Setor de Educação de Jovens e
Adultos
ALFABETO COMO ERA NOVA REGRA COMO FICOU O alfabeto era formado por 23 letras,
mais as letras chamadas de “especiais” k, w, y.
O alfabeto é formado por 26 letras.
As letras k, w, y fazem parte do alfabeto. São usadas em siglas, símbolos, nomes próprios estrangeiros e seus derivados.
Exemplo: km, watt, Byron, byroniano.
TREMA COMO ERA NOVA REGRA COMO FICOU
agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, freqüência, freqüente,
eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça
O trema é eliminado em palavras portuguesas e
aportuguesadas.
aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim,
tranquilo, linguiça. O trema permanece em nomes próprios estrangeiros e seus derivados: Müller, mülleriano, hübneriano. Mesmo sem o trema, o u continua a ser pronunciado: linguiça, tranquilo.
ACENTUAÇÃO COMO ERA NOVA REGRA COMO FICOU
assembléia, platéias, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia,
paranóia, jibóia, apóio, (forma verbal), heróico, paranóico
Não se acentuam os ditongos abertos tônicos
–ei e –oi de palavras paroxítonas.
assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio (forma verbal), heroico,
paranoico
O acento nos ditongos –éi e –ói permanece nas palavras oxítonas e nos monossílabos tônicos de som aberto: herói, constrói, dói, anéis, papéis, anzóis.
O acento no ditongo aberto –éu permanece: chapéu, véu, céu, ilhéu. enjôo, (substantivo e forma verbal), vôo
(substantivo e forma verbal), corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo
Não se acentuam palavras paroxítonas
terminadas em –oo.
enjoo (substantivo e forma verbal), voo (substantivo e forma verbal), coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem,
relêem, revêem
Não se acentuam palavras paroxítonas
terminadas em –ee.
creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem
As flexões dos verbos ter e vir na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo mantêm o acento: têm e vêm, diferenciando-se das flexões de 3ª pessoa do singular, tem e vem, bem como nos derivados desses verbos, como mantém e mantêm, provém e provêm, retém e retêm, convém e convêm.
pára (verbo) e para (preposição); péla(s) [substantivo], pela [verbo] e pela(s) [contração por + a(s)]; pelo (verbo), pêlo(s) [substantivo] e pelo [contração por + o(s)]; pêra(s) [substantivo, fruta] e
péra(s) [substantivo, termo antigo para
Não se acentuam as palavras paroxítonas com a mesma grafia
(homógrafas).
para, pela(s), pelo(s), pera(s) e polo(s) para os substantivos, verbos e contrações
pedra], pólo(s) [substantivo] e polo [combinação de por + lo(s)]
O acento diferencial permanece nos homógrafos: pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo poder) e pôde (3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo).
O acento diferencial permanece em pôr (verbo) em oposição a por (preposição).
É facultativo usar o acento circunflexo em fôrma (com o fechado) para diferenciar de forma (com o aberto). apazigúe, averigúe, enxagúe, obliqúe Nos verbos terminados
em –guar, –quar, e – quir (aguar, apaziguar, enxaguar, obliquar, delinquir, etc.), são possíveis duas formas:
a) cai o acento tônico na sílaba do u e coloca-se acento agudo na vogal tônica da sílaba anterior ao u (enxáguo); b) cai o acento tônico na sílaba do u, embora ele seja pronunciado (enxaguo).
a) enxáguo, enxáguas, enxágua, enxágue, águo, águas, águe, delínquo, delínqua, delínque, oblíquo, oblíquas, oblíqua, apazíguo, apazíguas, apazígue
b) enxaguo, enxaguas, enxagua, enxague, aguo, aguas, ague, delinquo, delinqua, delinque, obliquo, obliquas, obliqua, apaziguo, apaziguas, apazigue
argúis, argúem, argúi, redargúis, redargúi, redargúem
Não se acentua o u tônico nas flexões rizotônicas (quando o
acento tônico cai em sílaba do radical) de verbos como arguir e
redarguir.
baiúca, boiúno, feiúra, feiúme Não se acentuam as vogais tônicas i e u de palavras paroxítonas, quando precedidas de ditongo
baiuca, boiuno, feiura, feiume
Mantém-se o acento quando a palavra é proparoxítona (feiíssimo) ou oxítona (tuiuiú, teiú, teiús).
USO DO HÍFEN COMO ERA NOVA REGRA COMO FICOU
ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, arqui-rivalidade, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso,
contra-regra, contra-senha, extra-seco, romântico, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, renal,
supra-sensível
Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo essas consoantes se duplicarem. antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, arquirrivalidade, autorregulamentação, autossugestão, contrassenso, contrarregra, contrassenha, extrasseco, ultrarromântico, ultrassonografia, semirreal, semissintético, suprarrenal, suprassensível
• O uso do hífen permanece nos compostos em que os prefixos super, hiper, inter, terminados em –r, aparecem combinados com elementos também iniciados por –r: hiper-rancoroso, hiper-realista, inter-racial, inter-regional, inter-relação, racional, super-realista, etc.
auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado
Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente
autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiárido, semiautomático, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado • Esta nova regra normatiza os casos do uso do hífen entre vogais diferentes, como já acontecia anteriormente na língua em compostos como: antiaéreo, antiamericanismo, coeducação, agroindustrial, socioeconômico, etc.
• O uso do hífen permanece nos compostos com prefixo em que o segundo elemento começa por –h: ante-hipósife, herói, anti-higiênico, anti-hemorrágico, extra-humano, neo-helênico, semi-herbáceo, super-homem, supra-hepático, etc.
antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperalista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorganismo
Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal igual.
ibérico, inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, ondas, ônibus, micro-organismo
Estes compostos, anteriormente grafados em uma única palavra, escrevem-se agora com hífen por força da regra anterior.
Esta regra normatiza todos os casos do uso do hífen entre vogais iguais, como já acontecia anteriormente na língua em compostos como: auto-observação, contra-argumento, contra-almirante, eletro-óptica, extra-atmosférico, infra-assinado, semi-interno, supra-atmosférico, supra-auricular, ultra-apressado, etc. (Nestes casos, o hífen permanece.)
manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista
Não se emprega o hífen em certos compostos em que se
perdeu, em certa medida, a noção de composição.
mandachuva, paraquedas, paraquedista
• O uso do hífen permanece nas palavras compostas que não contêm um elemento de ligação e constituem uma unidade sintagmática e semântica, mantendo acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, bem-te-vi, formiga-branca, etc.
Já vigentes na prática, são agora definidos como regras:
Nos topônimos (nomes de lugares geográficos) usa-se hífen com os prefixos Grão- e Grã, em nomes cujo primeiro elemento é verbal e quando os elementos são ligados por artigos:
Grão-Pará, Grã-Bretanha, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, Todos-os-Santos.
Usa-se hífen nas formas verbais com pronomes átonos (diga-me, vestir-se, vingá-lo, dizer-lhes).
Se a quebra de linha ocorre onde há um hífen gramatical, deve-se repetir o hífen no início da linha seguinte.
Há casos em que o encontro de duas vogais iguais pode propiciar uma fusão natural de ambas. É o que acontece em teleducação, telespectador e radiouvinte.
EMPREGAMOS HÍFEN – TIRA DÚVIDAS
Em palavras compostas de natureza nominal, adjetiva, numeral ou verbal, que compõem uma unidade de significado, mantendo-se cada elemento sua acentuação própria
afro-asiático bem-te-vi decreto-lei luso-brasileiro para-brisa segundo-tenente afro-brasileiro bota-fora guarda-chuva mato-grossense para-lama tira-teima
ano-luz conta-gotas guarda-noturno marca-passo primeira-dama verde-claro arco-íris couve-flor guarda-roupa médico-cirurgião quarta-feira
Algumas palavras compostas perderam a noção de composição e são grafadas aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, passatempo.
Não se usa mais o hífen em composições com não: não violência, não governamental, não verbal, etc.
EMPREGAMOS HÍFEN NÃO EMPREGAMOS HÍFEN
Nas composições em que os prefixos / falsos prefixos1 terminam
em vogal e o 2º elemento começa por h ou pela mesma vogal em que terminam esses prefixos / falsos prefixos
Nas composições em que os prefixos / falsos prefixos terminam em vogal e o 2º elemento
1º elemento 2º elemento
prefixo / falso prefixo iniciado por h ou mesma vogal
inicia-se por r ou s (a consoante r ou s é
duplicada)
inicia-se por vogal diferente ou consoante
aero aerossol, aerossondagem aeroelasticidade,
aeroespacial, aerotransportar
agro agrossocial agroalimentar,
agroexportador, agroindústria, agrovia
ante ante-histórico anterrosto, antessala anteato, antedata,
antediluviano, antegozo
anti horário,
anti-infeccioso antirreformista, antisséptico, antissocial antiácido, antiaderente, antiaéreo, anticaspa, antieconômico, antipoliomielítico
arqui inimigo,
arqui-hipérbole
arquirrival arquiapóstata, arquiepiscopado
auto hipnose, auto-observação autorrespeito, autorretrato, autosserviço, autossuficiente, autossugestão autoafirmação, autoadesivo, autoajuda, autoanálise, autoelogio, autoestima, autoestrada
co coocupante, coonestar 2 correlato, corréu,
cossecante, cossegurado, cosseno
coeducar, coenzima, coessência
contra ataque,
contra-harmônico contrarreforma, contrarregra, contrassenso contraespionagem, contraindicação, contraoferta, contraordem
eletro eletro-óptica eletrorradiologia,
eletrossiderurgia eletrodoméstico, eletroeletrônico, eletroidráulico (a forma eletro-hidráulico também é correta), eletroímã
extra abdominal,
extra-hepático extrarregulamentar, extrassensorial extraclasse, extraescolar, extrafino, extrajudicial, extraocular, extraoficial
hidro hidrorragia, hidrossolúvel hidroelétrica,
hidromassagem, hidrovia
infra infra-assinado infrarrenal, infrassom infraescrito, infraestrutura
intra auricular,
intra-hepático
intrassegmentar intraocular, intrauterino
micro habitat,
micro-ondas, micro-ônibus, micro-organismo microrradiografia, microssegundo, microssocial, microssaia microeconomia, microtom, microtúbulo mini minirrestropectiva, minissaia minifúndio
multi infecção,
multi-inseticida
multirracial, multissecular multipotente, multiungulado
neo hebraico,
neo-ortodoxo neorrealista, neorromântico neoexpressionismo, neoimpressionismo, neoliberal
poli infecção, poli-insaturado
polissílabo, polirrizo poliarquia, polietileno
pseudo pseudo-hermafrodita pseudossigla,
pseudossufixo pseudoárbitro, pseudoesfera radio radiorreceptor, radiorrepórter radioamador, radiojornal, radiopatrulha re ressalgar reocupar
semi hipnotizado,
semi-interno, semi-infantil semirreta, semissintético
semianalfabeto, semiárido, semieixo, semivirgem
sobresobre humano,
sobre-exceder sobrerrealista, sobressair
sobrescrito, sobreinteligível
supra axilar,
supra-humano suprarrenal, suprassumo suprarracional
tele telerradiografia telealuno, telecabine,
telecine, teleimpressor, ultra ultra-humano ultrarrápido, ultrarrealismo, ultrarromântico, ultrassofisticado, ultrassom ultraeconômico, ultramar, ultraoceânico, ultravioleta
NAS COMPOSIÇÕES COM OS SEGUINTES PREFIXOS:
2º elemento iniciado por 1º elemento qualquer vogal vogal = vogal ≠ H R S M N qualquer letra Palavra com tonicidade Exemplos
sub- X sub-hepático, sub-horizontal,
sub-humano, sub-hidroclorato hiper-, inter-, super- X X hiper-requintado, inter-resistente, super-realidade circum-, pan- X X X X X X circum-escolar, circum-hospitalar, circum-murado, circum-navegação, pan-americano além, aquém, recém, sem X além-mar, aquém-fronteiras, recém-casado, sem-cerimônia, sem-número, sem-vergonha
ex-, sota-, soto-, vice-,
vizo-
X ex-diretor, sota-piloto, soto-mestre, vice-presidente, vizo-rei
bem- X
bem-estar, bem-humorado, bem-criado, bem-mandado, bem-nascido, bem-soante, bem-visto
Exceções: bendizer, benquerença, benquerente, benfazejo
mal- X X X
mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado, mal-acabado Exceções: malcriado, malmandado,
malsoante, malvisto pós-, pré- (tônicos acentuados) X pós-graduação, pós-tônico, pré-escolar, pró-africano, pró-europeu Quando se usam os prefixos des- e in- caem o h e o hífen: desumano, inabitável, desonra, inábil.
Quando se usam os prefixos co- e re- caem o h e o hífen: coerdar, coabitar, reabilitar, reabitar. O prefixo co- se aglutina com o segundo elemento começado por o: cooptar, coobrigação. O prefixo re- se aglutina com palavras começadas por e: reeleição, reestudar, reerguer. Referências
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. 5 ed. São Paulo: Global, 2009.
ePORTUGUESe. WIKIMEDIA COMMONS. Portuguese Speaking Countries. Países Falantes de Português. 13 jul. 2012. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3f/Portuguese_Speaking_Countries-_Program_ePORTUGUESe_WHO.jpg/1024px-Portuguese_Speaking_Countries-_Program_ePORTUGUESe_WHO.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 23 mar. 2016. 10h.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 5 ed. Curitiba: Positivo, 2010.
GEIGER, Paulo; SILVA, Renata de Cássia Menezes da. A nova ortografia sem mistério: do ensino fundamental ao uso profissional. Rio de Janeiro: Lexikon, 2009.