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Apoio Judiciário. Perguntas Frequentes DGAJ/CF Direção-Geral da Administração da Justiça

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Academic year: 2021

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Apoio Judiciário

Perguntas Frequentes

DGAJ/CF - 2017

(2)

Direção-Geral da Administração da Justiça – Centro de Formação Av. D. João II, nº 1.08.01 D/E Pisos do 9º ao 14º, 1990-097 Lisboa, PORTUGAL TEL + 351 21 790 62 00/1 EMAIL formacao@dgaj.mj.pt https://e-learning.mj.pt

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Nota Prévia

O presente texto constitui, na prática, um manual de apoio a todos os oficiais de justiça que, no dia a dia, têm de apreciar da conformidade dos pedidos de honorários efetuados no âmbito do apoio judiciário. Para dar resposta às solicitações colocadas na conjugação dos diversos diplomas que regulamentam o apoio judiciário, nomeadamente, a Lei n.º 34/2004, de 29 de julho, a Portaria n.º 10/2008, de 3 de janeiro e a Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro, foi o presente objeto de revisão acolhendo e atualizando as questões mais frequentes (FAQ´s). As soluções e práticas processuais aqui assumidas e reputadas como corretas, resultam das conclusões de um Grupo de Trabalho integrado por representantes da Ordem dos Advogados e do Ministério da Justiça, designadamente da Direção Geral da Administração da Justiça, da Direção Geral da Política da Justiça e do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, IP. No entanto, nem todos os procedimentos se encontram uniformizados com o Grupo de Trabalho, sendo que, nos casos em que não exista essa uniformização, as soluções apresentadas serão as defendidas pelos representantes do Ministério da Justiça.

De igual modo, procedeu-se à atualização do texto original, não apenas naquilo que é a prática proveniente do próprio programa informático, nomeadamente a questão do calculo automático do número de sessões, mas também no âmbito de algumas questões controvertidas e em que se conseguiu encontrar soluções conjuntas que colmatassem os constrangimentos existentes nas solicitações e nas validações do Apoio Judiciário, nomeadamente na questão dos pedidos de indemnização civil, processados em processo penal, quando o seu valor seja inferior a 3.740,98€.

Importa ainda não deixar de lembrar que a leitura deste texto deverá ser sempre acompanhada dos pertinentes diplomas legais e da regular consulta dos demais conteúdos disponibilizados para o efeito na plataforma do Campus Virtual do Ministério da Justiça.

Por último, é importante sublinhar que as posições aqui adotadas cedem sempre perante opinião diversa dos senhores Magistrados.

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Índice de Revisões

Identificação da versão Data de atualização

1ª edição – março de 2016 2ª edição – junho de 2017

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Índice

HONORÁRIOS NAS NOMEAÇÕES PARA PROCESSOS ... 9

MOMENTO DO PEDIDO ... 9

1. Trânsito em julgado ... 9

1.1.

Processo Civil ... 10

1.1.1.

Ação declarativa ... 10

1.1.2.

Ação executiva ... 10

1.2.

Processo Penal ... 11

1.3.

Processos Especiais e outros ... 12

1.3.1.

Jurisdição de menores ... 12

1.3.2.

Insolvência ... 13

2. Constituição de Mandatário ... 13

PROCESSAMENTO DO PEDIDO ... 15

1. Espécie Processual ... 15

1.1.

Processo Civil ... 15

1.1.1.

Ação declarativa ... 15

1.1.2.

Ação executiva ... 16

1.2.

Processo Penal ... 17

1.2.1.

Parte Penal... 17

1.2.2.

Recursos ... 18

1.2.3.

Pedido de Indemnização Civil ... 19

1.3.

Processos Especiais e outros ... 21

1.3.1.

Divórcio e separação de pessoas e bens ... 21

1.3.2.

Jurisdição de Menores ... 22

1.3.3.

Inventário ... 24

1.3.4.

Insolvência ... 24

1.4.

Administrativo e Fiscal ... 26

1.4.1.

Administrativo ... 26

1.4.2.

Fiscal ... 26

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1.5.

Execução das Penas ... 26

1.6.

Genéricas... 27

2. Resolução de Litígio segundo a Portaria ... 29

3. Constituição de Mandatário ... 30

4. Incidentes ... 31

5. Sessões ... 32

6. Sucessão de patronos... 34

7. Outras Situações ... 35

HONORÁRIOS NAS NOMEAÇÕES PARA ESCALAS ... 37

PAGAMENTO DE HONORÁRIOS ... 39

1. Verificação do pedido ... 39

2. Recursos ... 42

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Siglas

CF – Centro de Formação

CIRE – Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas

CPC - Código de Processo Civil

CPP – Código de Processo Penal

CRP - Constituição da República Portuguesa

DGAJ – Direção Geral da Administração da Justiça

DGPJ – Direção Geral da Política de Justiça

IAD – Instituo de Acesso ao Direito

IGFEJ – Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, IP

OA – Ordem dos Advogados

RCP - Regulamento das Custas Processuais

SinOA – Sistema de Informação da Ordem dos Advogados

TEP – Tribunal de Execução das Penas

TRP – Tribunal da Relação do Porto

UR - Unidade de referência

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HONORÁRIOS NAS NOMEAÇÕES PARA PROCESSOS

MOMENTO DO PEDIDO

No tocante ao momento do pedido de honorários pelos advogados, nos termos do n.º

6 do art.º 25.º da Portaria n.º 10/2008, de 3 de janeiro, existem dois momentos em que

poderão ser solicitados os honorários, sendo um deles, o trânsito em julgado do

processo e o outro a constituição de mandatário.

Artigo 25.º

6 – Nas nomeações isoladas para processos, o pagamento da compensação é efetuado quando ocorra o trânsito em julgado do processo ou a constituição de mandatário.

1. Trânsito em julgado

Tal como é referido, no n.º 6 do art.º 25.º da Portaria n.º 10/2008, de 3 de janeiro, um

dos momentos para solicitação dos honorários é com o trânsito em julgado do processo.

De acordo com o artigo 628.º do CPC, considera-se transitada em julgada a decisão logo

que não seja suscetível de recurso ordinário ou de reclamação.

Logo, os advogados deverão solicitar os honorários, em regra, após o trânsito em

julgado da decisão que põe termo ao processo.

Seguem agora, algumas situações específicas, relativas às diversas áreas previstas na

Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro.

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1.1. Processo Civil

1.1.1. Ação declarativa

1.1.1.1.

Numa Divisão de Coisa Comum, em que momento se deve proceder

ao pagamento dos honorários?

O processo de Divisão de Coisa Comum, é um processo especial e não se esgota com a

decisão proferida pelo juiz, antes contém em si, como atividade processual regular e

necessária, a fase de execução da medida que, não constituindo um processo autónomo, é antes uma fase definida no art.º 929.º do CPC, como fazendo parte integrante do processo. Assim, o patrocínio assegurado pelo defensor nomeado deve ser perspetivado para todo o processo, não sendo de considerar findo o patrocínio com a prolação da decisão que fixa

os quinhões.

No entanto, e relativamente ao pagamento dos honorários, os mesmos deverão ser efetuados com a decisão que fixa os quinhões, sendo que, após, na fase de execução, apenas poderão solicitar o reembolso de despesas, entretanto ocorridas.

1.1.2. Ação executiva

1.1.2.1.

Numa execução com dedução de oposição e/ou liquidação, em que

momento se deve proceder ao pagamento dos honorários?

Sempre que haja pedido de honorários em processos executivos com dedução de oposição, o pedido de honorários deverá ser efetuado na plataforma SinOA, com o trânsito em julgado da ação executiva, através da opção “ação executiva, com dedução de oposição ou liquidação” (cfr. Ponto 1.2.1. da Tabela anexa à Portaria) e não com o trânsito em julgado da oposição.

Havendo oposição não deverão os advogados criar apensos no SinOA, face ao teor dos pontos 1.2.1. e 1.2.2. da Tabela de Honorários onde já se prevê o montante a pagar de honorários com e sem a referida oposição.

1.1.2.2.

E caso não haja oposição?

Não havendo oposição, o pedido de honorários deverá ser efetuado com o trânsito em

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1.1.2.3.

Sendo o executado declarado insolvente, qual o momento para

solicitar honorários?

No momento em que é dado despacho da suspensão nos termos do disposto no artigo 88º do CIRE - atendendo a que o patrono já não poderá intervir.

1.1.2.4.

Num recurso de uma execução cível, qual o momento em que se

pode solicitar o pedido de pagamento?

Dado que o recurso é objeto de um pagamento autónomo, poderá ser solicitado a partir do momento do trânsito em julgado da decisão do mesmo.

Em virtude de o sistema não permitir a cumulação de pedidos no mesmo processo AJ, deverá o mandatário criar o recurso através da ferramenta “Apenso/Recurso”.

1.2. Processo Penal

O prazo de trânsito em julgado conta-se, em regra, a partir da data do depósito da

sentença na secretaria judicial.

1.2.1. E, no caso de impossibilidade de notificação a arguido ausente?

A DGAJ fez circular, em 25/5/2016, uma Nota Informativa, com a orientação de que, nos casos em que se desconhece o paradeiro do arguido e a leitura da sentença teve lugar por iniciativa

do tribunal, o início da contagem do prazo de trânsito em julgado em processo penal, para efeitos de pedido e confirmação do pagamento da compensação do defensor oficioso, nos

termos do n.º 6 do art.º 25.º da Portaria n.º 10/2008, de 3 de janeiro, fixa-se a partir do

respetivo depósito da sentença na secretaria (alínea b) do n.º 1 do art.º 411.º do CPP).

Esta orientação permite compatibilizar a garantia ao recurso jurisdicional por parte do arguido, cujo prazo se conta a partir da notificação pessoal, com o direito ao legal, devido e atempado pagamento ao profissional que prestou os serviços de patrocínio judiciário na vertente de defensor oficioso daquele.

1.2.2.

Caso haja recurso e o arguido não faça parte dos recorrentes, terá

o defensor que aguardar o trânsito em julgado para solicitar os honorários?

No caso dos arguidos não recorrentes, deve ter-se como transitada em julgado, logo suscetível de pagamento, a decisão relativa ao arguido condenado não recorrente, nos termos em que se vem firmando a jurisprudência do Supremo Tribunal de Justiça.

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1.2.3.

Nos inquéritos findos por desistência de queixa, qual o prazo que o

defensor oficioso deve aguardar para solicitar os honorários?

Após prolação do despacho que determina o arquivamento dos autos nos termos do art.º 277.º do CPP, o trânsito da decisão ocorre após o decurso do prazo de 20 dias que resulta do art.º 287.º do CPP (prazo de abertura de instrução) a que acrescem mais 20 dias do art.º 278.º do CPP (prazo da intervenção hierárquica).

Só decorridos estes prazos é que a decisão transita e só depois é que poderá ser confirmado o eventual pedido de pagamento.

1.2.4.

Nos inquéritos suspensos provisoriamente, quando devem

solicitar o pedido de pagamento dos honorários?

O processo termina com o trânsito em julgado do despacho que declara cumpridas as

injunções e/ou regras de consulta impostas ao arguido.

Pelo que, só a partir deste momento, podem os advogados solicitar o pedido de pagamento dos honorários.

1.3. Processos Especiais e outros

1.3.1. Jurisdição de menores

O prazo de trânsito em julgado, em regra, conta-se a partir da data da notificação da sentença.

1.3.1.1.

Num inquérito tutelar educativo, quando devem ser confirmados

os honorários?

Sendo o Inquérito Tutelar Educativo arquivado pelo Ministério Público é necessário aguardar

os 30 dias, previstos no artigo 88.º da Lei Tutelar Educativa, em que ainda é possível a

intervenção hierárquica. Só após devem ser confirmados os honorários.

1.3.1.2.

E num processo tutelar educativo quando devem ser confirmados

os honorários?

O pedido de pagamento deverá ser efetuado com a decisão que aplica a medida, sendo que, após, e até ao final do processo (quando a medida é declarada cumprida) só poderão ser solicitadas despesas.

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1.3.2. Insolvência

1.3.2.1. Numa insolvência, quando devem ser confirmados os honorários?

Os processos que prosseguem após a declaração de insolvência, terminam com uma das causas previstas no n.º 1 do artigo 230.º do CIRE, pelo que os honorários são pedidos com o

trânsito em julgado desse despacho de encerramento.

No caso das insolvências de pessoas singulares, o período de cessão de cinco anos respeitante ao pedido de exoneração do passivo restante, não é considerado no cômputo do trânsito.

2. Constituição de Mandatário

Outro facto gerador do direito à compensação e que se encontra também previsto nos

termos do n.º 6 do art.º 25.º da Portaria n.º 10/2008, de 3 de janeiro, é a constituição

de mandatário. O montante devido de honorários é determinado nos termos do artigo

28.º-A do referido diploma.

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PROCESSAMENTO DO PEDIDO

1. Espécie Processual

1.1. Processo Civil

1.1.1. Ação declarativa

1.1.1.1.

Num processo de investigação de paternidade/maternidade, em

que espécie devem ser solicitados os honorários?

O processo deverá ser considerado uma ação declarativa comum, pelo que a remuneração deverá ser efetuada através do ponto 1 da Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro, tendo em atenção o seu valor.

1.1.1.2.

Nas interdições e inabilitações, como deve ser pago o patrono?

Dado que o processo não se encontra expressamente contemplado na tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro, dever-se-á aplicar o item “Outras Intervenções

de patrono oficioso”.

1.1.1.3.

Numa herança jacente, como deve ser pago o patrono?

Dado que o processo não se encontra expressamente contemplado na tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro, dever-se-á aplicar o item “Outras Intervenções

de patrono oficioso”.

1.1.1.4.

A habilitação de herdeiros e a habilitação de cessionário, poderão

ser classificadas como incidentes, para efeitos de pagamento de honorários?

A habilitação de herdeiros e a habilitação de adquirente ou cessionário são incidentes e correm por apenso ao processo principal. O advogado deverá solicitar os honorários pela espécie “Incidentes Processuais”, com o trânsito em julgado da sentença que conheça do incidente e, caso o mandatário tenha intervenção processual.

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1.1.1.5.

Numa ação especial de cumprimento de obrigações pecuniárias, os

honorários devem ser solicitados como sendo ação declarativa sumária, em

função do valor?

As Ações Especiais para Cumprimento de Obrigações Pecuniárias, estão previstas no ponto 1.1.3 da Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro, não se fazendo nesta qualquer referência ao valor da ação, pelo que o valor a solicitar pelos honorários é de 7 UR’s.

1.1.2. Ação executiva

1.1.2.1.

Como se procede ao pagamento dos honorários nos processos

executivos com dedução de oposição e/ou liquidação?

O pedido de honorários deverá ser efetuado com o trânsito em julgado da ação executiva, através da opção “ação executiva, com dedução de oposição ou liquidação” – cfr. ponto 1.2.1.

Havendo oposição e liquidação (que se encontrava prevista no art.º 805.º do CPC anterior) não deverão ser criados apensos, porque como se infere da Tabela de Honorários, nesta já se prevê o montante a pagar de honorários sem e com aqueles incidentes.

1.1.2.2.

E quando essas execuções têm um valor inferior a € 3.740,98?

Nos processos executivos com dedução de oposição/liquidação de valor inferior a € 3.740,98, e porque não existe, na tabela, qualquer previsão para o seu pagamento, o mesmo deverá ser efetuado pelo valor de 8 UR´s, mínimo que se encontra legalmente previsto para as referidas ações executivas com oposição e/ou liquidação.

1.1.2.3.

Tendo sido deduzida oposição à penhora, como deve a mesma ser

tributada?

A oposição à penhora é um incidente e deverá ser remunerada como tal, ponto 5 da tabela.

1.1.2.4.

A Reclamação de Créditos apensa a uma execução, poderá ser

classificada como um incidente para efeitos de pagamento de honorários?

Para efeitos de pagamento de honorários a reclamação de créditos apensa a uma execução, é considerada um incidente, existindo vasta legislação anotada, doutrina e jurisprudência onde se poderá recolher informação, e deverá ser remunerada como tal, ponto 5 da tabela.

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1.1.2.5.

Os Embargos de Terceiro apensos a uma execução, poderão ser

classificados como incidente para efeitos de pagamento de honorários?

Para efeitos de pagamento de honorários os embargos de terceiro apenso a uma execução, é considerada um incidente e deverá ser remunerada como tal, ponto 5 da tabela.

1.2. Processo Penal

1.2.1. Parte Penal

1.2.1.1.

Nos processos que terminam na fase do inquérito, que honorários

são devidos?

No caso de arquivamento dos autos, sem que seja proferido despacho de acusação, os honorários devidos são pedidos como “Outras Intervenções de Patronos Oficiosos”. O mesmo ocorre quando haja suspensão provisória do processo e o mesmo seja arquivado após cumprimento das injunções impostas ao arguido ou ainda quando exista desistência de queixa.

Os honorários são devidos com a nomeação, mesmo que o processo seja arquivado sem intervenção processual do advogado visível nos autos.

1.2.1.2.

Que honorários são devidos pela instrução?

Sendo a instrução uma fase eventual ou facultativa do processo penal, submetida a causa a julgamento, os honorários são pedidos a final com o trânsito em julgado da sentença que for proferida pelo Tribunal de julgamento, não dando a instrução origem a pagamento

autónomo de honorários.

1.2.1.3.

E se o processo terminar na fase da instrução?

Se terminar na fase da Instrução, os honorários deverão ser solicitados como “Outras

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1.2.1.4.

Num processo comum coletivo em que o arguido responde por

vários crimes, todos puníveis em abstrato com pena inferior a 8 anos, poderá

o advogado solicitar pagamento classificando o processo como “Crimes da

competência do tribunal coletivo/ puníveis com pena superior a 8 anos”?

É na acusação que se retira qual a pena em abstrato, considerando o seu limite máximo, e é com esse princípio que se procede ao pagamento dos honorários nos termos dos pontos 3.1.1.1. e 3.1.1.2. da Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro e não com o resultado da condenação.

1.2.1.5.

Num processo de detenção de cidadão estrangeiro em situação

ilegal, o defensor poderá solicitar honorários e em que item?

Os processos que não se encontrem contemplados especificamente na Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro, inserem-se no item “Outras intervenções de

patrono oficioso”.

1.2.1.6.

Num processo de Internamento Compulsivo, são devidos

honorários? Em que item?

Não existindo item expresso para pagamento, terá de ser considerado no ponto 13 – “Outras

intervenções de patrono oficioso”.

1.2.2. Recursos

1.2.2.1.

São devidos honorários, separadamente, por recurso cível e penal

efetuado na mesma peça processual?

Tendo sido requerido e concedido apoio judiciário na modalidade de “nomeação” numa das modalidades, o pedido de honorários por pedido de indemnização cível é lícito de ser efetuado e é solicitado autonomamente da parte penal. O mesmo se aplica aos recursos, pelo que, são devidos honorários separadamente, pela parte cível e pela parte penal. Para o pedido poder ser efetuado e dado que o sistema não permite a cumulação de pedidos no mesmo processo AJ, pelo que, o advogado deverá criar o pedido cível através da ferramenta “Apenso/Recurso”.

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1.2.2.2. Nas Reclamações para a Conferência, são devidos honorários?

Para efeitos de pagamento de honorários, a Reclamação para a Conferência devem ser consideradas no item, Recursos – Outros, do ponto 1.3.3. – Tabela, desde que o patrono

tenha tido intervenção.

Para o pedido poder ser efetuado e dado que o sistema não permite a cumulação de pedidos no mesmo processo AJ, o advogado deverá criar o pedido através da ferramenta “Apenso/Recurso”.

1.2.2.3. Nas Reclamações do art.º 405.º CPP, são devidos honorários?

Para efeitos de pagamento de honorários, a Reclamação nos termos do art.º 405.º do CPP deve ser considerada no item, Recursos – Ordinários, do ponto 3.4.1. da Tabela, desde que

o patrono tenha tido intervenção.

Para o pedido poder ser efetuado e dado que o sistema não permite a cumulação de pedidos no mesmo processo AJ, pelo que, o advogado deverá criar o pedido através da ferramenta “Apenso/Recurso”.

1.2.2.4.

Havendo recurso da decisão final, podem os defensores solicitar

honorários, mesmo que não tenham intervenção no recurso?

Não havendo intervenção no recurso não poderá o advogado solicitar honorários.

1.2.3. Pedido de Indemnização Civil

1.2.3.1.

O pagamento dos honorários por indemnização civil em processo

penal, quando a nomeação decorre por imposição legal, como se processam?

Há condutas que podem simultaneamente inserir-se no ilícito penal e no ilícito cível, dando origem a uma ação penal, que visa aplicar uma sanção criminal ao infrator e a uma ação cível, que tem por finalidade a reparação cível pelas perdas e danos resultantes da infração. A intervenção no processo penal do lesado, ou seja, a pessoa que sofreu danos ocasionados pelo crime e que nele deduz o pedido de indemnização cível (artigo 74.º, n.º 1 CPP), explica-se pela unidade do facto, apreciado como ilícito penal e como ilícito cível.

O legislador não distingue em função da posição processual, mas adota o critério de distinção assente na natureza dos pedidos (cível ou crime) e à autonomia que as duas ações albergam

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Pelo que quando a nomeação decorre de imposição legal o advogado é nomeado para a ação penal no cumprimento de normas constitucionais (artigo 20.º da CRP) e processuais penais (artigo 61.º n.º 1, alínea e) e f) e artigo 64.º, do CPP).

O caso em apreço decorre do sistema de política de justiça penal que determina a assistência jurídica em matéria criminal. Assim, a nomeação é imposta pela obrigatoriedade legal de assistência do advogado ao arguido, sendo que o advogado nomeado é apenas compensado na medida da sua nomeação. É unânime a jurisprudência ao defender que sendo um advogado nomeado apenas para a ação penal, ele não é admitido a intervir no pedido de indemnização cível até porque a falta de contestação não implica confissão dos factos (artigo 78.º, n.º 3 CPP).

1.2.3.2.

E, quando a nomeação tem também, por base o pedido de proteção

jurídica?

Esta situação contempla a nomeação de advogado para um beneficiário que tem direito a

proteção jurídica comprovado pelos serviços da Segurança Social competentes. Aqui a

intervenção do advogado deverá não só abarcar a defesa na ação penal, mas também, a defesa na ação cível.

Tendo sido requerida pelo beneficiário proteção jurídica, deverá aplicar-se analogicamente, o previsto nos n.ºs 4 e 5 do artigo 18.º da Lei n.º 34/2004, de 29 de julho, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 47/2007, de 28 de agosto, onde “o apoio judiciário mantém-se para efeitos de recurso, qualquer que seja a decisão sobre a causa, e é extensivo a todos os processos que sigam por apenso àquele em que essa concessão se verificar, sendo-o também ao processo principal, quando concedido em qualquer apenso” e “o apoio judiciário mantém-se ainda para as execuções fundadas em mantém-sentença proferida em processo em que essa concessão se tenha verificado.”.

E consequentemente deverá também aplicar-se à remuneração dos defensores, os pontos 3.2. e 3.3. da Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro.

Tendo sido requerido e concedido apoio judiciário na modalidade de “nomeação” numa das modalidades, então o pedido de honorários por pedido de indemnização cível é lícito de ser efetuado.

Para o pedido poder ser efetuado e dado que o sistema não permite a cumulação de pedidos

no mesmo processo AJ, pelo que, o advogado deverá criar o pedido cível através da

ferramenta “Apenso/Recurso”.

Relativamente às sessões e já tendo as mesmas sido solicitadas no processo crime, no processo cível o número de sessões ficará a zero.

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Relativamente ao pagamento e, sendo que na Tabela anexa à Portaria não especifica a posição processual, dever-se-á considerar que se há lugar a remuneração pelo pedido, também o haverá pela contestação.

Caso o defensor não conteste, não são devidos honorários.

O valor a considerar para o PIC é o valor da causa, competindo ao juiz fixar o respetivo valor, sem prejuízo do dever de indicação que impende sobre as partes.

1.2.3.3.

Quando, no âmbito do processo penal, o pedido de indemnização

civil é inferior a € 3.740,98?

Nesta matéria e de acordo com as entidades que integraram o Grupo de Trabalho, conseguiu-se um entendimento consensual no âmbito dos pedidos de indemnização civil, quando estes têm um valor inferior a € 3.740,98, matéria em que existia uma dissonância com a Ordem dos Advogados.

Assim, o advogado nomeado patrono oficioso, que deduza pedido de indemnização cível de valor inferior a € 3.740,98, deverá efetuar o pedido de honorários no SinOA indicando como espécie de ação a “Ação Sumaríssima” (ponto 1.1.3 da Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro).

O pedido é formulado nos termos da Recomendação n.º 1 do IAD.

1.3. Processos Especiais e outros

1.3.1. Divórcio e separação de pessoas e bens

1.3.1.1.

Como se processa o pagamento numa ação de divórcio sem

consentimento convolada em mútuo consentimento?

Deverá ser considerada a espécie processual “Divórcio e separação de pessoas e bens, Ação

litigiosa” – 4.1.1. – 21 UR e caso a convolação tenha ocorrido antes da audiência de discussão

e julgamento, deverão ser confirmadas mais 2 UR´s, nos termos do n.º 4 do artigo 25.º da Portaria n.º 10/2008, de 3 de janeiro, alterada pela Portaria n.º 210/2008, de 29 de fevereiro, através da ferramenta “Resolução de Litígio Segundo a Portaria”.

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1.3.2. Jurisdição de Menores

1.3.2.1.

O incumprimento das responsabilidades parentais é considerado

um incidente?

O incumprimento das responsabilidades parentais é um incidente, embora o novo regime geral do processo tutelar educativo não o refira expressamente. No entanto, parece-nos que o incumprimento mantem a estrutura de incidente, posição acompanhada pelo Juiz Desembargador, Tomé d’Almeida Ramião, no “Regime Geral do Processo Tutelar Cível – Anotado e Comentado”.

1.3.2.2.

Quando é acionado o F.G.A.D.M.

1

, nos incidentes de incumprimento

das responsabilidades parentais, anualmente, é renovado o direito à

atribuição fixada. Os patronos nomeados têm direito a pedir honorários

anualmente por cada renovação, como se de uma decisão se tratasse? E em

que termos?

As prestações a pagar pelo Fundo são fixadas pelo Tribunal, por norma, no incidente de incumprimento e após verificada a impossibilidade de obter da pessoa judicialmente obrigada a satisfação das prestações alimentares.

Verificando-se o não pagamento da prestação de alimentos, deverá o representante legal

do menor ou a pessoa à guarda de quem o menor se encontre, dirigir-se ao Tribunal onde

correu o processo de regulação do exercício das responsabilidades parentais ou de alimentos do menor e acionar o incidente de incumprimento de alimentos que irá desencadear, ou não, o procedimento judicial de solicitação de avaliação para atribuição da prestação de alimentos através do Fundo de Garantia.

Verifica-se assim que o procedimento para atribuição da prestação de alimentos, faz parte da tramitação do incumprimento, pelo que, parece-nos que o patrono apenas poderá

solicitar honorários pelo próprio processo – Incidente de incumprimento – e após o trânsito

em julgado deste, sendo que as restantes diligências efetuadas após trânsito em julgado, não merecem acolhimento para efeitos de compensação de honorários.

1.3.2.3.

Nos processos de promoção e proteção, após o trânsito em julgado

da decisão de aplicação de medida de promoção e proteção, e sendo

anualmente objeto de revisão obrigatória. Poderão ser solicitados

honorários?

O processo judicial de promoção e proteção, disciplinado pela Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo é um processo de jurisdição voluntária e não finda com a decisão que

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decreta a medida, antes contém em si, como fase normal e necessária, a fase de execução

da medida que, não constitui um processo autónomo, antes é uma das fases definidas no art.º 106.º da Lei 147/99, de 1/9, como fazendo parte integrante do processo.

Assim, o patrocínio assegurado pelo defensor do menor deve ser perspetivado para todo o processo, não podendo o patrono considerar findo o patrocínio com a prolação da decisão aplicadora da medida.

No entanto, e relativamente ao pagamento dos honorários, os mesmos deverão ser

efetuados com a decisão que aplica a medida, sendo que, após, na fase de execução, apenas

poderão solicitar o reembolso de despesas, entretanto ocorridas.

1.3.2.4.

Nos processos tutelares educativos em que item da Tabela deve ser

solicitado o pagamento?

Os processos tutelares educativos deverão ser lançados no ponto 4.2 da Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro – “Jurisdição de Menores”, mesmo quando terminem na sua fase de inquérito e, desde que haja intervenção processual.

1.3.2.5.

No caso da Homologação de Acordo Extrajudicial em que item da

Tabela deve ser solicitado o pagamento?

No caso da homologação de Acordo Extrajudicial, tratando-se de um processo autónomo, insere-se no ponto 4.2 da Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro – “Jurisdição de Menores”.

1.3.2.6.

No caso das alterações das responsabilidades parentais em que

item da Tabela deve ser solicitado o pagamento?

No caso da alteração das responsabilidades parentais, tratando-se de um processo autónomo, insere-se no ponto 4.2 da Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro – “Jurisdição de Menores”.

1.3.2.7.

No caso das ações de alimentos a filhos maiores ou emancipados,

em que item da Tabela deve ser solicitado o pagamento?

No caso das Ações de Alimentos a Filhos Maiores ou Emancipados, tratando-se de um processo autónomo, insere-se no ponto 4.2 da Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro – “Jurisdição de Menores”.

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1.3.3. Inventário

1.3.3.1.

Um inventário entrou em tribunal com o valor de 8.000,00€.

Efetuadas avaliações em imóveis, o valor do inventário passou para €

61.000,00. Qual o valor a considerar para pagamento dos honorários?

O n.º 3 do art.º 302.º do CPC, refere que nos processos de inventário, atende-se à soma do valor dos bens a partilhar, ou seja, do ativo. Tendo sido efetuada avaliação aos bens do inventário, o valor do mesmo alterou-se para os € 61.000,00 referidos.

O ponto 4.3 do anexo à Portaria n.º 1386/2004, indica que os valores dos honorários que os patronos poderão solicitar, são os aplicáveis às ações declarativas n.ºs 1.1.1.1 a 1.1.2.3 em função do quinhão.

Pelo que, tendo sido efetuada a avaliação e, sendo esse o valor do ativo é, sobre esse valor, que eles irão pedir os honorários, sempre tendo em consideração o quinhão atribuído ao seu patrocinado.

1.3.3.2.

Num inventário a reclamação à relação de bens é tributada como

incidente para efeitos de pagamento dos honorários?

Apenas aqueles que se encontrem processualmente tipificados na espécie processual como incidentes, o poderão ser considerados no apoio judiciário, ora, a reclamação à relação de

bens, não está processualmente, tipificada como incidente, pelo que, não poderá ser

considerada como tal para efeitos de pagamento.

1.3.4. Insolvência

1.3.4.1.

No âmbito dos processos de insolvência, os patronos requerem

honorários nos incidentes (apensos) previstos no art.º 302.º do CIRE. Haverá

lugar ao pagamento dos honorários?

No âmbito do processo de insolvência, os incidentes objeto de remuneração autónoma são

apenas aqueles que adjetivamente como tal são classificados (no CIRE, o incidente de

qualificação de insolvência), e em que o advogado tenha efetivamente intervindo.

Os restantes apensos que não sejam configurados como incidentes (no CIRE), estão incluídos no pagamento relativo à própria insolvência (ponto 4.4. – 20 UR’s).

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1.3.4.2.

Um patrono foi nomeado a um credor numa insolvência e

reclamou créditos junto do Administrador de Insolvência. Tem direito a

honorários?

Encontrando-se comprovada a reclamação, o patrono tem direito ao pagamento dos honorários, nos termos do ponto 13. da Tabela, ou seja, em "Outras intervenções de patrono

oficioso" – 8 UR´s.

1.3.4.3.

Numa Verificação Ulterior de Créditos, o patrono nomeado ao

insolvente tem direito ao pagamento de honorários?

Relativamente às Verificações Ulteriores de Créditos, a mesma terá tributação própria, dado não estar prevista no art.º 303.º do CIRE, e os honorários são solicitados, no item “Outras

Intervenções de Patronos Oficiosos”.

Não tendo o mandatário qualquer intervenção no referido apenso, não tem direito a qualquer compensação.

1.3.4.4.

Num recurso interposto numa Verificação Ulterior de Créditos,

qual o item da Tabela que deverá ser utilizado?

Deverá ser utilizado o item 1.3. da Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro.

1.3.4.5.

No âmbito dos processos de insolvência de pessoa singular, o

pedido de exoneração do passivo restante, considera-se um incidente e

poderão os patronos solicitar honorários?

No âmbito do processo de insolvência, os incidentes objeto de remuneração autónoma são apenas aqueles que adjetivamente como tal são classificados (no CIRE, o incidente de qualificação de insolvência), e em que o advogado tenha efetivamente intervindo.

Não sendo o pedido de exoneração do passivo restante configurado como incidente (no CIRE), está incluído no pagamento relativo à própria insolvência (ponto 4.4. – 20 UR).

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1.4. Administrativo e Fiscal

1.4.1. Administrativo

1.4.1.1.

Quando o valor da ação administrativa é inferior a € 3.740,98,

devem ser pagos os honorários?

Os advogados aquando o lançamento de honorários, devem indicar o item “1.1.3 – Processo

Sumaríssimo”.

1.4.2. Fiscal

1.4.2.1.

Nos processos fiscais, oposição – 7ª Espécie, devem ser solicitados

e pagos os honorários?

Os honorários deverão ser solicitados nos termos do ponto 4.6.2. – Fiscal, da Tabela de Honorários para a proteção jurídica, anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10/11.

1.5. Execução das Penas

1.5.1.

Nos conselhos técnicos realizados nos estabelecimentos prisionais,

os advogados poderão solicitar honorários?

Caso se comprovar que o advogado esteve presente no Conselho Técnico, nomeadamente

através da ata, então deve ser considerada a sessão, bem como a referida deslocação.

1.5.2.

Nos processos de Liberdade Condicional que correm termos no TEP

em que é nomeado defensor oficioso pelo Tribunal, as diligências designadas

nestes processos são efetuadas nos Estabelecimentos Prisionais onde os

arguidos se encontram recluídos. São devidos honorários pela deslocação ao

EP dos defensores oficiosos para intervirem na diligência?

Os honorários são pagos pelo ponto 13. da Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro, a que acrescem as despesas de deslocação ao E.P., nos termos do ponto 8. da referida portaria.

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1.6. Genéricas

1.6.1. Como se processa o pagamento quando existe desconformidade entre

o valor da espécie e o valor da ação?

A Tabela de honorários está em conformidade com a versão da LOFTJ, que vigorou até 31 de dezembro de 2007, e que dispunha que em matéria cível, a alçada dos tribunais da Relação era de 14.963,94 € e a dos tribunais de primeira instância, de 3.740,98 €. A revisão da LOFTJ motivou a alteração das alçadas para 30.000,00 € e 5.000,00 €, respetivamente.

Sempre que existir desconformidade entre a espécie e o valor da ação no SinOA, deverá o advogado optar por indicar o real valor da ação que patrocina e alterar a forma do processo para receber o valor dos honorários a que efetivamente tem direito.

Tal solução decorre do facto dos honorários tabelarmente fixados atenderem essencialmente ao valor da ação e não à forma do processo.

1.6.2.

Caso a espécie processual não se encontre especificamente

contemplada na Tabela, em que item deverá ser inserida?

Os processos que não se encontrem contemplados especificamente na Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro, inserem-se no item "outras intervenções de

patrono oficioso".

Exemplos: Anulação de Deliberações Sociais; Autorização para a Prática de Atos (DL

272/2001, de 13/10); Divisão de Coisa Comum; Inabilitação; Interdição; Notificação Judicial Avulsa; Processo Especial de Revitalização; Recursos de Marca; Revisão de Sentença Estrangeira; Verificação Ulterior de Créditos (VUC), etc.

1.6.3.

Numa Notificação Judicial Avulsa, o patrono nomeado ao

requerente efetuou um pedido de pagamento. Será de confirmar?

O requerente solicitou à Segurança Social e foi deferido, apoio judiciário na modalidade de dispensa de taxa de justiça e demais encargos com o processo e nomeação e pagamento da compensação de patrono, a fim de propor uma notificação judicial avulsa, o que foi realizado, solicitando o patrono a respetiva remuneração, devendo a mesma ser paga.

Assim sendo e dado que o referido ato/processo não se encontra contemplado especificamente na tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10/11, deverá ser inserido na plataforma informática SinOA, no item “outras intervenções de patrono oficioso”.

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1.6.4.

Numa Notificação Judicial Avulsa, o requerido requereu apoio

judiciário, sendo-lhe concedido. O patrono nomeado sem qualquer

intervenção, pediu honorários. Será de confirmar?

Nos termos do art.º 257.º do CPC as notificações judiciais avulsas não admitem oposição, e os direitos respetivos só podem fazer-se valer nas ações competentes.

O patrono nomeado não poderá solicitar qualquer pedido de pagamento junto da referida notificação judicial avulsa, dado que a mesma se inicia e termina com a notificação do requerido, devendo antes, criar a respetiva vicissitude.

1.6.5.

No âmbito de uma carta precatória, foi solicitado ao SINOA a

indicação de um advogado para nomeação ao ofendido. Como são pagos os

honorários?

O montante dos honorários a receber é o que consta do ponto 6. da Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro.

1.6.6.

No âmbito de um processo e após a liquidação de custas, o patrono

apresentou a reclamação da conta. Que honorários poderá solicitar?

A reclamação da conta é um incidente processual, nos termos do n.º 6 do art.º 31.º do RCP, pelo que, deverá ser o advogado remunerado.

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2. Resolução de Litígio segundo a Portaria

2.1. Quando se procede ao pagamento a que alude o n.º 4 do artigo 25.º da

Portaria n.º 10/2008, de 3 de janeiro?

Podem ser lançados pedidos de pagamento no item “Resolução antes do Julgamento”, nos termos do n.º 4 do art.º 25.º da Portaria n.º 10/2008, caso haja resolução do litígio que ponha termo ao processo, nos seguintes casos:

a) Desde que o acordo ou desistência ocorram antes da audiência de discussão e

julgamento. Não há lugar a compensação caso o acordo seja celebrado no dia da

audiência de discussão e julgamento ou a desistência efetuada nesta diligência;

b) E, tratando-se de processo penal, além da exigência referida no ponto anterior, desde

que tenha havido acusação.

Não comportando o processo, audiência de julgamento, não poderá ser lançado pedido de

pagamento no item “Resolução de Litigio Segundo a Portaria”, art.º 25.º, n.º 4, nos termos da alínea a). Exemplo: processo sumaríssimo no crime.

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3. Constituição de Mandatário

3.1. Que honorários são devidos a patrono nomeado antes da constituição de

mandatário?

Caso a constituição de mandatário tenha ocorrido após a nomeação de patrono há que distinguir três situações:

a) O patrono não teve intervenção processual, limitando-se por exemplo, a consultar os autos ou prestar consulta ao beneficiário: é- lhe atribuído a título de honorários 1 UR; b) Caso tenha tido intervenção processual, nomeadamente, apresentando requerimentos nos autos ou intervindo em diligência, é-lhe atribuído a título de honorários 4 UR;

c) Mediante requerimento, o montante previsto para os atos ou diligências em que comprovadamente participou até ao limite correspondente ao valor dos honorários aplicáveis ao processo em causa, situações que ocorrem por exemplo, nos casos em que o beneficiário constitui mandatário só para a leitura da sentença ou para a interposição do recurso. O requerimento deverá ser apreciado pelo juiz do processo.

3.2. E no caso da constituição de mandatário ser anterior à nomeação?

Se a constituição de mandatário ocorrer antes da nomeação de patrono terá que ser criada a vicissitude “Dar sem efeito a nomeação”.

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4. Incidentes

4.1. Qual a definição de incidentes processuais para efeitos de inserção no

ponto 5. da Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro?

Os incidentes encontram-se tipificados na lei, existindo vasta legislação anotada, doutrina e jurisprudência onde se poderá recolher informação sobre os diversos incidentes processuais existentes no ordenamento jurídico.

Os incidentes são objeto de remuneração autónoma e são peticionados da seguinte forma: a) Se o incidente correr por apenso ao processo principal – No SinOA deverá igualmente ser criado um apenso e os honorários pedidos pela espécie "Incidentes Processuais", com o trânsito em julgado do despacho/sentença que conheça do incidente onde o advogado teve

intervenção processual (e mesmo que o processo principal siga os seus termos.)

b) Se o incidente correr enxertado no processo principal – Os honorários serão pedidos com o trânsito em julgado do processo principal, colocando-se o número de incidentes onde

o advogado teve intervenção no campo “N.º de Incidentes Processo” da plataforma

informática.

c) Se o incidente correr enxertado no processo principal que já se encontra findo – O sistema não permite a cumulação de pedidos no mesmo processo AJ pelo que o advogado deverá criar o incidente onde teve intervenção processual através da ferramenta “Apenso/Recurso”.

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5. Sessões

5.1. Qual a definição de sessão?

Sessão é toda e qualquer diligência que implique a presença de magistrado, ou, quando a

prática do ato tenha sido delegada, de órgão de polícia criminal ou de oficial de justiça.

5.2. Como se contabilizam as sessões?

No ponto 9 da Tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro lê-se: “Quando a diligência comporte mais de duas sessões, por cada sessão a mais…” o advogado tem direito a uma compensação de 3 UR´s.

As sessões a que se refere o pedido de pagamento de honorários, no caso em concreto, para o processo penal, contempla as diferentes fases processuais, ou seja, as fases de inquérito, de instrução e de julgamento, sendo que os advogados deverão introduzir as sessões em que efetivamente participaram em cada fase.

A plataforma já se encontra adaptada para contemplar as diversas fases processuais, pelo que, o advogado introduz todas as sessões realizadas em cada uma delas, sendo o próprio sistema a efetuar a contabilização automática e a subsumir as 2 sessões em cada uma das fases, pelo que apenas se terá de confirmar se o número de sessões se encontra correto.

5.3. Quantas sessões devem ser contabilizadas, quando a sessão se tenha

iniciado no período da manhã, tenha sido interrompida e se prolongue pelo

período da tarde?

A posição dos organismos do Ministério da Justiça englobados no Grupo de Trabalho (que inclui a DGAJ, a DGPJ, o IGFEJ e a OA) é a de que, nas situações em que a sessão seja iniciada no período da manhã, tenha sido interrompida, por exemplo, para almoço, e se prolongue pelo período da tarde, deverá ser contabilizada 1 só sessão, interpretação que não é acompanhada pela Ordem dos Advogados.

O entendimento dos organismos do Ministério da Justiça baseia-se na alínea a) do artigo 2.º da Portaria n.º 210/2008, de 29 de fevereiro que revoga as notas 1 a 3 da tabela anexa da Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro.

A fundamentação deste CF segue a produzida no Acórdão do TRP de 2/7/2014 e que sumariamente diz o seguinte:

“(…) I – A regulamentação relativa à Tabela de compensações pelas nomeações de advogados para os processos, constantes da Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro, foi primeiramente revogada pela Portaria n.º 10/2008, de 3 de janeiro, e foi depois repristinada pela Portaria n.º 210/2008, de 29/2.

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II – Tratou-se, porém, de uma repristinação com alterações.

III – Desta simultânea revogação resulta que o Legislador quis afastar a interpretação de que, decorrendo a Audiência durante todo o dia, com interrupção para almoço, deverão ser contabilizadas duas sessões, uma de manhã, outra de tarde.

IV – Consequentemente, é legal a contabilização de uma sessão por dia, para efeitos de atribuição da compensação devida aos defensores nomeados. (…)”

5.4. As deslocações a Tribunal de advogados notificados para o efeito,

deverão ser consideradas como sessões, quando as diligências agendadas

não tenham tido lugar?

Segundo o relatório da DGAJ, “Auditoria ao pedido de pagamento de honorários devidos pelo

apoio judiciário relativos ao 1.º Trimestre de 2011” e que mereceu a concordância do Grupo

de Trabalho (que inclui a DGAJ, a DGPJ, o IGFEJ e a OA), o “adiamento consignado em ata ou em cota no processo, de sessão adiada no momento em que o Advogado estava presente no Tribunal, deve dar lugar a pagamento".

A sessão adiada deverá ser contabilizada se, os advogados regularmente notificados,

compareceram na diligência e forem informados verbalmente pelo oficial de justiça do adiamento da mesma.

Sempre que o advogado se deslocar ao tribunal para diligência agendada e a mesma não tenha lugar, nomeadamente, por motivos de greve, deverá o advogado diligenciar junto do oficial de justiça para que este elabore uma cota ou conclusão no processo na qual conste que o advogado esteve presente no tribunal.

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6. Sucessão de patronos

6.1. Como são pagos os honorários nos casos de substituição de advogados?

Nestes casos os honorários deverão ser partilhados entre os advogados que tiveram intervenção processual. Com o terminus do processo deverá o último advogado nomeado lançar o pedido de honorários na plataforma informática. O pagamento dos honorários será processado ao advogado substituto que deverá partilhar os honorários, mediante acordo, com o advogado substituído. Não sendo possível aos advogados alcançar o acordo supra referido, compete ao presidente do respetivo Conselho Distrital a resolução da referida questão.

Sem ter havido qualquer intervenção processual não haverá lugar a pagamento de honorários, mas poder-se-á requerer a homologação das despesas efetuadas.

6.2. No caso de um processo ser apensado a outro, onde já exista patrono

nomeado. Como se processam os honorários?

Caso o processo seja apenso a outro onde já exista Patrono nomeado é este último que se

mantém nos autos, cessando funções o Patrono/Defensor que viu o seu processo ser

apensado.

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7. Outras Situações

7.1. Quando pelo patrono/defensor forem asseguradas várias defesas, no

mesmo processo judicial, quais os honorários que são devidos?

Os honorários são processados em função da natureza do processo/ação, pelo que, o

número de defesas efetivamente asseguradas num determinado processo, não tem qualquer repercussão para a fixação de honorários (artigos 25.º, 26.º e 28 da Portaria n.º 10/2008, de 3 de janeiro).

Sendo o mesmo advogado nomeado a vários beneficiários, os honorários serão pedidos num

dos processos, devendo-se terminar os demais através da funcionalidade “Terminar

Processo Sem Pagamento” com o termo do processo.

7.2. Que honorários são devidos por diligências efetuadas após trânsito em

julgado?

É posição dos organismos do Ministério da Justiça que integram o Grupo de Trabalho (que inclui a DGAJ, a DGPJ, o IGFEJ e a OA), que o cúmulo jurídico e o incidente de revogação da

suspensão da pena de prisão constituem diligências efetuadas depois do trânsito em

julgado, as quais não merecem acolhimento para efeitos de compensação de honorários, para além das sessões efetuadas.

Situação idêntica acontece, quando após a sentença, o Juiz marca interrogatório do arguido,

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HONORÁRIOS NAS NOMEAÇÕES PARA ESCALAS

1.

Que entidade processa o pagamento no âmbito das escalas?

Os pedidos de pagamento para os advogados em escala, não passam pela confirmação no

Tribunal, são pedidos diretamente pelo advogado no SinOA, ao IGFEJ.

2. No âmbito de uma escala em que o advogado foi nomeado para assistir

um arguido num interrogatório judicial, como se processam os honorários?

Quando, no âmbito de uma escala, os advogados são chamados para assistir um arguido num interrogatório judicial, junto do Ministério Público ou num interrogatório não judicial, junto dos órgãos de polícia criminal, dever-se-á apurar se a nomeação se mantém para os atos subsequentes do processo ou se trata de uma nomeação “para o ato”.

Da leitura do artigo 3.º da Portaria, resulta que a regra é a da nomeação para o processo.

A nomeação é para o ato, somente nas seguintes situações:

a) Quando haja mandatário constituído e tenha faltado;

b) Quando o arguido declara que pretende constituir mandatário (atenção à forma da declaração que tem de estar documentada na acta/auto para salvaguarda do advogado); c) Quando o defensor nomeado falte justificadamente;

d) Quando se trata da nomeação para uma carta precatória.

A introdução da escala na plataforma informática SinOA, de acordo com o disposto na alínea e) do artigo 10.º do Regulamentode Organização e Funcionamento do Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais na Ordem dos Advogados, Regulamento n.º 330-A/2008, de 24 de junho, deverá ser efetuada no prazo de cinco dias, através da opção “Sim, SEM nomeação

para o processo”, sendo o pedido efetuado diretamente ao IGFEJ.

Caso a nomeação seja para o processo, não se verificando, por isso, nenhuma das alíneas

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PAGAMENTO DE HONORÁRIOS

1. Verificação do pedido

1.1. As despesas efetuadas pelos advogados e que constam do pedido do

SinOA, deverão ser confirmados/rejeitados pelos Tribunais?

O n.º 3 do artigo 8.º da Portaria n.º 10/2008, de 3 de janeiro dispõe que “O pagamento de quaisquer despesas suportadas pelo profissional forense nomeado para apoio judiciário depende da apresentação de nota de despesas junto do processo, a homologar pela Ordem dos Advogados”, sendo, pois, a competência de homologação da Ordem dos Advogados, não tendo os Tribunais qualquer interferência na confirmação das referidas despesas.

Aos Tribunais compete a verificação dos campos constantes do separador “Informação para

Referências

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