ePORTUGUESe_WHO.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 23 mar. 2016. 10h.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 5 ed. Curitiba: Positivo, 2010.

GEIGER, Paulo; SILVA, Renata de Cássia Menezes da. A nova ortografia sem mistério: do ensino fundamental ao uso profissional. Rio de Janeiro: Lexikon, 2009.

Referências

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