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O PAPEL DA ESCOLA NOS DESAFIOS DO TRABALHO PARA A JUVENTUDE

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O PAPEL DA ESCOLA NOS DESAFIOS DO TRABALHO PARA A

JUVENTUDE

Amanda Dias Dourado 1

RESUMO

Com o progressivo interesse pela juventude e adolescência no país e com o aumento da sua exposição na mídia e nos debates públicos, começam a surgir novas formas de olhar para esse público e para a sua participação na sociedade. Diante do cenário da precarização do ingresso dos jovens no mercado de trabalho, o presente estudo possui como objetivo geral compreender quais foram os principais desafios encontrados no primeiro emprego de jovens aprendizes, e como objetivo especifico identificar o papel da escola nessa demanda. A amostra foi composta por 30 jovens aprendizes residentes de uma capital do Nordeste Brasileiro. Para tanto, utilizou-se um questionário sóciodemográfico e uma entrevista qualitativa, analisada pela técnica de análise de conteúdo de Bardin. Nos resultados, destaca-se que as principais dificuldades encontradas no primeiro emprego são: falta de experiência e insegurança na adaptação de algumas situações de trabalho. Ressalta-se que as questões do mercado de trabalho podem estar presentes na atuação do psicólogo escolar para atender os desafios dos jovens que estudam e trabalham e aqueles que precisam estar mais preparados para a transição escola-trabalho.

Palavras-chave: Mercado de trabalho; Desafios; Juventude; Escola

INTRODUÇÃO

Pode-se perceber que as vivencias iniciais dos jovens no ambiente de trabalho pode tanto dificultar o seu desenvolvimento dentro de uma empresa como contribuir positivamente na formação da sua identidade ocupacional, a depender das condições laborais que lhe são oferecidas (AMAZARRAY et al., 2009). A escola por sua vez, constitui um lugar privilegiado para oferecer ensinamentos que contemple a transição da escola para o mercado de trabalho. Pois, os primeiros passos na vida profissional possuem um peso significativo não apenas para o futuro dos jovens, mas também para o desenvolvimento das empresas e do país.

Tal situação nos leva a refletir sobre os desafios dos jovens no enfrentamento das dificuldades do contexto laboral e sobre qual seria o papel da escola nesse processo. Dessa forma, considera-se a relevância social do tema que abrange o atual cenário brasileiro com a precarização do ingresso dos jovens ao mercado de trabalho e suas dificuldades vivenciadas na tentativa de conseguir melhores oportunidades profissionais.

A infância e a adolescência tomou diferentes conotações dentro da mentalidade do coletivo social no decorrer da história. Por meados do século XII até o fim do século XVII, a

1Mestranda em Psicologia Social pelo Programa de Pós Graduação de Psicologia Social da Universidade

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criança era vista como uma fonte de produção para a sociedade e como aborda Aries (1981) não acreditava-se na existência de uma inocência pueril, ou na diferença de características entre adultos e crianças no contexto laboral. A partir do século XVII um novo pensamento emergiu e que ganhou destaque com o acelerado avanço tecnológico do século XIX culminando em uma nova concepção para as crianças dentre do contexto familiar com foco na educação e investimento do seu futuro (SILVA, 2015).

Nesse momento, a adolescência pôde ser demarcada como uma fase de turbulência, com riscos para o próprio indivíduo e para a sua nação, passando a representar uma fonte de estudo para os pesquisadores, educadores e médicos (GROSSMAN, 2010). No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069, de 1990, considera a adolescência correspondente à faixa etária de 12 a 18 anos de idade (BRASIL, 1990) e também se usa o termo jovens adultos para englobar a faixa etária de 20 a 24 anos de idade.

Podemos compreender a adolescência como algo que vai além de uma passagem da infância para a vida adulta e corresponda a um fenômeno sociocultural que se expressa no tempo com demandas particulares. Esta fase é acompanhada por mudanças físicas e mentais, com dúvidas e medos diante das indecisões que são enfrentadas, o que demanda uma atenção especial para esse público. No processo para a escolha da profissão, por exemplo, o adolescente vivencia uma forma de enfrentar sua própria crise de identidade e se depara com a luta entre o desejo de crescimento e o de continuar desfrutando dos privilégios da infância (TEIXEIRA; HASHIMOTO, 2005; SARRIERA et al., 2001; BOHOSLAVSKY, 1998.).

Nesse sentido, o ingresso do jovem no ambiente do trabalho está entre os marcos de passagem para a vida adulta na sociedade ocidental (GALLAND, 2007), pois nas suas primeiras experiências profissionais, ele vivenciará um novo contexto em que precisará se adequar a diferentes situações, regras e pessoas (COLOMBO; PRATI, 2014). Dessa forma, o trabalho representa um fator chave no crescimento do adolescente por propiciar o desenvolvimento de novas habilidades e auxiliar na formação da sua identidade (MATTOS; CHAVES, 2010). Além disso, a dinâmica das relações entre o trabalho do jovem e a sociedade produz um sentido de pertencimento e utilidade que age como propulsor de informação e aprendizagem (SARRIERA et al., 2001).

Com essa linha de raciocínio, percebe-se que os adolescentes se encontram cada vez mais preocupados com o âmbito profissional e o percurso do seu desenvolvimento revela que mesmo no ensino fundamental, fatores como salários e carreiras já são valorizados entre eles (MENETTI; KUBO; OLIVA, 2015). Podemos diferenciar os jovens que buscam no trabalho o desenvolvimento profissional que dê base para a sua carreira, daqueles que necessitam dele

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para conseguir o seu mantimento básico e para ajudar a sua família (ROCHA-DE-OLIVEIRA; PICCININI; BITENCOURT, 2012).

OS PRIMEIROS PASSOS PROFISSIONAIS E OS DESAFIOS DO TRABALHO: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Apesar do unânime desejo de sucesso profissional da juventude nem todos conseguem condições que lhe são favoráveis para realiza-lo, com trajetórias marcadas pela limitação na educação e no trabalho, considerando o cenário desolador que a sociedade vivencia frente à vulnerabilidade social em que muitos jovens se encontram e ao mesmo tempo em que precisam e querem trabalhar. Segundo uma pesquisa publicada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE, 2015), esse público juvenil demonstra uma elevada mão-de-obra em paralelo com um problema de desemprego latente, representando muitas fragilidade diante do mercado de trabalho, em especial os que se encontram em pobreza extrema.

Silva Filho, Ferreira da Silva e Queiroz, (2015) ressaltam que o mercado de trabalho para os jovens se apresenta de forma hostil, com elevada taxa de informalidade, baixos salários, altos índices de rotatividade em todos os setores de atividade econômica e com escassa mobilidade social para a força de trabalho juvenil. De modo que a inserção do jovem no mercado implica em questões de alta complexidade (ROSA, 2015). Principalmente em uma sociedade marcada pelo sistema neoliberal, com a imprevisibilidade das mudanças econômicas e a flexibilização do trabalho que produz intensas consequências sobre os projetos de vida das pessoas (MENETTI; KUBO; OLIVA, 2015).

Corroborando com essa ideia, segundo Asmus et al. (2005) a experiência precoce de trabalho leva muitos jovens a não conseguirem associar as doenças da vida adulta como oriundas do trabalho na adolescência, se tornando vítimas potencialmente expostas aos riscos ocupacionais. No Brasil, os estudos de Asmus et al. (2005) mostraram os danos do trabalho sobre a saúde dos jovens que só foram evidentes em estágios posteriores da vida. Ainda segundo Mattos e Chaves, (2010) o adolescente possui uma probabilidade maior de desenvolverem doenças do trabalho do que um adulto, todavia, as estatísticas não conseguem ser vistas dificultando a mobilização de políticas que invistam em proteção do trabalho do adolescente. Na tentativa de facilitar o ingresso do jovem no mundo do trabalho, leis foram criadas para amparar e regularizar sua inserção. Podemos falar em especial da “Lei de Aprendizagem” (Lei nº 10.027) que assegura os direitos trabalhistas e previdenciários dos jovens, explicita

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disposições da Constituição Brasileira de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente e altera a Consolidação das Leis do Trabalho (BRASIL, 2000) dando nova regulamentação à aprendizagem e, mais recentemente, no Estatuto da Juventude, promulgado pela Lei 12.852, de 05 de agosto de 2013. Através da obrigatoriedade da contratação de aprendizes em empresas de médio e grande porte (Brasil, 2014).

Ocorre que apesar do objetivo do Programa Jovem Aprendiz buscar oferecer vantagens tanto para o aprendiz quanto para as empresas, não podemos tratar do assunto de forma tão simples, pois diante de uma contratação, o adolescente se encontra vulnerável a várias adversidades, tanto oriundas do seu próprio desenvolvimento como vindo do seu contexto laboral, como exemplo, a dupla jornada trabalho-escola (OLIVEIRA; GODOY, 2015). A situação piora em jovens com baixo nível socioeconômico, pois os pais incentivam a necessidade do trabalho, mas não possui discernimentos para orienta-los sobre os seus contornos (AMAZARRAY et al., 2009).

METODOLOGIA

A juventude atual possuir muita vontade e disposição para atingir o sucesso desejado. Todavia, as empresas revelam um alto nível de rotatividade e pouca credibilidade de contratação para os mesmos, o que evidencia uma necessidade tentar compreendê-los a partir do seu discurso. Para tanto, foi realizado um estudo de campo do tipo descritivo com um delineamento não experimental, de natureza qualitativa e caráter compreensivo, que não visou a explicação ou predição do fenômeno, mas sim a sua compreensão por meio da fala de 30 jovens com idades entre 18 e 23 anos, matriculados no Programa Jovem Aprendiz de um Centro de Integração localizado em um capital do Nordeste Brasileiro.

Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa vai além da busca por resposta e tenta compreender uma problemática social, em especial em temáticas que envolve a Psicologia e a Educação. A coleta de dados foi precedida da aprovação do comitê de ética em pesquisa com seres humanos e contou com a assinatura do Termo de Compromisso Livre Esclarecido - TCLE.

A coleta aconteceu individualmente e obteve o apoio de dois instrumentos: um questionário sóciodemográfico, e uma pergunta temática sobre os principais desafios do trabalho. O critério de inclusão da amostra consistiu em jovens a partir de 18 anos que esteja no primeiro emprego. A análise dos dados foi feita com a técnica de análise de conteúdo temática de Bardin (2010).

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RESULTADOS E DISCUSSÃO DADOS SÓCIO DEMOGRÁFICOS

A amostra era majoritariamente feminina (63%), o estado cível predominante foi o de solteiro (92%) e a renda da maioria estava entre 1 a 2 salários mínimos (87%). A Tabela 1 mostra mais detalhadamente as informações do perfil sóciodemográfico dos jovens entrevistados. Tabela 1: Perfil sóciodemográfico VARÍÁVEIS N % SEXO 19 11 63 37 Feminino Masculino FAIXA ETÁRIA 10 20 33 67 Entre 18 e 19 Entre 20 e 23 ESTADO CIVIL 28 2 93 7 Solteiro Casado RENDA 26 4 87 13 Entre 1 a 2 Salários Mínimos

Entre 3 a 4 Salários Mínimos ESCOLARIDADE 2 19 9 7 63 30 Ensino Médio Incompleto

Ensino Médio Completo Ensino Superior Cursando Fonte: Pesquisa, 2017.

DESAFIOS NO PRIMEIRO EMPREGO

O resultado da análise de conteúdo de Bardin sobre a percepção dos jovens diante dos desafios encontrados no mercado de trabalho gerou um conhecimento baseado em 10 subcategorias, distribuídas em 2 categorias que estão dispostas em 1 eixo temático e que será exposto na Tabela 2. Dentro dos principais desafios dos jovens no primeiro emprego, predominou a categoria: falta de experiência, representada através das unidades temáticas nervosismo e insegurança, seguida da categoria dificuldades impostas, que mostram unidades temáticas referentes a adaptação ao trabalho.

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Tabela 2:

Desafios no Primeiro Emprego

Fonte: Pesquisa, 2017.

A categoria predominante, Falta de Experiência, foi representada pelas unidades temáticas (discursos) a seguir:

“Falta de experiência/ Saber como agir; não saber o que fazer assim que chega na empresa, ou seja, não saber como agir na empresa/ Insegurança e medo de não conseguir/ Desconfiança e nervosismo por causa da pouca experiência/ A função que nos passa para executar com rapidez e eficiência/ Aprender as coisas no ritmo de trabalho da pessoa/ absorver todas as informações passadas e concluir o que é pedido/ qualificação e falta de oportunidade”

Ocorre que a exigência do mercado de trabalho muitas vezes não apresenta tempo para a construção profissional daquele jovem que está dando os seus primeiros passos na sua carreira e os obstáculos que os jovens encaram na tentativa de conseguirem um emprego pode ser justificado pelo pouco contato profissional com o ambiente do trabalho, em conjunto com as demandas de conciliação entre estudo e trabalho e com as exigências de qualificações profissionais (DIEESE, 2015).

De acordo com Rocha-Oliveira et al. (2012) as características profissionais desejadas pelas empresas estão em constantes mudanças, perdendo seus contornos bem definidos para entrar em uma ampla complexidade de exigências interdisciplinar, o que pode gerar insegurança nos jovens que estão no primeiro emprego, pois precisarão ser cada dia mais polivalente, para melhor se adaptar às novas demandas que vão surgindo no trabalho e que são firmadas no raciocínio da flexibilidade toyotizada (GARBIN; SILVA, 2016). Assim, cada um precisa de um saber-fazer fruto da vivência e que demanda seu maior envolvimento com as estratégias organizacionais (HIRATA, 2003).

EIXO TEMÁTICO CATEGORIA SUBCATEGORIAS

Desafios no primeiro emprego

1. Falta de Experiência

1. 1.1 Nervosismo e insegurança; 2. 1.2 Não saber o que fazer na empresa

1.2Executar as funções com rapidez e eficiência; 1.4conseguir absorver todas as informações e

concluir a atividade;

1.5 Se adaptar as pessoas e ao seu ritmo de trabalho 2. Dificuldades

Impostas

2.1Pressão;

2.1Trabalho em equipe; 2.3Lhe dar com as diferenças 2.4Atendimento a cliente

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Dessa forma, percebe-se que as empresas geralmente estão mais preocupadas em aumentar os seus números do que em investir em treinamento e capacitação dos jovens. Nesse aspecto, podemos introduzir a importância da aprendizagem que antecede o desenvolvimento do trabalhador, como mostra o conceito de Zona de Desenvolvimento Iminente de Vigotski que teoriza sobre o espaço que preenche a distância do nível de desenvolvimento real para o nível de desenvolvimento iminente e que com o suporte de um superior que oriente o desempenhar das atividades em um primeiro momento, o indivíduo se tornará capaz de fazê-lo sozinho (SOUTO; LIMA; OSÓRIO-SILVA, 2015).

Na categoria: Dificuldades Impostas, alguns jovens mencionaram algumas situações especificas que eles enfrentam no seu ambiente de trabalho, como:

“Conviver com ás diferenças/ Lhe dar com a pressão; o trabalho em equipe e as dificuldades impostas/ Atendimento a clientes e alta exigência/ O lado cruel da empresa que não vê o lado humano, só pensa no lucro e para eu ter um bom trabalho tenho que me sentir bem”

Podemos perceber o surgimento de falas que demonstram o impacto da demanda mercenária que algumas empresas propagam. Tal situação traz à tona uma das consequências do sistema neoliberal que como explica Carreteiro, (2014) deixa as pessoas em um constante alerta na tentativa de satisfazer as demandas do mercado para se adequar a uma corrida frenética que é movida pelo medo de ser descartado e substituído. Com pressão e alto nível de exigência gera-se a competitividade entre os próprios trabalhadores, o que enfraquece o apoio social do coletivo e individualiza o sujeito (DEJOURS, 1997), repercutindo nas dificuldades mencionadas pelos jovens quanto a convivência com as diferenças e os desafios para o trabalho em equipe.

Vale destacar que alguns jovens mencionam não ter encontrado dificuldades, trazendo uma reflexão sobre o papel da orientação profissional nesses casos, bem como, do fato de que apesar de estarem na mesma fase de desenvolvimento, cada um enfrenta suas transformações de forma particular, por isso, diferem entre si no seu processo maturacional (OLIVEIRA, 2017). Com esse entendimento, Yunes (2003) afirma que apesar da relação entre eventos estressantes e doença, algumas pessoas são mais vulneráveis a esses eventos, quando comparados a outras passando pela mesma situação de risco, por diferenças fisiológicas, sociais ou psicológicas.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do estudo realizado, percebeu-se que entre os principais desafios encontradas no primeiro emprego a maioria revelou a falta de experiência, demonstrando que para o jovem, o mercado de trabalho deixa a desejar no investimento e na paciência com treinamentos, afinal, vivemos o paradigma de que tempo é dinheiro. Nesse sentido, é necessário que a escola possua olhar atento para uma orientação que considere as demandas do sujeito, suas inseguranças e fragilidades, afim de que esse público se sinta à vontade para o esclarecimento de dúvidas e encontre as condições necessárias para se desenvolver.

É interessante notar que mesmo estando empregados com contratos de aprendizagem e já atuando no mercado, a amostra deste estudo pode se sentir insegura e intimidada por causa da pouca experiência frente as exigências organizacionais. Além disso, também mencionaram algumas dificuldades impostas no trabalho, como o lado cruel das empresas que só visa o lucro, a pressão e a dificuldade de conviver com as diferenças, exemplos que podem ser frutos da corrida frenética pelo sucesso e que frustram as idealizações dos jovens que estão começando no mercado.

Nesse ponto, é importante mencionar que a orientação profissional se apresenta como uma necessidade de um serviço oferecido pela escola, estando o psicólogo escolar capacitado para atender as demandas dos alunos que estudam e trabalham e aqueles que enfrentarão a transição da escola para o trabalho. Dessa forma, as questões laborais precisam estar presente em sala de aula, pois é através do trabalho que o homem interage e constrói a sociedade. Nesse sentido, o trabalho vai além de uma necessidade de sobrevivência e configura um desejo social que atribui status e identidade profissional.

Uma das estratégias que pode ser usada é familiarizar os alunos com as demandas do trabalho, convidando diferentes profissionais para dar palestras sobre suas rotinas de trabalho. Para tanto, percebe-se que a principal demanda trata de uma saudável inserção do jovem no mercado, sendo necessário que as políticas comtemplem essa lacuna por meio de investimento e recursos para a operacionalização da orientação profissional na escola.

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Referências

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